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A demanda por internações para pacientes da Covid-19 pode ter caído no Rio de Janeiro com a aplicação de vacinas em adolescentes. Após receber as doses, maiores de 12 anos foram a parcela mínima de hospitalizações em duas unidades de saúde acompanhadas por pesquisadores.

O estudo assinado por cinco brasileiros utilizou 300 pacientes menores de 18 anos atendidos no hospital Prontobaby e no Centro Pediátrico da Lagoa.

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Dados do Ministério da Saúde usados na pesquisa apontam que 1.422 crianças morreram de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) até 3 de dezembro do ano passado, equivalente a 0,38% das mortes relacionadas a Covid-19.

Quando ainda não havia imunizantes aos menores de 18 anos, 240 crianças e adolescentes deram entrada nas unidades. O índice caiu gradativamente com a campanha e, a partir de janeiro deste ano, imunizados na faixa etária representavam dois em cada 60 internados.

"Muito poucas crianças [foram] internadas maiores de 12 anos, apenas cinco. E dessas cinco, só duas tinham recebido esquema completo. Ou seja, das 60 crianças que foram internadas, 58 não tinham as doses do calendário", comentou o infectologista pediátrico e professor da faculdade de medicina da Universidade Federal Fluminense (UFF), André Ricardo da Silva, a Folha de S. Paulo.

Apesar dos indícios materiais, a pesquisa ainda vai passar por revisão.

A Pfizer e sua sócia, BioNTech, informaram nesta terça-feira (1º) que começaram a apresentar um pedido formal ao regulador sanitário dos Estados Unidos para o uso emergencial de sua vacina anticovid para crianças de seis meses a cinco anos.

Se a agência reguladora de medicamentos dos Estados Unidos, a FDA, aprovar o regime de duas doses, a vacina da Pfizer se tornará a primeira anticovid-19 disponível para essa faixa etária no país.

Logo após o anúncio, a FDA indicou pelo Twitter que realizará uma reunião em 15 de fevereiro para considerar o pedido.

As empresas buscam autorização para apenas duas doses de sua vacina, mas acreditam que uma terceira dose será necessária "para alcançar altos níveis de proteção contra variantes atuais e futuras" do coronavírus, declarou o CEO da Pfizer, Albert Bourla.

"Se ambas as doses forem autorizadas, os pais terão a oportunidade de começar uma série de vacinações contra a covid-19 para seus filhos, enquanto esperam a possível autorização de uma terceira dose", acrescentou.

Para limitar os efeitos colaterais nessa faixa etária jovem, a gigante farmacêutica optou por reduzir significativamente a dosagem de sua vacina, optando por apenas 3 microgramas por injeção. Em contraste, 30 microgramas são usados para maiores de 12 anos e 10 microgramas para aqueles entre 5 e 11 anos.

Os pesquisadores da empresa concluíram no outono passado que doses baixas da vacina davam proteção a crianças de até dois anos, mas não àquelas de 2 a 5 anos, e anunciaram em dezembro que adicionariam uma terceira dose aos seus testes.

Os dados para o regime de três doses são "esperados nos próximos meses e serão fornecidos ao FDA para apoiar uma possível expansão" de seu pedido inicial, disseram a Pfizer e a BioNTech em comunicado.

Após dois anos de pandemia, muitos pais aguardam impacientemente para vacinar seus filhos contra o coronavírus.

A vacina Pfizer-BioNTech foi aprovada há três meses para uso emergencial em crianças de 5 a 11 anos.

É permitido por lei que uma criança ou adolescente viaje sozinho de um estado a outro ou mesmo saia do país? Objetivamente, a resposta é não. Mas existem exceções e particularidades. Desde 2019, as regras a esse respeito foram atualizadas no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), proibindo viagens de jovens menores de 16 anos desacompanhados, a menos que tenham uma autorização judicial para isso. Antes da Lei 13.812/2019, essa exigência era feita apenas a menores de 12 anos.

Conforme a lei, nenhuma criança ou adolescente menor de 16 anos pode deixar a comarca onde reside sem autorização do juiz. As medidas valem para viagens de ônibus, avião, barco, bem como para hospedagem em hotéis. Uma comarca corresponde ao território em que o juiz de primeiro grau exerce sua jurisdição. Ela pode abranger um ou mais municípios, dependendo do número de habitantes e de eleitores, da extensão territorial dos municípios do estado, entre outros fatores.

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Cada Vara de Infância e Juventude (VIJ) tem seu procedimento para dar entrada no pedido. Mas, em todos os casos, os pais ou responsáveis legais do menor deverão comprovar esse vínculo entre ambos com documentos pessoais, como certidão de nascimento do menor  e documento de identidade dos responsáveis. Em alguns casos, há formulários para preenchimento dessa solicitação. É importante que os pais ou responsáveis procurem com antecedência a VIJ que atenda sua cidade para se informar sobre a documentação e os procedimentos necessários.

Dispensa de autorização

A autorização judicial não é necessária em alguns casos: quando o adolescente ou criança estiver acompanhado de outros parentes, como tios ou avós, comprovado o parentesco; ou quando estiver acompanhado de outra pessoa, mas com autorização por escrito dos pais ou responsáveis. Essa autorização deve ter firma reconhecida em cartório.

Também é dispensada a autorização do juiz se a viagem for para comarca próxima à de residência do menor, desde que seja no mesmo estado ou incluída na mesma região metropolitana.

Viagens internacionais

Em caso de viagens internacionais sem a presença de pai e mãe, a autorização judicial é exigida para todos os menores de idade, de 0 a 17 anos. Essa autorização é dispensada apenas no caso da viagem com um dos pais, autorizado expressamente pelo outro por meio de documento com firma reconhecida.

A autorização expressa é necessária mesmo no caso de os pais estarem indo para o mesmo destino, mas em voos diferentes. Um formulário padrão de autorização está disponível no site da Polícia Federal.

A partir desta terça-feira (4), escolas públicas e privadas do Distrito Federal são obrigadas a notificarem gravidez de alunas de até 14 anos. A regra foi estabelecida após a Lei nº 7.049 ser publicada no Diário Oficial do Distrito Federal (DODF), cuja autoria é do deputado Ionaldo Almeida (PSC).

A nova legislação obriga as instituições de ensino a comunicar casos de gravidez para, além do Ministério Público e Polícia Civil, a Secretaria de Desenvolvimento Social, Criança e Juventude, a Secretaria de Educação e o Conselho Tutelar. De acordo com a Lei, a notificação deve ser realizada "de forma que não exponha a aluna a situações vexatórias ou constrangedoras, sendo assegurado o sigilo dos seus dados perante terceiros”.

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Ainda de acordo com a norma, as escolas particulares que descuprirem a ordem serão apenas advertidas. Já nas instituições públicas, os responsáveis administrativos serão penalizados.

A Suécia anunciou, nesta quarta-feira (6), a suspensão "por precaução" da vacina Moderna contra a Covid-19 para os menores de 30 anos devido ao risco de inflamação cardíaca nos jovens, mas reiterou que a probabilidade deste efeito colateral é "mínima".

A Autoridade de Saúde Pública (FHM), encarregada da campanha de vacinação, "decidiu suspender o uso da vacina Spikevax da Moderna para todos os nascidos a partir de 1991, por princípio de precaução", diz um comunicado.

Essa decisão é tomada "depois de sinais de aumento do risco dos efeitos colaterais, como a inflamação do miocárdio e pericárdio", afirma o FHM.

Segundo a agência, o risco é maior depois da segunda dose e nos meninos. "O risco é mínimo, é um efeito colateral muito raro", destaca.

"A miocardite e a pericardite costumam desaparecer sozinhas, sem causar problemas duradouros, mas os sintomas devem ser avaliados por um médico", explica a agência.

Cerca de 81.000 pessoas menores de 30 anos receberam a primeira dose da Moderna na Suécia e não a segunda.

A Agência Europeia do Medicamento ampliou em julho sua autorização da vacina Moderna aos adolescentes de 12 a 17 anos.

O pastor australiano e fundador de uma igreja evangélica globalmente expandida se declarou inocente, nesta terça-feira (5), por ter encoberto supostos casos de abuso sexual de menores cometidos por seu próprio pai.

Pastor da Hillsong Church e uma figura religiosa proeminente na Austrália com ligações com o primeiro-ministro conservador, Brian Houston é acusado de não relatar os abusos sexuais cometidos por seu pai, ao tomar conhecimento dos casos, em 1999.

Seu pai Frank, falecido em 2004, foi acusado de abusar de um menino de sete anos na década de 1970, quando era um pregador da Igreja Evangélica Assembleia de Deus.

Em uma curta audiência em Sydney nesta terça-feira (5), os advogados de Brian Houston disseram que seu cliente é inocente.

No passado, o pastor rejeitou essas acusações e tentou limpar seu nome, garantindo que confrontou seu pai sobre essas acusações e que não as comunicou à polícia a pedido da suposta vítima.

Em um comunicado divulgado quando as acusações vieram à tona, o primeiro-ministro australiano, Scott Morrison, que assistiu a eventos de sua igreja, disse que seria "inadequado comentar" o caso.

A Hillsong Church opera em 30 países e afirma ter uma frequência média semanal de 150.000 paroquianos.

A China informou nesta segunda-feira (30) que limitará o acesso de menores de 18 anos a videogames on-line a 3 horas por semana para combater a dependência entre os jovens.

O órgão regulador do setor audiovisual, de publicação e de radiodifusão anunciou hoje que os menores de 18 anos não poderão jogar pela Internet mais de uma hora por dia e apenas às sextas, sábados e domingos, no total de três horas.

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As normas já proibiam os menores de jogar on-line entre 22h e as 8h (horário local). Agora, será permitido jogar apenas "entre 8 e 9 da noite", especifica o texto.

Durante as férias escolares, no entanto, poderão jogar uma hora todos os dias. Um documento de identidade também será exigido para que possam se conectar.

Em princípio, a medida se aplica apenas aos videogames on-line, e não àqueles que não precisam de acesso à Internet.

Em agosto, um influente jornal do governo afirmou que os videogames se transformaram em um "ópio mental". O artigo também citava a gigante do setor Tencent e seu popular jogo "Honor of Kings", um sucesso na China com mais de 100 milhões de usuários diários ativos.

Diante dessa pressão, a Tencent, que já impunha limitações no tempo de jogo por meio do reconhecimento facial para que menores de 18 anos não jogassem à noite, limitou o acesso aos games a uma hora por dia.

Na China, um país de 1,4 bilhão de habitantes, os videogames geraram cerca de US$ 20 bilhões em volume de negócios apenas no primeiro semestre de 2021.

Um benefício para crianças e adolescentes órfãos durante a pandemia no Nordeste deve ser lançado nesta quarta-feira (25). O auxílio financeiro voltado à proteção social dos menores foi proposto pelo Consórcio Nordeste como parte do programa "Nordeste Acolhe".

Em Pernambuco, o assunto foi discutido em uma reunião virtual na terça (17). O projeto prevê o auxílio mensal de R$ 500 até que os menores que perderam os pais para a Covid-19 façam 18 anos.

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"Inspirado na experiência do Estado do Maranhão, o Programa Nordeste Acolhe estabelece diretrizes para as ações dos estados consorciados de proteção social às crianças e adolescentes em situação de orfandade, seja bilateral ou de famílias monoparentais em situação de vulnerabilidade e risco pessoal e social, com ações sobretudo nas áreas da saúde, educação e trabalho, com respeito às especificidades dos estados. Institui ainda auxílio financeiro de R$ 500 continuado como instrumento de segurança da renda, que deverá ser pago mensalmente até o alcance da maioridade civil", aponta nota do consórcio.

Os pagamentos serão feitos através da Secretaria de Desenvolvimento Social, Criança e Juventude, e futuramente, poderão ser ampliados aos órfãos por razões não relacionadas à pandemia.

“Essa é mais uma ação de assistência para quem mais precisa”, pontuou o governador de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB), na ocasião. “Tivemos uma importante reunião com representantes do Poder Judiciário, que compõem o Sistema de Garantias de Direitos da Infância, sobre a assistência às crianças e adolescentes que perderam os pais ou responsáveis vítimas da Covid-19 em Pernambuco”, complementou.

As regras para receber o auxílio é que as crianças e adolescentes tenham domicílio em Pernambuco há pelo menos um ano antes da orfandade completa, cuja família possuísse renda de até três salários.

Menores beneficiados com pensão por morte, em regime previdenciário que assegure valor integral em relação aos rendimentos do segurado ou beneficiários do Benefício de Prestação Continuada (BPC) não terão direito ao auxílio.

As análises do Nordeste Acolhe ficam a cargo das secretarias de assistência social de cada um dos nove estados da região. Paulo Câmara promete enviar o projeto de lei à Assembleia Legislativa (Alepe) ainda neste mês de agosto.

O gigante tecnológico chinês Tencent anunciou, nesta quarta-feira (18), que estenderá o limite de uso de uma hora por dia para menores de 18 anos a todos os seus videogames, visando a combater a dependência.

No início de agosto, a imprensa estatal estimou que os videogames se tornaram "um ópio mental" para os jovens. Com isso, o setor começou a temer um novo endurecimento das regulações.

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O artigo apontava, principalmente, para o Tencent e seu popular jogo "Honor of Kings", um sucesso na China com mais de 100 milhões de usuários diários.

Diante dessa pressão, o grupo, que já impunha limitações ao tempo de jogo por meio do reconhecimento facial para que os menores de 18 anos não jogassem à noite, endureceu ainda mais as regras.

Desde então, o tempo de jogo de "Honor of Kings" passou a ser limitado para menores: a uma hora por dia, durante o horário escolar; e duas horas, nas férias. Depois desse período de tempo, o jogo é bloqueado.

Nesta quarta-feira (18), ao divulgar seus resultados trimestrais, o grupo anunciou que a medida se estenderá "gradualmente" a todos os seus jogos. Nenhuma data foi informada.

No último trimestre, os videogames voltaram a representar para a Tencent sua maior fonte de receita (43 bilhões de iuanes), um aumento de 12% em um ano.

Nos últimos meses, vários gigantes da Internet, incluindo a Tencent, foram acusados de adotarem práticas, até então toleradas e generalizadas, em matéria de dados pessoais, de direitos dos usuários e de práticas anticompetitivas.

Em julho, o órgão regulador do mercado chinês bloqueou, em nome da concorrência, a fusão das duas maiores plataformas de videogames on-line da China, Huya e Douyu, das quais a Tencent é acionista.

A Tencent, que também é um ator importante da música on-line, viu-se obrigado, ainda, a renunciar a seus direitos exclusivos sobre os títulos, novamente em nome da concorrência.

O Instagram introduziu nesta terça-feira (27) mudanças destinadas a manter os usuários menores de idade mais seguros, tornando mais difícil encontrá-los na rede social centrada em imagens.

As configurações que estão sendo implementadas no Instagram na Austrália, Reino Unido, França, Japão e Estados Unidos incluem um software projetado para detectar "comportamento suspeito" de adultos que tentam se conectar com usuários menores de idade.

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"Queremos evitar que os jovens interajam com adultos que eles não conhecem ou de quem não querem ter notícias", disse a empresa em um blog.

As mudanças vêm no momento em que os críticos pedem ao gigante das redes sociais Facebook - o dono do aplicativo - que abandone os planos de uma versão do Instagram projetada para crianças.

Contas criadas por novos usuários do Instagram que ainda não são legalmente adultos serão definidas como "privadas" por padrão, limitando quem mais na rede pode ver as postagens, disse a empresa.

Anteriormente, as pessoas que criam novas contas eram solicitadas a escolher entre contas públicas ou privadas durante o processo de inscrição.

Os usuários jovens que já possuem contas públicas receberão notificações promovendo os benefícios de se tornar privado e explicando como fazê-lo.

"Incentivar os jovens a terem contas privadas é um grande passo na direção certa quando se trata de bloquear o contato indesejado de adultos", disse o Instagram.

A Polícia Federal deflagrou nesta quarta-feira (7) a Operação Casa de Família, com o cumprimento de um mandado de busca e apreensão em São Paulo. O objetivo é identificar grupo criminoso que atua no tráfico internacional de pessoas, especialmente de menores, de Bangladesh, país localizado no sul da Ásia, para o Brasil. 

A investigação teve início a partir do depoimento de um adolescente traficado, que fugiu do local onde estava alojado. Ao ser ouvida na Polícia Federal, a vítima revelou que sua família pagou a um casal de Bangladesh para que a trouxesse ao Brasil para estudar, mas chegando aqui foi forçada a trabalhar para pagar um valor extra. 

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Além disso, a vítima revelou que havia entrado no Brasil mediante o uso de passaporte bengalês ideologicamente falso, fornecido pelo casal que a alojava. O nome da operação é uma referência a um dos tipos de acomodação oferecidos em intercâmbios.

Embora a pauta de respeito aos direitos LGBT+ tenha finalmente entrado em debate, e passado por um processo de conscientização e empoderamento, os deputados de São Paulo podem proibir a participação deste público em publicidades do governo por achar que a representação é inadequada. A proibição está prevista no polêmico Projeto de Lei (PL) 504/2020, que será votado na Assembleia Legislativa do estado (Alesp) nesta terça-feira (20).

De autoria da deputada estadual Marta Costa (PSD), o PL pretende proibir que qualquer veículo ou mídia relacionada ao Governo de São Paulo contenha alusão a preferências sexuais e movimentos sobre diversidade sexual relacionados a crianças. Tal proposta reforça a cultura discriminatória e supõe que o contato com os menores causaria práticas danosas.

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Contra a votação e o entendimento retrógrado que a proposta carrega, representantes do campo considerado progressista criticaram duramente o PL 504/20 e fizeram campanha nas redes sociais com a hashtag #AbaixoPL504 para pressionar a Casa.

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Todos os dias, pelo menos 243 casos de tortura ou agressão física ou psicológica (mais de dez por hora) contra menores de idade são notificados no Brasil. Para especialistas, esse número representa apenas a ponta de um problema muito maior. A estimativa é de que para cada registro de violência desse tipo, outros 20 casos aconteçam - e não sejam oficialmente denunciados. Essas agressões muitas vezes são invisíveis, sobretudo quando não terminam - ou até terminarem - em morte. Foi provavelmente o caso do menino Henry Borel, de 4 anos. Ele morreu com lesões que levantaram suspeita de tortura.

A maioria dos casos ocorre dentro da própria casa do menor e tem como autores pessoas do seu círculo familiar, sobretudo pai, mãe ou responsável. As crianças são reféns de seus agressores, sobretudo em uma situação de quarentena e fechamento das escolas impostos pela pandemia de covid-19. O levantamento foi feito pela Sociedade Brasileira de Pediatria, com apoio da agência 360° CI, junto ao Sistema Nacional de Agravos de Notificação (Sinan) do Ministério da Saúde.

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Somente no ano de 2019 (dado mais recente disponível), a soma desses três tipos de crime contra crianças e adolescentes de 0 a 19 anos chegou a 88.572 notificações. Desse total de casos, 71% (62.537) foram de violência física; 27% (23.693) de violência psicológica; e 3% (2.342) de tortura. As agressões deixam em muitos casos severas sequelas físicas, psíquicas e cognitivas nos menores, interferindo em seu desenvolvimento.

Ao analisar a série histórica entre 2010 e 2019, o número total de agressões chega a 629.526; ou 173 casos por dia. Impressiona que desde a adoção dessa plataforma os registros tenham crescido de forma consistente. Em 2010, foram 24.040 notificações. Em 2019, o número já havia saltado para 88.572 - um aumento de 268%.

"Durante muito tempo a violência contra a mulher foi silenciada, normalizada, todo mundo fingia que não existia; isso só começou a mudar depois da Lei Maria da Penha", compara a juíza Andrea Pachá, da 4.ª Vara de Órfãos e Sucessões do Tribunal de Justiça do Rio. "O mesmo está acontecendo agora com a violência contra as crianças; quando a violência vem à tona, as pessoas começam a ficar mais atentas aos sinais."

Pelos dados do Sinan, é possível observar que as agressões atingem todas as faixas etárias da população pediátrica. Quase 25 mil casos notificados nas unidades de saúde públicas e privadas ao longo da última década eram de bebês menores de 1 ano. Outros 51,3 mil registros envolviam crianças de um a quatro anos. "Esses números são apenas a ponta de um enorme iceberg", aponta o pediatra Marco Antônio Chaves Gama, presidente do Departamento Científico de Segurança da SBP. "A subnotificação é uma realidade; o total de casos que não chega ao atendimento médico nem ao conhecimento das autoridades, é significativo. Nós que lidamos com isso todos os dias sabemos muito bem." Segundo ele, os agressores só levam as vítimas para o médico quando a violência assume proporções muito graves ou quando há risco de morte. Por outro lado, diz, crianças que são agredidas desde muito jovens tendem a achar que a violência é normal e não costumam denunciar.

Doença. Especialistas lembram que é possível notificar a mera suspeita de violência ao Conselho Tutelar e ao Ministério Público para investigação posterior por parte das autoridades. Casos mais graves podem ser denunciados à polícia, até de forma anônima. "A violência é uma doença que não vê distinção de classe social, etnia, religião ou grau de escolaridade dos pais e vai se perpetuando nas famílias", explica Gama. "Precisamos interferir, interromper esse ciclo, salvar as vidas dessas crianças e impedir que cresçam com sequelas."

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Um vigilante de 50 anos responderá pelo crime de favorecimento à prostituição, após assediar e oferecer R$ 10 a dois adolescentes em troca de sexo. O caso aconteceu no bairro de Jardim da Paz, em Americana, no interior de São Paulo. Os garotos, de 12 e 15 anos, se queixaram da conduta do homem para a Guarda Municipal, que atuava nas imediações. As informações são do Liberal, portal local de notícias.

Segundo informações da Guarda Municipal de Americana (Gama), os guardas faziam patrulhamento pela região por volta das 17h40 quando foram abordados na Praça do Jardim da Paz pelo adolescente mais velho.

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O menino ajudou a patrulha a localizar o assediador. Ele contou às autoridades que, junto ao amigo, havia sido assediado minutos antes, e que o vigilante teria oferecido aos dois a quantia de R$ 10 para que entrassem no carro. 

Ao perceber que foi localizado, o suspeito tentou fugir e quase atropelou um dos patrulheiros. Foi iniciada uma perseguição, mas ele foi alcançado no bairro vizinho, Morada do Sol. Questionado sobre a fuga, o homem disse que estava com a documentação irregular e sob influência de álcool. 

O vigilante foi reconhecido pelas vítimas e levado até a Delegacia Seccional de Polícia de Americana, onde recebeu voz de prisão em flagrante.

Policiais civis de Alagoas prenderam no início da manhã desta quinta-feira (3) um estuprador de crianças. O acusado tem 43 anos, e foi preso por prática de estupro contra as duas filhas biológicas e a sobrinha.

“A primeira vítima, que teve coragem de denunciar foi a sobrinha, a qual ao falar para mãe, esta contou a irmã, foi quando as filhas emocionadas revelaram que eram abusadas há anos. O autor mantinha conjunção carnal com as filhas, dentre outros atos libidinosos”, revelou a delegada Adriana Gusmão, titular da Delegacia Especializada dos crimes Contra a Criança e o Adolescente (DCCCA).

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O autor do crime foi preso pela equipe da Delegacia Especializada, no bairro do Prado, em Maceió.

O 14º Anuário Brasileiro de Segurança Pública, divulgado nesse domingo (18) pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública aponta que 4.928 menores foram assassinados de forma violenta só no ano passado. A soma envolvendo crianças e jovens de até 19 anos representa 10% das mortes violentas no país em 2019, quando foram registrados 47.773 homicídios.

"[...] se episódios isolados impressionam, deveria causar choque que em 2019 foram quase 5 mil crianças e adolescentes mortos de forma violenta e intencional e quase 26 mil que sofreram estupro”, alertou o documento. Cerca de 91% das vítimas são meninos.

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Para pesquisadora associada Sofia Reinach os dados ainda são frágeis e precisam de uma coleta mais eficaz. Apenas 20 estados participaram do estudo, o que equivale a 83,56% da população brasileira.

Acre, Amazonas, Amapá, Bahia, Goiás, Piauí, Rio Grande do Norte não repassaram as informações necessárias. Esta é a primeira vez que a temática foi abordada pelo Fórum, em parceria com o Fundo das Nações unidas para a Infância (Unicef).

Pernambuco é o segundo com mais casos

Os estados com maior índice de mortes violentas de crianças e adolescentes são Espírito Santo, com 6,79 homicídios a cada 100 mil habitantes, seguido por Pernambuco (6,22) e Sergipe (6,09). Jovens entre 15 e 19 representam 90% do total.

O Anuário também informa que os principais crimes envolvendo vítimas com até 9 anos, são assassinatos e lesão corporal seguida de morte. "Existe um pico de negligência e abandono na faixa etária dos bebês. Depois, com 5 e 6 anos, dá uma estabilizada", comenta Sofia.

A maioria das vítimas é negra

A criança negra é a principal vítima da violência e da criminalidade no Brasil. Casos como o de João Pedro Mattos, de 14 anos, Ágatha Vitória Félix, de 8, expõem a vulnerabilidade dos menores da periferia em ações da polícia. Cerca de 75% dos menores assassinados são negros, enquanto 22% são brancos e 3% foram considerados como ‘outros’.

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Mães que perderam os filhos pela violência proveniente do racismo estrutural uniram-se nesta sexta-feira (9), em um ato público que homenagiou e pediu respeito à vida dos filhos. Desde às 10h na Praça do Diário, no centro do Recife, cartazes e faixas cobravam Justiça e agilidade no julgamento dos processos.

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O advogado do Gabinete Assessoria Jurídica Organizações Populares (GAJOP), Eliel Silva, lamentou que menores negros sofrem diante da negligência e, em repetidas oportunidades, são mortas por agentes públicos. "É um ato para conscientizar a população, a sociedade e o Estado, sobre a necessidade do cuidado e da proteção jurídica desses menores. A gente tá aqui para ecoar as vozes desses familiares", esclareceu.  

Mirtes Renata, mãe do pequeno Miguel Otávio, participou do protesto junto com outras mães, que tornaram-se vítimas das consequências do preconceito. “A gente tem que tá aqui firme e forte para continuar nessa luta. É o mês de outubro, mês das Crianças e, infelizmente, estamos sem nossos filhos para darmos amor, carinho, presenteando [...] hoje a gente tá aqui lutando por Justiça por eles. Pelos nossos filhos. Pelas nossas crianças, principalmente as negras, que são maiores vítimas da violência", ressaltou.

Em coletiva de imprensa realizada na tarde desta terça (25), o Governo de Pernambuco informou que já registrou 647 casos graves da covid-19 em pacientes de até 14 anos de idade. Destas, 316 ocorrências foram observadas em crianças de até 1 ano; 227 de 2 a 9 anos; e 104 de 10 a 14 anos. Com relação aos óbitos, foram 48: 26 na faixa etária até 1 ano; 18 em crianças de 2 aos 9 anos; e 4 de 10 a 14.

Desta forma, 2,5% dos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (Srag) no estado e 0,6% do total de óbitos foram registrados em crianças de 0 a 14 anos. Vale frisar que a proporção de positividade para Covid dos casos de Srag está em 53% em todas as idades. Entre crianças, o percentual é de 26%.

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"Estes dados corroboram os relatos e estudos consolidados dentro e fora do Brasil, que apontam que, apesar de serem igualmente propensas a se infectarem pela Covid-19, as crianças apresentam menor risco de desenvolver a forma grave da doença. Mas precisamos reforçar que ninguém está imune ao vírus e todos podem se tornar vítimas da doença, até crianças. Por isso, todos, adultos e crianças, devem seguir as regras protocolares de educação sanitária hoje preconizadas, devendo sempre lavar as mãos com mais frequência, adotar o distanciamento social e usar a máscara corretamente todas as vezes que sair de casa", comentou o secretário estadual.

De acordo com o governo, Pernambuco possui cerca de 100 leitos voltados para bebês e crianças em Pernambuco, sendo 37 deles de terapia intensiva. A ocupação destas vagas está em 64%. “Dentro do planejamento da SES-PE para a ampliação desta rede, foram abertas, nas últimas semanas, 10 leitos de UTI neonatal no Imip;  e 10 novos leitos de UTI pediátrica e 17 de enfermaria para crianças no Hospital Barão de Lucena”, diz a nota oficial.

Síndrome Pediátrica

O governo também atualizou os casos relacionados à Síndrome Inflamatória Multissistêmica Pediátrica (SIM-P), possivelmente relacionado à Covid-19. Nesta terça, Pernambuco chegou a 9 casos da doença, sete deles com evolução para alta, um internado em enfermaria e um (sexo feminino, de 11 anos, residente no Recife) que resultou em óbito, no final de junho. Todos testaram positivo para a covid-19.

"Os serviços tinham esses relatos, mas o protocolo e a obrigatoriedade de notificação saiu há pouco mais de 15 dias. É importante que todos os serviços de referência para pediatria no Estado estejam atentos ao diagnóstico sindrômico para que haja a notificação desses casos da Síndrome Pediátrica, possivelmente pós-exposição à Covid-19", colocou André Longo.

Um estuprador em série foi preso no bairro Cidade Garapu, no Cabo de Santo Agostinho, Região Metropolitana do Recife (RMR), após atacar nove vítimas, dentre adultas e crianças. Geralmente, o criminoso, de 31 anos, as violentava à luz do dia, antes de ir para o trabalho.

As investigações iniciadas em 2019 apontam que das nove vítimas, duas eram menores, com oito e nove anos. "Nós enxergamos certo padrão na prática dos crimes. Ele atuava em uma área que era difícil conseguir provas, as vítimas apresentavam sempre características que eram recorrentes: ele abordava em uma motocicleta preta, fingia estar armado e as arrebatava", explicou o delegado Rafael Duarte, em coletiva realizada na manhã desta segunda (27).

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Todas as vítimas o reconheceram devido uma tatuagem na costela e o modo como as abordava. De acordo com o delegado, o estuprador cometia os crimes em intervalos de aproximadamente 15 dias, sempre com a calça da firma e uma bota, pois realizava os abusos antes de ir ao trabalho, minutos após deixar a mãe no serviço, por volta das 6h. Ele usava a carteira para fingir que estava armado e até costumava trocar as cores da borracha do aparelho para não ser reconhecido.   

O inquérito apontou que o abusador é casado e pai de dois filhos pequenos, e ocupa o cargo de estoquista em uma grande empresa nacional. "Ele passava para a sociedade que era um trabalhador, um cidadão de bem, mas muito pelo contrário", frisou Duarte. O delegado acrescentou que os abusos eram cometidos no mesmo bairro onde morava com a família.

O material genético colhido nas vítimas mostra que todas foram atacadas pela mesma pessoa. Nessa quinta-feira (23), o criminoso foi preso e assumiu o estupro de quatro vítimas adultas. Ele seguiu para o Centro de Observação Criminológica e Triagem Professor Everardo Luna (Cotel), em Abreu e Lima.

Amostras genéticas foram coletadas para comprar com o material encontrado nas vítimas. A Polícia Civil acredita que há, pelo menos, mais quatro mulheres vítimas e pede ajuda da população para mais denúncias.

A Polícia Civil do Distrito Federal descobriu a identidade do 'Homem Pateta', que induzia menores ao suicídio através das redes sociais e deixou pais em alerta. O perfil que se apresentava como Jonathan Galindo seria administrado por um italiano, que já está atrás das grades em seu país de origem, segundo a Interpol.

No último sábado (27), uma brasiliense, mãe de um menino de 10 anos, informou às autoridades que o filho trocou mensagens em inglês com um perfil desconhecido no Instagram. Ao notar o diálogo, ela deixou uma mensagem e teria sido respondida pelo criminoso: "Deixa ele jogar comigo. Logo depois você o verá morto. Cuide do seu filho ou eu vou fazê-lo se matar", escreveu.

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Mesmo com a revelação, pais e responsáveis devem continuar em alerta, pois as autoridades acreditam que pode haver outros perfis que utilizam a imagem humanizada do personagem da Disney para atingir menores.

"Esses perfis têm poucas postagens e desafiam as pessoas a segui-los e enviar uma mensagem privada. Feito isso, é só esperar o retorno deles, que se dá através do envio de mensagens, vídeos, áudios ou até mesmo de uma ligação por vídeo ao vivo. O conteúdo da resposta tem a intenção de causar desconforto, medo e, em alguns casos, tenta provocar o suicídio", explica o agente a polícia de Santa Catarina, Ivan de Souza Castilhos, que também investiga o homem pateta há cerca de 15 dias.

Foto: Divulgação/Polícia Federal

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