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O vice-presidente Hamilton Mourão comentou nesta terça-feira, 26, em entrevista à Rádio Gaúcha, o e-mail do Ministério da Educação (MEC) enviado nesta segunda-feira, 25, a escolas de ensino fundamental e médio do País.

Mourão disse que o ministro Ricardo Vélez Rodríguez acertou ao incentivar que alunos cantem o Hino Nacional, mas ponderou que a recomendação do MEC padecia por ilegalidade ao conter a expressão "Brasil acima de tudo, Deus acima de todos" na carta do ministro a ser lida para as crianças. A frase ficou conhecida por ser o slogan de campanha do presidente Jair Bolsonaro (PSL).

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"Foi o único problema que o ministro teve quando redigiu isso aí (o slogan). É contra a legislação. Você não pode colocar uma mensagem que não é de propaganda governamental a algo que seja ligado à propaganda", disse o vice-presidente.

Pouco antes, diante da repercussão negativa, o ministro Vélez Rodríguez disse que errou ao colocar a frase de campanha no texto e que enviou às escolas nova versão da carta, desta vez sem o slogan.

O vice-presidente Hamilton Mourão afirmou em entrevista à BBC publicada nesta sexta-feira, 22, ter "certeza de que existe dentro do Congresso Nacional uma maioria simples pronta para aprovar qualquer coisa relativa a militares". A fala ocorre após sinalizações de parlamentares de que a reforma da Previdência só tramitaria depois que o texto que muda as regras também para militares fosse encaminhado.

Mourão justificou que a tramitação é muito mais rápida no caso dos militares porque, para isso, é necessário apenas um projeto de lei, que requer maioria simples dos votos. No caso da reforma da Previdência para alterar as regras para trabalhadores privados e servidores públicos, é necessário uma emenda à Constituição, na forma de uma PEC. Ela exige 3/5 do quórum para ser aprovada, ou seja, 308 votos na Câmara.

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Mourão explicou que o projeto de lei ainda não foi encaminhado ao Congresso porque está sendo "trabalhado juridicamente". "Tem que mexer em cinco leis. Tem que mexer na lei de promoção de oficiais, na lei de promoção de praças, na lei de remuneração, no estatuto dos militares. Não é pura e simplesmente chegar e dizer 'agora passa a ter 35 anos de serviço'. Tem que reescalonar a carreira, tem que mudar interstícios de promoção, leva um pouco mais de tempo para preparar", disse.

Na entrevista, ele ainda afirmou que a interferência dos filhos de Jair Bolsonaro no governo tende naturalmente a diminuir. "Acho que, com o passar do tempo, cada um vai entender o tamanho da cadeira que eles têm. E vão se dedicar mais às funções legislativas para as quais foram eleitos", disse.

Em relação a Carlos Bolsonaro, cuja indisposição pública com Gustavo Bebianno acabou na demissão do ministro, na semana passada, Mourão afirmou que o vereador estaria ainda "na vibe da campanha": "Ele ainda está nessa. Isso vai passar. Ele está na vibe da campanha, isso vai diminuir".

O vice-presidente, Hamilton Mourão, afirmou que não há outra solução para a crise na Venezuela a não ser a saída do presidente do país, Nicolás Maduro. Mourão irá a Bogotá, na Colômbia, no início da próxima semana, participar da reunião do Grupo de Lima. Segundo ele, a intenção é pressionar Maduro a se afastar do cargo para que Juan Guaidó assuma e convoque novas eleições.

"O grupo de Lima mantém essa pressão política. A pressão política é uma ação diplomática para levar ao atual governante lá da Venezuela, o Maduro, a compreender que é necessário uma saída para o país. O país está num impasse. Você tem um governo de direito, que em tese foi eleito, que é o do Maduro, e um de fato que é do Guaidó. Então não pode continuar."

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Mourão reforçou que o Brasil não tem intenção de entrar na Venezuela sem autorização. Além disso, destacou que o Brasil mantém o planejamento de enviar ajuda humanitária, com entrega de alimentos e medicamentos, no próximo sábado, 23. De acordo com Mourão, desde o início o objetivo do governo era fazer as entregas apenas na fronteira .

"O governo brasileiro já deixou claro que a nossa ação será sempre no sentido da não intervenção no assunto interno e apenas manteremos a pressão política e as palavras junto aos demais países que estão cooperando num esforço para que a Venezuela retome um caminho de democracia", disse.

Mourão quer aguardar o início das ações de ajuda humanitária, no próximo sábado, para decidir "qual recado" o Brasil dará. Ele contou que vai se reunir com o presidente Jair Bolsonaro no domingo de manhã. "Nós temos de aguardar os acontecimentos de sábado lá na Venezuela."

Ele confirmou que a fronteira entre Brasil e Venezuela foi parcialmente fechada hoje, com a presença de seis blindados venezuelanos, mas ponderou que a quantidade de homens é pouco expressiva e não há necessidade de reforço por parte do Brasil.

No dia em que o presidente Jair Bolsonaro entregou a proposta de reforma da Previdência ao Congresso, o vice-presidente da República, Hamilton Mourão, afirmou em entrevista à rádio Bandeirantes que o governo avalia ainda não ter os votos necessários para aprovar o texto, mas afirmou estar otimista.

Sobre a primeira derrota do governo na Câmara, sofrida nesta terça-feira (19), quando os deputados derrubaram o decreto assinado pelo vice-presidente que ampliava o poder de impor sigilo a documentos públicos, Mourão disse que o decreto apenas mudava a regulamentação da lei e não a alterava. "Minha visão é que Congresso mandou recado para o governo que temos que conversar mais com eles", disse o vice-presidente nesta quarta-feira, 20.

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Ao mesmo tempo, Mourão reforçou que Bolsonaro passou quase 30 anos dentro do Congresso e tem habilidade para se relacionar bem com os parlamentares. "Não tenho dúvida disso", disse na entrevista à rádio.

Mourão reafirmou que a reforma da Previdência não é "panaceia" para todos os males do Brasil, mas é o "grande passo para que nós cheguemos a linha de partida em condições ideais". O vice-presidente reafirmou que o governo calcula ter em torno 250 parlamentares a favor da reforma. São necessários 308 votos. "Precisamos garimpar uns 60, 70 votos para estar com segurança", disse ele. "Estou otimista."

Questionado sobre a inclusão dos militares na reforma da Previdência, Mourão declarou que, entre as mudanças, a categoria vai aumentar o tempo de permanência na atividade e as pensionistas, que hoje não contribuem, passarão a contribuir. Alunos de escolas militares, que hoje não contribuem, também vão passar a contribuir, disse ele, destacando que alguns pontos estavam sendo afinados em reunião no final da tarde desta terça, da qual não participou. "Da forma que temos nosso sistema previdenciário hoje, ele não passa de uma pirâmide financeira", disse Mourão.

Bebianno

Mourão disse que o ex-ministro Gustavo Bebianno, da Secretaria-Geral da Previdência foi "desleal" com o Bolsonaro, mas o episódio "está superado, já foi". "A divulgação dos áudios foi uma deslealdade muito grande com o presidente", disse ele. "O principal problema foram os áudios, isso rompe a intimidade", avaliou o vice.

O vice-presidente da República, Hamilton Mourão, afirmou que o ex-ministro Gustavo Bebianno, não foi mencionado na reunião do Conselho de Governo desta terça-feira (19) e que ele é coisa do passado. "É history (é história, em tradução literal)", respondeu Mourão sobre Bebianno.

O Conselho é formado pelo presidente Jair Bolsonaro, Mourão e os ministros. Hoje, no encontro semanal, participou o novo ministro da Secretaria-Geral, Floriano Peixoto, que substituirá Bebianno. Questionado sobre o que Peixoto falou na reunião, Mourão respondeu, em tom de brincadeira, que ele disse "bom dia".

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O governo publicou no Diário Oficial da União (DOU) desta terça-feira a exoneração de Gustavo Bebianno do cargo de ministro da Secretaria-Geral da Presidência. O documento de hoje também formaliza o nome do general Floriano Peixoto como o novo titular do ministério. Peixoto, que era secretário executivo da pasta, torna-se o oitavo ministro militar de Jair Bolsonaro.

O vice-presidente Hamilton Mourão saiu em defesa do presidente Jair Bolsonaro, criticado por ter demorado muito a decidir pela demissão do ministro da Secretaria-Geral, Gustavo Bebianno, prorrogando a crise pelo fim de semana. "Ele agiu com a cautela necessária", declarou, ao deixar o Planalto, depois de o porta-voz da Presidência, Otávio Rego Barros, ter anunciado a saída de Bebianno do cargo.

Mourão evitou, também, ligar a demissão às pressões dos filhos do presidente, particularmente o vereador Carlos Bolsonaro (PSC), do Rio, desafeto do ex-ministro desde os tempos de campanha. "Foi uma decisão do presidente e não tem nada a ver com questões familiares", afirmou.

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Em outro momento, mais uma vez, Mourão elogiou a forma como Jair Bolsonaro conduziu o processo, evitou falar do PSL e elogiou a capacidade do presidente de promover o entendimento com os partidos da base aliada. "O PSL não é meu partido. Não posso emitir opinião sobre algo que não tem nada a ver comigo, apesar de ser do governo e o PSL ser o principal partido da base aliada", declarou Mourão.

E acrescentou: "O presidente tem habilidade e capacidade para superar qualquer crise dessa natureza". Questionado se esse problema todo, às vésperas do envio ao Congresso da reforma da Previdência e do pacote anticrime do ministro da Justiça, Sérgio Moro, o vice-presidente amenizou as consequências dos embates dos últimos dias. Sobre a diferença de tratamento dado por Bolsonaro a Bebianno e o ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio, que também foi acusado de irregularidades no patrocínio de candidatos-laranjas, mas que foi poupado pelo governo, o vice-presidente respondeu: "Uma coisa é uma coisa e outra coisa é outra coisa. Então, acho que a questão entre o presidente e o ministro Bebianno tem mais, vamos dizer assim, tem mais problemas do que a questão dos laranjas".

Diante da insistência dos repórteres sobre quais seriam esses problemas, Mourão disse não saber e ressaltou que essa "foi uma decisão de foro íntimo" do presidente. Ao ser perguntado se existia algum desgaste anterior entre os dois, emendou: "Não sei, o presidente nunca comentou isso comigo. Então, o que eu julgo é que, como eles se conhecem há algum tempo, talvez já tivessem alguns problemas aí que nunca foram ventilados".

O vice-presidente Hamilton Mourão disse na quarta-feira, 13, que não vê urgência para a discussão sobre a criminalização da homofobia. Para Mourão, "querer transformar a homofobia em um crime igual ao racismo é um passo além da necessidade". O Supremo Tribunal Federal (STF) começou a analisar o assunto nesta tarde, quando ouviu as partes envolvidas nas ações.

"Não acho que isso seja (uma pauta de) urgência. Acho que qualquer crime cometido contra qualquer pessoa, independente da opção sexual dela ou do gênero, é crime. Esse assunto de querer transformar a homofobia em um crime igual o racismo é um passo além da necessidade que temos hoje", disse a jornalistas.

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Na avaliação do vice-presidente, o Congresso Nacional é o lugar adequado para discutir o tema, por ser o Poder responsável por elaborar as leis. Nesta terça, deputados federais da frente parlamentar evangélica se reuniram com o presidente do STF, ministro Dias Toffoli, para pressioná-lo e convencê-lo a retirar os processos da pauta, o que não ocorreu.

Retomada

O Plenário do Supremo Tribunal Federal (STF)retomou nesta quinta-feira, 14, o julgamento de dois processos em que se discute se há omissão legislativa para a edição de leis que criminalizem a homofobia: a Ação Direta de Inconstitucionalidade por Omissão (ADO) 26, cujo relator é o ministro Celso de Mello, e o Mandado de Injunção (MI) 4733, de relatoria do ministro Edson Fachin. Na quarta-feira, 13, ambos os ministros apresentaram os relatórios e o Plenário ouviu a sustentação oral das partes e dos representantes das instituições aceitas no processo como amici curiae, que não são partes, mas têm interesse na questão em discussão. O julgamento prossegue com os votos dos relatores.

O vice-presidente Hamilton Mourão fez um apanhado histórico e destacou que o presidente Jair Bolsonaro foi eleito porque entendeu o sentimento de mudança desejado pela sociedade brasileira. Mourão disse, também, que Bolsonaro utilizou "uma nova metodologia de se dirigir à população, com poucos recursos".

Para o vice, o presidente tem a tarefa de "romper o imobilismo" no Brasil e está "rompendo a política do toma-lá-dá-cá", com uma nova forma de fazer indicações políticas e de se relacionar com o Congresso.

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Mourão deu as declarações nesta quarta-feira (13), no Seminário de Abertura do Ano de 2019 da Revista Voto, em Brasília. Na palestra, o vice comemorou a alta hospitalar de Bolsonaro, confirmada pelo Palácio do Planalto pela manhã. "Temos a alegria de saber que no início da tarde de hoje o presidente Jair Bolsonaro está retornando", afirmou. Mourão afirmou, ainda, que o presidente está "recuperado, capacitado e com determinação para assumir tarefas".

O vice-presidente da República, Hamilton Mourão, buscou afastar as notícias de que haveria um mal-estar com o presidente Jair Bolsonaro e contou que os dois conversaram no último final de semana, com direito a uma brincadeira no final. "Tu quer me matar?, questionou Bolsonaro em tom bem humorado ao vice-presidente, que é o primeiro na linha sucessória.

Bolsonaro reagiu a uma mensagem na qual Mourão contava que iria a um churrasco com amigos no Rio de Janeiro, enquanto o presidente passaria o dia no Hospital, onde está internado há duas semanas.

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"No sábado, eu estava lá no Rio de Janeiro, né, e aí ele tinha me mandado uma mensagem, eu respondi para ele, dizendo que eu estava indo para um churrasco da minha turma de Academia. Ele me ligou, 30 segundos depois, dizendo: 'tu quer me matar?'. Eu: 'ué, por quê?'. Aí ele: "Pô, eu nesse hospital e tu em churrasco, pô?".

Hoje, Mourão disse que tinha boas notícias e que Bolsonaro está "praticamente quase bom, em condições de voltar", mas ainda sem data para receber alta hospitalar. A expectativa é que ele deixe o hospital já nesta quarta-feira (13).

Duas semanas após uma cirurgia de retirada da bolsa de colostomia, o presidente Bolsonaro começou a se alimentar com uma dieta leve nessa segunda-feira (11), segundo o Planalto. De manhã, ele recebeu creme de frutas e chá. No almoço, comeu caldo de abobrinha com carne e biscoito. À noite, o presidente deve comer purê de batata com carne moída.

A evolução na alimentação é uma das condições para alta do hospital. Anteriormente, ele recebia apenas alimentação cremosa e água. Na noite de domingo, 10, o presidente jantou creme de abobrinha com carne e batata batidos.

Reunião

Diante da ausência de Bolsonaro, a reunião desta semana do conselho de governo, que ocorre todas às terças-feiras no Palácio do Planalto, foi cancelada. Além do presidente, o grupo é formado pelo vice e os ministros. Sem Bolsonaro, Mourão foi responsável por comandar os dois últimos encontros, porém seu nome enfrenta resistência de integrantes do governo.

"Não, não tem reunião amanhã. O presidente já está para voltar, vamos fazer semana que vem para debater melhor os assuntos", disse Mourão ao deixar o Planalto. Ele afirmou que não sabe qual será o tema da próxima reunião.

Na semana passada, a reunião ministerial com Mourão terminou apenas com um balanço geral, sem decisões relevantes. O objetivo era debater o plano de cortar 21 mil cargos, comissões e funções gratificadas. A proposta, que integra o pacote de metas para os primeiros cem dias do governo, ainda não avançou.

Como mostrou o Broadcast na semana passada, depois de assumir a presidência por apenas 48 horas após a cirurgia de Bolsonaro, em janeiro, Mourão está isolado na vice-presidência e não tem participado das decisões do governo. Nos bastidores, a avaliação é de que ele demais nas últimas semanas e invadiu o espaço do presidente.

Além de desagradar os filhos do presidente Bolsonaro, os ministros da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, e da Secretaria-Geral da Presidência, Gustavo Bebianno, também foram contrários a uma eventual interinidade do general por mais tempo. O sentimento é compartilhado até mesmo por militares.

<p>Nesta segunda-feira (11), o cientista político Adriano Oliveira analisa o afastamento de Bolsonaro da Presidência da República devido à recuperação da cirurgia feita no dia 27 de janeiro. Internado desde então, o presidente não passou o exercício momentâneo da função para o vice, o general Hamilton Mourão. Por isso, questões importantes continuam suspensas, como a Reforma da presidência.</p><p>O programa Descomplicando a política, além da exibição na fanpage do LeiaJá, em vídeo, toda terça-feira, a partir das 19h, também é apresentado em duas edições no formato de podcast, as segundas e sextas-feiras.&nbsp;</p><p>Confira mais uma análise a seguir:</p><p>&nbsp;</p><p>
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A internação prolongada do presidente Jair Bolsonaro aliada a resistências de sua família, e até mesmo de ministros com assento no Palácio do Planalto, a deixar o general Hamilton Mourão, vice-presidente da República, assumir temporariamente o governo tem provocado a paralisia de ações do Executivo.

Na prática, assuntos que precisam do aval de Bolsonaro estão suspensos, aguardando seu retorno às atividades para uma decisão final. Além de mandar segurar, "até segunda ordem", nomeações e dispensas no segundo escalão em repartições federais, para conter brigas por cargos entre aliados - como mostrou ontem o jornal O Estado de S. Paulo -, Bolsonaro não bateu o martelo sobre a melhor proposta para a reforma da Previdência.

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O núcleo político do governo diverge da equipe econômica, por exemplo, em relação às regras de transição para o novo modelo de aposentadoria. Além disso, outro projeto que depende da alta de Bolsonaro para ter continuidade é a medida provisória do recadastramento de armas de fogo.

Segundo o ex-deputado Alberto Fraga (DEM-DF), que auxiliou o Planalto na preparação do decreto regulamentando a posse de armas, o governo só espera Bolsonaro voltar às suas funções para editar a medida. "Estamos aguardando o presidente sair do hospital para tratar disso", disse Fraga.

O acordo sobre a cessão onerosa do excedente da Petrobrás é outra agenda que está em compasso de espera. Líderes do governo no Senado e no Congresso também não foram escolhidos ainda porque precisam passar pelo crivo do presidente.

Cirurgia

Bolsonaro completará 15 dias de internação na próxima segunda-feira. Ele se submeteu a uma cirurgia para reconstrução do trânsito intestinal no último dia 28. Ontem, segundo os médicos, o presidente retirou dreno e sonda, mas continua se recuperando de uma pneumonia. À época da cirurgia, Mourão chegou a assumir o comando do governo por 48 horas. Extrovertido, deu várias entrevistas, mas acabou desagradando a filhos de Bolsonaro, que aconselharam o pai a não prolongar a licença médica.

A expectativa inicial era de que o presidente deixasse o hospital na semana passada, mas, com as complicações ocorridas, como a pneumonia diagnosticada anteontem, ainda não há prazo definido para a alta. Aliados esperam que até o meio da próxima semana Bolsonaro volte a despachar no Planalto. A previsão dos médicos é de que ele fique hospitalizado de cinco dias a uma semana.

Mourão está isolado em seu gabinete e só às terças-feiras coordena a reunião do Conselho de Governo com ministros. O clima de indefinição no Planalto é alimentado pela falta de um canal direto permanente tanto do núcleo político quanto do grupo de militares com Bolsonaro.

Na semana passada, por exemplo, a reunião ministerial com Mourão terminou apenas com um balanço geral, sem decisões relevantes. O objetivo era debater o plano de cortar 21 mil cargos, comissões e funções gratificadas. A proposta faz parte do pacote de metas para os primeiros cem dias do governo, mas ainda não avançou.

Nos bastidores, a avaliação de filhos do presidente e até mesmo de alguns militares é a de que Mourão busca protagonismo desde o período de transição. Com isso, Bolsonaro teria sentido o seu espaço invadido. No Planalto, os ministros da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, e da Secretaria-Geral, Gustavo Bebianno, também foram contrários à interinidade do general. O vice diz ser leal a Bolsonaro e fica muito aborrecido com o que chama de "intrigas".

De qualquer forma, o receio é tamanho que Bolsonaro optou por retomar o trabalho no hospital ainda ontem, um dia após ser diagnosticado com pneumonia. Ele se reuniu com o ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, e com o subchefe de Assuntos Jurídicos da Casa Civil, Jorge Oliveira.

A viagem dos dois para São Paulo foi decidida na última hora. Tudo porque o presidente ficou preocupado com notícias de que o governo estava paralisado e decidiu mostrar que está se recuperando. "Sem sonda, alimentado, em recuperação plena, necessária e sem distorções. Agora, despachando com o ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes, e com o subchefe de Assuntos Jurídicos, Jorge Francisco de Oliveira. O Brasil não pode parar!", escreveu Bolsonaro no Twitter.

Um ministro disse que Bolsonaro está sendo "poupado" de boa parte das atividades de governo, mas se queixa de "especulações" de que estaria desligado da função. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Na ausência do presidente Jair Bolsonaro, o vice-presidente da República, Hamilton Mourão, comandará nova reunião ministerial nesta terça-feira, 5. A pauta é a organização administrativa do Governo Federal. O encontro acontecerá no Palácio do Planalto, a partir das 9 horas.

Inicialmente, Mourão fará um discurso de abertura. Em seguida, será a vez do ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, tratar do assunto da reunião, seguido pelo ministro da Secretaria-geral, Gustavo Bebianno, e pelo ministro da Secretaria de Governo, Alberto Santos Cruz.

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Os demais ministros também terão um espaço para fazer considerações. Embora não esteja oficialmente na pauta, há expectativa de que questões como reforma da Previdência e o início do ano legislativo serão abordadas. Mourão, no entanto, negou que a reforma será objeto de discussão e disse que "Previdência é só com o presidente".

Esta será a segunda reunião ministerial sem a presença de Bolsonaro, que está internado no hospital Albert Einstein, em São Paulo, há uma semana. Após apresentar febre e acúmulo de líquido na região intestinal, o porta-voz da Presidência, Otávio do Rêgo Barros, anunciou que o presidente não deve ter alta antes dos próximos sete dias. A previsão do Palácio do Planalto é que Bolsonaro pudesse voltar a Brasília nesta quarta-feira, 6, o que não ocorrerá. O presidente está agora internado em terapia semi-intensiva no Hospital Albert Einstein e precisará receber antibióticos ao longo da semana para evitar um quadro de infecção.

O vice-presidente da República, Hamilton Mourão, vai acompanhar a sessão Solene do Congresso Nacional para o início do ano legislativo. O compromisso entrou no início da tarde desta segunda-feira (4) na agenda de Mourão, pouco antes da sessão começar.

Na sessão, o ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, levará ao Congresso a mensagem do presidente Jair Bolsonaro que trata das metas e das perspectivas para o primeiro ano de governo. A mensagem, no entanto, não deve lida por Onyx, e sim por um membro da Mesa Diretora.

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Depois de lida a mensagem presidencial, será a vez do presidente do STF, ministro Dias Toffoli, fazer sua apresentação para 2019. Em seguida, deve falar o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ). A sessão será encerrada com o discurso do presidente do Senado e do Congresso, Davi Alcolumbre (DEM-AP).

O vice-presidente da República, Hamilton Mourão, afirmou, nesta segunda-feira (4), que a vitória de Davi Alcolumbre (DEM-AP) para o comando do Senado foi fruto do esforço do ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni. "Acho que foi um excelente trabalho do ministro Onyx, muito bem feito, ele está de parabéns", disse Mourão ao chegar ao Palácio do Planalto.

Questionado sobre os resultados das eleições nas duas Casas, na última semana, Mourão avaliou que "foram muito bons" e que agora é preciso esperar o começo dos trabalhos.

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Na Câmara, o deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ) se reelegeu. Sobre a sessão de votação do Senado, que foi tumultuada e teve que ser refeita, o vice-presidente afirmou que o processo foi "confuso".

O vice-presidente da República, Hamilton Mourão, disse que o senador Fernando Collor (PROS-AL) não é um nome ruim para o comando do Senado. Ao ser questionado por jornalistas sobre a candidatura de Collor para o posto, Mourão respondeu: "É um homem de experiência, foi presidente do Brasil. Não é ruim, não."

Mais cedo, ao ser perguntado se Renan Calheiros (MDB-AL) seria um bom nome para presidir o Senado, Mourão disse: "Acho que é indiferente. Não tem problema."

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O senador Fernando Collor foi o primeiro a formalizar candidatura para a presidência do Senado.

O ex-presidente da República vinha fazendo mistério sobre sua intenção de disputar o pleito. Até mesmo integrantes de seu partido não sabiam dizer se ele, de fato, seria ou não candidato.

Collor também não tem participado das reuniões entre os candidatos que fazem oposição ao senador Renan.

Segundo a assessoria de imprensa de Collor, o presidente da República, Jair Bolsonaro ligou para ele com o objetivo de desejar boa sorte no pleito.

O vice-presidente da República, Hamilton Mourão (PRTB), afirmou que era uma "questão humanitária" a saída do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) da prisão para acompanhar o velório de seu irmão, Genival Inácio da Silva, conhecido como Vavá, nesta quarta-feira (30). 

"É uma questão humanitária né. Perder um irmão é sempre uma coisa triste. Eu já perdi o meu e sei como é. Se a Justiça considerar que está ok, não tem problema nenhum", declarou, nessa terça, quando ainda estava no exercício da Presidência na noite dessa terça-feira (29).

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O irmão de Lula morreu nessa terça, em São Paulo, após lutar contra um câncer no pulmão. O ex-presidente já teve o pedido negado pela juíza da Vara de Execuções Penais de Curitiba, Carolina Lebbos, e pelo desembargador Leandro Paulsen, do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4). 

Na manhã de hoje, a defesa de Lula recorreu ao Supremo Tribunal Federal e aguarda um posicionamento do plantonista, que é o presidente da Corte, Dias Toffoli. 

O presidente em exercício, Hamilton Mourão, comentou que a informação de que um avião russo pousou em Caracas, pode ser um sinal de que o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, e apoiadores de seu governo estejam se preparando para deixar o País. "É preciso assegurar uma saída para Maduro", declarou Mourão, que tem defendido a necessidade de haver uma válvula de escape para Maduro, provavelmente em países que o apoiam, como Cuba, Nicarágua ou Rússia.

Sobre a decisão do procurador-geral da Venezuela que, nesta terça-feira, pediu ao Tribunal Supremo de Justiça (TSJ), de maioria governista, que inicie uma investigação preliminar sobre o autoproclamado presidente interino e presidente da Assembleia Nacional, Juan Guaidó, além de ter congelado as contas do líder da oposição e proibido sua saída do país, Mourão declarou: "Vamos aguardar a extensão disso aí".

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Ao ser questionado se essa não foi uma medida extrema do governo venezuelano, o presidente em exercício emendou: "Maduro está lutando pela sobrevivência dele. Temos de aguardar como vai terminar esse caso. Tem de assegurar uma saída pra Maduro.

"Hoje pousou um avião russo lá, vazio. Pode ser que esteja retirando gente já".

A resistência de Maduro e a queda de braço com Guaidó preocupa o governo brasileiro que, no entanto, comemorou a evolução do apoio ao presidente da Assembleia, no fim de semana, quando, a União Europeia reiterou a legitimidade da Assembleia Nacional da Venezuela, embora não tenha reconhecido Juan Guaidó como presidente interino.

O bloco europeu defendeu também que só "eleições livres e justas" acabariam com a crise política e humanitária Venezuelana. Os líderes europeus não reconheceram o novo mandato de Nicolás Maduro; afirmaram que a votação desrespeitou as normas democráticas.

O presidente em exercício, Hamilton Mourão, afirmou, nesta terça-feira (29), ver o nome de Rodrigo Maia (DEM-RJ), candidato à reeleição para a presidência da Câmara, como um "bom nome".

Maia fechou acordo nesta segunda-feira com o MDB, o PP e o PTB, ampliando assim seu escopo de apoio para a recondução do cargo. Aliados do parlamentar acreditam que ele tem chances reais de vencer no primeiro turno.

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"Eu acho que é um bom nome. Tem experiência, tem conhecimento do pessoal lá dentro", disse Mourão ao retornar para o Palácio do Planalto nesta tarde.

Maia já tem a seu favor PR, PSDB, PRB, PSD, PPS, DEM, Solidariedade, PSL, PROS, Avante e Podemos. PDT e PCdoB também já indicaram apoio.

Sobre a eleição para a presidência do Senado, porém, o general se limitou a dizer que o governo "dialoga com qualquer um, sem problemas".

Questionado sobre se dialogaria até mesmo com o senador Renan Calheiros (MDB-AL), que disputa a vaga internamente em seu partido, Mourão disse: "também, sem problemas".

Apesar de o presidente Jair Bolsonaro ter orientado os integrantes do Executivo a se afastarem das negociações em torno das candidaturas no Congresso, representantes do governo tem atuado nos bastidores para cacifar o senador Davi Alcolumbre (DEM-AP) para vencer o pleito.

Conforme o Broadcast Político publicou na semana passada, o ministro da Casa Civil Onyx Lorenzoni enviou o deputado federal Leonardo Quintão (MDB-MG) como emissário para convencer a atual líder do MDB no Senado, Simone Tebet (MS), a desistir de se lançar na disputa. A estratégia seria adotada para manter o senador Renan Calheiros (MDB-AL) como candidato rival e turbinar uma candidatura mais afinada ao Planalto.

O presidente em exercício general Hamilton Mourão afirmou, nesta segunda-feira (28), que o gabinete de crise do governo está estudando a possibilidade de a diretoria da mineradora Vale ser afastada de suas funções durante as investigações sobre o desastre que aconteceu na semana passada em Brumadinho, região metropolitana de Belo Horizonte.

"Essa questão da diretoria da Vale está sendo estudada pelo grupo de crise. Vamos aguardar quais são as linhas de atuação que eles estão levantando", disse a jornalistas ao deixar o Palácio do Planalto. Mourão, no entanto, admitiu não saber se o grupo pode fazer tal recomendação. "Tenho que estudar, não tenho certeza", afirmou.

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O gabinete de crise se reuniu na manhã desta segunda. Participaram da reunião os ministros da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, da Secretaria-Geral da Presidência, Gustavo Bebianno, da Secretaria de Governo, general Santos Cruz, de Desenvolvimento Regional, Gustavo Canuto, de Minas e Energia, Almirante Bento, e de Defesa, Fernando Azevedo.

O general defendeu uma punição rigorosa para os culpados, inclusive criminalmente. "Primeiro a punição que dói no bolso, que já está sendo aplicada; e segundo, se houve imperícia, imprudência ou negligência por parte de alguém dentro da empresa, essa pessoa tem que responder criminalmente. Afinal de contas, quantas vidas foram perdidas nisso daí?", disse.

Mourão destacou também que a primeira parte da ação já está sendo feita agora com o rescaldo da área, o socorro às vítimas e o resgate de corpos. "Infelizmente, a cada dia que passa é menos provável que a gente encontre alguém com vida, mas não podemos perder as esperanças", disse.

Questionado sobre se, após o desastre, o governo poderia fazer uma defesa mais enfática do meio ambiente, levando o tema para o centro das decisões, Mourão afirmou que o presidente Jair Bolsonaro já sinalizou tal posição no Fórum Mundial Econômico, em Davos, na Suíça, por conta da discussão sobre a permanência do Brasil no Acordo de Paris.

"Eu também já disse que nós não podemos nos furtar, que essa é uma questão moderna. Aumentou demais o número de pessoas na terra, a exploração econômica de modo que a gente possa alimentar essas pessoas todas é enorme a gente tem que, de todas as formas preservar, porque é o nosso planeta né, se não vamos ter que viver em Marte", disse.

Mourão voltou a defender que as buscas por sobreviventes ou por corpos de vítimas devem ser feitas por grupos especializados, como o Corpo de Bombeiros e as forças de Israel. Ele também afirmou que a tragédia não deverá ser tratada na reunião do conselho de ministros marcada para esta terça. "Vamos aguardar o retorno do presidente que voltará zerado, pronto para correr, nadar e fazer tudo o que tem direito", disse.

Mourão assumiu a presidência da República interinamente nesta manhã porque o presidente Jair Bolsonaro passa por uma cirurgia em São Paulo para a retirada da bolsa de colostomia. 

O governo anunciou que o vice-presidente da República, Hamilton Mourão, vai assumir a Presidência por 48 horas após a cirurgia de Jair Bolsonaro para retirada da bolsa de colostomia, agendada para as 6 horas de segunda-feira, 28, no Hospital Albert Einstein, em São Paulo. Anteriormente, havia previsão de que Mourão assumisse o cargo apenas enquanto o presidente estivesse inconsciente durante o procedimento.

De acordo com o porta-voz do Planalto, Otávio Rêgo Barros, a mudança ocorreu por indicação médica. "Nesse interregno cirurgia e recuperação, os médicos indicam, iluminam, a necessidade de estrito descanso de 48 horas", justificou. Na manhã desta sexta-feira, 25, o cirurgião Antonio Luiz de Vasconcellos Macedo, que vai comandar a cirurgia de Bolsonaro, afirmou que procedimentos como esse levam de três a quatro horas. "Está tudo bem com ele, está tudo perfeito com ele. Ele está muito bem", relatou o cirurgião, reforçando que "está tudo pronto" para realização da retirada da bolsa.

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Bolsonaro deve decolar de Brasília no domingo, 27, às 9 horas com um grupo restrito de auxiliares. Estarão com ele a primeira-dama, Michelle Bolsonaro, o ministro Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional), o chefe de gabinete, o porta-voz, o ajudante de ordem e seguranças. Na capital paulista, a comitiva deve se dirigir do aeroporto para o hospital.

No domingo, Bolsonaro vai ser submetido a exames pré-operatórios. Ele deve ser direcionado à sala da cirurgia em torno das 6 horas de segunda-feira. Depois de 48 horas, afirmou o porta-voz, o presidente estará na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) em condições de estabelecer contato com integrantes do governo, especialmente os ministros palacianos. "A previsão é que permaneça em São Paulo por até dez dias, e nesse intervalo toda estrutura foi levada para São Paulo para prover ao presidente a capacidade de estabelecer governo efetivo e eficaz junto ao nosso País e à nossa sociedade", declarou Barros.

O governo prometeu ainda informar diariamente o estado de saúde de Bolsonaro.

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