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O juiz Adriano Pinto de Oliveira, da 1ª Vara Criminal de Birigui, no interior de São Paulo, colocou 43 investigados na Operação Raio X no banco dos réus por crimes de peculato, corrupção, lavagem de dinheiro, organização criminosa e fraude à licitação. Trata-se da segunda ação penal aberta com base na ofensiva que teve como objetivo "desmantelar grupo criminoso especializado em desviar dinheiro destinado à saúde mediante celebração de contratos de gestão entre municípios e Organizações Sociais".

De acordo com Adriano, há fortes indícios de que os denunciados integram organização criminosa especializada na prática de desvios de verbas públicas destinadas à saúde e lavagem de dinheiro, "havendo indícios ainda de que isso já vinha ocorrendo há certo tempo e que atuavam, em tese, em divisão de tarefas, tanto que parte da organização está sendo presa preventivamente em outros processos que também correm em outras comarcas".

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Em sua decisão, Adriano apontou que as investigações da Raio X descortinaram um esquema de desvio de dinheiro público extremamente orquestrado e sofisticado por meio de contratos de gestão não apenas nos municípios de Birigui, mas em diversos municípios do Estado de São Paulo e também em outros estados da Federação, por meio do qual a organização criminosa desviou milhões de reais de verbas públicas destinadas à saúde.

"Segundo a Autoridade Policial, entre os anos de 2018 a 2020, o grupo utilizou as organizações sociais para firmarem contratos nas Cidades de Barueri, Penápolis, Birigui, Guapiara, Lençóis Paulista, Ribeirão Pires, Araçatuba, Mandaqui, Guarulhos, Patos, Araucária, Vargem Grande Paulista, Capanema, Agudos, Santos, Carapicuíba, Sorocaba (SP) e Belém (PA), recebendo naquele período um repasse de verbas públicas próximo a R$ 2 bilhões, estimando-se que em torno de R$ 500 milhões foram desviados da saúde pública", registrou o juiz em sua decisão.

O senador e ex-governador de São Paulo José Serra (PSDB-SP) e sua filha, Verônica Serra, se tornaram réus na Operação Lava Jato nesta quarta-feira (29), após o juiz Diego Paes Moreira, da 6ª Vara Criminal Federal, aceitar denúncia apresentada pela força-tarefa bandeirante no último dia 3.

O tucano é acusado de receber propinas da Odebrecht entre 2006 e 2007 em troca de benefícios para a empreiteira nas obras do Rodoanel Sul. A Lava Jato de São Paulo apontou que os pagamentos foram ocultados por meio de transações financeiras envolvendo offshores constituídas por Verônica Serra e o empresário José Amaro Ramos, apontado como operador do esquema.

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"José Serra e Verônica Allende Serra, entre 2006 e, ao menos, 2014, ocultaram e dissimularam, por meio de numerosas operações bancárias, a natureza, a origem, a localização e a propriedade de valores sabidamente provenientes de crimes, notadamente de corrupção passiva e ativa, de fraudes à licitação e de cartel, praticando, assim, atos de lavagem de capitais", resumem os procuradores da Lava Jato na denúncia.

Os procuradores apontam que Serra solicitou o pagamento de propina de R$ 4,5 milhões da Odebrecht e indicou que gostaria de receber o montante no exterior. A denúncia indica ainda que o valor foi pago pela empreiteira 'supostamente para fazer frente a gastos de suas campanhas ao governo do estado de São Paulo'. Além disso, a Lava Jato diz que Serra recebeu R$ 23,3 milhões entre 2009 e 2010, em contrapartida à liberação de créditos havidos junto à Dersa.

"Neste contexto, realizaram numerosas transferências para dissimular a origem dos valores, e os mantiveram em uma conta de offshore controlada, de maneira oculta, por Verônica Serra até o final de 2014, quando foram transferidos para outra conta de titularidade oculta, na Suíça", indicou a Lava Jato São Paulo.

A Justiça Federal recebeu quatro denúncias do Ministério Público Federal contra 21 investigados por supostas fraudes de R$ 26 milhões em benefícios do INSS no Piauí e no Maranhão. A Procuradoria da República informou nesta segunda-feira (15) que o grupo foi preso preventivamente em maio pela Polícia Federal, na Operação 'A Grande Família'.

Segundo o Ministério Público Federal, o esquema "era estruturalmente ordenado e caracterizado pela divisão de tarefas". As denúncias apontam que o grupo se dividia em quatro núcleos: familiar, operacional-modal, operacional de idosos e de agentes públicos.

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"O objetivo era obter vantagem econômica, mediante a prática de estelionato qualificado (quando praticado contra entidade pública), falsificação de documento, falsidade ideológica, uso de documentos falsificados, inserção de documentos falsos em sistema de informações, corrupção passiva, prevaricação, corrupção ativa, apropriação de valores de benefícios de pessoas idosas e organização criminosa", afirma o Ministério Público Federal em nota.

O Ministério Público Federal relata que o grupo identificava pessoas mortas que tinham benefícios do INSS em cidades do Maranhão. O esquema, apontam as denúncias, falsificava os documentos públicos (RGs) com dados dos segurados falecidos e a fotografia de um dos membros do grupo, em regra idosos, cooptados pela organização.

Os investigados, segundo a Procuradoria, falsificavam os documentos e comprovantes de residência alugados ou de propriedade dos investigados e também abriam contas correntes em bancos e casas lotéricas em Teresina. O objetivo era fazer transferência dos benefícios para Teresina.

De acordo com a Procuradoria, "para conseguir êxito na empreitada, o grupo aliciou dois servidores do INSS, em Teresina, que recebiam valores da organização para realizar a transferência dos benefícios assistenciais".

"Como esses servidores realizavam a transferência dos benefícios no sistema do INSS, automaticamente esse sistema reconhecia a atualização como prova de vida. Com isso, o benefício do cidadão que já havia falecido continuava a ser depositado em uma nova conta, aberta na capital piauiense pelo grupo criminoso", aponta a nota do Ministério Público Federal do Piauí.

Como atuava cada núcleo, segundo a Procuradoria

Núcleo Familiar - O núcleo familiar era o responsável pelo comando da organização criminosa. Era ele que coordenava a atuação dos demais e também agia pessoalmente na execução de atos criminosos como a obtenção e falsificação de documentos, cartões magnéticos, comprovantes de endereço, operações bancárias, movimentação de valores dos benefícios mantidos ilicitamente e o oferecimento de vantagens ilícitas.

Núcleo Operacional-Modal - Era o responsável por realizar os atos determinados pelos líderes, propiciando a manutenção da estrutura criminosa: deslocamento de idosos do Estado do Maranhão ao Piauí, bem como o acompanhamento de idosos aos bancos, lotéricas e agências do INSS.

Núcleo Operacional dos Idosos - Compareciam às agências bancárias, do INSS e lotéricas, fazendo o uso de documentos falsos produzidos pelos líderes da organização criminosa.

Núcleo de Agentes Públicos - Composto por dois servidores do INSS que facilitavam a transferência de benefícios previdenciários do Maranhão para a cidade de Teresina.

A Liga Espanhola de Futebol, que organiza os campeonatos na Espanha, anunciou nesta segunda-feira a expulsão por três temporadas da equipe do Reus, que joga a segunda divisão nacional, pelo não pagamento de salários aos seus jogadores, além de impor uma multa de 250 mil euros (R$ 1,07 milhão).

A inadimplência nos últimos meses fez com que vários jogadores deixassem o clube, que ficou com apenas quatro profissionais. Os atletas agora estão livres para assinar pela equipe que eventualmente desejar contratá-los.

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Russell Platt e Clifton Onolfo, dois investidores norte-americanos, anunciaram há uma semana a compra de 99,7% das ações do clube, que possui uma dívida de 5 milhões de euros (R$ 21,5 milhões).

Fundado em 1909, o Reus é o 20.º colocado na segunda divisão espanhola, que conta com 22 equipes. O time soma cinco vitórias, seis empates e 10 derrotas, com 21 pontos ganhos. O time tem 15 dias para apelar perante o Tribunal Administrativo de Deporte (TAD, na sigla em espanhol).

COPA DO REI - O estádio Benito Villamarín, do Betis, em Sevilha, com capacidade para 61 mil torcedores, vai ser o local da final da edição desta temporada da Copa do Rei, que será no dia 25 de maio, superando a disputa com o estádio Mestalla, do Valencia.

O Betis está nas quartas de final e empatou o primeiro jogo contra o Espanyol. O duelo de volta está marcado para esta quarta-feira, em Sevilha. Outros confrontos são: Valência x Getafe (primeiro jogo: 0 x 1), Barcelona x Sevilla (0 x 2) e Girona x Real Madrid (2 x 4).

Dez parlamentares condenados pela Justiça continuam a exercer seus mandatos e não tiveram as penas executadas, pois ainda dispõem de recursos contra a decisão no Supremo Tribunal Federal (STF). Esses processos fazem parte do conjunto de 52 ações penais que permaneceram na Corte mesmo após a restrição ao foro privilegiado, segundo levantamento do Estadão/Broadcast.

É o caso do senador Valdir Raupp (MDB-RO), condenado em 2002 a 6 anos de reclusão. A ação penal chegou ao STF em outubro de 2003, sob relatoria do ministro Celso de Mello, e ainda não tem decisão. Raupp também é réu na Corte por investigações da Operação Lava Jato.

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Na terça-feira, o deputado federal Nelson Meurer (PP-PR) se tornou o primeiro parlamentar réu da Lava Jato a receber condenação da Corte. Além de Meurer, outros seis deputados federais e três senadores foram sentenciados por delitos como peculato, falsidade ideológica eleitoral, crime contra o sistema financeiro e fraude em licitação.

Condenado em maio de 2017 por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, o deputado Paulo Feijó (PR-RJ) representa um caso emblemático sobre a pendência de decisões tanto no Supremo quanto no Congresso.

Quando a Corte analisou sua ação penal, de envolvimento do escândalo dos Sanguessugas, decidiu também decretar a perda automática do mandato, por sugestão do ministro Luís Roberto Barroso. Por ter sido condenado a mais de 12 anos de prisão em regime fechado, os ministros entenderam que a sanção era uma consequência lógica em função de o deputado ter de cumprir pena na cadeia.

No entanto, depois de mais de uma década da acusação, Feijó continua livre e exercendo seu mandato. Ainda resta ao Supremo analisar um recurso apresentado em novembro, e a Câmara briga no STF contra a decisão de perda automática do mandato.

Divergências

O caso de Feijó instigou o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), a entrar com uma ação no STF contra a decisão da Corte. Barroso foi sorteado como relator e decidiu enviar o processo para análise do plenário. O questionamento de Maia foi feito em janeiro, em meio a cobranças para que a Câmara instaurasse o processo de cassação do deputado federal afastado Paulo Maluf (PP-SP).

Assim como Feijó, Maluf foi condenado a mais de 7 anos de prisão, em maio do ano passado - e, por isso, os ministros decretaram a perda de seu mandato. No entanto, somente após o ministro Edson Fachin mandar executar a pena, em dezembro, hoje revertida em domiciliar, que o Congresso se viu obrigado a afastar Maluf e, apenas em fevereiro, instaurou o processo de cassação, ainda não concluído. O ex-prefeito de São Paulo foi condenado novamente no mês passado, a mais de 2 anos de prisão domiciliar e pagamento de multa.

A perda automática do mandato divide o Supremo, colocação apontada pelo próprio Maia na ação apresentada ao STF. Enquanto a Primeira Turma entende que a decisão de perda de mandato pode ser tomada pela Corte, a Segunda Turma atribui a função somente ao Congresso. A questão chegou a ser discutida na terça-feira, quando a Segunda Turma condenou Meurer. Mas, por três votos a dois, a perda do mandato foi barrada. Os ministros decidiram que a Câmara será notificada para deliberar sobre o mandato assim que não couber mais recurso na ação penal de Meurer. Esse tipo de determinação ocorreu nos casos de outros quatro parlamentares.

Prescrição

Um dos recursos que Cassol apresentou contra sua condenação estava pautado para a sessão plenária da quarta-feira, mas não foi julgado. O senador se tornou réu no STF em 2011, por fraude em licitação. Foi condenado em 2013, quando as ações penais ainda eram julgadas pelo plenário da Corte, não pelas turmas.

No fim de 2017, o senador conseguiu reverter com um recurso sua pena de mais de 4 anos, em regime semiaberto, para restritiva de direito com prestação de serviços à comunidade. O processo é cobrado pela Procuradoria-geral da República (PGR) para ser julgado, assim como o caso do senador Valdir Raupp.

Sentenças desproporcionais

O advogado Michel Saliba, defensor do deputado Nelson Meurer (PP-PR), afirmou que respeita a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de condenar seu cliente, mas que recorrerá assim que o acórdão for publicado. Os demais parlamentares condenados pelo Supremo consideram as sentenças desproporcionais e se dizem inocentes.

Investigados por envolvimento na Máfia dos Sanguessugas, os deputados Nilton Capixaba (PTB-RO) e Paulo Feijó (PR-RJ) foram condenados por receber vantagens indevidas. Capixaba afirmou que foi inocentado em três ações sobre fatos relacionados e que o mesmo deveria ter ocorrido no processo pelo qual foi condenado. Já Feijó negou irregularidades.

Condenada por delitos na compra de livros didáticos quando foi secretária estadual de Educação de Tocantins, a deputada Dorinha Rezende (DEM-TO) afirmou que o Tribunal de Contas da União não identificou irregularidades.

O deputado Ronaldo Lessa (PDT-AL), que entrou com novo recurso contra sua condenação no dia 25, afirmou que é inocente e que o caso em que foi acusado de calúnia eleitoral prescreveu.

O senador Acir Gurgacz (PDT-RO) disse que é inocente e vai esperar publicação do acórdão da decisão e deve recorrer da sentença. Procurados, o deputado Roberto Góes (PDT-AP) e o senador Valdir Raupp (MDB-RO) não responderam. A defesa do senador Ivo Cassol (PP-RO) afirmou que não se manifestaria. A defesa do deputado afastado Paulo Maluf (PP-SP) não foi localizada. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral e a ex-primeira dama Adriana Ancelmo se tornaram réus de mais uma ação na Justiça, por peculato. O juiz Guilherme Schilling Pollo Duarte, da 32ª Vara Criminal do Rio, aceitou denúncia do Ministério Público Estadual que acusa ambos de usarem helicópteros do governo estadual em 2.501 viagens pessoais, sendo 2.281 vezes por Cabral e mais 220 vezes por Adriana.

Na decisão, o magistrado ressaltou que a "autoria e a materialidade dos crimes" estão minimamente delineados na denúncia do MP. Além das viagens, Cabral teria comprado duas aeronaves mais modernas e confortáveis, por meio de licitações suspeitas, no valor total de R$ 32 milhões. As negociações também estão sob investigação. Para o MP-RJ, os dois helicópteros comprados são mais luxuosos que os outros pertencentes ao Estado e, portanto, aumentaram os custos de manutenção e combustível.

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"Verifica-se que os acusados já se encontram em regime de prisão provisória, inclusive com diversos mandados prisionais efetivamente cumpridos", escreveu Schilling na decisão. O ex-governador já cumpre penas que juntas ultrapassam 100 anos e responde a mais de 20 processos.

Segundo depoimentos de testemunhas, entre elas pilotos, a aeronave modelo Agusta AW 109 Grand New, de alto luxo, era usada quase com exclusividade pelo ex-governador, sua mulher, seus filhos e babás. Porém, por vezes, no trajeto entre o Rio de Janeiro e a casa de veraneio de Cabral no condomínio Portobello, em Mangaratiba, outros dois helicópteros eram usados simultaneamente para transportar amigos do casal, amigos e namoradas dos filhos, parentes e empregados domésticos.

O juiz destacou que as declarações das testemunhas se juntam à "farta documentação" que justifica o procedimento da ação penal. Apenas o gasto total das viagens ultrapassa R$ 19 milhões. A pena pelo crime pode chegar a 12 anos.

Um tribunal do Vaticano iniciou nesta terça-feira (18) o primeiro julgamento da 'era Francisco' de ex-dirigentes do hospital infantil da Santa Sé em Roma, Bambino Gesù, por desvio de fundos para a reforma do luxuoso apartamento do cardeal Tarcisio Bertone, então secretário de Estado.

A primeira audiência foi realizada na sala judicial do Vaticano na presença de oito jornalistas credenciados junto à Santa Sé.

Giuseppe Profiti, ex-presidente do hospital romano Bambino Gesù, e Massimo Spina, ex-tesoureiro do mesmo estabelecimento, que pertence à Santa Sé, compareceram ante o tribunal acompanhados de seus advogados.

O julgamento começou na ausência do beneficiário da corrupção, número dois do Vaticano sob o pontificado de Bento XVI (2005-2013), e responsável pela nomeação de Profiti como presidente do hospital em 2008.

Bertone poderá ser convocado como testemunha, segundo os advogados de defesa. Os dois réus teriam utilizado 422.000 euros dos fundos da Fundação Bambino Gesù, que recebe os aportes para o maior hospital romano especializado em pediatria.

Delito cometido na Cidade do Vaticano

O dinheiro terminou nas mãos da empresa de Gianantonio Bandera, com sede legal na Inglaterra, embora o "crime tenha sido cometido na Cidade do Vaticano, a partir de novembro de 2013 até 28 de maio de 2014", segundo indicou a Santa Sé em um comunicado difundido em 13 de julho.

Com a abertura deste julgamento, o papa Francisco quer demonstrar seu desejo de transparência na gestão das finanças do Vaticano e romper com a cadeia de intrigas, favores, desperdício e má gestão reinantes.

"Não se pode falar de pobreza e ter uma vida de faraó", comentou Francisco no início do seu pontificado.

Este é o terceiro julgamento público recente após o realizado em 2012 contra o mordomo do papa Bento XVI, Paolo Gabriele, por vazar para a imprensa documentos privados do pontífice, e pelo escândalo Vatileaks contra espanhol Lucio Angel Vallejo Balda e a italiana Francesca Chaouqui, condenados em 2016 pelo vazamento de documentos sobre a organização econômica interna.

Neste novo julgamento, a justiça do Vaticano quer estabelecer se os dois funcionários cometeram peculato com dinheiro público, seu nível de responsabilidade e provavelmente irá requisitar estudos sobre a reforma do apartamento de Bertone.

O escândalo foi revelado no livro do jornalista Emiliano Fittipaldi, que acusou Bertone de utilizar dinheiro do hospital para a sua reforma.

Bertone, que se retirou do cargo em 2013, assegurou que as obras de reforma deste apartamento custaram 300.000 euros do seu próprio. Outros 200.000 euros teriam sido depositados pela Fundação do Bambino Gesù, apesar de assegurar que não estava a par disso.

Segundo a imprensa italiana, o apartamento mede 700 m2, mas Bertone assegura que são menos de 300 m2, e que o compartilha com três religiosas e uma secretária.

A Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF), por unanimidade, rejeitou nesta terça-feira, 21, os embargos de declaração apresentados pelo ex-ministro Paulo Bernardo contra a decisão do próprio colegiado, em setembro, que recebeu a denúncia contra a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR), o empresário Ernesto Kugler Rodrigues e Paulo Bernardo, ex-ministro dos governos Lula e Dilma. Com a decisão, a Segunda Turma determinou a imediata reautuação do processo como ação penal, formalizando que os três denunciados se tornaram réus.

Ex-ministro dos governos Dilma e Lula, Paulo Bernardo, Gleisi Hoffmann e Ernesto Kugler Rodrigues foram investigados pelo recebimento de R$ 1 milhão de propina de contratos firmados entre empreiteiras e a Petrobras. O dinheiro que teria sido utilizado para custear parte da campanha eleitoral da petista em 2010, segundo a denúncia da PGR, que foi aceita pela Segunda Turma do STF em setembro passado.

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Os embargos declaratórios podem ser aceitos para "sanar obscuridade, contradição, omissão, ou ainda para correção de erro material". Ao apresentar este tipo de recurso, a defesa do ex-ministro afirmou que há uma contradição entre a versão da acusação - de que Paulo Bernardo solicitou propina ao ex-diretor de abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa - e depoimentos de Alberto Youssef e do próprio Paulo Roberto Costa, que em acareação posterior teriam negado haver recebido solicitação de vantagem indevida por parte do ex-ministro.

A Procuradoria-Geral da República havia se posicionado contra a aceitação dos embargos. "Tendo a inicial descrito adequadamente as condutas ilícitas atribuídas ao embargado, com base em elementos de prova que são suporte à narrativa, não há contradição passível de ser sanada. O embargante, na verdade, pretende rediscutir os fundamentos da decisão impugnada, objetivando a sua reforma, o que não se afigura possível em sede de embargos de declaração".

O senador Lindbergh Farias (PT-RJ) afirmou que a proposta Romero Jucá (PMDB-RR) que pode blindar os membros da linha sucessória da presidência da República é um "escândalo". Ele considera que o texto não tem condições de ser aprovado na Casa.

"Eles estão perdendo a compostura, estão se lixando para a opinião da sociedade", comentou Lindbergh. A apresentação da proposta gerou reação da oposição. O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), classificou o texto como a "PEC da indecência". "No momento em que o Supremo Tribunal Federal (STF) decide sobre a permanência de réus na linha sucessória, o Senado quer propor o contrário. É uma PEC para prever que investigados possam permanecer", avaliou Randolfe.

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Um mês depois de o Supremo Tribunal Federal (STF) formar maioria para que réus não possam fazer parte da linha sucessória da Presidência da República, o ministro Marco Aurélio enviou nesta sexta-feira, 2, o processo ao gabinete do ministro Dias Toffoli, que havia pedido vista no julgamento. Qualquer demora beneficia o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), que se tornou réu nesta quinta-feira, 1, por peculato e é o segundo na linha sucessória do presidente Michel Temer.

O gabinete de Marco Aurélio enviou os autos do processo cerca de 30 minutos depois de Toffoli divulgar nota à imprensa esclarecendo que ainda não havia recebido os papéis.

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"O Gabinete do Ministro Dias Toffoli comunica que não recebeu os autos da ADPF 402 e, por essa razão, nos termos do art. 1º da Resolução do STF nº 278, de 15 de dezembro de 2003, que regulamenta o art. 134 do Regimento Interno, o prazo para devolução da vista ainda não se iniciou", informou Toffoli em nota à imprensa nesta tarde, às 16h53. Às 17h20, o gabinete do ministro Dias Toffoli recebeu os autos do processo. Procurado, Marco Aurélio não respondeu aos questionamentos sobre a demora no envio do processo ao colega.

Réu

Desde o dia 3 de novembro, quando o STF formou maioria para determinar que réus não podem fazer parte da linha sucessória da Presidência da República, o processo estava parado no gabinete de Marco Aurélio. O ministro é o relator da ação proposta pela Rede Sustentabilidade.

Seis ministros do STF, entre eles Marco Aurélio, já votaram pela proibição de réus na linha sucessória da Presidência da República, mas o julgamento foi interrompido com o pedido de vista de Toffoli. Se o julgamento tivesse sido concluído em novembro, Renan teria de se afastar agora da Presidência do Senado, por ter se tornado réu por peculato.

Nesta quinta-feira, 1, Marco Aurélio também votou no sentido de acolher a denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) contra Renan pelos crimes de peculato, falsidade ideológica e uso de documentos falsos. Por 8 a 3, o STF decidiu aceitar a denúncia apenas por peculato - Toffoli votou pela rejeição total da denúncia.

Regime interno

Conforme resolução do STF, o ministro que pedir vista dos autos deverá devolvê-los no prazo de 10 dias, contados da data que os receber em seu gabinete. Esse prazo pode ser prorrogado por mais 10 dias. O gabinete de Toffoli esclareceu que o prazo regimental para a devolução se encerra no dia 21 de dezembro. No entanto, auxiliares do STF destacam que tradicionalmente os prazos não são cumpridos à risca pelos ministros.

Depois do retorno do processo ao gabinete do ministro relator, o julgamento deverá prosseguir na segunda sessão ordinária que se seguir à devolução - a última sessão está marcada para 19 de dezembro. Cabe à presidente do STF, ministra Cármen Lúcia, definir a pauta de cada sessão. A conclusão do julgamento deve ficar, então, para o ano que vem, quando Renan já não for mais presidente do Senado, o que o livraria do constrangimento de ter de deixar o cargo.

Por unanimidade, a Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu aceitar nesta terça-feira, 27, a denúncia contra a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) e o marido, o ex-ministro do Planejamento Paulo Bernardo, que se tornaram réus na Operação Lava Jato.

Votaram pelo recebimento da denúncia os cinco ministros que compõem a Segunda Turma: o relator do processo, Teori Zavascki, e os ministros Gilmar Mendes, Dias Toffoli, Ricardo Lewandowski e Celso de Mello. "Considero que as declarações em colaboração premiada seriam suficientes para juízo de recebimento da denúncia. Aqui há elementos que vão muito além das declarações prestadas em colaboração premiada, de modo que considero preenchidos os requisitos para o recebimento da denúncia e voto nesse sentido", disse Teori.

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Gleisi se tornou a primeira senadora com mandato atualmente alvo de uma ação penal por suposto esquema de corrupção na Petrobras. Desde março de 2015, Gleisi e Bernardo são investigados por suposto recebimento de R$ 1 milhão de propina de contratos firmados entre empreiteiras e a Petrobras.

As investigações apontam que o dinheiro foi usado para custear parte da campanha eleitoral da petista em 2010. Eles negam a acusação. Em abril, a Polícia Federal encaminhou indiciamento de Gleisi ao Supremo. Em maio, a Procuradoria-Geral da República (PGR) ofereceu a denúncia contra o casal. "Existe descrição clara dos fatos. Para embasar a peça acusatória, o Ministério Público apresenta elementos concretos", ressaltou o ministro Teori Zavascki.

Ciência

Durante o julgamento, o subprocurador-geral da República Paulo Gustavo Gonet destacou que a senadora e Paulo Bernardo tinham "plena ciência" do esquema criminoso instalado na Petrobras e da "origem espúria dos recursos que receberam".

"A denúncia descreve fatos. A denúncia é rica em pormenores, está confortada em elementos de convicção suficientes para que a denúncia seja recebida", disse Gonet. "Os denunciados tinham plena ciência do esquema criminoso e da origem espúria dos recursos que receberam", ressaltou.

De acordo com o subprocurador-geral da República, o engenheiro e ex-diretor de Abastecimento da petroleira Paulo Roberto Costa esperava colher apoio de Gleisi e Bernardo "para permanecer nas suas funções" na empresa. "(Costa) Confiava na importância do casal dentro do partido que governava o País; ele, ministro de Estado e ela, provável senadora", afirmou o subprocurador-geral da República.

Subsídio

Para o ministro Celso de Mello, as informações colhidas em delações premiadas podem subsidiar a ação do Ministério Público. As defesas de Gleisi e Paulo Bernardo alegaram que a Procuradoria-Geral da República se baseou exclusivamente nas delações premiadas de Paulo Roberto Costa e Alberto Youssef para apresentar a denúncia.

"Se é certo que o depoimento do agente colaborador somente ele não pode servir de suporte a qualquer condenação penal, trata-se, na verdade, de uma clara restrição legal, mas de outro lado nada impede que as declarações emanadas de agentes colaboradores possam subsidiar a ação do Ministério Público. Como bem destacou o ministro Teori Zavascki, há outros elementos que autorizam nessa fase inaugural do processo penal o recebimento integral da denúncia contra os acusados", ressaltou Celso de Mello.

O júri do caso da morte do médico Artur Eugênio entrou no quarto dia neste sábado (24). A data marca o início da fase de interrogatório dos réus de Cláudio Amaro Gomes Júnior e Lyferson Barbosa da Silva.

Cláudio começou a ser ouvido pela juíza Inês Maria de Albuquerque por volta das 16h. Ainda neste sábado Lyferson também deve ser interrogado. Antes disso, terminaram as exibições do último vídeo, de um total 22, de testemunhas no julgamento.

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Cláudio está sendo julgado por homicídio duplamente qualificado (por motivo torpe e recurso que impossibilitou a defesa da vítima) em concurso material com furto qualificado mediante fraude com comunicação falsa do crime e dano qualificado pelo uso de substância inflamável. 

Já Lyferson responderá por homicídio duplamente qualificado (por motivo torpe e recurso que impossibilitou a defesa da vítima) em concurso material com o crime de dano qualificado.

Caso 

O médico Artur Eugênio de Azevedo, de 35 anos, foi assassinado no dia 12 de maio de 2014. O corpo do cirurgião foi encontrado na BR-101, no bairro de Comporta, no município de Jaboatão dos Guararapes. 

Segundo a denúncia do MPPE, a motivação do crime seriam desentendimentos profissionais entre Cláudio Amaro Gomes e a vítima. De acordo com os autos, Cláudio Amaro Gomes, apontado como o mandante do crime, teria contado com a ajuda do filho Cláudio Amaro Gomes Júnior para executar o plano de homicídio. 

Cláudio Júnior teria pago Jailson Duarte César para contratar outros dois homens – Lyferson Barbosa da Silva e Flávio Braz – para matar Artur Eugênio de Azevedo Pereira.

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O juiz Sérgio Moro abriu ação penal contra catorze alvos da Operação Abismo, 31.ª etapa da Lava Jato que descobriu suposto esquema de propinas nas obras do Centro de Pesquisas e Desenvolvimento da Petrobras (Cenpes). Entre os acusados estão o empreiteiro Léo Pinheiro, da OAS - que está negociando delação premiada -, o lobista Adir Assad, o ex-tesoureito do PT Paulo Ferreira e o ex-diretor de Serviços da estatal petrolífera Renato Duque, preso desde fevereiro de 2015 e já condenado em outra ação da Lava Jato.

O montante da propina, segundo o Ministério Público Federal, chegou a 2% do valor do contrato e dos aditivos, cerca de R$ 20,65 milhões. Os procuradores da República que integram a força-tarefa da Lava Jato sustentam que o Consórcio Novo Cenpes, formado pelas empreiteiras OAS, Carioca Engenharia, Construbase Engenharia, Construcap CCPS Engenharia e Schahin Engenharia, teria vencido a licitação de obras de construção para ampliação do Centro "mediante ajuste fraudulento de licitação".

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A denúncia diz que a propina foi destinada a "agentes da Petrobras e a agentes políticos".

O contrato teria sido previamente atribuído às empresas componentes do Consórcio Novo Cenpes através do cartel das empreiteiras do qual a OAS era integrante e as demais empresas participavam eventualmente.

A investigação aponta para uma propina milionária que teria sido paga à empresa WTorre, que havia apresentado a melhor proposta na licitação, para que se afastasse do certame, o que propiciou a atribuição do contrato ao Consórcio.

Nesta ação penal, a Lava Jato não acusa o dono da construtora WTorre, Walter Torre, nem outros executivos da empresa que foram alvo da Operação Abismo por suspeita de receberem R$ 18 milhões em propinas para não prejudicar as empreiteiras do cartel que atuava na Petrobras e venceu a licitação do Centro de Pesquisas e Desenvolvimento Leopoldo Américo Miguez de Mello (Cenpes), no Rio de Janeiro.

Apesar disso, os procuradores da Lava Jato deixam claro ao juiz Sérgio Moro que os nomes ainda não denunciados continuarão a serem investigados. Ao todo, foram denunciados quinze investigados, incluindo novos executivos de empresas que estão na mira da Lava Jato.

Na acusação de 117 páginas assinada por 13 procuradores da força-tarefa, a Procuradoria da República aponta o pagamento de R$ 20 milhões em propinas a ex-funcionários do alto escalão da Petrobras, valor menor que os R$ 39 milhões apontados durante a deflagração da Operação Abismo, 31ª etapa da Lava Jato que mirou as obras do Cenpes. Avaliadas em R$ 850 milhões na época da licitação, em 2008, as obras do Centro de Pesquisa custaram R$ 1 bilhão.

A diferença dos valores é explicada, em grande parte, pelo fato de a denúncia ter deixado de fora as suspeitas de repasse de R$ 18 milhões do Consórcio Novo Cenpes, formado pelas empresas do cartel e que acabou ficando com a licitação, para a WTorre. Na época da licitação, a construtora que não fazia parte do "clube" que loteava as licitações da Petrobras, ofereceu o menor preço e ficou em primeiro, mas nas negociações com a estatal para fechar o acordo acabou se recusando a oferecer desconto, dando lugar ao Consórcio Novo Cenpes.

"Embora ainda não tenha sido possível precisar a forma como se deu o pagamento dos R$ 18 milhões, os documentos do procedimento licitatório demonstram que, em cumprimento ao acordo espúrio, a WTorre não ofereceu desconto suficiente e, em negociação direta com a Petrobras, o Consórcio Novo Cenpes ofereceu preço menor ao da primeira colocada, sagrando-se vencedor da licitação", afirma a denúncia.

Na acusação, os procuradores listam o depoimento do delator Ricardo Pernambuco Júnior, da Carioca Engenharia, que disse que as empreiteiras do consórcio acertaram o pagamento de R$ 18 milhões à WTorre, e também o de Ricardo Capobianco, da Construcap e que foi preso na Abismo.

Capobianco relatou aos investigadores uma reunião entre ele e outros executivos do Consórcio Novo Cenpes na qual eles definiram um "acerto com a empresa WTorre para ela desistir do certame".

Ao receber a denúncia e abrir a ação criminal contra os catorze réus da Abismo, o juiz Sérgio Moro destacou a origem da Lava Jato. "Na evolução das apurações, foram colhidas provas de um grande esquema criminoso de cartel, fraude, corrupção e lavagem de dinheiro no âmbito da Petrobras, cujo acionista majoritário e controlador é a União. Empresas fornecedoras da Petrobras, componentes ou não de cartel, pagariam sistematicamente propinas a dirigentes da empresa estatal, também em bases porcentuais sobre os grandes contratos e seus aditivos. A prática, de tão comum e sistematizada, foi descrita por alguns dos envolvidos como constituindo a 'regra do jogo'. Receberiam propinas dirigentes da Diretoria de Abastecimento, da Diretoria de Engenharia ou Serviços e da Diretoria Internacional, especialmente Paulo Roberto Costa, Renato de Souza Duque, Pedro José Barusco Filho, Nestor Cuñat Cerveró e Jorge Luiz Zelada. Surgiram, porém, elementos probatórios de que o caso transcende a corrupção e lavagem decorrente de agentes da Petrobras, servindo o esquema criminoso para também corromper agentes políticos e financiar, com recursos provenientes do crime, partidos políticos."

O empresário Ricardo Magro, dono da refinaria de Manguinhos, se tornou réu em processo que investiga desvio de recursos dos fundos de pensão dos Correios, o Postalis, e da Petrobras, o Petros. A Justiça acatou a denúncia contra outras 15 pessoas envolvidas no esquema, entre eles o ex-presidente do Postalis, Alexej Predtechensky, e o ex-diretor de investimentos do fundo, Adilson Florêncio da Costa, acusados de associação criminosa e crimes financeiros. A Justiça determinou a apreensão dos passaportes de dez envolvidos e estipulou fiança em valores superiores a R$ 4 milhões.

Dos 16 réus, sete já estavam detidos em prisão temporária desde o último dia 24. O ex-presidente do Postalis, Alexej Predtechensky, o ex-diretor Adilson Florencio, Márcio André Costa e Ronald Levinshohn tiveram a fiança estipulada em R$ 8,8 milhões. Já Paulo Cesar da Gama e Luiz Alfredo da Gama, sócios e fundadores da Universidade Gama Filho, administrada pelo grupo Galileo, tiveram a fiança estipulada em R$ 4,4 milhões.

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De acordo com a denúncia do Ministério Público Federal (MPF) do Rio, os envolvidos teriam desviado cerca de R$ 90 milhões em recursos arrecadados nos fundos de pensão para recuperar o Grupo Galileo, administrador de duas universidades particulares no Estado. A oferta de emissão de títulos da dívida, em 2011, foi feita por uma sociedade entre Márcio André Costa, proprietário do Grupo e o empresário Ricardo Magro. O negócio teria levantado R$ 81 milhões pagos pelo fundo Postalis e R$ 23 milhões pagos pela Petros.

Na avaliação dos procuradores do caso, a aquisição dos títulos pelos fundos de pensão caracteriza gestão fraudulenta. "Fica evidente que havia, um concerto de ações entre Márcio André e Adilson Florêncio, no sentido de se destinar ao Grupo Galileo recursos do Postalis, pouco importando se o investimento era seguro ou não", afirma a denúncia, assinada pelos procuradores Márcio Barra Lima e Paulo Gomes.

Também foram denunciados pela gestão fraudulenta do Postalis, o ex-presidente do fundo, Alexej Predtechensky, o ex-diretor financeiro, Ricardo Azevedo, o ex-gerente de aplicações, José Carlos Rodrigues, e a gerente de ativos, Mônica Christina Caldeira. A investigação sobre gestão fraudulenta no Petros foi desmembrada do processo pela Juíza da 5ª Vara Federal do Rio, Adriana Alves dos Santos Cruz.

De acordo com os procuradores, o investimento não tinha sido aprovado no Comitê de Investimento da Petros, mas foi executado pela diretoria executiva. "Na época, saltava aos olhos a evidente impropriedade das garantias oferecidas pelo Grupo Galileo - os recebíveis do curso de medicina. Ademais, já havia divulgação na mídia dos graves problemas financeiros pelos quais passava a Gama Filho e isso sequer é mencionado na análise realizada na Petros ou na deliberação tomada pelos denunciados", afirma a denúncia.

Nos depoimentos já colhidos, os acusados indicam que o esquema era articulado por Márcio Costa, proprietário do Grupo Galileo. Ricardo Magro disse, em depoimento, que se desfez da sociedade em março de 2011, antes da operação de venda de títulos das dívidas. Um dos principais acionistas da Refinaria de Manguinhos, Magro tem relações próximas a políticos do PMDB, como o deputado afastado Eduardo Cunha, e do PT, com sociedade com Marcelo Sereno, chefe de gabinete do ex-ministro da casa civil, José Dirceu.

Os procuradores seguem investigando o destino final dos recursos - via transferências ao exterior, doações e contratação irregular de consultorias - e avaliam possíveis relações políticas entre os acusados. Foram encontradas agendas com contatos e informações sobre os negócios, além de documentos e indícios de encontros entre os envolvidos. Entre os documentos, há indícios de que o ex-diretor de investimentos da Postalis, Adilson Florêncio, tinha conhecimento sobre a delicada situação financeira das universidades.

A operação também pediu o bloqueio de bens de 46 envolvidos, no valor total de R$ 1,3 bilhão. O levantamento dos recursos bloqueados ainda não foi concluída, mas foram apreendidos mais de 71 veículos, entre carros de luxo BMW e Mercedes Benz, e três embarcações pertencentes aos acusados. Mesmo com a falência das universidades, os fundadores mantinham extenso patrimônio de imóveis e gastos com restaurantes de luxo em viagens no exterior.

Luiz Eduardo de Oliveira e Silva, irmão e sócio do ex-ministro da Casa Civil José Dirceu, devolveu uma propina de R$ 25 mil, em dezembro de 2014, ao lobista Milton Pascowitch - pivô da ordem de prisão contra Dirceu na Operação Pixuleco, desdobramento da Operação Lava Jato. Em decisão que abre ação penal e coloca no banco dos réus o ex-ministro, o irmão dele e mais 13 investigados, o juiz federal Sérgio Moro destaca que eles "inovaram artificiosamente o estado do processo".

Segundo o Ministério Público Federal, Pascowitch e seu irmão José Adolfo teriam depositado nos dias 18 e 19 de agosto de 2014 R$ 25 mil na conta de Luiz Eduardo. O irmão do ex-ministro, "posteriormente, preocupado com a investigação na Operação Lava Jato, devolveu os valores em 26 e 30 dezembro de 2014".

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A Procuradoria da República sustenta que Luiz Eduardo fez dois depósitos na conta da Jamp Engenheiros - dos irmãos Pascowitch - o primeiro no dia 26 de dezembro de 2014, de R$ 15 mil, e outro em 30 de dezembro de 2014, de R$ 10 mil. "Tais aportes foram realizados por Luiz Eduardo com a finalidade de induzir o Juízo Federal (Sérgio Moro) dessa 13ª Vara Federal, o Ministério Público Federal e a Polícia Federal em erro, pois visavam a inovar artificiosamente o estado dos R$ 25 mil que recebera em sua conta, devolvendo-os à Jamp, e conferindo às transações uma falsa roupagem de empréstimo", afirma a força-tarefa da Lava Jato.

Para os investigadores, a conduta de Luiz Eduardo e dos irmãos Pascowitch "pretenderam produzir efeitos nos processos penais que foram instaurados no ano de 2015". O lobista foi preso na Lava Jato e fez delação premiada, na qual revelou uma suposta rede de propinas que envolvia o ex-ministro.

Na época em que Luiz Eduardo fez a devolução do dinheiro, a Polícia Federal e a Procuradoria já tinham em mira o ex-ministro Dirceu. A investigação avançava em direção à JD Assessoria e Consultoria, empresa por meio da qual Dirceu teria recebido propina do esquema Petrobras, via empreiteiras, entre 2005 e 2014.

"Há que se ressaltar que Milton, em decorrência do acordo de colaboração que celebrou com Ministério Público Federal, reconheceu o engendre criminoso e a real finalidade dos aportes efetuados pela Jamp a Luiz Eduardo, assim como da posterior restituição", apontou a denúncia, recebida por Moro.

Nesta terça-feira, 15, o juiz Sérgio Moro recebeu denúncia da Procuradoria da República, que acusa Dirceu, Vaccari e outros 13 alvos da Operação Pixuleco por corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa.

Defesa

O criminalista Roberto Podval, que defende Dirceu, disse que vai esperar a intimação da Justiça Federal. "Aí teremos dez dias para apresentarmos a defesa preliminar", disse Podval.

Ele não quis adiantar a tese que apresentará ao juiz federal Sérgio Moro. "Acho delicado apresentar (a versão) pela imprensa. Temos que respeitar o juiz."

Durante as investigações da Polícia Federal, Podval reiterou que o ex-ministro jamais pegou propinas. Ele sempre afirmou que a JD Assessoria e Consultoria recebeu por trabalhos efetivamente realizados por Dirceu, inclusive no exterior.

Podval enalteceu a decisão de Moro que excluiu do processo a filha de Dirceu, Camila, também denunciada pela Procuradora da República. "É um ato de bom senso do juiz Sérgio Moro excluir a filha do Zé Dirceu da ação penal. Isso tira o peso enorme das costas de um pai em saber que a filha não será processada injustamente."

Já o criminalista Luiz Flávio Borges D’Urso, que defende João Vaccari Neto, afirmou que o ex-tesoureiro do PT "jamais solicitou ou recebeu qualquer quantia de origem ilegal ou proveniente de propina".

"Todas as solicitações efetivadas por meio de doações ao PT ocorreram por intermédio de depósito bancário, com recibo, prestadas as contas às autoridades competentes", afirmou D’Urso.

"A defesa de Vaccari se manifesta no sentido de que apresentará a resposta à essa acusação, mais uma vez sustentando que ela reside exclusivamente em delação premiada, não havendo nenhum elemento de prova a corroborar o que foi apresentado pelo Ministério Público Federal", disse D’Urso.

O criminalista disse que é "desnecessário salientar que a lei proíbe expressamente qualquer condenação com base em delação premiada".

"De modo que a defesa reitera que esta acusação é totalmente infundada por não apresentar justa causa para a própria ação penal", concluiu o penalista.

O ex-ministro da Casa Civil José Dirceu (Governo Lula) agora é réu da Operação Lava Jato. Nesta terça-feira o juiz federal Sérgio Moro recebeu denúncia da Procuradoria da República, que acusa Dirceu, o ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto e outros 13 alvos da Operação Pixuleco, desdobramento da Lava Jato, por corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa.

Dirceu e Vaccari, quadros históricos do PT, estão presos em Curitiba, base da Lava Jato. A Procuradoria afirma que o ex-ministro recebeu, por meio de sua empresa de consultoria, a JD Assessoria, propina de empreiteiras contratadas pela Petrobras. O ex-tesoureiro do partido é acusado de ter arrecadado vantagens ilícitas para sua legenda.

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Ao todo eram 17 denunciados pela Procuradoria. O juiz Sérgio Moro, no entanto, rejeitou a acusação, 'por falta de justa causa', contra uma filha de Dirceu, Camila Ramos de Oliveira e Silva, e a arquiteta Daniela Leopoldo e Silva Facchini, que reformou a casa do ex-ministro em Vinhedo (SP), por R$ 1,8 milhão.

Os novos réus da Lava Jato são:

1) José Dirceu de Oliveira e Silva;

2) João Vaccari Neto;

3) Julio Gerin de Almeida Camargo;

4) Fernando Antônio Guimarães Hourneaux de Moura;

5) Olavo Hourneaux de Moura Filho;

6) Luiz Eduardo de Oliveira e Silva;

7) Roberto Marques;

8) Júlio César dos Santos;

9) Renato de Souza Duque;

10) Pedro José Barusco Filho;

11) Gerson de Melo Almada;

12) Cristiano Kok;

13) José Antunes Sobrinho;

14) Milton Pascowitch;

15) José Adolfo Pascowitch.

Ainda segundo a denúncia parte das propinas acertadas pela Engevix Engenharia com a Diretoria de Serviços e Engenharia da Petrobras era destinada a Dirceu e ao empresário e lobista Fernando Antônio Guimarães Hourneaux de Moura, ligado ao PT, 'por serem responsáveis pela indicação e manutenção de Renato Duque' no comando da unidade estratégica. Segundo o Ministério Público Federal, as propinas foram repassadas aos dirigentes da Petrobras, ao partido e aos acusados entre 2005 a 2014.

"Das propinas, metade ficava para os agentes da Petrobras e a outra metade ficava para o Partido dos Trabalhadores, sendo ainda parcela desta destinada a agentes políticos específicos, entre eles José Dirceu e Fernando Moura", diz a decisão do juiz da Lava Jato.

Um grupo de dez presos investigados na Operação Lava Jato (de um total de 12 previstos) foram transferidos na manhã desta terça-feira (24) da carceragem da Superintendência da Polícia Federal, em Curitiba (PR) para o Complexo Médico Penal (CMP), em Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba (RMC). Eles foram levados em um ônibus que chegou por volta das oito horas à sede da PF, no bairro Santa Cândida.

O empresário Fernando Soares, conhecido como Fernando Baiano, e o empreiteiro Gérson de Mello Almada foram mantidos na carceragem da PF porque ainda devem prestar depoimentos entre esta terça e quinta-feira, 25, e em seguida irão para o Complexo Médico Penal.

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Foram transferidos: Agenor Franklin Magalhães Medeiros, José Aldemário Pinheiro Filho, José Ricardo Nogueira Breghirolli e Mateus Coutinho de Sá Oliveira (OAS); Erton Medeiros Fonseca (Galvão Engenharia); Gerson de Mello Almada (Engevix); João Ricardo Auler (Camargo Corrêa) e Sérgio Cunha Mendes (Mendes Júnior).

O ex-diretor da Área Internacional da Petrobras Nestor Cerveró ficará na PF, pois está passando por exames médicos.

Relatório da Polícia Federal mostra que em seu novo endereço, no Complexo Médico-Penal, localizado em Pinhais, região metropolitana de Curitiba (PR), empreiteiros, operadores de propinas, executivos e o ex-diretor de Serviços da Petrobras Renato Duque - todos réus da Operação Lava Jato - poderão assistir TV e ouvir rádio. Eles também terão direito a banho de sol todos os dias por uma hora.

Nas celas do presídio não há chuveiro individual, ou seja, o banho é coletivo. E o vaso sanitário é o chamado 'boi', um buraco no chão - o preso tem de ficar de cócoras, sentado sobre os calcanhares. Nesta segunda feira, 23, a Justiça Federal mandou transferir 12 alvos da Lava Jato para o Complexo Médico-Penal, acatando solicitação da Polícia Federal. Em ofício ao juiz Sérgio Moro, que conduz todas as ações da Lava Jato, a PF alegou que não cabia mais tanto preso na Custódia da corporação.

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Outro argumento usado pela PF é que poderão "por acaso" ocorrer novas prisões no curso da Lava Jato. "No Complexo há médicos, inclusive psiquiatras e fisioterapeutas", destaca o relatório da PF, subscrito pelo delegado federal Ivan Ziolkowski.

As celas do presídio são "no mínimo 80% maiores" que as mais amplas celas da Superintendência da PF na capital paranaense. As visitas podem ser realizadas às sexta feiras, "no período vespertino, no pátio do complexo".

O pátio onde os prisioneiros da Lava Jato poderão receber seus familiares "é local amplo, aberto, com mesas e bancos". Pelas regras da nova casa dos réus da investigação sobre esquema de corrupção e propinas na Petrobras a visita dos advogados pode ocorrer a qualquer dia da semana.

Os 15 bancos que estruturaram e distribuíram US$ 98 bilhões em emissões de títulos de dívida no exterior (bonds) da Petrobras nos últimos cinco anos preparam sua defesa de uma ação coletiva aberta contra a empresa brasileira na Justiça dos Estados Unidos. No dia 3 de abril, as partes citadas no processo vão apresentar suas versões ao juiz federal Jed Rakoff. O grupo de bancos, entre os quais estão os brasileiros Bradesco BBI, Itaú BBA e BB Investimentos, contratou o escritório Skadden, Arps, Slate, Meagher & Flom para uma defesa conjunta.

Este é até agora o único processo em que os bancos que cuidaram de emissões de títulos da Petrobras aparecem como réus nos EUA. Advogados ouvidos pelo Broadcast, serviço em tempo real da Agência Estado, falam que, dependendo do desenrolar da Operação Lava Jato, que investiga as denúncias de corrupção na empresa, podem surgir novos processos de investidores ao redor do mundo que tiveram perdas e podem querer culpar os bancos, sobretudo se a petroleira deixar de honrar algum pagamento.

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A estratégia dos bancos foi fazer uma defesa conjunta. Os argumentos serão apresentados ao juiz em Nova York no dia 3. Em algumas instituições, o assunto tem sido tratado diretamente pelo alto escalão. Em um dos bancos brasileiros citados no processo, o próprio diretor jurídico tem participado das reuniões com os advogados.

A ação alega que o valor dos títulos da Petrobras reflete ativos financeiros inflados pela empresa para encobrir as propinas de empreiteiras e outras prestadoras de serviços. Além disso, a ação alega que no material distribuído aos investidores durante as ofertas dos papéis há informações enganosas, que omitem, por exemplo, as práticas de corrupção na petroleira.

Os bancos aparecem na ação como réus ao lado da Petrobras. Nesta fase inicial do processo, os investidores evitam falar em um valor de indenização para os prejuízos. Mas a ação pode envolver o pagamento de "centenas de milhões de dólares", segundo o advogado do escritório Labaton Sucharow, Michael Stocker, que representa o município de Providence, capital do Estado de Rhode Island. Caso o juiz considere os bancos culpados, as instituições também teriam que desembolsar os recursos, não apenas a Petrobras.

Advogados consultados pelo Broadcast explicam que, apesar da responsabilidade que as instituições financeiras estruturadoras têm sobre as informações prestadas em tais prospectos, práticas de corrupção são impossíveis de serem comprovadas nos documentos e nas diligencias nos quais se baseiam. O Broadcast procurou os bancos citados no processo, que preferiram não comentar.

"Os bancos são responsáveis perante aos investidores em garantir a veracidade, a suficiência e a consistência das informações do prospecto, apresentadas com base em due diligence, na opinião legal de advogados e na carta de conforto dos auditores, por eles contratados", disse um advogado que preferiu não se identificar. O mesmo advogado comenta ainda que todas as informações nos prospectos são respaldadas por documentos e aquelas relacionadas à posição da empresa no mercado são baseadas em pesquisas feitas por empresas especializadas.

"Se há alguma informação relevante que o estruturador considera que possa estar sendo omitida, o que tem a fazer é forçar a empresa até o limite a esclarecer, mas nenhuma das informações presentes no prospecto pode estar baseada em suspeitas." Ele explica que, para se resguardar de contestações, são realizadas conferências gravadas nas quais o emissor declara não haver nenhuma informação relevante que tenha deixado de ser fornecida.

A Justiça Federal em Pernambuco (JFPE) iniciou a ação penal contra dez integrantes do grupo “Sonho Real”, responsável por comercializar o título de capitalização “Pernambuco Dá Sorte”. De acordo com as investigações realizadas pela Polícia Federal (PF), dentro da Operação Trevo, os acusados se apropriavam da maior parte dos valores que deviam ser envidados à entidade beneficente Instituto Ativa.

O grupo distribuía títulos de capitalização da modalidade popular, emitidos pelas sociedades de capitalização APLUB Capitalização S.A. (Pernambuco Dá Sorte, Goiás Dá Sorte, Alagoas Dá Sorte, Capixaba Dá Sorte, Carimbó Dá Sorte, Paraíba Cap, Piauí Cap e Amazonas Dá Sorte) e Sul América Capitalização S.A. (Sulacap) (Bahia Dá Sorte). De acordo com a Justiça Federal, apesar de possuírem a autorização para a distribuição, os títulos eram comercializados por empresas denominadas Promobem, que assumiam o risco e o lucro do negócio, o que deveria ser suportado pela Aplub e Sulacap. Esse esquema de funcionamento levantou indícios da prática do crime de gestão temerária.

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Após serem citados, os dez réus terão o prazo de 10 dias para oferecer defesa por escrito. Eles são acusados de participação em organização criminosa, gestão temerária, apropriação indébita e lavagem de dinheiro.

A Operação Trevo investigou três organizações criminosas distintas, que possuíam conexões em alguns segmentos. Devido à quantidade de investigados – mais de vinte – e também pela quantidade de crimes praticados, a PF solicitou o desmembramento do processo original em três. As ações penais contra o grupo “Shock Machine” ou “Show Ball” e contra A Paraibana já estão em andamento na Justiça. 

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