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A Lei Estadual de Incentivo à Cultura de Minas Gerais está ameaçada por um projeto que tramita na Assembleia Legislativa do Estado. Isto porque o texto, de autoria do deputado estadual Coronel Sandro (PSL), prevê a "imediata revogação" da legislação em vigência que dispõe  sobre a concessão de incentivo fiscal com o objetivo de estimular a realização de projetos culturais no Estado e estabelece o funcionamentos do Sistema Estadual de Cultura, o Sistema de Financiamento à Cultura e a Política Estadual de Cultura.

A matéria está aguardando a indicação de relator na Comissão de Constituição e Justiça da Assembleia de Minas. Na justificativa do texto, o coronel, que é do partido do presidente Jair Bolsonaro, ressalta que no Congresso Nacional já tramita um projeto que revoga a Lei Rouanet e Minas Gerais precisa seguir o mesmo ritmo.

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“O atual momento da vida nacional, com um novo olhar sobre o gasto do dinheiro público, sinaliza para que não seja despendido nenhum centavo que sai do bolso do contribuinte com projetos culturais concentrados nas mãos de poucos e que não atingem a finalidade social pretendida”, observa, ao se justificar o coronel.

A proposta alega, ainda, que “a receita tributária estadual deve ser destinada na sua integralidade às demandas diretas da população, como saúde, educação, segurança pública, sendo certo que a arte e a cultura não devem ser financiadas com recursos públicos”.

“Sou a favor dos eventos culturais, mas sou contra a utilização de recursos públicos para isso”, afirmou o deputado em entrevista ao Estado de Minas.

A proposta do vice-líder do governo causou reação negativa da Secretaria Estadual de Cultura e de movimentos culturais mineiros. O órgão ressaltou, em nota, a importância da cultura para a economia mineira e disse considerar a Lei de Incentivo à Cultura “uma ferramenta fundamental de apoio e fomento à produção cultural, capaz de gerar empregos e auxiliar a retomada do crescimento econômico em Minas Gerais”.

A deputada federal Bia Kicis (PSL-DF) está coletando assinaturas para revogar a 'PEC da Bengala', proposta de emenda à Constituição que elevou de 70 para 75 anos a idade da aposentadoria compulsória de magistrados, em 2015. Um efeito prático da revogação da medida seria ampliar de dois para quatro o número de integrantes do Supremo Tribunal Federal (STF) que deixariam a Corte durante o mandato presidencial de Jair Bolsonaro. Além de Celso de Mello e Marco Aurélio Mello, que vão completar, respectivamente, 75 anos em novembro de 2020 e julho de 2021, se aposentariam também os ministros Ricardo Lewandowski e Rosa Weber.

Questionada pelo jornal O Estado de S. Paulo se não seria um favorecimento à atual gestão, a deputada Bia Kicis respondeu que não houve nenhuma ingerência no Executivo e nem conversas com o presidente sobre o assunto. "É uma iniciativa minha", disse ela, que já foi procuradora no Distrito Federal. "É um pedido recorrente porque essa PEC gerou uma grande paralisação e falta de oxigenação dentro das carreiras jurídicas". A PEC deu origem à Emenda Constitucional 88/2015 e postergou a aposentadoria de ministros do Supremo Tribunal Federal, dos demais Tribunais Superiores e do Tribunal de Contas da União.

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No âmbito do Supremo, a parlamentar afirma que a revogação da PEC da Bengala poderia trazer um "começo de equilíbrio à Corte". Segundo ela, os ministros atuais são "alinhados a pautas adversas à maioria da vontade que o povo demonstrou nas urnas". "(Com as novas indicações) Teria um tribunal mais liberal em questões econômicas e mais conservador em questão de costumes. O mais importante é deixar de ter ativismo judicial. Não queremos juízes para julgar de acordo com suas consciências, mas sim juízes para julgar de acordo com a lei e a Constituição."

Bia Kicis afirma, ainda, que a Corte sempre foi respeitada, mas nos últimos anos tem agido "de forma a perder sua credibilidade". "Se eles tiverem sua função precisa que é julgar e não legislar, vai perder a importância de qual presidente indicou. Mas, hoje, as pessoas que estão lá estão praticando ativismo".

Para revogar a PEC, são necessárias 171 assinaturas, o equivalente a um terço da Câmara dos Deputados. Bia Kicis acredita que terá esse número em pelo menos dez dias.

Veja abaixo a composição atual do Supremo Tribunal Federal e as datas de indicações de cada integrante da Corte.

Indicado por Michel Temer

- Alexandre de Moraes - 2017

Indicados por Dilma Rousseff

- Edson Fachin - 2015

- Luis Roberto Barroso - 2013

- Luiz Fux - 2011

- Rosa Weber - 2011

Indicados por Luiz Inácio Lula da Silva

- Dias Toffolli - 2009

- Ricardo Lewandowski - 2006

- Cármen Lúcia - 2006

Indicado por Fernando Henrique Cardoso

- Gilmar Mendes - 2002

Indicado por Fernando Collor de Mello

- Marco Aurélio Mello - 1990

Indicado por José Sarney

- Celso de Mello - 1989

O presidente Jair Bolsonaro confirmou a revogação da adesão do Brasil ao Pacto Global para Migração Segura, Ordenada e Regular. Na sua conta no Twitter, ele afirmou nesta quarta-feira (9) que a iniciativa foi motivada para preservação dos valores nacionais. “O Brasil é soberano para decidir se aceita ou não migrantes”, disse o presidente. “Não ao pacto migratório”, completou.

Em seguida, Bolsonaro justificou a decisão. “Quem porventura vier para cá deverá estar sujeito às nossas leis, regras e costumes, bem como deverá cantar nosso hino e respeitar nossa cultura. Não é qualquer um que entra em nossa casa, nem será qualquer um que entrará no Brasil via pacto adotado por terceiros."

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A decisão foi comunicada ao Ministério das Relações Exteriores, que orientou o corpo diplomático a transmiti-la à Organização das Nações Unidas (ONU). O Brasil aderiu ao pacto em dezembro de 2018.

Histórico

Anteriormente, Bolsonaro e o ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, criticaram os termos do pacto. No último dia 2, em Brasília, durante reunião com o secretário de Estado norte-americano, Mike Pompeo, Bolsonaro afirmou que tinha a intenção de retirar o Brasil do acordo.

Segundo o presidente, o país vai adotar critérios rigorosos para a entrada de imigrantes. Após as eleições, ele afirmou que quem “não passasse pelo crivo” não entraria no país.

Para o chanceler, o pacto é “um instrumento inadequado para lidar com o problema. "A imigração não deve ser tratada como questão global, mas sim de acordo com a realidade e a soberania de cada país”.

Acordo

Fechado em 2017 e chancelado no ano passado, o pacto estabeleceu orientações específicas para o recebimento de imigrantes, preservando o respeito aos direitos humanos sem associar nacionalidades. Dos representantes dos 193 países, 181 aderiram ao acordo. Estados Unidos e Hungria foram contrários. República Dominicana, Eritreia e Líbia se abstiveram.

No final de 2017, existiam quase 25,4 milhões de refugiados em todo o mundo. Atualmente, apenas dez países acolhem 60% das pessoas nessa situação. Só a Turquia abriga 3,5 milhões de refugiados, mais do que qualquer outro país.

O pacto global sobre refugiados aponta quatro objetivos principais: aliviar a pressão sobre os países anfitriões, aumentar a autossuficiência dos refugiados, ampliar o acesso a soluções de países terceiros e ajudar a criar condições nos países de origem, para um regresso dos cidadãos em segurança e dignidade.

Agenda

Bolsonaro participa, pela manhã, da transmissão do cargo do Comando da Marinha para o almirante de esquadra Ilques  Barbosa Junior. O presidente também tem reunião com o ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, e com a deputada federal Joice Hasselmann (PSL-SP).

Instituído em dezembro de 2003, o Estatuto do Desarmamento, da forma como é hoje, pode estar com os dias contados a partir do próximo ano, quando Jair Bolsonaro se tornará presidente do Brasil. A lei federal 10.826 restringe a venda e o porte de armas no país. Bolsonaro, por diversas vezes, já falou em revogação do estatuto. Entenda abaixo um pouco mais sobre a lei, posse e porte de arma de fogo e como poderá funcionar a partir do próximo ano.

Como é a posse e o porte de arma

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A posse de arma de fogo significa que o proprietário pode manter a arma na residência ou local de trabalho em que é responsável legal. Ela é permitida através do Estatuto do Desarmamento dentro de algumas condições. É preciso ter no mínimo 25 anos de idade, ter ocupação lícita e residência fixa, não ter sido condenado ou responder a inquérito ou processo criminal, comprovar aptidão técnica e psicológica e declarar a efetiva necessidade de possuir uma arma.

É a Polícia Federal quem avalia a necessidade da posse da arma. Por ser uma questão mais subjetiva, pode apresentar maior ou menor rigor dependendo da região. Colecionadores, atiradores e caçadores fazem o registro através do Exército.

Já o porte quer dizer que a pessoa pode transportar e carregar a arma consigo. O porte é proibido ao cidadão, exceto se for integrante das Forças Armadas, polícia, Força Nacional de Segurança Pública, guarda, agências e departamentos de segurança, segurança privada e outros. Deverá haver demonstração de necessidade do porte e comprovação de aptidão.

Como poderá ser

Em seus discursos, Bolsonaro defende principalmente mudança drástica na posse de arma de fogo, retirando a declaração de efetiva necessidade. “Posse da arma de fogo: 21 anos de idade e alguns pré-requisitos, exame psicológico, exame de manuseio e residência. Não precisa mais do que isso”, disse ele quando ainda candidato em uma entrevista na Rede TV. Para a Record, o capitão também disse: "Efetiva necessidade está comprovada pelo estado de violência que vive o Brasil". Além disso, o presidente eleito quer abolir a obrigatoriedade de renovação do registro a cada três anos, o que ele chama de “IPVA das armas”.

Sobre o porte, Jair comentou: "O porte não pode ser tão rígido como é o que temos no momento. Eu, como capitão do Exército, tenho que penar de quatro em quatro anos, para ter o porte de arma de fogo, imagina o cidadão de bem".

Aliado a isso, Bolsonaro defende o excludente de ilicitude, dispositivo presente no Código Penal, que trata da exceção para uma pessoa cometer um ato proibido, como roubar e matar. Por exemplo, se um policial está recebendo tiros de uma quadrilha, atira e mata um criminoso, ele responde pelo homicídio mas pode recorrer ao excludente de ilicitude para ser absolvido.

No plano de governo de Bolsonaro, há as seguintes frases: “Policiais precisam ter certeza que, no exercício de sua atividade profissional, serão protegidos por uma retaguarda jurídica. Garantida pelo Estado, através do excludente de ilicitude. Nós brasileiros precisamos garantir e reconhecer que a vida de um policial vale muito e seu trabalho será lembrado por todos nós! Pela Nação Brasileira!” e “Reformular o Estatuto do Desarmamento para garantir o direito do cidadão à LEGÍTIMA DEFESA sua, de seus familiares, de sua propriedade e a de terceiros!”.

O capitão do Exército costuma usar como exemplo um caminhoneiro que percebe que está tendo o estepe roubado e mata o ladrão ou um fazendeiro que vê sua terra sendo invadida pelo Movimento Sem Terra (MST). Para o político, a pessoa deve responder pelo homicídio, mas não condenada.

Bolsonaro precisará contar com o Congresso para que as mudanças sejam aprovadas. Especialistas apontam, entretanto, que ele pode flexibilizar a posse sem ajuda do Congresso. É que o estatuto fala em "declarar a efetiva necessidade" da arma, mas a exigência de comprovação foi regulamentada através do decreto 5.123/04. O decreto poderia ser modificado pelo presidente. O mesmo não vale para o porte, pois já na lei é exigida a demonstração de necessidade.

O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL), o terceiro filho do presidente eleito, na palestra que ficou conhecida no período eleitoral por causa da declaração de que para fechar o Supremo Tribunal Federal (STF) bastava um cabo e um soldado manifestou a seguinte opinião: “Pra mim efetiva necessidade é o quê? Um país onde tem 60 mil homicídios por ano, todas as pessoas têm a efetiva necessidade de andar armado. Opinião minha. Está certo ou está errado? Não sei, podemos discutir. Mas o presidente pode redigir um texto regulamentando o que é efetiva necessidade. E se ele fizer conforme eu falei, está feito, é lei. O porte dá para fazer basicamente a mesma coisa também, mas aí não seria para todo mundo, seria por categorias. O presidente pode colocar acho que até vigilante, alguma coisa assim, como as categorias... Pode facilitar muito o porte. E a posse dá para abrir geral”

Projeto

Em estágio mais avançado de tramitação, está o projeto de lei (PL) 3722/2012 do deputado Rogério Peninha Mendonça (MDB), que propõe, na prática, a revogação do estatuto. O texto está pronto para ser votado e, se não for ao final da atual legislatura, será arquivado. O político já declarou que trará a matéria novamente em 2019, devido à intenção do atual relator em apresentar um substitutivo e por acreditar que a próxima legislatura terá um perfil mais conservador.  

O projeto precisa ser aprovado por maioria simples na Câmara. Caso o texto passe sem alteração no Senado, segue para sanção do presidente. Ao longo da tramitação em comissões, o projeto original sofreu várias mudanças. Para trazer novamente a revogação do estatuto para a Câmara, Peninha pretende se reunir com parlamentares e especialistas. “Não é possível dizer em detalhes como ficará a matéria, mas ela se parecerá muito mais com a original do que com o substitutivo apresentado na comissão”, explicou em entrevista ao jornal alemão Deutsche Welle.

No senado, há o Projeto de Decreto Legislativo (PDS) 175/2017, de autoria do senador Wilder Morais (DEM). A matéria propõe uma consulta popular sobre as seguintes questões: se a população rural com bons antecedentes deve ter o porte de arma assegurado; se o Estatuto do Desarmamento deve ser revogado e substituído por uma nova lei que assegure o porte de armas de fogo a qualquer cidadão que preencher os requisitos; e se o Estatuto do Desarmamento deve ser revogado e substituído por uma lei que assegure a posse — e não o porte — de armas de fogo a qualquer cidadão preencher os requisitos. Wilder, do estado de Goiás, não foi reeleito em 2018.

Argumentos

Para o professor de direito penal da UNINABUCO Glebson Bezerra, o Estatuto do Desarmamento deveria endurecer ao invés de ser flexibilizado. "Ele precisa ser mudado, mas flexibilizar não é a solução. Em uma sociedade onde tudo é resolvido na base do grito, não é saudável armar a população. É preciso requisitos mais objetivos e mais duros, para que possamos implantar uma sociedade equânime. Associado com políticas públicas, o estatuto é válido se levado ao pé da letra", salientou ao LeiaJá.

Bezerra acredita que a medida de revogação da lei é seletiva. "Essa posse e esse porte visam dar garantias a quem tem dinheiro. A gente sabe que uma arma hoje não é barata. Nem todo mundo tem R$ 10 mil, R$ 12 mil para comparar uma arma. Defender a propriedade é papel do Estado", complementa.

Uma pesquisa do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) de 2013 apresentou que, sem o estatuto, a taxa de homicídios no Brasil seria 12,6% maior. O mesmo estudo apontou que, em média, a cada ponto percentual a mais no número de armas de fogo em uma cidade, a taxa de homicídios chega a aumentar dois pontos percentuais.

Números mostram também que nos nove anos anteriores ao Estatuto do Desarmamento, de 1995 a 2003, a taxa de assassinatos aumentou 21,4%. Nos nove anos seguintes, até 2012, a taxa cresceu 0,3%.  Segundo o artigo "Um tiro que não saiu pela culatra", do cientista social da Universidade do Estado do Rio de Janeiro Glaucio Soares e do economista do Ipea Daniel Cerqueira, a arma pode fazer com que quem a porte se sinta mais seguro, mas não repele bandidos, ao contrário, atiçaria a cobiça pelo objeto. Levantamento do Ministério Público de São Paulo (MPSP) e Instituto Sou da Paz, de 2015, constatou que quatro em cada dez armas usadas para crime tinham registro, ou seja, foram compradas legalmente e acabaram nas mãos de criminosos. Em 1999, levantamento da Secretaria de Segurança de São Paulo e  Instituto Brasileiro de Ciências Criminais (IBCCRIM) identificou que uma vítima armada tem 56% mais chance de ser assassinada.

Dados da Polícia Federal revelam que, entre 2004 e 2017, foram vendidas 805.949 armas de fogo no Brasil de forma legal, enquanto no mesmo período foram entregues voluntariamente 704.319 armas. Para o Instituto Sou da Paz, que requereu os dados através da Lei de Acesso à Informação, o resultado derrubaria o argumento de que o desarmamento tirou a 'arma do cidadão de bem'.

O Movimento Viva Brasil (MVB) é um dos mais conhecidos no combate às políticas desarmamentistas. Em seu site, o grupo diz defender a premissa de que a população brasileira deve ter preservada a liberdade individual de opção pela posse legal e responsável de armas de fogo, "compreendidas como elemento necessário ao exercício eficaz do direito à legítima defesa". Para o movimento, nenhuma campanha de desarmamento da população contribui para redução da criminalidade. "Tais ações, como se tem demonstrado, são fulcradas em questões subjetivas, números manipulados e visam somente o convencimento do cidadão honesto em abrir mão de um direito individual hoje garantido por lei e referendado pelo povo brasileiro na consulta popular realizada em 2005", diz o texto, fazendo menção ao referendo de 2005, em que 63,94% (votos válidos) da população votou a favor da comercialização de armas e munição. O MVB acrescenta sobre a lei: "Uma lei elitista e discriminatória, uma vez que impõe custos e trâmites burocráticos capazes de tornar a compra de uma arma de fogo praticamente impossível, sobretudo para a parcela da população mais desfavorecida economicamente".

A seis dias da posse, o presidente eleito Jair Bolsonaro reafirmou nesta segunda-feira (24) a defesa dos interesses da população e do desenvolvimento do país. Em mais uma postagem em sua conta no Twitter, Bolsonaro disse que assim que assumir vai revogar decisões tomadas em diferentes áreas que não têm beneficiado os brasileiros.

"Inúmeras regulamentações em todos os setores que só servem para arrecadação e entraves de desenvolvimento, sem nenhum retorno prático ao cidadão, irão ser revogadas rapidamente em meu governo”, destacou.

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Desde a campanha eleitoral, a equipe de transição tem como principal bandeira a redução dos gastos e estrutura da máquina pública. “Menos interferência do Estado significa melhores condições de vida ao brasileiro", voltou a defender Bolsonaro na manhã desta segunda-feira.

Nas últimas semanas, foram aprovadas medidas pelo Judiciário, Executivo e Legislativo que podem gerar mais custos para o futuro governo e dificultar o avanço de algumas medidas prometidas por Bolsonaro.

O futuro secretário-geral da Presidência da República, Gustavo Bebianno, chegou a reforçar que a administração a partir de 1º de janeiro terá dificuldades em garantir o equilíbrio das contas. Mas, mesmo admitindo o desafio, a equipe de Bolsonaro tem reforçado que a prioridade será o redesenho das atividades de Estado para que o cidadão possa ser melhor servido.

Natal

Mais cedo, o presidente eleito deixou uma mensagem de Natal. “Com humildade, aceitando quem tem no coração a vontade de construir um Brasil melhor, buscaremos nos próximos anos restaurar o sentimento familiar há muito desgastado em nossa sociedade, bem como a paz dentro de nossos lares. Tenhamos todos um Feliz Natal”, afirmou.

Desde sábado (22), Bolsonaro está na Ilha de Marambaia, no litoral sul fluminense. Bolsonaro passará o Natal com a família na Base da Marinha.

A Seção Judiciária de Brasília do Tribunal Regional Federal da 1a Região (TRF1) revogou o uso de tornozeleira e outras medidas cautelares aplicadas ao ex-deputado e ex-assessor da Presidência da República, Rodrigo da Rocha Loures, acusado em processo por corrupção passiva.

O ex-parlamentar teria recebido propina da empresa JBS para operar vantagens ao grupo.

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A partir de denúncia do Ministério Público Federal, investigação da Polícia Federal no ano passado apontou que Rocha Loures teria recebido uma mala com R$ 500 mil do grupo JBS.

Um vídeo registrou o momento da entrega da valise em um restaurante em São Paulo. Além dos valores, o esquema envolveria outros pagamentos de valor semelhante ou superior.

O dinheiro seria destinado ao presidente Michel Temer, que nega envolvimento no caso.

O repasse teria como finalidade garantir ao conglomerado benefícios em uma questão com a Petrobrás envolvendo preços de gás.

Prisão

Rocha Loures chegou a ser preso. Em junho do ano passado, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Edson Fachin, determinou a prisão domiciliar com obrigações como o recolhimento em casa de 20h às 6h e nos fins de semana, a proibição de contato com os demais investigados, o impedimento de sair do país, a apresentação à Justiça sempre que solicitado e o monitoramento eletrônico por meio de tornozeleira.

Na decisão, o juiz Jaime Travassos Sarinho considerou que, frente ao comportamento de Rocha Loures no inquérito, tais medidas não seriam mais necessárias.

O magistrado citou que o acusado compareceu aos atos do processo, prestou depoimento e não colocou obstáculos ou “praticou ato que indicasse predisposição a não se submeter a uma eventual pena”.

“Por outro lado, observo que o direito de locomoção do acusado está limitado por período significativo de tempo, sem que tenha havido notícia de descumprimento por parte de Rodrigo Rocha Loures de quaisquer medidas cautelares fixadas”, acrescentou o juiz. Ainda de acordo com o magistrado, o acusado teria apontado “constrangimento” no uso da tornozeleira.

Por isso, o juiz retirou a obrigação da tornozeleira, mas manteve as demais medidas cautelares.

Assim, Rocha Loures continuará tendo que se recolher, ficará impedido de contato com outros investigados e terá de se apresentar à Justiça sempre que for solicitado.

O governo federal publicou no Diário Oficial da União uma resolução do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) revogando o ato normativo que previa a redução do território quilombola de Mesquita, localizado no município Cidade Ocidental, em Goiás. A entidade estudava a possibilidade de reduzir a área do quilombo de 4,2 mil para 971 hectares.

A decisão de revogar o ato foi do Conselho Diretor da autarquia, após o Ministério Público Federal ter recomendado a anulação da medida. A Procuradoria Federal de Goiás considerou que a redução do quilombo contraria os estudos antropológicos que já haviam definido a área, além de desrespeitar a Constituição Federal e ameaçar a preservação da identidade étnica da comunidade.

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O caso mobilizou lideranças de quilombos de 27 estados do país, que foram a Brasília, no Distrito Federal, para discutir o problema e apoiar a comunidade de Mesquita. O quilombo tem mais de 270 anos e abriga 785 famílias que aguardam a conclusão do processo de regularização da terra.

 

A Procuradoria-Geral da República (PGR) solicitou neste sábado, 31, a revogação das prisões de três aliados do presidente Michel Temer, alvos da Operação Skala, deflagrada na quinta-feira, no âmbito do inquérito sobre o decreto dos portos, suspeito de irregularidades. Conforme nota oficial, a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, afirmou ao Supremo Tribunal Federal que "as medidas cumpriram o objetivo geral".

Estão presos há dois dias o advogado José Yunes, amigo do presidente há mais de 50 anos e ex-assessor dele na Presidência, o coronel da reserva João Baptista Lima Filho, também coordenador de campanhas eleitorais de Temer, e o ex-ministro da Agricultura Wagner Rossi, pai do líder do MDB na Câmara, deputado Baleia Rossi (SP). As prisões temporárias expirariam na segunda-feira. Elas poderiam ser renovadas por mais cinco dias.

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Integrantes da PGR acompanharam depoimentos colhidos dos três presos. O Ministério Público Federal havia solicitado as prisões, autorizadas pelo relator do caso, o ministro Luís Roberto Barroso, embora a Polícia Federal tivesse requerido conduções coercitivas. Também foram cumpridas ações de busca e apreensão de documentos. Segundo a PGR, três pessoas que estavam fora do País não tiveram os mandados de prisão executados, mas estão "dispostas a se apresentar à autoridade policial tão logo retornem".

A pedido de advogados de defesa, Barroso já havia indicado, em decisão sexta-feira, que poderia revogar as prisões. Ele também disse que as defesas teriam acesos ao inquérito quando as diligências sigilosas fossem encerradas. "Quanto aos pedidos de revogação das prisões temporárias, serão apreciados tão logo tenha sido concluída a tomada de depoimentos pelo delegado encarregado e pelos procuradores da República designados, ouvida a senhora procuradora-geral da República", escreveu.

Na sexta-feira, o presidente Michel Temer se disse vítima de uma "trama" e que tentam impedir sua candidatura à reeleição. Sem citar Dodge nem Barroso, a Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República criticou as prisões. "Tentam mais uma vez destruir a reputação do presidente Michel Temer. Usam métodos totalitários, com cerceamento dos direitos mais básicos para obter, forçadamente, testemunhos que possam ser usados em peças de acusação. Repetem o enredo de 2017, quando ofereceram os maiores benefícios aos irmãos Batista para criar falsa acusação que envolvesse o presidente. Não conseguiram e repetem a trama, que, no passado, pareceu tragédia, agora soa a farsa", diz o texto.

O Ministério das Cidades anunciou, na noite deste sábado (17), que a norma que mudava as regras para a renovação da Carteira Nacional de Habilitação (CNH) será revogada. Em nota, a pasta disse que o recuo é “no sentido de simplificar a rotina e levar conforto e praticidade”  aos brasileiros. 

De acordo com a resolução, prevista para entrar em vigor no próximo dia 5 de junho, os motoristas que fossem renovar a CNH teriam que fazer um novo curso teórico e uma prova, além do exame médico já habitual. A norma ainda previa que o motorista deveria fazer duas balizas para reabilitar o documento.

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A revogação, segundo o Ministério das Cidades, acontecerá "no próximo dia útil". A medida é adotada após as novas normas gerarem polêmica. Deputados federais e senadores já haviam iniciado movimentações para barrar as mudanças.

Veja a nota do Ministério das Cidades na íntegra:

Nota de esclarecimento

Por determinação do ministro das Cidades, Alexandre Baldy, o diretor do Departamento Nacional de Trânsito (Denatran) e presidente do Conselho Nacional de Trânsito (Contran), Maurício Alves, revoga a resolução 726/2018 que torna obrigatória a realização e aprovação em Curso de Aperfeiçoamento para renovação da Carteira Nacional de Habilitação.

A diretriz da atual gestão da Pasta tem por objetivo implementar ações e legislações que atendam às expectativas da população, no sentido de simplificar a rotina e levar conforto e praticidade a seu dia a dia. Esta ação acontece em conformidade com os objetivos do Governo Federal, de reduzir custos e facilitar a vida do brasileiro.

Esclarecemos que a medida é tomada com todo respeito ao trabalho da Câmara Temática de Educação, Habilitação e Formação de Condutores, ao trabalho realizado pelo Contran e todos os profissionais envolvidos. Neste sentido, informa-se que os técnicos do Denatran, do Ministério das Cidades, seguirão na busca de alcançar o objetivo de promover a cada vez mais a segurança dos usuários de trânsito, mas sempre com absoluto foco na simplificação da vida dos brasileiros e na constante busca pela redução de custos de forma a não afetar a rotina dos condutores que precisam renovar suas carteiras de habilitação/CNHs por todo o Brasil.

A revogação acontece no próximo dia útil.

Alexandre Baldy

Ministro das Cidades

O prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB), decidiu nesta sexta-feira, 9, revogar o decreto que garantia segurança pessoal de ex-prefeitos pela Polícia Militar por um ano após a saída do cargo. A medida causou polêmica e a gestão já havia recuado parcialmente sobre o decreto na quarta-feira.

Segundo nota da Prefeitura de São Paulo, divulgada nesta sexta, os secretários de Governo, Julio Semeghini, de Segurança Urbana, José Roberto de Oliveira, e da Justiça, Anderson Pomini, reuniram-se para reavaliar a medida.

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"Os secretários, que propuseram e defendem o mérito do decreto, atenderam à solicitação do prefeito para que o texto seja revogado em razão da polêmica provocada", informou a nota oficial. A decisão deverá ser publicada no Diário Oficial de sábado, 10.

Na última quarta-feira, a Prefeitura informou que alteraria a validade do decreto para que ficasse restrito ao próximo prefeito eleito. Com a mudança, segundo a Prefeitura, nem Doria nem o vice-prefeito Bruno Covas seriam beneficiados.

O decreto foi publicado no sábado, 3, e garantia até quatro policiais militares para ex-prefeitos e familiares. Com isso, Doria asseguraria a escolta mesmo durante eventual campanha para o governo paulista. Se for concorrer, ele tem de deixar a Prefeitura até 7 de abril.

Durante filiação ao PSOL, nesta segunda-feira (5), o pré-candidato a presidente do Brasil Guilherme Boulos, líder do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), se mostrou otimista quanto às suas chances para vencer na eleição presidencial. Ele chegou a dizer que espera chegar ao segundo turno para levar um projeto ao povo brasileiro. 

Indo bem além, Boulos falou sobre propostas caso se torne presidente do Brasil afirmando que a população precisa participar do governo. “Nós queremos o debate, esse é o compromisso. Quero dizer que a primeira medida que faremos, se ganharmos essa eleição, é um plebiscito para revogar as medidas ilegítimas de Michel Temer”, prometeu. 

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O dirigente também falou que o atual modelo de governabilidade está falido. “Esse ponto que chegamos é um modelo que está fazendo mal ao país. Nossa proposta é construir a sustentação com lutas e renovação parlamentar”. 

Durante sua explanação, Boulos ainda ressaltou que divergências existem em toda parte e que o “pensamento único” é da direita. “O pensamento único a gente prefere deixar para a direita, que é coisa que eles sabem fazer faz muito tempo”, alfinetou ressaltando que em um ambiente democrático as diferenças se discutem e vão ao voto. “Se prevalece a posição da maioria”, pontuou. 

Após 40 dias preso preventivamente sob a acusação de obstrução das investigações da Operação Malebolge, da Polícia Federal, o deputado estadual de Mato Grosso e vice-presidente da Assembleia, Gilmar Fabris (PSD), deixou ontem o Centro de Custodia de Cuiabá (CCC). A operação da PF investiga desvio de dinheiro público e lavagem de dinheiro. Fabris nega.

A revogação da prisão do parlamentar ocorreu por decisão dos deputados que, contrariando determinação do desembargador Ney Bello, do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1), votaram pela revogação da prisão e pela devolução do mandato. Fabris estava preso desde o dia 15 de setembro. Segundo a assessoria da Assembleia, o alvará de soltura foi enviado em forma de resolução.

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A votação dos deputados na Assembleia teve como base a decisão do Senado que reconduziu Aécio Neves (PSDB-MG) ao mandato de senador, revogando decisão do Supremo Tribunal Federal.

A decisão dos parlamentares foi respaldada no artigo 53 da Constituição Federal e no artigo 29 da Constituição Estadual. A Comissão de Ética da Assembleia Legislativa de Mato Grosso emitiu parecer pela revogação da prisão, das medidas cautelares, do afastamento do mandato e da comunicação com outros investigados ou testemunhas do deputado.

De acordo com o corregedor da Comissão de Ética da Assembleia Legislativa, deputado Saturnino Masson (PSDB), não cabe à comissão analisar os acertos da ordem do Supremo Tribunal Federal, mas compete à Casa parlamentar decidir pela manutenção ou não da prisão de um deputado.

Delação

Fabris foi citado pelo ex-governador Silval Barbosa (PMDB) em delação à Procuradoria-Geral da República como um dos que participavam do esquema de recebimento de propina com dinheiro desviado por meio do programa de pavimentação asfáltica MT Integrado e dos recursos desviados das obras da Copa 2014.

As imagens foram entregues à Procuradoria e veiculadas em emissoras de televisão em cadeia nacional. Ainda de acordo com a PF, ele repassou o conteúdo da pasta para dois advogados. A prisão a pedido da Polícia Federal havia sido determinada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal Luiz Fux.

O retorno às atividades parlamentares devem ocorrer na próxima terça-feira.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Por 4 a 2, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) decidiu anular a prisão domiciliar que foi imposta ao ex-governador do Rio de Janeiro Anthony Garotinho (PR). A maioria do TSE também retirou a proibição de Garotinho de se manifestar nos blogs, nas redes sociais e no programa de rádio do qual participa.

O ex-governador foi preso por dois agentes da Polícia Federal na manhã de 13 de setembro enquanto apresentava seu programa diário na Rádio Tupi, Fala Garotinho, na Zona Norte do Rio. Cumprindo decisão da 100ª Vara Eleitoral, ele foi levado para sua casa em Campos.

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Garotinho foi condenado no caso "Chequinho" a nove anos, 11 meses e 10 dias de prisão por corrupção eleitoral, repetida 17.515 vezes, associação criminosa, supressão de documento e coação no curso do processo.

Além do relator, Tarcisio Vieira, votaram pela revogação da prisão domiciliar os ministros Admar Gonzaga, Napoleão Nunes e o presidente do TSE, ministro Gilmar Mendes. Rosa Weber e Herman Benjamin votaram pela rejeição do habeas corpus. Luiz Fux se declarou impedido e não participou do julgamento.

No julgamento, Gilmar Mendes clamou por respostas rápidas da Justiça a pedidos de liberdade, como este feito por Garotinho. Reeditando o embate no julgamento da chapa Dilma Rousseff-Michel Temer no TSE, o ministro Gilmar Mendes criticou um pedido de vista (mais tempo para análise) do ministro Herman Benjamin no julgamento - que, no fim, terminou decidindo antecipar o posicionamento, acompanhando a divergência, e deixando a juntada do voto escrito para depois.

Visivelmente irritado, Mendes afirmou que o TSE e o Poder Judiciário como um todo não devem aguardar para decidir sobre questões de liberdade. "Agora, para conceder habeas corpus, precisa-se ter heroísmo no Brasil. Que coisa retrógrada, que coisa lamentável", afirmou.

"O que acontece é: o juiz decreta a prisão, impetra-se habeas corpus perante tribunal intermediário, o tribunal nega a liminar, vai-se ao STJ, o STJ nega a liminar, o sujeito vai ao STF, nega a liminar. E aí essa prisão se alonga indevidamente para no final daí a três meses dizer, agora se fez, ou seis meses, ou um ano. É isso que a gente chama de justiça?", disse.

"Estamos pensando no habeas corpus como ele foi inspirado por Ruy Barbosa ou nós estamos fazendo isso aqui uma repartição de carimbar? Vamos pensar no nosso ethos. Não compramos a nossa função. Um pouco de vergonha na cara. Olhe no espelho, e vê se tá cumprindo a sua função. É disso que se cuida. Não é brincar com a liberdade das pessoas. É preciso ter vergonha na cara", disse Gilmar Mendes.

Gilmar Mendes continuou. "'Ah, isso agrada os meios de comunicação, a opinião pública'. É pra isso que estamos aqui? É isso que é o 'ethos' judicial? De todas as garantias ao juiz, exatamente pra ele ter condições de atuar de forma contramajoritária. Nós achamos que devemos bater palma para maluco dançar. No caso específico, não tem a menor dúvida".

Herman Benjamin afirmou que inicialmente estava disposto a votar pela liberdade, mas discordou do relator quanto à fundamentação. "Eu não faço desse caso um tratado contra a prisão preventiva. Eu não tenho nenhum compromisso ideológico contra a prisão preventiva. Pareceu-me que havia um 'tratado contra a prisão preventiva' e, por isso, eu disse que entrei pra acompanhar o relator pelas características do caso concreto", disse Benjamin.

A Prefeitura do Cabo de Santo Agostinho, na Região Metropolitana do Recife (RMR), anunciou nesta sexta-feira (22), a reabertura das inscrições para o concurso público do município, destinado a contratação de profissionais dos níveis fundamental, médio e superior. As mais de 2 mil vagas são para atuação em várias secretarias da cidade, como Saúde, Defesa Social, Planejamento e Meio Ambiente, Programas Sociais e Educação, com remunerações que podem chegar até R$ 10 mil, a depender da função desempenhada.

Segundo informações, a medida foi realizada para inclusão de outras vagas no processo. Agora, as inscrições seguem até o dia 2 de outubro, pela internet, no site da Prefeitura. A taxa de participação é de R$ 50, para nível fundamental e médio, e de R$ 80, para nível superior. Saiba mais no edital.

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Concurso no Sertão tem inscriçoes prorrogadas

Já em Salgueiro, a Prefeitura prorrogou as inscrições para o concurso que tem como objetivo a contração temporária de profissionais com ensino médio para atuarem na Secretaria de Saúde do município. Com a nova data, os interessados poderão solicitar as candidaturas no período de 25 de setembro a 06 de outubro, presencialmente, na sede da Secretaria Municipal de Saúde de Salgueiro, situada a Av. Aurora de Carvalho Rosa nº 2240 Bairro Santo Antônio, no horário de 8 às 12h.

De acordo com o edital publicado, a remuneração será de R$ 937, com jornadas de trabalho de 40 horas semanais. Para se candidatar a uma das vagas, os interessados precisam possuir curso de Auxiliar em Saúde Bucal e registro no respectivo conselho. Todos os inscritos serão avaliados por meio de análise curricular e entrevista. Ainda segundo o certame, o concurso tem validade de dois anos, podendo ser prorrogado.

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Um plebiscito para consultar a população sobre a revogação do Estatuto do Desarmamento pode ser realizado no país, caso um projeto apresentado pelo senador Wilder Morais (PP-GO) seja aprovado pelo Congresso Nacional. Em 2003, a lei limitou a comercialização e o porte de armas de fogo. Apesar de a população ter rejeitado, em referendo, a proibição da comercialização de armas de fogo e munição em território nacional, as demais regras restritivas do Estatuto continuam valendo. 

A proposta será analisada pela Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ). O site do Senado abriu uma consulta pública para aferir a opinião dos internautas sobre o assunto nesta segunda-feira (11). Até o início da tarde, 2.264 pessoas votaram a favor da aprovação do texto. Apenas 234 pessoas se colocaram contra a matéria.

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Na proposta, o parlamentar sugere que a população seja consultada sobre três questões: se a população rural com bons antecedentes deve ter o porte de arma assegurado; se o Estatuto do Desarmamento deve ser revogado e substituído por uma nova lei que assegure o porte de armas de fogo a qualquer cidadão preencher os requisitos; e se o Estatuto do Desarmamento deve ser revogado e substituído por uma lei que assegure a posse — e não o porte — de armas de fogo a qualquer cidadão preencher os requisitos. 

Ter a posse de uma arma de fogo significa a possibilidade de manter uma arma em casa ou no trabalho. Já o porte garante o direito de andar na rua com a arma. Atualmente, a pena prevista para a posse irregular de arma de uso permitido vai de um a três anos com multa, enquanto a pena para a posse ilegal desse tipo de arma varia de dois a quatro anos, também com multa. As penas para a posse e o porte de armas de uso restrito (usadas pela Polícia e pelas Forças Armadas) são maiores e chegam a seis anos.

Para o senador, a lei atual garante segurança aos criminosos, que continuam "trabalhando" armados, mas não à população, que vive angustiada.  "As pessoas não podem ficar reféns do crime. Não podem se trancafiar cada vez mais, enquanto os criminosos andam e cometem crimes em plena luz do dia", afirmou Wilder Morais.

Contrário à reforma trabalhista aprovada pelo Congresso e sancionada pelo presidente Michel Temer (PMDB), o senador Paulo Paim (PT-RS) anunciou, nesta sexta-feira (18), a apresentação de uma série de projetos que revogam dispositivos da nova legislação.

Aprovada em julho, a reforma trabalhista abre a possibilidade para que negociações entre trabalhadores e empresas se sobreponham à legislação trabalhista, o chamado "acordado sobre o legislado". Para tentar derrubar essa mudança, Paim apresentou o PLS 252/2017.

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Paim também quer anular outros pontos da Lei 13.467/2017 como o termo de quitação anual de obrigações trabalhistas (PLS 251/2017); o trabalho intermitente (PLS 253/2017); e o trabalho em condições insalubres das gestantes e lactantes (PLS 254/2017). Segundo o parlamentar, a população está indignada com o governo por ter retirado mais de 100 direitos trabalhistas conquistados ao longo de décadas com apenas uma canetada.

"A nova lei tem vários dispositivos que são inconstitucionais, desumanos e só criam conflito ainda maior na relação empregador e empregado", disse o senador. "Há uma indignação enorme na população. Como, com uma única canetada, o Congresso e o presidente Temer anulam mais de cem direitos assegurados ao longo da história?", indagou, acrescentando.

O Ministério Público Federal recomendou a revogação da portaria do Ministério da Educação (MEC) que altera a composição do Fórum Nacional de Educação (FNE). A recomendação, feita por meio da Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão (PFDC), foi encaminhada na última terça-feira (10) ao presidente da República, Michel Temer, e ao ministro da Educação, Mendonça Filho.

A portaria foi publicada no último dia 27 de abril e exclui entidades representativas de segmentos essenciais como o campo, o ensino superior e a pesquisa em educação. O texto também estabelece que membros do colegiado devem disputar vaga, além de conceder à figura do ministro a atribuição de decidir quem ingressa ou sai da composição ativa do fórum.

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Para a Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão, a medida desrespeita as cláusulas da Constituição Federal acerca da participação e da independência, além de violar os princípios constitucionais da gestão participativa e democrática, e de contrariar a literalidade do art. 6º da Lei 13.005/2014, que pauta a atuação do FNE.

“A presente recomendação deve ser cumprida a partir de seu recebimento, destacando-se que seu descumprimento poderá caracterizar a inobservância de norma de ordem pública”, diz o texto da Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão enviado à Presidência da República e ao MEC.

Procurado pela Agência Brasil, o MEC disse que, até o momento, não recebeu a notificação do MPF. A pasta disse, por nota, que “corrigiu distorções claras" de medidas adotadas durante o governo Dilma Rousseff (2011-2016). Segundo a pasta, em portaria publicada em 2014, a gestão anterior incorporou ao FNE “representações de segmentos que já estavam representados, criando uma sobreposição, com a intenção de ampliar o número de votos nas decisões do fórum e fortalecendo o viés político-partidário”.

“A atual gestão do MEC determinou a volta da composição original do FNDE e agregou representações relevantes que estavam fora”, diz a nota do ministério. O fórum “está mantido e fortalecido, representado por diversos segmentos”, conclui a nota.

Fórum Nacional de Educação

O FNE foi criado em 2010, com as atribuições de coordenar as conferências nacionais de Educação e promover a articulação das conferências com as conferências regionais, estaduais e municipais que as precederem.

Outra função é acompanhar a execução do Plano Nacional de Educação (PNE), lei sancionada em 2014, que fixa metas para melhorar a educação até 2024. Uma das metas é investir em educação, anualmente, pelo menos o equivalente a 10% do Produto Interno Bruto (PIB, soma de todas as riquezas produzidas pelo país), até 2024. Atualmente, o setor educacional recebe o equivalente a 5,3% do PIB.

Entidades ligadas à educação consideraram a medida arbitrária e inadmissível, mas o MEC diz que a alteração evita que discussões político-partidárias interfiram na política educacional do país.

Recentemente, o Ministério da Educação publicou decreto no qual designa à Secretaria Executiva do MEC as funções de “supervisão” e “orientação” da Conferência Nacional de Educação. A Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão encaminhou na última terça-feira (9), um pedido de esclarecimentos. 

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Primeiro secretário da Câmara do Recife, o vereador Marco Aurélio (PRTB) afirmou, nesta sexta-feira (5), que os seus pares querem "dar uma de bonzinhos" e tirar a responsabilidade que têm diante da aprovação do aumento de 53,1% ao auxílio-alimentação da Casa. O reajuste foi revogado pela direção da Casa. Segundo o dirigente, que é responsável pelas finanças do Legislativo Municipal, até agora a Mesa Diretora tinha atuado com medidas para reduzir os custos, como a extinção de alguns benefícios, entre eles os carros alugados. 

“Tem um grupo de vereadores que nos procurou para reajustar [o auxílio] e este mesmo nos procurou para que nós fizéssemos a revogação do aumento”, disse ao LeiaJá. Indagado sobre quem fazia parte deste grupo ele desconversou. 

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“Houve uma votação e a verdade é que alguns vereadores, que estavam presentes na reunião e sabiam do aumento, procuraram a imprensa para dar uma de bonzinhos. Eles se ausentaram do plenário, basta que você olhe a lista de presentes do dia. Essas mesmas pessoas que fizeram isso nos procuraram querendo a revogação”, acrescentou, revelando que a decisão de recuo foi tomada na noite de ontem. 

Amenizando o impacto do reajuste que elevaria o valor do benefício de R$ 3 mil para R$ 4.595,00, Marco Aurélio disse que “todo mundo erra o que não podemos é permanecer no erro”. “Todas as medidas que já tomamos estava diferente desta. Esta Mesa só tem feito economias. A sociedade precisa saber disso, apesar desta notícia ser negativa temos a notícias boas, de enxugamento”, observou. 

A matéria que reajustou o ticket dos vereadores passou pelo crivo do Plenário no dia 26 de abril. De acordo com o site da Câmara, dos 39 apenas sete vereadores faltaram à sessão naquele dia

A divulgação do reajuste gerou um imbróglio entre a sociedade e o Legislativo Municipal. Apenas nessa quinta-feira (4), o Ministério Público de Contas de Pernambuco recebeu nove pedidos de averiguação do caso e o procurador, Cristiano Pimentel, pediu que o presidente da Casa, Eduardo Marques (PSB), se posicionasse sobre o assunto. O que não chegou a acontecer, já que o aumento foi revogado. 

Autoridades americanas suspenderam neste sábado a revogação de cerca de 60 mil vistos, depois que um juiz bloqueou o decreto migratório do presidente Donald Trump contra cidadãos de sete países muçulmanos.

"Revertemos a revogação provisória de vistos", disse um porta-voz do Departamento de Estado. "Os indivíduos que tiverem vistos que não foram fisicamente cancelados já podem viajar", assinalou.

O governo Trump "está trabalhando com o Departamento de Segurança Interna e com nossas equipes legais", à espera da revisão completa de um recurso apresentado pelo procurador-geral do estado de Washington (oeste), informou o funcionário.

"O pessoal do Departamento de Segurança Interna irá retomar a inspeção de viajantes de acordo com a política e os procedimentos padrões", assinalou o departamento, indicando, no entanto, que o Departamento de Justiça entrará com um recurso "o quanto antes" para restabelecer a proibição de entrada, que o governo Trump julga "legal e apropriada".

O governo acabou de vez com a possibilidade de abrir as ferrovias do País para um modelo aberto de operação, no qual diferentes empresas poderiam contratar a capacidade de transporte da malha federal e, a partir daí, fazer uso dos trilhos para o transporte de carga. Com a decisão, o governo esvazia um pouco mais as atribuições da estatal Valec, responsável pela gestão das ferrovias.

Segundo fontes do governo, a medida faz parte de um movimento do Palácio do Planalto para enxugar a estrutura da Valec, eliminando cargos da estatal. Neste mesmo caminho está a Empresa de Planejamento e Logística (EPL), criada em 2012 para cuidar dos estudos do trem-bala, projeto que foi abandonado, e que depois passou a cuidar do "planejamento integrado de logística no País, interligando rodovias, ferrovias, portos, aeroportos e hidrovias".

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Na quinta-feira (13) o plano desenhado para as ferrovias pela ex-presidente Dilma Rousseff foi enterrado de vez. Por meio de um decreto 8.875 publicado no Diário Oficial da União, o governo cancelou os efeitos de outro de decreto (8.129/2013), que instituía o chamado "open access" e atribuía à Valec a missão de administrar a exploração aberta das estradas de ferro. Com a decisão, fica mantido o modelo atual de outorga ferroviária, no qual o governo concede determinado trecho de ferrovia para uma única empresa, que passa a ser responsável por sua operação e manutenção.

A Valec não comentou o assunto. Por meio de nota, o Ministério dos Transportes informou que, "após mais de dois anos de edição do decreto que instituiu a política de livre acesso, mesmo com a realização de estudos no âmbito da primeira etapa do Programa de Investimento em Logística (PIL), não se logrou a realização de novas outorgas da infraestrutura ferroviária".

A proposta previa que a Valec atuasse como uma intermediária das transações de transporte, comprando a capacidade logística de empresas que responderiam pelos trechos e revendendo para terceiros, os donos das cargas. Segundo o ministério, o fracasso da tentativa está atrelado à "ausência de suficiente previsibilidade fiscal para a aquisição de capacidade pela empresa estatal, o que se agravou diante da atual crise econômica" e afastou o interesse de investidores.

"Desta forma, fez-se premente que fossem avaliados distintos modelos para o alcance dos objetivos de ampliação da infraestrutura e da ampliação da capacidade de transporte", declarou o ministério. "O referido decreto tornou-se incompatível com a nova perspectiva de concessões ferroviárias e por isso precisava ser revogado."

Apesar de permanecer com o "modelo vertical" de operação ferroviária, o governo afirma que o acesso de outras empresas à malha está garantido, "por meio do compartilhamento da infraestrutura ferroviária, na modalidade de tráfego mútuo e de direito de passagem".

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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