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O deputado Hugo Leal (PSD-RJ), relator do Orçamento de 2022, apresentou nesta segunda-feira (20) relatório em que prevê que o valor do salário mínimo passará dos atuais R$ 1.100 para R$ 1.210 no próximo ano.

Esse valor de R$ 1.210 é R$ 41,44 maior do que os R$ 1.169 estimados pelo governo Bolsonaro na divulgação da proposta de Orçamento para 2022, em agosto.

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Esse aumento se deve à disparada da inflação nos últimos meses. A previsão de alta do INPC, que serve de base para a correção anual do mínimo, passou de 8,4%, em agosto, para 10,04%. O índice exato da correção do salário mínimo, entretanto, só será realmente conhecida no início de janeiro, quando for divulgada a alta do INPC no ano fechado de 2021.

Para ter validade, o Orçamento precisa passar pela Comissão Mista (CMO) e, também, pelo plenário do Congresso Nacional. As votações estão previstas para esta segunda. Na proposta de Orçamento de 2022 enviada pelo governo ao Congresso, está prevista a correção do salário mínimo apenas pela inflação, ou seja, sem aumento real.

De acordo com informações do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), o salário mínimo serve de referência para 50 milhões de pessoas no Brasil, das quais 24 milhões de beneficiários do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).

PEC dos Precatórios

A proposta do relator contempla também os efeitos da aprovação da PEC dos precatórios, que alterou a regra do teto de gastos (limite anual para a maior parte das despesas com base na inflação do ano anterior). A PEC criou um teto anual, até 2026, para o pagamento de sentenças judiciais e alterou o período de cálculo do indicador para os precatórios.

Com isso, de acordo com os cálculos de Hugo Leal, relator do orçamento de 2022, será aberto um espaço de R$ 113,1 bilhões para novas despesas no teto de gastos. O espaço foi ampliado em relação à estimativa apresentada em novembro pela área econômica do governo, de R$ 106,1 bilhões.

Do espaço total aberto com a aprovação da PEC dos precatórios, o relator informou que R$ 54,395 bilhões foram destinados ao Auxílio Brasil, novo programa social do presidente Jair Bolsonaro, que substituiu o Bolsa Família em dezembro.

Esse valor se soma aos R$ 34,668 bilhões já previstos anteriormente para o Bolsa Família, que foi encerrado recentemente. Com isso, a dotação total do Auxílio Brasil, que pretende pagar um benefício mínimo de R$ 400 para mais de 17 milhões de famílias, passou para R$ 89,064 bilhões no próximo ano.

Além dos gastos com o Auxílio Brasil, a PEC dos precatórios, segundo cálculos divulgados na semana passada pela Instituição Fiscal Independente (IFI), órgão ligado ao Senado Federal, também abriu um espaço adicional de mais de R$ 30 bilhões para outras despesas.

R$ 5,1 bilhões para o fundão

Na versão final, o relator reajustou em R$ 3 bilhões o valor do Fundo Especial de Financiamento de Campanha, conhecido no Congresso como “fundão”, para bancar a campanha eleitoral de 2022. A peça enviada pelo governo previa no orçamento a reserva de R$ 2,1 bilhões para o fundo eleitoral no ano que vem. No entanto, na última sexta-feira (17), o Congresso derrubou o veto do presidente Jair Bolsonaro à Lei de Diretrizes Orçamentárias e garantiu um espaço fiscal de até R$ 5,7 bilhões para o fundão.

Na proposta, o relator Hugo Leal (PSD-RJ) prevê a destinação de R$ 5,1 bilhões para custear, com recursos públicos, as campanhas políticas.

Isso significa que, em 2022, o valor será mais do que o dobro em relação às duas últimas disputas, quando cerca de R$ 2 bilhões foram reservados para financiar o fundão.

*Da Câmara dos Deputados

O Conselho Europeu autorizou nesta segunda-feira (6) o início das negociações sobre um salário mínimo comum para todos os países do bloco. A ideia não é ter um valor fixo para todos, mas sim estabelecer critérios para que o pagamento seja "justo" em todos os Estados-membros da UE conforme a situação econômica e o custo de vida de cada local.

Segundo dados da própria Comissão Europeia, os salários mínimos entre os 27 países do bloco tem uma variação enorme, sendo o menor na Bulgária (300 euros por mês, o que equivale a R$ 1.926) e o maior em Luxemburgo (pouco mais de 2,1 mil euros, quase R$ 12,5 mil).

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Proposta

A liberação para a proposta apresentada pela Comissão Europeia ocorreu durante uma reunião dos ministros para o Trabalho e para Políticas Sociais e marca o início formal do processo de negociação com o Parlamento, que já havia autorizado o procedimento.

"Não podemos aceitar que pessoas que coloquem toda a sua energia para o trabalho não possam ter padrões de vida dignos. Essa lei será um grande passo para uma retribuição justa", disse o ministro do Trabalho da Eslovênia, país que ocupa a presidência rotativa do bloco, Janez Cigler Kralj.

O ministro italiano do Trabalho, Andrea Orlando, também comemorou a aprovação e disse que a medida dá "uma resposta forte a dois fenômenos que caracterizam o mercado de trabalho: o 'dumping' salarial e a presença de muitos trabalhadores pobres".

"Essa é uma boa notícia para a Europa e também para a Itália. Trata-se de um passo importante na construção de uma Europa social. A diretriz define o percurso através do qual os países podem reforçar suas contratações", pontuou ainda o italiano.

O presidente de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa, afirmou que a medida ainda "está em estudo e será flexível". Os portugueses foram os primeiros a defender publicamente a discussão da proposta, apresentada pela Comissão em outubro de 2020, enquanto estavam na presidência rotativa do bloco.

Da Ansa

A projeção para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) deste ano subiu mais uma vez e deve chegar a 9,1%, segundo o secretário especial do Tesouro e Orçamento do Ministério da Economia, Esteves Colnago. A previsão anterior era de 8,4%. Prevendo um impacto ainda maior no bolso dos brasileiros, o Governo Federal agora reconsidera a proposta do Orçamento para o salário mínimo, enviada em agosto deste ano, e que considerou o reajuste de 2022 para R$ 1.169, R$ 69 a mais que o salário mínimo atual. Se a previsão da inflação se concretizar, o salário mínimo deverá ser de, pelo menos, R$ 1.200, para acompanhar o INPC. 

O Índice funciona como base da correção anual do salário mínimo pelo governo. Além da função de definir o salário base dos brasileiros, o mínimo é também usado para reajustar benefícios do INSS, abono salarial e mais. De acordo com o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), o piso nacional serve de referência para pelo menos 50 milhões de brasileiros, sendo praticamente metade dos segurados da Previdência. 

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A Constituição determina que o salário mínimo tem de ser corrigido, ao menos, pela variação do INPC do ano anterior. Em 2021, porém, o salário mínimo de R$ 1.100 não repôs a inflação do ano passado. A correção aplicada pelo governo foi de 5,26%, mas a inflação medida pelo INPC somou 5,45% no ano passado. Para que não houvesse perda de poder de compra, o valor do salário mínimo deveria ter sido reajustado para R$ 1.101,95 neste ano. 

Em agosto, o então secretário especial do Tesouro e Orçamento do Ministério da Economia, Bruno Funchal, que deixou o cargo recentemente, informou que a compensação dos R$ 2 devidos pelo governo será feita no fim deste ano – quando for enviada a medida provisória que corrigirá o salário mínimo em 2022. 

Aumento sem cara de aumento 

De 2011 a 2019, o salário mínimo tinha, além da correção pelo INPC, um aumento baseado no Produto Interno Bruto (PIB), para que os brasileiros pudessem aumentar seu poder de compra. Desde o primeiro ano do governo de Jair Bolsonaro, porém, essa prática acabou. O salário mínimo agora tem apenas a inflação como base para correção, o que, ainda assim, não aconteceu com o salário de 2021, que ficou abaixo do previsto. 

De acordo com o balanço das fiscalizações do Procon Pernambuco, realizadas no período de 20 a 25 de setembro de 2021, o valor da cesta básica aumentou 1,91% no mês de setembro, indo de R$ 555,78 no mês de agosto, para R$ 566,40, impactando em 51,49% sobre o valor do salário mínimo do consumidor pernambucano. A pesquisa da Cesta Básica na Região Metropolitana do Recife (RMR) foi divulgada nessa quarta-feira (13).

Em comparação à pesquisa do Procon-PE realizada em setembro do ano passado (2020), a cesta básica custava R$ 449,22, o que impactava 42,99% no salário mínimo. De um ano para o outro, o aumento chega a ser de R$ 117,18, equivalente a 26,09%. Durante esse período, o leite em pó integral teve um aumento de preço de 84,34%. Cerca de 200 gramas do produto custava R$ 2,49 em 2020, mas esse ano passou para R$ 4,59. Outro destaque de sobrepreço foi o quilo do frango inteiro, que saiu de R$ 4,95 para R$ 8,89, apresentando um aumento de 79,60%.

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Para pesquisa de setembro de 2021, a equipe da gerência de fiscalização do Procon-PE avaliou 27 itens da cesta em 54 supermercados, entre alimentação, limpeza doméstica e higiene pessoal. Em comparativo do mês agosto para setembro, 17 produtos apresentaram aumento no valor, destacamos estes: açúcar cristal (39,91%), passou de R$ 2,28 para R$ 3,19; café em pó (29,53%), era R$ 3,59 foi para R$ 4,65; frango inteiro (27,18%) custava R$ 6,99, agora chega ao valor de R$ 8,89. Já dos 5 itens que apresentaram uma redução do valor, tivemos: feijão mulatinho ou carioca (-17,44%), custava R$ 4,79 e agora custa R$ 4,78; o quilo da cebola (-17,75%) reduziu de R$ 1,69 para R$ 1,39; e a carne bovina de segunda (-6,67%), foi de R$ 19,80 para R$ 18,48. Já cinco produtos continuaram com o mesmo valor.

Vale destacar que, conforme apurado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em setembro deste ano dispõe do maior resultado desde o início do Plano Renal, há 27 anos. Em setembro de 2020, o resultado havia sido de 0,64%, para esse ano, ele chega a 1,16%. O aumento do IPCA também afetou no Grande Recife, onde neste mês atingiu 1,10%, representando o maior índice do ano. O IBGE ressalta que dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados por eles, oito tiveram alta em setembro. O grupo de alimentação e bebidas chegam com aumento de 1,02%.

Além da Região Metropolitana do Recife, a pesquisa é realizada nos municípios de Goiana, Vitória do Santo Antão e Gravatá. Entre as cidades, o menor valor da cesta básica foi encontrado em Vitória, na Zona da Mata do Estado, por R$ 518,08. No site do Procon-PE é possível identificar uma listagem com estabelecimentos e endereços onde o produto poderá ser encontrado com um preço mais acessível, basta acessar o site do órgão: www.procon.pe.gov.br.

O levantamento do preço da cesta básica em agosto feito pelo Programa Estadual de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon-PE) apresentou o aumento de R$ 10,24 em relação ao mês anterior. A compra dos 27 itens na Região Metropolitana do Recife (RMR) já custa 50,53% do salário mínimo.

Entre alimentação, limpeza e higiene pessoal, 12 itens ficaram mais caros. O destaque fica para o aumento de 31,75% na batata inglesa, que o quilo era vendido por R$ 1,89 e subiu para R$ 2,49. O quilo da salsicha passou de R$ 8,20 para R$ 8,90, equivalente a 8,54%. O Procon-PE ressalta que o único item que manteve o valor de julho foi a carne de segunda, que tem o quilo comercializado por R$ 19,80.

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Por outro lado, 14 itens ficaram mais em conta. A maior queda foi de 28,53%, percebida no açúcar cristal, que passou de R$ 3,19 para R$ 2,28. O frango inteiro foi de R$ 7,99 para R$ 6,99, equivalente a 12,52%. O quilo da charque de segunda baixou 5,66% e passou de R$ 31,79 para R$ 29,99. Já na parte de limpeza, o pacote de sabão em barra saiu de R$ 5,49 para R$ 4,69, uma redução de 14,57%.

O órgão também verificou a diferença de preços cobrados entre estabelecimentos na RMR e municípios de Goiana, Gravatá e Vitória de Santo Antão, cidade onde foi encontrada a cesta básica mais barata, por R$ 512,59.

Em um dos locais, o quilo da cebola era vendido por R$ 5,99, em outro por R$ 1,69, uma variação de 254,44%. Já o pacote com quatro unidades do papel higiênico custou entre R$ 1,48 e R$ 6,99, uma diferença de 372,30%.

“Orientamos para que todos os pernambucanos utilizem essa ferramenta de pesquisa ao realizar suas compras, pois existem locais que o produto pode ser encontrado com uma diferença no valor de mais de 200%. É preciso analisar para que não prejudique as finanças dos consumidores nesse momento que já está tão difícil”, enfatiza o secretário de Justiça e Direitos Humanos, Pedro Eurico.

O governo prevê o salário mínimo em R$ 1.169 no próximo ano, de acordo com o Projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLOA) de 2022, divulgado nesta terça-feira, 31. Na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) enviada ao Congresso em abril, a estimativa para o mínimo do próximo ano era de R$ 1.147.

A correção do salário mínimo prevista no PLOA 2022 considera apenas a inflação projetada pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) em 2021.

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Ou seja, mais uma vez os trabalhadores, aposentados e pensionistas que recebem o mínimo não terão ganho real nos salários.

A estimativa da equipe econômica para alta da massa salarial nominal é de 8,94% em 2022.

O galope da inflação nos últimos meses tornou cada vez mais difícil o sustento básico da população mais pobre. Em julho, o valor da cesta básica na capital paulista para uma família de quatro pessoas quase empatou com o salário mínimo. O quadro é preocupante porque a cesta básica inclui gastos apenas para compra de 39 produtos, entre alimentos e itens de higiene pessoal e limpeza doméstica. Ficam de fora itens tão importantes quanto a alimentação, como despesas com moradia, transporte e medicamentos, por exemplo.

Levantamento mensal feito pelo Núcleo de Inteligência e Pesquisas do Procon-SP em convênio com o Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese) mostra que em julho o custo da cesta básica paulistana chegou a R$ 1.064,79. A alta foi de 0,44% em relação a junho, de 5,65% no ano e de 22,18% em 12 meses. Em 12 meses até julho, a inflação oficial medida pelo IPCA avançou 8,99%.

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No entanto, o que mais chama a atenção na pesquisa é que o valor da cesta de julho quase encostou no salário mínimo de R$ 1,1 mil. A diferença de R$ 35,21 entre o custo da cesta básica e do salário mínimo é a menor desde dezembro do ano passado (R$ 37,11). Com o "troco" dá para fazer muito pouco. É insuficiente, por exemplo, para levar para casa um quilo de carne de segunda. No mês passado, a produto era encontrado no varejo paulistano pelo preço mínimo de R$ 36,10.

"O quadro é grave. Estamos chegando ao patamar do ‘elas por elas’, com os gastos com alimentação, higiene e limpeza empatando com o salário mínimo", afirma Marcus Vinicius Pujol, diretor da Escola de Proteção e Defesa do Consumidor do Procon-SP, responsável pela pesquisa.

Ele diz que o que atenuou a situação foi o auxílio emergencial do governo federal e os programas estaduais de distribuição de renda. Segundo ele, porém, nenhum desses atenuantes reduzem a gravidade da situação, argumenta. Ele ressalta que o desemprego em alta agrava o estrago provocado pelo aumento da inflação.

Essa também é a avaliação do coordenador de índices de preços da Fundação Getúlio Vargas (FGV), André Braz. "O desemprego piora o impacto da inflação no orçamento", afirma. Uma coisa, diz ele, é ter dinheiro e os produtos e serviços irem ficando mais caros. "As famílias vão dando um jeito, compram menos, trocam de produto." Outra coisa é quando não se tem dinheiro e os produtos encarecem, argumenta. "Nesse caso, a sensação de que a inflação é muito maior é flagrante, é uma situação de impotência."

Enquanto a comida em geral acumula alta na faixa de 12% em 12 meses, os preços dos alimentos essenciais da cesta básica subiram cerca de 25%, observa Braz. Ele lembra que a expectativa era de que os preços dos alimentos recuassem um pouco mais rápido. No entanto, isso não ocorreu por causa dos problemas climáticos: falta de chuvas e geadas que castigaram as safras de vários produtos.

Na avaliação do economista da FGV, esse quadro da inflação pode se agravar ainda mais com a crise hídrica castigando a produção. Pujol, do Procon-SP, faz uma avaliação semelhante. A perspectiva, diz ele, é que a cesta básica continue pressionada nos próximos meses. "Acredito que o cenário se agrave", afirma o diretor. Problemas climáticos, como seca e geadas que afetaram as safras de vários produtos nas últimas semanas, devem ter impactos nos preços da comida e a volta à normalidade deve demorar, diz.

A pesquisa coleta preços em 40 supermercados da capital e elabora uma cesta com as menores cotações encontradas de cada item. "É a cesta mais barata dentro do universo que pesquisamos." Essa cesta "ideal" em termos de custos, na maioria das vezes, acaba sendo inviável para o cidadão comum porque requer uma grande pesquisa de preços.

No mês passado, os vilões da cesta básica paulistana foram a carne de primeira, o café em pó, o frango resfriado inteiro, o leite de caixinha e o pão francês. De 39 itens pesquisados, mais da metade (21) teve aumento de preço.

Promoções

Buscar promoções tem sido uma das saídas usadas por Irany Santos, de 45 anos, mãe de três filhos, para colocar comida na mesa. A renda da família é de cerca de R$ 1,8 mil e está cada vez mais apertada. "A carne vermelha é um absurdo", conta Irany, que acaba de conseguir um emprego como doméstica.

No passado, quando a inflação era baixa, ela lembra que chegava a comprar peças inteiras. Agora, carne é só uma vez na semana, de segunda e na quantidade exata. A família está também consumindo mais ovo e frango. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Câmara aprovou a medida provisória que eleva o salário mínimo de R$ 1.045 para R$ 1.100 a partir de 1º de janeiro. Os deputados rejeitaram todos os destaques, que poderiam mudar o teor da proposta, e o texto segue agora para análise do Senado.

A MP foi editada em 30 de dezembro e precisa ser aprovada pelos senadores até a próxima terça-feira, em 1º de junho, para não perder validade. O reajuste foi de 5,26%, correção que não repõe integralmente as perdas inflacionárias, e terá impacto de R$ 17,3 bilhões nas contas públicas, já que o piso é referência para benefícios da Previdência Social.

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Em seu parecer, o relator Newton Cardoso (MDB-MG) rejeitou todas as emendas apresentadas e manteve o texto original enviado pelo governo. Por dia, o valor do mínimo será de R$ 36,67, e por hora, R$ 5.

Um levantamento de preços do Procon-PE (Programa de Proteção e Defesa do Consumidor) aponta que a cesta básica na Região Metropolitana do Recife (RMR) saltou de R$ 525,09 para R$ 536,15 em maio, que representa o aumento de 2,11%. Da lista com 27 itens, 15 subiram e ampliaram o impacto no salário mínimo para 48,74%.

Os alimentos que ficaram mais caros foram o pacote de 500g do fubá, que teve reajuste de 16,16% e passou de R$ 0,99 para R$ 1,15. O quilo da charque de segunda, que registrou acréscimo de 9,70% e passou de R$ 29,99 para R$ 32,90. E a lã de aço, que subiu 36,21% e passou de R$ 0,58 para R$ 0,79.

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Segundo o Procon-PE, o produto com maior queda foi a batata inglesa, que baixou o preço em 20,07% e atualmente é encontrada por R$ 2,99, após bater R$ 3,59 em abril. O órgão visitou 22 estabelecimentos da RMR, sete na cidade de Goiana, nove em Vitória de Santo Antão e 12 em Caruaru, na Mata Norte e no Agreste do estado, para realizar a pesquisa. A cesta mais barata foi encontrada em Vitória por R$ 487,64.

Já a maior variação foi percebida na RMR. O pacote com quatro unidades de papel higiênico pode ser encontrado entre R$ 1,29 e R$6,39, uma diferença de 395,35%. Mais detalhes da pesquisa podem ser acessados no www.procon.pe.gov.br.

Entre março de 2020 e maio deste ano, o Procon verificou que 22 dos 27 produtos subiram o preço. Os principais foram o fubá (93,96%); o quilo do alho (82,37%) e o sabonete (81,82%).

O governo prevê um salário mínimo de R$ 1.147,00 em 2022, um reajuste de 4,27% em relação aos atuais R$ 1.100,00. Confirmado este valor, será o terceiro ano seguido de reposição do poder de compra apenas pela inflação medida pelo INPC. O último ano de aumento real no piso nacional, segundo a política de valorização do salário mínimo lançada em governos petistas, foi em 2019.

A estimativa foi divulgada pelo Ministério da Economia nesta quinta-feira, 15, no âmbito do projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO) de 2022. Para 2023, a previsão é de que o salário mínimo será de R$ 1.188, chegando a R$ 1.229 em 2024.

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O governo Jair Bolsonaro tem optado por dar apenas o reajuste pela inflação, garantido pela Constituição, devido à situação delicada das contas. Cada R$ 1 de aumento no salário mínimo tem um impacto de aproximadamente R$ 350 milhões nas despesas do governo, uma vez que o piso é referência para boa parte dos benefícios previdenciários e assistenciais.

O valor do salário mínimo previsto para 2022 ainda pode mudar ao longo deste ano, uma vez que o Ministério da Economia atualiza suas projeções de inflação para 2021, usadas como parâmetro para a correção.

Neste ano, o salário mínimo teve um reajuste de 5,26%, para os atuais R$ 1.100. O aumento foi concedido antes da divulgação oficial do resultado do INPC em 2020, que acabou subindo 5,45%. Pela lei, governo tem a opção de fazer a compensação da diferença (equivalente a cerca de R$ 2) no próximo reajuste, em 2022.

No ano passado, porém, Bolsonaro precisou editar uma Medida Provisória para antecipar a compensação, em meio à insatisfação de famílias com o reajuste abaixo da inflação e a disparada nos preços da carne. O piso, que inicialmente ficara em R$ 1.039 em janeiro de 2020, passou a R$ 1.045 no mês seguinte.

O ano de 2019 foi o último sob a vigência da política de valorização do salário mínimo, que previa aumentos pela inflação e variação do Produto Interno Bruto (PIB). Essa fórmula vigorou entre 2011 e 2019, mas nem sempre o salário mínimo subiu acima da inflação. Em 2017 e 2018, por exemplo, foi concedido o reajuste somente com base na inflação porque o PIB dos anos anteriores (2015 e 2016) teve retração.

Esta semana, a Uber divulgou que vai oferecer salário mínimo, férias remuneradas e aposentadoria aos motoristas do aplicativo no Reino Unido. A decisão aconteceu um mês após a empresa estadunidense perder uma batalha judicial, iniciada em 2016, sobre a situação trabalhista dos condutores que utilizam a plataforma no país.

Em fevereiro, durante audiência da Suprema Corte britânica, a Uber se apresentou como uma agente terceirizada de reservas, e afirmou que os motoristas que utilizam o aplicativo eram autônomos. Mas o tribunal determinou que os condutores eram trabalhadores e, portanto, grupo profissional com direitos trabalhistas garantidos. Segundo a Uber, o salário mínimo que os motoristas receberão seguirá o piso nacional pago a pessoas com mais de 25 anos, algo em torno de R$ 70 por hora.

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Com os benefícios aos motoristas, trabalhadores, líderes sindicais e especialistas têm expectativas de transformações no cenário da economia compartilhada.

No Brasil, o Ministério Público do Trabalho e ex-motoristas iniciaram batalhas na Justiça para exigir vínculo empregatício dos profissionais da Uber, o que poderia assegurar os direitos previstos pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). Mas, a Justiça brasileira tem negado a demanda.

Por Emmanueli Nunes

O Congresso Nacional precisará acomodar dentro do teto de gastos públicos cerca de R$ 10,4 bilhões, resultado da correção do salário mínimo em janeiro último. A proposta orçamentária para 2021 (PLN 28/20) ainda está parada.

O governo sugeriu o Orçamento com um salário mínimo de R$ 1.067 neste ano, ante o valor de R$ 1.045 vigente em 2020. A Medida Provisória 1021/20 estabeleceu R$ 1.100. A diferença em relação ao ano anterior, que era de R$ 22, passou então a R$ 55.

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A equipe econômica calculou que o aumento de R$ 1 no salário mínimo causará neste ano impacto líquido nos gastos de R$ 315,4 milhões. Essa conta considera a elevação das despesas e das receitas vinculadas ao valor do salário mínimo.

Assim, o impacto líquido total, estimado antes em R$ 6,9 bilhões, saltou para R$ 17,3 bilhões. Gastos vinculados ao mínimo são em geral despesa obrigatória, logo a diferença de R$ 10,4 bilhões precisará ser acomodada dentro do teto.

Inflação

O impacto do reajuste anual do salário mínimo é um dos pontos que merecerão atenção dos parlamentares na análise do Orçamento para 2021. Outros são os itens corrigidos pela inflação, como aposentadorias que superam o mínimo.

Existem benefícios abaixo e acima do mínimo. Nesses casos, a norma prevê correção anual por meio do INPC. Esse índice acumulou 5,45% em 2020, taxa superior à aplicada na MP 1021 – o governo usou previsão do mercado (5,26%).

Na semana passada, ao anunciar os números da dívida pública, o secretário do Tesouro Nacional, Bruno Funchal, disse que não está nos planos do governo editar nova MP para o salário mínimo. Eventuais ajustes ficariam para 2022.

Descasamento

A aplicação de diferentes índices de inflação nas contas públicas afetará o próprio teto dos gastos. A regra prevê que o teto será corrigido no exercício seguinte pelo IPCA acumulado em 12 meses até julho. Para este ano, em 2,13%.

Por outro lado, algumas despesas serão corrigidas pelo INPC em 5,45% – ante a previsão de 2,09% incluída no PLN 28/20. Como 0,1 ponto percentual impacta a despesa líquida em R$ 720,8 milhões, a diferença ultrapassará R$ 24,2 bilhões.

*Da Agência Câmara de Notícias

 

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, e o partido Democrata têm pressionado para elevar o valor do salário mínimo no País para US$ 15,00 a hora, informam agências de notícias.

A medida seria um ponto crítico do pacote de US$ 1,9 trilhão criado para servir de alívio aos efeitos econômicos provocado pela pandemia do novo coronavírus, e tem testado a capacidade do novo presidente norte-americano de superar as divisões partidárias em Washington. Se aprovada a medida, seria a primeira grande vitória legislativa de Biden.

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O presidente norte-americano pediu um salário mínimo de US$ 15 por hora durante sua campanha e seguiu atrelando-o a uma medida que, entre outras coisas, pede US$ 1.400 em cheques de estímulo e US$ 130 bilhões para ajudar a reabrir as escolas. Biden argumenta que quem tem um emprego de tempo integral não deve viver na pobreza, ecoando os progressistas do Partido Democrata que estão totalmente de acordo com o esforço. "Com a divisão econômica, quero dizer, quero um salário mínimo de US$ 15,00. Na verdade, deveria ser US$ 20,00", disse a deputada Rashida Tlaib, D-Mich.

No entanto, alguns republicanos apoiam explorar um aumento, mas estão preocupados com US$ 15,00 a hora. Eles alertam que esse aumento pode levar à perda de empregos em uma economia que tem quase 10 milhões de empregos a menos do que antes do início da pandemia. Moderados como a senadora Lisa Murkowski do Alasca e o deputado Tom Reed de Nova York estão pedindo a Biden que divida o aumento do salário mínimo nas negociações e cuide disso separadamente.

Na Região Metropolitana do Recife, o consumidor já inicia o ano com aumento na cesta básica. O percentual de aumento foi de 3,35% no mês de janeiro. A pesquisa, realizada pelo Procon-PE, demonstrou que a cesta passou de R$ 499,64, em dezembro/2020, para R$ 516,38 em janeiro/2021. A cesta básica tem um impacto de 46,94% no salário mínimo. A pesquisa foi realizada entre os dias 04 e 07 de janeiro. Dos 27 produtos pesquisados, 12 subiram de valor.

Os alimentos que mais subiram de preço foram: o alho, cujo quilo passou de R$ 25,90 para R$ 59,99, um aumento de 131,62%; a cebola, que aumentou de R$ 3,49 para R$ 4,55 o quilo, (30,37%),e o feijão mulatinho ou carioca, que teve aumento de 26,89%, passando de R$ 7,29 para R$ 9,25.  Já a bandeja com 30 ovos e o óleo de soja caíram de preço, 8,89% e 5,27%, respectivamente.

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No setor de limpeza houve aumento no sabão em barra, de 5,21%. Mesmo apresentando uma diminuição de preços em 15 produtos, o Procon-PE reforça que é preciso pesquisar. “Essa é mais uma importante ferramenta que o Governo de Pernambuco dispõe ao consumidor para que ele possa economizar e comprar com segurança. Pesquisar antes de comprar continua sendo fundamental", explica o secretário de Justiça e Direitos Humanos, Pedro Eurico. 

O levantamento feito pelo órgão de defesa do consumidor passou por 22 estabelecimentos, nos municípios de Recife, Olinda, Paulista, Jaboatão dos Guararapes, Cabo de Santo Agostinho e Ipojuca. A análise dos preços é feita em 27 itens, entre alimentação, limpeza doméstica e higiene pessoal.

O levantamento toma como base a cesta básica mensal para uma família composta por quatro pessoas, sendo dois adultos e duas crianças. O diferencial da pesquisa do órgão de defesa do consumidor, em relação às que são realizadas por outros institutos, é que neste levantamento é possível identificar o preço de cada item por estabelecimento e, desse modo, fornecer ao consumidor os locais e endereços onde o produto encontra-se mais acessível.  

A pesquisa pode ser encontrada no site do Procon: www.procon.pe.gov.br



 

O salário mínimo de R$ 1.100 em 2021 não repõe a inflação do ano passado. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), indicador que corrige o salário mínimo, registrou alta de 5,45% em 2020, segundo dados divulgados nesta terça-feira, 12, acima do reajuste de 5,26% dado no salário mínimo.

Isso significa que a alta no piso não repõe o poder de compra, como assegurado pela Constituição. Para isso, o piso deveria subir para R$ 1.101,95 ou R$ 1.102, após arredondamento.

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O jornal O Estado de S. Paulo procurou o Ministério da Economia para saber se o governo definirá um novo valor para o salário mínimo, como foi feito em 2020, mas, até o fechamento deste texto, não houve resposta.

No ano passado, o governo anunciou que aumentaria o salário mínimo de R$ 998 para R$ 1.039, mas depois da divulgação do INPC, o valor foi reajustado para R$ 1.045 a partir de fevereiro.

Em 30 de dezembro, o secretário de Fazenda do Ministério da Economia, Waldery Rodrigues, disse em coletiva de imprensa, que o governo poderia reavaliar a situação e talvez até incorporar a diferença de forma imediata.

"Nosso compromisso é atender ao mandamento constitucional de manutenção do poder aquisitivo do salário mínimo, e assim será feito", disse Waldery. "Após a divulgação do INPC, será reavaliado se o valor de R$ 1.100 corresponde ou não. A previsão é 5,22%. O valor (do mínimo) pode ser alterado? Sem dúvida, pode ser alterado, depende do dado realizado, e não do previsto, para o INPC em dezembro", afirmou.

A política de valorização do salário mínimo, com reajustes pelo índice de preços e pela variação do PIB, vigorou entre 2011 e 2019, mas nem sempre o salário mínimo subiu acima da inflação. Em 2017 e 2018, por exemplo, foi concedido o reajuste somente com base na inflação porque o PIB dos anos anteriores (2015 e 2016) encolheu.

Por isso, para cumprir a fórmula proposta, somente a inflação serviu de base para o aumento. Em 2019, houve um aumento real de 1%, refletindo o crescimento de dois anos antes e marcando o fim da política.

Um levantamento do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) mostra que o valor atual do salário mínimo tem o menor poder de compra dos últimos dez anos. De acordo com o estudo, o aumento de R$ 1.045 para R$ 1,1 mil no piso salarial do país, que vigora no país desde a última sexta-feira (1º), não será suficiente para alavancar as condições da população na hora da compra do mês.

Segundo o Dieese, o atual mínimo tem potencial para adquirir 1,58 cesta básica, ao custo médio de R$ 696,70. Durante a última década, apenas no ano de 2016 o poderio de compra do piso salarial foi abaixo de duas cestas básicas. De acordo com o levantamento, os 5,26% de elevação no valor do salário com base no Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) não significam que a população tenha vantagem para adquirir mais itens no mercado. Segundo o estudo, enquanto a alta da renda apenas patina, oferecendo só o aumento nominal e não um acréscimo real na renda mensal dos brasileiros, a alta da inflação entre os alimentos, por exemplo, atingiu 20% nos últimos 12 meses.

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Ainda de acordo com o Dieese, o valor ideal do salário mínimo brasileiro seria de cerca de R$ 4,3 mil. Segundo o instituto, quase 50 milhões de brasileiros têm a renda baseada no piso mensal, que é utilizado pela maior parte dos assalariados do país na aquisição de alimentos.

A partir desta sexta-feira (1º), o salário mínimo passa a valer R$ 1,1 mil, conforme a Medida Provisória nº Nº 1.021, publicada no Diário Oficial da União, no último dia 30. No ano passado, o salário mínimo estava em R$ 1.045.

O reajuste em relação a 2020 ficou em 5,26%. Foi levado em consideração o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) de janeiro a novembro e a variação estimada do mercado financeiro para o índice em dezembro de 2020.

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Segundo o Ministério da Economia, no dia 12 deste mês, quando o INPC de dezembro será divulgado, o novo valor do salário mínimo poderá ser corrigido para assegurar a preservação do poder de compra definida pela Constituição. Isso aconteceu na virada de 2019. Em 31 de dezembro de 2019, foi anunciado que o salário mínimo de 2020 seria de R$ 1.039. Em janeiro, quando foi divulgado o INPC de dezembro — que ficou acima da projeção inicial —, o valor foi ajustado para R$ 1.045.

Essa é a terceira definição de valor para o salário mínimo de 2021. No dia 15 de dezembro, o governo aumentou de R$ 1.067 para R$ 1.088 a estimativa para o salário mínimo. O valor constava de mensagem modificativa ao projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO).

Foram R$ 21 a mais em relação à projeção de R$ 1.067 que constava da proposta do Orçamento Geral da União, enviada ao Congresso no fim de agosto de 2020.

Aumento de despesas

De acordo com o Ministério da Economia, para cada R$ 1 de aumento no salário mínimo, há elevação de despesas de R$ 351,1 milhões. Assim, o reajuste de R$ 12, ao passar de R$ 1.088 para R$ 1,1 mil, gera gasto adicional de cerca de R$ 4 bilhões em 2021.

A equipe econômica destacou, na última quarta-feira (30), que a correção do valor do salário mínimo é obrigação constitucional e que não afeta o compromisso do governo com o teto de gastos e com o ajuste fiscal.

Apesar de entrar em vigor nesta sexta-feira, o novo valor precisa ser confirmado pelo Congresso Nacional já que o governo fez o reajuste por meio de uma medida provisória.

 

O Diário Oficial da União (DOU) desta quinta-feira (31) publica medida provisória que fixa em R$ 1.100 o valor do salário mínimo a partir da sexta-feira, 1º de janeiro de 2021. Anunciada na quarta-feira pelo presidente da República, Jair Bolsonaro, a medida tem vigência imediata, mas terá que ser aprovada pela Câmara e pelo Senado e depois convertida em lei.

O Ministério da Economia informou que o aumento considerou que o INPC, índice de inflação que serve de referência para o piso nacional, terminará o ano com alta de 5,22%. Com isso, o piso atual, de R$ 1.045, passaria a R$ 1.099,55 - arredondados então para os R$ 1.100 anunciados.

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O valor é um pouco superior aos R$ 1.088 previstos pela equipe econômica em proposta de alteração da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) encaminhada neste mês ao Congresso.

O reajuste, no entanto, apenas repõe a perda no poder de compra dos brasileiros devido à alta de preços ao longo de 2020. Na prática, assalariados e beneficiários do INSS ficarão pelo segundo ano seguido sem aumento real na remuneração.

De acordo com a Secretaria-Geral da Presidência, os trabalhadores pagos mensalmente sentirão os efeitos do aumento em fevereiro.

Para quem trabalha por dia, o valor mínimo a ser pago passa a ser de R$ 36,67, e para quem atua por hora, de R$ 5,00.

Estados podem fixar mínimos mais elevados localmente e pisos específicos para algumas categorias.

O presidente Jair Bolsonaro usou suas redes sociais, na noite desta quarta-feira (30), para anunciar o valor do novo salário mínimo para os trabalhadores brasileiros. De acordo com ele, a quantia será de R$ 1.100 mensais.

"O valor de R$ 1.100,00 se refere ao salário mínimo nacional. O valor é aplicável a todos os trabalhadores, do setor público e privado, e também para as aposentadorias e pensões", postou Bolsonaro, no Twitter.

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O presidente da República completou: "Assinarei ainda hoje MP que eleva o salário mínimo para R$ 1.100,00 (mil e cem reais), com vigência a partir de 1º de janeiro de 2021. É um aumento de 5,26% em relação ao valor atual (R$ 1.045)".

A queda da inflação fez o governo reduzir o reajuste do salário mínimo para o próximo ano. Segundo o projeto do Orçamento de 2021, enviado hoje (31) ao Congresso, o mínimo subirá para R$ 1.067 em 2021.

O projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2021, enviado em abril, fixava o salário mínimo em R$ 1.075 para o próximo ano. O valor, no entanto, pode ser revisto na proposta de Orçamento da União dependendo da evolução dos parâmetros econômicos.

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Segundo o Ministério da Economia, a queda da inflação decorrente da retração da atividade econômica impactou o reajuste do mínimo. Em abril, a pasta estimava que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) encerraria 2020 em 3,19%. No projeto do Orçamento, a estimativa foi revisada para 2,09%.

A regra de reajuste do salário mínimo que estabelecia a correção do INPC do ano anterior mais a variação do Produto Interno Bruto (PIB, soma dos bens e serviços produzidos) de dois anos antes perdeu a validade em 2019. O salário mínimo agora é corrigido apenas pelo INPC, considerando o princípio da Constituição de preservação do poder de compra do mínimo.

PIB

O projeto do Orçamento também reduziu as estimativas de crescimento econômico para o próximo ano na comparação com os parâmetros da LDO. A projeção de crescimento do PIB passou de 3,3% para 3,2% em 2021. A previsão para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), usado como índice oficial de inflação, caiu de 3,65% para 3,24%.

Outros parâmetros foram revisados. Por causa da queda da Selic (juros básicos da economia), a proposta do Orçamento prevê que a taxa encerrará 2021 em 2,13% ao ano, contra projeção de 4,33% ao ano que constava na LDO. O dólar médio chegará a R$ 5,11 em 2021, contra estimativa de R$ 4,29 da LDO.

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