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Através de servidores da Agência Estadual de Meio Ambiente (CPRH), o LeiaJá teve acesso, com exclusividade, a uma carta aberta do engenheiro de pesca, Assis Lins, enviada no último domingo (9) aos funcionários do órgão. Em uma espécie de depoimento, Lins, que trabalhou durante 19 anos na CPRH, relata os motivos de seu afastamento do cargo na Unidade de Gestão Costeira (UGC) e a sua devolução ao seu orgão de origem, segundo ele, sem nenhuma justificativa técnica. No documento, o engenheiro afirma que o seu afastamento foi motivado por uma repentina mudança de posição da CPRH em relação ao embargo da obra da "Arena Porto", projeto da empresa Luan Promoções e Eventos Ltda.

Detalhadamente, Assis explica como foram os procedimentos para o embargo da obra na praia de Porto de Galinhas, município de Ipojuca, Litoral Sul de Pernambuco. Ele conta que, no dia 7 de novembro de 2016, a presidente da CPRH, Simone de Souza convocou duas gerências para uma fiscalização “urgente, urgentíssima” no local da obra, que já vinha sendo acompanhada pela Prefeitura de Ipojuca, com quem a CPRH tem convênio de cooperação.

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Segundo Assis Lins, a Arena Porto chegou a ser notificada para que em 48 horas obtivesse a licença definitiva para a continuação da parte do aterro da obra. A orientação foi, segundo ele, prontamente aceita pelos responsáveis e a intervenção foi paralisada. Para a surpresa do engenheiro, na mesma tarde, no gabinete da presidência, o diretor de Gestão Territorial e Recursos Hídricos (DGTRH), Nelson Maricevish, recebia uma empresa de televisão reforçando a paralisação por 48 horas até a entrega da licença completa.

“Nesta mesma hora, recebo uma ligação do secretário de Meio Ambiente do município de Ipojuca, Francisco Uchôa, que me questionou o que estaria acontecendo. Informei ao secretário da paralisação temporária e que, assim que fosse emitida a licença completa, seria desembargada a obra”. A obra havia sido licenciada pela Prefeitura de Ipojuca, assim como em outros casos da mesma natureza.

Ainda no mesmo dia, de acordo com o relato de Assis Lins, um fato causou estranhamento. “No final da tarde, Ângelo Leite (outro técnico que tinha participado da vistoria) indagava a falta de uma reunião de toda a equipe e diretoria, para analisar e avaliar o caso. Falava que estava surpreso pelo fato de ter sido chamado para assinar outra versão de relatório de vistoria e que não identificava o meu nome na equipe”.

Lins explica na carta que um dia depois da vistoria, Nelson Maricevish anunciou que a analista ambiental e assessora especial da presidência, Cinthia Lima, havia encontrado resquícios de restinga (vegetação que protege a região litorânea) e que o embargo passou a ter prazo indeterminado. Cinthia também haveria estabelecido uma multa de R$ 600 mil reais pelo impacto ambiental. “Alertei que havia muita fragilidade nessa informação, e mostrei uma imagem aérea de 1974 do local, com a clara existência de grandes ilhas com plantio de coco, sem manguezal”, detalha. O estranho é que Cinthia, que faz parte da diretoria de Recursos Florestais e Biodiversidade (DRFB), não havia participado da fiscalização.

Assis finaliza o documento ressaltando que o Ministério Público já teria notado distorções no caso. O engenheiro florestal e superintendente do IBAMA, Francisco Barreto Campelo teria realizado outra vistoria no local acompanhado da promotora, Bianca Azevedo (responsável pelo processo que investigas as irregularidades no embargo a obra da Arena Porto), e confirmado não haver mata de restinga na área. “A justiça já entendeu as distorções e sentenciou para a empresa terminar a instalação do aterro”, afirma.

Termos de declarações

Por conta dessas irregularidades, denunciadas a época a justiça, o Ministério Público abriu inquérito para investigar o caso. O LeiaJá também teve acesso aos termos de declarações dos servidores da CPRH, Assis Lins, Fabíola de Lemos e  Ângelo Leite - responsáveis pela primeira vistoria - feitos para a 2ª Promotoria Cível de Ipojuca, na presença da promotora Bianca Barroso e o promotor André Felipe de Menezes, que confirmam o relato feito na carta aberta por Assis Lins.

Em depoimento, Fabíola e Ângelo também afirmaram que Cinthia não havia participado da vistoria, tida pelos três como "corriqueira". Porém, a pedido de Simone de Souza, contribuiu na redação do relatório de vistoria. Fabíola ainda disse que este tipo de pedido da presidente era "normal" entre os técnicos da CPRH. Além disso, Ângelo confirmou que não havia característica de restinga - como alegado no relatório editado sem a presença de Assis Lins - e que isso teria sido incluído um dia depois.

Contradição

No dia 2 de fevereiro, o professor de biologia, Ismael Teixeira havia denunciado um crime ambiental na praia de Muro Alto, também no município de Ipojuca. O professor registrou desmatamento numa área de restinga e enviou à CPRH. Na ocasião, o órgão de fiscalização fez vista grossa e afirmou que a responsabilidade seria da prefeitura - mesmo contendo uma placa da CPRH no local, alertando que ali seria uma área de preservação.

No caso da Arena Porto, todo o processo de autorizações e licenças ambientais foi realizado pela Prefeitura de Ipojuca. O que não ficou claro é porque a análise do poder público municipal foi ignorado neste caso.

Confira a carta do servidor na íntegra:

CARTA ABERTA I – AOS FUNCIONÁRIOS DA CPRH

Autor: Assis Lins de Lacerda Filho Engenheiro de Pesca – UFRPE  e Mestre em Oceanografia Biológica - UFPE

Assunto: Esclarecimentos de fatos, que possivelmente, motivaram a minha retirada da gerência e da própria UGC e devolução ao órgão de origem sem justificativa.

Antes de tudo, após duas semanas de férias, resolvi escrever sobre os fatos ocorridos, principalmente, por todos os funcionários dos quarenta anos de existência da Agência Estadual do Meio Ambiente – CPRH, em segundo lugar, pela sociedade pernambucana que pode estar sendo induzida a erros de interpretação de impactos ambientais ocorridos, por desinformação midiática e de redes sociais.

LINHA DO TEMPO:

Para melhor compreensão, iniciei na CPRH, dia 2 de fevereiro de 1998, vindo da FIAM e do mestrado de oceanografia biológica, o Governador Miguel Arrais e o Diretor presidente CPRH era Ricardo Braga e a Diretora da DHN era a Engenheira Civil Simone Souza. Para orientação, tempos da implantação, diagnóstico e zoneamento da APA de Guadalupe, que serviu de modelo para os ZEEC’s Sul e Norte.

Passamos os governos de Jarbas Vasconcelos, Eduardo Campos e hoje Paulo Câmara, para não alongar, relatamos os tempos mais próximos:

No primeiro mandato de Eduardo, ele atraiu para o governo o PV, através da figura do candidato do partido – Sérgio Xavier, criando a SEMAS 2011 e nomeando-o como Secretário.

Ainda no primeiro mandato de Eduardo Campos, 2010 e 2011, a Diretoria já nos colocavam desafios de assumir o licenciamento das dragagens de SUAPE, Rio Beberibe, Rio Capibaribe, Portos do Recife e Noronha, e principalmente para responder aos Ministérios Públicos Federais e Estaduais, todos os processos envolvendo a pesca artesanal, Comitê de Monitoramento dos Incidentes com Tubarões – CEMIT, e outros.

Em 2012, no início do seu 2º mandato, Eduardo Campos faz acordo nacional com o PV e com Marina Silva, no apoio da criação do partido da Rede, com isso, Sérgio Xavier assume a SEMAS e a Presidência da CPRH – no começo desse período, fui nomeado Assessor Especial da Diretoria, por indicação do Diretor Nelson Maricevich - DGTRH.

Já em 2013, Sérgio Xavier, deixa a CPRH e assume na presidência da CPRH o Engenheiro Agrônomo Carlos André Cavalcanti até o final de 2014, nesse período, fui deslocado da Assessoria Especial, para a Gerência da Unidade de Gestão Costeira (1.3.2014) inclusive, com apelos da Diretoria, em razão dos grandes problemas criados durante as últimas gestões, e que, meu perfil de conciliador e conhecedor da área costeira do Estado, poderia corrigir ou vários conflitos da Gerência.

Citamos, apenas alguns exemplos de problemas detectados na UGC, que comprometeram a CPRH e o Estado, sendo:

1 - Utilizavam da estratégia de assinatura coletiva, todos os membros da gerência da época assinavam todos os relatórios e principalmente, documentos para os Ministérios Públicos (Federal e Estadual), essa coletividade, atrapalhava as ações da Justiça e Ministérios, ficava mais difícil de identificar os responsáveis pelas decisões;

2 - Foram produzidos relatórios de monitoramentos, em áreas de importante projeto, com objetivo de subsidiar o Grupo de Trabalho do EIA/RIMA e a equipe da APA de Guadalupe na análise dos impactos previstos, o problema, é que o Relatório de Monitoramento (RTM SMAI/UGC nº 01/2013, 9/7/2013), ele alimentou os analistas e técnicos da Agência, com informações distorcidas dos ambientes que envolvem o projeto, alterou completamente o ZEEC Sul, e os ecossistemas foram mudados de estuário para rio e curso d’água, o que gerou uma confusão técnica e jurídica, e foi emitido o Indeferimento Ambiental nº 02.13.08.003/82-0, porque a margem de APP foi instituída erradamente, para seiscentos metros (600) inviabilizando o empreendimento; após várias investidas do grupo empresarial, a CPRH reconheceu o erro e provocou outro EIA/RIMA, outro projeto, mais não investigou a origem das distorções técnicas;

3 - Outro problema criado por encomenda externa, foi os autos de infração 767 e 768/2013, para SUAPE com multa de 2.500.000,00 (dois milhões e meio) e da obrigação de fazer grandes estudos ambientais, para informar, esses autos já foram cancelados na Justiça, na PGE, e na própria CPRH. A questão é que o Juiz Federal do Cabo, Dr. Rodrigo Vasconcelos Coêlho Araújo, apensou esse processo do mero, ao processo principal e mais antigo, que investiga os impactos de SUAPE a pesca artesanal (Autos nº 0005552-13.2011.4.05,8300 Classe: 1 – ACP MPF e réu a CPRH), fato esse, que induziu o Juiz Federal ao erro de avaliação técnica e jurídica, que na legislação consta como crime, induzir a Justiça ao erro. O Juiz proferiu sentença, SUAPE questionou e entrou com defesa, espera-se que a PGE se posicione e ajude a Justiça corrigir o erro;

Importante ressaltar, que como gerente da UGC, atendemos no segundo semestre de 2014, a engenheira civil e consultora Simone Souza, com esclarecimentos sobre intervenções no porto de SUAPE para instalar uma grande termoelétrica, a profissional ficou satisfeita e aliviada pelas orientações recebidas na UGC, tanto que, quando assumiu a Presidência da CPRH, nos manteve na função de gerente até o dia 7.2.2017, anunciando, a amigos, antes da posse.

Com a eleição de Paulo Câmara, o Carlos André é levado para a Secretaria Executiva da SEMAS e deixa na presidência da CPRH o Engenheiro Agrônomo Paulo Teixeira. Por influência das novas articulações políticas para as eleições municipais de 2016 e seus resultados, o PV reivindicou a indicação da Presidência da CPRH, quando indicam a Engenheira Civil, Simone Souza, iniciando em 1.4.2015.

QUANTO AOS FATOS DA ARENA PORTO:

Sempre com objetivo de informar aos funcionários da CPRH, com informações precisas e comprovadas, para uma avaliação mais ponderada, com respeito às intervenções da Agência Estadual, nas obras de instalação de um centro de convenções e pátio de eventos artísticos, atividade, que estava sendo licenciada pela Prefeitura do Município de Ipojuca, que tem um convênio de cooperação com a CPRH. Sendo assim o ocorrido:

1 – Pela minha função de Gerente da Unidade de Gestão Costeira, de 1 de março de 2014 ao dia 6 de fevereiro de 2017 (quando fui já exonerado do cargo de gerente), já tinha conhecimento da terraplanagem e aterro do espaço, tanto por imagens que amigos enviaram, quanto por passagem pela PE observando os movimentos. Na época ciente da instalação, me comuniquei com técnico da Prefeitura Municipal, que me confirmou estaria sendo licenciada pelo município e seria uma casa de show;

2 – 7.11.16 – dia da vistoria – Segunda, início da semana, chegando à CPRH, como de praxe, minha equipe “O diretor está a sua procura”, imediatamente, o Diretor da DGTRH Nelson Maricevish – o mesmo, por ordem da Diretora Presidente, arregimentou uma equipe, de sua diretoria, para uma fiscalização urgente, urgentíssima. Convocou duas Gerências – a arquiteta Fabíola Valença de Lemos da Unidade de Gestão de Uso do Solo – SGUS e o Engenheiro de Pesca e MSc em Oceanografia Biológica Assis Lins de Lacerda Filho da Unidade de Gestão Costeira – UGC, reforçando a equipe, convoca o Analista Ambiental Engenheiro Civil Ângelo Benean Alves Leite, também da SGUS;

Em campo, constatamos um aterro em curso, com uma base de barro e sendo instalada outra camada sobreposta de brita, atividade que não estava respaldada pela Autorização de Ambiental municipal nº 009/2016 e validade até 20.9.2017, a equipe se dividiu, ficando a Gerente Fabíola dialogando com o engenheiro responsável, e os outros membros circularam todo o aterro, em suas extremidades, executando o registro fotográfico da atividade, além de registro da área de entorno da obra.

No retorno ao canteiro de obras, nos reunimos com o engenheiro e justificamos a paralização cautelar de 48 horas, tempo suficiente para a Prefeitura emitir a licença em definitivo, justificativa prontamente aceita e executada com a paralização da obra;

3 – Quando do retorno do campo – na CPRH, ainda no dia 7.11.16, a paralização da obra já havia gerado repercussão midiática, na mesma tarde, no gabinete da Presidência, o Diretor Nelson, recebia uma empresa de televisão famosa e reforçando a paralisação por 48 horas até a entrega da licença completa. Nesta mesma hora, recebo uma ligação do Secretário de Meio Ambiente do município de Ipojuca, Sr. Francisco Uchôa, que me questionou o que estaria acontecendo, informei ao secretário da paralisação temporária e que, assim que fosse emitida a licença completa, seria desembargada a obra;

No final da tarde do dia 7.11.16, já se observava um movimento estranho, o Analista Ângelo indagava a falta de uma reunião de toda a equipe e diretoria, para analisar e avaliar o caso, e já nos falava que estava surpreso, pelo fato, de ter sido chamado para assinar outra versão de relatório de vistoria, e que já não identificava o meu nome na equipe;

4 – 8.11.17 – dia posterior a vistoria de campo, para minha surpresa, o próprio Diretor Nelson anunciou, que analista ambiental, de outra diretoria, havia encontrado resquícios de restinga, e que o embargo passou a ter prazo indeterminado e se estabeleceu uma multa de R$ 600.000,00 (Seiscentos mil reais) pelo impacto ambiental. Mesmo assim, alertei que havia muita fragilidade nessa informação, e lhe mostrei uma imagem aérea de 1974 do local, com a clara existência de grandes ilhas com plantio de coco, sem manguezal; A outra técnica envolvida foi a Assessora Especial da Presidência, a bióloga Cinthia Lima, que já atuou no setor florestal da CPRH, e que alegava não haver nenhuma possibilidade de instalação do empreendimento na área.

ANDAMENTO DO CASO: 

O próprio MP de Ipojuca, a Promotora Bianca Azevedo, já começou a desvendar as distorções, quando envolveu o IBAMA e seu Superintendente o Engenheiro Florestal Francisco Barreto Campelo, que fez vistoria na área acompanhando a promotora e atestou: Não existia mata de restinga na área. 

O MP de Ipojuca, através da Recomendação Ministerial 01/2017, já indica correções dos fatos, e a Justiça já entendeu as distorções e sentenciou para a empresa terminar a instalação do aterro. 

A todos os funcionários, o que escrevi está proporcional ao declarado no Termo de Declarações, quando convocado pelo MPPE de Ipojuca, junto com todos os analistas que participaram, ou não, da vistoria de campo. Atenciosamente:

Recife, 7 de abril de 2017

Assis Lins de Lacerda Filho

Eng. de Pesca e MSc em Oceanografia Biológica

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Se entregou à polícia neste sábado o servidor do Ministério Público do Rio Grande do Norte (MP-RN), Guilherme Wanderley Lopes da Silva, de 44 anos. Na manhã de ontem, ele atirou contra o procurador-geral adjunto do Estado, Jovino Pereira da Costa Sobrinho, e o promotor de Justiça Wendell Beetoven Ribeiro no gabinete de chefia da instituição, localizado na zona sul de Natal. O homem fugiu após cometer os disparos.

Foi pedida a exoneração do servidor, que atuava como assessor concursado de uma procuradoria, mas a decisão só deve ocorrer após a instauração de um processo internado de afastamento.

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Na sexta-feira, o procurador-geral foi levado ao Hospital São Lucas, enquanto o promotor foi encaminhado para o Hospital do Coração, dos quais foram transferidos para o Hospital Walfredo Gurgel, também localizado em Natal. Segundo o MP-RN, ambos estão com o quadro de saúde estável.

Em carta publicada no site do MP-RN, o procurador-geral de Justiça do Estado, Rinaldo Reis Lima, que também estava no local no momento dos disparos, afirmou que o episódio foi motivado por divergências profissionais.

O presidente Michel Temer (PMDB) anunciou que o novo sistema de transporte do governo federal, o TáxiGov, começou a funcionar em Brasília, nesta quarta-feira (1). O peemedebista pretende reduzir em 60% os gastos anuais com o transporte de funcionários a serviço acarretando em uma economia de R$ 20 milhões. 

O TáxiGov irá atender servidores e colaboradores do Executivo Federal, em exercício, no Distrito Federal que precisem se deslocar em função de atividades administrativas e substituirá o sistema de frotas de carros oficiais.

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A estimativa é que, até início de 2018, todos os órgãos da Administração Pública Federal localizados no Distrito Federal comecem a utilizar o serviço.

Nessa terça (28), o governo Temer já tinha divulgado que a redução dos gastos da gestão é a maior dos últimos seis anos. “A medida deixa claro que o Executivo está cortando despesas para equilibrar as contas públicas tornando o custo de manter o Estado mais barato para a sociedade”, chegou a dizer o ministro do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão, Dyogo Oliveira. 

Jovens em idade de realizar o alistamento militar obrigatório estão enfrentando problemas para conseguir o Certificado de Alistamento Militar (CAM) devido a problemas com o servidor do site de alistamento. Em 2017, o processo passou a ser feito exclusivamente através da internet, sem a opção de realizar presencialmente nos batalhões, o que faz com que os jovens que estão precisando se alistar não consigam o certificado por nenhum outro meio.

O LeiaJá recebeu uma denúncia de que vários jovens estão fazendo fila diariamente às 5h em frente à Empresa de Manutenção e Limpeza Urbana (Emlurb), para onde foram orientados a ir em busca de solução para o problema e só obtinham como resposta que o sistema está fora do ar. Vinícius Moura tem 18 anos e por não conseguir se alistar através do site desde o dia 2 de fevereiro, foi a diversos lugares antes de ser mandado à Emlurb da Avenida Recife. "Na junta desde segunda dizem que o sistema está fora do ar. Mais de cem pessoas estão com esse problema, a gente foi em Santo Amaro, no Cabanga, na Escola de Aprendizes de Marinheiro em Olinda e na Emlurb da Avenida Recife, que é onde estou indo todo dia". 

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"O cidadão vai ter que aguardar"

O Sargento Hugo, da 21ª Circunscrição de Serviço Militar, afirma que o sistema realmente está sem funcionar porque o alistamento online começou em 2017 e o servidor geral de Brasília é novo e ainda não é estável. Ele afirma também que os cidadãos só conseguirão efetuar o alistamento quando a situação estiver normalizada: "A junta de serviço vai conseguir fazer o alistamento desde que o site esteja em funcionamento, mas a página que é utilizada por nós também não está funcionando. Devido a isso não há alternativa, o cidadão vai ter que aguardar". 

Quando perguntado se não há nenhuma outra maneira de resolver a situação e questionado se a falta do Certificado de Alistamento Militar (CAM) não prejudicaria jovens que pretendem se matricular em instituições de ensino superior, o sargento afirma que os cidadãos que completam ou completaram 18 anos em 2017 não podem, por lei, ter esse documento cobrado pelas universidades. "A faculdade só pode cobrar esse documento a partir do ano em que o cidadão completa 19 anos. Se cobrar antes, tá fazendo de forma incorreta, conforme a lei do serviço militar".

Desembargadora do Tribunal de Justiça do Rio com apenas sete meses de magistratura, Marianna Fux, empossada em abril passado no cargo, já em maio recebia vencimentos que "estouravam" o teto do salário bruto de R$ 33.670. Depois de estrear na carreira recebendo R$ 18 mil (porque tomou posse o cargo no meio do mês), ganhou R$ 39 mil no mês seguinte e, entre junho e agosto, último dado disponível para 2016, ela recebeu R$ 46.830,15 mensais. Somadas ao salário base de R$ 30.471,11, ela ganha mais R$ 6.202 a título de "indenizações" e R$ 10.157,04 por "vantagens eventuais".

O caso de Marianna, de 35 anos e filha do ministro do Supremo Tribunal Federal Luiz Fux, nomeada para o cargo depois de uma polêmica votação do quinto constitucional da seção local da Ordem dos Advogados do Brasil, é apontado no mundo jurídico como um símbolo das distorções salariais que cercam a magistratura. Está longe, porém, de ser o único no Judiciário fluminense. Em agosto, dos 861 juízes e desembargadores do Rio, apenas uma juíza teve contracheque bruto com cifras abaixo do teto constitucional (R$ 33.670); todos os outros o ultrapassaram.

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"Esse tema é polêmico. Prefiro não comentar. Meu perfil é diferente do perfil do meu pai. Não vou querer ser indelicada com a senhora. Vou pedir que a senhora tenha compreensão", disse Marianna ao Estado, quando foi abordada e informada do assunto, na última sexta-feira. Ela foi procurada durante seminário sobre o novo Código Civil, do qual era coordenadora científica.

Inchaço

Os salários do Tribunal de Justiça são inflados por mecanismos previstos na Lei Orgânica da Magistratura e sobre os quais não incide o corte pelo teto constitucional. Os magistrados têm direito a auxílio-educação para eles próprios e para até três filhos de 8 a 24 anos (R$ 1.052 por filho), auxílio-moradia (R$ 4.377), auxílio-creche (R$ 1.052), de 3 a 5 salários mínimos por adoção, até o filho ter 24 anos.

O auxílio-educação começou a ser pago a partir de 2015. Na ocasião de sua aprovação, foi criticado por integrantes do Judiciário, como o desembargador Siro Darlan. "A população não tem nenhuma obrigação de custear a educação dos filhos dos magistrados e dos servidores do Tribunal de Justiça", escreveu, na época.

Mas, na ocasião, o presidente do TJ-RJ, desembargador Luiz Fernando Ribeiro de Carvalho, comemorou a aprovação do projeto de lei como forma de valorizar o trabalho dos juízes e servidores. "A perda de poder aquisitivo não conhece rubrica, vitimando a todos indistintamente", afirmou.

O juiz André Tredinnick, representante no Rio da Associação Juízes para a Democracia, diz que a entidade tem visão crítica contra os chamados "penduricalhos". "O entendimento é que prestamos um serviço público e não que somos uma aristocracia do serviço público", afirmou. "A gente defende o adicional por tempo de serviço, que a gente luta para inserir novamente na Constituição, que seria uma forma de remunerar pelo tempo de trabalhos prestados ao Judiciário. De resto, os direitos têm de ser igual aos demais trabalhadores."

Já a juíza Renata Gil, presidente da Associação de Magistrados do Estado do Rio, saiu em defesa dos auxílios. "Os benefícios são rigorosamente legais e existem em outros poderes e na iniciativa privada", afirmou.

Para o presidente da OAB-RJ, Felipe Santa Cruz, o Judiciário fluminense enfrenta crise de legitimidade provocada pelos salários inflados e pelas medidas tomadas durante a crise financeira do Estado. "Num Estado em uma crise aguda, como explicar para a população que um enfermeiro não recebe em dia, o aposentado não recebe, mas os juízes, com supersalários, recebem na frente?", disse.

Em nota, o TJRJ informou que "os benefícios pagos a magistrados e servidores da Justiça decorrem de legislação específica e são custeadas por recursos próprios do Poder Judiciário, o seu Fundo Especial, observando seu equilíbrio fiscal e orçamentário. Os auxílios são eventuais, condicionados a regras, à situação específica de cada magistrado e não integram os salários." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A lei que reajusta em 41,47% a remuneração dos servidores do Judiciário da União - sancionada nesta quarta-feira, 20, pelo presidente em exercício, Michel Temer, sem vetos - está publicada no Diário Oficial da União (DOU) desta quinta-feira, dia 21.

O aumento salarial será concedido de forma escalonada, em oito parcelas, até julho de 2019. Também foi publicada no Diário Oficial de hoje a lei que aumenta os salários do Ministério Público da União. Juntos, os dois reajustes terão impacto nas contas do governo superior a R$ 25 bilhões até 2019.

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Os servidores municipais do Recife decidiram fazer uma paralisação das atividades na próxima segunda-feira (22) e uma Assembleia Geral na terça-feira (23). A decisão foi tomada durante reunião, realizada nesta terça-feira (16), no pátio da Câmara Municipal do Recife.

O Sindicato dos Servidores Municipais do Recife (Sindsepre) e demais sindicatos municipais reivindicam um aumento de 13,19% nos salários e de 18,53% no auxílio refeição. Segundo o Sindsepre, os valores de reajuste buscam repor as perdas salariais diante de uma inflação em 2015 de cerca de 10,73%. A categoria também solicita melhores condições de trabalho.

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Os servidores já estão em estado de greve. A deflagração da greve em si será discutida durante a assembleia geral da próxima semana. 

A mesa de negociação com a Prefeitura do Recife estava marcada para a segunda-feira (15), mas foi adiada para o próximo dia 22. De acordo com a Secretaria de Administração e Gestão de Pessoas, a mudança se deu devido a alta complexidade da situação e das informações dos relatórios de receita e despesa de 2015.

Ainda segundo a secretaria, a negociação salarial foi iniciada em dezembro de 2015 e, durante o encontro, foi informado aos representantes das categorias das dificuldades de haver reajuste salarial em 2016 devido à crise econômica nacional e o reflexo disso nas finanças do município. A pasta diz ter passado aos servidores todos os números sobre a arrecadação do município, as ações visando a redução dos gastos e o aumento do percentual de comprometimento com a despesa pessoal. Em nota, o Sindsepre disse que os servidores “não admitem ficar com o ônus da crise econômica que até agora só atinge os/as trabalhadores/as.”

Os servidores estaduais, municipais ativos ou inativos efetivos, estáveis, temporários e comissionados, vinculados à administração direta e indireta do Governo Estadual, que queiram se inscrever para a 14º Festival de Música do Servidor Público do Estado (Servifest), têm até esta sexta-feira (5) para fazer sua inscrição. O local é a Escola de Governança Pública do Pará (EGPA), bem como é possível realizar o procedimento por Sedex, para endereço da escola, que fica na Avenida Nazaré, 871, Nazaré, entre Travessa Quintino Bocaiuva e Avenida Generalíssimo Deodoro, no CEP 66035-145. 

O Festival é composto por etapas regionais e em cada eliminatória são escolhidos finalistas, que somam 12 selecionados (da capital e do interior do Estado) para disputar a grande final. A fase Belém será no dia 11 de dezembro, a partir das 21 horas, no Teatro Margarida Schivasappa. Podem participar desta seleção os servidores públicos estudais e dos municípios de Ananindeua, Bujaru, Santa Bárbara do Pará, Barcarena, Castanhal, Santa Izabel do Pará, Inhangapi, Santo Antônio do Tauá, Benevides, Abaetetuba e Marituba.

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Três músicas serão premiadas: o primeiro lugar (com R$ 4 mil), o melhor intérprete (R$ 1 mil) e o melhor arranjo (R$ 1 mil). Outras três melhor pontuadas vão participar da etapa final, no dia 12 de dezembro, também no Teatro Margarida Schivasappa. As premiações estão assim distribuídas: R$ 15 mil para o primeiro lugar, R$ 12 mil para o segundo e R$ 10 mil para o terceiro. Santarém, Belterra, Afuá e Soure serão os municípios participantes na final.

A música inscrita deve ser inédita e original, que nunca foi premiada em outros festivais, editada, veiculada, gravada ou comercializada em CD. Na grande final, é feita uma noite de shows para eleger as músicas vencedoras, sob votos de um corpo de jurados.

O Servifest foi criado no ano de 1999, interrompido em 2007 e retomado em 2011. Com o objetivo de dar visibilidade às composições, arranjos e interpretações musicais feitas exclusivamente pelos servidores públicos estaduais. A partir de 2012, o espaço também foi aberto à participação de servidores municipais. Atualmente, ele integra a Agenda Mínima de Gestão do Governo do Estado. 

O servidor Márcio Martins de Oliveira, que soltou hoje cinco roedores no plenário onde ocorre a CPI da Petrobras, foi liberado no início da tarde desta quinta-feira, 9, após prestar depoimento no Departamento de Polícia (Depol) da Câmara dos Deputados. Oliveira ocupa cargo comissionado na segunda vice-presidência da Câmara e deixou a Casa sem falar com jornalistas. Ele soltou dois ratos, dois hamsters e um esquilo da Mongólia. Hoje a CPI ouve depoimento do tesoureiro do PT, João Vaccari Neto.

O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), determinou a exoneração do servidor. Antes de ocupar o cargo atual, Oliveira era secretário parlamentar no gabinete do deputado Paulinho da Força (SD-SP), onde ficou entre abril de 2012 e março deste ano. Desde o dia 9 do mês passado, ele trabalhava na segunda vice-presidência.

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Uma decisão judicial inédita em Pernambuco e em todo País concedeu licença adotante remunerada de 180 dias ao servidor federal da Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene) Mauro Bezerra, de 49 anos. Em 17 de julho deste ano, o funcionário adotou uma criança de quatro anos e, desde então, alegava à Justiça que não tinha tempo de cuidar do menor. 

No dia da adoção, o servidor solicitou à Coordenação de Pessoas da Sudene a licença maternidade extensiva a pais solteiros. De acordo com atestados psicológicos do Centro de Terapias Hidro e da Escola na qual o menor estuda, “a presença e acompanhamento do genitor nesse período de adaptação é imprescindível”. 

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Sem sucesso na empresa, Bezerra apelou, no dia 29 de setembro, ao Mandado de Segurança na Justiça Federal em Pernambuco o direito de cuidar da criança, a fim de que o menor se adapte ao novo estilo de vida. No dia 30 do mesmo mês a licença foi concedida, sendo aplicado, então, o princípio constitucional da isonomia, cuja base refere-se ao direito igualitário. 

A decisão, de caráter liminar, foi tomada no dia 30 de setembro pelo juiz federal substituto da 9ª Vara Federal, Bernardo Monteiro Ferraz, e cabe recurso junto ao Tribunal Regional Federal da 5ª Região (TRF5).  

Durante a decisão, o juiz responsável pelo caso explicou o porquê o funcionário tem direito a licença adotante. “Mauro é adotante solteiro, único responsável pela tutela e bem-estar do menor. Em casos tais, há de se garantir o tempo livre necessário à adaptação do menor adotado à sua nova rotina, em tempo idêntico ao que seria concedido à adotante do sexo feminino. O acompanhamento e aprofundamento do vínculo afetivo nos momentos iniciais da colocação no novo núcleo familiar minimiza questões inerentes ao processo de adaptação à nova realidade”, explicou Ferraz.

Segundo a advogada de Mauro, Leilane Araújo Mara, ainda não há lei específica para tal tipo de licença direcionada a pais solteiros. “Considerando que a adaptação é uma fase complexa porque as crianças interagem e apresentam suas próprias opiniões, é essencial um período de adaptação mais longo no sentido do assessoramento aos pais e filhos, frente a situações de tensões e conflitos, referentes a problemas de comportamento, tais como agressividade, aceitação de regras e limites no período inicial de convivência”, disse. Atualmente, o servidor encontra-se em casa com o filho. 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

A Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) vai abrir processo administrativo contra o chefe do setor de Tecnologia da Informação do órgão lotado no Aeroporto Internacional de Belém, Gilberto Araújo da Silva, que foi preso nesta segunda-feira (31) em flagrante pela Polícia Federal quando filmava embaixo das saias de mulheres no momento em que elas estavam na escada rolante.

No momento da prisão ele tinha um tablet que seria utilizado nas filmagens. O que está gravado será analisado pela polícia e poderá servir de prova contra o funcionário. Silva posicionava-se atrás das vítimas e manipulava o tablet para obter imagens das partes íntimas das mulheres. A Infraero anunciou que ele foi afastado do serviço e será ouvido pela corregedoria durante a sindicância aberta para apurar sua conduta.

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A denúncia chegou ao conhecimento da administração da Infraero por intermédio de funcionárias que se sentiam incomodadas pelo comportamento frequente de Silva. Uma delas, pedindo para não ser identificada, contou que o acusado agia há muito tempo e sempre do mesmo modo: esperava mulheres subirem na escada rolante para em seguida posicionar o tablet com uma das mãos abaixo do joelho e obter imagens das partes íntimas.

Depois das gravações, ele voltava para sua sala de trabalho com a maior naturalidade, relatou outra servidora do aeroporto. De acordo com a polícia, o crime é de importunação ostensiva ao pudor e, pelo que diz o código penal, de menor potencial ofensivo. Foi por este motivo que o funcionário foi liberado após prestar depoimento.

O governo Dilma Rousseff editou a Medida Provisória 640, que cria função comissionada específica para atuação de servidores em grandes eventos, como Copa do Mundo de 2014 e Jogos Olímpicos de 2016. Ao todo, serão 100 vagas da nova função (FCGE), que tem caráter temporário. A criação da FCGE será feita por meio de transformação de Funções Comissionadas Técnicas (FCT). A MP 640 está publicada em edição extra do Diário Oficial da União de sexta-feira.

A FCGE destina-se ao exercício de atividades de direção, chefia e assessoramento na Secretaria Extraordinária de Segurança para Grandes Eventos do Ministério da Justiça. Segundo a MP, a função é privativa de servidores públicos ocupantes de cargo efetivo, de qualquer ente federado, e de militares da União, dos Estados e do Distrito Federal, em exercício na secretaria.

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Pela Medida Provisória, a remuneração neste ano da FCGE de nível 1 é de R$ 1.673,46. A função no nível 2 terá remuneração de R$ 2.677,48 e a de nível 3 R$ 4.764,89. A partir de janeiro do ano que vem, os valores serão aumentados para R$ 1.702,52, R$ 2,813,27 e R$ 5.132,82, respectivamente. "As FCGE ficam extintas em 31 de julho de 2017 e seus ocupantes automaticamente dispensados", diz o texto.

Um servidor municipal foi preso em flagrante na manhã desta sexta-feira quando recebia uma propina de R$ 6 mil para aprovação de uma obra na região do M'Boi Mirim, na zona sul de São Paulo. Ele é o quinto funcionário detido por cobrar propina desde o início do ano na cidade.

O caso começou em 5 de julho, quando a Controladoria Geral do Município (CGM) recebeu denúncia de que agentes da Subprefeitura do M'Boi Mirim assediavam a vítima que estava construindo uma residência. Os funcionários chegaram a cobrar até R$ 20 mil para que a pessoa tivesse a obra regularizada. Nesta sexta, em operação conjunta da CGM e da Polícia Civil, a vítima entregou ao servidor notas previamente identificadas. Agora, ele irá responder por concussão.

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O funcionário ocupa a Unidade Técnica da subprefeitura e recebe salário de R$ 3,2 mil. Ele trabalhava na Prefeitura desde 1991 e seu nome não foi revelado. A Prefeitura informou que investiga a eventual participação de outros servidores no esquema.

A administração municipal anunciou nesta sexta uma ferramenta que permite que a população denuncie funcionários públicos corruptos pela internet. O cidadão tem de preencher um formulário e identificar o órgão envolvido. Além da denúncia, é possível anexar arquivos como textos, fotografias e vídeos que embasem a queixa. Quem passar a informação pode ou não se identificar. As denúncias podem ser feitas no seguinte endereço: http://www9.prefeitura.sp.gov.br/secretarias/cgm/formdenuncia/.

O Google Reader será fechado em até três semanas e durante este tempo o Feedly poderá passar a utilizar o seu próprio servidor, com um espaço exclusivo nas nuvens, segundo foi anunciado nesta quarta (12).

Com este anúncio, os serviços do Feedly devem se manter intactos mesmo após o encerramento do Google Reader, que deve acontecer no dia 1º de julho, a transição deve ser praticamente imperceptível para os usuários.

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O Feedly encontra-se em uma barafunda de serviços de RSS que procuravam uma forma de remanejar seus usuários de feeds — os quais estão, desde sempre, associados aos servidores da Google.

Considerado foragido desde janeiro deste ano, quando teve a prisão preventiva decretada pelo Tribunal de Justiça (TJ) de São Paulo sob a acusação de mandar matar um vereador, o professor Luiz Carlos Perin conseguiu dois anos de licença sem risco de perder o cargo na prefeitura de Analândia, a 236 km de São Paulo. A portaria, assinada pelo prefeito Rogério Luiz Barbosa Ulson (PMDB) no último dia 5, está afixada no hall de entrada da prefeitura. Perin é professor efetivo de educação física e, na gestão passada, dirigiu a diretoria de educação no município.

De acordo com o prefeito, a Lei Orgânica do Município autoriza a licença por até dois anos, sem vencimentos, para o servidor público que a requerer para tratar de assuntos particulares. Perin entrou com o pedido no dia 18 de fevereiro, quase um mês depois de ter sido expedida ordem para sua captura. No final de janeiro, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) havia negado pedido de habeas corpus formulado por seus advogados. Ele é acusado de ser mandante do assassinato do vereador Evaldo José Nalim (DEM), executado a tiros, em sua casa, em outubro de 2010.

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A justiça considerou o crime político: o vereador fizera denúncias contra a administração local, que havia dez anos era dominada pela família de Perin. O irmão do acusado, ex-prefeito José Roberto Perin (DEM), era chefe de gabinete e tinha sido denunciado pelo vereador. O julgamento no TJ restabeleceu determinação da justiça para que Perin fosse julgado pelo Tribunal do Júri. No processo, o acusado tem reiterado sua condição de inocente das acusações.

O Governo do Estado está disponibilizando os Comprovantes de Rendimentos Pagos e de Imposto sobre a Renda Retido na Fonte para os funcionários da administração direta. O documento já pode ser adquirido e impresso através do Portal do Servidor.

Para emitir o comprovante o usuário precisa portar matrícula e a senha de acesso ao contracheque. Os servidores que possuem mais de um vínculo com o Estado precisarão checar com cada matrícula e senha respectiva o documento de rendimentos correspondente.

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Os servidores da administração indireta também podem adquirir o comprovante através do Portal do Servidor, até o dia 28 de fevereiro, ou aguardar o documento impresso enviado para o endereço do usuário. 

Caso o servidor ainda não possua a senha de acesso, é necessário procurar a Central de Atendimento ao Servidor (CAS). A criação ou resgate dos dados só podem ser feitas pessoalmente pelo funcionário.

 

Confira os endereços dos CAS:

Central de Atendimento ao Servidor – Recife (localizado no Cefospe): Rua Tabira, s/n - Boa Vista - Recife – Fone: (81) 3183-4915

Central de Atendimento ao Servidor - Garanhuns: Avenida Lions Club, 305 - Aluísio Pinto - Garanhuns - Fone: (87) 3761-8661 - Fax: (87) 3761-8663 

Central de Atendimento ao Servidor - Petrolina: River Shopping - Avenida Monsenhor Ângelo Sampaio, nº 100, lojas –55 / 56 A - Centro

Central de Atendimento ao Servidor - Caruaru: Avenida Lourival José da Silva, 80 - Petrópolis (Fábrica da Moda) - Caruaru -PE, CEP 55030-200 - Telefone: (81) 3727.7546 / (81) 3727.7547

 

Com informações da assessoria

 

Delator do esquema de venda de pareceres e laudos técnicos que levou à Operação Porto Seguro da Polícia Federal (PF), o ex-auditor do Tribunal de Contas da União (TCU) Cyonil da Cunha Borges de Farias Júnior veio a público no último domingo (25) para negar que tenha aceitado inicialmente R$ 100 mil em propina e depois se arrependido, como divulgado pela PF.

"Fico triste pelo tratamento dado pela mídia e órgãos de fiscalização, afinal não aceitei, logo não teria como me arrepender. Nunca aceitei qualquer R$", escreveu Cyonil em um fórum de debates na internet. A autenticidade do relato foi confirmada pelo próprio ao jornal O Estado de S. Paulo.

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Cyonil relata que o suposto corruptor (Paulo Vieira, ex-diretor de Hidrologia da Agência Nacional de Águas) o "caçou" pela cidade, escreveu "milhões de e-mails" e foi até a portaria do seu prédio para oferecer dinheiro. O ex-auditor afirma que não desceu até a portaria do edifício para recebê-lo mas, mesmo assim, Vieira deixou um envelope com R$ 100 mil com o porteiro. "Fiquei atordoado quando vi o pacote, não sabia o que fazer com ele. Decidi guardá-lo em casa e preparar provas para denunciar tudo à PF", disse.

Autor de livros sobre direito administrativo e professor de cursinhos preparatórios para concursos públicos, Cyonil fez o desabafo no Fórum Concurseiros, em um tópico de debate aberto por seus ex-alunos. Os estudantes queriam saber o motivo de o professor - tido por muitos como exemplo de ética e retidão - ter seu nome envolvido no escândalo que derrubou a chefe de gabinete da Presidência da República em São Paulo, Rosemary Noronha, e o número 2 da Advocacia-Geral da União, José Weber de Holanda Alves.

Segundo seu relato, Vieira se beneficiou da proximidade pessoal para tentar corrompê-lo. Cyonil relata que começou a reunir provas da tentativa de suborno para se precaver e apresentar uma denúncia consistente à PF. "Juntei tudo, até meus extratos bancários, algumas gravações que fiz." Ele afirma que detém muitos outros detalhes do processo ainda não revelados, mas não os divulgará até o fim do inquérito. "Há milhões de outras informações. Foram três anos de e-mails guardados. Que bandido guarda os e-mails na caixa de entrada e saída? Acho que só eu, né?", provoca.

Ele diz que "a galera do lado de lá" fará tudo para desmerecer a sua imagem, mas afirma que nunca titubeou em seguir em frente com a denúncia e hoje se diz aliviado. "Muitos vão acreditar em mim. Muitos vão me apedrejar. Não me arrependo de ter denunciado o esquema", afirma. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo

Há cerca de dez minutos todos os usuários do buscador Google se depararam com o erro 502 quando tentaram acessar o browser. Esse erro significa que o servidor está com problemas e se encontra fora do ar. 

Ainda não há previsão para a volta, mas todos os serviços da companhia estão fora do ar como o Gmail, YouTube, entre outros.

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Na página do buscador Google, a mensagem pede que o usuário tente novamente em 30 segundos, no entanto, o sistema ainda permanece fora do ar no momento desta publicação.

Em nota ao site G1, o Google afirmou que não há problemas no serviço.

Em testes realizados, foi possível fazer pesquisas no site utilizando os números do endereço IP. Segundo o site, para acessar o serviço de pesquisa da empresa, o usuário deve colocar os endereços "http://173.194.73.147" e "http://173.194.42.24na barra de endereços do navegador.

Os números podem sofrer alteração conforme o provedor de serviço.

A HP acaba de apresentar ao mercado um servidor desenvolvido especificamente para ajudar os clientes a operacionalizar o Big Data. Trata-se do ProLiant série SL4500, que segundo a fabricante, foi projetado para gerar novas oportunidades de negócio e que pode trazer uma economia aos usuários corporativos de até 1 milhão de dólares em um prazo de três anos.

De acordo com a HP, o novo servidor é o primeiro do mercado desenvolvido exclusivamente para ambientes de Big Data. O equipamento promete oferecer aos clientes desempenho e melhor produtividade para esse tipo de aplicação.

Desenvolvido com base na Infraestrutura Convergente da HP, o servidor oferece, segundo a fabricante, um projeto que consome até 50% menos espaço físico e 61% menos energia.

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“O projeto modular do servidor HP ProLiant série SL4500 oferece variadas configurações de computação e armazenamento que permitem que os clientes otimizem a infraestrutura para aplicativos com cargas de trabalho específicas, eliminando a necessidade de combinar hardware incompatível para a infraestrutura de suporte”, informa a fabricante.

O novo servidor HP ProLiant série SL4500 é oferecido na configuração “single-node” e já está disponível em todo o mundo. No Brasil, estes equipamentos podem ser encontrados diretamente com a HP ou na rede de parceiros da marca.

Mulher, mais de 40 anos, com ensino superior. Esse é o perfil da maioria dos funcionários públicos municipais de São Paulo. Os dados estão em um estudo inédito feito pela Secretaria Municipal de Planejamento, Orçamento e Gestão (Sempla) sobre os cerca de 140 mil funcionários públicos municipais diretos.

Desde 2009, quando teve início a pesquisa, o número de funcionários caiu ligeiramente, passando de 140.407, em 2009, para 139.178 em 2011 - e 72% são mulheres. Nesse período, foram realizados dez concursos públicos.

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Com 30 anos de serviço público, a pedagoga Cibele Araújo Racy, de 52 anos, tem o perfil da maioria do quadro de servidores. Com 30 anos de serviço público, ela é formada em pedagogia e atua como diretora da Escola Municipal Infantil (Emei) Guia Lopes, no Limão, Zona Norte da capital.

Ela diz que já teve experiência no setor privado, mas optou por trabalhar no serviço municipal. "Achei que trabalhando com essas crianças poderia fazer a diferença", diz ela. Os funcionários da Secretaria Municipal de Educação são os responsáveis por puxar para cima a média de escolarização entre os servidores. Segundo a pesquisa, 76,7% de seus 84.442 funcionários têm ensino superior - grau mínimo exigido para atuar como professor. A média municipal de pessoas com esse nível é de 62%.

As 31 subprefeituras têm o menor índice de pessoal com alto grau de escolarização, 2.714 (31,5%). Nesse setor, o número de funcionários que não têm sequer o ensino fundamental completo chega a 28,6%, com 2.466 pessoas. Outros 1.200 (13%) apresentam só o ensino fundamental completo. Segundo a secretaria, os funcionários com menos escolaridade, geralmente, atuam na zeladoria da cidade, limpando bueiros, aparando mato em canteiros, entre outros serviços gerais.

Carreira

Para o secretário de Assuntos Jurídicos do Sindicato dos Trabalhadores na Administração Pública e Autarquias (Sindsep), João Batista Gomes, já se foi o tempo que a estabilidade seduzia os funcionários. "Vários servidores de nível médio fazem faculdade e a Prefeitura não reconhece isso financeiramente. Sem um plano de carreira decente, muitos deixam o serviço público", diz. Desde 2009, 39.182 pessoas entraram e 31.884 saíram.

Segundo Gomes, outro problema é que há grande número de funcionários que perderam lugar para terceirizados. "Eles terceirizam o motorista e colocam essa pessoa para fazer uma função que não é a dela", diz.

Do total de servidores, pelo menos 11.134 (11%) estão perto da aposentadoria nos próximos anos, uma vez que contam com mais de 60 anos. A maioria dos funcionários, 85.935 (62%), porém, está entre 40 e 60 anos.

O jornal O Estado de S.Paulo pediu entrevista com o responsável pela pesquisa, mas a Sempla informou que a coordenadora não poderia falar sobre o estudo na última sexta-feira (5). Em nota, a assessoria de imprensa informou que os dados foram extraídos do Sistema Integrado de Gestão de Pessoas e Competências (SIGPEC), com base no mês de abril de 2012.

As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

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