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Um compilado de declarações do ex-presidente Lula (PT) defendendo alguns presidentes da América Latina foi publicado pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) em sua conta oficial no Twitter.

O vídeo começa com o atual chefe do Executivo brasileiro afirmando que é o "último obstáculo para o socialismo", e em seguida mostra um trecho de um vídeo antigo do líder petista falando sobre o ex-presidente da Venezuela, Hugo Chávez, que morreu em 2013. 

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Um outro trecho, também antigo, mostra Lula se referindo ao atual presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, como alguém que se destacou na tentativa de projetar o país no mundo.

Desde 2018, quando disputou pela primeira vez a Presidência da República, Bolsonaro e sua campanha tentam associar o PT e, em especial, o presidente Lula, como aliados de governos "comunistas" e que o líder petista, se voltar ao comando do Brasil, iria "transformar o país em uma Venezuela". 

O economista de esquerda Luis Arce, afilhado político do ex-presidente Evo Morales, assumiu a presidência da Bolívia neste domingo (8) em cerimônia realizada no Congresso bicameral de La Paz, depois de vencer as eleições gerais do mês passado.

O vice-presidente aimará David Choquehuanca, que tomou posse pouco antes, foi o encarregado de tomar o juramento do novo presidente na presença dos novos parlamentares e convidados especiais como o rei Felipe VI da Espanha e os presidentes da Argentina, Colômbia e Paraguai.

Com a mão direita na altura do coração, o novo presidente respondeu: "Sim, eu juro".

Em seguida, ele e os demais participantes da cerimônia cantaram o hino nacional.

A posse de Arce, ex-ministro da Economia de Morales (2006-2019), marca o retorno ao poder do Movimento ao Socialismo após a renúncia do ex-presidente em junho de 2019 em meio a uma forte convulsão social.

Como herdeiro político de Morales, Arce venceu as eleições de 18 de outubro no primeiro turno com 55% dos votos, mais de 26 pontos acima de seu principal rival, o centrista Carlos Mesa.

Morales retornará na segunda-feira à Bolívia da Argentina, país onde se refugiou após um breve asilo no México, para viajar cerca de 1.110 quilômetros por terra até a região cocaleira de Chapare, onde suas bases camponesas o aguardam.

Imagine se a União Soviética (URSS) não tivesse caído e o mundo entrasse em um regime socialista e espacial. Esse é o cenário que se passa o game Kosmokrats, que une humor, aventura e desafios em forma de quebra-cabeça colonizar o sistema solar em um arco-íris vermelho e amarelo.

No game, desenvolvido por um estúdio de jogos independente da Polônia chamado Pixel Delusion, você controla um descascador de batatas num universo alternativo que, de repente é convocado para largar os tubérculos e pilotar um drone de montagem, além de construir naves espaciais numa série de missões. Cada ação realizada pelo personagem pode levar a matar acidentalmente cosmonautas em “incidentes no local de trabalho” ou não conseguir montar espaçonaves corretamente.

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Além disso, é possível tornar-se um cidadão das estrelas ganhando medalhas para exibir em seu gabinete de prêmios,  ler o jornal oficial do Partido e até ter um console de jogos chamado Я-Box de última geração. O jogo já está disponível na Steam desde a última quinta-feira (5), com preço sugerido de R$ 28,99. 

Doses de ironias e frases duras contra opositores marcaram o discurso do presidente Jair Bolsonaro (PSL), durante a reunião da cúpula dos países na 74ª assembleia geral da Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova York, nessa terça-feira (24). 

Além de salientar sobre a preservação da Amazônia, soberania do país, política externa, terras indígenas, Mercosul e economia, por exemplo, o presidente aproveitou o holofote para expor sua avaliação diante de assuntos que, na ótica de estudiosos, não deveriam ter norteado a fala. 

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O LeiaJá separou trechos da intervenção do presidente na ONU que foram mais polêmicos. Veja: 

1 - [Mais Médicos] “Em 2013, um acordo entre o governo petista e a ditadura cubana trouxe ao Brasil 10 mil médicos sem nenhuma comprovação profissional. Foram impedidos de trazer cônjuges e filhos, tiveram 75% de seus salários confiscados pelo regime e foram impedidos de usufruir de direitos fundamentais, como o de ir e vir.

Um verdadeiro trabalho escravo, acreditem... Respaldado por entidades de direitos humanos do Brasil e da ONU!”

2 - [Cuba e a difusão da ditadura] “A história nos mostra que, já nos anos 60, agentes cubanos foram enviados a diversos países para colaborar com a implementação de ditaduras. Há poucas décadas tentaram mudar o regime brasileiro e de outros países da América Latina. Foram derrotados!”

3 - [Emmanuel Macron] “É uma falácia dizer que a Amazônia é patrimônio da humanidade e um equívoco, como atestam os cientistas, afirmar que a nossa floresta é o pulmão do mundo. Valendo-se dessas falácias, um ou outro país, em vez de ajudar, embarcou nas mentiras da mídia e se portou de forma desrespeitosa, com espírito colonialista”.

4 - [Cacique Raoni -1] “A visão de um líder indígena não representa a de todos os índios brasileiros. Muitas vezes alguns desses líderes, como o Cacique Raoni, são usados como peça de manobra por governos estrangeiros na sua guerra informacional para avançar seus interesses na Amazônia.”

5 - [Cacique Raoni -2] “Acabou o monopólio do senhor Raoni”.

6 - [Ideologia] “Durante as últimas décadas, nos deixamos seduzir, sem perceber, por sistemas ideológicos de pensamento que não buscavam a verdade, mas o poder absoluto... A ideologia invadiu a própria alma humana para dela expulsar Deus e a dignidade com que Ele nos revestiu”.

7 - [ONU] “Esta não é a Organização do Interesse Global! É a Organização das Nações Unidas. Assim deve permanecer!”

8 - [Amazônia] “Nossa Amazônia é maior que toda a Europa Ocidental e permanece praticamente intocada”.

Direita e esquerda. Comunismo e socialismo. Esses são alguns termos históricos cujos conceitos podem ser cobrados em questões do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Para além do contexto educacional, o entendimento dessas definições é essencial para o nosso convívio em sociedade, evitando debates sem argumentos e com discursos distorcidos sobre cada significado.

Os conceitos históricos são os destaques do programa especial do Vai Cair No Enem desta terça-feira (27). A influenciadora digital Thaliane Pereira recebe a professora de história Paula Carvalho que, didaticamente, explica os principais conceitos. Veja o vídeo a seguir:

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O Vai Cair No Enem é um projeto multimídia que, em parceria com o LeiaJá, compartilha, de maneira gratuita, conteúdos educativos direcionados à prova do Exame Nacional do Ensino Médio. No nosso Instagram, os candidatos podem acompanhar dicas curtas, questões, desafios, aula exclusivas, notícias, entre outras informações.

Todas as terças-feiras, às 16h30, Thaliane Pereira recebe professores em entrevistas exclusivas sobre assuntos do Exame que se relacionam com o cotidiano. Confira, a seguir, os programas especiais já exibidos:

--> No ritmo do passinho, veja uma aula de física para o Enem

--> Vídeo: matemática para o Enem pode ser fácil, sim

Nada satisfeita com a aprovação, em votação simbólica na Câmara dos Deputados, do projeto de lei que criminaliza o abuso de autoridade, a deputada federal Carla Zambelli (PSL) voltou a falar sobre o assunto nesta sexta-feira (16).

“Longe de coibir abusos, a ‘lei de abuso de autoridade’ dá poder total para um ministro do STF ou do STJ destruir a carreira de qualquer juiz, promotor ou policial concursado: basta conceder um habeas corpus, arquivar um caso por ‘falta de indícios’ ou dizer que uma prisão foi ‘vexatória’”, opinou a parlamentar. 

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Ainda em sua publicação no Twitter, a deputada comparou a lei com o socialismo. “É como o socialismo: um gigantesco esquema de poder disfarçado sob o pretexto furado de ‘proteger os pobres e oprimidos’”, argumentou Zambelli.

O projeto em questão foi aprovado na última quarta-feira (14) e vem sendo motivo de conflito entre figuras do meio político. A própria Carla Zambelli chegou a rebater um comentário positivo do senador Renan Calheiros (MDB) sobre o assunto.

O governo de Cuba promulgou nesta quarta-feira (10) a nova Constituição do país, aprovada em referendo popular em fevereiro passado e que abre a ilha para o mercado privado.

O ato de promulgação foi presidido pelo primeiro-secretário do Comitê Central do Partido Comunista, Raúl Castro, em uma cerimônia solene na Assembleia Nacional. Em seu discurso, o ex-presidente disse que a Carta Magna "garante a continuidade da Revolução e o caráter irrevogável do socialismo".

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A nova Constituição foi aprovada em um referendo popular em 24 de fevereiro, com 86,85% dos votos. Entre outras coisas, o texto reconhece a propriedade privada, o enriquecimento individual, a liberdade de imprensa e o Estado laico.

Além disso, a Constituição garante a presunção de inocência em processos, proíbe a discriminação de pessoas LGBT, cria o cargo de primeiro-ministro como chefe de governo - o presidente permanecerá como chefe de Estado - e prevê um referendo sobre o casamento entre pessoas do mesmo sexo.

O projeto também fixa em cinco anos o mandato do presidente, com direito a uma reeleição, e impõe 60 anos como idade máxima para se candidatar - dessa forma, o atual mandatário do país, Miguel Díaz-Canel, 58, não poderia tentar a reeleição.

Por outro lado, a nova Constituição não muda a regra de partido único e mantém o monopólio do Estado na posse de terras. Os conceitos de economia planificada e de país comunista também foram mantidos. "Apenas no socialismo e no comunismo o ser humano alcança sua dignidade plena", diz a Carta Magna.

Da Ansa

Vândalos atacaram nesta terça-feira (5) o túmulo do filósofo político alemão e revolucionário socialista Karl Marx, no cemitério de Highgate, em Londres.

De acordo com Ian Dungavell, representante da Fundação desta necrópole da capital britânica, o memorial será consertado "na medida do possível".

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Segundo ele, os ataques são regulares, mas não frequentes. O pior incidente ocorreu em 1970, quando um grupo tentou destruir o túmulo usando uma bomba.

Marx, que viveu de 1818 a 1883, escreveu sobre ideias revolucionárias relacionadas a lutas de classes, as falhas do capitalismo e do trabalho humano. Ele publicou obras conhecidas como "O Manifesto Comunista", "O Décimo Oitavo Brumário de Louis Bonaparte" e "Capital". 

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Da Ansa

O discurso do presidente Jair Bolsonaro repercutiu nas principais veículos de comunicação europeus nesta quarta-feira (2). Praticamente todas as publicações enfatizaram a fala do novo líder da maior economia da América Latina em que cita a libertação do Brasil do socialismo.

O jornal britânico The Guardian foi um dos que mencionaram o trecho como destaque. "Suas palavras encantaram uma multidão de mais de 100 mil pessoas - muitas das quais viajaram à capital modernista para o evento, convencidas de que o populista de extrema direita pode resgatar o País conturbado da corrupção virulenta, do aumento do crime e da estagnação econômica", mencionou o diário. No jornal britânico de economia Financial Times, a posse de Bolsonaro não recebeu qualquer menção na edição impressa desta quarta-feira nem na versão na internet.

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Ainda no Reino Unido, a rede de televisão BBC repetiu algumas vezes na noite de ontem uma reportagem sobre a posse de Bolsonaro. Em seu site na internet hoje, o assunto já está fora da página principal do veículo. No material de ontem, a BBC destacou que o presidente usou seu discurso de posse para prometer a construção de uma "sociedade sem discriminação ou divisão".

O enfoque sobre o fim do socialismo no país durante o discurso do novo presidente foi dado pelo francês Le Monde. Saudando "neste dia em que as pessoas começam a se libertar do socialismo, da inversão de valores, do gigantismo do Estado e do politicamente correto", o líder da extrema direita brasileira prometeu livrar o país das "ideologias nocivas" que "destroem nossas famílias", como as da "teoria do gênero" que abomina, ou "marxismo", que ele acredita detectar nos livros didáticos. Garantindo às pessoas "boas" o direito de "legítima defesa", ele novamente mencionou seu desejo de flexibilizar o mais rápido possível a lei de 2003 que proíbe o porte de armas, mostrando ao mesmo tempo sua benevolência para com os atores da defesa do agronegócio em conflito com o movimento dos sem-terra e dos povos indígenas.

O também francês Le Figaro mantém o tema sem muito destaque em sua página na internet. "Jair Bolsonaro assumiu o cargo na terça-feira, abrindo uma era de ruptura com sérias incertezas em relação à mudança para a extrema direita da maior potência da América Latina."

Já o espanhol El País enfatizou a exibição da aliança de Bolsonaro com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. "Bolsonaro e o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, aproveitaram a cerimônia para mostrar, via Twitter, sua aliança, que é uma virada 'copernicana' da política externa brasileira", ressaltou o periódico. O veículo também informou que, em seu discurso de posse, o presidente evitou sua habitual crítica ao Partido dos Trabalhadores (PT) para convocar os deputados a se unirem "à missão de reconstruir o País, libertando-o do crime, da corrupção, da submissão ideológica e da irresponsabilidade econômica".

O português Diário de Notícias, que acompanhou a transmissão do cargo ontem em tempo real, por sua vez, dá destaque à posse e salientou quatro frases do pronunciamento de Bolsonaro consideradas como "a chave" do discurso de posse: 1) "Este é o dia em que o povo começou a se libertar do socialismo, da invasão de valores, do politicamente correto, do gigantismo estatal; 2) "Temos o desafio de enfrentar a ideologia que descriminaliza bandidos, pune policiais e destrói famílias, vamos restabelecer a ordem no País"; 3) "Esta é a nossa bandeira, que jamais será vermelha, só será vermelha se for do nosso sangue derramado para a manter verde e amarela", e 4) "Traremos a marca da confiança de que o governo não vai gastar mais do que arrecada, do interesse nacional, do livre mercado e da eficiência, da garantia de que as regras, os contratos e as propriedades serão respeitados.

O modelo socialista de Cuba, atualmente o único Estado da América que adota o sistema, divide opiniões. Para falar sobre o socialismo e atual situação do país, o embaixador de Cuba no Brasil, Rolando Gómez González, participou de um evento no Recife, na noite dessa segunda-feira (21). Além de exaltar o ex-presidente Fidel Castro, Rolando disse que tentam diminuir a imagem do país para que seja evitado de que Cuba continue sendo uma referência mundial. Ele ressaltou os valores baixos que a população paga pelos serviços básicos.

O embaixador falou que muito se escuta que um médico cubano pode ganhar cerca de 30 dólares e que, por esse motivo, estariam “morrendo de fome”, mas que não se destaca, por exemplo, o valor pago por um medicamento para tratar de alguma doença. “No meu caso, sou hipertenso. Meu tratamento para hipertensão, três medicamentos diários, me custa 19 pesos por ano, que são 0,65 centavos de dólar”, revelou. 

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Rolando Gómez também disse que um cidadão cubano paga uma média de 20 pesos no valor de uma conta de energia por mês, o que equivale a cerca de 0,85 centavos de dólares. O preço do gás, segundo sua declaração, custa ao redor de 4 pesos, menos de 0,05 centavos de dólar. O valor exposto por gastos mensalmente em eletricidade e gás daria cerca de 3 reais. 

“Um espetáculo vale 5 pesos, só 0,20 centavos de dólar, um evento desportivo vale 1 peso e o transporte público são 5 pesos também”, disse o embaixador reforçando que os cubanos não pagam nada na educação de seus filhos e nem tampouco na saúde. De acordo com os dados divulgados, em 2018, Cuba reservou mais de 70% de todo a verba para investir em quatro áreas: educação, saúde, segurança e cultura. 

“Uma economia que oferece um serviço de saúde universal e gratuito das mais simples até um transplante e vocês sabem que isso custa, além de uma educação gratuita desde uma criança do pré-escolar até um doutorado. Absolutamente gratuito e que pretende levar adiante uma política de igualdade de oportunidades para todos”, discursou para o público presente no Teatro, na área central do Recife. 

Modelo socialista

Rolando declarou que o país quer um socialismo democrático, independente, soberano e próspero sempre pensando na defesa de Cuba. “Uma revolução que não se possa defender, não pode se sustentar”, pontuou dizendo que existe um esforço e sacrifício para evitar uma intervenção militar no país. 

Ainda salientou que o sistema socialista busca a maior “satisfação” das necessidades essenciais do ser humano e que o objetivo é lutar para alcançar um modelo ideal que tenha sido decidido com base no que os cubanos querem. Ele garantiu que há avanços apesar dos desafios imensos. 

Entre os desafios, em primeiro lugar, citou o bloqueio econômico, comercial e financeiro dos Estados Unidos contra Cuba. Em sua explanação, o embaixador contou que tentou se passar uma imagem de que com Obama que esse problema havia acabado. “Falso, o bloqueio permaneceu intacto", garantiu. 

O presidente de Cuba, Raúl Castro, ressaltou nessa quinta-feira (1º) que o país continuará sendo socialista, depois que o Parlamento aprovou um plano de reforma para permitir que empresas privadas desenvolvam negócios lá.

A Assembleia Nacional de Cuba analisou o andamento das reformas econômicas e sociais iniciadas em 2010, bem como o plano de desenvolvimento do país até 2030.

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Castro afirmou que os documentos, anteriormente aprovados pelo Comitê Central do Partido Comunista e agora apoiados pelo Parlamento, permitirão a "atualização" do modelo social e econômico. "Isso significa que vamos mudar tudo o que precisa ser mudado", acrescentou o líder cubano.

Ele também advertiu sobre a concentração da propriedade e da riqueza, mesmo que trabalhadores privados ou pequenas empresas sejam legais no país.

Até agora, as reformas de Castro permitiram trabalhadores autônomos e pequenas cooperativas, mas o setor estratégico da economia nacional permanecerá nas mãos das empresas governamentais.

 

EDITORES, POR FAVOR PROGRAMAR ESTA MATÉRIA PARA SÁBADO (14) DE MANHÃ. OBRIGADA 

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A aproximação do governador Eduardo Campos (PSB) ao senador Aécio Neves (PSDB) com direito a jantar no Recife e a demonstração de apoio por parte de alguns democratas, trouxe à tona inúmeras especulações sobre a mudança ideológica do perfil dos socialistas para um comportamento chamado de ‘socialismo de direita’. Porém, o forte diálogo entre as duas correntes não é vista por socialistas como uma mudança de pensamentos. Já para o analista político, Maurício Romão, atualmente a questão ‘direita’ e ‘esquerda’ não existem mais. Tudo indica que a mistura de ideologias, opiniões e aspectos dependem basicamente do interesse político e partidário para cada conjuntura eleitoral do momento.

Filha do vice-governador de Pernambuco, João Lyra Neto (PDT), a deputada estadual Raquel Lyra (PSB), explicou que o PSB tem princípios muito arraigados num capitalismo mais justos e por isso não acredita numa mudança. “É natural que ele possa dialogar com presidente de outros partidos. Aécio Neves é da mesma geração dele, e mesmo considerado conservador, sempre teve ao lado da democracia”, defendeu Lyra em relação aos rumores do jantar.

Já sobre a sinalização dada pelo DEM, a socialista disse que o apoio partiu deles, mas os princípios do PSB não mudarão por isso. “Em relação ao DEM, são eles que estão demonstrando apoio, e não o PSB. Não tem uma mudança de rumos, só há a demonstração de  adesão de outros partidos, mas nós continuamos defendendo os mesmos princípios. Não tem decisão de ideologia e sim, de diálogo”, argumenta a parlamentar.

Também socialista, mas com uma postura diferente de Lyra, o presidente da Câmara do Recife, vereador Vicente André Gomes (PSB), não descarta a mudança ideológica. “Eu acho que o processo político é muito dinâmico, e uma coisa é uma unidade de forças e outra é a unidade ideológica. A unidade de força política se caracteriza dentro dos pleitos que se aproximam. Sempre que ocorre perspectiva de disputa de pleito, as unidades de forças se aglutinam em força maior. Não posso afirmar que isso possa acontecer, mas não vejo nada impossível”, soltou Gomes.

Depois de ter afirmado a possibilidade, o vereador mostrou indecisão, mas posteriormente ratificou o que declarou. “Mudança ideológica é uma discussão posterior, não adianta cobrir o sol com a peneira, a discussão é a unidade de força. As forças políticas vão se unindo dentro de uma discussão partidária e pessoal. Agora, isso não quer dizer que as discussões ideológicas não possam se aglutinar dentro de uma linha. Não estou dizendo que isso esteja ocorrendo, mas essa relação pode existir. Só o tempo e os atos podem acontecer. Agora, nada impossível”, pontuou.

Para o analista político, Mauricio Romão, a questão dos partidos serem de esquerda ou de direita não existem mais. “Não há ideologia partidária, não há identificação programática dos partidos, os partidos não guardam coerência programática na sua filiação, nos seus representantes executivos majoritários. É uma salada geral, os partidos não têm um norte a ponto de se basear, projetar na vida nacional como um partido de ideais, defendendo propostas”, avalia.

Ainda segundo Romão, a ideia de ter uma postura única dentro das legendas é algo que existe apenas fora do Brasil. “Eu não valorizo essa movimentação do PSB com o PSDB e eventual entrada do democratas, como uma questão de esquerda e direita. Não cabe, essa questão está ultrapassada, ela não identifica os partidos nem as suas correntes porque essas correntes estão misturadas. Eles se emaranharam numa composição. Então, você não pode ficar sendo de esquerda ou sendo de direita. É uma parafernália de alinhamentos que prevê uma formação ideológica. Não existe, ela não se enquadra, ela é superada”, esclareceu o especialista. 

Em palestra no Grupo Estado, a blogueira cubana Yoani Sánchez disse que seu país não vive um regime socialista. "Não creio que em Cuba haja um socialismo e que tenhamos estado nunca perto do comunismo", afirmou. "Em Cuba vivemos um capitalismo de Estado, um capitalismo de clã familiar, onde o patrão não é o rico, nem o dono da terra, nem o burguês, mas o governo", completou.

Uma das principais defensoras da liberdade de expressão em Cuba, Yoani disse temer que, com a futura saída do presidente Raúl Castro, haja revolta popular, caos e clima de violência. "Não gostaria que houvesse um vazio de poder", enfatizou. A cubana também revelou ter medo que seu país enfrente os mesmos problemas da Rússia após o fim do regime soviético.

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Embora o atual governo não dê sinais de mudanças significativas e promova "reformas lentas", Yoani disse que sonha com a democracia. "Teremos a oportunidade de começar do zero", comentou. A opositora do regime castrista revelou estar "esperançosa" na possibilidade de mudanças significativas no governo cubano quando Raúl Castro deixar o poder. Segundo a blogueira, mesmo com medo do governo, os cubanos já começam a ter uma visão mais crítica em relação ao domínio de 54 anos dos irmãos Castro. "Vejo uma mudança entre os cubanos do interior. Essa situação não pode perdurar", afirmou.

Diferentemente dos primeiros dias de visita ao Brasil, quando enfrentou protestos de grupos de esquerda nos eventos em que participou, Yoani foi aplaudida, tirou fotos e recebeu flores de admiradores de sua posição política. Para a blogueira, os manifestantes passaram dos limites ao tentar impedi-la de discursar em seus últimos compromissos. "Impedir as pessoas de falar não é democracia nem pluralidade. É fanatismo", considerou.

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