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Conhecido na Câmara dos Deputados por ter sido premiado 12 vezes na loteria em 1997, o atual segundo vice-presidente da Casa, Fernando Giacobo (PR-PR), viu na decisão do Supremo Tribunal Federal de afastar o deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e agora com a renúncia do peemedebista, uma oportunidade política valiosa. Segundo resume um aliado, "ele sabe a hora que o cavalo passa para pular em cima".

De perfil individualista, Giacobo desafiou a direção do partido e a bancada para chegar à segunda vice-presidência. Nesta semana, tenta viabilizar sua candidatura ao comando da Casa.

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Na escolha para a vice, o PR havia feito uma eleição interna e Lúcio Vale (PR-PA) derrotou seu nome para a indicação oficial do partido. Inconformado, Giacobo lançou candidatura avulsa e, com ajuda de Cunha e da bancada ruralista - ao qual se aproximou no período em que presidiu a Comissão de Agricultura - venceu Vale na votação em plenário.

Como todos os antigos aliados de Cunha que decidiram disputar o mandato-tampão na presidência, Giacobo hoje afirma que nunca foi alinhado ao peemedebista. Durante a campanha de eleição para a Mesa Diretora, porém, distribuiu santinhos ao lado de Cunha. Na ocasião, o então líder da bancada Bernardo Santana (PR-MG) reclamou ao peemedebista do desconforto de ver seu liderado ao lado dele, uma vez que o partido havia decidido apoiar o petista Arlindo Chinaglia (PT-SP), então candidato do governo. Cunha respondeu que quem havia distribuído o material de campanha tinha sido o próprio Giacobo.

A relação com o PR, ao qual é filiado desde 2007, foi marcada por disputas, principalmente no Paraná. Ao tomar a direção estadual do partido, Giacobo quase foi expulso da sigla, mas conseguiu um salvo-conduto para mudar de partido sem correr o risco de a legenda pedir o mandato na Justiça Eleitoral. Não mudou porque, como havia conquistado o cargo na Mesa Diretora, se trocasse de legenda poderia perder a segunda vice-presidência.

Loteria. Enquanto Cunha presidia a Câmara com "mão de ferro", Giacobo - em seu quarto mandato de deputado federal - mantinha a fama de "festeiro", notívago e namorador. Quando questionado sobre a "sorte" na loteria, conta que era empresário e ganhou os R$ 124 mil em 1997 porque fez um bolão, comprou 2 mil bilhetes e, destes, 12 foram premiados.

Giacobo passou a ser notado no plenário quando o primeiro vice-presidente, Waldir Maranhão (PP-MA), desistiu de presidir as sessões e ele assumiu o comando das votações. No primeiro momento, os líderes partidários contavam com a experiência do primeiro secretário Beto Mansur (PRB-SP) para presidir as sessões no lugar de Maranhão, mas Giacobo mandou um recado: na ausência de Cunha e Maranhão, ele presidiria as sessões.

Nestes dois meses de ausência de Cunha em plenário, Giacobo comandou a maior parte das poucas sessões realizadas e provou ao PR que é o candidato mais viável para suceder o peemedebista. Agora é considerado o candidato oficial da bancada, embora nomes como Milton Monti (PR-SP) ameacem sua candidatura.

Desconfiança

Mesmo com o apoio do partido, Giacobo terá de vencer a desconfiança do Palácio do Planalto. A derrota do governo na votação da urgência constitucional do projeto sobre a renegociação da dívida dos Estados com a União é atribuída a ele e ao líder do governo, André Moura (PSC-SE), que teriam decidido encerrar a sessão cedo demais, impedindo os governistas de chegar a tempo para votar e garantir vitória ao Executivo. Tudo o que o Planalto não quer é um presidente da Câmara que não saiba a hora de colocar projetos em votação. "Não sou governo, não sou oposição, sou presidente na hora em que me sento lá", respondeu ao Estado, negando ter atrapalhado o Planalto.

Nos corredores da Casa, há quem diga que a derrota foi um recado de Giacobo ao governo porque estaria insatisfeito com a demora na nomeação de seus indicados, principalmente na diretoria de Itaipu. O parlamentar nega. "Para Temer, a vitória de Giacobo é a pior coisa que pode acontecer. Ele vai tirar o couro", comentou um deputado. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Com aval do Planalto, deputados fecharam neste domingo, 10, acordo para antecipar a eleição à sucessão na Câmara para as 19h desta quarta-feira (13). O acordo ainda precisa ser referendado hoje, em reunião da Mesa Diretora da Casa.

Em encontro com integrantes do Centrão, na casa do líder do PSD na Câmara, Rogério Rosso (PSD-DF), um dos favoritos na disputa, deputados decidiram pressionar o presidente interino da Casa, Waldir Maranhão (PP-PE), a rever sua decisão de convocar a eleição para a quinta-feira. Segundo parlamentares presentes nesta reunião, Maranhão concordou com a mudança da data.

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A negociação passou também pelo deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ), que integra a antiga oposição e deve ir para a disputa contra Rosso. Maia tem apoio de Maranhão e negocia aliança com o PT. Maia diz que foi procurado pelo líder do governo, André Moura (PSC-SE). "Eu não defendi nem terça, nem quinta, e sim um meio termo", afirmou Moura.

Na prática, Maia se tornou o principal interlocutor do presidente interino da Câmara nas negociações. Ao longo do dia, o deputado chegou a atender o telefone de Maranhão diversas vezes.

O ministro da Secretaria de Governo, Geddel Vieira Lima, também conversou com Maia em busca de um acordo. "Eu falei com o Rodrigo e com o André Moura e fiz uma ponderação: não é bom que a eleição seja na quinta, às vésperas do recesso parlamentar", disse Geddel ao jornal O Estado de S. Paulo.

Sem conseguir unificar a base aliada em torno de um único candidato, o Planalto operou para antecipar a eleição por avaliar que, quanto mais tempo passar, o racha será maior. Na semana passada, Maranhão disse ao presidente em exercício Michel Temer que gostaria de permanecer no cargo.

Impasse

O impasse sobre a sucessão na Câmara começou após a renúncia de Eduardo Cunha (PMDB-RJ), há quatro dias, quando Maranhão decidiu convocar a eleição para quinta-feira. Líderes do Centrão propuseram, então, que a disputa ocorresse dois dias antes, na terça.

A proposta foi interpretada como uma manobra, já que neste dia está prevista a reunião da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) para decidir se acata recurso de Cunha contestando o parecer que recomenda sua cassação. Diante do imbróglio, surgiu a ideia da eleição na quarta-feira.

Criticado por negociar apoio do PT, Maia jantou com o presidente do PSDB, Aécio Neves (MG), no fim de semana, no Rio. O PSDB é um dos partidos que podem apoiá-lo.

O deputado do DEM disse ao Estado que Temer avalizou sua iniciativa de conversar com diversas siglas e negou o mal estar entre partidos da base. O Centrão, por sua vez, aponta a influência de Moreira Franco na operação para alavancar a candidatura de Maia.

Contrariado com esses rumores, Moreira postou no Twitter que o governo não deve atuar na sucessão de Cunha. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Com receio de criar clima de animosidade com lideranças partidárias aliadas de Eduardo Cunha (PMDB-RJ), a maioria dos candidatos ao comando da Câmara evita opinar sobre o processo de perda de mandato do deputado afastado.

O discurso entre os postulantes é de que seguirão o regimento interno. Ao manter "posicionamento institucional", eles minimizam atritos com o Centrão, grupo comandado por PP, PR, PSD e PTB, próximo a Cunha, e que detém força para ditar o ritmo das atividades da Casa.

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Nome mais cotado para suceder Cunha, o líder do PSD, Rogério Rosso (DF), está entre os que não se posicionam. "São coisas independentes (processo de Cunha e presidência da Câmara). Esse assunto tem de tramitar naturalmente, seguindo o regimento. Não vou nem acelerar, nem retardar."

Rosso tem o apoio de Cunha na disputa prevista para esta semana. Outros postulantes, como Rodrigo Maia (DEM-RJ), Beto Mansur (PRB-SP), Júlio Delgado (PSB-MG) e Hugo Legal (PSB-RJ), têm discursos semelhantes.

Para adversários de Cunha, a defesa dos candidatos de que seguirão o regimento não impede que acatem manobras do peemedebista. Isso porque há brechas nas normas para investidas de Cunha, caso consiga respaldo do novo presidente. Uma delas é a possibilidade de qualquer deputado apresentar, em plenário, questão de ordem inquirindo as ações adotadas no julgamento do processo de cassação, hoje na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).

Segundo servidores da Câmara, esse questionamento, se recebido pelo novo presidente, pode paralisar o processo, enquanto não for avaliado pela CCJ e pelo plenário. Assim, o caso pode se estender por vários meses. "O que não pode é eleger um presidente que numa canetada volte todo o processo", disse o deputado Fausto Pinato (PP-SP), também na disputa pelo cargo. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Dos seis candidatos favoritos à sucessão do deputado afastado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) na presidência da Câmara, quatro enfrentam algum tipo de processo judicial, um apareceu na Operação Lava Jato e o sexto não responde mais a ações porque os crimes dos quais era acusado prescreveram. Entre os que ainda respondem, há acusações como peculato (desvios de recursos públicos) e até por submeter empregados a condições de trabalho análogas à escravidão.

A eleição do próximo presidente da Câmara, prevista para quarta-feira (13), vai definir uma figura central para os próximos passos do governo. Além de ser o primeiro na linha sucessória do presidente em exercício Michel Temer, o substituto de Cunha terá poder para acelerar ou atrapalhar o processo de cassação do peemedebista e as votações de projetos importantes para o ajuste fiscal do governo.

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Levantamento do jornal O Estado de S. Paulo checou as pendências dos 16 nomes até agora cotados para a disputa nos bancos de dados públicos dos tribunais de Justiça, nas cortes superiores e eleitorais. Em nove deles, encontrou algum tipo de procedimento. Iniciada após a renúncia de Cunha, na quinta-feira, a disputa pelo cargo tem número recorde de concorrentes e promete movimentar a semana que antecede o recesso parlamentar do meio do ano.

Favoritos. Entre os mais cotados na disputa e possível candidato do Centrão (bloco que reúne 13 partidos), o deputado Rogério Rosso (PSD-DF) é investigado por peculato e indiciado por corrupção. Os crimes são relacionados ao mandato-tampão como governador do Distrito Federal, em 2010, após um escândalo de corrupção que prendeu o então governador José Roberto Arruda e obrigou o vice, Paulo Octávio, a renunciar.

O possível adversário direto de Rosso, Beto Mansur (PRB-SP), primeiro-secretário da Câmara, é o que tem a maior lista de pendências judiciais entre os 16 pesquisados. Ele já foi condenado e responde a um processo por exploração de trabalho análogo à escravidão em uma fazenda no interior de Goiás. O caso envolve 46 trabalhadores, sete dos quais eram menores de idade na época.

Em outra ação penal no Supremo Tribunal Federal, Mansur responde por crime de responsabilidade relacionado ao período em que foi prefeito de Santos (1997-2004). Ele também é alvo de dois inquéritos na Corte por crimes contra a administração pública. Na Justiça paulista, o deputado ainda foi condenado por improbidade administrativa e é alvo de uma segunda ação por dano ambiental.

Outro candidato que aparece com boas chances, o deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ) não responde a processo, mas teve seu nome envolvido na Operação Lava Jato após aparecer em troca de mensagem de Léo Pinheiro, da OAS, pedindo doações. Maia é alvo de um pedido de inquérito da Procuradoria-Geral da República.

Já Fernando Giacobo (PR-PR), graças à prescrição, não responde a processo atualmente, mas escapou de duas ações penais no STF por formação de quadrilha e crime tributário.

Também no páreo, Heráclito Fortes (PSB-PI) teve as contas das últimas eleições reprovadas pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE) do seu Estado. O deputado ainda pode recorrer na ação em que o Ministério Público Eleitoral pede a cassação do mandato. Antes, foi condenado por improbidade administrativa quando era prefeito de Teresina, entre 1989 e 1993, por usar publicidade institucional para fazer promoção pessoal.

A Justiça determinou ressarcimento aos cofres públicos.

Do PTB, o goiano Jovair Arantes foi condenado pelo TRE por utilizar funcionário público em seu comitê de campanha em 2014. Ele foi multado em R$ 25 mil. Ainda cabe recurso ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Correndo por fora na disputa, Hugo Leal (PSB-RJ) foi condenado no Rio por violações administrativas em licitações quando foi presidente do Detran no Estado. Ainda cabe recurso.

No PP, os dois possíveis candidatos também respondem a processos. Esperidião Amim (SC) responde por improbidade administrativa e dano ao erário e Fausto Pinato (SP) é réu em ação no STF acusado de falso testemunho. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Um dos favoritos para vencer a disputa pela Presidência da Câmara, o deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ) disse que avisou ao presidente em exercício Michel Temer que estava negociando o apoio dos partidos de esquerda, especialmente com o PT. A conversa com Temer aconteceu na manhã de sexta-feira, 8, pelo telefone.

Segundo Maia, Temer liberou a aproximação com os integrantes da oposição e pediu que os avisasse que pretende procurá-los para criar um canal de diálogo, caso se confirme a aprovação do impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff.

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Em busca dos 58 votos da bancada do PT, que podem ser decisivos na disputa, Maia tenta ganhar a simpatia da legenda, mas garante que continua sendo "integrante fiel" da base do governo Temer.

"Sou aliado do presidente Temer e quero trabalhar para reconstruir a harmonia dentro da Câmara", disse Rodrigo Maia, que é genro de Moreira Franco, secretário executivo do Programa de Parcerias de Investimento (PPI) do governo. Além de Maia, os deputados Marcelo Castro (PMDB-PI) e Rogério Rosso (PSD-DF) tentam atrair os votos petistas.

Repartir

O Palácio do Planalto avalia, segundo interlocutores de Temer, que o PMDB não deve entrar na disputa pelo o cargo de "presidente tampão". A sigla continuará à frente da presidência do Senado no próximo ano. O escolhido para suceder Renan Calheiros (AL) é o senador Eunício Oliveira (CE).

A meta do governo é reunir uma base "consistente" de 2/3 de votos na Câmara. Com esse quórum, Temer tentará aprovar medidas consideradas polêmicas, inclusive as que dependem de mudança na Constituição, como a reforma da Previdência.

Apesar de o discurso ser de não se empenhar em favor de nenhum nome, o Planalto gostaria de emplacar Rogério Rosso (PSD-DF) no cargo, que integra o chamado Centrão.

Apoio

Na disputa pela liderança do governo interino, Maia foi preterido por André Moura (PSC-SE). O deputado do DEM disse ao Estado que só vai formalizar a sua candidatura depois de costurar apoio com partidos de esquerda (PT, PSOL e PCdoB). Ele também buscará o apoio do Centrão. "Eu posso ser o candidato que vai unificar a Câmara", disse o deputado.

O líder do PT, Afonso Florence (BA), afirmou que o partido não vai lançar candidatura própria e que vai se reunir amanhã para definir a posição da legenda. Segundo ele, todos os candidatos informais o procuraram pedindo apoio.

"Temos preferência por um candidato que tenha votado contra o impeachment, mas isso não é um condicionante. Vamos apresentar uma agenda de pauta social, e queremos um candidato com potencial de ir para o segundo turno", declarou. Os líderes partidários pressionam o presidente interino Waldir Maranhão (PP-MA) para que antecipe para terça-feira a eleição, prevista para quinta. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Os favoritos para a disputa da presidência da Câmara ainda não formalizaram as suas candidaturas. Rogério Rosso (PSD-DF), Rodrigo Maia (DEM-RJ) e Fernando Giacobo (PR-PR) devem se inscrever apenas na véspera da votação para evitar o desgaste e ganhar mais tempo nas negociações. Um dia após a renúncia do deputado afastado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) à presidência, anteontem, cinco deputados registraram as suas candidaturas na Mesa Diretora. O número, porém, deve chegar a cerca de 15 até a data da votação, prevista para esta semana.

Embora negue que esteja concorrendo, Rosso é considerado o candidato mais forte da disputa. Aliado de Cunha, o deputado do PSD conta com o apoio do peemedebista, que tem defendido a sua candidatura como principal candidato do Centrão, formado por 13 partidos. Ontem, Rosso afirmou que "centenas de deputados têm se manifestado a favor dele" e que será candidato se houver "consenso". Quanto ao apoio de Cunha, ele nega e diz que é uma forma dos adversários "desconstruírem" uma eventual candidatura.

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Giacobo, outro que está entre os favoritos, atualmente ocupa a segunda vice-presidência da Casa. O parlamentar já costuma presidir as sessões em plenário na ausência do presidente interino Waldir Maranhão (PP-MA). Caso seja eleito, uma nova eleição teria que ser feita para preencher o seu cargo. O mesmo vale para o primeiro-secretário da Casa, Beto Mansur (PRB-SP), que também está na corrida pela presidência. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A bancada do PMDB na Câmara acabou por se tornar um problema para o presidente em exercício Michel Temer na sucessão do deputado afastado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que renunciou à presidência da Casa na quinta-feira. Cinco deputados da legenda já apresentaram suas candidaturas ao partido a despeito de o Planalto trabalhar por um nome de consenso entre o Centrão (bloco que inclui 13 partidos) e a antiga oposição (PSDB, DEM, PSDB e PSB).

O governo espera que o candidato, provavelmente Heráclito Fortes (PSB-PI) ou Rogério Rosso (PSD-DF), unifique a base. Mas o PMDB, no entanto, está indo na contramão dessa estratégia. Dos cinco, dois já protocolaram suas candidaturas, caso de Marcelo Castro (PI) e Fabio Ramalho (MG). Outros três comunicaram que vão disputar: Carlos Marun (MS), Sergio Souza (PR) e Osmar Serraglio (PR). A orientação é de que eles viabilizem seus nomes com as outras forças políticas da Casa. A expectativa é de que seja fechada questão em torno do nome em reunião por ora agendada para a manhã de terça-feira. "A decisão que a maioria tomar será a que eu defenderei", disse ao Estado o líder da bancada, Baleia Rossi (SP).

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Para integrantes da legenda, diante da pulverização de candidaturas, o partido também tem o direito de reivindicar a vaga. Ainda mais por ser a maior bancada da Câmara, com 66 deputados. No entanto, por trás das candidaturas, há a necessidade de parte do grupo demonstrar insatisfação com o governo Temer por demandas represadas, como a não indicação de cargos de segundo e terceiro escalões e o baixo índice de liberação de emendas parlamentares.

Foi nesse contexto que o governo sofreu a primeira grande derrota do governo Temer. Na quarta-feira passada, quando a Câmara rejeitou o requerimento de urgência para a votação do projeto de renegociação das dívidas dos Estados. Dentre os peemedebistas, 37 votaram a favor do governo, houve 21 ausentes e oito votaram contra a proposta. Por quatro votos, o projeto foi rejeitado.

Infiel

Newton Cardoso Júnior (MG), um dos oito, é o exemplo mais bem acabado dessa insatisfação. Segundo o Basômetro do Estadão Dados, ferramenta que acompanha a taxa de fidelidade dos parlamentares na Câmara, até o início de junho, ele só votava alinhado com o governo. A queda em junho de Henrique Eduardo Alves (RN) do Ministério do Turismo, em razão de suspeitas sobre seu envolvimento em desvios investigados na Operação Lava Jato, fez com que ele começasse a se articular para ocupar o cargo. Entretanto, diante da rejeição do governo e correligionários ao seu nome, passou nas votações seguintes a ser do contra. É o deputado mais infiel da bancada do PMDB, com 50% de alinhamento nas votações realizadas nos dois meses de gestão Temer.

O índice destoa do restante da bancada. A taxa de adesão do PMDB da Câmara é de 97%, muito superior, por exemplo, à do segundo mandato do governo Dilma Rousseff, que foi de 76%; do primeiro mandato da petista, de 79%. Maior também que os 90% do auge do casamento PT-PMDB, durante o segundo mandato do governo Luiz Inácio Lula da Silva.

Ainda assim, a cúpula do partido quer evitar que esses primeiros sinais de insatisfação de peemedebistas no Congresso resultem na retomada do modus operandi adotado pelo PMDB tanto na era petista quanto no governo Fernando Henrique Cardoso (PSDB), quando o partido utilizou sua força congressual como instrumento de ameaça e barganha política. Integrantes da legenda consideram essa postura inadmissível com a chegada de Temer, presidente do PMDB desde 2001, ao poder.

Obediência

Nesse sentido, o partido planeja um encontro nacional para definir o modelo da relação que terá com o Palácio do Planalto. A ideia é vincular as bandeiras do governo Temer à das bancadas na Câmara e no Senado. "O PMDB terá posições claras sobre tudo. Vai deixar de ser um amontoado de ideias díspares. Podemos até perder gente, mas vamos ter uma linha que será instrumentalizada para toda a base. Não adianta ter uma linha e deputado, prefeito e vereador não apoiar", disse o presidente em exercício da legenda, senador Romero Jucá (RR). "Vai haver convergência política", acrescentou.

Antes disso, Romero Jucá quer reunir os diretórios regionais e as bancadas das duas Casas para estruturar um discurso de defesa do governo para as eleições municipais. Esses encontros estão agendados para os próximos dias. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O presidente interino da Câmara, Waldir Maranhão (PP-MA) formalizou na noite desta sexta-feira (8), a decisão de anular a sessão de terça-feira, dia 12, para a eleição do novo presidente da Casa. Com isso, fica mantida a sessão marcada para quinta-feira (14).

Ontem, depois que Maranhão marcou a sessão para quinta-feira, líderes de partido se reuniram e marcaram para terça, argumentando que têm autonomia para tomar a decisão. Maranhão já havia adiantado que não aceitaria a mudança. No ato de revogação, Maranhão argumenta que é competência do presidente marcar dia e hora das sessões.

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Para ele, a antecipação da data "manifesta usurpação de competência". O presidente interino diz ainda que a eleição quinta respeita os prazos regimentais e dá isonomia aos candidatos. A avaliação é que uma antecipação para terça prejudicaria candidatos que ainda não estão decididos.

Líderes de partidos tentam convocar uma reunião da Mesa Diretora da Casa na segunda-feira para tratar do caso. Técnicos argumentam, entretanto que na reunião não seria possível convocar a sessão na terça, já que se trata de uma decisão legislativa, e não administrativa.

Os partidos do Centrão atropelaram a decisão do presidente interino da Câmara, Waldir Maranhão (PP-MA), e conseguiram antecipar a disputa pela presidência da Casa para a próxima terça-feira (12). Inicialmente, Maranhão havia estabelecido que a data seria na quinta-feira. A mudança no calendário foi definida em reunião realizada no fim da tarde de ontem comandada pelo líder do governo, André Moura (PSC-SE), e o líder do PTB, Jovair Arantes (GO), aliados do deputado afastado Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Até ontem, eram 14 candidatos a sucessão do peemedebista.

"Ficou decidido pela maioria dos líderes que representam 280 deputados, segundo a contabilidade feita, que o processo de eleição se dará na terça-feira às 13h59min, porque já havia uma sessão convocada. Essa decisão é permitida pelo regimento da Casa e agora obviamente vamos cumprir o que foi determinado pelos líderes", afirmou Moura após a reunião.

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O atropelo dos líderes tem como base o artigo 67 do regimento interno da Câmara, que prevê que uma sessão extraordinária pode ser convocada pelas lideranças partidárias que representem no mínimo 257 deputados. Na reunião que decidiu a data da eleição, havia lideranças que contabilizavam 280 parlamentares, contra 143 que votaram contra o adiantamento da eleição.

São candidatos pelo PSB Hugo Leal (RJ), Júlio Delgado (MG) e Heráclito Fortes (PI); pelo PMDB, Osmar Serraglio (PR) e Marcelo Castro (PI), pelo PSDB, Antônio Imbassahy (BA); pelo DEM, Rodrigo Maia (RJ) e José Carlos Aleluia (BA), pelo PSD, Rogério Rosso (DF); pelo PP, Esperidião Amin (SC); pelo SD, Carlos Manato (ES); pelo PRB, Beto Mansur (SP); pelo PR, Fernando Giacobo (PR) e pelo PTB, Cristiane Brasil (RJ).

Entre os nomes cotados, Rogério Rosso é um dos que mais agrada aos partidos do Centrão, por se tratar de um perfil conciliador e com capacidade de unir os partidos da base governista. Além do líder do PSD, são considerados fortes Rodrigo Maia e Fernando Giacobo, este último atual vice-presidente e que vem presidindo a maior parte das sessões plenárias no lugar de Maranhão.

A data escolhida pelos líderes coincide com a reunião da Comissão de Constituição de Justiça (CCJ) que analisaria o recurso de Cunha. Com a manobra, a sessão no colegiado deve ser adiada, prorrogando um desfecho para o processo do deputado afastado. Caso haja o novo adiamento, a previsão é de que a CCJ só vote o recurso do peemedebista em agosto, após o recesso Legislativo.

A decisão provocou a revolta dos partidos contrários ao peemedebista (Rede, PSDB, DEM e PSB), que se retiraram da reunião dos líderes como forma de protesto. Legendas da oposição (PT, PSOL e PC do B) não participaram do encontro.

"Estão achando que a gente é bobo. Quem é que não percebe que isso é uma manobra? Isso é evidente", afirmou o líder da Rede, Alessandro Molon (RJ).

Lideranças próximas de Cunha negam manobra para salvá-lo. Eles alegam que, com a renúncia, o processo da CCJ virou secundário e que o objetivo é acabar com a falta de comando na Câmara.

Planalto

Após a decisão de adiantar a eleição na Câmara, Maranhão esteve no Palácio do Planalto na noite de ontem para apelar ao presidente em exercício Michel Temer. A informação no Planalto, porém, é de que Temer não deve interferir. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O Palácio do Planalto começou a se envolver na disputa da sucessão de Eduardo Cunha (PMDB-RJ) na presidência da Câmara dos Deputados para tentar garantir um candidato único da base, informa o jornal O Estado de S. Paulo. O governo teme que um racha entre os aliados para a disputa prejudique a governabilidade na Casa e votações de seu interesse. Nesta semana, foram aprovados projetos considerados importantes pela equipe do presidente em exercício, Michel Temer.

O envolvimento do Planalto tem se dado por meio do líder do governo na Câmara, deputado André Moura (PSC-SE). O parlamentar foi escalado para convencer lideranças do PMDB, da antiga oposição (DEM, PSDB, PPS e PSB) e do Centrão (grupo de 13 siglas liderados por PP, PSD, PR e PTB) a se unir e apoiar um candidato único para a disputa do mandato "tampão", que vai até fevereiro de 2017. Principal sustentação de Temer na Câmara, os três grupos articulam candidaturas separadas, o que já tem gerado atrito.

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Moura começou a conversar com aliados nesta semana. Na Terça-feira, 21, se reuniu com líderes do Centrão e da antiga oposição. Em suas contas, pelo menos 13 deputados da base demonstram interesse na disputa. Da antiga oposição: Julio Delgado (PSB-MG), Hugo Leal (PSB-RJ), Heráclito Fortes (PSB-PI), José Carlos Aleluia (DEM-BA), Rodrigo Maia (DEM-RJ) e Antonio Imbassahy (PSDB-BA).

Já do Centrão os nomes são os de Esperidião Amin (PP-SC), Rogério Rosso (PSD-DF), Jovair Arantes (PTB-GO), Fernando Giacobo (PR-PR), 2.º vice-presidente da Câmara, e Beto Mansur (PRB-SP), 1.º secretário da Casa. Há ainda os deputados Sérgio Souza e Osmar Serraglio, ambos do PMDB do Paraná. Os peemedebistas defendem que, pela regra da proporcionalidade, o cargo de Cunha cabe ao partido, dono da maior bancada, com 66 deputados.

Nas primeiras conversas que teve, o líder do governo encontrou resistência. Antiga oposição, Centrão e PMDB têm se mostrado irredutíveis e querem lançar candidatos próprios. Caso o racha continue, Moura já admitiu a interlocutores que a cúpula do Planalto poderá interferir diretamente nas articulações, no futuro, para tentar garantir o consenso em torno de um candidato da base.

Contradição

A articulação do Planalto vai de encontro ao discurso oficial do governo de que não pretende se envolver na disputa pela sucessão de Cunha. Sempre que questionados, ministros e Temer têm se esquivado de tratar abertamente do tema. Argumentam que esse é um assunto interno da Câmara e não cabe ao governo interferir. Interlocutores do presidente têm fugido das discussões públicas sobre o assunto, enquanto Cunha não renunciar ou não ter o mandato cassado.

Mesmo com a ofensiva do Planalto, líderes do Centrão continuam defendendo que o grupo têm preferência para indicar o candidato da base. "Caso ocorra eleição, é óbvio que o Centrão vai ter prevalência", diz o líder do PTB, Jovair Arantes (GO). O grupo tem cerca de 220 deputados. Próximo de Cunha, Arantes dá como certa a vacância da presidência. "Em algum momento ele (Cunha) vai renunciar", afirma.

Cientes do racha, líderes do Centrão já dizem aceitar a interferência do Planalto. "Não pode ter vários candidatos. Temos de ter unidade, se não vamos ter problemas", diz o líder do PP, Aguinaldo Ribeiro (PB). Para o líder do PR, Aelton Freitas (MG), a ação do governo será "natural".

A antiga oposição se diz contra a articulação de Temer. "Esse é um assunto interno, ele não deve se meter", diz o líder do PSB na Câmara, Paulo Foletto (ES). Segundo ele, a antiga oposição deve permanecer unida. Com 119 deputados, o grupo discute com atuais opositores de Temer (PT, PCdoB, PDT e Rede) a possibilidade de lançar um candidato em conjunto.

Nesse cenário, os próprios ministros que integram o núcleo político do governo consideram, nos bastidores, que dificilmente a base aliada chegará a um consenso para ter candidatura única. Na avaliação de um ministro de um partido do Centrão, a disputa não será "fratricida" e uma recomposição em um possível segundo turno deverá acontecer.

O líder do PSDB na Câmara, Antônio Imbassahy (BA), afirmou nesta terça-feira, 21, que a bancada começou a discutir possíveis nomes para suceder o presidente afastado da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), caso o cargo venha a ficar vago. O peemedebista afirmou em entrevista realizada nesta terça que não irá renunciar ao comando da Casa.

"Primeiro temos que aguardar a vacância do cargo. Mas evidentemente, com tudo que tem acontecido nos últimos dias, nós estamos nos preparando, começando a fazer conversações dentro da nossa bancada e também começando a receber outros líderes, que desejam uma convergência no sentido de encontrar um candidato, que possa reunir condições de restabelecer a normalidade", afirmou Imbassahy, após reunião com integrantes da bancada do PSDB.

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O tucano tem ressaltado também que não está descartado um possível apoio ao nome de um integrante do "Centrão", grupo formado por PP, PSD, PR, e PTB, para substituir Cunha num possível mandato "tampão". O nome mais cotado atualmente é o do líder do PSD, Rogério Rosso (DF).

Começa esta semana, oficialmente, o processo para escolher o sucessor de Rodrigo Janot à frente da Procuradoria-Geral da República. As inscrições terão início na sexta-feira, quando a Associação Nacional dos Procuradores da República abre edital para os interessados na disputa.

Além de Janot, são esperados como candidatos os procuradores Raquel Dodge, Mário Bonsaglia e Carlos Frederico. O nome do procurador Nicolao Dino, aliado de Janot, chegou a ser cogitado, mas ainda não se sabe se ele oficializará a candidatura justamente pela proximidade com o procurador-geral. A votação que definirá a lista do Ministério Público vai ocorrer em 15 de agosto. O mandato de Janot termina no dia 17 de setembro. Embora não seja uma exigência, a associação costuma enviar os três nomes mais votados para a Presidência da República, que indica o escolhido ao Senado.

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Se apresentar seu nome à associação e for o indicado, Janot deverá enfrentar clima hostil no Senado, que aprova a indicação para o posto. O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), um dos investigados pela Operação Lava Jato, tem tecido críticas ao pedido de apuração, no qual foi incluído, feito por Janot ao Supremo Tribunal Federal.

O líder do PT no Senado, Humberto Costa (PE), também investigado na Lava Jato, acredita, porém, que a Casa não iria rejeitar o nome de Janot. "A leitura que seria feita pela sociedade é de que essa rejeição teria se dado por ele estar processando parlamentares", afirma.

Para o presidente da associação, José Robalinho, apesar da disputa interna, não há clima de rivalidade: "Não vejo nenhuma ofensa ao doutor Rodrigo (Janot) nem quebra da união que a carreira tem hoje em torno dele e do trabalho que ele está fazendo na Lava Jato, e isso é unânime", afirma. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Prefeito de Jaboatão dos Guararapes – segundo maior colégio eleitoral de Pernambuco – o tucano Elias Gomes concedeu, nesta sexta-feira (22), uma entrevista exclusiva ao Portal LeiaJá. Durante a conversa, o gestor enalteceu a atitude do PSDB de recuar na abertura do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT) e elogiou a ação assinada conjuntamente pelos partidos de oposição pedindo que a petista seja responsabilizada por algumas irregularidades, entre elas as pedaladas fiscais. Além disso, o tucano destrinchou sobre as pretensões do PSDB em Pernambuco para 2016 e sugeriu medidas para que a presidente Dilma drible a crise econômica nacional. 

Elias Gomes cumpre o segundo mandato à frente da gestão em Jaboatão dos Guararapes. Ele já foi prefeito do Cabo de Santo Agostinho por três vezes, deputado estadual e administrador do Distrito Estadual de Fernando de Noronha. Confira a entrevista na íntegra:

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LeiaJá (LJ) - O PSDB recuou no processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT) e decidiu protocolar uma Ação Conjunta contra a petista. Foi uma ação mais sensata? 

Elias Gomes (EG) - A oposição deve aumentar a vigilância na apuração das irregularidades e não precipitar esta questão de impeachment. Não é que não possa ter ocorrido irregularidades por parte do PT, mas é que não chegou a ela de forma direta e um impeachment não pode ser algo leviano e inconsistente. Acredito que o PSDB acertou em intensificar o embate político, a oposição e as apurações das irregularidades em todas as frentes; apresentando as deficiências do governo, responsabilizando Dilma pelos erros da economia e fazendo com que o PT assuma as responsabilidades por todo esse conjunto de medidas que contrariam os trabalhadores e consumidores. 

LJ - Líderes de movimentos antigoverno avaliam o recuo do impeachment como uma “covardia” do senador Aécio Neves. Como o senhor avalia esta opção de ter voltado atrás?

EG - A sociedade tem mais liberdade para pregar teses que sejam apenas movidas pelas emoções. A população dizer ‘impeachment já’ é absolutamente legitimo, porém um senador e um partido político de representação no Congresso tem que seguir o que prevê a lei e a constituição. O texto diz que é necessário ter provas claras de que o governante infringiu a lei, com a caracterização clara e jurídica. Sabe-se que integrantes do partido feriram a lei, mas é preciso ter provas contundentes de que a presidente Dilma tenha operado e se envolvido diretamente, embora até a gente acredite que sim, mas é preciso ter provas. O PSDB está em busca do fato concreto. É uma questão de tempo. O da sociedade é um o do Congresso é outro.

LJ - A mudança pode interferir de alguma forma o relacionamento do PSDB com esses movimentos?

EG – Acredito que não. O PSDB quando ouviu esses movimentos disse que iria estudar e definir o posicionamento a luz da Lei. Eles vão compreender que o PSDB, embora não peça o impeachment, tem intensificado a oposição derrotando o governo em muitas questões, apurando os desmandos na Petrobras, encaminhado outras CPIs como foi a do BNDES – que o governo conseguiu derrotar, mas a oposição está se articulando para reapresentar. Então é cada qual no seu papel. Ocupação nas ruas: movimentos sociais, foram eles que ocuparam as ruas, não foi o PSDB; apuração, CPI e denúncia são com o PSDB. 

LJ - O Congresso Nacional tem aprovado medidas que promovem um reajuste fiscal no país, para tentar driblar a crise econômica apesar das perdas dos direitos de algumas categorias. Como prefeito, como o senhor avalia estas mudanças e a situação econômica do país?

EG – Primeiro é dizer que a gente chegou a esse nível de dificuldade porque a presidente levou o país a essa pancarrota quando reprimiu o preço do reajuste dos combustíveis, para fazer política e tirar proveito eleitoral; gastou além do que podia, comprometendo a saúde fiscal da união; retardou as concessões para obras de infraestrutura como rodovias, portos e aeropostos, limitando o restringindo tudo isso; e só fez aumentar os gastos, entre eles, os ministérios. São 39 quando se pode governar com 20, por exemplo. O governo só fez gastar e não cuidou do equilíbrio financeiro e a responsabilidade do ônus dessas medidas é o governo e a gente tem que denunciar isso. 

LJ – Qual seria a melhor forma de driblar este cenário? 

EG - Em dezembro percebi que havia uma enorme dificuldade da presidente organizar os ministérios e assumir o seu segundo mandato. Achava de bom senso que a presidente Dilma reconhecesse as limitações na base de apoio com o PMDB enfrentando ela na Câmara e no Senado. Ela devia ter procurado a oposição para o entendimento de um programa mínimo para o Brasil. E como contrapartida ela adiantaria o mandato dela em dois anos. Isso seria um entendimento, um pacto, para o Brasil sair desta sangria. Não foi feito, caberia ao governo fazer isso, mas por ganância, vaidade e disputa do poder pelo poder perdeu-se a oportunidade de se fazer uma construção nacional e a transição do pós-PT. As derrotas continuam e é melhor ela cair na real, fazer o entendimento e encurtar o mandato. Seria um gesto estadista e ela seria altamente reconhecida pela história. Se a oposição fosse chamada para um pacto desses seria irrecusável, com certeza.

LJ - Em Pernambuco, o PSDB está passando por alguns processos de reestruturação com a eleição de novas comissões municipais e filiações, a exemplo do que aconteceu em Jaboatão. Isso é positivo para a legenda tendo em vista a aproximação de um novo pleito em 2016?

EG - Faz parte de uma estratégia nacional do PSDB. A eleição de 2014 demonstrou que no Nordeste somos vulneráveis e a designação era de crescer. Estamos fazendo isso, reforçando o partido. Estamos fazendo aquilo que precisa para o momento. Não estamos discutindo 2016 apenas, mas preparando o partido para projetos futuros nacionais e locais.

LJ - No próximo dia 14 a legenda vai renovar a direção estadual, o senhor pretende disputar o cargo de presidente do PSDB de Pernambuco?

EG - Alguns companheiros estão me perguntando para fazer questões como essa, mas não irei entrar para ser mais uma nesta disputa que desune ou divide. Vou procurar ser uma voz que ouça a todos e procure conciliar. Nesses próximos dias, vamos ter várias conversas com todos os companheiros mais representativos do partido. O que a gente tem que fazer é acabar com essa história de lançar nomes e dizer: ‘eu quero, eu quero, eu quero’.  Minha missão é de ouvir e unificar o partido para uma construção coletiva, não acredito em partido que tem dono. Partido significa conjunto, forças. Devemos ter projetos para 2016 e 2018. Não me antecipo, não coloco um nome como prioridade para agora. 

LJ - Desde a morte do deputado Sérgio Guerra, Bruno Araújo assumiu a legenda. De que forma o senhor avalia a liderança dele? 

EG - Substituir Sérgio Guerra é uma tarefa muito difícil, especialmente num ano de eleição e porque Sérgio era ao mesmo tempo uma figura nacional que se dedicava a macro política, mas também se dedicava a micro política. Bruno procurou cumprir sua tarefa, mesmo tendo outras atribuições e evidentemente conciliou tudo isso. Esse gesto dele não disputar a reeleição foi magnânimo, agora vamos conversar e ponderar qual o projeto para o futuro e quem pode substituí-lo.

LJ – Apesar de dizer que não discute 2016, o senhor tem anunciado a pré-candidatura de alguns vereadores. Como tem se pautado para disputar da sua sucessão em Jaboatão? 

EG - Não lancei, elas surgiram. Isto é natural. O PSDB considera que tem legitimidade para governar a segunda cidade com o maior colegiado do estado, na medida em que o PSB, como aliado importante, comanda a prefeitura do Recife. Antecipar campanha é tirar o foco do que é fundamental: concluir o governo. Tenho um ano e meio ainda pela frente. Não tenho candidato, não anteciparei e vou agora consolidar o projeto. Após isso, naturalmente podemos fazer um sucessor. 


O conselheiro da Petrobras representante dos empregados, Silvio Sinedino, fez um longo discurso durante a reunião do conselho de administração da empresa nesta sexta-feira, 06, para justificar o seu voto contrário à nomeação de Aldemir Bendine para a presidência da Petrobras. Ele propôs mudanças no método de escolha da diretoria da Petrobras.

"É preciso que a Petrobras altere sua prática em várias áreas e, no nosso entendimento, um dos principais aspectos é exatamente a forma de indicação da sua alta gerência", afirmou o conselheiro. O discurso foi publicado por ele no Facebook. No texto, diz ainda que as indicações por partidos políticos "acabam cobrando um alto preço em corrupção e malfeitos".

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A proposta é que o quadro gerência seja eleito pelos próprios empregados. E os diretores, da mesma forma como foi escolhido o diretor de Governança, João Elek, um nome de mercado, escolhido por meio de uma empresa de recursos humanos especializada em altos executivos.

"Que não se classifique a proposta como exótica, pois já é aplicada regularmente, sem quaisquer problemas, na Procuradoria Geral da República, nas universidades federais, na Defensoria Pública do Estado do Rio de Janeiro e na Fiocruz", traz o texto.

Durante a reunião, Sinedino aproveitou ainda para pedir aos demais conselheiros e à diretoria para reverem a decisão de suspender obras, "que estão deixando desempregados dezenas de milhares de trabalhadores humildes". Ele citou o caso do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj). Os trabalhadores da construção estão com os salários atrasados desde novembro do ano passado.

O ministro das Comunicações, Ricardo Berzoini (PT), afirmou nesta sexta-feira, 6, que Aldemir Bendine, presidente do Banco do Brasil e escolhido para substituir Graça Foster no comando da Petrobras, é um "executivo competente e preparado". Berzoini definiu como "adequada" a escolha de Bendine pela presidente Dilma Rousseff e minimizou a reação negativa do mercado à indicação.

Bendine deve ser anunciado oficialmente para o cargo nesta sexta, após a reunião do Conselho de Administração da Petrobrás, ainda em andamento. Serão anunciados também cinco novos diretores.

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"O critério para escolha é da presidente (Dilma) e eu creio que ela avaliou bem e fez uma escolha adequada", afirmou Berzoini, ao chegar na reunião do diretório do Partido dos Trabalhadores que acontece hoje em Belo Horizonte.

Questionado se Bendine seria um presidente "tampão", uma vez que o governo buscava uma alternativa do mercado para recuperar a imagem da estatal, alvejada por uma série de denúncias de corrupção, Berzoini alegou que "ninguém nomeia um presidente fraco". "Ou seja, quando se nomeia um presidente não é para estabelecer um prazo curto para a sua permanência. Creio que é um presidente para gerir a Petrobras e para tomar todas as providências cabíveis para e empresa se fortalecer ainda mais", argumentou.

No hotel na capital mineira onde ocorre o encontro do diretório do PT, o ministro também minimizou a receptividade negativa de analistas do mercado que, segundo Berzoini, "às vezes faz avaliações que depois não se confirmam". "Se olhar o mercado, em várias fases da história do Brasil ele foi para um lado e a economia foi para outro. E depois o mercado tem que corrigir suas avaliações", concluiu.

O Banco do Brasil confirmou o nome de Alexandre Corrêa Abreu na presidência da instituição no lugar de Aldemir Bendine, que assumirá o comando da Petrobras. Ele era vice-presidente de Negócios de Varejo do BB e estava sendo cotado para o cargo juntamente com o do ex-secretário executivo adjunto do Ministério da Fazenda, Paulo Rogério Caffarelli, que também já foi do banco.

Em comunicado ao mercado, a presidente da República, Dilma Rousseff, indicou, na tarde desta sexta-feira, 6, o executivo, de 49 anos, para ocupar o cargo de presidente do BB. Ele já assumia como interino da instituição na ausência de Bendine, cuja saída era esperada desde o ano passado. Ele ocupava a vice-presidência de Varejo desde 2009 e é executivo de carreira com mais de 28 anos na instituição, onde ingressou em agosto de 1986

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Em sua gestão, o banco liderou, ao lado da Caixa Econômica Federal, a redução dos juros bancários no Brasil por meio do programa Bompratodos. Além disso, também comandou a transformação do Banco Postal em uma instituição financeira. No final do ano passado, era esperada a conclusão do plano de negócios no âmbito do novo acordo firmado com os Correios para ampliar o portfólio de produtos ofertados e a rede de atendimento.

Graduado em administração de empresas com MBA em marketing na PUC-RJ, Abreu exerceu as funções de gerente geral, gerente de divisão e gerente regional na superintendência de São Paulo. Na direção do BB, foi gerente-executivo na unidade de internet e na diretoria de Varejo. Exerceu ainda os cargos de diretor de Cartões e de diretor de Seguros, Previdência e Capitalização.

O Banco do Brasil divulga seu resultado do quarto trimestre na próxima quarta-feira, 11, e encerra a temporada de balanços dos grandes bancos. Conforme a média de cinco casas (Goldman Sachs, BofA, Safra, UBS e uma casa que não quis ser citada) consultadas pelo Broadcast, serviço em tempo real da Agência Estado, a instituição deve anunciar lucro líquido ajustado, que desconsidera efeitos não recorrentes, de R$ 2,884 bilhões no último trimestre do ano passado. Caso o montante seja atingido, será 19% maior do que os R$ 2,424 bilhões registrados um ano antes.

A coletiva de imprensa que o BB realiza na manhã do dia 11 de fevereiro, por volta das 10 horas, deve marcar a primeira aparição de Abreu como presidente do banco. Tradicionalmente, a instituição realiza entrevista com os principais integrantes de sua diretoria para comentar os resultados trimestrais. No encontro dos resultados anuais, geralmente, o presidente do BB está presente.

São PA reunião do Conselho de Administração da Petrobras, que confirmou o nome de Aldemir Bendini para a presidência da Petrobras, já foi encerrada. Os conselheiros estão deixando aos poucos a sede da empresa em São Paulo, sem falar com a imprensa.

Além do ex-presidente do Banco do Brasil, Aldemir Bendini, o Conselho referendou o nome de Ivan Monteiro para o cargo de diretor Financeiro e de Relacionamento com Investidores da estatal, em substituição a Almir Guilherme Barbassa. Monteiro também vem do BB onde ocupava o cargo de vice-presidente de Gestão Financeira e Relações com Investidores do banco.

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A Petrobras anunciou também nesta tarde nomes de outros novos diretores, todos provenientes da gerência da estatal. São eles: Solange da Silva Guedes em Exploração e Produção, Jorge Celestino Ramos, em Abastecimento, Hugo Repsold Júnior, na diretoria de Gás e Energia, Roberto Moro como diretor de Engenharia, Tecnologia e Materiais.

O Ministério Público Federal em São Paulo (MPF/SP) pediu, na tarde desta sexta-feira, 06, abertura de inquérito policial para investigar empréstimo que considera irregular do Banco do Brasil à empresária Val Marchiori. A operação foi realizada em 2013, na gestão de Aldemir Bendine, que foi confirmado hoje como o novo presidente da Petrobras, à socialite Val Marchiori.

De acordo com representação de um grupo de funcionários do Banco do Brasil, a instituição disponibilizou R$ 2,79 milhões à cliente oriundos de uma linha de financiamento BNDES Finame (Financiamento de Máquinas e Equipamentos), mesmo com o cadastro dela contendo restrições impeditivas de crédito, o que na prática inviabilizaria a liberação de tais recursos.

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Nesta semana, a Justiça Federal determinou ao Banco do Brasil o fornecimento de documentos referentes aos empréstimos concedidos à empresária, desde 2009. Em outubro do ano passado, o MPF já havia feito o pedido, mas o banco alegou ser necessária uma ordem judicial de quebra de sigilo bancário dos envolvidos para atender à solicitação. O MFP acionou, então a Justiça e afastou essa condição por se tratar de recursos públicos e deu prazo de cinco dias para que o Banco do Brasil disponibilize a documentação.

O MPF aguarda o envio desse material do Banco do Brasil e, com a instauração do inquérito, os procuradores requerem que a Polícia Federal aprofunde as investigações.

A Petrobras informa que a reunião do conselho de administração nesta sexta-feira, 06, aprovou, por maioria, a eleição de Aldemir Bendine para o cargo de presidente em substituição a Graça Foster. Ela também se desliga do conselho de administração, para o qual Bendine foi eleito novo membro. A eleição é válida até a próxima Assembleia Geral de Acionistas.

Nesta tarde, o Banco do Brasil enviou comunicado ao mercado sobre a renúncia de Bendine do cargo de presidente, assim como a de Ivan de Souza Monteiro, que era vice-presidente de Gestão Financeira e Relações com Investidores do banco, eleito agora diretor financeiro e de Relacionamento com Investidores da Petrobras em substituição a Almir Guilherme Barbassa. As nomeações de Bendine e Monteiro haviam sido antecipadas com fontes pelo Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado.

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A estatal informa ainda que os novos diretores foram eleitos também por maioria e para exercerem interinamente suas funções. São eles:

Solange da Silva Guedes em Exploração e Produção. Ela é atualmente gerente executiva de Exploração e Produção Corporativa e substitui José Miranda Formigli Filho.

Em Abastecimento assume Jorge Celestino Ramos, antes gerente executivo de Logística da área, no lugar de José Carlos Cosenza.

A diretoria de Gás e Energia ficará com o atual gerente executivo da área Hugo Repsold Júnior, em substituição a José Alcides Santoro Martins.

Para substituir José Antônio de Figueiredo como diretor de Engenharia, Tecnologia e Materiais entra o atual gerente executivo de Engenharia para Empreendimentos Submarinos, Roberto Moro.

"A Petrobras agradece à Presidente e Conselheira Graça Foster e aos Diretores Almir Barbassa, José Formigli, José Cosenza, José Alcides Santoro e José Antônio de Figueiredo pela competência técnica, o profissionalismo e a dedicação no exercício desses cargos", encerra o fato relevante.

O Banco do Brasil informou nesta sexta-feira, 6, que seu presidente, Aldemir Bendine, renunciou, hoje aos cargos de presidente e de membro do conselho de administração da instituição. Além de Bendine, o vice-presidente de Gestão Financeira e Relações com os Investidores, Ivan de Sousa Monteiro, também pediu renunciou.

Segundo fontes, Bendine deve assumir como presidente da Petrobras, e Ivan Monteiro, que deve ser anunciado hoje para a diretoria Financeira da estatal.

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Conforme noticiou o Broadcast mais cedo, o vice-presidente de negócios de Varejo do Banco do Brasil, Alexandre Corrêa Abreu, deve assumir a presidência da instituição no lugar de Aldemir Bendine, segundo fontes. O nome de Abreu estava sendo cogitado para o cargo juntamente com o do ex-secretário executivo adjunto do Ministério da Fazenda, Paulo Rogério Caffarelli, que também já foi do BB.

Para o lugar de Monteiro no Banco do Brasil, ainda não foi escolhido um substituto. Uma fonte diz que bons nomes para a vice-presidência financeira e de RI do BB incluem o ex-diretor de Controladoria do BB, Gustavo Sousa, e Marcos Giovani, da diretoria de Participações da Previ. (Colaborou Murilo Rodrigues Alves)

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