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Inspirado na tradição local das narrativas de horror, o longa de ficção pernambucano “Recife Assombrado” será exibido dentro da programação do 25º Cine PE. O filme de Adriano Portela terá sessão no Teatro do Parque, às 14h, na próxima sexta-feira (26).
Realizado pela produtora pernambucana Viu Cine, “Recife Assombrado” acompanha a história de Hermano (Daniel Rocha), que retorna para o Recife após 20 anos para investigar o desaparecimento de seu irmão. Durante essa busca, ele se depara com assombrações famosas do imaginário recifense.
Com roteiro assinado por Ulisses Brandão, o filme ainda conta com os nomes de Marcio Fecher, Raísa Batista, Rayza Alcântara e Germano Haiut no elenco. Como nos demais dias do Cine PE, o acesso à sessão será gratuito e aberto ao público mediante lotação.

*Da assessoria de imprensa

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O recém reformado Teatro do Parque recebe, nesta sexta (12), o 4º Festival de Juventude, um evento prévia da 18ª edição do festival No Ar Coquetel Molotov.  A programação conta com alguns dos mais novos nomes de destaque da música pernambucana, como Uana, Bione, Rayssa Dias e Lucas e a Orquestra dos Prazeres. O acesso é gratuito mediante comprovante de vacinação. 

Promovido pela Prefeitura do Recife, por meio da Secretaria de Executiva de Juventude, em parceria com o Coquetel Molotov e o SESC (Projeto Ciranda da Gente), o Festival da Juventude promoveu, ao longo da última semana, oficinas de moda e dança, passeios turísticos e apresentações culturais com o objetivo de democratizar e ocupar espaços públicos da cidade, além de fortalecer a cultura local.

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Para fechar esta edição, o festival promove uma noite de música no recém reformado teatro do Parque. Sobem ao palco  os pernambucanos Rayssa Dias, Uana, Bione e Lucas e a Orquestra dos Prazeres. O Teatro do Parque vai operar com 50% de sua capacidade, recebendo 400 pessoas, e será necessário apresentar o cartão de vacina com a imunização completa. Os ingressos serão distribuídos na bilheteria a partir das 16h.  

 

Um dos festivais de cinema mais importantes do país, o Cine PE, se prepara para o reencontro com o público neste ano de retomada de eventos. A 25ª edição do festival acontece, entre os dias 23 e 26 de novembro, no Teatro do Parque, equipamento cultural recifense entregue à população no último ano após uma década fechado. 

O Parque foi o primeiro teatro equipado para receber filmes sonoros no Nordeste. O equipamento passou os últimos 10 anos fechado para obras de revitalização e foi finalmente entregue aos recifenses no final de 2020. A ideia de levar o Cine PE para o local é para, além de prestigiar o cineteatro, dar a oportunidade do público que ainda não conheceu sua nova estrutura possa fazê-lo.

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Celebrando 25 anos de atividades atuando como vitrine para a produção audiovisual nacional, o Cine PE promove quatro dias de exibições e mostras competitivas de forma presencial. O evento promete seguir  todos os protocolos de higienização e sanitização para receber o público com segurança. Entre os filmes que participam desta edição,  está o longa-metragem ‘Deserto Particular’, de Aly Muritiba. O filme foi escolhido para representar o Brasil na disputa por uma vaga na próxima edição do Oscar.

Serviço

Cine PE - 25ª edição

23 a 26 de novembro

Teatro do Parque (Rua do Hospício - Recife) 


 

Reforçando o estímulo à vacinação contra a Covid-19, espaços culturais geridos pela Secretaria de Cultura e Fundação de Cultura Cidade do Recife começaram a oferecer descontos para pessoas imunizadas, portadoras do Passaporte Recife Vacina. A ação deve durar, pelo menos, até outubro.

No Paço do Frevo, os ingressos, que custam R$ 10, ficaram 50% mais baratos para quem apresentar o Passaporte Recife Vacina na bilheteria. O desconto não vale para a meia entrada, garantida regularmente para pessoas com mais de 60 anos, professores, estudantes e pessoas com deficiência. O Paço fica na Praça do Arsenal e funciona de quinta a sexta, das 10h às 16h, e nos sábados e domingos, das 11h às 17h.

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Nos teatros do Parque, de Santa Isabel, Hermilo Borba Filho, Apolo, Luiz Mendonça e Barreto Júnior, quem tiver com a vacinação completa ganha 20% de desconto na compra de ingressos para espetáculos em cartaz, no período da campanha, que pode ser prorrogado. 

Buscando viabilizar esta iniciativa sem onerar as companhias produtoras, a Prefeitura do Recife alterou temporariamente o acordo para fechamento de pautas, substituindo a cobrança da taxa fixa de ocupação pelo percentual de 10% arrecadado em bilheteria. 

Assim, fica facilitada a concessão do desconto por grupos, companhias e artistas, neste desafiador momento de retomada gradual das programações, depois de tantos meses de atividades interrompidas pela pandemia. A estratégia foi traçada buscando incentivar a saúde pública, por meio da vacinação, mas também a vitalidade da cena cultural da cidade, de tantas vocações e tradições.

Sobre o Passaporte Recife Vacina 

Para ter acesso ao Passaporte, recifenses que já completaram o ciclo vacinal devem entrar no aplicativo Conecta Recife e gerar um certificado digital de vacinação com QR Code, que fica disponível em formato PDF, podendo ser baixado ou compartilhado por aplicativos de comunicação online ou por email. 

Basta apresentar esse documento para ter acesso a descontos e benefícios nos espaços culturais e em mais de 31 estabelecimentos já cadastrados, entre bares, restaurantes, hotéis, pousadas e lojas. Mais de 53 mil pessoas já garantiram seus passaportes.

Para mais informações:

Paço do Frevo - @paçodofrevo no Instagram ou (81) 3355-9500

Teatro do Parque - @teatrodoparqueoficial ou (81) 3242-3437

Teatro de Santa Isabel - @teatrodesantaisabeloficial ou (81) 3355-3323

Teatros Apolo e Hermilo Borba Filho - @apolohermilo ou (81) 3355-3319/3355-3321

Teatro Luiz Mendonça - @teatroluizmendonca ou (81) 3355-9822

Teatro Barreto Júnior - @teatrobarretojunior ou (81) 3302-5914

*Via Assessoria de Imprensa

Em meio a uma pandemia, o festival Janeiro de Grandes Espetáculos precisou se adaptar para realizar sua 27ª edição. Assim nasceu o JGE Conecta que promoveu cerca de 48 espetáculos e 14 debates, em 22 dias de programação híbrida, dividida entre alguns palcos do Recife e a internet. O evento encerra essa temporada nesta quinta (28), com shows transmitidos online diretamente do Teatro do Parque. Se apresentam a cantora Diva Menner e o violinista Adam Marec,  entre outros. 

A cerimônia de encerramento, que será apresentada pela atriz Luciana Cavalcanti e terá tradução simultânea em Libras, contará com show de Diva Menner, cantora pernambucana que se consagrou como primeira mulher trans a participar do The Voice Brasil. Além dela, sobem ao palco Adam Marec, violonista da Eslováquia que divide a cena com o violinista conterrâneo Miroslav Baloga e os pernambucanos: Betto do Bandolim, Vinicius Sarmento (violão), Racine Cerqueira (violão), Rafael Felipe (bateria), Lígia Miranda (voz), Hélio Silva (contrabaixo), além de Zasha Greige (violino, da Venezuela). É a Festa Eslovaco-Pernambucana.

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Na ocasião, também foi entregue o Prêmio JGE Copergás de Teatro, Dança, Circo e Música de Pernambuco. Foram contempladas 20 pessoas, projetos, instituições, iniciativas, movimentos culturais, sociais e políticos que se destacaram ao longo do ano de 2020. O público poderá interagir enviando mensagens pelo Instagram. Os comentários servirão de cenário para o evento. 

Serviço

Encerramento do 27º Janeiro de Grandes Espetáculos

Quinta (28) - 19h

Youtube do JGE

Na noite desta sexta-feira (11), as portas do Teatro do Parque, localizado na rua do Hospício, área central do Recife, puderam enfim ser reabertas ao público. Após dez longos anos fechado para reforma de requalificação, o espaço cultural está pronto para ser explorado pela população. Reunindo autoridades e artistas da música pernambucana, a cerimônia que marcou a volta do local mostrou que os recifenses terão daqui para frente novas experiências, sempre reverenciando a história visceral do lugar com respeito.

Para o cantor Cannibal, a reabertura do Teatro do Parque é um ponto necessário para a arte de Pernambuco. "Daqui surgiu muita coisa positiva para o Brasil e o mundo. Estávamos sentindo a maior falta desse palco. Já toquei aqui. Essa volta do teatro é importante para todos", declarou o vocalista da banda Devotos. Além de Cannibal, marcaram presença no evento os cantores Getúlio Cavalcanti, Cristina Amaral, Benil e Maestro Forró.

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Em entrevista ao LeiaJá, a secretária de Cultura do Recife, Leda Alves, vibrou com o retorno do ambiente. Segundo ela, quem ganha com a volta do Teatro do Parque é o recifense. "A gente está entregando amorosamente um excelente espaço, reconstruído, com detalhes dos melhores níveis possíveis, que são coisas a altura do povo pernambucano e dos artistas", disse. "Transformamos no dia de hoje as grandes vitórias desse teatro", completou.

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Quem também reverenciou a conclusão das obras do espaço foi Diego Rocha, presidente da Fundação de Cultura da Cidade do Recife. De acordo com ele, "os 105 anos de resistência do Teatro do Parque merecem o devido respeito". Entre os inúmeros elogios de artistas e autoridades ao retorno das funções do Teatro do Parque, o prefeito Geraldo Júlio não compareceu à solenidade.

Segundo a assessoria, o gestor da cidade do Recife participou, na última quinta-feira (10), de uma celebração restrita no espaço, apenas com os trabalhores que estiveram envolvidos nas obras. Ao final dos discursos dos anfitriões, o seleto público que esteve no local, seguindo os protocolos de segurança contra a Covid-19, conferiu a apresentação do espetáculo Vozes do Recife, da Companhia Fiandeiros de Teatro.

A montagem mostrou poesias de grandes nomes da arte como Ascenso Ferreira, João Cabral de Melo Neto, Joaquim Cardozo, Manuel Bandeira e Carlos Pena Filho. Com direção de André Filho, e com pesquisa dele em parceria com Carlos Mendes, o elenco contou com Manuel Carlos, Daniela Travassos, Kellia Phayza, Charly Jadson e Samuel Lira.

Seguindo com a programação especial, o Teatro do Parque vai exibir neste sábado (12), a partir das 16h, o filme O Canto do Mar, do diretor Alberto Cavalcanti, sucesso na década de 1950. O longa-metragem é um dos acervos do próprio espaço, que chegou a receber uma assistência de digitalização. Cerca de 50 ingressos serão distribuídos na bilheteria do local, uma hora antes da sessão. As pessoas que desejarem ver de perto as novidades do Teatro do Parque irão poder fazer uma visita pelas instalações a partir da próxima segunda-feira (14), das 9h as 12h.

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Nesta sexta (11), o Recife recebe um evento esperado há uma década por boa parte de seus moradores: a reabertura do Cineteatro do Parque. Após amargar 10 anos de portas fechadas, com o vai e vem de uma reforma grandiosa e delicada, um dos equipamentos culturais mais queridos dos recifenses, finalmente, voltará à ativa. 

Para marcar a devolução do espaço à cidade, haverá apresentação do espetáculo Vozes do Recife, da Companhia Fiandeiros de Teatro, para uma plateia de 100 convidados. Já no sábado (12), será exibido o filme O Canto do Mar, de 1952, também para um público reduzido. Porém, embora a data represente uma vitória para aqueles que tanto esperaram por ela, é impossível não lembrar o longo processo pelo qual passou o centenário Cineteatro do Parque até chegar aqui. 

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Flashback do Parque

Foto: Paulo Uchôa/LeiaJáImagens/Arquivo

Instalado no coração do centro do Recife - mais exatamente no número 81 da Rua do Hospício, no bairro da Boa Vista -, o Cineteatro do Parque foi inaugurado em 24 de agosto de 1915, então chamado de Theatro do Parque. O equipamento, sonhado pelo comendador português Bento Aguiar para ser um luxuoso local de fomento à cultura e entretenimento, foi entregue à população como um teatro de variedades, com apresentações de operetas e teatro de revista, além de contar com um belo jardim que transformou o espaço em uma verdadeira área de convivência. 

Um mês após sua inauguração, no entanto, o equipamento cultural passou a exibir filmes, e contemplou desde o cinema mudo - quando as fitas eram acompanhadas pela execução de música ao vivo -, ao apogeu do cinema falado, passando pelos ciclos do Cinema Pernambucano. Assim, o Parque tornou-se uma das salas de exibição mais frequentadas da capital pernambucana, com o diferencial de oferecer, anos mais tarde, entradas a preços populares, nas saudosas sessões de R$1. 

No final da década de 1920, o lugar passou por sua primeira intervenção. Arrendado pelo empresário Severiano Ribeiro, o teatro teve sua antiga estrutura modernizada com as novas tecnologias da indústria cinematográfica da época. Três décadas mais tarde, já com alguns problemas estruturais, o espaço passou a ser gerido pela Prefeitura do Recife, que providenciou uma pequena reforma na gestão do prefeito Augusto Lucena. 

Com o passar dos anos, e a pouca manutenção do equipamento, o Cineteatro do Parque foi definhando. Já nos anos 2000, o quase centenário casarão de estilo art-noveau apresentava diversos problemas, como danos na caixa cênica e nas partes hidráulica e elétrica. Em 2010, o equipamento cultural foi fechado pelo risco que imprimia ao público e aos artistas que lá se apresentavam. O derradeiro espetáculo no palco do teatro, no fim daquele ano,  foi um concerto da Banda Sinfônica da Cidade do Recife, cuja sede funcionava lá mesmo. E foi aí que se deu início a um verdadeiro calvário. 

Cerca de 11 meses após ter sido interditado, não havia sinal de qualquer reparo no Parque. Para piorar a situação, fortes chuvas que caíram no Recife, em 2011, causaram ainda mais estrago no espaço alagando a sala de espetáculos, fazendo ceder o forro de gesso do teto e ensopando ladrilhos e cerâmicas que seriam reaproveitados durante a reforma mas que, mesmo assim, haviam sido deixadas ao relento. 

A promessa da Prefeitura do Recife, à época, era entregar o equipamento no primeiro semestre de 2012. Inicialmente, a reforma do teatro estava prevista para custar cerca de R$ 1,5 milhão, e R$ 500 mil viriam de uma emenda parlamentar, mas ainda em 2011 esta verba foi contingenciada pelo governo federal. Logo em seguida, foi concedido ao complexo arquitetônico do Teatro do Parque o título de Imóvel Especial de Preservação - IEP, o que incluiu novos padrões para qualquer reforma ou restauração no espaço.

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O que se viu depois disso foram inúmeros imbróglios que impediram o Cineteatro do Parque de celebrar seus 100 anos junto ao público. Ainda que o então prefeito do Recife, Geraldo Júlio, afirmasse ser a cultura uma “prioridade na sua gestão”, o caminho de retomada do espaço percorreu licitações que não eram lançadas, intervenção do Ministério Público de Pernambuco, que ajuizou uma ação determinando a retomada das obras que sempre eram paralisadas logo após iniciarem, e muita luta de coletivos formados por artistas e sociedade civil, que chegaram a realizar um velório simbólico pelo lugar.

Depois da tempestade, a bonança

Após 10 anos de muita espera e angústia, o retorno do Cineteatro do Parque promete deixar no esquecimento a última década amarga. Isso porque o equipamento será entregue à população novinho em folha, depois de um longo e delicado processo de requalificação. O projeto, comandado pela arquiteta e gerente geral do Gabinete de Projetos Especiais da Prefeitura, Simone Osias, devolveu ao espaço as características de 1929, porém, acrescentou ao lugar modernos equipamentos cênicos, de som, iluminação e projeção, além de ferramentas de acessibilidade. 

A revitalização do Parque custou cerca de R$ 20 milhões aos cofres públicos e o desafio agora é manter o espaço preservado. Um Plano de Conservação e Utilização do Teatro será lançado ao passo que serão privilegiadas pautas e artistas locais em sua programação, de acordo com o presidente da Fundação de Cultura do Recife, Diego Rocha. “A gente vai lançar um edital de ocupação de pauta, esse edital vai dar chance para produtores e artistas acessarem essa pauta. A gente vai dar privilégio para a pauta local, os preços para as pautas de pernambuco e Recife vai ser menores do que para as  de fora, mas também vai ter espaço para todo mundo”, disse o gestor durante entrevista durante o anúncio da data de reabertura do espaço, no dia 24 do último mês de novembro.

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Teatro de volta ao povo

Foto: Júlio Gomes/LeiaJáImagens

A retomada de um dos equipamentos culturais mais queridos dos recifenses quer manter um de seus princípios mais famosos, o de ser um espaço democrático. Para tanto, a primeira apresentação realizada no Cineteatro foi exclusiva para os trabalhadores responsáveis pela sua reforma. Na última quinta (10), pedreiros, pintores, técnicos e outros especialistas que passaram pela restauração do espaço foram os primeiros a prestigiar uma sessão de projeção e dança no Parque. Acompanhados pelo prefeito Geraldo Júlio, e pela primeira-dama Cristina Mello, eles assistiram a um vídeo em sua homenagem e a uma apresentação dos alunos da Escola de Frevo.

Já nesta sexta, às 20h, uma solenidade oficial marcará a devolução do teatro à cidade. Por conta da pandemia do novo coronavírus, o evento precisou ser adaptado e limitado a um determinado número de pessoas. Sendo assim, o plano inicial de realizar um concerto da Banda Sinfônica precisou ser abandonado e será apresentado o espetáculo Vozes do Recife, da Companhia Fiandeiros de Teatro, apenas para 100 convidados.

No sábado (12), será a primeira oportunidade para o público matar a saudade do espaço cultural, com a exibição do filme O Canto do Mar, de 1952, do diretor Alberto Cavalcanti, às 16h. A película faz parte do acervo da cinemateca do Teatro do Parque. A sessão também terá um número reduzido de pessoas na plateia, por conta dos protocolos de segurança, e serão permitidos apenas 50 espectadores - além dos outros 50 convidados. Os ingressos serão distribuídos na bilheteria do teatro a partir das 15h.  

Já para aqueles que não puderem ou conseguirem visitar o cineteatro neste primeiro momento, haverá a oportunidade de conferir as novas instalações do equipamento até o final de dezembro. A partir da próxima segunda (14), o espaço estará aberto à visitação do público, das 9h às 12h. Os grupos não poderão exceder 10 pessoas, com intervalo mínimo de 30 minutos entre um grupo e outro. O uso da máscara será obrigatório.

Após uma espera de 10 anos, o público recifense poderá voltar a frequentar o Cine Teatro do Parque. Localizado na Rua do Hospício, bairro da Boa Vista - coração da capital pernambucana -, o equipamento cultural é um dos mais importantes e queridos do Recife e deixou, tanto a plateia, quanto a classe artistística, um tanto órfã durante a última década em que esteve fechado para reformas. 

Seis anos após o início das obras de requalificação do teatro, o lugar finalmente ficou pronto e já tem data para retomar suas atividades. No dia 11 de dezembro, o Parque será reaberto com um concerto da Banda Sinfônica do Recife. Já nos dias 12 e 13 de dezembro, a programação segue com exibição de filme e espetáculo teatral. Os detalhes serão divulgados em breve. Com a volta do espaço, além do alívio e alegria por tê-lo reintegrado ao circuito cultural da cidade, surgem também as dúvidas e anseios. 

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Segundo o Presidente da Fundação de Cultura do Recife, Diego Rocha, o cine teatro retoma as atividades levando em conta um antigo conceito: o de ser um equipamento cultural democrático, com eventos a preços acessíveis à toda a população. Além disso, a produção artística local terá prioridade na pauta do equipamento. “A gente vai lançar um edital de ocupação de pauta, esse edital vai dar chance para produtores e artistas acessarem essa pauta. A gente vai dar privilégio para a pauta local, os preços para as pautas de pernambuco e Recife vai ser menores do que para as  de fora, mas também vai ter espaço para todo mundo”, disse o gestor durante coletiva realizada na última terça (24). 

Além disso, o Parque voltará a funcionar como sede da Banda Sinfônica do Recife, com sala para os ensaios do grupo e concertos regulares. O que garante “casa cheia” como observou Diego Rocha.  Lá também ficará a sede da Cinemateca Alberto Cavalcanti, que conta com um acervo de mais de 80 rolos de filmes em película, que eventualmente serão exibidos em projetor específico, que funcionará tanto quanto a maquinaria moderna que o cine teatro recebeu. 

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A delicada e longa reforma pela qual passou o Teatro do Parque custou seis anos, de fato, de espera para público - fora os quatro que se somaram ao processo -; e um pouco mais de R$ 20 milhões aos cofres públicos. De acordo com o presidente da Fundação, esse aporte veio, em sua maioria, da Prefeitura do Recife e de algumas emendas parlamentares. 

Agora, alguns projetos serão implementados para que o espaço tenha sua devida manutenção garantida e não corra o risco de fechar as portas novamente. “A gente tem que manter. Vai ser produzido um Plano de Conservação e Utilização do Teatro, com regras, cada tipo de intervenção vai ter que seguir esse plano e quem for utilizar vai assinar um termo se comprometendo a entregá-lo da mesma forma que o recebeu. A gente não pode deixar ele se deteriorar, como aconteceu anteriormente, e sim conservá-lo para que ele dure aí mais de 100 anos”. 

Teatro para o povo

Apesar do conceito de “teatro democrático”, o anúncio da reabertura do Teatro do Parque deixou uma parcela da população recifense um tanto decepcionada. Representantes da classe artística e integrantes de movimentos que lutaram pela volta do espaço durante os últimos anos - tendo formado, inclusive uma comissão que acompanhava as obras - se mostraram surpresos por não terem sido informados sobre o anúncio da data de reabertura do Parque.

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A historiadora e produtora cultural, Karuna de Paula, representante do CineRuaPE - movimento que chegou a promover sessões de cinema em frente ao teatro chamando atenção para seu desuso -, disse, em entrevista ao LeiaJá, ter ficado a par do anúncio pela imprensa, o que gerou desconforto entre a classe. “Muito nos impactou negativamente a falta de diálogo conosco, evidenciando interesses eleitoreiros e a deslegitimação da atuação da classe artística em prol da Cultura local. Não fomos avisadas sequer, menos ainda convidadas. Isso representa uma falta dr compromisso com a sociedade civil, já que, compondo a Comissão de acompanhamento das obras do Teatro do Parque, somos representantes da sociedade na fiscalização e construção de um programa para a entrega dessa obra à população”. 

O diretor do movimento Guerrilha Cultural e do grupo de teatro João Teimoso, Oséas Borba, também se disse decepcionado com a falta de aviso. “Agora, na reta final, os movimentos que tanto lutaram pela reabertura do Teatro do Parque, foram totalmente ignorados. Algumas entidades também não foram convidadas. É um desrespeito mostra que tipo de tratamento essa gestão dá a classe artística. É lamentável”.

Tal descontentamento, no entanto, divide espaço com a boa expectativa pela retomada do equipamento cultural e a esperança de que esse seja gerido de forma clara, como coloca Oséas. “Me emociona profundamente ver que não foi em vão toda a luta, todo o trabalho. Pena termos tido que ter lutado tanto. Foram 10 anos de luta, discussões, embates, mas é muito gratificante. Me sinto de alma lavada. A gente espera que seja uma gestão transparente e democrática desse equipamento, coisa que a gente já não está vendo”.

A produtora cultural Karuna complementa. “A sensação é de grande expectativa, animação com todas as possibilidades de usos pela sociedade de um equipamento tão múltiplo quanto o Cine Teatro do Parque. Contudo, é preciso que esse equipamento seja bem gestionado, servindo ao usufruto da população de todas as classes sociais da cidade do Recife”.

O que diz a Prefeitura do Recife

Procurada pelo Leiajá, a Prefeitura do Recife esclareceu, através de sua assessoria de imprnsa, que “durante as obras, foram promovidas várias visitas para artistas e representantes da classe artística. Essas visitas seguirão sendo promovidas nas próximas semanas, até que o teatro reabra as portas para todos os públicos”. Além disso, pontuou que a coletiva realizada na última terça (24) era “destinada a profissionais de imprensa, que também foram mobilizados para outras visitas ao longo das obras, para acompanhar e prestar informações à população sobre o andamento dos serviços”.

*Fotos: Júlio Gomes/LeiaJáImagens

Uma saudade de 10 anos está com data marcada para acabar. O Cine Teatro do Parque, um dos equipamentos culturais mais queridos do público recifense, já tem dia e hora para reabrir suas portas, fechadas há uma década. Após uma longa reforma - com paradas e retomadas ao longo do processo - o cineteatro será entregue à população no dia 11 de dezembro, já com uma programação para receber novamente sua plateia. Serão três dias de apresentações com a Banda Sinfônica, sessão de cinema e espetáculo teatral.

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Dos 105 anos de história do Parque - cine teatro localizado na Rua do Hospício, bairro da Boa Vista -, os últimos 10 foram de muito pesar e lamento. Fechado em 2010, para reformas de requalificação, o equipamento cultural amargou dias de abandono e indefinição. Na última década, as obras foram paralisadas e retomadas por algumas vezes e várias promessas de reabertura foram descumpridas. Além do público, a classe artística, órfã de um de seus mais célebres palcos na cidade do Recife, chegou a promover vários atos pedindo por mais comprometimento da gestão pública em relação ao lugar. 

Agora, a espera finalmente chegará ao fim. Na manhã desta terça (24), a Prefeitura da Cidade do Recife reuniu a imprensa no próprio Teatro do Parque para divulgar a data se sua reabertura. No próximo dia 11 as portas do equipamento estarão abertas à espera de seu público e seus artistas, com programação já definida. 

No projeto de requalificação do cine teatro, o objetivo era devolver-lhe suas características arquitetônicas de 1929. Foram recuperados alicerces e sistema de drenagem do prédio, além de terem sido retiradas tubulações de refrigeração aparentes e muitas camadas de gesso e pintura que escondiam detalhes do projeto original. 

Além disso, foram recuperados painéis materiais do palco e pisos, cores das paredes e colunas foram redesenhados à imagem e semelhança dos originais. Por outro lado, equipamentos cênicos de última geração,  projetor de cinema 4K e projeto de acessibilidade de acordo às legislações atuais foram adicionados ao local. 

Fechado para reformas desde 2010, o Cineteatro do Parque, um dos equipamentos culturais mais queridos pelos recifenses, localizado na área central da capital pernambucana, parece estar prestes a reabrir as portas. Parte da classe artística, no entanto, se questiona em quais circunstâncias a estrutura voltará a funcionar e, através de carta aberta, cobra da Prefeitura do Recife (PCR) algumas respostas. 

Em agosto deste ano, uma equipe da PCR realizou mais uma vistoria nas obras do teatro, que já duram seis anos. Na ocasião, o presidente da Fundação de Cultura da Cidade do Recife, Diego Rocha, chegou a garantir que a entrega do equipamento cultural seria feita ainda neste semestre e citou o mês de novembro para a retomada das atividades no local.

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A notícia animou o público e os artistas locais, porém, muitas dúvidas rondam a reabertura do Parque. Através de uma carta aberta, publicada na internet, vários coletivos e associações levantam alguns pontos relativos ao tema, como a escolha da data para a reabertura, em pleno período de eleições municipais; as propostas de gestão para o espaço; e a disponibilidade da PCR em dialogar com a sociedade civil sobre tais propostas. Assinam o documento a Associação Brasileira de Documentaristas e Curta Metragistas de Pernambuco /Associação Pernambucana de Cineastas (ABD - PE/Apeci), Acervo recordança, Acorde, Coletivo CineRuaPE, Grupo Magiluth e Grupo Guerrilha Cultural, entre outros. 

Em um dos trechos, a carta coloca: "O espaço é muito importante para a cultura recifense e pernambucana e é fundamental que a construção da gestão deste equipamento cultural se dê em diálogo legítimo com a sociedade e os agentes dos setores culturais, pensando nos melhores usos e fins que promovam democratização, equidade e acesso, tanto aos artistas quanto ao público". Segundo o Instagram da ABD - PE/Apeci, no entanto, um mês após a entrega do documento, a PCR ainda não deu nenhuma resposta.

Veja o que a Prefeitura do Recife disse, após ser procurada pelo LeiaJá:

A Prefeitura do Recife informa que está concluindo a maior obra de requalificação e restauro a que o Teatro do Parque foi submetido em toda a sua história, para devolver à cidade um equipamento prioritário de sua memória cultural com todas as suas vocações preservadas. Os detalhes referentes à reabertura, programação e gestão do equipamento serão anunciados em breve.

Sobre a reforma

Um dos únicos teatros jardins ainda existentes no Brasil, o Parque, como carinhosamente é conhecido, sofreu várias intervenções feitas ao longo da sua existência. Após mais de cem anos de história, o restauro devolverá a ele as características originais do ano de 1929. Entre outras intervenções, foram recuperados alicerces e sistema de drenagem do prédio histórico, já bastante danificados, além de retiradas as tubulações de refrigeração aparentes e muitas camadas de gesso e pintura, que escondiam a beleza do projeto arquitetônico, com direito a muitas outras melhorias: afrescos recuperados, pisos redesenhados à imagem e semelhança dos originais, além de cores nas paredes e colunas reproduzidas com rigor histórico.

De portas fechadas para reforma desde 2010, o Teatro do Parque, localizado na rua do Hospício, área central do Recife, conquistou mais uma ajuda financeira para dar continuidade à obra. Nesta sexta-feira (13), o deputado federal Felipe Carreras anunciou nas suas redes sociais a novidade.

"A reforma do Teatro do Parque vai ganhar ainda mais força. Nossa emenda de 1 milhão de reais já foi empenhada e ajudará na aquisição de novos equipamentos para o local. Uma conquista muito esperada pela classe artística e cultural. O Teatro do Parque, que é um símbolo da nossa capital, em breve estará de portas abertas para todos vocês. A reforma está com tudo!", explicou.

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Com estimativa de R$ 14 milhões, o restauro do espaço deverá ser finalizado em 2020. O Gabinete de Projetos Especiais, em nota, declarou que pela complexidade dos serviços, e problemas detectados durante o andamento dos trabalhos, a recuperação da estrutura é fundamental. Buscando manter a originalidade, o Teatro do Parque foi inaugurado em 1915.

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Fechado em 2010 para obras de restauração, o Teatro do Parque, no Recife, tem nova data de término dos serviços. O prazo estabelecido anteriormente - outubro de 2019 - foi adiado para 2020. Segundo a administração municipal, a primeira fase do serviço já foi realizada, porém no decorrer do trabalho foram descobertos novos problemas, que precisam ser solucionados antes da entrega do espaço.

As obras, que foram retomadas em 2018, após quase dois anos paradas, tem uma estimativa custo de R$ 14 milhões. A reforma pretende manter a originalidade do teatro, inaugurado em 1915 e reformado pela primeira vez em 1929 para transformá-lo num cineteatro.

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Em nota, o Gabinete de Projetos Especiais esclareceu que o projeto de restauro é uma intervenção delicada que envolve a reforma e a estrutura do prédio, devido ao processo de degradação sofrido ao longo dos anos. Pela complexidade dos serviços, e problemas detectados durante o andamento dos trabalhos, a recuperação da estrutura é fundamental.

Confira a nota na íntegra:

"Sobre as obras de restauro do Teatro do Parque, o Gabinete de Projetos Especiais esclarece que:

Esta é uma intervenção de uma delicada obra que envolve não só a reforma, mas, também, o restauro de toda a estrutura predial. Este é um trabalho minucioso que envolveu estudos preliminares feitos pela equipe técnica do Gabinete de Projetos Especiais da Prefeitura, que conseguiu resgatar e registrar as características que o Teatro tinha em 1929.

O Teatro do Parque foi fechado em 2010 e já vinha de um longo processo de degradação. Em 2012 ele foi classificado como Imóvel Especial de Preservação (IEP) e teve a primeira etapa da sua intervenção realizada pela atual gestão, em 2013.

Uma primeira fase foi concluída e a Prefeitura investiu R$ 1,1 milhão para sanar os problemas mais urgentes encontrados na estrutura da edificação. Com isso, foi possível: cessar a degradação crescente que vinha acontecendo. Todo o madeiramento, além de telhas, calhas e rufo do telhado tiveram que ser substituídos. Tubulações e fiações das instalações elétricas também precisaram ser completamente refeitas, além das instalações hidrossanitárias e do sistema de drenagem do teatro.

Dada a complexidade da obra e as descobertas realizadas ao passo que a intervenção acontecia, foram detectados problemas nas colunas de sustentação do salão principal do teatro, onde fica localizada a plateia. O trabalho dos técnicos revelou que todas elas estavam comprometidas por dentro em função da ação do tempo e esta degradação estava encoberta por uma camada “falsa” que ornamentava a peça. A recuperação dessas estruturas é fundamental para a segurança dos que estão em campo trabalhando na obra e, em breve, para o público que voltará em breve a desfrutar deste importante equipamento cultural da cidade do Recife. A estimativa é que esta fase da obra seja finalizada no primeiro semestre do próximo ano.

Passada a fase de obra civil, será necessário equipar o teatro para que ele volte a funcionar a pleno vapor e com maquinário mais moderno de som, iluminação, climatização entre outros, incluindo toda a parte de acessibilidade que contará com cabine de áudio descrição. Os Termos de Referência e o levantamento de orçamentos estão sendo realizados ao passo que a obra avança.

Os usos do teatro e a concepção da sua pauta estão em discussão e formatação pelo poder público local."

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A deputada estadual Priscila Krause (DEM) questionou, nesta sexta-feira (23), mais um adiamento de conclusão das obras do Teatro do Parque e pontuou que este sábado (24), quando o equipamento completa 104 anos, será o décimo aniversário seguido que o Teatro passa com as portas fechadas. Na avaliação da democrata, isso indica a desconexão entre as promessas da gestão do prefeito Geraldo Julio (PSB) e a realidade.

“O Recife tem uma joia patrimonial, arquitetônica, um espaço que conta a nossa história através da cultura negligenciado por uma política que decidiu apostar basicamente nos gastos com festas e eventos. É claro que o Recife tem uma tradição festiva e folclórica representativa, mas há um desequilíbrio relevante e essa demora para reabrir o Teatro é o ícone desse descompromisso”, disparou Krause. 

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“Eles chegaram em 2013 com o Teatro fechado há três anos, se passaram seis anos e meio e continua indisponível ao público. Nosso gabinete acompanha todo o processo de execução orçamentária e da obra em si para que possamos de alguma forma exercer pressão em nome da reabertura do Teatro”, emendou a parlamentar.

A deputada afirmou que a Prefeitura do Recife publicou, no último dia 20, o segundo aditivo do contrato de reforma e ampliação do prédio e adiou a data de conclusão dos serviços de novembro deste ano para março de 2020.

De acordo com ela, o complemento contratual também estabelece novo valor para essa parte da intervenção, que custará agora R$ 8,18 milhões. O valor representa um acréscimo de 46,3% em relação ao custo pactuado inicialmente, que alcançava R$ 5,49 milhões. 

Segundo Priscila Krause, nos seis anos e meio da gestão do PSB, os gastos com a rubrica “Restauração, Preservação e Aquisição de Equipamentos e Bens Culturais” somaram R$ 28,3 milhões enquanto os dispêndios com “Promoção de Eventos e Festividades Culturais e Folclóricas” alcançaram R$ 407,0 milhões – 13,4 vezes a mais.

Ainda de acordo com a deputada estadual, os dados de execução orçamentária disponibilizados pela Prefeitura registram que o contrato referente à complementação da obra de reforma e ampliação do Teatro do Parque, sob responsabilidade da Multicon Engenharia Ltda., consumiu até julho deste ano R$ 4,34 milhões, indicando a realização de 53% da obra. 

Atualmente, além do contrato com a Multicon, outros três serviços estão sendo realizados: um para a recuperação das poltronas, outro para o gerenciamento da obra e, por último,  outro de engenharia consultiva para a readequação do projeto técnico.

Priscila Krause alerta que sequer foram iniciadas etapas fundamentais para a reabertura do Teatro, como o lançamento das licitações para a aquisição dos equipamentos de audiovisual do cine-teatro (4K), climatização, iluminação cênica e som. 

“A Prefeitura anunciou que receberia três milhões de reais do governo federal, mas o convênio está com cláusula suspensiva na Caixa. É importante verificarmos esse impasse em busca de uma solução. De qualquer forma, a possibilidade desse recurso só veio à tona em 2017, muito depois da Prefeitura ter se comprometido a reabrir o espaço”, complementa. O convênio pactuado com o Ministério da Cultura – hoje Ministério da Cidadania – tem prazo de vigência até 2020.

*Com informações da assessoria de imprensa

Nas últimas semanas, um desafio divertido tomou conta das redes sociais, o #10YearChallenge. Nele, as pessoas teriam que publicar uma foto atual ao lado de uma tirada há 10 anos, para que os amigos pudessem ver a ação do tempo e comentá-la. A brincadeira se expandiu e o desafio foi aplicado para mostrar diversas situações, como de animais que acabaram entrando em extinção, áreas ambientais e outros temas.

Inspirado no desafio do momento, o LeiaJá resolveu fazer uma pequena retrospectiva da história de alguns equipamentos culturais do Recife e Olinda. O objetivo era averiguar como esses lugares vêm sendo tratados ao longo do tempo. O diagnóstico é assustador em alguns casos e bem positivo em outros. Confira.

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Clube Atlântico 

Em 2009, o Clube Atlântico de Olinda funcionava normalmente, recebendo shows e festas. Com o passar do tempo, o espaço amargou períodos em que precisou fechar as portas por conta de sua estrutura precária que não oferecia segurança aos frequentadores. Em 2017, o local foi fechado pelo risco de desabamento e, em 2018, passou por reformas emergenciais (ffoto à esquerda) sendo reaberto logo em seguida. Começou 2019 funcionando normalmente.

 

Cine Duarte Coelho

No ano de 2009, a situação do Cine Duarte Coelho era igual a que se via em 1980: fechado. Outros 10 anos se passaram e o local continua na mesma. Em 2016, o coletivo Brigada da Hora, proposto pelos artistas Raúl Córdola e Amélia Couto, promoveu intervenções artísticas no local com a finalidade de chamar atenção para sua situação. Segundo a Prefeitura de Olinda informou, através de nota, “há um projeto de revitalização para o Cine Duarte Coelho, porém está no aguardo do apoio financeiro do Governo Federal”.

 

Mercado Eufrásio Barbosa

O Eufrásio Barbosa tem uma história de idas e vindas. Chegou a ser fechado em 2006, pelo risco do desabamento do teto; e, em 2015 foi prometida uma grande reforma e remodelação do equipamento. Com um atraso de cerca de três anos, o Eufrásio foi entregue à população, em 2018, com nova estrutura. O espaço está funcionando e recebendo, eventualmente, eventos como a última edição do MIMO e festivais de cerveja e gastronomia.

 

Teatro do Bonsucesso

Em 2009, o Teatro do Bonsucesso completava um ano fechado. Anos depois, o equipamento passou por reformas e foi entregue novamente à população olindense em janeiro de 2018. O espaço tem sido usado, aos poucos. Neste sábado (26), haverá a apresentação do espetáculo 'Sangrando', às 20h.

 

Cine Olinda

No ano de 2009, as pessoas se perguntavam quando o Cine Olinda, fechado, então há várias décadas, voltaria à cena cultural da cidade. O cenário, e o questionamento, continuam os mesmos até hoje. Nesse meio tempo de mais de meio século, a população promoveu diversos movimentos, como o Ocupe Cine Olinda, para reclamar a restauração e volta do equipamento. No início de 2018, foi publicado edital para licitar a empresa que ficaria responsável pela reforma do espaço que, até agora, não começou.

 

Teatro do Parque

Um dos mais célebres espaços culturais do Recife - e, talvez, um dos mais queridos pelos recifenses -, estava prestes a entrar em uma jornada quase sem fim em 2009. No ano seguinte, o Cine Teatro do Parque foi fechado para reformas que não aconteceram até hoje, quase uma década depois. De lá para cá, foram feitas muitas promessas, atos, protestos, mas nada que tenha mudado, de fato, a situação do Parque.

Em meados de 2018, a Prefeitura do Recife prometeu retomar as reformas. Procurada pelo LeiaJá, a PCR informou que essas já começaram efetivamente: “As obras de reforma e restauro da edificação do Teatro do Parque foram retomadas no início de maio/2018. Trata-se de uma obra delicada que envolve não só a reforma, mas, também, o restauro de toda a estrutura predial”.

A nota mencionou os primeiros reparos feitos no equipamento: “Todo o madeiramento, além de telhas, calhas e rufo do telhado tiveram que ser substituídos. Tubulações e fiações das instalações elétricas também precisaram ser completamente refeitas, além das instalações hidrossanitárias e do sistema de drenagem do teatro”. O órgão não informou qual a previsão de entrega do Teatro do Parque à população.

 

Museu da Imagem e do Som de Pernambuco - Mispe (Fundarpe)

Em 2009, o Mispe estava como hoje: fechado. O Museu da Imagem e do Som de Pernambuco foi desativado em 2008, por conta de problemas na estrutura do prédio histórico que o abrigava. Em 2014, uma promessa de reabertura não foi cumprida. O acervo do Mispe está disponível apenas para pesquisadores em uma sala localizada na Casa da Cultura, enquanto aguarda a realização de um projeto de revitalização do imóvel da Rua da Aurora destinado a ele.

 

Cinema São Luiz

O São Luiz, uma das últimas salas de cinema de rua do Recife, é um dos equipamentos culturais mais prestigiados da cidade. Por lá passam os mais importantes festivais de cinema, como o Cine PE, Animage e Janela de Cinema, além de fazer parte da memória afetiva de muitos recifenses. Em 2009, o lugar estava fechado há cerca de três anos, para reformas que custaram a acontecer. No derradeiro mês daquele ano, um investimento milionário foi aplicado na reestruturação do cinema e ele voltou a abrir as portas.

Em 2015, um novo aporte possibilitou a digitalização do maquinário do São Luiz. A novidade também trouxe alguns problemas, entre sua instalação até o ano de 2018, o cinema teve que ser fechado por várias vezes em virtude de equipamentos que quebravam e precisavam ser consertados em São Paulo. Mas, de maneira geral, a sala vem funcionando a contento com uma diversificada programação e o glamour habitual.

*Fotos: Paulo Uchôa/Rafael Bandeira/Júlio Gomes/LeiaJáImagens

 

ESPECIAL/NÃOPUBLICAR-Rua do Hospício, Rua da Aurora, Avenida Dantas Barreto. As ruas do centro do Recife já integraram o itinerário cultural da cidade, levando a cinemas, teatros, museus e áreas de convivência onde os recifenses, e os turistas, podiam encontrar diversão, entretenimento e cultura. Porém, não mais. Os endereços mais tradicionais do coração da metrópole estão relegados ao esquecimento, com equipamentos culturais fechados, ou funcionando precariamente. Em consequência, com o público ausente, é cada vez mais difícil encontrar diversão e cultura na capital pernambucana, desde o bairro da Boa Vista até o Bairro de Santo Antônio.


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Talvez o exemplo mais notável desta triste realidade seja o Teatro do Parque. Localizado na Boa vista, mais precisamente, na Rua do Hospício, o lugar chegou a ser um dos palcos mais célebres da cultura no Recife e um verdadeiro centro cultural que agregava as mais diversas artes. Inaugurado em 1916, o Cineteatro do Parque, durante sua trajetória, recebeu grandes artistas e espetáculos, além de projetos como o Pixinguinha; Seis e Meia; Todos verão teatro; e sessões de cinema a R$ 1. Pessoas de todas as idades frequentavam o espaço que garantia diversão e dava vida àquela área do centro.


Mas, em 2010, o Parque foi fechado para reformas que não aconteceram até hoje. Durante estes oito anos de fechamento, o espaço foi se deteriorando cada vez mais. Atualmente, até a placa que sinalizava a reforma do equipamento cultural está toda desbotada, acompanhando as grades enferrujadas e vitrines quebradas na fachada do prédio.


O ator e produtor Oséas Borba tem acompanhado o calvário do Parque desde o fim de sua operação. Integrante de movimentos como o Guerrilha Cultural, OcuParque, ReExiste Teatro do Parque e Virada Cultural, ele tem lutado pela recuperação do espaço desde 2010: "O Teatro do Parque é um teatro chave na cidade do Recife. Além da localização geográfica, ele é um dos poucos teatros que envolve todas as artes, porque ele era um cineteatro, tinha festivais de dança, exposições, o cinema, grandes shows, peças de teatro, musicais; então é um teatro que faz muita falta. Sem contar que o entorno do Parque também foi ficando abandonado. Muitos bares e comércios ali na região fecharam.", lamenta o ator.



Em 2015, a Prefeitura do Recife (PCR), por meio de licitação, realizou um contrato de reforma do prédio mas, alegando um cenário de crise, paralisou as obras pouco depois de seu início. Agora, nova licitação foi feita e a empresa MultiCon Engenharia foi a escolhida para retomar os trabalhos de revitalização do Parque. A PCR, através de sua assessoria, informou, na última quinta (26), que "os próximos dias serão de preparação e mobilização para retomada das obras de reforma e restauro da edificação. O valor total para a continuidade dessa etapa é de R$ 5.652.904,38."  


Ainda através da assessoria, a PCR explicou que a reforma do teatro do Parque é "uma obra delicada" e que "exigiu cuidadosos estudos preliminares, feitos pela equipe técnica do gabinete de Projetos Especiais". Apesar das aparentes dificuldades inerentes à reforma, o órgão informou que a obra está prestes a começar e deve durar cerca de 12 meses: "Dada a complexidade do trabalho, que será iniciado no mês de maio, a finalização das obras deverá acontecer no prazo de aproximadamente um ano."


Para Oséas, o momento é de ficar atento a esta nova promessa do poder municipal: " A gente fica na expectativa e no aguardo para fiscalizar essa obra, até porque não é a primeira vez que a Prefeitura publica no Diário Oficial uma empresa para iniciar a reforma. Em 2015 começou-se a obra e foi paralisada. E quando eles pararam, negaram que estava parada quando já estava. Na véspera do aniversário do teatro, em agosto de 2015, eles chegaram a colocar funcionários lá dentro para dizer que a obra continuava funcionando. Espero que dessa vez eles realmente cumpram a promessa e deem prosseguimento à obra."


Pouco mais adiante, na Rua da Aurora, outro equipamento cultural acumula anos de fechamento e abandono. O Museu da Imagem e do Som de Pernambuco, o Mispe, antes um local de pesquisa e mergulho na cultura da música e artes visuais, hoje se resume a um sobrado lacrado com tapumes e caindo aos pedaços. Houve uma promessa de reabertura do lugar em 2014, porém esta se perdeu no tempo e continua sem explicação sobre não ter vingado. Atualmente, o acervo do Mispe está disponível apenas para pesquisadores em uma sala da Casa da Cultura.


A presidente da Fundarpe, Márcia Souto, afirmou, em entrevista ao LeiaJá, já haver um projeto concluído para a requalificação do Mispe e que este depende, apenas, de captação de recursos para poder iniciar. "A gente fechou o projeto para este imóvel da Rua da Aurora, orçamos e abrimos para captação do recurso. Ele prevê área de formação,acesso ao acervo, salas de consulta, auditório. Mas é um projeto caro, R$ 4 milhões só a parte física da obra. Conseguimos captar uma parte, R$ 1,300 mil e já estamos negociando com a Caixa o restante da captação para podermos abrir uma licitação. Já está bem encaminhado.", afirmou. Com um projeto grandioso a depender de verba e licitações, é impossível estimar quando o Mispe retornará ao seu funcionamento.


Até lá, existe um outro projeto, o de abrir uma unidade do museu na Casa de Capiba, desapropriada pelo Governo de Pernambuco em outubro de 2017. O imóvel, localizado no bairro do Espinheiro, Zona Norte da cidade, deve virar um equipamento cultural após votação favorável do Conselho Estadual de Preservação do Patrimônio Cultural. "É uma unidade que a gente já pode ir adiantado", assegurou Márcia. O projeto, no entanto, também não tem previsão de entrega à população.


Ainda na Rua da Aurora, outro prédio tradicionalíssimo do centro do Recife abriga o não menos tradicional Cinema São Luiz. Inaugurada em 1952, a sala de exibição mais famosa e concorrida do centro já foi lugar de entretenimento para  diversas gerações além de ter recebido importantes festivais, inclusive, a nível internacional.



Em 2015, o São Luiz recebeu um aporte de R$ 1, 2 milhões para que seu maquinário fosse digitalizado e, assim, ficasse em condições de receber as novas produções da indústria cinematográfica. O moderno sistema de projeção e som contava com projetor digital 4k, 3D e som Dolby 7.1. Porém, o que deveria ser um ganho para o cinema acabou transformando-se em martírio pois o equipamento, que constantemente tem quebrado, é de difícil e dispendiosa manutenção. Só para ter ideia, na cidade do Recife não é possível encontrar peças para o conserto deste maquinário e a sala acaba sendo fechada para que técnicos e peças de fora possam ser solicitados.


É o que está acontecendo desde novembro de 2017. De lá até este mês de maio, o São Luiz permaneceu mais tempo fechado do que aberto. Em novembro, o festival Janela Internacional de Cinema por pouco não aconteceu no cinema do centro por conta de problemas técnicos como este e a equipe do evento precisou intervir para solucionar a dificuldade. À época, o realizador do festival, Kléber Mendonça, falou ao LeiaJá sobre o ocorrido: "Até quarta a gente estava com medo de não ter projetor pro Janela. Essa equipe milagrosa daqui faz um excelente trabalho mas a gente precisa de mais estrutura. Esse problema foi um bom alerta para que o governo tenha uma estrutura melhor pro São Luiz funcionar".


O público, muitas vezes pego de surpresa, fica sem entender o abre e fecha contínuo do São Luiz. Até porque, nestes últimos meses em que não funcionou, nenhum aviso foi afixado na porta do cinema, ou publicado em suas redes sociais. No entanto, a presidente da Fundarpe, Márcia Souto, explicou que, neste meio tempo foram feitos os reparos nas placas do projetor e, em seguida, foi preciso fazer uma manutenção no ar condicionado da sala. Os serviços já estão em finalização e uma possível data de reabertura do cinema foi estimada: "A previsão é que por volta do dia 10 de maio, no máximo, deve estar abrindo. A ideia deles (equipe técnica) é liberar o cinema antes do dia 7 de maio." A presidente não soube informar o motivo pela ausência de informativos sobre o não funcionamento do São Luiz.  


Do outro lado da ponte Duarte Coelho, chegando ao bairro de Santo Antônio, outro espaço, antes de convivência, turismo e lazer, sofre paras manter-se vivo no cotidiano dos recifenses e visitantes. O Pátio de São Pedro, largo com alguns equipamentos culturais, restaurantes, bares, que costumava ser palco para eventos, como festas e shows, já não figura mais entre os destinos mais procurados daqueles em busca de diversão. Alguns destes equipamentos, como o Museu de Arte Popular, o Centro de Design do Recife e o Mamam no Pátio, seguem em uma manutenção eterna, os demais - o Núcleo de Cultura Afro, o Memorial Chico Science e Memorial Luiz Gonzaga e o anexo da Casa do Carnaval -, estão de portas abertas, mas com pouca sinalização.


Procurada pelo LeiaJá, a Prefeitura do Recife  afirmou que “o diagnóstico dos equipamentos já foi concluído e algumas intervenções e ações estão programadas”. Segundo o órgão, “o momento é de captação de recursos” e, portanto, é impossível estimar prazos e datas para a volta do funcionamento dos equipamentos fechados. Questionada, também, sobre reuniões e planejamentos em busca de uma nova ocupação para o Pátio, hoje usado quase que exclusivamente nos ciclos festivos como Carnaval, São João e Natal, informadas, em setembro de 2017, pelo Secretário Execuitivo de Cultura, Eduardo Vasconcelos, a PCR não deu resposta.


Mesmo assim, ainda há quem não desista do Pátio de São Pedro. Como os integrantes do Pátio Criativo, coletivo que, na casa 52 do largo, oferece brechó, oficinas de arte e eventos; o produtor da tradicional Terça Negra Demir Favela, que após bastante insistência conseguiu retomar o evento, ainda que somente uma vez ao mês; e o chef Thiago das Chagas que, sem temer o clima e abandono do lugar, abriu um novo restaurante no pátio, o Restaurante São Pedro, há cerca de um mês.


Uma “ousadia”, como o próprio chef coloca. Para ele, estar no Pátio de São Pedro é uma forma de se aproximar da essência do Recife e dos recifenses, além de poder estar mais perto dos produtos que compõem seu menu. A ideia é “fazer uma cozinha urbana, com a cara da cidade”: “Pra quem, é cozinheiro,o que dá mais satisfação é de fazer uma cozinha relacionada com os produtos da sua região, com a facilidade de acesso aos produtos. Compro os insumos do Mercado de São José, compro o camarão de bacia da esquina.”, diz Thiago.  


Ele assumiu o risco de tentar um novo negócio em um local em processo de degradação, e não foi por acaso: “O Pátio, de certa forma, era a praça de alimentação do recifense. Antes dos shoppings, todo mundo ia beber e almoçar lá. O Pátio tem cinco restaurantes tradicionais, hoje em dia a maioria está penando para se manter vivo. A principal motivação também é de fazer um processo de mudança ali no centro da cidade. Não só o Pátio, como o seu entorno, está todo degradado, é uma cracolândia.”.


O chef contou, também, sobre projetos que ele, junto a outros apaixonados pelo Pátio de São Pedro, e órgãos como o Sebrae estão planejando. São ações pensadas em diversas frentes como música, festival gastronômico e jantares dançantes, que devem compor um cronograma para preencher 12 meses do ano. “São iniciativas que a gente está tocando do ponto de vista privado que talvez revigore, de certa forma, o Pátio, sem depender da iniciativa pública”.

 

*Fotos: Rafael Bandeira/LeiaJáImagens

O Teatro do Parque, localizado na área central do Recife, segue de portas fechadas por sete anos. Palco de grandes shows e espetáculos, o equipamento cultural está no centro das discussões entre artistas locais, sociedade civil e poder público. Neste sábado (25), um novo movimento a favor do Teatro, intitulado 'De Olho no Parque', teve baixa adesão.

Diferente da 'Virada Cultural', ocorrida em agosto desse ano, que reuniu diversos artistas de diversos seguimentos e público expressivo. Segundo Diógenes Lima, organizador do evento, a presença reduzida foi causada pelo desinteresse da mídia e por não se tratar de um grande evento, como foi a 'Virada Cultural. “A mídia traz o povo e por não ser mais novidade. Assim, a mídia abraçou a Virada, porque era aniversário do Parque. Mas, o que importa é ter gente, porque não é quantidade, é qualidade", disse me entrevista ao LeiaJá.

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Diógenes ainda ressalta que um ato, do porte da primeira, requer investimento. "A gente vai realizar um leilão com obras e peças de artistas pernambucanos, porque fazer um evento como a Virada é necessário ter dinheiro para investir em estrutura de palco, iluminação, som, entre outras coisas", explica.

Além disso, ele salienta que o movimento deste sábado é para organizar o grupo e traçar novas estratégias para pedir a reabertura do equipamento cultural. "O Parque é só o início, por isso, temos que organizar o movimento. No Recife e em Olinda têm muitos teatros fechados e o Parque é uma forma de chamar atenção para esses espaços abandonados". A programação do 'De Olho no Parque' teve início às 10 h, com microfone aberto. À tarde, uma roda de samba foi formada por Lucinha Guerra e convidados. O ato ainda contou com um debate, cujo tema foi 'Política Culturais e Gestão Pública'. 

À espera de reformas

Desde 2010, o Teatro do Parque  aguarda reformar, instalação de novos equipamentos e requalificação do espaço. Por muito tempo, a Secretaria de Cultura da Cidade do Recife e Prefeitura anunciam reforma do equipamento cultural. Centenário, o teatro apresenta marcas do abandono e a sociedade civil clama pela volta de realização de show e espetáculos no espaço. Em 2017, foi anunciado a licitação, que deu esperança de vê-lo reaberto. Mas, foi cancelada. Por hora, a Prefeitura do Recife divulgou que o prazo para o funcionamento do Teatro do Parque é 2019.

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O Teatro do Parque continua de portas fechadas mas, mesmo assim, será palco para mais uma virada cultural. O De olho no Parque, realizado pela classe artística e sociedade civil, tem o objetivo de jogar luz ao equipmento cultural e questionar os processos de abertura deste.

O ato será no próximo sábado, a partir das 10h, em frente ao teatro. Em um evento, criado no Facebook, os realizadores da virada explicam suas motivações: "O poder público só nos enrola... Não há outro jeito de vermos o Teatro do Parque aberto e funcionando se não for através da pressão popular e pressão popular, nesse caso, é estarmos na frente do teatro". Até o momento, 206 pessoas já confirmaram presença e mais de 900 demonstraram interesse em participar da mobilização.

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A programação contará com microfone aberto para o público, às 10h; roda de samba com Lucinha Guerra e convidados, às 12h; e roda de debate com o tema 'Políticas Culturais e Gestão Pública', com João Roberto Peixe, Karuna de Paula, Simone Figueiredo, Júnior Afro e Fernando Coelho, às 15h. A primeira Virada Cultural aconteceu em agosto deste ano e reuniu diversos artistas, dos mais variados segmentos, e um públcio expressivo. 

Abandonado

Fechado para reformas dese o ano de 2010, o Teatro do Parque segue de portas fechadas. No último mês de outubro, a licitação que escolheria a empresa que assumiria as obras foi suspensa. 

Serviço

De olho no Parque

Sábado (25) | 10h

Teatro do Parque (Rua do Hospício - Boa Vista)

Gratuito

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102 anos de história e sete anos de abandono, esse é o saldo do Teatro do Parque, que já foi palco de vários shows e espetáculos ao longos dos anos. Após dois meses do anúncio, que previa abertura de licitação para a conclusão da reforma e ampliaçãodo equipamento cultural, o Gabinete de Projetos Especiais publicou no Diário Oficial do município desta terça-feira a suspensão da concorrência. 

Procurada pelo LeiaJá, a assessoria do orgão atribuiu a suspensão da licitação a normativa junto à Caixa Econômica Federal, responsável por parte dos recursos para a reforma do espaço. Confira a nota completa.

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"Sobre a licitação nº 001/2017, referente às obras de reforma e restauro do Teatro do Parque, o Gabinete de Projetos Especiais (GABPE) esclarece que:

O certame foi publicado quando a Prefeitura do Recife já havia assegurado a realização da obra de reforma e restauro do  teatro com recursos próprios. Após a publicação do edital, durante o tempo pertinente ao processo da concorrência pública, foi confirmado contrato de repasse com o Ministério da Cultura (Minc) no valor de R$ 3 milhões por parte deste Ministério, sendo a contrapartida do município de R$ 2.652.904,38. Em um trâmite regular, previsto por determinação de normativa do Governo Federal (Portaria Interministerial), a licitação foi suspensa e os documentos referentes à licitação encaminhados à Caixa Econômica Federal para análise conforme pede a norma. Adequada as especificações para a celebração do convênio, o processo de contratação da empresa responsável pela obra terá seguimento. A princípio, o cronograma deve ser mantido, sendo a ordem de serviço prevista de ser assinada em janeiro do próximo ano. A soma total para a reforma e restauro do Teatro do Parque é de R$ 5,652.904,38."

Em agosto, como forma de protesto, artistas promoveram ações na área externa do teatro que contou com participação massiva de representantes de diversas expressões culturais.

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A Virada Cultural do Teatro do Parque, ato realizado com várias apresentações artísticas como forma de protesto e tentativa de chamar a atenção para a situação de abandono em que o teatro se encontra, está sendo realizada desde as 10h e segue até as 23h30 deste sábado (26). As apresentações reúnem várias formas de expressão artística, que muitas vezes têm teor crítico ao prefeito do Recife, Geraldo Julio (PSB), que na visão de muitos dos artistas não quer liberar os recursos para a realização das obras necessárias para a reabertura. Durante todo o sábado, várias atrações estão programadas para serem realizadas em quatro palcos montados na Rua do Hospício, preenchendo todo o dia com atividades culturais sem intervalos.

Na terça-feira (22), aniversário de 102 anos do teatro, a prefeitura do Recife abriu uma licitação para a conclusão da reforma e ampliação do equipamento cultural e na quinta-feira (24) foi anunciado, durante uma audiência pública na Câmara de Vereadores, que a conclusão da obra e reabertura do teatro está prevista para o ano de 2019. A classe artística, no entanto, vê com cautela e parcimônia as respostas da prefeitura, que já deu prazos e abriu licitações antes sem, no entanto, concluir a obra do espaço que já foi símbolo de resistência cultural a preços populares e se encontra fechado há sete anos.

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Oseas Borba, do movimento Teatro do Parque (RE)xiste, afirma que vê na atitude da prefeitura de dar respostas sempre em datas próximas aos dias de protesto a possibilidade de uma tentativa de esfriamento dos ânimos dos militantes e artistas. “Sempre que a gente anuncia uma ação eles tentam fazer alguma coisa para dar uma resposta, talvez até para tentar desmobilizar o movimento, vemos essa atitude como uma tentativa de desmobilização”, explicou Oseas.

Ele também conta que poucas vezes foi possível entrar no teatro para ver como estava a situação, mas que espera que a abertura de uma comissão, conforme anunciado na audiência pública, permitirá que as obras sejam acompanhadas, mesmo lembrando que após denúncias em 2015 da perda de pianos, o diálogo foi fechado. Oseas também acredita que a falta de recursos para pagar as obras que a prefeitura alega se deve à falta de prioridade que o poder público municipal dá à cultura, mas que tanto a oposição como o governo do prefeito Geraldo Julio querem resolver o problema, devido à pressão popular e do Ministério Público. 

Já o ator Cláudio Ferrário tem uma posição distinta e acredita que uma das razões de o espaço permanecer fechado está na sua história. “Eu via filas enormes que começavam na Conde da Boa Vista e terminavam na bilheteria do teatro, que tinha mil lugares e ingressos a preços acessíveis no centro do Recife, esse é um teatro mais ‘criminoso’ do que os outros e parece que isso ainda empurra mais a prefeitura a não dar valor a esse teatro, pois na minha opinião e uma prefeitura completamente antipopular e elitista”. 

De acordo com ele, em tentativas de entrar no teatro para averiguar a situação realizadas depois de 2015, os participantes do movimento da virada eram impedidos. “É um portão que ninguém entra, ninguém tem acesso, ninguém vê como está. Pode ser que numa próxima virada a gente traga uns alicates”, ironizou o ator, que também afirma que, caso as promessas feitas na audiência sejam cumpridas, a sociedade civil sempre terá acesso ao acompanhamento das obras através de uma comissão. 

Para o vereador Ivan Moraes (Psol), que convocou a audiência pública de debate sobre a situação do espaço, receber uma resposta da prefeitura é uma coisa positiva que deve servir não para esfriar mas para dar mais força aos movimentos em prol da reabertura do equipamento cultural para continuar exigindo o cumprimento das promessas. “Ninguém é obrigado a acreditar no prefeito, mas é sempre bom lembrar que o resultado desse processo vai ser tão bom quanto for a capacidade de luta, a resposta do poder público tem que ser um fator de mais mobilização pelo teatro e pela cultura do Recife”, pontuou o vereador.

Ivan também considera positivo que o movimento de resistência tenha obtido uma resposta com promessa de participação em uma comissão com membros da sociedade civil. “Eu acho ótimo ter resposta com editais de licitação e a montagem de uma comissão com artistas, com membros do legislativo municipal, e conselhos de cultura que nos darão prerrogativa de visitar a obra do teatro todo mês”.

Confira fotos da Virada Cultural: 

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Durante audiência pública, realizada na Câmara Municipal nesta quinta-feira (24), a Prefeitura do Recife anunciou prazo para reabertura do Teatro do Parque, há sete anos abandonado. A ação, promovida pelo vereador Ivan Moraes (PSOL), contou com expressiva participação de artistas, movimentos em prol de equipamento cultura e sociedade civil.

Na ocasião, o chefe do Gabinete de Projetos Especiais da Prefeitura do Recife, João Guilherme Ferraz, apresentou laudo que endossa a necessidade de restauro e reformas do equipamento cultural, itens que serão contemplados na licitação aberta na última segunda-feira (22). Ele ainda afirmou que o teatro será reaberto em julho de 2019.

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Movimentos, que lutam pele ativação do espaço, receberam a notícia com cautela. "Não é a primeira vez que eles prometem. Às vezes a gente vive com uma sensação de 'Déjà vu', porque eu vi durante a audiência a arquiteta falando coisas que foram ditas em 2014 e também em 2016", explica Oséas Borba, representante do Movimento Teatro do Parque Resiste.

Na manhã desta quinta-feira, aniverário do Teatro do Parque, o Centro do Recife foi tomado por faixas em protesto ao abandono do espaço. No próximo sábado (16), a partir das 10h, artistas e sociedade civil realizam evento para chamar atenção para a situação do equimento cultural e sua importância histórico-cultural.

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