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A Virada Cultural no Teatro do Parque, realizada no próximo sábado (26), nasceu da articulação de artistas com a sociedade civil e conta com uma programação que abarca diversas manifestações artísticas em prol do equipamento cultural, que está há sete anos abandonado à espera de reformas.

A programação completa, divulgada nesta quinta-feira (24), terá espaço dedicado à sétima arte. Os 14 curtas, produzidos por cineastas e produtoras locais, serão exibidos das 19 h às 22 h. Confira a programação audiovisual:

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My Way  - Camilo Cavalcante

Cores Femininas - MAPE

Mulheres (es)pelho - Coletivo Mulheres espelho

Calma, Monga, calma - Petronio de Lorena

O Veio - Adelina Pontual

Gira - Kátia Mesel

Especulações S.A. - Erlania Nascimento

Arretadas - Synara Veras

Teatro do Parque do glória ao caos - Thiago Feliciano

Somos todos Jaqueline - Anina Dias

Garotas da Moda - Tuca Siqueira

Finito - Myrianna Albuquerque

Oula - Visto Permanente

Santa Mala - Visto Permanente

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Nesta quinta-feira, 24 de agosto, data que celebra os 102 anos do Teatro do Parque, a Avenida Conde da Boa Vista amanheceu com cartazes e faixas clamando por mais atenção ao equipamento cultural do Recife. Entre as palavras nas grades da avenida, uma das principais da capitral pernambucana, estão escritos pedidos por festivais de teatro, dança e mais programações artísticas no local, além das frases “Teatro do Parque: patrimônio do povo” e “fomentos por arte” e lamentos pelos sete anos que se passaram com o equipamento ainda fechado, apesar das inúmeras promessas de reforma e reabertura.

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Desde as 9h, está sendo realizada uma audiência pública no Plenarinho da Câmara Municipal do Recife, proposta pelo vereador Ivan Moraes. Compondo a mesa estarão Guilherme Ferraz (Gabinete de Projetos Especiais da Prefeitura do Recife), Oséas Borba Neto (Teatro do Parque (RE)xiste), Ricardo Coelho (Promotor de Justiça do Estado de Pernambuco), Karuna Sindhu de Paula (Movimento Cine Rua) e Diego Rocha (Presidente da Fundação de Cultura Cidade do Recife).

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Próximo a completar 102 anos na quarta-feira (24) e sete anos de abandono, o histórico Teatro do Parque, localizado na área central do Recife, volta a fazer parte das pautas da Prefeitura da cidade. Foi anunciada, no Diário Oficial do município desta terça-feira (22), a abertura de licitação para a conclusão da reforma e ampliação do equipamento cultural.

Em entrevista ao LeiaJá, Oséas Borba, do movimento Teatro do Parque (RE)xiste, expõe que a decisão para a reforma é reflexo da ação que corre, desde 2015, no Ministério Público de Pernambuco. "A Prefeitura se sentiu pressionada pelo Ministério Público do Estado. Além disso, por ser aniversário do Parque e a existência de mobilização da sociedade fez com que a licitação fosse lançada. Não é a primeira vez que fazem este anúncio, foi assim em 2014 e também em 2015", salienta.

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No próximo sábado (26), a classe artística pernambucana promove ações para pressionar o poder público e chamar a sociedade civil para o resgate de um dos teatros mais antigos da cidade. Os organizadores montaram uma grade com diversas manifestações artísticas e um financiamento coletivo, para custear o ato, está em vigor.

Uma audiência pública, proposta pelo vereador Ivan Moraes, também marca o aniversário do Parque, às 9h, no Plenarinho da Câmara Municipal do Recife. Na ocasião vão compor a mesa João Guilherme Ferraz (Gabinete de Projetos Especiais da Prefeitura do Recife), Oséas Borba Neto (Teatro do Parque (RE)xiste), Ricardo Coelho (Promotor de Justiça do Estado de Pernambuco), Karuna Sindhu de Paula (Movimento Cine Rua) e Diego Rocha (Presidente da Fundação de Cultura Cidade do Recife).

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Em uma parceria entre artistas e sociedade civil, está sendo organizada uma mais uma Virada Cultural no Teatro do Parque, Centro do Recife. No próximo sábado (10), das 10h às 22h, estão previstas apresentações de teatro, música, cinema, dança, artes visuais, circo e literatura. Os organizadores contam que o objetivo das ações é ocupar o espaço e cobrar a reabertura do teatro. Uma vaquinha informal está sendo realizada para ajudar no custeio da programação. Confira a programação divulgada:

'Parque Palco Henrique Celibi'

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10h - Leitura do Manifesto em prol da reabertura do Teatro do Parque com cerimônia de lavagem da calçada e cantos de prosperidade com Otiba

10h30 - (Circo) Malabares com a família Malanarquista

11h - (Circo) Intervencao de Palhaçaria (Companhia Brincantes de Circo)

11h40 - (Dança) Pantomima

12h - (Dança) Terezinha com Rebeca Gondim

12h20 - (Música) Luisa Pérola do Samba e Rui Ribeiro

13h - (Teatro) Politicamente vos digo com Abarca-me

13h20 - (Música) Alexandre Seixas canta Raul / Mayra Clara

13h50 - (Dança) Anderson Dimas / Ayrton Tavares / Juli Cavalcanti

14h10 - (Teatro/Dança) Totem

14h30 - Fátima Freitas

14h40 - (Música) Arteligados / Pau de dá em doido / Os Carlton

15h - (Dança) Faknáticos / Grupo Acaso / Água Dura

15h20 - (Circo) Violetas da Aurora

15h50 - (Música) MC Ririca (Catarina de Jah)

16h10 - (Teatro) Três Tristes Gregas

16h30/16h50 - (Dança) Maria Paula Costa Rego

17h20 - (Teatro) Cênicas

17h40 - (Dança) Cia de Dança Ferreiras

18h - (Dança) Helder Vasconcelos

18h20/18h30 - (Música) Jota Carlos

18h30/18h40 - (Música) Quilombro

19h30/19h50 - (Teatro) Santo Genet e as Flores da Argélia

19h50/20h10 - (Dança) Flávia Pinheiro e Carolina Bianchi

20h10/20h20 - (Dança) Amara Lima

20h20/20h30 - (Música) Cássio Sette

Leitura do Manifesto (Claudio Ferrario) e José Pimentel

20h30/21h10 - (Literatura) Sarau da Boa Vista

21h10 - Dinho Megaba e Banda

21h30/21h50 - (Teatro) Adriano Cabral / Ana de Ferro / Entre a Cruz e a Torá / Risoflora

16h50/17h10 - (Música) Juvenil Silva e Marília Parente

17h10/17h20 - (Música) STR

18h40/19h - (Música) Mônica Feijó e Clayton Barros

19h/19h30 - (Música) Banda Boa Hora / Banda Griô / Selva

21h50/22h10 - (Música) Hélder Vasconcelos

22h10 - (Música) Dj Dolores / Cannibal / Clayton Barros

'Parque Cine Firmo Neto' - A partir das 19h

'Parque Poético Clarice Lispector' - das 10h às 17h

Carlos Mesquita, Daniela Câmara, Buarque de Aquino ( Calvário de Frei Caneca), Silvio Pinto, Fabiana Pirro, Cláudio Ferrario, Diógenes D. Lima, Simone Figueiredo, entre outros. Sarau das Artes.

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Na próxima sexta-feira (28), a classe artística de Pernambuco se mobiliza para promover ações culturais no Teatro do Parque, no Centro do Recife. O encontro, que será realizado na área externa do equipamento cultural, será às 17h e deve reunir artistas representantes de várias expressões culturais. 

O evento, programado em uma rede social, conta com quase cinco mil pessoas interessadas em participar da mobilização, que tem como prinicpal objetivo reivindicar a reabertura do espaço. O Teatro do Parque é um dos equipamentos mais antigos da cidade e foi interditado há sete anos para reforma. Com promessas de reabertura e retomada de readequações estruturais, o local está abandonado.

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De acordo com um dos organizadores do evento Diógenes Lima a mobilização artística foi intensificada após a reabertura do Armazém 14. "O fechamento e o abandono do Parque há sete anos já era um incômodo muito grande da classe artística e após a reabertura do Armazém 14, que estava fechado para reforma, como uma casa privada incomodou ainda mais", explicou o ator.

Ainda conforme Diógenes, na próxima sexta-feira (28) haverá uma grade reunião para articular frentes que ajudem a viabilizar a 'Virada Cultural' do Parque, tudo de forma colaborativa. "A proposta é promover inúmeras intervenções artísticas durante 24 horas. Para isso, vamos precisar de uma colaboração expressiva de todos", concluiu.

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Nesta terça-feira (25), o Cine Clube Cine Rua promove exibição de filmes no Cinema do Parque, com a proposta de manter viva a memória do equipamento cultural, que está fechado há sete anos. A partir das 18h30 haverá exibição de sete curtas, debate com ativistas e representantes políticos, além de um atentado poético de Jomard Muniz de Brito.

Time Gap e Nothing to adjust (Duo Strangloscope/SC), Contos de Película (Larissa Lisboa/AL) e o curta baiano A morte do cinema (Evandro de Freitas/BA) são três obras que estão na programação. Além deles, o público vai poder conferir Simião Martiniano - o camelô do cinema (1998), de Clara Angélica e Hilton Lacerda, Ave Maria ou mãe dos oprimidos (2003), de Camilo Cavalcante, e Janela Molhada, de Marcos Enrique Lopes.

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De acordo com a organização do Cine Clube Cine Rua, a proposta do encontro é refletir e intensificar o debate em torno de espaços de exibição e a cultura urbana. Além de representantes de movimentos culturais, foram convidados os vereadores Ivan Moraes Filho, Marília Arraes e da deputada estadual Priscila Krause.

Cine Clube Cine Rua

Terça-feira (25) | 18h30

Teatro do Parque (Rua do Hospício, 81 - Boa Vista)

Entrada franca

Fechado há seis anos para reformas, o Teatro do Parque - localizado na área central do Recife -, finalmente, deve ter a recuperação estrutural retomada. Isso porque, o Ministério Público de Pernambuco (MPPE) ajuizou uma ação civil pública com pedido de liminar em face do município do Recife e Concrepoxi Engenharia Ltda para que seja determinado o imediato retorno das obras.

Segundo o Promotor de Justiça de Proteção do Meio Ambiente e do Patrimônio Histórico-Cultural Ricardo Coelho ajuizou a ação civil após várias tentativas extrajudiciais. “Dos seis anos em que o Teatro está sem funcionar, três deles foram de completo abandono. Não há dúvidas de que a estrutura do Parque está bastante comprometida”, destacou na inicial.

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No quarto ano de fechamento, o órgão municipal fechou contrato com a empresa de engenharia, que teve as despesas pagas pelo Tesouro municipal no valor total de R$8.225.751,47, na época. Para ser realizada a reforma, primeiramente, teria que ter sido realizado um parecer específico emitido pela Diretoria de Preservação do Patrimônio Cultural da Prefeitura do Recife, de acordo com o artigo 40, da Lei Municipal do Recife n°16.284/97, porém esse procedimento não foi feito.

Como o procedimento não foi realizado acarretou a formulação de exigências ao Gabinete de Projetos Especiais da Prefeitura. Conforme informações do Ministério Público de Pernambuco, um representante do Gabinete responsável, esclareceu que algumas obras de manutenção foram realizadas e o processo de degradação do Teatro havia sido estancado, mas seriam necessários mais dois meses para redefinição do orçamento para continuidade da obra, já que o distrato do contrato com a Concrepoxi estava em andamento. Além disso, também foi informado que a conclusão da obra será de, aproximadamente, um ano e meio, com previsão de finalização para 2018. Dois anos depois da previsão constante do projeto original.

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Mais um aniversário sem motivos para comemorar. Assim será esta quarta (24), no Teatro do Parque, que completa 101 anos de história neste dia - seis deles sem nenhuma movimentação artística no equipamento cultural, uma vez que este esá fechado desde 2010 para reformas. No lugar da festa, estão sendo realizados protestos comandados por grupos e artistas que clamam pela volta do funcionamento do lugar, não só na Rua do Hospício - onde está localizado o Parque - como também em parte da Avenida Conde da Boa Vista, no Centro do Recife.

O sol ainda não havia raiado na capital recifense, nesta quarta, quando integrantes do movimento Guerrilha Cultural e do grupo João Teimoso de Teatro colocaram faixas entre o Colégio São Luiz e a Rua do Hospício, com dizeres que reclamavam a falta de cuidado do poder público com a cultura local. Em seguida, o grupo seguiu para a frente do Teatro do Parque, onde o protesto teria seguimento durante toda a manhã. Em 2015, quando o Parque deveria celebrar seu centenário, estes mesmo grupos realizaram um velório simbólico do cine-teatro em referência ao seu abandono.

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Oséas Borba Neto, coordenador do Guerrilha Cultural e diretor do João Teimoso, encabeça a luta pela volta do Parque desde 2012 e já promoveu diversos atos em prol da causa: "Este ano eu abri uma denúncia no Ministério Público de Pernambuco e tivemos duas audiências contra a Prefeitura do Recife (PCR) em relação ao Teatro do Parque - em março e em abril. Na segunda audiência, o promotor mudou a postura com a presença do presidente da Fundação de Cultura. A prefeitura disse que as obras estavam paradas mas que estavam sendo feitas novas pesquisas e levantamentos de restauro, e que o processo em si não estava parado. Tudo aquilo já havia sido dito um ano atrás. Vou cobrar de novo do MPPE", disse. Durante esta manhã, uma equipe da Guarda Municipal foi enviada ao Parque para acompanhar o dia de protestos.

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Seis anos de espera

Em 2010, o Cine Teatro do Parque foi fechado para reformas. Em meados de 2015 as obras foram paralisadas e o equipamento cultural segue, desde então, desativado e se transformando num esqueleto abandonado em pleno coração da cidade. Segundo o promotor de Justiça Ricardo Coelho, a paralisação da reforma se deu devido à falta de repasse de verba por parte da PCR à empresa responsável pelo serviço. Após algumas promessas e previsões de entrega que não se cumpriram - a última garantia que o equipamento seria entregue em novembro de 2016 - o local continua em estado de completo abandono. Além disso, denúncias dão conta de que parte do acervo de filmes e alguns objetos do cine-teatro - como dois pianos - teriam sido furtados. 

Procurada pelo LeiaJá, a Prefetura informou, por meio de sua assessoria, que a obra teria sido dividida em duas partes tendo a primeira já sido concluída. "A primeira etapa, já realizada, sanou os problemas encontrados na estrutura da edificação a partir da substituição de toda a cobertura do teatro. Essa etapa resolveu os problemas de infiltrações que comprometia a estrutura da edificação. Foi trocado todo o madeiramento, telha, calhas, rufo, entre outras peças de todas as cobertas. As paredes do teatro estavam estufadas já que as antigas instalações elétricas estavam enferrujadas. Por isso, toda a tubulação das instalações foram substituídas, além dasinstalações hidrossanitárias. Foi revisada também a drenagem de todo o equipamento". 

A assessoria informou também que a partir destes reparos foram reveladas características do teatro encobertas por antigas reformas e que se iniciou uma pesquisa para definir como seria feito um trabalho de restauro: "Foi necessário realizar uma investigação mais aprofundada sobre as características originais do prédio histórico. Esta pesquisa detalhada só podia ser realizada in loco e a partir da obra inicial. A partir disso, foi feito o projeto de restauração em todos os âmbitos. Esta parte será contemplada dentro da segunda fase das obras". Ainda segundo a PCR, o projeto se encontra em fase de captação de recursos para a realização de uma nova licitação que dará seguimento à esta etapa da reforma. Após iniciada a segunda fase, o prazo de entrega do Parque seria de um ano e meio. 

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O Ministério Público de Pernambuco (MPPE) vai cobrar da Prefeitura da Cidade do Recife (PCR) a retomada das obras de restauração do Teatro do Parque. O promotor de Justiça Ricardo Coelho entrará com uma Ação Civil Pública na Justiça Estadual, na próxima sexta-feira (1º), solicitando que os trabalhos no prédio histórico sejam reinicados de imediato. O Teatro do Parque está fechado desde 2010 para restauro e sua reforma está suspensa desde julho de 2015.

Segundo o promotor, a reforma do equipamento cultural foi interrompida devido a falta de repasse de verba por parte da PCR, em meados de 2015, à empresa então responsável pelo serviço. Desde então, o prédio - "tombado pelo município e um imóvel especial de preservação com todo valor hitórico comprovado" - está fechado e em estado de completo abandono. "A Prefeitura não nos apresentou um prazo para reinício desta restauração e a gente, sabendo da precariedade da situação, vai impôr à Prefeitura a obrigação de começar imediatamente esta reforma, através da ação judicial", explicou Ricardo. O magistrado disse ainda que na ação está proposta uma liminar que, sendo aprovada, dará celeridade ao processo: "A vantagem da ação judicial é que, de posse dela, a Prefeitura poderá dispensar licitações e burocracias maiores. A gente entende que se for o caso de aguardar licitação isso pode demorar anos. A gente quer impôr isso antes que o bem se perca". 

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Fechado há mais de cinco anos, o prédio que abrigava o Cine-Teatro do Parque está abandonado e entregue às intempéries do tempo e falta de manutenção: "A situação é a pior possível. O imóvel está muito deteriorado e num estado de abandono que não se justifica, já que é um patrimônio que pertence à cidade do Recife e um prédio histórico.", lamenta o promotor. Há ainda uma denúncia de que parte do acervo de filmes e alguns objetos do cine-teatro teriam sido furtados: "A gente pediu que a Polícia Civil instaurasse um inquérito para verificar esta denúncia. Vamos incluir isso na nossa ação para que a Prefeitura também se responsabilize por isso", afirmou Ricardo. 

O promotor explicou também que, após ser dada a entrada na Ação Civil Pública, que passará por análise de uma juíza, a previsão é de que no prazo de sete dias uma liminar deva determinar a retomada das obras: "Na segunda (4) estarei com a juíza pessoalmente pedindo que ela dê a liminar de imediato. Imagino que na semana seguinte deveremos ter essa liminar determinando o início das obras". 

PCR

Por meio de nota oficial, a Prefitura da Cidade do Recife informou ainda não ter sido oficialmente notificada pelo MPPE. A nota esclarece ainda que deverá ser realizada nova licitação, dentro de 60 dias, para a realização da segunda etapa do processo de restauro do equipamento cultural. Confira, na íntegra, o posicionamento da prefeitura.

O Teatro do Parque vem ao longo de muitos anos sofrendo um processo sério de degradação. Por isso, a primeira etapa já realizada diz respeito ao trabalho que sanou os problemas encontrados na estrutura da edificação a partir da substituição de toda a cobertura do teatro. Essa etapa sanou os problemas de infiltrações que comprometia a estrutura da edificação. Esse trabalho também revelou características do equipamento até então desconhecidas e encobertas por outras reformas. A partir daí, foi necessário realizar uma investigação mais aprofundada sobre as características originais do teatro, que contemplou a segunda fase das obras de reforma do Teatro do Parque.

Para realizar a obra de maneira a contemplar as especificidades de restauro, a Prefeitura do Recife fará novo processo de licitação que deverá acontecer dentro de aproximadamente 60 dias. A obra está orçada em cerca de R$ 13 milhões.   

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Na próxima terça-feira (15), a 3ª edição do Cineclube CineRua traz para o centro do Recife filmes e atividades de rua que provoquem reflexões e debates. A iniciativa, que começou como um projeto em 2015, agora promove exibição permanente, com a proposta de manter viva a memória do Teatro do Parque que está fechado para reforma há quatro anos.

O Cineclube acontece em vários lugares da cidade entre os dias 14 e 19 de março. Para esse período de exibição o público pode conferir curtas que dialogam com a mobilidade, tema da mostra. Nesta terceira edição serão exibidos os curtas “Homem na estrada (SP, 2015), de Felipe Terra, Calma Monga, Calma! (PE, 2011), de Petrônio de Lorena, Poeta Urbano (PE, 2012), de Antônio Carrilho e João Batista (MG, 2015), de Rodrigo Resende Meirelles. Após a sessão, haverá debate com os realizadores Petrônio Lorena e Antônio Carrilho.

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O Cineclube CineRua é a primeira ação continuada do movimento #CineRuaPE, fundado no ensejo de reunir esforços, promover atividades, estratégias e a conscientização da importância de se preservar os poucos cinemas de rua que restam no Estado. Ao propor exibições periódicas até que o Teatro do Parque seja entregue novamente à população, o #CineRuaPE sai em defesa de um dos principais espaços culturais da cidade, fechado para reforma desde 2010. Durante a sessão, camisetas serão vendidas em apoio ao cineclube.

Programação:

Homem na estrada (fic, SP, 2015, cor, digital, 13’), de Felipe Terra*estreia no Recife

Calma Monga, Calma! (fic, PE, 2011, cor, 16mm, 18’24’’), de Petrônio de Lorena

Poeta Urbano (fic, PE, 2012, cor, 35mm, 16’31’’), de Antônio Carrilho

João Batista (doc, MG,2015, cor, HD, 23’), de Rodrigo Resende Meirelles*estreia no Recife

Cineclube CineRua

Quando: terça-feira, 15/03, às 18h30

Onde: em frente ao Teatro do Parque (Rua do Hospício – Boa Vista)

 

Informações: (81) 99675-6252 / (81) 99617-6008

Em tempos de surto de doenças relacionadas ao mosquito Aedes aegypti, todo cuidado é pouco. Campanhas governamentais alertam a populaçao para nao deixar água parada, já que ela serve para que a fêmea deposite seus ovos, criando uma nova geraçao de transmissores de dengue, zika e chikungunya. Mas, de acordo com denúncia do ator Rodrigo Dourado, se cobra da população cuidado, a Prefeitura do Recife pode estar esquecendo de fazer sua parte.

Dourado acusa: a obra do Teatro do Parque está parada há meses, e o local, sem movimentação, está com água parada acumulada. "Esta parte da área externa (laje), foi reformada e limpa (às pressas) depois de uma denúncia minha, mas não tem drenagem. Então, com as chuvas, segue acumulando água e folhagem", postou no Facebook o ator e professor da Universidade Federal de Pernambuco, que é vizinho do prédio que abriga o teatro.

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O Parque está fechado desde 2010, e no fim de 2014 foi iniciada uma obra para a requalificaçao do espaço. Os constantes atrasos e o longo tempo fechado ao público já geraram vários protestos da classe artística. Se não serve há anos como palco para artistas, dá agora a chance de deixar o Aedes aegypti dar seu 'show'.

Como forma de protesto e celebração dos 100 anos do teatro do Parque que se encontra fechado desde 2010 para a reforma, o movimento #CineRuaPE lança um projeto nesta terça-feira (15) de exibição permanente de curtas-metragens, promovendo sessões periódicas, até que o cineteatro reabra as portas. Segundo a organização, as mostras tem o objetivo de manter viva a memória do espaço localizado na Rua do Hospício.

O Cineclube CineRua foi fundado recentemente, em novembro de 2015, e essa será a primeira ação do movimento, que tem como principal objetivo preservar os poucos cinemas de rua que existem no Estado. 

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A programação será aberta pelo palhaço Cabeça de Espantalho e após a exibição dos curtas e debates haverá show da banda Forró de Cabeça. Sete filmes que serão exibidos, sendo três inéditos em Pernambuco: Ponta do dragão (SC, 2015), de Renan Fontana; Ruim é ter que trabalhar (SP, 2015), de Lincoln Péricles; Contínuo (PB, 2014), de Carlos Ebert e Odécio Antonio; Êxito D’Rua (PE, 2004), de Cecília Araújo; A clave dos pregões (PE, 2015), de Pablo Nóbrega; A copa do mundo no Recife (PE, 2014), de Kleber Mendonça Filho; e Miró: preto, pobre, poeta e periférico (PE, 2008), de Wilson Freire. Este último inclusive contará com a presença do poeta, que estará também vendendo seu novo trabalho, “Amanhã não existe ainda”.

Serviço

Cineclube CineRua

Terça (15) | 18h30

Em frente ao Teatro do Parque (Rua do Hospício – Boa Vista)

(81) 99675 6252 | (81) 99617 6008

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Nesta segunda (24), um dos mais significativos espaços culturais do Recife, o Teatro do Parque, completou 100 anos de história. Mas, ao invés de uma festa de aniversário, a data foi comemorada com um velório simbólico, realizado por diversos movimentos e grupos de artistas que lutam pela revitalização e reabertura do espaço, fechado há cinco anos para reformas. O ato foi liderado pelo (Re)Existe Teatro do Parque, em conjunto com o Movimento Guerrilha Cultural e Grupo João Teimoso, mas conta com o apoio de outros grupos, como o OcuParque, que estarão durante todo este dia promovendo ações culturais em frente ao teatro para chamar a atenção da sociedade para o descaso do poder público com o local.

Teatro do Parque: centenário e sem respeito

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Priscila Krause cobra retomada da obra do Teatro do Parque

Representante do (RE)Existe Teatro do Parque, o ator Óseas Borba Neto estava vestido de preto, como se fosse a um verdadeiro enterro, e explicou a motivação do protesto: "O Velório não é pra enterrar o teatro, mas pra mostrar que queremos o Parque aberto denovo". Ele, e os demais movimentos participantes da mobilização, acompanham o caso do teatro desde 2013 e o apelo é para que as obras sejam retomadas para que o Parque possa ser entregue à população. "Em plena segunda-feira a obra está parada. Não tem ninguém trabalhando lá dentro", o ator fez questão de salientar.

Além dos artistas, também juntaram-se ao movimento algumas pesoas que costumavam frequentar o teatro. Dona Maria Lindete, moradora da Boa Vista, lamentou muito pelo Parque ainda estar desativado: "Eu frequentava desde mocinha, é de fazer chorar". Ela relembrou alguns projetos que movimentavam o Parque como o Pixinguinha, o Seis e meia e as exibições de filmes.

Já o ator e artista popular Carlos Amorim, da Cia D'Loucos de Teatro Popular, foi além e reclamou da ausência de políticas culturais na cidade do Recife: "Infelizmente não se discute política cultural nesta cidade. Aqui está a classe artística em sua essência. O Teatro do Parque fechado é um crime para os artistas e para a sociedade pernambucana."

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Dia de mobilização

Ao longo de toda esta segunda (24), os movimentos em prol do Teatro do Parque e outros que abraçaram a causa estarão na Rua do Hospício, em frente ao equipamento cultural, promovendo recitais poéticos, apresentações musicais e projeções de vídeos. Também haverá momentos em que o microfone estará aberto para quem quiser participar da manifestação. Segundo S.R. Tuppan, do OcuParque, será um dia para "celebrar e também protestar". Confira a programação completa: 

11h às 16h - Microfone aberto para quem quiser se expressar com poesias, depoimentos e performances

15h às 18h - Banca de revistas com distribuição da Outros Críticos, com tema Ruínas e Cultura e do livro Guia Comum do Centro do Recife

16h - Performance Parabéns para quem?!, de Ângelo Fábio

17h - Performance de Flávio Renovatto

18h - Projeção de imagens do projeto #Dajaneladomeuonibus, de Isabela Faria e video mapping com o VJ Mozart Santos na fachada do teatro

18h às 18h30 - Recital poético com S.R. Tuppan e convidados como Tereza Augusta Maciel e Lúcio Mustafá, com microfone aberto

18h30 às 19h30 - Apresentações musicais em memória ao Projeto Seisemeia com Tereza Augusta Maciel, Lúcio Mustafá, Bruno Nascimento e Isadora Melo

Um centenário esquecido e fadado ao descaso. Essa é uma das afirmações de vários artistas que frequentavam o Teatro do Parque e de comerciantes das redondezas que lucravam com o movimento do local. Fechado desde 2010 e com reformas atrasadas, o equipamento deve ser entregue, apenas, em novembro de 2016, conforme a Gestão Municipal.

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Mediante as paralisações das obras, devido à falta de pagamento, surgiram dois movimentos que se articulam para exigir os prazos prometidos pelo governo e reivindicar melhorias para a classe artística. Além disso, eles prometem se reunir na próxima quarta-feira (24), às 11h, dia da comemoração oficial do centenário do Parque, para fazer o ‘Velório’ simbólico do Teatro do Parque. Os movimentos (Re)Existe Teatro do Parque e OcuParque reúnem mais de 2.500 seguidores.

Um dos líderes do Ocuparque, Tuppan Poeta falou sobre a importância do espaço. “Desde que conheço o Teatro do Parque, há 30 anos, considero ele um local querido para encontrar os amigos e principalmente para perpetuar o legado histórico e cultural do lugar”, fala Tuppan. Em relação ao desdobramento das obras, o artista é bem categórico. “Consideramos que a prefeitura não está cumprindo com o que foi acordado. Muitas coisas foram postergadas. Inclusive, há relatos que o governo só repassou 5% do valor total da obra, de R$ 8,2 milhões”, critica.

Ainda segundo Tuppan, o local deve ser mais bem reaproveitado. “O espaço é um ponto de encontro! Por isso, acredito que deve ser investido na acessibilidade das redondezas, como criar bicicletário e no comércio, por exemplo”, conclui.

Já o representante do movimento (Re)Existe Teatro do Parque, Oséas Borba Neto, que lidera o grupo mais expressivo de seguidores, afirmou que o descaso com o que é público e com a cultura é antigo. “Há anos que o equipamento está sem uso. Passo todos os dias pelo local e observo que não há nenhuma reforma, apenas hoje a prefeitura encenou uma limpeza para mostrar para a imprensa”, afirma Neto. “Os trabalhadores estavam com roupas limpas, os cimentos estavam endurecidos e a areia estava até com planta crescida”, detalha.

Quanto à reabertura prometida para novembro de 2016, o artista não demonstra esperança de mudança. “Se continuar da forma que está, tenho certeza que não será cumprido esse prazo”, afirma. Para reivindicar, Oséas confirma que na segunda (24), às 11h, vários artistas vão participar de uma grande intervenção artística - o ‘Velório do teatro do Parque’ -

, com apresentações, encenações e músicas. Além disso, o Teatro do Parque receberá flores e velas.

O historiador Renato Phaelante também afirmou que falta política em prol da cultura e da classe artística. Confira no vídeo a seguir.

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Os comerciantes das redondezas, que tinham uma maior lucratividade durante o funcionamento do Teatro do Parque, falam das mudanças e reclamam do descaso, assista ao vídeo.  

 

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Às vésperas de seu centenário e ainda em reformas, o Teatro do Parque recebeu nesta sexta-feira (21) um comitiva formada pelo presidente da Fundação de Cultura Cidade do Recife, Diego Rocha, o secretário executivo de Gestão Cultural, Williams Santana, e a arquiteta Simone Osias, do Gabinete de projetos especiais para vistoriar a atual situação de um dos símbolos da cultura pernambucana. Sob suspeitas de paralisação das obras e falta de pagamento para a empresa responsável pela reforma, uma frase foi repetida várias vezes pelos representantes da prefeitura: “Estamos dentro do prazo e em novembro de 2016 o Teatro do Parque estará pronto para ser entregue a população”.

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Essa foi a segunda visita técnica aberta à imprensa realizada pela prefeitura. A primeira foi realizada ainda em março. De lá para cá, a arquiteta Simone Osias afirma que os principais problemas que o Teatro do Parque apresentava foram sanados, como problemas nas instalações elétricas, hidráulicas e de drenagem. Para ela, um grande avanço na obra, já que a partir de agora a restauração que será feita em todo teatro poderá ser realizada sem gerar problemas posteriores. “A primeira etapa foi recuperar integralmente a coberta, a retirada de toda instalação elétrica e hidráulica antiga e de toda a drenagem do edifício que estava trazendo problemas enormes para o piso da plateia e do palco", afirmou. Simone disse ainda que, após os reparos inicias, pode-se "De fato entrar na recuperação dos adornos e revestimentos e tudo aquilo que foi possível ser identificado como original”.

Para a arquiteta, o principal ponto para mostrar que o início do trabalho foi bem feito foi o Teatro ter aguentado sem maiores problemas de infiltração as chuvas que aconteceram nos últimos meses. “Aguentamos firmemente sem nenhuma consequência na estrutura as chuvas de junho, julho e agosto”, pontua. 

O trabalho que seguirá a partir de agora será o de recuperação da estrutura original do patrimônio que é de 1915. E essa será a primeira vez que ele passará por uma obra de restauro, desde sua inauguração o local já passou por três grandes reformas, a primeira em 1939, a segunda em 1980 e a última em 2000, nenhuma delas visando manter o projeto original. Somente alguns aspectos da obra de 1939 serão mantidos juntamente com a estrutura inicial. O principais aspectos a serem preservados são os pisos, painéis, vitrais e poltronas.

Mas, além de manter todo o aspecto histórico algumas novidades serão implementadas. Obedecendo a denominação de cine-teatro, o local contará com tela de cinema, reprodutores digitais e um sistema de som modernizado. “O edifício em si abriga um cinema e um teatro e precisa ter sistema de luz moderno, sistema de som, de projeção e de comunicação visual. Então resgatamos a história do edifício e modernizamos as funções dele”, falou Simone Osias.

O orçamento original da obra subiu de R$ 8,2 milhões para 10,5 milhões, o que seria previsto por conta do desconhecimento de como estaria a situação das peças originais do teatro que precisarão ser restauradas. E a expectativa é que em torno de 15 dias as obras sejam retomadas. Nesta sexta-feira (21), havia apenas sete funcionários trabalhando.

De acordo com Diego Rocha, a obra em si nunca esteve parada e vinha sendo desenvolvido todo um estudo sobre a estrutura original e o que poderia ser mantido. “A obra em si não chegou a parar, houve uma diminuição de pessoas aqui no teatro, mas tinham equipamentos sendo reparados em um galpão para o qual a gente transferiu o material. Tinha também um estudo de restauração que precisava ser feito, porque a gente não pode fazer uma intervenção sem ter esse estudo, pois a gente quer voltar às características originais. E esse estudo o Departamento de Preservação do Patrimônio Construído (DPPC) ainda  teve que analisar e agora esses dias as obras vão retornar a todo vapor”, afirmou.

Sobre as denúncias de que a prefeitura havia paralisado os pagamentos a empresa que conduz a obra, o presidente da fundação de cultura do Recife esclareceu que a situação já está regularizada. “Já foi feito um cronograma com a empresa não só físico, mas também financeiro e a empresa ganhou fôlego para tocar a obra”, concluiu.

Considerado um dos equipamentos culturais mais importantes de Pernambuco, o Teatro do Parque completa, na próxima segunda-feira (24), 100 anos, mas sem espectadores para festejar a data. Foram décadas de histórias marcadas por espetáculos, apresentações musicais e sessões de cinema, além de eventos. Agora, o espaço está à espera da conclusão de uma reforma que está paralisada e que já teve diferentes datas de reinauguração divulgadas e não cumpridas.

Já são cinco anos fechado. Artistas e comerciantes lamentam a interdição do Teatro do Parque e não conseguem projetar boas perspectivas.

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Criado em 1915 para ser um teatro, o espaço estava situado em dos melhores locais da cidade. Integrado ao Hotel Parque, o Teatro do Parque sofreu sua primeira e grande intervenção no final da década de 1920. A mudança se deu com o intuito de modernizar a antiga estrutura e receber o glamour e as novas tecnologias das indústrias cinematográficas de 1930, período do cinema mudo no Brasil.

Segundo a arquiteta responsável pelo estudo técnico para a restauração do acervo de Bens Integrados ao edifício do Teatro do Parque, Simone Arruda, esta grande reforma, idealizada e realizada por Luiz Severiano Ribeiro, foi feita em 1929, transformando o espaço completamente 14 anos depois da inauguração. “Foram intervenções que promoveram significativas alterações com o propósito de adequar o antigo teatro ao funcionamento de um cinema moderno a exemplo dos que eram construídos no mesmo período Rio de Janeiro e que deram origem à Cinelândia. Há informações inclusive de que o investimento da reforma foi maior que o da construção”, ressalta Simone.

Ainda conforme Simone Arruda, com as intervenções, pouquíssimos elementos não foram modificados. “Peças do mobiliário, revestimentos de piso e pinturas murais, em estilo Renascença, que compunham a configuração original do teatro, foram substituídos nesta grande reforma de 1929, que introduziu no edifício os novos ambientes e uma decoração de inspiração Art Deco", explica. Entre estas substituições, a arquiteta destaca os murais originais da boca de cena, executadas por Henrique Elliot e Mário Nunes, que retratavam dançarinas espanholas e foram sobrepostos pela composição atualmente existente.

Outras obras que merecem destaque foram feitas a partir de década de 1950. A primeira foi a reforma empreendida na gestão do prefeito Augusto Lucena, em que se pretendeu ocultar toda a ornamentação, inclusive encobrindo com painéis de madeira as pinturas murais da boca de cena. A outra foi a intervenção de restauro inaugurada em 1988, que removeu esses e outros anteparos trazendo à luz parte da decoração remanescente.

Simone afirma que a pesquisa histórica possibilitou novas informações para traçar melhor a trajetória do centenário do edifício e identificar elementos decorativos que o Cine-Teatro do Parque possuía em 1929.

 

Artistas falam das perspectivas 

 

Renato Phaelante                                                   Cleuson Vieira                                                    Roberto Santana

Frequentador assíduo do Teatro do Parque como espectador e como ator, o teatrólogo Renato Phaelante lembra dos momentos vividos durante sua infância. “Foram épocas inesquecíveis! O Teatro do Parque faz parte da cultura e da infância de milhares de pernambucanos. Eu particularmente cresci no bairro da Boa Vista e frequente bastante as sessões de cinema e os espetáculos, durante toda a adolescência. Não tenho dúvida que eu absolvi uma cultura muito boa através do Parque”, falou. Ainda como ator, ele acrescenta: “Quando o Teatro de Amadores de Pernambuco pegou fogo pudemos contar com a estrutura do Parque e do Santa Isabel e guardo boas lembranças desses momentos”, recorda Phaelante.

O cantor Renato Santana, que trabalha com música há 35 anos, relembra com saudade os projetos oferecidos pelo equipamento. “São inúmeras as recordações. Sejam elas como apresentações no palco ou como espectador. Dentre as que marcaram, posso citar o show de Belchior, o lançamento do CD em homenagem ao centenário do frevo e a apresentação de Amelinha”, relembra. O artista ainda apontou o projeto Seis e Meia como um dos melhores. “De tempo em tempo, artistas do cenário nacional se apresentavam a preço popular, e isso era muito bom, mas infelizmente tudo se perdeu”, lamenta.

Quem também demonstra sua nostalgia é o ator Cleuson Ferreira. Ao Portal LeiaJá, o artista detalha com tristeza a leitura da situação feita pelo filho, que é autista, de nove anos, ao perceber que o Teatro não está mais funcionando. “Sempre tive o costume de trazer o meu filho ao Teatro do Parque, nas minhas apresentações e em várias outras. Com o fechamento, deixei de trazê-lo. Porém, um dia, depois de tanta insistência dele, o trouxe para ver o Teatro. Quando ele estava sentado e viu as cadeiras cobertas e empoeiradas, disse: 'o teatro acabou!' Neste momento meus olhos encheram de lágrimas. Acho que realmente está acabando”, conclui.

*Fotos: Líbia Florentino e Paulo Uchôa

A deputada estadual, Priscila Krause (DEM), visitou nesta quinta-feira (6), as obras do Teatro do Parque, no Centro do Recife, e afirmou que a restauração do espaço está parada em virtude do não pagamento da Prefeitura do Recife à empresa responsável. Segundo a democrata, no espaço prestes a completar 100 anos no dia 24 de agosto, havia apenas um vigilante e resquícios de pedras e areia na área externa, mas nenhum trabalhador.

Segundo Krause, de acordo com informações registradas no Portal da Transparência do governo municipal, a empresa responsável pela intervenção (Concrepoxi Engenharia Ltda.) recebeu o último pagamento em 22 de abril, cerca de três meses atrás. Dos R$ 8,2 milhões previstos para a obra, contratada por meio de licitação, a empresa recebeu R$ 391,87 mil  e de abril para agosto, nenhum novo pagamento foi quitado. 

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Para a democrata, a paralisação das obras é o pior presente que o Teatro do Parque poderia receber justamente no mês do seu centenário. "A gente já sabia que o Teatro não estaria em funcionamento no dia do seu centenário, mas estávamos menos apreensivos porque havia uma obra contratada e gente trabalhando, ou seja, havia um rumo. Tive informações de que pararam de pagar à empresa responsável e decidimos apurar. É lamentável chegar aqui e ver a situação de abandono", afirmou Priscila.

Após vistoria, Krause estuda, agora, uma reunião com artistas e produtores da cena local para realizar uma manifestação pela retomada das obras, em paralelo à comemoração dos cem anos. "É preciso que a cultura do Recife se una em prol da retomada dessas obras, é inadmissível chegarmos ao dia 24 (aniversário do Teatro) assistindo inertes a esse cenário", antecipou. 

 

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Uma ação da Prefeitura do Recife promete recuperar a estrutura física do tradicional Teatro do Parque, localizado na Rua do Hospício, Centro da cidade. Orçado em R$ 8,2 milhões, o primeiro grupo de serviços em execução tem obras estruturais, tais como troca da tubulação de drenagem, recuperação do telhado, da parte elétrica e hidráulica, além de revestimentos das paredes e recuperação dos adornos. Iniciado em janeiro deste ano, o trabalho de restauração tem como base a reforma realizada em 1929, que edificou o atual hall social do espaço cultural. Também está prevista a modernização do local atrelada a características tradicionais.

Relembre lendo também: Teatro do Parque: 20 meses fechado à espera de reforma 

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“Aqueles que conheceram o teatro ainda com as características de 29, vão se surpreender porque vão encontrar um equipamento todo recuperado e preservado em suas características originais”, explica a arquiteta Simone Osias, conforme informações da assessoria de comunicação. Atualmente, 40 trabalhadores estão atuando no local. Eles já demoliram o revestimento de paredes, divisórias e mobiliário fixo.

Segundo o presidente da Fundação de Cultura Cidade do Recife, Diego Rocha, o objetivo principal é que o Teatro do Parque seja devolvido à população mantendo suas características tradicionais, mas com serviços modernos. “Ao final das obras vamos entregar à cidade do Recife um equipamento histórico com suas características originais resgatadas, mas totalmente moderno com novos equipamentos cênicos e de projeção (para o cinema), de climatização, e acessível aos diversos públicos com as adaptações às Leis de Acessibilidade hoje em vigência”, disse Rocha, conforme a assessoria.

Entre os serviços de modernização prometidos pela Prefeitura do Recife estão novo tratamento acústico, modernização do sistema de áudio e vídeo para o cinema, aquisição de vestimenta cênica, nova climatização, implantação de novo projeto paisagístico e de modernos sistemas de segurança. A reforma também prevê instalação de rede de telefonia e internet, sistema de combate a incêndio e acessibilidade. 

De acordo com a Prefeitura do Recife, a substituição da coberta do palco foi finalizada, porém, o mesmo serviço continua na parte da plateia. A equipe de restauração também identificou o piso original em ladrilhos e a missão é justamente tentar recuperá-lo mantendo sua originalidade. A previsão é que toda a obra seja concluída em dois anos.

Sendo uma das parlamentares que mais cobrou uma reforma no Teatro do Parque, desde quando atuava na Câmara do Recife, a deputada estadual, Priscila Krause (DEM), escolheu a data emblemática desta quinta-feira (12), quando se comemora o aniversário do Recife, para visitar as obras restauração e ampliação do local. Garantindo homenageando a capital pernambucana pelos seus 478 anos, a democrata também relembrou que o espaço completará 100 anos de existência no mês de agosto e que está fechado desde 2010. 

"Esse ano eu não poderia comemorar o aniversário do Recife sem fazer uma menção especial ao Teatro do Parque, que deveria de fato ser o nosso grande homenageado em 2015. O Teatro, uma joia arquitetônica e histórica da nossa capital, chegará ao seu centenário fechado, mas fico satisfeita em ver que as coisas estão andando. Eu acho que qualquer esforço para dar um ritmo especial, uma atenção especial ao Teatro do Parque, será válida. Esse é um equipamento público que vale por mil", destacou a deputada. 

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Contratada por R$ 8,225 milhões pelo Gabinete de Projetos Especiais da PCR após Ordem de Serviço assinada pelo prefeito Geraldo Julio (PSB), a Concrepoxi Engenharia Ltda. tem um ano para entregar a obra (dezembro de 2015), mas os próprios funcionários trabalham com abril de 2016 como novo prazo. De acordo com acompanhamento do gabinete da deputada Priscila Krause, o Portal da Transparência da Prefeitura ainda não acusa nenhum empenho pago relativo à obra, fato que pode estar relacionado ao início da intervenção só ter sido destravado há um mês e meio. "Nós vamos manter nosso papel de acompanhar a obra do Teatro do Parque periodicamente. Essa é uma demanda de toda a cidade, um compromisso que nós pernambucanos temos com a cultura local", frisou a parlamentar. 

Ainda segundo Priscila Krause foram encontrados cerca de 20 funcionários trabalhando na demolição das estruturas danificadas, primeira etapa para efetuar a restauração.

*Com informações da assessoria

Nesta terça-feira (2), o Prefeito do Recife Geraldo Julio assina a autorização para o início da reforma do Teatro do Parque, no Centro do Recife. O equipamento cultural está fechado desde 2010, com cadeiras mofadas, paredes infiltradas, cupins e até animais, que foram encontrados pelo LeiaJá no local. Em nota, a Prefeitura do Recife afirmou que a obra já está licitada e deverá ser concluída em 24 meses, com um custo de R$ 8,2 milhões.

Na festa de 99 anos, Teatro do Parque segue fechado

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Em setembro de 2014, o movimento Teatro do Parque (Re)existe realizou um ato em frente ao teatro com diversas atividades culturais. O grupo é formado por estudantes, artistas e cidadãos de diversos segmentos e é a terceira vez que se manifestam em defesa do aparelho cultural, que está fechado desde 2010. Eles se dizem cansados de ouvir promessas e afirmam que permanecerão lutando pelo espaço cultural.

Cancelamentos e esvaziamento: retrato da Cultura do Recife

O Teatro do Parque completou 99 anos no último mês de agosto e o LeiaJá já havia adiantado com exclusividade que o espaço não estará reformado e aberto ao público para seu centenário. Segundo informação publicada no Diário Oficial do Município no dia 16 de agosto, a previsão é que os trabalhos durem 24 meses, com orçamento de R$ 8,2 milhões para reforma e aquisição de novos equipamentos. 

Movimento popular pede a volta do Teatro do Parque

"A intervenção contempla a recuperação e o restauro do edifício, a aquisição de novos equipamentos, implantação de um projeto paisagístico, recuperação do sistema de climatização, a substituição da coberta do equipamento e o redimensionamento e a substituição das calhas."

Teatro do Parque (Re)existe exige reabertura do espaço

Em entrevista ao Portal LeiaJá, o Gerente de Relações com a Imprensa da Prefeitura do Recife, Carlos Eduardo Santos, informou que em 2015 a obra deverá ser concluída. "Já está tudo pronto e licitado, assim que o Prefeito assinar, a obra já pode ter início e seguirá o prazo de 12 meses", disse. 

Um dos maiores teatros do Recife está fechado desde 2010

Atualização:

*A Prefeitura do Recife esclareceu no início da tarde desta terça (2) que a nota enviada mais cedo continha um erro. O prazo da obra não é de 12 meses, mas 24 meses como constava no edital lançado em agosto deste ano.

 

 

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