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Donald Trump declarou neste domingo (25) que sua guerra comercial com a China não causa tensão na cúpula do G7, apesar das preocupações expressas por vários outros líderes.

O presidente dos Estados Unidos também afirmou em Biarritz (sudoeste da França) que não pretende tomar outras medidas contra Pequim neste momento.

"Eu acho que eles respeitam a guerra comercial. Ela deveria acontecer", disse Trump a repórteres antes de uma reunião com outros líderes do G7, incluindo Emmanuel Macron, Angela Merkel e Shinzo Abe.

Questionado sobre possíveis críticas de seus colegas sobre o assunto, ele insistiu: "não, de forma alguma. Eu não ouvi isso".

Muitos líderes expressaram preocupações sobre o impacto negativo deste conflito comercial sobre a economia global e os mercados. Como o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, que declarou claramente a Donald Trump que é "a favor de uma paz comercial" e que "não gosta de impostos alfandegários".

Os mercados financeiros caíram após o anúncio de taxas adicionais americanas sobre um total de 550 bilhões de dólares em importações chinesas, em resposta a um novo aumento das tarifas chinesas.

O presidente americano admitiu ter algumas dúvidas sobre a conveniência de intensificar sua guerra comercial. Ele apontou que se absteria, no momento, de declarar um estado de emergência nacional que permitiria, segundo ele, ordenar que as empresas americanas deixem a China.

"Eu tenho o direito, se eu quiser. Posso declarar estado de emergência nacional. Mas não tenho essa intenção por enquanto", disse ele.

Em contrapartida, o republicano garantiu que está "muito perto" de concluir um "grande" acordo comercial com o Japão. Washington e Tóquio "trabalham nesse acordo há cinco meses", disse, antes de se reunir com Boris Johnson.

Na sexta-feira, Donald Trump ameaçou Pequim com medidas drásticas, tuitando que "as empresas americanas têm ordens para começar imediatamente a procurar uma alternativa à China".

Apesar de seus comentários mais sutis neste domingo, Trump defendeu sua estratégia em relação à China, a quem ele acusa de "roubo de propriedade intelectual da ordem de 300 a 500 bilhões de dólares por ano".

"Estamos perdendo um total de cerca de US$ 1 trilhão por ano. E, sob muitos aspectos, é uma emergência", disse ele.

Como vem dizendo há meses, o presidente americano reafirmou que a China acabará cedendo às demandas e mudando sua relação comercial com os Estados Unidos. "Estamos em discussões, eles querem um acordo tanto quanto nós", assegurou.

Ministros da Defesa da Rússia e Venezuela se encontraram hoje (15) em Moscou. Na ocasião, ambos os países firmaram acordos que permitem visitas mútuas de navios de guerra a portos de ambos os países.

O acordo foi firmado durante o encontro do ministro da Defesa da Rússia, Sergey Shoigu, com seu homólogo venezuelano Vladimir Padrino López em Moscou, Rússia.

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Os ministros também discutiram a atual situação política no país sul-americano e formas de cooperação técnica militar, tal como assinaram um acordo que permite aos navios de guerra de ambos os países visitarem os portos respectivos.

"Estamos observando atentamente os eventos na Venezuela. Vemos que há em curso uma forte pressão por parte de Washington para desestabilizar o país de uma maneira sem precedentes. Apoiamos os esforços do governo do país em sua política externa independente e contra as tentativas dos EUA de remover do poder um governo legalmente eleito", disse Shoigu durante encontro.

O ministro russo também disse que as Forças Armadas do país latino-americano são a garantia de manutenção da integridade territorial da república e da ordem estabelecida.

Da Sputnik Brasil

O vídeo do primeiro voo do mais novo drone militar russo Okhotnik foi publicado pelo Ministério da Defesa da Rússia na quarta-feira (7). Os voos de teste estão sendo realizados em um aeródromo do Ministério.

O primeiro voo da aeronave não tripulada Okhotnik durou mais de 20 minutos. A aeronave sobrevoou o território do aeródromo a uma altitude de cerca de 600 metros e depois disso aterrissou com sucesso, informa o Ministério da Defesa da Rússia.

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O Okhotnik foi desenvolvido com uso de materiais e revestimentos que o tornam praticamente imperceptível à detecção por radar e tem a forma de "asa voadora". Além disso, ele está equipado com aparelhos para diferentes tipos de operações de inteligência.

Em entrevista à agência RT, Eduard Bagdasarian, membro da Associação de Operadores e Desenvolvedores de Sistemas Aéreos Não Tripulados, afirmou que ainda não existem análogos do Okhotnik no mundo. O especialista sublinhou que pelo peso de sua carga útil o aparelho só cede um pouco perante as aeronaves mais modernas da Força Aeroespacial da Rússia.

"O Okhotnik é semelhante ao RQ-4 Global Hawk norte-americano pelo tipo de missões realizadas, mas estruturalmente os aparelhos são completamente diferentes. O Okhotnik poderá levar até 7-8 toneladas de munições – quase tanto como um caça-bombardeiro. Nenhum drone militar no mundo tem essa capacidade", contou Eduard Bagdasarian.

Segundo a opinião dos especialistas, o drone será capaz de cumprir missões militares a centenas ou milhares de quilômetros do local do lançamento. A aeronave foi produzida pela Sukhoi, fabricante russa de aeronaves civis e militares. Depois de terminar os testes oficiais, o drone vai ser incorporado no equipamento da Força Aeroespacial da Rússia.

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Da Sputnik Brasil

O presidente Jair Bolsonaro prometeu nesta terça-feira, 23, não deixar mais obras paradas no País, mas afirmou que não vai aplicar recursos no que considera projetos com fins eleitorais. "Obras eleitoreiras não aconteceram mais a partir do meu governo", disse Bolsonaro durante ato de inauguração do aeroporto Glauber Rocha, em Vitória da Conquista (BA).

Na véspera, o governo Bolsonaro anunciou um bloqueio adicional de R$ 1,4 bilhão no Orçamento e revisou a previsão de crescimento da economia de 1,6% para 0,8%. Falando a apoiadores que o aguardavam confinados numa espécie de comício do lado de fora do aeroporto, o presidente admitiu "dificuldades" da economia.

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"Nosso governo não tem muito recursos. O Brasil está com dificuldades, mas o pouco que temos muito bem empregaremos", disse Bolsonaro, usando no palanque um chapéu de vaqueiro.

A construção do aeroporto foi realizada com recursos do governo federal e do governo do Estado. Como o presidente decidiu participar do evento, o Palácio do Planalto assumiu a organização e forneceu um número reduzido de convites ao governo baiano (100 de um total de 600 convidados), o que causou atrito com o governador Rui Costa (PT). O petista desistiu de ir à cerimônia pública e não autorizou que a Polícia Militar fosse empregada na segurança - feita, por consequência, pelo Exército, Polícia Federal e Polícia Rodoviária Federal.

"Não é uma obra minha, nem de qualquer outro presidente ou qualquer governador. É uma obra feita com dinheiro do povo brasileiro", disse Bolsonaro. "Lamento muito o governador não estar aqui, afinal de contas ele estaria ao lado do seu povo. Nós não temos qualquer preconceito. Não queremos dividir partidos. Não aceitamos, obviamente, o socialismo e o comunismo. Não admitimos mudar a cor da nossa bandeira. Não podemos admitir qualquer partido que queira solapar os valores familiares. Não podemos admitir quem queira deixar de lado, desrespeitar religiões. O Estado é laico, mas nós somos cristãos", discursou o presidente, a uma plateia fechada.

Conforme o Ministério da Infraestrutura, o aeroporto será aberto para voos comerciais na quinta-feira, dia 25, e beneficiará cerca de 2,3 milhões de pessoas da região. O custo foi de R$ 105,8 milhões - sendo R$ 74,6 milhões repassados pela União. A autorização e o envio dos recursos ocorreram em governos do PT.

Em disputa política com a oposição no Nordeste, o presidente Jair Bolsonaro cedeu nesta terça-feira, 23, espaço privilegiado ao prefeito de Salvador, ACM Neto (DEM), maior adversário político do PT na região, durante inauguração do Aeroporto Glauber Rocha, no interior da Bahia. Bolsonaro sinalizou que deseja, um dia, que ACM Neto ocupe a Presidência da República.

"Conheci o velho ACM (o ex-governador e ex-senador Antonio Carlos Magalhães) no final dos anos 80, quando eu era vereador no Rio de Janeiro. Homem forte, combativo, leal e preocupado com seu povo da Bahia, deixou bons frutos. Lá na frente, se Deus quiser, você (ACM Neto) ocupará um dia a honrosa cadeira que ocupo", discursou Bolsonaro a uma plateia de empresários e políticos locais.

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ACM Neto dividiu o palco com a comitiva presidencial, ao lado de Bolsonaro, e discursou sobre a inauguração do aeroporto para convidados e para populares, em dois palanques separados. Foi anunciado à população, pelo presidente, como um "amigo". Disse que o povo baiano é generoso e que a obra não tem dono político.

"Vejo, presidente, nos últimos dias, instaurar-se uma polêmica absolutamente desnecessária. Quero parabenizar a postura do senhor, que disse claramente que essa obra não é do político A ou do político B, do partido A ou do partido B. Essa obra é do povo", afirmou ACM Neto, dizendo que os baianos são têm "independência".

"O povo baiano lhe recebe com muita emoção. Estamos realizando um sonho em Vitória da Conquista. Eu participei do início da mobilização pela construção desse aeroporto, era deputado federal, e na época colega do presidente Jair Bolsonaro."

Presidente nacional do DEM, partido que tem três ministros na equipe do governo federal, ele é tido como futuro candidato ao governo da Bahia, na sucessão de Rui Costa (PT), atual governador, que se recusou a participar da cerimônia desta terça.

O ministro da Infraestrutura, Tarcísio Freitas, disse que "há carinho com o Nordeste" no governo e prometeu inaugurar em novembro obras no Aeroporto de Salvador.

Polêmica

A inauguração do aeroporto acontece em meio à tensão entre Bolsonaro e governadores da região Nordeste. Na sexta-feira passada, dia 19, em áudio captado pela TV Brasil, Bolsonaro faz referência à região e diz que o governo federal não devia dar "nada" para o governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB). Também chamou nordestinos de "paraíbas", termo jocoso muito usado no Rio em referência ao povo do Nordeste.

O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta terça-feira, 23, ter "repulsa por quem não é brasileiro" e criticou "xiitas ambientais", que, segundo ele, prejudicam o desenvolvimento do turismo no Brasil e a imagem do País no exterior. Bolsonaro falava sobre a intenção de revogar a proteção ambiental da Estação Ecológica de Tamoios, no litoral do Rio de Janeiro, durante a cerimônia de inauguração do Aeroporto Glauber Rocha, em Vitória da Conquista, interior da Bahia.

"Eu tenho um sonho. Quero transformar a baía de Angra (dos Reis, no Rio de Janeiro) numa Cancún (balneário mexicano no Caribe). Cancún fatura U$ 12 bilhões anuais. E a baía de Angra fatura o quê? Quase zero, por causa dos xiitas ambientais, esses que fazem uma campanha enorme contra o Brasil lá fora. Eu não sei por que essa gente tem tanto amor por ONGs estrangeiras. O Estado está aparelhado. Não temos preconceito contra ninguém, mas temos uma profunda repulsa por quem não é brasileiro", disse o presidente.

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A inauguração do Aeroporto Glauber Rocha, em Vitória da Conquista (BA), evidenciou o clima tenso entre políticos do Nordeste e Jair Bolsonaro após comentários do presidente sobre governadores da região. O terminal, localizado a 518 quilômetros da capital baiana, será inaugurado nesta terça-feira (23) pelo presidente sem a presença do governador do Estado, o petista Rui Costa.

Na sexta-feira (19) passada, em áudio captado pela TV Brasil, Bolsonaro faz referência à região e diz que o governo federal não devia dar "nada" para o governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB). Há trechos inaudíveis da conversa em que não é possível entender o contexto. O presidente negou que no rápido diálogo com o ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, tenha classificado os governadores do Nordeste pelo termo "paraíba" - forma pejorativa usada principalmente no Rio para se referir aos imigrantes da região.

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O clima com os políticos locais, porém, ficou estremecido. Bolsonaro acusou os governadores de "manipular" eleitores nordestinos. Costa afirmou nesta segunda-feira (22) que não vai participar da cerimônia de inauguração do aeroporto. Em um vídeo nas redes sociais, ele alegou que o evento se transformou em uma "convenção político-partidária".

O governador do PT afirmou que durante a organização da cerimônia, na semana passada, convidou o presidente e sua comitiva como um "aceno de boas maneiras". Na versão de Costa, o governo federal estabeleceu que, de 300 pessoas convidadas para o evento, o Estado teria direito a indicar 70. Depois, decidiu que seriam 600 convidados - e que o petista teria direito de chamar 100.

A reportagem tentou contato com a assessoria da Presidência, mas não obteve resposta até a conclusão desta matéria.

O porta-voz da Presidência, Otávio do Rêgo Barros, afirmou nesta segunda que Bolsonaro destacou ser importante inaugurar o aeroporto pelo estímulo ao turismo e à economia local. Segundo ele, o Planalto não se preocupa com eventuais críticas ao presidente ou protestos no evento. "Em qual cidade nosso presidente chega e não é ovacionado? Em todas. E não seria diferente na cidade onde temos apreço pelo prefeito e pelo povo", disse o porta-voz.

À reportagem, Costa disse que desistiu de ir à cerimônia para não "ficar fazendo trampolim para debate político, debate ideológico". "Eu que convidei o governo federal e tenho 100 credenciais? O sentimento é de perplexidade: você pega um governador, em tese de um partido de oposição a ele (Bolsonaro), que faz um aceno de generosidade, de boas maneiras, e em vez de o presidente vir de forma generosa, de negociar com o Estado as condições, de compartilhar conosco a organização, chega impondo condições inaceitáveis?", questionou.

Na eleição do ano passado, o candidato do PT ao Planalto, Fernando Hadad, teve uma votação expressiva na Bahia: cerca de 5,5 milhões de votos (72,6%) no segundo turno, ante 2,06 milhões (27,3%) obtido por Bolsonaro. O então candidato do PSL só venceu em quatro municípios baianos.

Ao todo, o aeroporto de Vitória da Conquista recebeu investimento de R$ 106 milhões, dos quais R$ 75 milhões oriundos do governo federal e R$ 31 milhões da administração estadual. O novo terminal, com pista de pouso e decolagem de 2.100 metros com 45 metros de largura, terá o dobro de capacidade do antigo, podendo ampliar para sua movimentação para 500 mil passageiros até 2020. Políticos locais disputaram a paternidade da obra. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A tensão no Estreito de Ormuz, a rivalidade entre Arábia Saudita e Irã e a proximidade de Donald Trump com Riad têm impulsionado a compra de armas americanas pelo reino saudita. Por trás das vendas bilionárias está a aposta do presidente, que acredita que os acordos criem empregos em Estados-chave para sua reeleição, no ano que vem.

A Câmara dos Deputados dos EUA barrou, na semana passada, um novo pacote de venda de armas para Arábia Saudita e Emirados Árabes no valor de US$ 8 bilhões, com o argumento de que elas estavam sendo usadas em massacres de civis por tropas sauditas no Iêmen e evitar que Trump drible o Congresso em questões de política externa e segurança nacional.

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Os pacotes de venda de armas precisam ter autorização do Legislativo. No último deles, no entanto, o presidente alegou "necessidade emergencial" para concluir a venda. Durante o governo Trump, as compras sauditas cresceram 92% em comparação com o último ano da presidência do democrata Barack Obama, segundo levantamento do Instituto Internacional de Pesquisa da Paz em Estocolmo (Sipri, na sigla em inglês).

Em 2016, os sauditas compraram US$ 1,7 bilhão em armas americanas. Esse valor, em 2018, cresceu para US$ 3,35 bilhões. Ainda de acordo com o Sipri, a Arábia Saudita respondeu, no ano passado, por 12% das compras mundiais de armas. Entre 2014 e 2018, o volume de compras de armamentos dos sauditas cresceu 192%.

Analistas são unânimes em atribuir ao menos três razões para essa corrida saudita por armas. O primeiro deles é o conflito com os rebeldes da etnia houthis no Iêmen. A minoria xiita, respaldada pelo Irã, luta pelo controle do país desde a queda de Ali Abdullah Saleh, na esteira da Primavera Árabe, que trouxe instabilidade à região. Os sauditas não aceitam a influência xiita na Península Arábica.

Para Seth Binder, do Projeto sobre Democracia no Oriente Médio, as vendas de armas sob o governo Trump subiram com relação ao período de Obama, que costumava vetar algumas exportações em razão do conflito no Iêmen. "O governo Trump apoiou significativamente a Arábia Saudita no conflito com os houthis", avalia Binder.

O segundo fator que contribui para o aumento na compra de armas americanas pelos sauditas é a crescente tensão com o Irã. Desde que assumiu o poder, Trump tem criticado Teerã e se colocado contra o acordo nuclear alcançado por Obama, em 2015. No ano passado, o pacto foi abandonado pelos EUA, com o apoio tácito da Arábia Saudita, rival regional dos iranianos.

Outro ponto que facilita os negócios entre Washington e Riad é a proximidade de Trump com a casa real da família Saud. Em uma de suas primeiras viagens internacionais, o presidente se aproximou do rei Salman e do príncipe Mohamed Bin Salman, líder de fato do país. O genro de Trump, Jared Kushner, também é um interlocutor do príncipe, acusado de ser o mandante do assassinato, na Turquia, do jornalista saudita Jamal Khashoggi, um duro crítico da monarquia.

Jeff Abramson, pesquisador da Arms Control Association, ressalta que Trump sempre teve os sauditas como foco. "Ele acredita que essas vendas são importantes para sua política externa", diz.

"Trump quer os benefícios das vendas de armas para a Arábia Saudita porque criam empregos em Estados-chave, que serão muito importante para ele na disputa pela reeleição, em 2020", afirma William Hartung, do Center for International Policy.

Para entender

A revolução de 1979 no Irã levou à derrota do xá Reza Pahlevi e mudou as relações entre o que se tornaria uma república islâmica xiita e o reino saudita, de maioria sunita.

Para a Arábia Saudita, a Revolução Islâmica marcou uma tentativa de destronar seu papel hegemônico na região, especialmente porque Teerã tentou exportar sua revolução para outros países do Golfo Pérsico.

Durante a guerra Irã-Iraque, entre 1980 e 1988, os sauditas e os EUA apoiaram Saddam Hussein. Após a revolução, o Irã começou a ser visto pelo Ocidente como uma ameaça para a segurança em razão de suas ambições nucleares. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Policiais e manifestantes voltaram a se enfrentar neste domingo em Hong Kong, mantendo a pressão sobre um polêmico projeto de lei que permite extradições para a China continental.

A polícia usou spray de pimenta e cassetete contra grupos de manifestantes que tomaram uma estrada em Sha Tin, distrito que fica entre a principal aglomeração urbana ao redor do porto e a fronteira com a China.

Manifestantes mascarados responderam construindo barricadas com cercas de metal e houve um confronto com a polícia de choque

Os piores enfrentamentos ocorreram durante a noite em um shopping center, onde centenas de manifestantes fugiram depois que a polícia removeu as barricadas, constataram jornalistas da AFP.

A ex-colônia britânica está há semanas mergulhada em sua pior crise na história recente, com manifestações gigantescas que, em alguns casos, levaram a violentos confrontos entre a polícia e uma minoria de manifestantes mais radicais.

"Já marchamos tantas vezes, mas o governo ainda não nos escutou. Tem nos forçado a sair às ruas todos os dias", disse Tony Wong, de 24 anos, que participou da marcha de Sha Tin.

- "É um momento perigoso" -

Os manifestantes não baixam a pressão. Esta é a quinta semana consecutiva de protestos em massa contra o governo local, que é apoiado pela China.

As grandes manifestações levaram, em alguns casos, a confrontos violentos entre a polícia e uma minoria mais radical de participantes dos protestos.

Em 1º de julho, manifestantes, muitos deles mascarados, invadiram o parlamento local e causaram sérios danos.

O projeto de lei foi retirado, mas não totalmente excluído, o que não acalmou a situação. O movimento tornou-se mais amplo, exigindo reformas democráticas e o fim da erosão das liberdades neste território semi-autônomo.

Os manifestantes também exigem uma investigação independente sobre o uso de gás lacrimogêneo e balas de borracha pela polícia, uma anistia para os detidos e a renúncia da chefe do governo de Hong Kong, Carrie Lam.

Muitos dos manifestantes consideram os protestos como uma luta existencial contra a crescente influência de Pequim no território.

"É um momento perigoso, as pessoas de Hong Kong podem escolher morrer ou viver, estamos no fio da navalha, mas ainda não estamos mortos", declarou JoJo So, uma manifestante de 50 anos.

O governo chinês reafirmou apoio a Lam e pediu que os envolvidos no ataque ao Parlamento e em confrontos violentos sejam perseguidos.

Na noite de domingo, o governo de Hong Kong condenou "fortemente esses atos ilegais" nos protestos, destacando que as estradas foram bloqueadas e os agentes atacados.

No sábado também houve confrontos entre manifestantes e policiais, que na ocasião se concentraram nas atividades dos mercadores que chegavam do outro lado da fronteira com a China.

Esta crise é a mais grave enfrentada pelas autoridades de Pequim em Hong Kong desde 1997, quando a cidade retornou ao controle chinês.

Boris Johnson jogou a carta do otimismo e Jeremy Hunt, a da honestidade, no único debate cara a cara previsto entre os dois candidatos ao cargo do primeiro-ministro britânico, que esteve dominado pelo Brexit.

Hunt, ministro das Relações Exteriores, e o ex-prefeito e também ex-chefe do Foreing Office Boris Johnson participam de uma corrida cujo vencedor será conhecido em 23 de julho, depois que os 160 mil militantes do Partido Conservador britânico tiverem eleito nas primárias quem será o futuro primeiro-ministro do Reino Unido.

"Quero saber até que ponto são sólidos os seus compromissos - se não nos tirar da União Europeia em 31 de outubro, você vai se demitir?", disparou Jeremy Hunt a Boris Johnson, que é o favorito, na emissora ITV.

Desde o começo de sua campanha, Johnson reiterou que o Reino Unido sairá da União Europeia em 31 de outubro, com um acordo renegociado do Brexit ou sem ele. A data do divórcio com a UE foi adiada de 29 de março para 31 de outubro, depois que o acordo alcançado por May em novembro foi rechaçado três vezes pelo Parlamento britânico.

Embora inicialmente tenha evitado responder, Johnson, que assegurou que o Reino Unido deixaria o bloco continental em outubro, por fim acabou declarando: "não quero gerar expectativas na UE de que poderiam incentivar minha demissão caso se recusem a fechar um acordo".

"Boris em Downing Street, então isso é a única que coisa qur importa", respondeu Hunt.

Os dois candidatos querem voltar a negociar com a UE o acordo de Theresa May, algo que o bloco descarta.

Durante o debate, Hunt quis destacar seus dotes de negociador como ex-empresário de sucesso, enquanto Johnson enalteceu sua determinação ante Bruxelas para não ceder em nada.

"Não acho que terminemos com uma saída sem acordo", disse Johnson, embora tenha relativizado que os custos de um "no deal" seriam "muito pouco perceptíveis [...] se estivermos preparados".

O Reino Unido "precisa de um pouco de otimismo, francamente", afirmou. "Já demonstramos derrotismo demais", ao que Jeremy Hunt respondeu, acusando-o de ter como único problema um "otimismo cego".

"Se quisermos fazer com que o Brexit seja um êxito, não se trata de mostrar um otimismo cego, mas compreender os detalhes que nos permitam obter o acordo mais bem adaptado ao nosso país", defendeu Hunt, destacando que tinha um plano de dez pontos em caso de uma saída sem acordo.

Nicolás Maduro, anunciou nesta sexta-feira (5) que deu a ordem às Forças Armadas para realizar novos exercícios militares, no dia 24 de julho, para defender as fronteiras da Venezuela.

"Eu dei ordens para novos exercícios militares, exercícios militares que serão desenvolvidos em 24 de julho (...) para a defesa do Mar do Caribe, as costas venezuelanas e as fronteiras venezuelanas, especialmente para testar nossos planos de defesa nacional", disse Maduro.

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Moscou continuará reforçando o potencial das Forças Armadas venezuelanas, declarou o vice-ministro das Relações Exteriores, Sergei Ryabkov.

"Nós vamos, certamente, no âmbito dos acordos existentes, realizar atividades que permitam reforçar o potencial das Forças Armadas deste país", afirmou Ryabkov a jornalistas.

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Ryabkov enfatizou que o foco vai ser os equipamentos enviados à Venezuela, descartando as especulações de que a Rússia possui militares instalados no território venezuelano.

"Quero ressaltar que se trata especificamente de trabalhar com equipamentos que foram fornecidos. É preciso trabalhar sistematicamente, com calma e sem se atentar às intrigas dos inimigos”, disse o vice-chanceler russo.

O vice-ministro também enfatizou que os EUA seguem planejando meios de desestabilizar a situação na Venezuela, observando que esses esforços fracassam devido ao apoio público às autoridades legitimamente eleitas.

Tentativa norte-americana

Os EUA reconhecem o presidente da Assembleia Nacional, Juan Guaidó, como presidente interino da Venezuela. Contudo, os esforços que os opositores de Maduro vêm fazendo desde o início do ano se mostraram infrutíferos, tendo fortalecido o atual governo nas últimas semanas.

Além dos EUA, outros 54 países reconhecem Guaidó como líder da Venezuela. No entanto, Rússia, China, Irã e vários outros países reconhecem Maduro eleito constitucionalmente como o presidente legítimo da Venezuela.

A Rússia disse que os EUA estão estrangulando a Venezuela com sanções, na tentativa de arrastar a nação latino-americana para o caos.

Da Sputnik Brasil

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, foi alvo de piadas dos internautas iranianos nesta terça-feira, depois de anunciar na véspera sanções financeiras contra o aiatolá Ruholla Khomeini, morto em 1989.

"Os ativos do aiatolá Khomeini e de seu gabinete não ficarão de fora das sanções", afirmou Trump ao ler o texto que anunciava a assinatura de um decreto que impede ao "guia supremo (iraniano), sua equipe e outras pessoas de seu entorno mais próximo acesso a recursos financeiros essenciais".

Problema: o guia supremo do Irã é o aiatolá Ali Khamenei, que assumiu a liderança da República Islâmica após a morte de seu fundador e primeiro guia, Khomeini, em 1989.

"Trump não sabe que o aiatolá Khomeini está morto e que o aiatolá Khamenei dirige o Irã", escreveu Sara Massumi, do jornal reformista Etemad.

Os usuários do Twitter não perderam a oportunidade.

"Khamenei disse uma vez 'Ronald' ao invés de 'Donald'", tuitou @danialshaigan, ao recordar um lapso do guia supremo durante um discurso no qual mencionou o nome do presidente americano. "Trump teve sua revanche", completou.

"Este Narciso (Trump) espera (que um morto) ligue para ele?", questionou de modo irônico @saeedIran, em referência a declarações de Trump de 9 de maio sobre o Irã: "Gostaria que me ligasse (...) estamos dispostos a conversar".

@BahramAsadzadeh citou uma conspiração dentro do governo dos Estados Unidos contra Trump: "Fazem ele parecer um palhaço", escreveu sobre o texto do americano.

"Veja, ele está lendo em voz alta" e, ao mesmo tempo, outros "juntam evidências para provar que ele é insano", afirma outro tuite.

Em meio à tensão entre Irã e EUA, a Arábia Saudita confirmou ontem que drones carregados com explosivos atingiram poços de petróleo perto de Riad, capital saudita. O ataque, classificado de "terrorista" pelo governo saudita, ocorreu dois dias após petroleiros do país serem sabotados na costa dos Emirados Árabes.

Ontem, rebeldes houthis do Iêmen assumiram a autoria da ação. A TV Al-Massirah, controlada pelos houthis, confirmou a realização de uma "operação militar contra alvos sauditas com sete drones". Os houthis têm atacado cidades sauditas, mas foi a primeira vez que uma instalação da Aramco, estatal do petróleo, foi atingida.

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A Arábia Saudita e os Emirados Árabes lideram a aliança sunita - apoiada pelo Ocidente - que interveio no Iêmen em 2015 contra os houthis, que são xiitas e têm apoio do Irã. O conflito é considerado uma guerra indireta entre sauditas e iranianos. Os houthis negam ter relação com Teerã e garantem que lutam contra a corrupção. O conflito deixou milhares de mortos e levou a ONU a qualificá-lo como "a maior crise humana da atualidade".

O ministro saudita da Energia, Khalid al-Falih, disse ontem que a produção de petróleo e as exportações não foram interrompidas. Na segunda-feira, a Arábia Saudita denunciou um ataque contra dois petroleiros. Horas antes, autoridades dos Emirados haviam informado sobre sabotagem em quatro de seus navios perto do Estreito de Ormuz. Um quinto do consumo global de petróleo passa pelo canal, que separa o Irã da Península Arábica.

O Irã tornou-se um dos principais suspeitos das sabotagens. Os EUA disseram que os iranianos foram os autores dos atentados, mas Teerã nega e diz que o objetivo dos ataques é "causar uma guerra". Recentemente, Washington aumentou as sanções contra Teerã, dizendo que quer reduzir as exportações de petróleo iraniano a zero, depois de abandonar o pacto nuclear de 2015, firmado entre Irã e potências globais. "Precisamos investigar para entender o que aconteceu", disse John Abizaid, embaixador dos EUA na Arábia Saudita. "Um conflito não é de interesse do Irã, nosso ou da Arábia Saudita."

Ontem, autoridades iranianas acusaram os americanos de "orquestrarem um incidente" para causar uma guerra. O chanceler do Irã, Mohamed Zarif, disse que "as tensões continuam a subir porque forças americanas se dirigem à região". O líder supremo do Irã, o aiatolá Ali Khamenei, disse que não vai negociar com os EUA, mas garantiu que não haverá nenhuma guerra. "Este caminho não interessa a ninguém", disse.

Para Trista Parsi, professor de Relações Internacionais da Universidade de Georgetown, a crise é um erro estratégico dos EUA. "Os americanos forçaram uma situação, uma crise desnecessária com um país que estava seguindo as regras de um acordo bom para todas as partes. Só chegamos a este estágio porque Trump deixou o acordo e colocou no comando John Bolton, que há 20 anos busca uma guerra com o Irã", afirmou Parsi ao jornal O Estado de S. Paulo, em referência ao conselheiro de Segurança Nacional de Trump.

Segundo o New York Times, o secretário de Defesa dos EUA, Patrick Shanahan, apresentou um plano militar que prevê o envio de até 120 mil soldados à região, caso o Irã ataque forças americanas ou avance seu programa nuclear. A revisão do plano foi ordenada por Bolton.

O plano reflete a influência de Bolton no governo Trump, cuja tentativa de confronto com Teerã foi ignorada há mais de uma década pelo presidente George W. Bush. Bolton teve papel significativo no projeto de invasão do Iraque que derrubou Saddam Hussein.

Algumas autoridades americanas disseram que os planos mostram como o Irã se tornou perigoso. Outros, que pedem diplomacia, afirmaram que o plano aumenta as tensões com o Irã. Aliados europeus, que se reuniram com o secretário de Estado americano, Mike Pompeo, disseram que as tensões podem causar um conflito.

Os 120 mil soldados são uma força parecida com a usada pelos EUA na invasão do Iraque, em 2003. A mobilização daria a Teerã mais alvos para atacar, arriscando enredar os EUA em um conflito prolongado. Isso também reverteria anos de recuo americano no Oriente Médio, desde que Barack Obama decidiu retirar suas tropas do Iraque, em 2011.

Donald Trump, criticou a reportagem do Times. "Acho que é notícia falsa. Se eu faria isso? Com certeza. Mas não planejamos isso. E, se fizéssemos, enviaríamos muito mais tropas do que isso", disse. (Com agências internacionais)

 

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A tensão aumentou nesta segunda-feira no Golfo, onde vários navios foram alvos de "atos de sabotagem", de acordo com a Arábia Saudita e os Emirados Árabes Unidos, ao mesmo tempo que o chefe da diplomacia americana alterou sua agenda para discutir a questão do Irã com os países europeus.

As autoridades da Arábia Saudita, aliada dos Estados Unidos, anunciaram nesta segunda-feira "atos de sabotagem" contra navios sauditas nas costas dos Emirados Árabes Unidos, outro país próximo a Washington que reforçou sua presença militar no Golfo em consequência da tensão com o Irã.

"Dois petroleiros sauditas foram alvos de atos de sabotagem na zona econômica exclusiva dos Emirados Árabes Unidos, na costa do emirado de Fuyaira, quando estavam prestes a entrar no golfo da Arábia", afirmou o ministro da Energia, Khalid Al Falih, citado pela agência oficial SPA.

No domingo, o governo dos Emirados Árabes Unidos também citou "atos de sabotagem" contra quatro navios comerciais de várias nacionalidades no leste do emirado de Fuyaira, sem identificar os autores do que considerou um evento "grave".

No Irã, as autoridades julgaram "preocupantes" os "atos de sabotagem" contra navios e pediram uma investigação.

"Estes incidentes no mar de Omã sã preocupantes e lamentáveis", declarou Abbas Musavi, porta-voz do ministério das Relações Exteriores em Teerã, que pediu uma investigação e advertiu contra a "aventura de atores estrangeiros" na zona para perturbar a navegação marítima.

O ministro saudita da Energia afirmou que as ações contra os petroleiros do país não provocaram vítimas ou vazamentos, mas causaram "danos significativos às estruturas de dois navios".

Um dos petroleiros seguia viagem para receber sua carga de petróleo no terminal saudita de Ras Tanura para uma entrega a clientes americanos.

O ministério saudita das Relações Exteriores condenou o "ato criminoso", que representa uma "séria ameaça" à navegação marítima e "uma incidência nefasta para a paz e a segurança regional e internacional".

Assim como o governo dos Emirados Árabes Unidos, a Arábia Saudita não apontou nenhum culpado. Os dois países não detalharam o tipo sabotagem sofrido pelos navios.

No domingo, as autoridades dos EAU pediram à comunidade internacional "tomar responsabilidades para evitar que se cometam este tipo de ações por partes que buscam atentar contra a segurança da navegação".

O porto de Fuyaira é o único terminal nos Emirados Árabes Unidos situado na costa do mar da Arábia, contornando o estreito de Ormuz, por onde circula a maior parte das exportações de petróleo do Golfo.

Em diversas ocasiões o Irã ameaçou fechar o estreito, muito estratégico, crucial para a navegação mundial e o fornecimento de petróleo, em caso de confronto militar com os Estados Unidos.

O anúncio dos incidentes acontece em um momento de tensão entre Washington e Teerã após o reforço das sanções americanas contra o regime iraniano, que suspendeu alguns compromissos sobre seu programa nuclear.

Na sexta-feira, o governo americano anunciou o envio à região de um navio de guerra transportando veículos, sobretudo anfíbios, e de uma bateria de mísseis Patriot, somados ao deslocamento de um porta-aviões e de bombardeiros B-52.

O chefe da diplomacia americana, Mike Pompeo, viaja a Bruxelas nesta segunda-feira para abordar "questões urgentes", em particular o Irã, com autoridades europeias, informou o Departamento de Estado.

A Coreia do Norte testou múltiplos lança-foguetes de longo alcance e armas táticas teleguiadas em "exercícios" supervisionados pelo líder norte-coreano Kim Jong Un, reportou neste domingo (noite de sábado, 4, no Brasil) a agência estatal KCNA.

A agência informou que os exercícios foram realizados no sábado, quando a Coreia do Norte disparou mísseis de curto alcance na direção do mar do Japão.

"O objetivo destes exercícios foi inspecionar as capacidades operacionais e a precisão de disparo dos lança-foguetes múltiplos de grosso calibre, assim como as armas táticas teleguiadas", acrescentou a agência, informando que os disparos foram direcionados para o mar do Japão.

O presidente Jair Bolsonaro não descartou a hipótese de permitir a entrada no país de tropas dos Estados Unidos para uma eventual ação militar na Venezuela.

Questionado sobre o assunto durante uma coletiva de imprensa com Donald Trump, Bolsonaro foi evasivo. "Há pouco permitimos que alimentos fossem alocados em Boa Vista por parte dos americanos, para que a ajuda humanitária se fizesse presente. No momento, estamos nesse ponto, mas o que for possível fazer juntos, o Brasil estará a postos para cumprir sua missão", disse o presidente.

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Em seguida, respondendo a outra pergunta, Bolsonaro ressaltou que "certas informações não podem ser debatidas de forma pública". "Tem certas questões que, se você divulgar, deixam de ser estratégicas", reforçou.

Trump, por sua vez, reiterou que "todas as opções estão abertas" e que ainda pode aplicar sanções mais duras antes de tentar uma alternativa militar. "Vamos ver o que acontece", disse. Durante um pronunciamento antes da coletiva, o presidente dos EUA havia afirmado que "chegou a hora final do socialismo" no Ocidente, já buscando atacar possíveis concorrentes nas eleições de 2020.

"A última coisa que queremos em nosso país é o socialismo", declarou. Diversos pré-candidatos democratas, como Bernie Sanders e Elizabeth Warren, defendem ideias socialistas e podem desafiar Trump na próxima corrida pela Casa Branca.

Questionado sobre as eleições, Bolsonaro disse que aceitará o resultado das urnas em 2020, mas que acredita "piamente" na reeleição do magnata. "O povo que o apoiou no passado repetirá esse voto, com toda a certeza", afirmou o brasileiro, recebendo os agradecimentos de Trump.

Da Ansa

E o paredão quádruplo ainda está rendendo bastante no BBB 19. No último domingo, dia 10, Carol Peixinho, Tereza, Hariany e Alan estão disputando o voto do público para definir dois brothers que vão continuar na disputa. A eliminação acontece nesta terça-feira, dia 12, mas já está rendendo suposições e estratégias em meio aos confinados.

Na última segunda-feira, dia 11, os participantes realizaram mais um Jogo da Discórdia. Alan, por exemplo, entregou sua placa para Elana, que votou no brother na noite anterior. Depois, ele explicou sua decisão para Gabriela e Rodrigo:

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- Tenho que me defender, me proteger. Todo mundo me apoiando, mas eu tenho que ver quem está votando em mim. (...) Estou me prejudicando para não magoar os outros, mas estão os outros me magoando.

Depois, Alan foi conversar com Elana, para ver se estava tudo bem entre eles:

- Eu entendi, meu bem. Eu gosto demais, demais. Não se preocupe, ela declarou.

Porém, mais tarde, ao conversar com Danrley, Elana admitiu que daqui para frente, Alan pode ser uma opção de voto:

- Não tenho certeza ainda, mas hoje ficou me fazendo refletir um pouco.

Já Gabriela recebeu a placa de Tereza - o que não deixou a sister muito feliz:

- Eu sei que ela nunca votou em mim, mas ela tinha motivos maiores para votar em outras pessoas.

Paula, depois, indicou que seu voto em Rodrigo foi pessoal e a loira queria que ele tivesse sido uma das opções para a possível eliminação. Quem começou o assunto foi Hariany, que disse o seguinte sobre Rodrigo:

- Falou que ele é alvo nosso agora. Eu não quero que ninguém se sinta assim. Sai fora. Eu gosto dele.

Depois, cada uma começou a lembrar de situações em que Rodrigo eliminou as duas, seja em provas do líder ou provas do anjo:

- Agora foi por questão pessoal mesmo, não foi por questão de jogo. O que ele fez comigo ali não foi questão de jogo. Foi porque ele tem um treco contra mim mesmo. Não tem condição de ele ter feito aquilo comigo, não. Nem para o meu pior inimigo eu não ia fazer um treco desse.

O líder opositor venezuelano, Juan Guaidó, convocou, neste domingo (3), manifestações em toda a Venezuela na segunda-feira (4), ao anunciar seu retorno ao país.

Reconhecido como presidente interino por mais de 50 países, o opositor retorna à Venezuela após ter desobedecido uma ordem judicial que o proibia de deixar o território nacional e visitar vários países latino-americanos.

"Anuncio o meu retorno ao país. Convoco o povo venezuelano a se concentrar, em todo o país, amanhã às 11:00 am (12H00 de Brasília)", escreveu Guaidó no Twitter.

O opositor não informou detalhes sobre como pretende retornar à Venezuela nem o momento exato de sua chegada.

Guaidó pediu aos seus seguidores para estarem "atentos às redes oficiais", onde ele irá informar sobre os pontos de concentração. "#VamosBien porque vamos todos. Vamos Venezuela!", ressaltou.

Por volta do meio-dia deste domingo, Guaidó ainda estava no Equador, apesar de sua agenda prever sua partida do país por volta das 14h30 GMT (11h30 de Brasília).

O retorno do Guaidó, que visitou a Colômbia, Brasil, Paraguai, Argentina e Equador, representa um verdadeiro desafio para o presidente Nicolás Maduro, que deve decidir se vai prendê-lo e provocar uma forte reação internacional ou deixá-lo entrar no país com tranquilidade, minando sua autoridade.

Guaidó deixou a Venezuela inesperadamente há 10 dias para assistir a um mega-concerto na cidade fronteiriça colombiana de Cúcuta e apoiar a entrada de ajuda humanitária.

Depois, aproveitou a oportunidade para visitar os países latino-americanos e reforçar seu apoio.

Maduro disse há poucos dias que Guaidó, chefe do parlamento de maioria opositora, deveria "respeitar a lei" e que, se voltar ao país, "terá que ver a face da justiça".

A Suprema Corte de Justiça (TSJ) e a Procuradoria-Geral, aliadas do governo, abriram investigações contra Guaidó, acusando-o de "usurpação" de funções e determinaram, além do impedimento de saída, o congelamento de seus bens. No entanto, até agora ele não foi formalmente acusado.

Guaidó prometeu retornar à Venezuela, "apesar das ameaças", para continuar com sua estratégia de conseguir um governo de transição e eleições "livres".

Os Estados Unidos e os países do Grupo de Lima (Canadá e 13 países da América Latina) expressaram sua preocupação pela segurança de Guaidó ao retornar ao país.

Guaidó, de 35 anos, se autoproclamou presidente em 23 de janeiro após o Congresso ter declarado Maduro "usurpador" por ter assumido em 10 de janeiro um segundo mandato que, como grande parte da comunidade internacional, considera ilegítimo e resultado de uma reeleição "fraudulenta".

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Revisão, ansiedade, lágrimas e fé. A mistura dessas quatro palavras pode definir o clima de dois aulões para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) realizados neste sábado (3). Com cerca de 400 alunos, o Grupo Máximo Educacional lotou o auditório do Bloco B da UNINASSAU - Centro Universitário Maurício de Nassau, localizado no bairro das Graças. Já na Boa Vista, no auditório da Unibra, outros 450 estudantes dos Caras de Pau do Vestibular fizeram as últimas preparações para o Enem.

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Embora realizadas por grupo educacionais diferentes e com alunos de áreas distintas, o clima era o mesmo, de ansiedade. Todos os estudantes entrevistados pela reportagem do LeiaJa.com afirmaram que a necessidade de ir para um aulão a um dia da prova mais importante para dar acesso ao ensino superior no Brasil veio com a intenção de relaxar. “Eu vim para desopilar no último dia antes do Enem e também para dar adeus aos professores”, conta Maria Eduarda Soares, 18, que vai fazer o Exame pela segunda vez e pretende cursar medicina.

Também em busca de aliviar a tensão, Vitória Júlia de Oliveira, 18, busca uma vaga no curso de psicologia. “Essa é a terceira vez que estou fazendo o Enem e mesmo assim estou ainda muito nervosa. Vim para o aulão porque entendi como sendo uma maneira de descontrair, aliviar a tensão e me sentir mais segura ao lado dos meus amigos que me acompanharam durante todo este ano”, ressalta a jovem.

As gêmeas Taynná e Tallyta Andrade, 18, também buscam a aprovação no Exame. A primeira pretende cursar direito, já a segunda aposta em enfermagem. “Estou preparada e estudei bastante este ano, agora é relaxar”, aponta Taynná. “Eu estava com muita insônia nos últimos dias, desconforto, então vim para o aulão porque quero desopilar. ‘Ergue a cabeça, mete o pé e vai na fé’”, brinca a Tallyta.

Já mais atento ao conteúdo, Euclides Salvador, 19, veio, além de relaxar, revisar coisas que já esqueceu. “Mesmo com o pessoal dizendo que não é bom revisar antes, eu não acho isso, acho que vale a pena, sim, segui minha intuição. O momento é de relembrar conteúdos vistos lá no início do curso”, argumenta o estudante, que vai prestar o vestibular para psicologia, pela segunda vez.

Entre os professores, o intuito é o mesmo: fazer com que os alunos relaxem. “o trabalho que a gente faz nessas últimas 24 horas é de reforço emocional porque o que era pra ser revisado já foi feito durante o último mês”, explica a professora de linguagens Wiaponira Guedes. “Eles sentem a necessidade de se sentirem abraçados e esse é o objetivo do encontro”, ressalta o também professor de linguagens Raphael Alves.

Já o docente de espanhol Gio Araújo também vê que a oportunidade de alcançar a aprovação vem dos últimos assuntos revisados. “A revisão é realizada apenas com pontos chaves de conteúdos que devem cair no Enem. Já temos um perfil da prova, do que deve ser questão, e fazemos a revisão com base nisso”, aponta Araújo.

Arte e conteúdo juntos

Ao som de Backstreet Boys, o professor de inglês Vinícius Vieira entrou para dar a última aula do ano aos feras que vão fazer o Enem. “Eu aposto na arte como facilitador nesse processo de aprendizado”, explica o docente. Caracterizado como um médico zumbi, em lembrança ao halloween, Vieira explica que isso tem a ver com os conteúdos aprendidos pelos alunos, pois nos Estados Unidos, onde se fala inglês, é a semana da data comemorativa.

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