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O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), é avaliado como ruim ou péssimo por 35% dos entrevistados da pesquisa Ibope/Estadão/TV Globo divulgada na quarta-feira, 28. O presidente Michel Temer tem saldo negativo de 30 pontos em São Paulo: 12% de ótimo/bom contra 42% de ruim/péssimo.

A quatro dias da votação, o tucano João Doria tem 28% das intenções de voto na pesquisa. Ele parou de subir, mas praticamente assegurou sua vaga no segundo turno da eleição paulistana. Celso Russomanno (PRB) aparece a seguir, mas manteve a tendência de queda, ao oscilar de 24% para 22% das preferências. Desde agosto, ele já perdeu 11 pontos, ou um terço de seu eleitorado inicial.

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Na terceira colocação, um empate técnico. Marta Suplicy (PMDB) interrompeu a queda registrada no levantamento anterior e oscilou de 15% para 16%. Já Fernando Haddad (PT), candidato à reeleição, manteve a tendência de ascensão, passando de 12% para 13%. A margem de erro do levantamento é de três pontos porcentuais para mais ou para menos.

A quarta rodada da pesquisa Ibope/Estado/TV Globo foi realizada entre os dias 25 e 28 de setembro, com 1.204 entrevistas face a face em todas as regiões da cidade. O nível de confiança é de 95%. Está registrada no TRE com o protocolo SP-03836/2016. Foi contratada por Globo Comunicação e Participações S/A e S/A O Estado de S. Paulo.

O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) publicou no Diário Oficial da União (DOU) o edital da edição de 2016 do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) para pessoas privadas de liberdade e jovens sob medida socioeducativa que inclua privação de liberdade.

Segundo o documento, as inscrições para o teste deverão ser feitas em outubro, dos dias 3 a 21 do mês. As provas serão aplicadas nos dias 6 e 7 de dezembro nas unidades prisionais e socioeducativas que tenham firmado termo de adesão com o Inep.

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Para o público geral, as provas do Enem deste ano estão marcadas para 5 e 6 de novembro.

O Instituto Nacional dos Distribuidores de Aço (Inda) acredita que as compras e vendas da rede de distribuição devam fechar o ano de 2016 com uma queda de, no máximo, 5% em relação ao resultado verificado em 2015, afirmou nesta terça-feira, 20, o presidente da entidade, Carlos Loureiro.

Segundo o executivo, no início do ano, o Inda projetava um recuo de 5% em relação ao ano anterior, mas após um resultado ruim no primeiro trimestre, a entidade chegou a cogitar uma queda próxima a 10%. No entanto, a recuperação verificada ao longo dos últimos meses tem afastado o cenário mais pessimista.

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"Com essa recuperação que estamos tendo, não estamos mais caindo na margem", disse Loureiro, durante coletiva de imprensa. "Vamos fechar o ano com uma queda de 5% ou um pouco menos, tanto nas compras quanto nas vendas".

Para o presidente do Inda, a grande queda nas importações é um dos motivos que influenciou na melhora nas perspectivas. "Com a importação caindo, aumentamos nossa participação no consumo aparente. Vamos cair menos que o consumo aparente, que deve recuar mais de 10% ante 2015", destacou.

2017

Para o próximo ano, Loureiro afirma que o sucesso do programa de concessões representa o primeiro gatilho de melhora efetiva para o setor. "Achamos que, eventualmente, poderemos ter uma melhora razoável a partir do segundo trimestre. Até lá, continuaremos nesse ritmo", disse.

Segundo o executivo, o primeiro trimestre do ano que vem deve mostrar avanços em relação ao mesmo intervalo deste ano, mas isso será resultado da base de comparação fraca registrada entre janeiro e março de 2016. "Ao fazer comparações, teremos uma melhora, mas não será um grande avanço ante o terceiro trimestre desse ano, por exemplo."

Durante coletiva de imprensa concedida, nesta quinta (15), o ex-presidente Lula declarou que está orgulhoso. “De saber que esta perseguição é por causa das coisas boas que conseguimos fazer pelo povo deste país. Se por tudo isso alguém não gosta de mim, eu não vou pedir para gostar porque vou continuar fazendo um pouco mais do que eu fiz se eu puder. Não pensem que estou desanimado, que estou sofrido”, avisou. O pronunciamento aconteceu na sede do Partido dos Trabalhadores (PT), em São Paulo. 

O ex-presidente afirmou que, no seu governo, o Brasil passou a ser referência no mundo. “Não era mérito de Lula, era mérito do orgulho que o povo sentia, de que a gente pode. Passamos a ser motivos para sentir orgulho e não podíamos estar na situação que estamos hoje. Os empresários podem passar dez anos e não vão ganhar o que ganharam no meu governo. Empresários têm que ganhar dinheiro para poder gerar emprego”.

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Lula ainda declarou que quer igualdade. “Espero que eu tenha o mesmo destaque do que os meus acusadores tiveram. Oportunidade das pessoas poderem me ouvir porque, no fundo, quero falar com as pessoas pobres, que estão ameaçados de perderem sua aposentadoria. O pobre não é problema, é solução”, discursou.

No final do seu discurso, os presentes ecoavam: “O Lula é meu amigo, mexeu com ele, mexeu comigo”.

Denúncia

Nessa quarta (14), Lula, sua esposa Marisa Letícia e outras seis pessoas foram acusadas pelo Ministério Público Federal (MPF) de corrupção e lavagem de dinheiro. O juiz Sérgio Moro irá decidir se o ex-presidente se tornará réu e passará a responder criminalmente pelas suspeitas apontadas pela força-tarefa da Lava Jato em Curitiba.

 

 

 

Nesta sexta (2), manifestantes começam a se concentrar no Parque 13 de Maio, no centro do Recife, para mais um ato contra o governo do presidente Michel Temer (PMDB). O candidato à Prefeitura do Recife Edilson Silva (Psol), que participou da última manifestação também contra o denominado “golpe”, em entrevista exclusiva ao Portal LeiaJá, afirmou que todas essas mobilizações são importantes. “São protestos contra o golpe parlamentar. Prestaremos a nossa solidariedade para o que está acontecendo no país. São cortes injustificáveis e mostram a natureza desse governo ilegítimo que se instalou”, disparou.

Para Edilson, o “golpe” foi patrocinado pelas forças conservadoras do país. “As forças antidemocráticas. Verificamos que há um conjunto de ataques aos direitos sociais, previdenciários, trabalhistas e das gerações futuras, então, o povo tem todo o direito de ir às ruas. Tem o direito e a obrigação de ir combater e exigir outro tipo de posicionamento do poder público”.

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Sobre o afastamento definitivo de Dilma Rousseff (PT), ele disse que “ficou muito mais nítido que, quanto mais se mexe nisso, mais se percebe que a presidente Dilma não foi impedida por conta de questões de natureza contábil. Não foi porque precisava ter dolo e um conjunto de características para caracterizar o crime e não houve”, declarou o deputado estadual.

“Quando estamos descontentes com a condução da política, esperamos a próxima eleição, se faz a oposição, obstrui, faz todo tipo de oposição necessária, mas você espera para fazer esse balanço com a população, pois, é o povo que tem que fazer esse julgamento e não meia dúzia de abutres como fizeram agora no Congresso Nacional”, cravou.  

Corrupção

O candidato Edilson Silva também ressaltou que é necessário acabar com a corrupção. “O poder público tem que cortar aonde deve. Vemos que essas obras faraônicas que aconteceram no país foram para roubar o dinheiro do povo, então, essa é a nossa manifestação contrária a todos esses cortes. Tem a ver com o nosso sentimento: um governo golpista que está fazendo aquilo que já estava já demarcado. Na verdade, o golpe foi dado para poder cortar recursos da maioria da população para manter privilégios de uma minoria”.

 

 

Nesta sexta-feira (2), a Frente Nacional Povo Sem Medo, no Recife, realiza mais um protesto, na Praça 13 de Maio, no centro da cidade, a partir das 16h, reivindicando “Fora Temer”. Essa é a segunda mobilização do movimento em menos de dois dias. Na última quarta (31), o Povo Sem Medo também convocou a população contra o novo presidente da República Michel Temer (PMDB) ocasionando grande transtorno no trânsito do entorno da Avenida Agamenon Magalhães.

Na ocasião, uma das integrantes do Povo Sem Medo Milene da Silva disse que o ato seria o primeiro ato de muitos que seriam realizados. “Não iremos ficar calados. Iremos às ruas relatar os absurdos e os retrocessos que estão acontecendo no país”, chegou a afirmar.

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Na página do facebook, o movimento convoca a população para participar da manifestação de hoje. Eles publicaram: “Todos juntos para derrubar esse governo golpista. Nenhum direito a menos. Não reconheço Michel Temer como presidente nem aqui nem na China”, em referência a primeira viagem oficial internacional do presidente Temer nesse país. Em outra postagem desta sexta, os integrantes pedem: “Todos os caminhos levam até o 13 de Maio hoje”. E salientaram: “É tempo de rebelião”. 

Nessa quinta (1), em São Paulo, jovens voltaram a se reuniram na Avenida Paulista para protestar contra Temer e também como um gesto de solidariedade à estudante Deborah Fabri, de 19 anos, atingida no olho por estilhaços de uma bomba lançada pela Polícia Militar um dia antes. Deborah perdeu a visão do olho esquerdo.

 

Nesta quinta (1), um dia após o afastamento definitivo de Dilma Rousseff, o líder do PT no Senado, Humberto Costa, falou sobre o projeto da reforma da Previdência que deverá ser realizado pelo presidente Michel Temer. Ele alertou que as mudanças serão radicais.

“Para os que se aposentam, no setor privado, o governo quer retirar o piso previdenciário da política de reajuste do salário mínimo, não permitindo ganhos reais para esses trabalhadores. Se realmente isso passar, poderemos ter uma multidão de aposentados que não conseguirão mais se manter”.

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Segundo Costa, com a reforma, os trabalhadores que recebem um salário mínimo, receberão menos com o passar do tempo. “Sabemos que mesmo pra quem recebe o salário mínimo está difícil, imagina diminuir ainda mais? Além da idade mínima de aposentadoria, que pode subir para 70 anos, outra novidade negativa, será para os servidores inativos do funcionalismo público das esferas municipal, estadual e federal. A proposta do atual presidente prevê também o fim da paridade entre servidores ativos e inativos que se aposentaram antes de 2003”, criticou. 

O senador ainda disse que Michel Temer está discutindo outros pontos como o benefício proporcional para quem se aposenta por invalidez; a redução do valor da pensão para 60%; e o fim do fator previdenciário considerando idade e tempo de contribuição, exigindo que o trabalhador fique mais tempo na ativa para receber o benefício integral. “Essa proposta dos golpistas não foi submetida às urnas e, no Congresso Nacional, contará com toda a nossa oposição. O presidente golpista e sem voto quer realmente destruir todas as conquistas e avançamos que experimentamos nos últimos anos”, disparou Humberto.

No Recife, após o resultado do impeachment que tirou a chefe do executivo Dilma Rousseff do cargo que ocupava pelo segundo mandato, estudantes e militantes protestaram na Praça do Derby, na Avenida Agamenon Magalhães, contrários ao Governo Temer, no final da tarde da quarta-feira (31). No entanto, teve quem comemorou o afastamento definitivo de Dilma, como o que aconteceu em São Paulo, em frente à sede da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). 

Apesar dos atos a favor do impeachment, ao menos dez Estados e Distrito Federal realizaram protestos contra o impeachment de Dilma Rousseff. No Rio de Janeiro, o ato ocorreu na praça da Cinelândia e; em Brasília, os apoiadores de Dilma se concentram na Praça dos Três Poderes. Os maiores atos aconteceram em São Paulo, onde os manifestantes tomaram parte da Avenida Paulista. Também em São Paulo, um incidente tirou a visão da estudante Deborah Fabri, que teria sido ferida pela Polícia Militar. Ela passou por cirurgia de emergência.  

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As manifestações foram convocadas pelos movimentos da sociedade civil Frente Brasil Popular e Povo Sem Medo por meio das redes sociais. Também foram registradas manifestações pró-Dilma e contra o agora presidente efetivo, Michel Temer, os Estados de Santa Catarina, Rio Grande do Norte, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Ceará, Paraná e Pará.

Mais manifestações

A previsão é de que os protestos continuem. O presidente da Central Única dos Trabalhadores de Pernambuco (CUT-PE), Carlos Veras, em entrevista recente ao Portal LeiaJá, declarou que está sendo preparada uma grande greve geral dos trabalhadores.  “O Governo Temer não irá acabar com as conquistas, porque se for preciso nós vamos parara o Brasil, de canto a canto, vamos à luta, mas os golpistas não passarão”, chegou a dizer, antes mesmo da finalização do processo de impeachment.

Nesta quarta (31), durante ato contra o Governo Temer, no Recife, a militante da Frente Povo sem Medo Milene da Silva declarou que a juventude não deixará de ir às ruas. Em coro, os protestantes repetiram por diversas vezes: “Fora Temer”, “Fora Mendonça Filho”, “Fora, golpistas, fascistas, que aqui não passarão”, “Aqui está o povo, o povo sem medo de lutar”, “Tem dinheiro para banqueiro, mas não tem para a educação”, “Esse governo é inimigo do povão”, entre outros.

 

Apesar de não perder o direito de exercer a função pública, a ex-presidente do país Dilma Rousseff, destituída do cargo nessa quarta (31), com a conclusão do processo de impeachment, a petista perde uma série de regalias concedidas a quem ocupa o executivo do país. Entre as perdas, o salário mensal bruto no valor acima de trinta mil reais, plano de saúde da presidência da República e cartão alimentação. Dilma também deve deixar as residenciais oficiais: o Palácio da Alvorada e Granja do Torto. 

Dilma possui o direito de realizar sua última viagem com a aeronave da Força Aérea Brasileira (FAB) para voltar para a cidade que tem residência particular, em Porto Alegre. O rumor é de que ela faça sua mudança, para Porto Alegre, até o final desta semana. No entanto, ela já parte da mudança para Porto Alegre durante seu afastamento temporário. 

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O fato desconhecido por muitos é que Dilma Rousseff, com lei sancionada em 1986 e regulamentada pelo ex-presidente Lula, terá direito a dois veículos oficiais com motoristas pagos pela Presidência da República. O mesmo benefício é convencido aos ex-presidentes Fernando Henrique Cardoso, Lula, Fernando Collor e José Sarney. Entre outras perdas, Dilma não contará mais com o apoio dos vinte assessores que estiveram ao lado dela no Palácio da Alvorada, desde seu afastamento temporário, em maio. Eles serão exonerados pelo novo presidente Michel Temer.

Mais um fato é que ela terá a disposição oito servidores públicos sendo quatro seguranças, dois assessores pessoais e dos motoristas. Esse “privilégio” também é concedido aos ex-presidentes.

Função Pública

Com o resultado de 42 a favor da cassação dos seus direitos políticos, 36 contra e três abstenções, Dilma poderá continuar ocupando postos na administração pública. Para que ficasse inelegível seria necessário que dois terços (54) dos senadores votassem pela inabilitação. 

No início da tarde, o presidente do processo de impeachment, Ricardo Lewandowski, determinou que a votação final do processo de impeachment no Senado da presidente afastada fosse dividida em duas etapas: uma sobre a perda do mandato e a outra sobre a inabilitação dos seus direitos políticos.

Futuro

Nesta quinta (1) e sexta (2), o ex-presidente Lula está se reúne com lideranças petistas e parlamentares, em São Paulo, para definir a postura da legenda diante da gestão do presidente empossado Michel Temer (PMDB). As reuniões também vão servir para ampliar o debate sobre o futuro da ex-presidente após a destituição do mandato. Em sua despedida oficial, Rousseff disse que a história não acabaria dessa forma. Ela chegou a citar Darcy Ribeiro e o poeta russo Vladimir Maiakovski. 

“Não gostaria de estar no lugar dos que se julgam vencedores. A história será implacável com eles como já o foi em décadas passadas. Não direi adeus a vocês, direi até daqui a pouco. Não estamos alegres, é certo, mas também por qual razão haveria de ficar triste? O mar da história é agitado. As ameaças e as guerras havemos de atravessá-las, rompê-las ao meio, cortando-as como uma quilha corta as ondas”, disse Dilma. 

 

Poucas horas após o desfecho do processo do impeachment, nesta quarta (31), estudantes e militantes contra o Governo Temer se concentraram na Praça do Derby, a partir das 15h, na Avenida Agamenon Magalhães, para protestar. Além de pedirem “Fora Temer” eles alegam cortes diversos cortes já estão sendo realizados. Às 18h, os estudantes bloquearam todas as vias de acesso da área ocasionando grandes transtornos no trânsito. 

Cerca de uma hora e meia depois de fecharem as ruas de uma das principais avenidas da cidade, eles seguiram em passeata pela Avenida Conde da Boa Vista com encerramento previsto no Marco Zero, no bairro do Recife. Em coro, eles entoaram por diversas vezes algumas de suas reivindicações: “Fora Temer”, “Fora Mendonça Filho”, “Fora, golpistas, fascistas, que aqui não passarão”, “Aqui está o povo, o povo sem medo de lutar”, “Tem dinheiro para banqueiro, mas não tem para a educação”, “Esse governo é inimigo do povão”, entre outros. 

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Para a estudante e militante da Frente Povo sem Medo Luciana Carolina, os movimentos sociais estiveram na rua neste dia histórico para “derrubar” o Governo Temer, empossado presidente da República. “Esse é um governo ilegítimo, um golpe, não vamos deixar que este governo passe. Estamos aqui contra os cortes na educação e também pelos direitos dos trabalhadores. Vamos defender a educação e combater esse governo golpista e antipopular nas ruas”, explicou.

A estudante Milene da Silva declarou que a política de cortes visa excluir os filhos e filhas da classe trabalhadora. “Querem excluir eles de qualquer oportunidade de ensino de qualidade e garantir o lucro dos capitalistas da educação, que vendem educação como mercadoria e de péssima qualidade”, criticou.

Em panfleto distribuído durante o ato, os militantes afirmaram que não estavam na rua pela volta de Dilma. “O golpe do PMDB e sua quadrilha não foi contra o PT. O PT era aliado do PMDB e, nesta eleição municipal, continua lado a lado com os golpistas em mais de mil cidades. O golpe é contra a classe trabalhadora. Contra a saúde, a educação, transporte, cultura, lazer e direitos. É contra os movimentos sociais e os sindicatos. Só com o povo organizado podemos defender nossos direitos e avançar nas conquistas”, diz parte do folheto.

Contra o protesto

Para o médico Arthur Cunha, que ficou preso no trânsito durante o protesto, o ato é um absurdo. “Estava me dirigindo ao Hospital Restauração para trabalhar e lá pode ter algum parente desses manifestantes que podem precisar de mim. Ficamos impedidos de trabalhar”, lamentou.

Arthur disse que respeita o direito das livres manifestações. “Porém, tem que existir critérios para realizá-los. Este não é o local adequado. Vá ao Palácio, na Câmara dos Vereadores onde decisões podem ser tomadas, mas, penalizar o resto do povo não é justo. Além disso, esses protestos não têm mais sentido. Não tem mais serventia. No estado de instabilidade que estamos, essas mobilizações irão afundar mais o país. É preciso apostar que o Brasil vai voltar a se organizar”, disse.

A empresária Suely Batista também é contra. “Tem gente que está ai e nem sabe o que é o golpe e não querem aprender com os mais velhos. Minhas netas estão me esperando em casa. Muitos aqui são alienados e nem sabem por qual motivo estão protestando exatamente”.

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Após o final do julgamento do processo de impeachment, do qual destitui Dilma Rousseff (PT) da presidência da República, o senador Humberto Costa (PT) disse que era um gesto de misericórdia não inabilitar a ex-presidente de sua função pública. “A preocupação da defesa foi mostrar que, além de não ter cometido crime, a pena que estava sendo imposta era desproporcionalmente grande. Também inabilitar Dilma seria uma morte como presidente, mas também uma morte política e profissional”, ressaltou.

Questionado se houve um erro do PT para o resultado desfavorável, Humberto declarou que a consciência sobre o rumo do processo já era claro. “Tínhamos a consciência de que, a partir do momento que a Câmara aprovou aceitou a tramitação do processo, no Senado não seria diferente, mas combatemos o bom combate, lutamos no que foi possível. Chegamos a quase conseguir os votos necessários, mas, havia contrapontos com senadores que acreditavam que, com o retorno dela, não teria a governabilidade necessária para avançar”, disse.

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Humberto Costa acrescentou que a postura, a partir de agora, será de oposição. “Mas, sem sabotar. Iremos lutar para defender as conquistas que achamos importantes do nosso governo. Acho que a maioria esmagadora dos senadores sabem que não houve crime de responsabilidade e, sim, pretexto para afastá-la da ordem política, mas não foi por crime que ela foi afastada”, afirmou o senador.

Defesa

A defesa da ex-presidente Dilma Rousseff informou que ingressará com, pelo menos, duas ações no Supremo Tribunal Federal (STF) questionando o processo de impeachment, concluído hoje pelo Senado. Segundo o advogado de defesa de Dilma, ex-ministro da Justiça José Eduardo Cardozo, não há justa causa para o impeachment e houve cerceamento de defesa em várias fases do processo. 

 

Apesar de ter perdido o mandato de presidente da República, Dilma Rousseff continua com o direito de exercer a função pública. Sobre o assunto, o presidente do Senado Federal, Renan Calheiros, disse que não está previsto na Constituição inabilitar Rousseff como consequência do seu afastamento.

“No Nordeste, costumam dizer uma coisa que não concordo: além da queda, o coice. Nós não podemos deixar de julgar, nós temos que julgar, mas nós não podemos ser maus e desumanos, por isso, o meu voto é contrário à inabilitação”, disse Renan.

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A senadora Kátia Abreu (PMDB), que foi contra o impeachment embora do mesmo partido do então presidente interino Michel Temer (PMDB), declarou que foi feito justiça ao manter os direitos políticos de Dilma. “Dilma não é uma pessoa corrupta. O Senado achou por bem tirar o mandato, mas continua podendo trabalhar no setor público. A sua vida vai continuar. Se ela fosse inabilitada seria um esquartejamento de uma pessoa que não merece”, declarou.

Kátia Abreu, durante o julgamento do processo, chegou a dizer que o impeachment era um processo que “nasceu da vingança sórdida de Eduardo Cunha (presidente afastado da Câmara dos Deputados) e da ganância de um pequeno grupo pelo poder". Também alertou afirmando que "a história do Brasil vai contar aos brasileiros de hoje e do futuro o que estamos assistindo aqui”.

No seu pronunciamento a favor do impeachment, no Senado Federal, o senador Magno Malta (PR-ES) declarou que Dilma Rousseff (PT) não cometeu crime penal, porém que sabia sobre a Lei de Responsabilidade Fiscal a se cumprir. “Dilma sabia que precisava, para suplementar seu orçamento, pedir ao Congresso e não fez. Todo mundo que se candidata sabe que há uma lei a se cumprir. Muitos são gente do bem, mas que violaram a lei. O Brasil não é tolo”, disse.

O senador também declarou que "a nação se cansou de ver os dois filhos do ex-presidente de Lula viver com o suor do povo. Este é um momento triste para mim, mas em nome da minha família e dos meus amigos, eu precisava falar dessa forma. Estamos tristes por este velório. Este é o velório mais triste”, disse.

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Magno Malta não poupou críticas a Dilma Rousseff. “Dizem que tudo foi Eduardo Cunha. Ele, simplesmente, recebeu como tantos outros processos e arquivou. Se fala no conjunto da obra, mas se manda todos os processos, é o fim do mundo. No conjunto da obra, também houve inclusão social, mas, os fundamentos da economia foi dada por FHC onde puderam ser feitas as inclusões”, expôs.

“A presidente afastada não será cassada por mim, ela será cassada por Salomão, que escreveu que a arrogância precede a ruína. Ela (Dilma), de fato, é fruto da vontade permissiva de Deus. A bíblia diz que tudo que foi feito no escuro, um dia, virá a luz. Foi a eleição dela que permitiu que as lambanças viessem à luz.  Dilma disse que a história chamaram alguns de golpistas. Podem me chamar de golpista, mas não me chamem de ladrão. O que é ser golpista? É não bater palma para essa lambança?”, indagou Malta. 

O senador Humberto Costa (PT), nesta terça (30), durante o processo de julgamento de Dilma Rousseff declarou que não sabe o que acontecerá no amanhã, porém, caso o processo vença, será uma vitória de alto preço “Podemos perder, mas posso dizer com toda a certeza que, em breve, o povo brasileiro vai falar de novo e dizer claramente que não aceita que essa elite faça do povo os habitantes da senzala”, disparou.

Ele defendeu a presidente afastada. “Ouvimos aqui reclamações sobre as dificuldades em lidar com Dilma, mas ela é assim. É diferente dos demais no seu agir. Razões, certamente, vindas de sua formação política e trajetória de vida. Uma vida dura, grande parte vivida na clandestinidade. É menos flexível, mas considerá-la como criminosa é uma verdadeira aberração”, declarou Humberto.

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O senador falou sobre o mandato de Rousseff. “Ela (Dilma) conduziu bem o Brasil nos quatro primeiros anos do seu mandato. Houve uma sabotagem política e Cunha operou para destruir Dilma. Foi uma crise política alimentando a crise econômica. Mas, é isso que a elite brasileira, que está representada por aqueles que foram derrotados por quatro vezes, fazem. Se a democracia não serve para eles, a desprezam. Foram os mesmos que patrocinaram o golpe de 64”.

“Nós aqui não podemos agir como se fossemos verdadeiros cretinos parlamentares. Seria uma vergonha e para o parlamento brasileiro culpá-la. Não podemos patrocinar esse golpe parlamentar e não adiantam ficar irritados porque usamos o termo golpe. É o mundo inteiro que diz isso. Não podemos dar sequência ao que ocorre aqui”, acrescentou Humberto Costa. 

 

No discurso do petista Humberto Costa, no Senado Federal, nesta terça (30), o senador declarou que o erro de Dilma foi confiar em Michel Temer para compor sua chapa na condição de vice. “Porém, ela tem a atenuante de que não o conhecia. Foi traída e se arrependeu. Agora, vossas excelências, se votarem a favor do impeachment, irão eleger Temer presidente da República sabendo quem ele é, o que é um agravante. Não nos façamos aqui de desentendidos”, cravou.

Humberto Costa ainda declarou que “Se Dilma errou e cometeu crime, este Congresso foi conivente. Se era tão fácil para ela imaginar o pensamento do Tribunal de Contas da União para nós também deveria ser. Temos uma decisão importante em mãos: entregar o Brasil a um usurpador ou, ao invés disso, trazer a presidente Dilma e garantir a realização de um plebiscito e ter uma eleição direta. Não deixemos que a Constituição seja violentada e nem a honra e a integridade de uma mulher digna. Não deixemos que a história do Brasil seja violentada”, pediu.

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O senador voltou a falar em “farsa”. “Temos um golpe cujo objetivo é tirar uma presidente democraticamente eleita. O Congresso nunca engoliu a presidente Dilma. Não aceitava seu modo de lidar com a rotina parlamentar e a sua falta de gosto de fazer a corte com aqueles que ficam encantados com os gabinetes do Planalto”, acrescentou Humberto. 

 

 

 

Em defesa de Dilma Rousseff (PT), no final da tarde desta terça (30), no Senado Federal, a senadora Gleise Hoffmann (PT) utilizou um discurso de que os sentimentos machistas afloram e endossam o coro contra a presidente afastada. “Dilma, uma mulher, sem marido, e a primeira presidente mulher eleita. Mesmo que não confessem, isso incomoda muita gente. Querem mandar a mulher de volta para casa, de preferência, para a cozinha com a pauta midiática da mulher bela, recatada e do lar”, disparou.

A senadora continuou. “Ao longo das sessões, todas as teses de que há crimes foram pulverizadas, as mesmas argumentações foram repetidas mil vezes. Falas, às vezes, agressivas e irônicas. Não teria sido diferente, ao invés, de julgar uma mulher fosse aqui julgado um presidente? Sou tentada a dizer que sim. Será o maior desastre se o interino se transformar em efetivo. É assombrosa essa tendência de recuar, de voltar no tempo, de não aceitar qualquer avanço”, acrescentou.

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Ela também usou seu tempo no plenário para exalar as trajetórias de Dilma e do ex-presidente Lula. “Minha indignação com este momento pífio do parlamento brasileiro. Quis o destino que a primeira presidente fosse uma mulher com a história de vida de Dilma, que chegou ao poder após um retirante que, com todas as probabilidades, ascendeu até a presidência”, declarou Gleise, em referência a Lula.

“Dilma também não veio da política tradicional, do berço dos trinta e quatro presidentes que antecederam Lula. O nordestino marcado para morrer substituído pela mulher marcada para morrer. Ambos, ainda que torturados, venceram a morte. Dilma, presa em 1970, nada garantia a sua vida. Eles tiraram da miséria milhares de pessoas. Inacreditável um país tão rico como o nosso, até outro dia, terem brasileiro que morriam de fome. Eu desafio os senhores a dizer, em qual outro momento, a miséria foi enfrentadas como nos governos de Dilma e de Lula? Aqui estão as raízes da poderosa campanha desencadeada contra eles”, declarou 

Homffmann ainda declarou que o processo de impeachment terá um preço. “Os golpistas tentam burlar da opinião pública. Nada se compara com a mídia brasileira produz, nos dias de hoje, em termo de distorções de opiniões. Isso terá um preço porque essa ditadura dos meios de comunicação não dura para sempre. Podem até passar momentaneamente, mas estão com os dias contados. O povo não vai voltar ao chicote”, advertiu a senadora.

 

 

 

 

O senador Roberto Requião (PMDB) alertou, no Senado Federal, nesta terça-feira (30), para a necessidade de se preparar para uma guerra civil caso o impeachment seja aprovado. “O conflito será inevitável. O povo brasileiro não retornará à senzala calado”, disparou.

“Se for condenada a presidente, mesmo sem culpa, que cada um esteja consciente do está por vir, que ninguém depois alegue ignorância. Querem reduzir o Brasil a um medíocre estado associado, então, se sintam servidos”, acrescentou o senador.

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Requião reafirmou a necessidade da realização de um plebiscito. “Que não mandem no Brasil os embaixadores dos países poderosos e os banqueiros com seus lucros cada vez mais fantásticos. Senadores, razão, alma e coração. Não ao impeachment”, disse.

O senador ainda citou, em seu pronunciamento, uma das cartas escritas pelo ex-presidente da República Getúlio Vargas usando como em referência ao momento em que vive Dilma Rousseff. “Tenho lutado mês a mês, dia a dia, hora a hora, resistindo a uma pressão constante, incessante, tudo suportando em silêncio, tudo esquecendo e renunciando a mim mesmo, para defender o povo que agora se queda desamparado. Nada mais vos posso dar a não ser o meu sangue. Se as aves de rapina querem o sangue de alguém, querem continuar sugando o povo brasileiro, eu ofereço em holocausto a minha vida. Escolho este meio de estar sempre convosco. Quando vos humilharem, sentireis minha alma sofrendo ao vosso lado. Quando a fome bater à vossa porta, sentireis em vosso peito a energia para a luta por vós e vossos filhos. Meu sacrifício vos manterá unidos e meu nome será a vossa bandeira de luta...”, ressaltou Requião, em uma parte do documento lido. 

 

Um governo nem "ótimo" nem "péssimo". É assim que os eleitores avaliam a gestão do governador Paulo Câmara (PSB), eleito em 2015. A pesquisa realizada pelo Instituto de Pesquisa Maurício de Nassau (IPMN), encomendada pelo Portal LeiaJá em parceria com o Jornal do Commercio e divulgada nesta terça-feira (30), demonstra que 39,6% veem a gestão do socialista como regular. 

A pesquisa também mostra que 23,7% avalia a gestão de Câmara como “péssima” em contraste com 2,4% que a consideram “ótima”. Apesar da diferença, o cientista político e coordenador do IPMN, Adriano Oliveira, afirma que o número não significa que o gestão de Paulo Câmara tenha sido desaprovado. “A pesquisa mostra um regular alto, o que representa que o governador ainda não possui uma imagem de sua administração consolidada entre o seu eleitorado”, explicou.

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O cientista político declarou que a expectativa é de que, com o passar do tempo, aumente a aprovação ou a desaprovação do seu governo. “O seu regular alto também deve-se a ser uma gestão sem grandes marcas. Quando adquirir marcas sua popularidade pode ser aumentada ou não. A atual crise política também não tem relação com a percentagem da pesquisa”, acrescentou Adriano Oliveira.

A pesquisa do IPMN, registrada no dia 23 de agosto no Tribunal Regional Eleitoral de Pernambuco (TRE-PE) com o número PE-03829/2016, foi realizada com a população nos dias 24 e 25 de agosto e ouviu 624 pessoas. O nível de confiança do levantamento é de 95% e a margem de erro é estimada em quatro pontos percentuais para mais ou para menos. 

 

Em nota de repúdio, o candidato a prefeito de Gravatá João Paulo de Lemos (PSB) e o seu vice Fernando Resende disseram que sua militância, nesta segunda (29), foi atacada “com pedradas no ônibus que transporta a equipe para visitações às ruas da cidade”. A chapa faz parte da Frente Popular de Gravatá. Eles definiram o ato como “bárbaro e covarde contra os militantes”.

Segundo o texto, ninguém foi atingido, tendo a janela do ônibus sido quebrada. “A nossa indignação é a intolerância de alguns que não são capazes de entender o real significado da democracia em que permite ao eleitor eleger o candidato com quem ele se identifica e oferece melhores propostas para uma cidade cada vez melhor. Lamentamos a situação. Informamos que o veículo foi encaminhado para realizar o reparo, e desta forma, garantir a segurança de nossa militância 40”, diz outra parte da nota. 

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Os candidatos ainda afirmaram que “respeitam todos os adversários políticos e as opiniões dos eleitores de Gravatá”. 

 

Durante seu pronunciamento no Senado Federal, nesta segunda-feira (29), o senador Humberto Costa (PT) declarou que o Governo Temer está acabando com as políticas públicas construídas ao longo de anos. Ele citou a possível privatização do Sistema Único de Saúde (SUS), o fim do Ciências sem Fronteiras e a redução de programas como Fies e ProUni como exemplos. O petista também disse que “o Nordeste sempre priorizado por Dilma hoje assiste a uma negociação da dívida que privilegia unicamente os estados mais ricos do Brasil. O Pré-Sal também passa a ser não mais uma riqueza do nosso povo, mas objeto de cobiça dos estrangeiros”.

Humberto Costa afirmou que os crimes de responsabilidade imputados a Dilma Rousseff foram praticados por outros governos. “Foram praticados por dezessete governadores de estado e por mais de um presidente da República. Só a senhora está sendo objeto de um julgamento por ter feito o que eles apelidaram de “pedaladas” na tentativa de derrubá-la. Muitos acharam que não ela viria, mas Dilma deu a maior prova da sua inocência ao vir aqui de peito aberto responder a todos os senadores que queiram perguntar. Demonstra sua coragem e perseverança”.

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“Aqui muitos disseram que era a irresponsabilidade fiscal que estava motivando esse processo, mas depois que a senhora foi afastada o governo interino, entre as primeiras coisas que fez, foi ampliar as metas do déficit público. Irresponsabilidade fiscal é isso. É fazer o que este Governo está fazendo acabando com as políticas públicas construídas ao longo de anos”, acrescentou Humberto.  Ele também se referiu ao ministro da Educação, Mendonça Filho, como “mãos de tesoura”, se referindo aos cortes que estariam sendo realizados no setor educacional. 

Humberto Costa finalizou falando sobre um plebiscito. “Sou um entusiasta para que o povo brasileiro defina se quer antecipar ou não as eleições diretas e aqui muitos senadores assinaram a uma emenda constitucional querendo eleições diretas imediatamente. Que eles sejam coerentes com aquela assinatura na emenda constitucional porque somente  o voto é capaz de restaurar a legitimidade no Brasil. Eles não gostam do voto. O senado tem hoje  a oportunidade de reparar essa irresponsabilidade ou de chancelar um acordo político de baixo nível que vai fixar alguém sem legitimidade no cardo de presidente da República”, disparou.

 

 

 

 

 

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