Tópicos | ações

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, participou na noite dessa terça-feira (7) de uma reunião com governadores, para tratar do projeto de redução do ICMS sobre combustíveis (PLP 18/2022). O encontro ocorreu na Sala da Presidência do Senado, com a presença do senador Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), relator do projeto. A expectativa é que o senador apresente seu relatório nesta quarta-feira (8). Após a reunião, os governadores admitiram a possibilidade de algum sacrifício na arrecadação dos estados, mas registraram o temor de que a queda na arrecadação possa comprometer as políticas públicas.

O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, informou que uma outra rodada de reunião com os governadores está prevista para ocorrer nesta quarta, pela manhã. Após esse encontro, os secretários de Fazenda farão ainda outra reunião para tentar algum acordo sobre o texto. Segundo Castro, os secretários de Fazenda já apresentaram os impactos que a redução do ICMS pode trazer para as finanças dos estados. Ele disse que os senadores também trataram do impacto político da medida.

##RECOMENDA##

O governador ainda afirmou que existe a busca por um consenso para fazer que a redução do ICMS chegue até a população. De acordo com Castro, os governadores têm dúvida sobre a efetividade da medida. Ele disse que é preciso “algumas modulações” dentro do projeto, pois alguns estados e municípios vão registrar perdas muito grandes na arrecadação, com a redução do ICMS. Para Castro, existe o risco de comprometimento de algumas políticas públicas nos estados, caso a redução do ICMS se confirme.  

"As discussões são diversas. Amanhã (quarta-feira, 8), haverá mais governadores na reunião e a rodada com os secretários de Fazenda. Depois vamos procurar sensibilizar os senadores. Não dá pra ser como foi proposto pela Câmara, mas os estados podem fazer um sacrifício, entendendo a lógica do país, para melhorar para a população", afirmou Castro, dizendo acreditar que haverá avanços nas reuniões desta quarta.

Perdas

O presidente do Comitê Nacional de Secretários de Estados da Fazenda (Comsefaz), Décio Padilha, informou que as perdas podem chegar a R$ 100 bilhões para os estados – recursos que seriam para políticas de saúde, segurança e educação. Ele também apontou que, até o momento, não há um mecanismo efetivo de compensação.

"O projeto, do jeito que está, pode deixar os 26 estados e o Distrito Federal ingovernáveis, sem recursos para políticas públicas", declarou Padilha.

Também estavam presentes na reunião os governadores de Minas Gerais, Romeu Zema, e de Alagoas, Paulo Dantas. A governadora do Piauí, Regina Souza, secretários estaduais de Fazenda e assessores especiais também acompanharam o encontro.  

Alternativa

A senadora Zenaide Maia (Pros-RN) afirmou que a negociação em torno do ICMS revela que o governo federal não se preocupa com o “cidadão na ponta” e quer jogar a culpa pela alta do preço dos combustíveis “no colo dos governadores”. Ela disse que a redução do ICMS significa menos recursos para a educação e a saúde. Essa decisão, segundo a senadora, seria “um crime”.

O senador Alessandro Vieira (PSDB-SE) informou que protocolou, nesta terça-feira (7), um projeto de lei que cria o Benefício Combustível (PL 1.527/2022). O auxílio seria destinado a famílias beneficiárias do Auxílio Brasil, motoristas autônomos do setor de transporte de cargas e transporte individual, incluindo motoristas, taxistas e motoristas de aplicativos. O senador também apresentou uma emenda com o mesmo teor ao PLP 18/2022.

"O problema é complexo e não podemos aceitar soluções simples, elegantes e completamente erradas. Improviso e desespero eleitoral são péssimos conselheiros. O mais racional é subsidiar o consumidor de baixa renda e motoristas profissionais", argumentou Alessandro.

*Da Agência Senado

O trabalhador que tem conta no Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) precisa ficar atento. O prazo para reservar ações da Eletrobras com recursos do FGTS acaba nesta quarta-feira (8) às 12h. Como a companhia está em processo de privatização por venda de ações, o governo está vendendo papéis para reduzir a participação na empresa a, no máximo, 45%.

Nesta quinta-feira (9), haverá a definição do preço das ações, em processo que envolve os fundos de investimento, os bancos e a Eletrobras. As pessoas físicas não participarão do processo. No dia 14, ocorrerá a liquidação do investimento, com a parcela aplicada passando a ser corrigida pela variação do preço das ações da empresa elétrica.

##RECOMENDA##

A Eletrobras reservou até R$ 6 bilhões para que trabalhadores comprem ações com recursos do FGTS. Caso a demanda supere esse valor, haverá um rateio proporcional entre os investidores, e parte do saldo reservado pelo trabalhador na oferta pública será devolvida ao Fundo de Garantia.

Variação e riscos

O trabalhador deve ficar atento aos riscos da operação. Como o mercado de ações é variável, os papéis da Eletrobras estarão sujeitos às oscilações do mercado financeiro. Será preciso ter paciência e observar a evolução dos papéis no longo prazo, antes de vender as ações quando as cotações baixarem e houver prejuízo.

O investimento tem prazo mínimo de um ano. Quem comprar ações da Eletrobras com o FGTS terá de esperar pelo menos 12 meses para se desfazer dos papéis. Após a venda, o dinheiro voltará para a conta do FGTS e só poderá ser sacado nas regras atuais, como demissão sem justa causa, financiamentos de imóveis, doenças graves ou o saque aniversário (saque que ocorre uma vez por ano em troca de não ter direito a receber o saldo em caso de demissão).

Assim como nos demais investimentos em mercado de capital, haverá a cobrança de 15% de Imposto de Renda. A alíquota incidirá sobre os rendimentos auferidos entre a data de aplicação e a data de resgate que excederem à remuneração da conta vinculada do FGTS de cada participante.

Procedimentos

O trabalhador poderá usar até metade do saldo da conta do Fundo de Garantia para reservar ações da estatal. Dessa forma, quem tiver saldo de R$ 40 mil no FGTS só poderá destinar R$ 20 mil para a compra das ações da Eletrobras. No caso de o empregado ter mais de uma conta no FGTS, poderá usar até 50% do saldo de cada uma.

O pedido de reserva deverá ser feito diretamente nas páginas de bancos e de corretoras que mantêm Fundos Mútuos de Privatização ligados ao FGTS (FMP-FGTS), que investem 90% dos recursos em ações da empresa a ser privatizada e os 10% restante em renda fixa. As taxas de administração variam conforme a instituição financeira.

Os fundos de investimento estão pedindo limite mínimo de R$ 200 por trabalhador. Dessa forma, é necessário ter pelo menos R$ 400 de saldo nas contas do FGTS para participar da reserva de ações.

Autorização para consulta

Antes de fazer a operação de reserva, o trabalhador deverá autorizar que as instituições financeiras consultem os saldos do FGTS e efetuem a reserva dos valores para a aplicação no FMP-FGTS. O procedimento deve ser feito no aplicativo FGTS, da Caixa Econômica Federal, disponível para smartphones e tablets.

Ao abrir o aplicativo, o trabalhador deve clicar no botão “Autorizar bancos a consultarem seu FGTS”. Em seguida, deve escolher a opção “Aplicação nos fundos mútuos de privatização FGTS”, selecionar a opção “FMP Eletrobras” e escolher uma das dezenas de administradoras (bancos e corretoras que operam o FMP) que aparecerem. A instituição financeira escolhida deve ser a mesma em que o trabalhador fará a reserva.

Na mesma tela, é possível simular a aplicação no FMP-FGTS. O próprio aplicativo esclarece que só é permitida a aplicação com valores inteiros. Dessa forma, o saldo máximo de 50% do valor de cada conta vinculada do FGTS deve ser arredondado para baixo, desconsiderando os centavos.

Em seguida, o trabalhador deve ir ao site ou ao aplicativo do banco ou da corretora escolhida fazer a reserva. Durante o processo, a administradora do FMP-FGTS consulta o saldo das contas do Fundo de Garantia de cada trabalhador fornecido pela Caixa Econômica Federal, conforme a autorização no aplicativo.

Nos últimos dias, o aplicativo da Caixa apresentou instabilidade na hora da consulta do saldo, impedindo a conclusão da reserva. A orientação é que o trabalhador repita essa etapa várias vezes até finalizar o procedimento.

A Eletrobras já possui demanda para vender suas ações na oferta que marcará sua privatização, que poderá movimentar mais de R$ 35 bilhões. Segundo apurou o Estadão, as ordens feitas por grandes investidores já superam o volume da oferta em cerca de 50%. E isso sem contar o dinheiro que virá das pessoas físicas, que poderão usar os recursos hoje aplicados no Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) nos papéis, e também o grupo dos prioritários, como os atuais acionistas e funcionários da Eletrobras.

A oferta foi lançada na semana passada e, desde então, a administração da companhia e os bancos estão em ritmo acelerado de reuniões com investidores para definir o preço da ação, que será anunciado na próxima quinta-feira.

##RECOMENDA##

O valor depende justamente do apetite dos investidores, que é classificado por fontes do mercado como bastante elevado. A demanda tem sido forte mesmo em um momento de aversão ao risco nos mercados em todo o mundo, pois a expectativa é de que os papéis tenham grande potencial de alta após a desestatização.

Essa é a maior oferta de ações na Bolsa brasileira desde a megacapitalização da Petrobras, há mais de dez anos. Como a definição do preço será apenas na próxima quinta-feira, a expectativa é de que o interesse esquente ainda mais até lá.

Os coordenadores da oferta são BTG Pactual (líder), Bank of America (BofA), Goldman Sachs, Itaú BBA, XP, Bradesco BBI, Caixa, Citi, Credit Suisse, JPMorgan, Morgan Stanley e Safra.

EXPECTATIVA

A operação foi lançada com o apoio de dez fundos, que devem comprar cerca de R$ 15 bilhões em ações. Segundo fontes, esse grupo fez uma oferta abaixo de R$ 40 por papel, mas a aposta nos bastidores é de que esse preço vai subir. No lançamento da oferta, a ação estava em R$ 44 - hoje, está em torno de R$ 42.

Por se tratar de uma privatização, existe um preço mínimo para a venda de cada ação da estatal, algo que já foi definido pelo Tribunal de Contas da União (TCU). Mas o valor é mantido sob sigilo. Na prática, isso significa que a oferta só ocorrerá se os investidores aceitarem pagar um preço acima do que foi estabelecido como piso.

A principal carta na manga no processo, no entanto, foi a liberação do uso de recursos do FGTS para pessoas físicas participarem da oferta, com um limite de R$ 6 bilhões.

O período de reserva para esse público começou ontem e seguirá até a próxima quarta-feira, mesmo prazo determinado para que investidores que se encaixam na oferta prioritária manifestem interesse em participar. Outros R$ 3 bilhões poderão ser comprados por pessoas físicas que não possuem recursos no Fundo de Garantia.

Ao fim do processo, a União terá sua participação reduzida a menos de 50% - ou seja, deixará de ser a controladora da empresa de energia. A previsão é de que a fatia que hoje pertence ao governo, somando União e BNDES, vá dos atuais 60% para cerca de 33%, de acordo com o prospecto da oferta. O modelo da privatização é o mesmo que foi utilizado pela antiga BR Distribuidora, que pertencia à Petrobras e foi renomeada Vibra.

APETITE

O ânimo do mercado em relação à Eletrobras é refletido na aposta da RPS Capital, de Gustavo Fabrício. A gestora quer pelo menos dobrar sua posição na Eletrobras. Henrique vê potencial de as ações se valorizarem mais de 100% no médio prazo. "A Eletrobras tem muita coisa para dar certo e isso está animando o mercado. Ela é a maior empresa do Brasil e tem um custo mais alto do que as concorrentes. Com uma gestão mais profissionalizada, existirá muito potencial de alta para as ações", afirma Fabrício. (Colaborou André Jankavski)

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Nos últimos meses, alunos de escolas estaduais do Recife apresentaram crises de ansiedade coletiva. Diante dos números, o Ministério Público de Pernambuco (MPPE) se reuniu, na última segunda-feira (30), de forma remota, com a Secretaria de Educação e Esportes do Estado (SEE) para questionar quais ações estão sendo aplicadas nas instituições de ensino para promover suporte psicológico e emocional aos estudantes.

Na reunião, a gerente de Direitos Humanos e Educação Inclusiva, Vera Braga, afirmou que a Secretaria trabalha a inteligência emocional dos estudantes através do projeto Bem Querer. De acordo com Vera, o projeto "é realizado em alinhamento com os gestores das unidades escolares e busca dar atenção aos casos de forma individual, tendo em vista que os alunos trazem para a escola problemas de outros segmentos de suas vidas, como relações familiares".

##RECOMENDA##

Na ocasião, também estiveram presentes o gestor da Escola de Referência em Ensino Médio Mardônio de Andrade Lima Coelho, José Rinaldo da Silva, que relatou a crise ocorrida na instituição, e a chefe da Unidade Projeto Escola Legal, Anair Mello, que ressaltou sobre necessidade de um estudo sobre os crescentes casos de ansiedade. 

"O entorno da escola é complexo, a violência social está muito presente. É preciso fortalecer a intersetorialidade dentro das escolas, pensando na saúde física e mental dos estudantes, fazer um mapeamento das suas redes de apoio", apontou a educadora.

Com as pontuações, o promotor de Justiça do MPPE, Salomão Ismail Filho, solicitou à SEE apresentar, até o dia 4 de julho, o conteúdo programático e a carga horária da disciplina de Educação Socioemocional, trabalhada com os alunos de ensino médio da rede estadual no Recife, assim como, informar sobre a possibilidade de incluí-la no ensino fundamental.

O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) promoverá ações nos próximos dias para marcar o O Dia Nacional da Adoção, comemorado em 25 de maio. A campanha Adotar é Amor, no ar desde 2017, promove uma mobilização digital, com o propósito de engajar os internautas em favor da adoção. Este ano, contará com o apoio da Confederação Brasileira de Futebol (CBF).

Em 27 partidas da 7ª rodada do Campeonato Brasileiro, entre os dias 21 e 30 de maio, serão exibidas faixas da campanha. Além disso, times das séries A e B devem participar de um twittaço no dia 25 de maio, ampliando o apoio para que mais crianças encontrem uma família.

##RECOMENDA##

O CNJ disponibilizou diversos conteúdos gráficos, capa para as redes sociais, material para Twitter, Instagram, Facebook e Stories, que pode, inclusive, ser usado por qualquer pessoa que queira aderir à campanha, usando a hashtag #AdotarÉAmor.

Em anos anteriores, a campanha Adotar é Amor contou com o apoio e a participação do Corinthians e de artistas como Leandra Leal, Giovanna Ewbank, Taís Araújo, Preta Gil, Elza Soares, Fernanda Paes Leme e Daniela Mercury.

A data procura conscientizar a população sobre a importância de adotar e assegurar o direito de crianças e adolescentes à convivência familiar. Segundo dados do Sistema Nacional de Adoção e Acolhimento (SNA), do CNJ, há pouco mais de 4,1 mil crianças e adolescentes aptos para adoção. Dessas, a maior parte não está mais na faixa etária da primeira infância: 3.237 têm mais de 6 anos. Apenas 282 são bebês, com menos de 2 anos de idade.

Dia Nacional da Adoção

No século 16, na Europa, e no século 18, no Brasil, existiam as chamadas rodas dos expostos ou rodas dos enjeitados – uma portinhola giratória –, onde recém-nascidos eram abandonados, deixados aos cuidados de instituições de caridade.

O abandono de crianças e o processo de adoção são questões sociais que atravessam gerações. Por essa razão, surgiu em 1996, no Primeiro Encontro Nacional de Associações e Grupos de Apoio à Adoção, a ideia de criar O Dia Nacional da Adoção. Seis anos depois, a data foi oficializada.

Nos últimos anos, o CNJ tem registrado maior número de adoções de crianças de “difícil colocação” – deficientes, com doenças, grupos de irmãos ou crianças mais velhas. Atualmente, cerca de 17% das crianças aptas para adoção têm problemas de saúde, 10% têm algum tipo de deficiência, 2.207 têm um irmão ou mais. Também estão habilitados no SNA mais de 33,1 mil pretendentes.

O Ministério Público de Pernambuco (MPPE) instaurou, na última quinta-feira (19), um procedimento administrativo para acompanhar as ações da prefeitura do Recife para garantir o direito social à moradia das famílias atingidas pelo incêndio nas palafitas do Pina, na Zona Sul da capital pernambucana.

O MPPE determinou que a Secretaria de Política Urbana e Licenciamento do Recife (SEPUL) encaminhe, no prazo de 10 dias, a ata da reunião realizada no dia 12 de março desde ano, na sede da prefeitura, entre o Executivo municipal e os moradores da área afetada, o "Beco do Sururu". Neste dia, foi deliberado a indenização aos desabrigados no valor de R$ 1.500 e concessão do auxílio-moradia, no valor de R$ 200.

##RECOMENDA##

LeiaJá tambémPai, por que a gente mora aqui?’: O enredo das palafitas

O ministério também quer o cadastro socioeconômico, contendo todas as famílias que serão removidas da localidade atingida pelo incêndio, com o indicativo do tipo de moradia (palafita ou alvenaria) e respectivas indenizações.

A prefeitura do Recife também deve apresentar informações acerca da existência de estudo ou projeto que visam uma destinação social a ser dada ao local após a desocupação das palafitas e das moradias em alvenaria ainda existentes na área afetada. 

Uma relação dos moradores que serão contemplados com unidades habitacionais em algum dos conjuntos atualmente em construção na cidade do Recife, bem como se existem ações voltadas para uma solução habitacional definitiva para as demais famílias retiradas do local também estão entre as solicitações do MPPE.

O Fundo de Investimento Público da Arábia Saudita (PIF), criado pelo príncipe Mohammed bin Salman, comprou uma participação de 5% na desenvolvedora de jogos Nintendo. De acordo com um relatório da empresa de tecnologia Bloomberg, isso significa que o PIF (que vale US$ 500 bilhões, quase R$ 249 trilhões) é agora o quinto maior acionista da companhia japonesa.

A Nintendo, que soube da compra através da mídia, se recusou a comentar a negociação. O PIF disse que a compra foi feita para fins de investimento. Isso faz parte de um esforço conjunto, por iniciativa do PIF, para investir em empresas de jogos. O fundo comprou participações em empresas como Electronic Arts, Capcom, Activision Blizzard e Take-Two.

##RECOMENDA##

“A Arábia Saudita vem intensificando os esforços para criar sua própria indústria de conteúdo, e essa série de investimentos em empresas de jogos japonesas é provavelmente uma maneira de aprender com o Japão”, disse o analista sênior da Toyo Securities, Hideki Yasuda, à Bloomberg.

A Arábia Saudita fez vários desses investimentos no Japão, pois a queda no valor do iene internacional tornou a moeda mais acessível. A razão pela qual a compra é motivo de controvérsia é por causa da própria natureza do PIF e também por problemas diplomáticos acerca do príncipe Mohammed bin Salman.

O líder árabe criou o fundo e é uma figura controversa. A C.I.A. o culpou pelo assassinato do jornalista do Washington Post Jamal Khashoggi. Além disso, a homossexualidade ainda é uma ofensa criminal na Arábia Saudita, o que provocou boicotes internacionais e um distanciamento de grandes empresas do fundo do país. A Nintendo ainda não comentou a venda e pode querer se distanciar do PIF por esses motivos, apontam os analistas.

Em notícias recentes da Nintendo, o presidente da empresa, Doug Bowser, falou sobre as recentes reclamações dos contratados. Axios publicou trechos de um e-mail interno de Bowser, dizendo: “Como muitos de vocês, a equipe de liderança executiva e eu achamos muitos desses pontos preocupantes e estamos analisando de perto o conteúdo.” Ele também falou sobre a “tolerância zero da Nintendo para condutas inadequadas”.

Os planos dos diretores da Netflix para o primeiro trimestre de 2022 foram frustrados por uma perda massiva de assinantes, a primeira da empresa em uma década de streaming. De acordo com o The Hollywood Reporter, a plataforma previu adicionar 2,5 milhões de assinantes durante o período de janeiro a março, mas perdeu aproximadamente 200 mil. O serviço de streaming citou várias razões para a diminuição, incluindo compartilhamento de senha, serviços de streaming rivais e muito mais. 

A Netflix também suspendeu recentemente seu serviço na Rússia após a invasão da Ucrânia, onde havia aproximadamente 700 mil assinantes. As perdas devem continuar no atual trimestre da Netflix, que vai de abril a junho, já que a empresa agora prevê perder outros dois milhões de assinantes. 

##RECOMENDA##

A companhia encerrou o trimestre com 221,64 milhões de assinantes pagos. No final de 2021, eram 221,84 milhões de assinantes. "Nosso crescimento de receita desacelerou consideravelmente, como mostram nossos resultados e previsões abaixo. O streaming está conquistando o linear, como prevíamos, e os títulos da Netflix são muito populares globalmente", disse a empresa em uma carta aos acionistas. 

"No entanto, nossa inserção no âmbito das contas familiares é relativamente alta – ao incluir o grande número de famílias que compartilham contas – e, combinada com a concorrência, está criando ventos contrários no crescimento da receita. O grande impulso da COVID para o streaming obscureceu a imagem até recentemente”, continuou. 

Para combater a questão do compartilhamento de senhas, a Netflix vem testando um novo recurso monetizado no Chile, Costa Rica e Peru. O recurso cobra do assinante principal uma pequena taxa ao adicionar usuários adicionais que moram fora de sua casa. 

"Os membros de nossos planos Standard e Premium poderão adicionar subcontas para até duas pessoas com quem não moram - cada uma com seu próprio perfil, recomendações personalizadas, login e senha - a um preço mais baixo: 2.380 CLP no Chile, 2,99 USD na Costa Rica e 7,9 PEN no Peru", explicou a empresa em seu site. A Netflix ainda não anunciou se há planos de distribuir o recurso globalmente. A empresa também elevou recentemente seus preços entre US$ 1 e US$ 2 nos Estados Unidos e no Canadá, dependendo do plano de assinatura dos usuários.

Anúncios na plataforma

Para oferecer uma assinatura com valor mais baixo, o Netflix cogita lançar planos que tenham anúncios durante a reprodução dos títulos. A informação foi confirmada pelo próprio CEO da empresa, Reed Hastings, em entrevista ao The Hollywood Reporter.

"Vocês sabem que eu sempre fui contra a complexidade da publicidade, e a favor da simplicidade do modelo de assinaturas. Mas, mesmo que eu tenha essa preferência, sou ainda mais a favor do poder de escolha do consumidor. Permitir que eles tenham acesso ao conteúdo que querem de forma mais barata, se não se importarem com as propagandas, faz sentido para mim", disse Hastings.

Após comprar cerca de 9% em participação no Twitter, o CEO da Tesla, Elon Musk, fez uma proposta para adquirir mais ações da operadora da rede social por US$ 54,20 por papel, em um negócio que avalia a companhia em mais de US$ 43 bilhões. Em carta, o bilionário disse que a oferta é a "melhor e última" e que, se não for aceita, ele deve "reconsiderar sua posição como acionista".

Musk informou ainda que o valor proposto representa um prêmio de 54% ante o fechamento do dia anterior ao que o bilionário começou a investir na empresa, e de 38% ante a cotação da véspera do anúncio dos investimentos.

##RECOMENDA##

O empresário ressaltou que decidiu investir no Twitter por acreditar no potencial da plataforma como um veículo de liberdade de expressão, mas que concluiu que a companhia não pode prosperar na estrutura atual. "O Twitter precisa ser transformado como uma empresa privada", destacou.

Após o anúncio, a ação da tech saltava 10,75% no pré-mercado da Bolsa de Nova York, por volta das 8h05 (de Brasília). Com informações da Dow Jones Newswires.

O enorme investimento de Elon Musk no Twitter teve uma nova reviravolta, nessa terça-feira (12), com uma ação alegando que o bilionário atrasou ilegalmente a divulgação de sua participação na empresa para poder comprar mais papéis a preços mais baixos. A queixa no tribunal federal de Nova York acusa Musk de violar um prazo regulamentar para revelar que ele acumulou uma participação de pelo menos 5%. Em vez disso, de acordo com a denúncia, Musk não divulgou sua posição no Twitter até quase dobrar sua posição para mais de 9%.

A estratégia, alega o processo, prejudicou investidores menos ricos que venderam ações do Twitter nas quase duas semanas antes de Musk reconhecer que detém uma participação importante. O processo alega que, em 14 de março, a participação de Musk no Twitter havia atingido um limite de 5% que exigia que ele divulgasse publicamente suas participações sob a lei de valores mobiliários dos EUA até 24 de março. Musk não fez a divulgação exigida até 4 de abril.

##RECOMENDA##

A revelação fez com que as ações do Twitter subissem 27%, privando os investidores que venderam ações antes da divulgação indevidamente atrasada de Musk a chance de obter ganhos significativos, de acordo com o processo. Fonte:

O Ministério do Desenvolvimento Regional autorizou o empenho e a transferência de recursos, no montante total de R$ 2,331 milhões, para o município de Petrópolis (RJ). A liberação dos recursos, para ações de defesa civil na cidade, foi autorizada com a publicação de duas portarias em edição extra do Diário Oficial da União desta quinta-feira, 17. A primeira delas autoriza o repasse de R$ 655,731 mil e a segunda, libera mais R$ 1,676 milhão.

As fortes chuvas que atingiram a região serrana do Rio de Janeiro causaram estragos e mortes em Petrópolis, levando o governo federal a reconhecer oficialmente o estado de calamidade pública do município.

##RECOMENDA##

O presidente Jair Bolsonaro antecipou sua volta da viagem oficial à Rússia e Hungria e irá visitar a região na manhã desta sexta-feira.

O CEO da Tesla, Elon Musk, vendeu mais 934 mil ações da empresa, segundo documentos regulatórios divulgados nesta terça-feira (28). O bilionário também exerceu opção de compra de mais de 1,5 milhões de papéis com vencimento em agosto de 2022.

O executivo já exerceu mais de 22,8 milhões de opções de ações desde que as transações começaram no mês passado. As vendas de ações combinadas nas últimas semanas atingiram um valor de mais de US$ 16 bilhões. A maioria das vendas está ligada a um plano de investimento programado que Musk definiu em setembro, de acordo com divulgações.

##RECOMENDA##

No mês passado, Musk entrevistou usuários do Twitter sobre vender 10% de sua participação da Tesla. O resultado da enquete endossou a ideia. Desde então, o executivo-chefe vendeu cerca de 15,7 milhões de ações. Fonte: Dow Jones Newswires.

O CEO da Tesla, Elon Musk, vendeu mais cerca de 934 mil ações da companhia nesta segunda-feira, 13, para um total de US$ 906,5 milhões, de acordo com registros na Securities and Exchange Commission (SEC, a CVM dos EUA). O último lote leva suas vendas totais para cerca de US$ 11,76 bilhões desde 8 de novembro, um dia depois de uma pesquisa que fez no Twitter, em que seguidores votaram para Musk vender uma participação de 10% da Tesla. Em 9 de dezembro, ele possuía 17,16% do capital da empresa, de acordo com a FactSet Research.

As vendas desta segunda-feira estão relacionadas ao plano traçado de Musk de exercer as opções de ações da administração em vencimento. Musk não teria que exercer essas opções em 2021, e poderia ter esperado até meados de 2022. Se as ações da Tesla continuarem subindo, o exercício precoce acabará sendo uma estratégia de minimização de impostos.

##RECOMENDA##

A principal razão para essa conclusão é a diferença de tributação para ganhos de capital de longo prazo e para rendimentos regulares. Os ganhos de capital são geralmente tributados a uma alíquota mais baixa do que a renda regular. As opções de ações da administração são tributadas como receita normal quando são exercidas. A receita auferida é a diferença entre o preço atual da ação e o preço embutido na opção, multiplicada, é claro, pelo número de opções exercidas.

Às 9h39 (de Brasília), a ação da Tesla recuava 1,35% no pré-mercado das bolsas de Nova York. Fonte: Dow Jones Newswires.

O CEO da Tesla, Elon Musk, vendeu mais 934 mil ações da empresa, no valor total de US$ 963,2 milhões, segundo documentos protocolados na Securities and Exchange Comission (SEC, a CVM americana) nesta quinta-feira (9).

Com as novas transações, o bilionário já se desfez de quase US$ 12 bilhões em papéis da companhia, desde que publicou no Twitter, no mês passado, uma enquete em que perguntava aos seguidores se deveria reduzir em 10% a participação na montadora de elétricos.

##RECOMENDA##

Musk também exerceu a opção de comprar 2,17 milhões de ações, de acordo com os documentos. Após a notícia, a Tesla recuava 1,18% no pré-mercado da Nasdaq, por volta das 7h49.

Todos os domingos a secretária Íris Aparecida dos Santos e mais três voluntários acordam às 5h da manhã, para assar pãezinhos quentinhos. São dois mil pães que vão parar na mesa de famílias carentes de Planaltina (DF) e Planaltina de Goiás (GO). Além dos pães ela distribui sopas e outras refeições. “Tudo, absolutamente tudo, é proveniente de doações. Então o que eu faço é a medida do que eu ganho”, disse.

A vocação para ajudar vem de família. Há 60 anos, o avô de Irís fundou um centro espírita destinado a fazer caridade “Essa questão de ajudar, fazer o bem, eu nasci nesse meio. E sempre fiz, sempre gostei. É minha vida.”, destacou.

##RECOMENDA##

Há seis anos ela cuida do Posto de Assistência Maria de Nazaré (Pamana), que atende cerca de 30 famílias e 60 crianças. Lá, eles têm um trabalho de alfabetização, distribuição de alimentos. Tudo é baseado em doações. 

 “Eu tenho, graças a Deus, uma grande corrente, uma rede de amigos, que são esses amigos que nos ajudam, através da doação de todos os itens, a gente faz bazar, ganho móveis, eletrodomésticos, por todo o DF. E essas vendas vão ajudando a gente a ajudar tantas famílias”. Iris também recebe doações de itens hospitalares como cadeiras de rodas, cadeira de banho e macas, que emprestam para quem precisa. “Eles usam e devolvem. Assim a gente vai ajudando várias pessoas”, comemorou.

Assim como Irís, 48% dos brasileiros fazem ou já fizeram uma ação voluntária. E 71% dos brasileiros têm interesse no voluntariado. Os dados fazem parte de uma de uma pesquisa do Itaú Social e Instituto Unibanco, realizada pelo Datafolha, divulgada em comemoração ao Dia Internacional do Voluntário, celebrado neste domingo (5).

Foram ouvidas 1.871 pessoas, a partir dos 14 anos, com o objetivo de analisar a perspectiva do brasileiro em relação ao voluntariado. Dos entrevistados 28% participa de ações de voluntariado pelo menos uma vez por semana.

Entre as principais causas que gostariam de atuar são de assistência (doação de alimentos, vestuários), projetos de educação, preservação de meio ambiente, saúde, proteção de animais e acolhimento de pessoas em situação de rua.

No que se refere à doação, a maioria dos entrevistados, 91%, costuma fazer algum tipo de doação, em geral de alimentos.

Solidariedade que aumentou na pandemia. A vendedora Fabiana de Oliveira Bezerra Gerber, que ajuda na doação de alimentos em Curitiba conta que, durante esse período, a ajuda foi muito maior e ela conseguiu montar uma cesta de alimentos muito mais recheada.

“Com toda essa crise que veio junto com a pandemia, as famílias [ajudadas] aumentaram Além disso, o centro do qual Fabiana participa ajuda com atendimento fraterno e cursos de capacitação. “O trabalho é muito gratificante: ver o sorriso delas, escutar elas dizerem que a nossa conversa com elas faz bem. Isso não tem preço”, disse.

A coordenadora de Engajamento Social e Leitura do Itaú Social, chama atenção para outro dado da pesquisa: 93% das pessoas entrevistadas reconhecem a importância da ação voluntária, mas 28% acham que é preciso ter formação específica para essa prática. Entre as pessoas não escolarizadas o número chega a 46%.

“Ou seja, as pessoas querem fazer, acham que é importante, mas acreditam que precisa ter uma qualificação. Não porque o trabalho é voluntário que ele pode ser feito de qualquer jeito. Sobretudo quando se trata de ações voluntárias para a educação, é preciso reconhecer os desafios que a educação enfrenta. O voluntário precisa identificar quais são as necessidades do território, para depois planejar ações para que, de fato, sejam adequadas e efetivas.”

O novo marco legal do Saneamento foi considerado constitucional pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Em julgamento finalizado nesta quinta-feira, 2, os ministros da Corte rejeitaram, por sete votos a três, quatro ações que buscavam derrubar a lei, em vigor desde julho de 2020.

Votaram para manter o marco legal integralmente os ministros Luiz Fux, Kassio Nunes Marques, Alexandre de Moraes, Gilmar Mendes, Luís Roberto Barroso, Cármen Lúcia e Dias Toffoli. Já os ministros Edson Fachin, Rosa Weber e Ricardo Lewandowski se posicionaram pela derrubada de alguns trechos da lei.

##RECOMENDA##

O encaminhamento representa uma vitória para o modelo de prestação de serviços idealizado pelo Congresso e pelo governo, cujo principal pilar é permitir uma entrada mais forte de empresas privadas no fornecimento dos serviços de água e esgoto à população. Para isso, a lei determina que as prefeituras só podem contratar empresas para prestar essa atividade por meio de licitação. Até então, os municípios podiam fechar contratos diretamente com as empresas estaduais de saneamento. Com isso, as estatais passaram a dominar o setor nas últimas décadas.

Relatadas pelo presidente do STF, ministro Luiz Fux, as ações que contestaram o marco legal na Corte foram apresentadas pelo PDT, pelo PCdoB, pela Associação Brasileira das Empresas Estaduais de Saneamento (Aesbe) e a Associação Nacional dos Serviços Municipais de Saneamento (Assemae).

Um dos pontos questionados pelos partidos e pelas estatais foi a obrigação imposta aos municípios para licitar os serviços de saneamento. Eles queriam que o STF permitisse o retorno dos contratos de programa, fechados sem licitação.

Para a maioria dos ministros da Corte, no entanto, o modelo escolhido pelo Congresso é válido e não contraria as normas constitucionais. Além disso, os integrantes da Corte destacaram que o formato de prestação de serviços concentrado nas estatais não foi eficiente para a população, vide os números de desatendimentos.

"O status quo que já vinha há muito tempo estabilizou o País em padrões muito insatisfatórios. Portanto, incentivos à concorrência mediante licitação e atração de capitais privados é mudança do paradigma adotado até aqui, com o qual estamos infelizes", afirmou o ministro Luís Roberto Barroso. "É indispensável a superação do preconceito contra a iniciativa privada", disse.

"Transcorridas quatro décadas, essa configuração empresarial continua sendo a principal forma de disponibilização dos serviços, que nós temos assistindo essa absoluta ineficiência", afirmou Fux na leitura de seu voto na semana passada.

Os ministros também argumentaram que a obrigatoriedade de licitação não gera danos às estatais, como foi argumentado. Eles observaram que as empresas públicas estão liberadas para participar dos leilões. Portanto, não haveria favorecimento às companhias privadas a partir do novo marco. "Não se pode demonizar o lucro dos empreendedores, nem afirmar que os serviços só podem ser adequadamente prestados pelo Estado", afirmou o ministro Kassio Nunes Marques.

O ministro Alexandre de Moraes também corroborou com a regra do marco que exige a regularização dos contratos atuais como condição para que eles possam continuar em vigor. "Não é possível que aceitemos que contratos que não estão produzindo o efeito correto se mantenham como estão", afirmou Moraes. Pela lei, os contratos em vigor que não possuírem as metas estipuladas pelo marco terão até 31 de março de 2022 para viabilizar essa inclusão.

A ministra Rosa Weber, do Supremo Tribunal Federal (STF), votou nesta quinta-feira, 2, para declarar inconstitucional uma série de artigos previstos pelo novo marco legal do saneamento, acompanhando a posição do ministro Edson Fachin. Contra a posição dos dois ministros, cinco integrantes da Corte já votaram pela manutenção integral da lei. Quem vota agora é a ministra Cármen Lúcia.

No voto seguido por Rosa Weber, Fachin se manifestou pelo retorno dos contratos de programa - fechados sem licitação entre prefeituras e as estatais de saneamento.

##RECOMENDA##

Antes de Rosa Weber, o ministro Luís Roberto Barroso votou para manter o novo marco legal do saneamento. "A universalização dos serviços de saneamento tem que ser uma obsessão nacional", disse Barroso. "O saneamento básico é a principal política de saúde preventiva conforme parâmetro mundialmente aceito. Por combinar política de saúde pública, proteção ambiental e condições mais dignas de vida, uma política pública ambiciosa e abrangente deve ser opção prioritária para o país", afirmou.

O principal pilar do novo marco legal é permitir uma entrada mais forte de empresas privadas no fornecimento dos serviços de água e esgoto à população. O modelo anterior, concentrado em empresas públicas, foi considerado fracassado ao deixar relevante parte da população desatendida.

Em seu voto, Barroso constatou que a gestão pública não tem os recursos necessários para atender as necessidades do saneamento. "É indispensável a superação do preconceito contra a iniciativa privada", disse o ministro, para quem a imposição de concorrência para a delegação dos serviços e a vedação dos contratos de programa - fechados sem licitação - atendem a Constituição.

"O status quo que já vinha há muito tempo estabilizou o País em padrões muito insatisfatórios. Portanto, incentivos à concorrência mediante licitação e atração de capitais privados é mudança do paradigma adotado até aqui, com o qual estamos infelizes", afirmou Barroso. "O investimento privado em saneamento básico deve ser a mudança de paradigma".

Após o ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), votar para derrubar um dos pilares do marco legal do Saneamento - a obrigatoriedade de licitação -, o ministro Gilmar Mendes antecipou sua posição e votou para manter a lei, em vigor desde julho de 2020. Até o momento, quatro ministros se manifestaram pela constitucionalidade integral do marco legal, em oposição a Fachin.

Por ser o decano da Suprema Corte, Gilmar seria o último a se posicionar no julgamento. Logo após o voto de Fachin, por sua vez, o ministro pediu a palavra para contra argumentar uma série de colocações feitas pelo colega e acabou declarando seu voto no caso. No momento, a sessão está suspensa para intervalo.

##RECOMENDA##

Um dos primeiros pontos rebatidos por Gilmar foi em relação ao retorno dos contratos de programa, fechados sem licitação, o que foi defendido por Fachin. Na fala, o ministro afirmou que o modelo anterior, calcado nesses contratos, levou o Brasil a uma "dura realidade" em termos de atendimento à população. Antes do novo marco, os municípios podiam fechar contratos diretamente com as empresas estaduais de saneamento. Com isso, as estatais passaram a dominar o mercado nas últimas décadas. O formato, no entanto, foi considerado fracassado ao deixar relevante parte da população desatendida.

Para Gilmar, também não contraria a Constituição a parte do marco legal que cobra a adaptação dos contratos atuais à nova lei como condição para continuarem em vigor. Pelas metas do novo marco, até 2033, as empresas precisam garantir o atendimento de água potável a 99% da população e o de coleta e tratamento de esgoto a 90%. "Fixa-se uma meta e tenta-se superar esse quadro altamente constrangedor e secular de atraso", disse o ministro. "O novo marco do saneamento tem regime de transição adequado", continuou Gilmar.

Outro ponto destacado pelo ministro foi a regra do marco que condiciona a contratação de financiamentos com recursos da União ao cumprimento das diretrizes regulatórias editadas pela Agência Nacional de Águas (ANA). Na visão do ministro, tal previsão da lei é uma forma de incentivar a adoção das melhores práticas regulatórias pelos entes federativos. "O design regulatório do novo marco não viola a autonomia dos entes", disse Gilmar.

O ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), votou nesta quinta-feira, 2, para declarar inconstitucional uma série de regras previstas pelo novo marco legal do Saneamento. Até agora, três ministros se manifestaram pela manutenção integral do marco, contra a posição de Fachin.

Uma das discordâncias do ministro é relativa ao principal aspecto da lei: a obrigatoriedade de licitação para os municípios contratarem os serviços de saneamento.

##RECOMENDA##

Fachin também foi contrário a outra importante previsão do marco legal, que é a exigência de adequação dos atuais contratos de programa (fechados sem licitação) como condição para continuarem em vigor.

Para o ministro, essas regras violam a autonomia municipal nos serviços de saneamento e o ato jurídico perfeito. Pela lei, os contratos em vigor que não possuírem as metas estipuladas pelo marco terão até 31 de março de 2022 para viabilizar essa inclusão.

Outro ponto contestado pelo ministro diz respeito ao papel da Agência Nacional de Águas (ANA) como agência reguladora.

Apesar de não discordar da nova atuação do órgão, Fachin disse não ser correto condicionar a contratação de financiamentos com recursos da União ao cumprimento das diretrizes editadas pela ANA, como prevê o marco legal.

O Supremo Tribunal Federal (STF) retomou nesta quinta-feira, 2, o julgamento sobre o novo marco legal do Saneamento, após suspender a análise das ações na quarta-feira, durante voto do ministro Edson Fachin. Três integrantes da Corte já votaram pela manutenção integral da lei, mas Fachin antecipou que irá divergir em alguns pontos.

Até o momento, o ministro apontou ser contrário ao principal pilar da lei do saneamento, que foi impor a obrigatoriedade de licitação para contratação dos serviços no setor.

##RECOMENDA##

Antes do novo marco, os municípios podiam fechar contratos diretamente com as empresas estaduais de saneamento.

Com isso, as estatais passaram a dominar o mercado nas últimas décadas. O formato, no entanto, foi considerado fracassado ao deixar relevante parte da população desatendida.

Páginas

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando