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A cesta básica na Região Metropolitana do Recife (RMR) subiu 5,05% no mês de outubro. Segundo a pesquisa realizada pelo Procon-PE, 14 dos 27 produtos pesquisados subiram de valor. O levantamento ocorreu entre os dias 5 e 8 de outubro.

A pesquisa aponta que o valor da cesta passou de R$ 449,22 em setembro para R$ 471,90 em outubro, tendo um impacto de 45,15% no salário mínimo. Os alimentos que mais subiram de preço foram: o quilo de frango, que passou de R$ 4,95 para R$ 5,99 (21%); o arroz, de R$ 2,98 o quilo para R$ 3,49 (17,11%); e o óleo de soja, com acréscimo de 17,01%. No setor de limpeza e higiene, apresentaram alta o sabão em pó (4,76%) e o papel higiênico (11,88%).

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Entre estabelecimentos, o consumidor pode encontrar diferença de preço de até 252,73%, como é o caso do sabão em pó, e de 209,30%, no quilo da cebola. Foram visitados 20 estabelecimentos no Recife, Olinda, Paulista, Camaragibe, Jaboatão dos Guararapes, Cabo de Santo Agostinho e Ipojuca. 

O levantamento tem como base a cesta básica mensal para uma família composta por quatro pessoas, sendo dois adultos e duas crianças. 

O Procon-PE também fez um levantamento comparativo com o início da pandemia da Covid-19. Dos 27 produtos que fazem parte da cesta básica, 17 subiram de preços em comparação ao mês de março. Tiveram maior aumento: charque de segunda (59,76%), óleo de soja (59,13%) e arroz (42,45%).

Pesquisa encomendada pelo WW Vigilantes do Peso em parceria com a Opinion Box revela que 37% dos brasileiros ultrapassam o consumo diário de até seis colheres de chá de açúcar. A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda a ingestão de até 25 gramas do produto por dia.

O levantamento ouviu mais de mil pessoas, de 18 a 50 anos de idade, em todas as regiões do Brasil. A pesquisa mostra ainda que a falta de conhecimento sobre a presença do açúcar nos alimentos influencia no excesso do consumo.

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Apesar de 85% dos participantes afirmarem que estão cientes das diretrizes da OMS, boa parte deles demonstrou não saber claramente quais alimentos possuem açúcar na composição. Isso porque apenas 23% têm o hábito de ler as tabelas nutricionais "sempre" ou "quase sempre".

A falta de clareza fica ainda mais evidente quando os participantes responderam quais alimentos continham o ingrediente. Enquanto 93% reconheceram que há açúcar em bolos e tortas, o índice cai para 45% na percepção sobre macarrão e massas em geral. Os carboidratos comuns ainda tiveram uma das maiores taxas de consumo semanal dos respondentes (52%), ao lado de outros produtos com açúcar, como doces e biscoitos (53%).

"A OMS considera não só o açúcar que conseguimos ver, como o que adoça o café ou está nas receitas de doces, mas também o que está nos alimentos natural ou artificialmente. Ou seja, o índice de 37% não contabiliza o total de pessoas que ultrapassa a recomendação diária já que, muitas vezes, não sabem quais alimentos contém a substância", avalia o nutricionista do WW Vigilantes do Peso, Matheus Motta.

O conhecimento está ainda mais restrito já que a indústria alimentícia brasileira não tem obrigatoriedade de reportar se o açúcar está presente ou não nos seus produtos. "O que vemos nas embalagens são termos como sacarose, maltodextrina, glucose ou xarope de milho, que são basicamente açúcar disfarçado, mas a maioria das pessoas não sabe", acrescenta Motta.

Os hábitos alimentares mudaram consideravelmente entre os entrevistados da pesquisa durante o isolamento social na pandemia do novo coronavírus. Para 43%, a alimentação "piorou" ou "piorou muito" na quarentena. Além disso, a preferência dos respondentes por alimentos com alta concentração de açúcar cresceu, como doces e biscoitos (25%) e pães (32%), além das carnes (26%).

A pesquisa revelou ainda que os brasileiros aumentaram o consumo de chocolates (21%), bolos e tortas (17%) e bebidas alcoólicas (12%) durante a quarentena, associando os alimentos diretamente aos sentimentos de felicidade e conforto, enquanto o principal motivo para consumir mais os alimentos como macarrão, produtos industrializados, congelados e fast food é a praticidade. Apenas 14% afirmaram que não houve aumento no consumo desses e de outros alimentos durante o período.

O consumo excessivo de açúcar colabora com o desenvolvimento de diferentes doenças no corpo, que podem se manifestar a curto ou a longo prazo. Entre os entrevistados da pesquisa, 91% entendem que consumir muito açúcar pode potencializar o surgimento de diabete; 80% veem a obesidade como um dos principais problemas e 71%, a cárie nos dentes.

"A ingestão desregrada de açúcar também pode resultar em doenças cardíacas, colesterol alto, baixa disposição, acne e dificuldade de foco. Por isso, batemos na tecla de que é importante ter consciência sobre o que o brasileiro está consumindo, além da adoção de hábitos saudáveis para uma vida toda", finaliza o nutricionista do WW Vigilantes do Peso.

Mais da metade dos pernambucanos vive em domicílios com insegurança alimentar, ou seja, sem acesso a alimentos em quantidade e qualidade adequadas, é o que mostram os dados da Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) 2017-2018 divulgados nesta quinta-feira (17) pelo IBGE. O levantamento também aponta que 661 mil pernambucanos, ou seja, 7% da população mora em residências com insegurança alimentar grave, que leva à fome.

O percentual de domicílios em Pernambuco que se encontravam em algum grau de insegurança alimentar quase dobrou em cinco anos, passando de 25,9% em 2013 para 48,3% em 2017-2018. Nessas residências, moravam 4,8 milhões de pessoas, ou seja, 52% da população do estado.

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A pesquisa utiliza a classificação da Escala Brasileira de Insegurança Alimentar (EBIA), considerando o período de referência dos três últimos meses anteriores à data da entrevista. São domicílios considerados em condição de segurança alimentar aqueles em que os moradores têm acesso regular e permanente a alimentos de qualidade, em quantidade suficiente, sem comprometer o acesso a outras necessidades essenciais.

Entre 2017 e 2018, 1,4 milhão de lares em Pernambuco tinha algum grau de insegurança alimentar. Das pessoas que viviam em lares com restrições no acesso à comida, 2,9 milhões (30,8% do total da população) habitavam locais com insegurança leve, 1,3 milhão de pessoas (14,2%) moravam em domicílios com insegurança alimentar moderada e 661 mil pessoas (7%) residiam em lares com insegurança alimentar grave. Com isso, houve um aumento de 156% no número de pessoas com insegurança alimentar moderada ou grave entre 2013 e o período 2017-2018, passando de 777 mil para 1,9 milhão de pessoas em Pernambuco. Este também é o pior desempenho do estado desde 2004, quando apenas 43% dos domicílios tinham segurança alimentar.

Os lares com insegurança alimentar leve são aqueles com alguma preocupação com a quantidade e qualidade dos alimentos disponíveis, tendo incerteza quanto ao acesso no futuro. Nas casas com insegurança alimentar moderada, os moradores conviveram com restrição quantitativa de alimento entre adultos. Já nos domícilios com insegurança alimentar grave, além dos membros adultos, as crianças também passavam pela privação de alimentos, levando à fome.

A pesquisa registrou, no período 2017-2018, pouco mais de 3 milhões de domicílios particulares no estado. Destes, 1.5 milhão (51,7%) estava em situação de segurança alimentar. Nesses lares, moravam aproximadamente 4,5 milhões de pessoas. A comparação com 2013, a última vez em que o tema foi investigado pelo IBGE, na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), aponta o salto no contingente de pernambucanos que passaram a se preocupar em conseguir comida. Naquele ano, eram 74,1% dos domicílios - nos quais viviam 6,5 milhões de pessoas - em situação de segurança alimentar. Isso significa que, em meia década, cerca de 2 milhões de pernambucanos passaram a ter algum tipo de restrição no acesso à alimentação.

A piora nos índices de segurança alimentar não é exclusiva de Pernambuco. Na região Nordeste, 50,3% dos lares estavam em situação de insegurança alimentar em 2017-2018, contra 46,1% em 2009 e 38,1% em 2013. A mesma tendência ocorreu em quase todos os estados brasileiros, exceto no Piauí, única localidade onde a proporção de domicílios com insegurança alimentar diminuiu entre 2013 e 2017-2018. Com esse desempenho negativo, a porcentagem de domicílios brasileiros que tinham algum grau de insegurança alimentar também cresceu, chegando a 36,9% das residências, pior número desde o início da pesquisa, em 2004.

Nos primeiros resultados da POF 2017-2018, divulgados em outubro do ano passado, a alimentação respondia por 21,71% das despesas com consumo das famílias pernambucanas. Entre 2008 e 2009 esse índice era de 24,08% e 27,22% em 2002-2003. Isso significa que outras despesas passaram a consumir uma fatia maior da renda das famílias, reduzindo o percentual destinado a alimentação.

Um levantamento do Procon Pernambuco confirma que a cesta básica na Região Metropolitana do Recife subiu 1,16% no mês de setembro, passando de R$ 444,06 no mês de agosto, para R$ 449,22 em setembro. O órgão de defesa do consumidor salienta que a cesta básica tem um impacto de 42,99% no salário mínimo do trabalhador brasileiro.

O levantamento foi feito pelo Procon-PE em 21 estabelecimentos do Recife, Olinda, Paulista, Camaragibe, Jaboatão dos Guararapes, Cabo de Santo Agostinho e Ipojuca. A análise dos preços é feita em 27 itens, entre alimentação, limpeza doméstica e higiene pessoal.

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O documento mostra que de um estabelecimento para outro, a diferença percentual pode chegar até 402,16%. “Estaremos atentos e fiscalizando os supermercados permanentemente para garantir mais essa ferramenta de consulta ao consumidor e, principalmente, verificar se os estabelecimentos estão praticando superfaturamento”, explica o secretário de Justiça e Direitos Humanos de Pernambuco, Pedro Eurico.

A pesquisa foi realizada entre os dias 01 e 04 de setembro. O levantamento toma como base a cesta básica mensal para uma família composta por quatro pessoas, sendo dois adultos e duas crianças. 

O diferencial da pesquisa do órgão de defesa do consumidor, em relação às que são realizadas por outros institutos, é que neste levantamento é possível identificar o preço de cada item por estabelecimento, fornecendo ao consumidor os locais e endereços onde o produto encontra-se mais acessível. A pesquisa completa pode ser acessada no site do Procon.

Uma nova pesquisa do Instituto Nacional de Estatística da Itália (Istat) mostrou que cerca de seis em cada 10 empresas do setor de turismo, entretenimento e cultura temem não sobreviver após a pandemia do novo coronavírus (Sars-CoV-2).

O relatório apresentado nesta sexta-feira (4) pelo Istat para a Comissão de Orçamento do Senado ainda mostra que 57,8% das empresas de hotelaria e 66,5% daquelas que atuam no setor de alimentação - sejam restaurantes ou não - também estão temendo pelo futuro.

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Quando analisados todos os setores econômicos, 38% das empresas informaram que veem sérios riscos para suas operações no curto prazo, ainda em 2020.

No documento, a instituição ressalta que a emergência da Covid-19 acabou "desorientando" uma parcela significativa das empresas no setor de turismo, sobretudo, entre aquelas de pequeno porte. Em particular, diz o relatório, cerca de uma empresa a cada três que atua com cultura, esporte ou entretenimento não conseguiu implantar nenhuma estratégia de resposta à crise, um índice que cai para menos de 20% nos setores de alimentação e nos serviços de hospedagem.

O Istat pontua que a queda no setor do turismo tem impactos para toda a economia italiana e que a retração vista em outros setores é diretamente afetada pelos problemas turísticos, desde a indústria de alimentos, bebidas e tabaco (-13,9%) até os serviços imobiliários (-9,3%).

Os números seguem na linha de um levantamento realizado pelo Istat entre março e junho, que mostravam que seis em cada 10 hotéis e restaurantes não descartavam o fechamento e que 61,5% daqueles que atuam nos setores de cultura, entretenimento e esportes estavam no mesmo caminho.

O Istat também informou nesta sexta alguns dados consolidados do segundo trimestre, o mais afetado pelo lockdown imposto pelo governo para controlar o avanço da Covid-19, e apontou que o setor de serviços de hotelaria e de alimentação tiveram uma queda de arrecadação de 63% na comparação com o mesmo período de 2019.

A queda geral, incluindo todos os setores, foi de 21%. O setor que mais impulsionou a arrecadação foi o setor de vendas no varejo, que teve uma forte alta de 39% somando os meses de maio e junho - ficando apenas 2,2% menor do que na comparação com o ano passado.

Da Ansa

O arroz e o feijão continuam sendo o carro-chefe da dieta brasileira, em geral acompanhados de alguma proteína animal, segundo números da nova Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF), do IBGE, divulgada na sexta-feira (21). No entanto, segundo o instituto, entre o levantamento de 2008/2009 e este último, de 2017/2018, houve redução no consumo desses alimentos e aumento na ingestão de fast-food.

A frequência do consumo de arroz, por exemplo, ainda é predominante, mas caiu de 82,7% para 72,9%. A do feijão, de 72,1% para 59,7% e a de carne bovina de 43,8% para 34,6%. A de frutas também se reduziu de 45,4% para 37,4%. Na contramão dessa tendência, a frequência na ingestão de sanduíches e pizzas cresceu de 10,5% para 17%.

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Ainda assim, os alimentos consumidos diariamente pelos brasileiros são, na maioria, naturais ou minimamente processados - o que, na avaliação dos especialistas, também é positivo. Mas esse modo de vida pode estar ameaçado pela comida ultraprocessada.

"Alimentos ultraprocessados - os quais, segundo o Guia Alimentar para a População Brasileira, deveriam ser evitados - somam cerca de um quinto das calorias consumidas. A maior participação de alimentos ultraprocessados, em relação ao total calórico, foi para adolescentes (26,7%), sendo intermediária entre adultos (19,5%) e menor entre idosos (15,1%)", acrescenta a pesquisa.

Para André Martins, um dos técnicos responsáveis pelo trabalho, há problemas na alimentação básica dos brasileiros. "O consumo de frutas já era aquém do esperado em 2008 e continua. O consumo de legumes e verduras está abaixo do esperado e ainda há um aumento na ingestão de sanduíches e refeições rápidas, sobretudo no caso dos adolescentes."

Novos hábitos

Há um ano e meio, o servidor público Leandro Rocha, de 39 anos, decidiu mudar sua alimentação. Deixou de lado alimentos prontos e embutidos e introduziu salada crua nas refeições. "Passei a consumir todos os tipos de folhas. Alfaces, rúcula, couve, agrião, folhas de beterraba, acelga e repolho. Antes disso, raramente comia alguma folha."

A mudança aconteceu por dois motivos: vontade de emagrecer e prevenir doenças decorrentes do aumento de peso. "Consegui perder mais de 10 quilos. Hoje estou com 78 quilos." Há um ano, Rocha também tirou o refrigerante. "No começo foi difícil, mas após uns dois meses me acostumei."

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A prática do vegetarianismo vem conquistando cada vez mais adeptos ao redor do mundo, seja por questões sustentáveis ou pessoais. Por isso, o LeiaJá traz algumas dicas para quem pretende deixar de consumir carnes.

nutricionista e especialista em dieta vegetariana Thais Marques orienta que os adeptos precisam fazer substituições inteligentes na hora de se alimentar. "As carnes são fontes de proteína e alto valor biológico. Significa que um filé de frango, por exemplo, contém um tipo de proteína com todos os aminoácidos que precisamos. Ao retirar estes alimentos da dieta, prefira leguminosas, como feijões, grão de bico, ervilha e soja. Faça a combinação de pelo menos duas delas por refeição", explica.

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Para aqueles que encontram dificuldade na transição para uma conduta vegetariana, a nutricionista orienta que é preciso buscar por informação para que se previna qualquer chance de carência nutricional. E para os iniciantes, é possível a recaída.

Há pouco tempo seguindo uma dieta vegetariana, a autônoma Emanuella Rios, 24 anos, confessa nunca ter sido grande fã da proteína animal, mas sentiu dificuldade de excluir carnes do cardápio por causa dos hábitos culturais. "Quando decidi me tornar vegetariana, o mais difícil eram os churrascos que eu frequentava aos finais de semana. Embora já não consumisse mais a proteína animal durante as refeições, pensava que em um churrasco era essencial, até que fui mudando este pensamento em um processo que demandou muita paciência e perseverança", conta.  

Já a vendedora Ellen Christina Silva, 22 anos, que segue uma dieta vegetariana há mais de cinco anos, conta que no início seu organismo careceu de cálcio. "Na época, eu era menor de idade, minha mãe quis me obrigar a voltar a consumir carnes, mas estava firme na decisão", lembra.

A especialista Thais explica que os vegetarianos estritos ou ovovegetarianos (aqueles que excluem leites e derivados da alimentação) devem consumir alimentos vegetais com grande fonte de cálcio, como brócolis, grão de bico, gergelim e aveia. A vitamina B12 também é algo que merece uma atenção especial, já que é a única ausente na dieta baseada em alimentos vegetais, sendo ideal a complementação com um suplemento. A nutricionista também sugere o consumo de frutas cítricas, por conta do ferro, que carregam índices inferiores aos de proteínas animais.

"Conseguimos potencializar essa absorção associando fontes de vitamina C, como laranja, acerola e limão, junto ao consumo de leguminosas e vegetais escuros", orienta Thais, que indica informativos sobre dieta vegetariana, como o Guia Alimentar de Dietas Vegetarianas da Sociedade Vegetariana Brasileira (SVB).

 

Após manter as entregas em pontos específico e por meio de delivery, os restaurantes e lanchonetes das praças de alimentação dos shoppings centers de Pernambuco voltam a receber consumidores nesta segunda-feira (20). Uma série de alterações foram feitas para adaptar o espaço e o atendimento às recomendações sanitárias.

Cada shopping adotou medidas específicas, mas no geral, foi determinada a interdição de mesas para garantir o distanciamento mínimo de 1,5 m. Os estabelecimentos devem disponibilizar álcool 70% e aferir a temperatura dos clientes, que só poderão retirar a máscara de proteção enquanto estiverem se alimentando. As filas serão controladas por adesivos no chão e a limpeza geral do ambiente vai precisar ser reforçada.

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Diante da pandemia e de olho em novas estratégias de negócios, restaurantes e bufês têm apostado na entrega de kits com todos os ingredientes necessários para que, em casa, o consumidor possa montar seu prato predileto. Com o famoso "faça você mesmo", a empresa compartilha seus produtos e o modo como prepara suas receitas, além de estimular o cliente a reproduzir ou recriar uma especialidade do cardápio. No final, os dois lados ganham.

Em meio à quarentena, Giovanna Farina, 21 anos, que já trabalhava com serviços alimentícios, decidiu abrir seu próprio negócio. Ela apostou em um cardápio delivery com o Farina Food Experience, em Guarulhos (SP). "Este é um momento onde as pessoas estão se reinventando, então achei que também deveria tentar", conta ela que, com a ajuda do irmão cozinheiro, criou um menu variado, cujo toque final fica a cargo do cliente. É que eles enviam brindes com molhos e especiarias para que cada consumidor tempere a comida de acordo com o próprio gosto.

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Kits da Farina Food Experience | Foto: Divulgação

Com a Mania de Churrasco Prime Steak, de São Paulo, também é assim. A rede oferece dois kits para churrasco. Com valores que vão de R$ 139 a R$ 259, os pacotes têm 12 hambúrgueres Angus de 150g congelados, 12 pães congelados (crocante ou brioche), 24 fatias de bacon e 24 fatias de queijo. "A ideia é que as famílias possam saborear os nossos burgers também em casa, preparados exatamente como fazemos nos nossos restaurantes ou com a adição de outros ingredientes, de acordo com a criatividade e gosto de cada um", explica o diretor de expansão da empresa, Marcelo Cordovil.

Já Bruna Bertaglia, 24 anos, decidiu investir em caldos e marmitex em Guarulhos (SP). Ao lado da namorada Brenda Menezes, elas preparam variados pratos na semana e incluem batatas inglesas, cujo recheio é entregue na embalagem para seus clientes, que podem decidir a melhor forma de montar no prato, a partir dos ingredientes escolhidos. Em embalagens descartáveis separadas, os sabores disponíveis são carne e frango, além de opções vegetarianas.

 

A pandemia do coronavírus não mudou apenas o jeito de a gente trabalhar e se relacionar. A nossa forma de se alimentar também sofreu uma transformação radical nos últimos meses.

Com restaurantes fechados ao público, quase todo mundo passou a fazer as refeições em casa. Até quem recorreu ao delivery, abrindo brechas para variações no cardápio, tornou-se mais dependente da comida de casa. Mesmo agora, com a flexibilização da quarentena e o retorno gradual ao trabalho, nada indica que a situação vá mudar tão cedo neste quesito.

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Em muitas cidades, os restaurantes ainda deverão demorar algumas semanas para reabrir - e, quando o fizerem, provavelmente o esquema será bem diferente, com maior distância entre as mesas e outras medidas de proteção aos clientes. É provável também que boa parte da clientela potencial, ainda temerosa do contágio, continue a comer mais em casa, fazendo pedidos ocasionais pelo delivery. O melhor, então, é se acostumar ao "novo normal", cuja duração é difícil prever no momento, e tirar o melhor proveito disso.

A questão é que nem sempre comer em casa é sinônimo de uma alimentação de melhor qualidade e mais saudável. Muitas vezes, estar em casa acaba sendo uma espécie de passaporte para todos os tipos de excessos.

"As pessoas estão há muito tempo dentro de casa e muitas vezes acabam descontando a ansiedade na alimentação", diz Marcia Nacif Pinheiro, professora do curso de Nutrição da Universidade Presbiteriana Mackenzie, em São Paulo.

"Quando a gente está em casa e há muitos alimentos disponíveis, fica fácil ir até a geladeira, até o armário, e beliscar o tempo todo. No trabalho, a gente tem horários específicos para se alimentar, tem a hora do almoço, às vezes um intervalo para um café, e consegue manter uma rotina mais rigorosa."

Ainda não há pesquisas aprofundadas e com rigor metodológico sobre a alimentação na pandemia. Mas um levantamento realizado pelo Ministério da Saúde no fim de maio aponta que quatro em cada dez brasileiros alteraram os hábitos de alimentação, para o bem ou para o mal.

Vontade de comer

A pesquisa, feita por telefone com mais de 2 mil pessoas de todo o País, incluía uma única pergunta para apurar se o entrevistado passou a comer mais ou menos.

Não dá para separar, portanto, quantos estão comendo melhor e quantos, pior. De qualquer forma, o levantamento traduz em números o que já se podia deduzir a olho nu: quase metade da população afirma ter mudado os hábitos alimentares durante o confinamento.

Outro estudo, realizado por um grupo de pesquisadores das áreas de endocrinologia, patologia e psicologia, reforça os dados apurados pelo ministério e vai além. Segundo a pesquisa, que ouviu 1.470 pessoas por meio de um questionário online, um em cada dois entrevistados sentiram mais vontade de comer, mesmo quando não estavam com fome, e 23% ganharam peso. Pelo levantamento, o ganho médio de peso foi de 2,6 kg. O intervalo oscilou entre um mínimo de R$ 1,1 kg e um máximo de 12 kg no período.

Um mergulho nas buscas do Google permite entender melhor por que tanta gente engordou na pandemia. O Google não divulga números, mas informa que as receitas mais buscadas no Brasil desde 15 de março, foram, pela ordem, as de panqueca, brownie, bolo, pudim e pão, todas com altos índices de calorias.

Entretenimento

Por meio do Google Trends, é possível obter dados mais detalhados sobre as buscas de receitas. Entre 15 pratos selecionados pela reportagem, as receitas com maior crescimento na quarentena (de 20 de março, quando foi decretado o estado de transmissão comunitária do vírus, a 6 de junho), em relação ao período pré-pandemia (de 1.º de janeiro a 19 de março) foram as de brownie, com alta de 234,2%; de esfiha, com 232,8%; de pão, com 143,1%, de empadão, com 122,3%, e de coxinha, com 121,3% (mais informações nesta pág.).

Mesmo quem sempre se preocupou com uma refeição mais equilibrada passou a comer mais, bem mais do que antes, e a consumir alimentos de pior qualidade nutricional. Não só porque, além da televisão, uma das poucas atividades que restaram foi comer. Cozinhar sozinho ou com a família tornou-se uma forma de entretenimento.

"Uma coisa que a gente tem percebido é que as pessoas não têm ido tanto ao supermercado e têm feito compras online. Por isso, compram alimentos que duram mais, com prazo de validade maior, e os consomem de forma exagerada", afirma Márcia Pinheiro. "Muitas vezes, esses alimentos são mais industrializados e costumam ter uma quantidade maior de gordura, de açúcar e de sódio."

Segundo ela, o preço pelos excessos será cobrado logo mais, tanto pela balança quanto pelo aumento do risco de o consumidor desenvolver ou aprofundar distúrbios cardiovasculares, diabetes e outras doenças. Ainda mais se levarmos em conta que, com as academias e os clubes ainda fechados em quase todo o País, quem fazia exercícios regularmente acabou, em alguns casos, deixando o sedentarismo tomar conta.

"Muitas pessoas não estão fazendo nenhum tipo de exercício e comem só bolo, chocolate e salgadinho. Aí, não tem jeito, engorda mesmo", diz.

Meio-termo

Surpreendentemente, ao contrário do que se poderia imaginar no início da pandemia, um número considerável de brasileiros tem conseguido fazer refeições mais balanceadas, comendo mais vegetais, legumes e frutas, e está até fazendo mais exercícios, para compensar eventuais abusos na quantidade e para se proteger dos efeitos da doença em caso de contágio. De acordo com um estudo da FAO (agência da ONU para agricultura e alimentação), a obesidade é um dos principais agravantes dos males causados pelo coronavírus.

"A gente tem escutado relatos de alguns pacientes que mudaram sua alimentação para melhor, porque passaram a cozinhar em casa, com a família, e a ter mais tempo para fazer as refeições", afirma a nutricionista. "Quando a gente come fora não tem como controlar a preparação dos pratos, dosando a quantidade de óleo, de sal e de açúcar", complementa.

Agora, em sua avaliação, não é preciso deixar de consumir guloseimas e comidas saborosas para ter uma alimentação saudável. O importante, para ela, é encontrar o meio-termo.

"De forma alguma, acredito que é preciso se privar todos os dias desses alimentos industrializados, mas eles têm de ser consumidos com moderação", diz.

"Se, ao longo do dia, você consumir frutas, verduras, arroz com feijão, um frango com pouca gordura, tudo bem comer um chocolate ou tomar um copo de vinho no final do dia. O que não pode é achar que, por estar isolado, dá para comer só porcaria desde o café da manhã até o jantar diariamente. Tem de encontrar um meio-termo, ter prazer na comida, mas não prejudicar a sua saúde." Cabe a cada um de nós encontrar esse ponto de equilíbrio. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A obesidade infantil já é considerada uma epidemia mundial. Além dos fatores genéticos, responsáveis por 70% das causas da obesidade, há também o estilo de vida da criança. As telas dos smartphones e os vídeogames, aliados à baixa qualidade nutricional dos alimentos consumidos e à falta de exercícios físicos, contribuem para que a obesidade infantil atinja patamares assustadores.

Segundo dados divulgados pela Organização Internacional World Obesity, atualmente cerca de 158 milhões de crianças e adolescentes entre 5 e 19 anos convivem com o excesso de peso, e esse número deve aumentar para 254 milhões em 2030 em todo o mundo.

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O Dia da Conscientização Contra a Obesidade Mórbida Infantil, celebrado neste 3 de junho, pretende alertar sobre os riscos da doença e os cuidados necessários para combater esse mal, que afeta milhares de crianças no mundo.

A endocrinologista Lorena Lima ressalta que a família precisa ser o grande aliada para a quebra crescente da obesidade entre as crianças. “Não é proibir, mas colocar limites para ficar na frente da televisão e dos celulares. Programar atividades com a criança que gastem energia, como andar de skate, brincar de pega-pega, o que fazíamos na nossa época de infância”, lembra a especialista, que é endocrinopediatra pela Sociedade Brasileira de Pediatria e doutora pela Universidade de São Paulo.

Outro ponto que a médica enfatiza é a questão alimentar. “Salgadinhos, muito doce, tudo isso é prejudicial. É preciso oferecer frutas, folhas verdes, legumes. É uma troca, nem sempre muito bem vista pela criança, mas que aos poucos faz toda a diferença na qualidade de vida. E muito importante: a família deve dar o exemplo e se comprometer a seguir a mesma alimentação, já que crianças seguem exemplos”, explica a médica.

Quarentena pode ser aliada

Com a pandemia de Covid-19, atividade física e alimentação saudável podem até parecer metas impossíveis. Porém, podem ser uma boa oportunidade de criar bons hábitos. “Para muitos pais que estão em home office, esse pode ser um momento ideal para se aproximar da criança e criar hábitos saudáveis e, consequentemente, estreitar o relacionamento de parceria e confiança”, sugere a doutora.

A especialista também dá as seguintes dicas:

- Criança precisa de rotina, inclusive na hora de comer. “Horários estabelecidos para as refeições ajudam a diminuir a chance de escapar e comer aquele salgadinho”.

- Até para beber água é importante ter uma rotina, fique atento a isso. A água pode inibir a vontade de comer. Não beber água, pelo menos, 30 minutos antes das refeições.

- Outra estratégia é não comer doces e salgadinhos direto do pacote. “Coloque em um pote uma quantidade determinada para que não haja exagero!”.

- Comer um alimento de desejo de vez em quando não é o problema, desde que isso não se torne rotina.

- Deixar frutas à disposição e ao alcance da criança é uma ótima dica para incentivar a alimentação saudável.

Pediatras alertam

Com o confinamento, as crianças acabam se exercitando menos e o consumo de produtos industrializados também pode aumentar. Isso poderia nos levar a um número ainda mais elevado de casos de obesidade infantil pós-pandemia, alerta a Sociedade de Pediatria de São Paulo.

O presidente do Departamento de Nutrição da Sociedade de Pediatria de São Paulo, Rubens Feferbaum, concorda que que essa condição é, na verdade, uma oportunidade para pais, cuidadores e ensino escolar a distância de incentivá-las a terem maior contato com os alimentos, visando à formação e manutenção de bons hábitos.

"A criança pode participar do processo de elaboração das refeições, desde a higienização até o preparo final – atividades que podem ser feitas por diferentes faixas etárias, sob a coordenação de um adulto, e que incentivam práticas alimentares mais saudáveis", diz o pediatra.

A Sociedade de Pediatria de São Paulo alerta para o que não deve ser feito na alimentação infantil:

- Obrigar ou forçar a criança a comer, o que pode gerar conflitos.

- Chantagear a criança. Exemplo: “se comer todo o legume, vai ganhar a sobremesa”.

- Substituir o alimento recusado por outro de preferência da criança.

- Desistir de oferecer o alimento após poucas tentativas.

- Substituir a refeição por pães, biscoitos, leite, em caso de inapetência.

- Obrigar o filho a terminar o prato quando ele não quer mais ou não permitir que ele repita algo, quando pede mais.

A Secretaria de Educação e Esportes de Pernambuco realizará o pagamento da terceira parcela do Cartão Alimentação Escolar no valor de R$ 50, com o objetivo de fornecer as refeições que os estudantes costumavam fazer nas escolas, que se encontram fechadas devido à Covid-19. O pagamento será feito na sexta-feira (22).

Ao todo, 322 mil famílias em situação de vulnerabilidade inscritas no Cadastro Único (CadÚnico) do Governo Federal devem ser atendidas pela medida, que exigiu um investimento de cerca de R$ 16 milhões. As famílias que já receberam o cartão não precisam se dirigir à escola para buscar outro, pois o valor da nova parcela será creditado e ficará disponível para utilização.

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“Cada cartão receberá o crédito de acordo com o número de estudantes daquela família matriculados na rede. Se o beneficiado por responsável por apenas um estudante, será creditado o valor de R$ 50, se for responsável por 2 ou 3 estudantes, será creditado o valor equivalente, ou seja, R$ 100 ou R$ 150 reais”, explicou o secretário de Educação e Esportes do Governo de Pernambuco, Fred Amâncio.

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Na cidade de São Paulo, um levantamento do Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese) e do Programa de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon) registrou alta de 8,12% no valor da cesta básica no mês de abril. Segundo a análise, entre os 39 produtos pesquisados, apenas três tiveram redução de preço na variação mensal.

De acordo com o estudo, o valor médio da cesta, que era R$ 798,10 no último mês de março, passou a R$ 862,87 em abril. Os números ainda mostram elevação de 11,09% entre os itens de higiene pessoal, grupo em que a alta foi maior. Na sequência, ficaram os grupos de alimentação, com subida de 7,73%, e limpeza, com ascensão de 9,68%.

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Na observação individual dos índices, os produtos que mais subiram no mercado foram a cebola (31,28%), o papel higiênico (27,74%), o feijão carioca (19,30%) e a batata (17,56%). Entre os itens que registraram queda nos preços estão o frango (-3,24%), o açúcar (-1,04%) e o creme dental (-0,75%). De acordo com o Dieese e o Procon-SP, a variação anual da cesta básica é de 10,04% com base no mês de dezembro de 2019.

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O cenário imposto pela crise da pandemia acentuou a carência das camadas sociais mais vulneráveis da Região Metropolitana do Recife (RMR). Diante das recomendações sanitárias para ficar em casa e reforçar a higiene, a população em situação de rua busca alternativas para permanecer de pé e evitar ser infectada pelo novo coronavírus. O LeiaJá colheu relatos de quem tem como única opção apoiar-se no assistencialismo para superar o vírus e o preconceito.

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A suspensão do comércio não essencial e a restrição da movimentação de pessoas limitou ainda mais as possibilidades de coexistir na agitação de Recife e Olinda. Sem muita informação sobre o novo coronavírus, desabrigados olham para uma multidão mascarada, em posse de tubos de álcool gel, e tentam entender a gravidade da doença que já matou mais de 1.300 pessoas em Pernambuco.

Para uma vida em bancos de praça e sob marquises, banho e alimentação digna são luxos. Porém, o burburinho sobre as mortes decorrentes da pandemia avança e o medo fez com que buscassem ajuda da gestão pública. Em Olinda, a Casa Três Marias, no Carmo, foi disponibilizada para oferecer higienização, instrução e um lanche aos desabrigados. O município já registrou 1.330 casos confirmados e 97 óbitos, aponta a prefeitura.

No ponto de apoio, cerca de 80 atendimentos são realizados diariamente, no entanto, cerca de 25 desses optam pelo banho, revela a educadora sanitária Laís Spínola. A proposta é evitar a contaminação, ainda que seja difícil permanecer livre em um ambiente tão frágil que é a rua.  

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Quem tem fome, tem pressa

Já no Recife – município com cerca de 507 óbitos -, o Restaurante Popular Josué de Castro, no bairro de São José, permite que a fome seja combatida com a entrega mais de mil quentinhas, das 11h às 14h. O almoço geralmente é uma das refeições adquiridas em uma peregrinação diária, que os necessitados fazem em busca de alimento. 

O ex-pedreiro Danúbio Alves, de 63 anos, relata que sai da comunidade do Bode, um trajeto da Zona Sul ao Centro, para quebrar jejum. O café da manhã é servido no Armazém do Campo, com ingredientes doados por agricultores de assentamentos ligados ao Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). Após almoçar no restaurante popular, ele segue para a Praça do Diário, onde conta com a empatia de grupos voluntários para voltar ao barraco de barriga cheia.

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Além do poder público

Para quem não passa por essa necessidade e se comove com a condição, “a satisfação de doar, de tirar a fome de uma pessoa naquele dia, ver os olhos das pessoas quando a gente chega e ouvir: ‘meu Deus, hoje eu não sabia o que ia comer’, e de repente chega uma marmita [...] não tem nada no mundo que pague”, garante a instrumentadora cirúrgica, Ana Vieira.

Junto a oito familiares, ela encabeça o projeto Almoço Solidário, que distribui a cada quinze dias 200 refeições para quatro comunidades do Janga, em Olinda. Ela se apoia na contribuição de amigos para tocar o projeto.

Enquanto as mulheres ficam responsáveis pelo preparo, os homens dividem-se em dois carros e saem pelas ruas das comunidades fazendo a boa ação. ”A comida que faço na minha casa é a mesma que vai para a doação. É simples, mas é uma comida feita com muito amor e carinho”, assegura Ana. Para ajudar o grupo a manter o trabalho, basta entrar em contato com Freire através do contato 98324.2415.

A atuação de um grupo criminoso que superfaturava prestação de serviços a diversas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) no Rio de Janeiro acabou prejudicando o atendimento à população no período pré-pandemia, ajudando a agravar a situação atual no estado. A constatação é do Ministério Público (MP), que deflagrou nesta quinta-feira (14) a Operação Favorito, em parceria com o Ministério Público Federal (MPF), Polícia Federal e Polícia Civil.

“O desvio de quase R$ 4 milhões é um cálculo que diz respeito a um período anterior à pandemia. Certamente houve prejuízos no atendimento, na medida em que eram recursos que seriam destinados ao financiamento das atividades nas UPAs e que foram destinados para o desvio de agentes criminosos”, disse o procurador Eduardo Santos de Carvalho, em coletiva pela internet.

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A operação, deflagrada nas primeiras horas da manhã de hoje, teve objetivo de cumprir cinco mandados de prisão e 25 de busca e apreensão contra uma organização criminosa que praticou o crime de peculato, ao desviar R$ 3,95 milhões em recursos públicos da saúde.

De acordo com a denúncia, os valores foram repassados à Organização Social Instituto Data Rio (IDR) pela Secretaria de Estado de Saúde (SES) para a administração de UPAs. O desvio dos recursos, segundo o MP, se deu através de pagamentos superfaturados à empresa Dorville Refeições Ltda, atualmente denominada Dorville Soluções e Negócios Ltda, para fornecimento de alimentação às unidades de saúde.

Os mandados foram expedidos pela 3ª Vara Criminal de Duque de Caxias contra Luiz Roberto Martins, Luciano Leandro Demarchi, Lisle Rachel de Monroe, Carla dos Santos Braga e Leandro Braga de Sousa e em seus endereços e locais ligados a eles na capital, Teresópolis, Paracambi e Nova Iguaçu. A operação resultou na prisão dos cinco alvos.

Foi apreendido com os suspeitos pouco mais de R$ 1,8 milhão em dinheiro vivo, sendo que a maior parte, cerca de R$ 1,5 milhão, estava com Luiz Roberto Martins, ex-presidente do IDR e atual presidente do Conselho de Administração da OS, apontado como o chefe da organização.

Segundo o MP, Luiz Roberto "exercia poder decisório sobre a administração do IDR, com o auxílio de Luciano e Lisle, que exerciam as funções de superintendente de serviços de saúde e superintendente financeiro e administrativo da OS, respectivamente".

O Governo de Pernambuco, através da Secretaria de Educação e Esportes, realiza, nesta sexta-feira (15), em todas as escolas da rede estadual, a entrega complementar do Cartão de Alimentação Escolar para as famílias beneficiadas que tiveram seus dados atualizados após a verificação de desencontros de informações entre a base de dados do Cadastro Único do Governo Federal (CadÚnico) e o sistema de informações da Secretaria. 

A instituição informa que as entregas serão realizadas em horários diferentes, conforme a modalidade de ensino e o ano escolar do estudante, para garantir que ocorram com muito tranquilidade e sem aglomerações nas escolas, seguindo todas as recomendações das autoridades de saúde.

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O cartão será entregue ao responsável pelo estudante que estiver portando um documento com foto, na escola onde estuda. A Secretaria reforça que o aluno não deve ir até a escola porque essa medida foi tomada para evitar que ele saia do seu isolamento. Para as famílias que tenham mais de um filho matriculado será entregue apenas um cartão, porém com o valor equivalente a cada estudante. 

Para saber se o estudante está sendo beneficiado pelo Cartão Alimentação Escolar, os responsáveis podem acessar o site da Secretaria, outras informações também podem ser obtidas através do telefone 0800.286.0086 ou por meio do número de Whatsapp (81) 9183.9356 (apenas mensagens de texto), de segunda a sexta, das 8h às 20h.

Cronograma de distribuição

8h: EJA, Travessia e outras modalidades especiais

9h: 6º anos

10h: 9º anos

11h: 1º anos

13h: 8º anos

14h: 2º anos

15h: 7º anos

16h: 3º anos

O que fazer com as milhares de toneladas de batatas ou leite que não forem vendidas na Europa durante os dois meses de confinamento, em um contexto de comoção social e de ameaça de crise alimentar em alguns países do sul?

Com todos os restaurantes e cantinas fechados, parte da matéria-prima destinada a esses setores foi enviada aos supermercados, mas uma grande quantidade ainda não foi consumida, apesar do aumento nas compras de alimentos pelos confinados em casa.

Um dos casos mais emblemáticos é o das batatas: 450.000 toneladas de excedente na França, o maior exportador mundial deste tubérculo e fornecedor de gigantes industriais como o grupo canadense McCain, cujas fábricas estão localizadas no norte da França, Holanda e Bélgica.

Com a crise da Covid-19, existem "entre 3 e 4 milhões de toneladas de batatas sem processar na Bélgica, Holanda, Alemanha e França", estima o Grupo Interprofissional da Batata (GIPT).

As montanhas de batatas devem desaparecer antes da próxima colheita. Caso contrário, "existe o risco de haver depósitos silvestres... na natureza, vetores de focos infecciosos de doenças fúngicas ou contaminação por fermentação", explica à AFP Bertrand Ouillon, delegado do GIPT.

A indústria gostaria de poder redirecionar seus estoques para a fabricação de alimentos para o gado. "Se pudesse haver ajuda pública para o transporte, poderia ser de fato uma ajuda indireta aos agricultores que agora passam apuros", sugere.

- "A crise láctea na Europeia ameaça a África Ocidental" -

Na semana passada, Oxfam e uma dezena de associações de agricultores ou de solidariedade alertaram sobre os riscos de uma "grave crise" para o mercado lácteo na África Ocidental.

Isso se deve ao armazenamento de leite em pó decidido pela Comissão Europeia para aliviar os produtores de leite europeus que não sabem o que fazer com seu leite, manteiga ou queijo.

Entre 2018 e 2019, as exportações de leite em pó da UE para a África Ocidental aumentaram 19%, e agora representam 20% das exportações mundiais da UE, segundo as associações.

Os produtores de leite da África Ocidental tentam desesperadamente ampliar sua produção local para apoiar a agricultura, reduzir a emigração e combater a violência.

No entanto, surge uma solução para os milhares de hectolitros de vinho excedentes nos três principais países produtores do mundo, Itália, França e Espanha: os produtores de vinho pediram e obtiveram permissão de Bruxelas para destilar uma parte... para fabricar álcool em gel.

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Desde a última quinta-feira (7), a Prefeitura de Jaboatão dos Guararapes, na Região Metropolitana do Recife (RMR), está fazendo a distribuição de maio dos kits de alimentação para estudantes da rede municipal. A entrega, entretanto, tem gerado longas filas e aglomeração na entrada das escolas.

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 A reportagem flagrou uma grande fila em frente ao Centro de Formação Profissional Dom Bosco na quinta-feira. Muitas pessoas não usavam máscara e não havia profissionais da prefeitura para fazer a organização

 "Isso é uma humilhação para os pais e responsáveis pelos alunos", disse o desempregado Wilson de Souza, pai de três crianças. "Eu estou aqui aguardando há mais de meia hora."

 Além de alimentos, foi distribuído um kit didático aos estudantes. Apesar de enfrentar as filas e o risco de contaminação, as famílias concordam que os kits têm sido muito importantes. "Esse kit está ajudando muito, muito mesmo. Por isso vim buscar", comentou Wilson de Souza.   

 Procurada, a Prefeitura de Jaboatão informou que a Guarda Municipal e agentes do Procon estão nas ruas para conscientizar a população sobre a importância do isolamento. Uma blitz educativa foi feita em vários bairros na sexta-feira (8) orientando as pessoas a permanecerem em casa. A prefeitura tem cobrado mais presença da Polícia Militar no município.

As famílias voltaram a gastar mais com alimentos no mês de abril. O grupo Alimentação e bebidas saiu de uma taxa de 1,13% em março para 1,79% em abril, maior impacto de grupo sobre a inflação oficial do último mês, uma contribuição de 0,35 ponto porcentual. Os dados são do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) divulgados nesta sexta-feira (8) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Segundo Pedro Kislanov, gerente do Sistema Nacional de Índices de Preços do IBGE, os alimentos ficaram mais caros por uma pressão de aumento na procura, mas também por questões climáticas que prejudicaram algumas lavouras, o que reduziu a oferta de alguns itens in natura.

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A alimentação no domicílio passou de uma alta de 1,40% em março para um avanço de 2,24% em abril. Houve alta de preços na cebola (34,83%), batata-inglesa (22,81%), feijão-carioca (17,29%) e leite longa vida (9,59%).

"Tem um lado de restrição de oferta, tem um lado de aumento da demanda, principalmente no caso dos alimentos que são alimentos menos perecíveis", justificou Pedro Kislanov.

Por outro lado, as carnes ficaram 2,01% mais baratas, no quarto mês consecutivo de quedas.

A alimentação fora do domicílio acelerou de um aumento de 0,51% em março para 0,76% em abril, puxada pela alta do lanche (3,07%). Já a refeição fora de casa teve redução de 0,13%.

Nesta quarta-feira (6), a Secretaria de Educação, Esportes e Juventude (SEEJ) de Olinda vai distribuir kits alimentação para os 25 mil estudantes da rede municipal. A entrega das 125 toneladas de alimentos será feita nas escolas de acordo com a RPA correspondente, até o dia 13 de maio.

O acesso aos locais de entrega será feito por meio de fichas, das 12h às 17h, respeitando o limite de dez pessoas por sala de aula e a distância mínima de 1,5 m. "Nenhum estudante, seja ela uma criança ou um adulto matriculados, deixará de receber, ao menos que os seus pais ou responsáveis não peguem no dia e horário divulgados", garante o secretário de Educação, Esportes e Juventude, Paulo Roberto Souza Silva.

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O segundo lote do kit de Alimentação Emergencial para os estudantes é composto de sete itens: feijão, arroz, fubá, macarrão, leite em pó, biscoito e sardinha. Acompanhe as datas e locais de distribuição:

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