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A lista oficial dos indicados ao Grammy Latino 2021 foi revelada nesta terça-feira, dia 28! Nomes como Giulia Be, Caetano Veloso, Marília Mendonça, Barões da Pisadinha e Maiara e Maraísa compõem a lista.

Na categoria Artista Revelação, Giulia Be é a única brasileira indicada. Nana Caymmi aparece na categoria Álbum do Ano, e Caetano está nomeado em Gravação do Ano. A premiação vai acontecer no dia 18 de novembro.

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Veja, abaixo, a lista completa:

Álbum do Ano

Vértigo - Pablo Alborán

Mis Amores - Paula Arenas

El Último Tour Del Mundo - Bad Bunny

Salswing! - Rubén Blades e Roberto Delgado & Orquesta

Mis Manos - Camilo

Nana, Tom, Vinícius - Nana Caymmi

Privé - Juan Luis Guerra

Origen - Juanes

Un Canto Por México, Vol. II - Natalia Lafourcade

El Madrileño - C. Tangana

Canção do Ano

A Tu Lado - Paula Arenas

A Veces - Diamante Eléctrico

Agua - Tainy & J Balvin

Canción Bonita - Carlos Vives & Ricky Martin

Dios Así Lo Quiso - Ricardo Montaner & Juan Luis Guerra

Hawái - Maluma

Mi Guitarra - Javier Limón, Juan Luis Guerra & Nella

Patria y Vida - Yotuel, Gente De Zona, Descemer Bueno, Maykel Osorbo & El Funky

Que Se Sepa Nuestro Amor - Mon Laferte & Alejandro Fernández

Si Hubieras Querido - Pablo Alborán

Todo De Ti - Rauw Alejandro

Vida De Rico - Camilo

Melhor Artista Revelação

Giulia Be

María Becerra

Bizarrap

Boza

Zoe Gotusso

Humbe

Rita Indiana

Lasso

Paloma Mami

Marco Mares

Juliana Velásquez

Gravação do Ano

Si Hubieras Querido — Pablo Alborán

Todo De Ti — Rauw Alejandro

Un Amor Eterno (Versión Balada) - Marc Anthony

A Tu Lado — Paula Arenas

Bohemio — Andrés Calamaro & Julio Iglesias

Vida de Rico — Camilo

Suéltame, Bogotá — Diamante Eléctrico

Amém — Ricardo Montaner, Mau y Ricky, Camilo, Evaluna Mountaner

Dios Así Lo Quiso — Ricardo Montaner & Juan Luis Guerra

Te Olvidaste — C. Tangana & Omar Apollo

Talvez — Caetano Veloso & Tom Veloso

Melhor Álbum Pop Vocal

Dios Los Cría - Andrés Calamaro

Mis Manos - Camilo

Munay - Pedro Capó

K.O - Danna Paola

De México - Reik

Melhor Álbum Pop Vocal Tradicional

Vértigo - Pablo Alborá

Mis Amores - Paula Arenas

Privé - Juan Luis Guerra

Doce Margaritas - Nella

Atlántico a Pie - Diego Torres

Melhor Canção Pop

Adiós - Sebastián Yatra

Ahí - Nella

Canción Bonita - Carlos Vives & Ricky Martin

La Mujer - Mon Laferte & Gloria Trevi

Vida de Rico - Camilo

Melhor Fusão/Interpretação Urbana

El Amor es una Moda - Alcover, Juan Magan & Don Omar

Tattoo (Remix) - Rauw Alejandro & Camilo

Nathy Peluso: BZRP Music Sessions, Vol. 36 - Bizarrap & Nathy Peluso

Diplomatico - Major Lazer Featuring Guaynaa

Hawái (Remix) - Maluma & The Weeknd

Melhor Interpretação Reggaeton

Tu Veneno - J. Balvin

La Tóxica - Farruko

Bichota - Karol G

Caramelo - Ozuna

La Curiosidad - Jay Wheeler, DJ Nelson & Myke Towers

Melhor Álbum de Música Urban

Goldo Funky - Akapellah

El Último Tour Del Mundo - Bad Bunny

Monarca - Eladio Carrion

ENOC - Ozuna

Lyke Mike - Myke Towers

Melhor Canção Urban

A Fuego - Farina

Agua - Tainy & J Balvin

Dákiti - Bad Bunny & Jhay Cortez

La Curiosidad - Jay Wheeler, DJ Nelson & Myke Towers

Patria Y Vida - Yotuel, Gente De Zona, Descemer Bueno, Maykel Osorbo, El Funky

Melhor Álbum de Pop Contemporâneo em Língua Portuguesa

Cor — Anavitória

A Bolha — Vitor Kley

Duda Beat & Nando Reis — Duda Beat e Nando Reis

Será que Você Vai Acreditar? — Fernanda Takai

Chegamos Sozinhos em Casa — Tuyo

Melhor Álbum de Rock ou de Música Alternativa em Língua Portuguesa

Álbum Rosa — A Cor do Som

Emidoin㠗 André Abujamra

Oxeaxeexu — BaianaSystem

Assim Tocam Meus Tambores — Marcelo D2

Fôlego — Scalene

O Bar me Chama — Velhas Virgens

Melhor Álbum de Samba/Pagode

Rio: Só Vendo a Vista — Martinho Da Vila

Sempre Se Pode Sonhar — Paulinho da Viola

Nei Lopes, Projeto Coisa Fina e Guga Stroeter no Pagode Black Tie — Nei Lopes, Projeto Coisa Fina e Guga Stroeter

Samba de Verão — Diogo Nogueira

Onze (Músicas inéditas de Adoniran Barbosa) — Vários Artistas

Melhor Álbum de Música Popular Brasileira

Canções D'Além Mar — Zeca Baleiro

H.O.J.E — Delia Fischer

Tempo de Viver — Thiago Holanda

Bom Mesmo É Estar Debaixo D'Água — Luedji Luna

Do Meu Coração Nu — Zé Manoel

Melhor Álbum de Música Sertaneja

Tempo de Romance — Chitãozinho e Xororó

Daniel em Casa — Daniel

Patroas — Marília Mendonça, Maiara & Maraísa

Conquistas — Os Barões da Pisadinha

Pra Ouvir no Fone — Michel Teló

Melhor Álbum de Música de Raízes em Língua Portuguesa

Sambadeiras - Luiz Caldas

Do Coração - Sara Correia

Orin A Língua dos Anjos - Orquestra Afrosinfônica

Eu e Vocês - Elba Ramalho

Arraiá da Veveta - Ivete Sangalo

Melhor Canção em Língua Portuguesa

A Cidade — Chico Chico e João Mantuano

Amores e Flores— Melim

Espera a Primavera — Nando Reis

Lágrimas de Alegria — Maneva & Natiruts

Lisboa — Anavitória e Lenine

Mulheres Não Têm que Chorar — Ivete Sangalo & Emicida

No último dia 3, Lady Gaga liberou em todas as plataformas digitais o resultado do disco de remixes 'Dawn of Chromatica'. O álbum da cantora estadunidense reuniu canções já conhecidas do público, com roupagens eletrizantes, presenteando os fãs com a participação de vários artistas. O projeto dela surpreendeu muita gente ao colocar uma brasileira. Pabllo Vittar aparece no disco dividindo os vocais com Gaga na faixa 'Fun Tonight'.

Assim como a drag queen, muitos cantores nacionais conquistaram outros territórios com parcerias incríveis. O LeiaJá destaca cinco músicos brasileiros que 'fecharam firmamento' com artistas internacionais para colaborações avassaladoras, presenteando os fãs com encontros especiais.

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Ivete Sangalo e Brian MckNight

No início dos anos 2000, o astro internacional Brian MckNight convidou a baiana Ivete Sangalo para participar da música 'Back At One'. A canção romântica fez tanto sucesso na época que Ivete decidiu incluir a parceira dela com o cantor no seu terceiro disco da carreira solo, 'Festa', em 2001.

Gilberto Gil e Laura Pausini

A italiana Laura Pausini é um fenômeno mundial. Conhecida pelo seu romantismo, a cantora decidiu regravar o clássico 'Seamisai', do disco 'Le Cose Che Vivi', com a presença do músico Gilberto Gil. O encontro dos dois foi registrado no álbum 'The Best of Laura Pausini: E ritorno da te', lançado há 20 anos.

Roberto Carlos e Jennifer Lopez

Em 2016, Roberto Carlos deixou seus admiradores de queixo caído com a divulgação do single 'Chegaste'. O artista simplesmente dividiu os vocais da canção com Jennifer Lopez, dona dos sucessos 'All I Have', Get Right', 'On The Floor', entre outros. A parceria entre os dois rendeu uma interpretação totalmente em português.

Isabella Taviani e Dionne Warwick

Sucesso na MPB, Isabella Taviani fez uma releitura especial da música 'Close To You'. Fazendo parte do sexto álbum de Isabella, intitulado 'Carpenters Avenue', a canção recebeu um toque majestoso de Dionne Warwick. As duas cantoras brilharam no projeto, lançado em 2016.

Anitta e Madonna

A americana Madonna se rendeu ao funk no disco 'Madame X'. O projeto divulgado em 2019 teve a participação da brasileira Anitta. Na canção, elas se divertem na faixa 'Faz Gostoso'. Madonna chegou a arriscar cantar em português em um dos trechos com Anitta.

O ano é 2021. Uma pandemia de medidas globais que assola o planeta se aproxima de seu segundo aniversário, enquanto em diferentes países do mundo a miséria, violência e até a fome voltam a se instalar com força assustadora. Diante desse contexto, o crescimento na venda de livros e nas assinaturas de serviços de streaming de música e filmes, além de outras plataformas digitais que compartilham arte e cultura, nos provaram o que muitos de nós já sabíamos: elas são de extrema importância para a sobrevivência humana. 

Porém, para consumirmos arte precisamos de pessoas para produzi-la. E pode parecer impensável criar coisas bonitas e que promovam alguma reflexão, ou até abstração, em meio a tamanho caos. Sobretudo no Brasil, onde equipamentos culturais simplesmente pegam fogo - como a Cinemateca Brasileira, consumida por um incêndio em julho deste ano após vários alertas ignorados pelo governo federal -, ao passo que a própria Agência Nacional de Cinema (Ancine) enfrenta uma crise interna que impossibilita o lançamento de novas produções.

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Isso sem contar, ainda, a extinção do Ministério da Cultura, promovida em 2018 pelo governo Bolsonaro, que deu lugar a uma secretaria especial cujo responsável, atualmente o ex-ator Mário Frias, costuma envolver-se em polêmicas por falas racistas e transfóbicas, além de se opor à propostas de fomento à cultura, como o projeto de lei Paulo Gustavo que pretende repassar mais de R$ 4 bilhões para o setor cultural brasileiro. Um dos poucos auxílios pensados durante a pandemia em função da classe artística, que foi duramente atingida pela crise que se instaurou

Apesar de ser possível enumerar muitos outros fatores que ilustram a desvalorização e desmonte da cultura brasileira, nesta terça (24), data em que é celebrado o Dia dos Artistas, o que a classe quer mesmo é comemorar. Kika Farias é atriz, arte educadora, contadora de histórias e produtora, com trabalhos na televisão, cinema e teatro. Para ela, celebrar os artistas e sua capacidade de resiliência e resistência é fundamental nesse momento delicado, porém, com uma ressalva. “A gente tem sim que comemorar a existência deles (artistas), porque se não fosse por causa deles o que seria da nossa pandemia, né? É de se tirar o chapéu para meus companheiros e companheiras de trabalho, porque é por causa deles que eu me inspiro para continuar. A gente tem que comemorar, mas com sabedoria. Vamos comemorar, mas vamos lutar pelos nossos direitos, por políticas públicas que incentivam a cultura e a educação nas escolas, na comunidade, na sociedade”, disse em entrevista exclusiva ao LeiaJá.

Após um período sem subir ao palco, em função dos protocolos de segurança da pandemia, Kika voltou a se encontrar com a plateia em meados deste mês de agosto, para uma sessão única do espetáculo Lendas Nordestinas, contemplado pelo edital de ocupação do Teatro Fernando Santa Cruz, localizado no Mercado Eufrásio Barbosa, em Olinda (PE).

A atriz  fala sobre a importância de iniciativas como essa, que possibilitam a circulação da arte, carente não só de incentivo como também de locais para acontecer. “Tenho percebido falta de espaços, falta de incentivo da prefeitura, do Governo do Estado para realização de eventos, editais - a gente só teve até agora (em Pernambuco) o Funcultura e a Aldir Blanc, é muito pouco pra quantidade de artistas que a gente tem aqui. Temos que fazer com que eles se apresentem e o público assista. A gente tem que buscar o caminho das políticas públicas pra gente poder resguardar nossa memória”. 

Kika se diz uma “funcionária do público” e revela ser um verdadeiro “malabarismo” conciliar o trabalho duro com as questões subjetivas do fazer artístico, parte ‘do espetáculo’ que o público muitas vezes ignora. “Acho que as pessoas que estão muito de fora não percebem o quanto o artista trabalha pra se apresentar durante meia hora. Elas não conhecem esse dia a dia, eles acham que artista é tudo ‘estrela’ e outra coisa, se não tiver na Globo você não é artista”, diz em referência a uma certa romantização e até mesmo estereotipação dos profissionais da arte.   

Tais questões, a atriz aponta como peças de uma engrenagem que, não à toa, teima em girar para o lado oposto do ideal da cultura, que costuma expandir horizontes. “Isso também é uma estratégia política de desmobilização dos artistas. A gente tá diante de um momento pandêmico que é único e com esse governo que tá aí, existe um desmonte da arte de da cultura porque é muito mais fácil manipular um povo sem cultura, sem educação. Isso é estratégia para deixar o povo à margem, isolado, porque a arte une. Você vai para uma brincadeira de ciranda, você segura na mão do outro, cavalo marinho, teatro, música, tudo é coletivo e é ali na união e na troca que a gente se fortalece. Isso é uma estratégia política de colocar a cultura do medo, isolar as pessoas e deixá-las ignorantes. Prato cheio para a manipulação”. 

Arte na coletividade

É também na tentativa de promover a união que o músico Filipe Massa vem pautando o seu fazer artístico. Na estrada há cerca de 20 anos, sendo metade deles à frente d'ACRIA, o músico vem transformando as dificuldades do ofício em oportunidade. “Quando eu comecei, a gente tinha que estourar numa rádio, alguém tinha que ver a gente, eu não sabia nem que caminho seguir, era sempre ‘alguém vai achar’ e hoje não. Hoje você tem um PC, uma placa, um microfone, uma câmera, você grava uma música, grava um videoclipe, você mesmo entra num site de distribuição e distribui, então é mais tranquilo e é até mais divertido produzir, porque você já sabe qual o caminho seguir”. 

Para trilhar esse caminho, o rapper busca produtores, beatmakers e outros artistas que estão no mesmo ‘corre' que ele, assim, o trajeto é compartilhado e acaba transformando-se numa corrente em que todos se apóiam. Seguindo essa lógica, durante a pandemia, Massa deu início a um projeto de lives em seu Instagram, o Live D’Cria, que traz diversos nomes do movimento Hip-Hop para lançamentos de trabalhos e troca de ideias; um espaço para dar visibilidade e “agregar” pessoas, como ele próprio coloca. A resposta do público tem sido positiva e ele já estuda novos formatos para futuras edições, com música ao vivo além do bate papo. 

A expertise de bancar sua arte de forma independente Filipe conquistou na própria lida. As dificuldades passam pelos poucos editais de fomento disponíveis e pela disparidade de pagamentos entre artistas locais e nacionais, com o agravante de que tais iniciativas também não contemplam o rap de forma adequada: “Em vários editais que eu já me inscrevi não tem o rap, então você se inscreve como MPB e quase nunca eles se referem ao rap, que é a música do movimento Hip Hop. A gente percebe que não tem uma atualização dos órgãos públicos”. A observação de Massa ilustra um certo despreparo daqueles colocados a serviço da promoção da cultura no poder público, Diante tais limitações, o rapper garante que é preferível se ‘jogar’ a depender de auxílios como esses. “Resumindo, não se deve esperar por esses órgãos e patrocinadores não. Tem que fazer seu corre e isso aí seria uma bonificação quando rolasse”. 

Acostumado a fazer da adversidade combustível para sua música, Filipe vê na dureza do momento atual um estímulo para realizar cada vez mais. Disposição  e coragem parecem não faltar a este artista. “A arte nunca fez tanto sentido, se fez eu não vivenciei. É tempo de se questionar, essa doença (Covid-19) não ataca só o corpo, ela ataca toda uma estrutura de saúde e também toda uma falta de educação. É uma doença que a gente tem que pensar no próximo, o brasileiro não pensa no próximo, então seria o momento perfeito pra mudar isso. Ao mesmo tempo que eu sinto tantas mortes, eu vejo como o momento certo pra mudar pra melhor, não aceitar mais as coisas que impedem a gente de cresce. É o momento que o rap de mensagem mais faz sentido, a gente tem motivos reais, sempre tivemos, mas temos motivos mais fortes ainda para cantar mais alto, fazer poesia protestando”. 

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Melhores tons

Dedicado às artes plásticas desde 1995, Roberto Ploeg conhece bem todos os melindres pertinentes à vida dos artistas brasileiros. Ele diz não ver “grandes mudanças” nas dificuldades pertinentes à profissão desde quando começou, mas prefere não ater-se a esse tema. Durante conversa com esta repórter, ele preferiu apontar algumas diferenças significativas que vêm sendo promovidas na área pela nova geração. 

Ploeg vê com bons olhos o espírito aguerrido e repleto de independência da nova safra de artistas plásticos da cena pernambucana. Jovens que não esperam por oportunidades, preferindo criá-las para reverter eventuais obstáculos, como a existência de poucos espaços para expor, por exemplo. “Tem iniciativas novas, alternativas de grupos que se formam e que não dependem dessas galerias institucionalizadas. A juventude não espera o ingresso nessas galerias mais conhecidas e faz seus próprios espaços, o bom é isso”. Ele cita uma delas, já extinta, porém. “Em Olinda, um lugar interessante e infelizmente não perceberam o valor disso, foi A Casa do Cachorro Preto. O que se viu ali em relação às artes visuais era muito interessante e agora abriu no Mercado Eufrásio Barbosa novos espaços que também vão dar um pouco mais de presença das artes visuais em Olinda”.

O artista também festeja o crescimento do número de mulheres artistas, que vêm atuando “na cena artística com muito vigor”, e a possibilidade de uma maior democratização da arte, a partir da exploração de plataformas alternativas - entre elas a própria rua, as redes sociais e, por que não, os corpos humanos -,  o que acaba por derrubar o estigma de que as artes plásticas seriam exclusividade de uma determinada classe mais privilegiada.  “Você tem a urban art, ou o grafite, as paredes que estão sendo apropriadas por artistas. Isso torna a visão sobre a produção visual artística mais democratizada. Também tem outros suportes, que não só a tela, hoje em dia você tem muito artista que é também tatuador e tem várias tendências de tatuagem autoral que são verdadeiras expressões artísticas. Essas peles circulam e fazem questão de serem vistas. As artes visuais estão presentes além dos muros e das paredes de galerias e museus”. 

Arte: instrumento de poder

Apesar de parecerem tão diferentes, esses três artistas demonstram uma grande semelhança: o espírito aguerrido. Peças fundamentais para o desenvolvimento da sociedade, eles são também exemplo de dedicação, perseverança e força de vontade. Elementos que corroboram com um poder único pertinente à arte e que faz dela ferramenta de educação, representatividade e fortalecimento. 

Fotos: Rafael Bandeira/LeiaJáImagens

 

Nesta quinta-feira (12) comemora-se o Dia Nacional das Artes, data que visa homenagear todas as manifestações artísticas em suas mais variadas formas, seja cinema, teatro, pinturas ou música. O reconhecimento surgiu por meio do decreto de Lei nº 82.385, de 5 de outubro de 1978 e também, pela Lei nº 6.533, de 24 de maio de 1978, responsáveis por regulamentar a profissão do artista.

Durante suas jornadas, o artista precisa lidar com inúmeros desafios, que vão desde a concepção de suas obras artísticas até a divulgação desses trabalhos. Na cidade de Guarulhos (SP) não é diferente,  a atriz Pamela Regina explica que o município sofre com a falta de políticas públicas para a cultura, uma vez que esta é uma necessidade e um direito do povo. “As ações realizadas pelo governo poucas vezes vão beneficiar de maneira gratuita a população”, lamenta. “Muitas vezes os artistas precisam se organizar de outras formas, para garantir que seus trabalhos sejam feitos e pagos e, ao mesmo tempo, fazer com que a população seja atendida”, complementa.

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Pamela iniciou sua carreira de atriz pelo desejo de vivenciar outras realidades, por querer estar próxima do público e abordar temas que não fariam sentido em uma palestra. Em seu percurso artístico, ela conta que um de seus aprendizados, foi a possibilidade de se colocar no lugar do outro para compreender uma determinada realidade. “Estamos em uma sociedade, agir de maneira coletiva é fundamental para que possamos continuar a existir como sociedade e cada vez mais de maneira igualitária”, destaca.

O educador, mestre em artes visuais, doutorando em artes visuais pela Universidade Estadual Paulista (Unesp) e História da Arte pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), Alexandre Gomes Vilas Boas ressalta que os desafios encarados pelo artista na cidade de Guarulhos são  semelhantes ao que ocorre em outras localidades do Brasil.

Segundo Vilas Boas, Guarulhos poderia ter uma forte estrutura de educação e cultura, mas a administração da Secretaria de Cultura da cidade deixa a desejar nesses pontos. “Quando digo isto, não me refiro, é claro, aos funcionários públicos sérios, comprometidos, que fazem esforços individuais para fazer com que as suas pastas funcionem para além da demagogia de secretários e prefeitos”, critica.

Embora possua bons profissionais em sua área de atuação, que são as artes visuais, Vilas Boas lembra que elas costumam ser interpretadas da maneira errada. De acordo com o educador, os políticos preferem investir em segmentos que agradam às massas. “Claro, me refiro aos politiqueiros. Não aos que têm projeto de governo, o que não é o caso do atual, que desconhece os artistas de Guarulhos.  Não sabe o que se passa nas periferias da cidade. Esse tipo de político só pensa em números”, conta.

Para Vilas Boas, esse tipo de atitude dificulta o trabalho dos artistas, uma vez que locais públicos começam a ser ocupados por interesses que não condizem com a sociedade e espaços que poderiam atender iniciativas de artistas populares, são voltados para o serviço de instituições privadas. “Penso que esse é um retrato quase que espelho do atual governo federal. Desprezam a cultura e a educação como nunca antes”, afirma.

Outro ponto destacado por Vilas Boas, é referente a lei de incentivo à cultura,  a Lei Rouanet, que teve sua ideia distorcida por muitas pessoas. O artista visual explica que embora a Lei possua suas falhas, ela também contribuiu de maneira positiva com diversos projetos. “A sociedade está disposta a entender e estudar sobre? Não, preferem repetir como zumbis que a lei é para artistas ficarem ricos”, lembra o professor.

Diante de toda a situação, Vilas Boas pontua que muitos artistas, para garantir seus empregos, se aliam a pautas que desfavorecem a cultura e apoiam a ditadura. “Já representei e represento a cidade com meu trabalho até fora do país. Mas, sempre, sem qualquer tipo de apoio público (e faço questão que seja assim). Odiaria ter meu nome vinculado a corruptos”, declara.

 A busca pelo reconhecimento

Segundo Vilas Boas, a busca pelo reconhecimento é um conceito que pode gerar inúmeras interpretações. “Penso que todo artista, quando mais jovem, corre o risco de se deixar seduzir por essa ideia. O reconhecimento é sedutor. É um objeto de desejo. Um fetiche”, define. Para o educador, a arte é conhecimento, que nem sempre será convertido em dinheiro.

Apesar do ser humano estar sempre tentado a permanecer em uma zona de conforto, o conhecimento, de acordo com Vilas Boas, gera dúvidas, questionamentos incômodos e mudanças de atitudes. O educador lembra que ao consumir arte, o indivíduo começa a refletir sobre o que acabou de ler, ouvir ou assistir. “Esse conhecimento te promove um reconhecer. Ou seja, você passa a ver algo que não via, revê e reconhece”, descreve.

Vilas Boas define que o reconhecimento pode ser a apreciação por parte da sociedade, pelo trabalho do artista. “As pessoas que compartilham contigo a realidade passam a refletir sobre o que você cria. Trocam, falam, aprendem, ensinam e criam também. Penso que esse seja o maior reconhecimento para alguém que cria. Possibilitar que a vida se transforme a partir do trabalho e assim por diante”, finaliza.

Em um momento em que o posicionamento político de artistas tem sido fortemente cobrado, vários deles fizeram questão de marcar presença em um encontro com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no último domingo (13). Lula esteve no Rio de Janeiro e aproveitou para conversar com os trabalhadores da cultura. Pelas redes sociais, ele frisou a importância da cultura para o desenvolvimento do país e pela recuperação da cidadania. 

Participaram do encontro artistas de diversos segmentos, da música ao teatro, passando pela televisão. Nomes como Marcelo D2, Tonico Pereira, Zé de Abreu, Maria Flor, Dira Paes, Antônio Pitanga, Paulo Betti e Osmar Padro, entre outros, marcaram presença na reunião como ex-presidente.

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Pelo instagram, Lula falou sobre o momento e sobre a importância de ouvir a classe. “Quis fazer esse encontro porque acho que através da cultura a gente pode recuperar a nossa tão sonhada cidadania. É preciso que a gente veja a cultura como uma indústria de produzir cultura e riqueza. A reconstrução desse país passa pela cultura. e temos que lutar por uma cultura que represente esse país em todas suas dimensões. O que eu posso dizer é que é possível fazer isso”. 

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Ao participar do programa 'Altas Horas' desse sábado (05), na TV Globo, a cantora Iza afirmou que os artistas devem ter consciência a respeito do impacto de suas atitudes nas vidas das pessoas. "As pessoas estão olhando para a gente. A gente não está aqui só para pagar as nossas contas", opinou.

Emocionada, a cantora disse, ainda, que as pessoas anônimas têm os artistas como influência. "Então vistam essa camisa, eu acho muito sério e neste momento (de pandemia) o Brasil precisa muito da gente. Fica em casa, cacete", acrescentou.

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Algumas pessoas da internet ligaram a fala da Iza ao posicionamento da atriz Juliana Paes, que foi duramente atacada nas redes após defender a médica Nise Yamaguchi, que foi ouvida na CPI da Covid-19 no Senado. 

Paes chegou a ser chamada de "bolsominion" nas redes e, com os ataques, a atriz decidiu gravar um vídeo para expor sua opinião sobre as acusações. 

“Eu tenho críticas severas a esse que nos governa. Por outro lado, eu tampouco quero que governe essa oposição que se insinua para o futuro. Eu estou em um ambiente que eu não me sinto representada por ninguém”, disse Juliana Paes.

O governador Paulo Câmara anunciou, em pronunciamento nesta terça-feira (27), que a lista com os 493 artistas e entidades culturais contemplados com o auxílio emergencial do Carnaval de Pernambuco já está disponível. Ao todo, 308 grupos ligados à cultura popular, nove à dança e 176 à música, serão beneficiados com auxílios que vão de R$ 3 mil a R$ 15 mil, dentro de um orçamento de R$ 3 milhões disponibilizado pelo Governo do Estado.

Esse processo está sendo coordenado pelas secretarias estaduais de Cultura e de Turismo e Lazer, e os pagamentos serão iniciados a partir da próxima sexta-feira (30). "Sabemos de todas as dificuldades enfrentadas pelo setor cultural, e esse auxílio será fundamental para cantores, cantoras, músicos, blocos, troças, grupos de maracatu, frevo, caboclinhos entre outras manifestações", afirmou Paulo Câmara. A consulta à lista dos contemplados pode ser feita pelo site www.cultura.pe.gov.br.

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O apoio financeiro do Estado irá contemplar os artistas e grupos culturais da tradição carnavalesca que estão impedidos de promover suas atividades por conta da pandemia da Covid-19. Entre eles, cantores, cantoras, blocos, troças, agremiações, grupos de maracatu, orquestras de frevo, caboclinhos, grupos de dança e outras manifestações do ciclo.

*Da assessoria

De luto, a cena musical de Pernambuco foi às redes sociais lamentar a morte do cantor Augusto César, de 61 anos, que faleceu nessa terça-feira (20) em decorrência da Covid-19. O falecimento foi motivo para muitas homenagens de amigos e artistas, que decidiram compartilhar com o público as suas despedidas, como foi o caso de Ivanildo Silva, o ‘Conde’ do brega de Pernambuco, do radialista Geraldo Freire e tantos outros admiradores de César enquanto profissional e pessoa.

Em vídeo publicado na sua página oficial, o Conde Só Brega, visivelmente emocionado, diz que é difícil falar sobre a morte do amigo e companheiro de profissão. “Hoje o mundo da música perde um grande artista e compositor. Suas músicas e sua voz jamais serão esquecidas. Nesse momento de tanta dor e tristeza me solidarizo com sua família. Vai com Deus”, escreveu junto à publicação, por fim, agradecendo a César pela sua trajetória.

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No Instagram do Clube das Pás, espaço cultural na Zona Norte do Recife, o representante da casa de shows lembra o hit ‘Escalada’, tema de várias noites de música em todo o estado, e brinca, emocionado, que o vocalista agora faz a sua “escalada aos céus”. “Deixará saudades, nobre Augusto César. Obrigado por ter feito parte da história do Clube das Pás e ter nos presenteado com seu talento”, escreveu o clube, onde Augusto fez muitas apresentações.

O radialista Geraldo Freire, antigo amigo e fã do trabalho de César, publicou em seu perfil nas redes sociais um vídeo do cantor junto ao também falecido Agnaldo Timóteo. No vídeo, os artistas fazem um dueto da música ‘Não Aprendi A Dizer Adeus’. “Agnaldo Timóteo e Augusto César: duas grandes vozes que agora estão cantando juntas em outra dimensão”, homenageou o jornalista.

O prefeito da cidade do Recife, João Campos (PSB), também se pronunciou a respeito da passagem de César, reconhecendo o legado que o artista deixou na capital pernambucana. “É com pesar que recebo a notícia do falecimento do cantor e compositor Augusto César, um ícone da música romântica e popular que faz parte da memória afetiva do povo recifense, que sempre foi próximo, ao longo de uma carreira repleta de sucessos. Estendo à família minha solidariedade e meus votos de força neste momento de dor”, escreveu nas stories do seu perfil pessoal.

Além de Campos, se manifestaram a Secretaria de Cultura e a Fundação de Cultura da cidade, por meio dos seus representantes. “É a perda de um compositor e cantor que soube tocar os corações, cativando verdadeiros seguidores nas plateias que reuniu'', afirmou Ricardo Mello, secretário. Já José Manoel Sobrinho, presidente da Fundação, fala que Augusto César foi responsável por levar "o romantismo por onde passava, trabalhando com amor à sua arte”.

Yves Ribeiro, prefeito do município de Paulista, na Região Metropolitana do Recife, decretou luto oficial de três dias pela morte do cantor. Nos comentários da nota de falecimento publicada no perfil de Augusto César, diversos artistas ainda dão seguimento às homenagens. Novinho da Paraíba, Otto, Caju e Castanha, entre fãs e familiares, prestam as suas condolências.

Uma carta, assinada sobretudo por artistas de Brasil e Estados Unidos, pede ao presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, que "não se comprometa com quaisquer acordos com o Brasil neste momento". A mensagem elogia a postura de Biden por medidas contra a mudança climática, pela conservação das florestas e pelo respeito "aos direitos humanos e a soberania dos povos indígenas". O documento, datado desta terça-feira, 20, vem a público na semana em que Biden sedia uma cúpula virtual sobre o clima, com Bolsonaro entre os convidados.

Os artistas signatários dizem que compartilham a preocupação de povos indígenas e organizações da sociedade civil na Bacia Amazônica e pelo mundo, diante de "potenciais acordos com o presidente brasileiro, Jair Bolsonaro". "Nós pedimos a seu governo que ouça o apelo deles e não se comprometa com quaisquer acordos com o Brasil neste momento", pedem.

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O texto afirma que a integridade do "ecossistema crucial" da Amazônia está em um "ponto de inflexão", ameaçado pelo governo Bolsonaro, por questões como o desmatamento, incêndios e ataques aos direitos humanos. "Desde que Bolsonaro assumiu em janeiro de 2019, as regulações ambientais têm sido sistematicamente revertidas e as taxas de desmatamento têm triplicado", acusa a carta, que cita invasões de terras indígenas, saques a eles, incêndios e impunidade para os responsáveis.

O grupo defende que não seja feito acordo algum até que o desmatamento seja reduzido, os direitos humanos sejam respeitados e exista uma participação "significativa" da sociedade civil. E recomenda que o governo americano não trate com Bolsonaro, mas "continue a dialogar com a sociedade civil, governos subnacionais, povos indígenas e da floresta da Bacia Amazônica".

Entre os signatários da carta há vários artistas brasileiros, como Sônia Braga, Gilberto Gil, Fernando Meirelles, Marisa Monte, Wagner Moura, Walter Salles e Caetano Velloso. Também há vários americanos, como Alec Baldwin, Leonardo DiCaprio, Jane Fonda, Kate Perry e Joaquin Phoenix. Estão ainda entre os signatários os britânicos Orlando Bloom e Roger Waters.

Sem shows, aniversários e outros tipos de eventos, muitos músicos tiveram que se reinventar durante esse período para poder conseguir seu sustento. Alguns profissionais da música fizeram lives e outros recorreram a trabalhos alternativos. Para falar sobre o assunto, conversamos com o músico Julcimar Nery. Ouça o podcast.

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Na manhã desta quinta-feira (8), a Câmara de vereadores de Camaragibe, na Região Metropolitana do Recife, colocou em pauta de discussão o Projeto de Lei de autoria da prefeitura da cidade, que visa a criação de um auxílio emergencial para os artistas camaragibenses.

Por conta da pandemia da Covid-19, os artistas estão sem poder fazer shows e atividades artísticas em apresentações por conta do novo coronavírus. 

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“É importante vermos a situação dessas pessoas que estão sendo atingidas diretamente com o fechamento do comércio e que precisam levar comida para casa e sustentar suas famílias. Precisamos discutir e chegar rapidamente em um consenso para ajudar essas pessoas”, explicou Paulo André (PSB), presidente da Câmara. Ele apontou que é preciso avaliar o projeto o mais rápido possível.

O governador Paulo Câmara sancionou, nesta sexta-feira (26), a Lei n° 17.165/2021, que institui o Auxílio Emergencial Ciclo Carnavalesco de Pernambuco aos artistas e agremiações impedidos de promover suas atividades durante o período momescos, por conta da pandemia da Covid-19. Criado com recursos do Tesouro Estadual, os R$ 3 milhões serão destinados aos fazedores de cultura, e distribuídos entre um mínimo de R$ 3 mil e um máximo de R$ 15 mil, pagos em parcela única.

“Essa contribuição foi concebida para ajudar as pessoas responsáveis pela tradição cultural do nosso Carnaval, e que não puderam trabalhar este ano. Quero aproveitar para, mais uma vez, agradecer o empenho dos deputados e deputadas, por terem discutido e votado em regime de urgência o projeto, cientes na sua imensa importância”, afirmou Paulo Câmara.

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A Lei vai contemplar pelo menos 450 artistas e grupos ligados estritamente ao ciclo carnavalesco, entre pessoas físicas (cantores e cantoras), orquestras, blocos, troças, maracatus, tribos, caboclinhos, clubes de máscaras, cirandas, afoxés, ursos, escolas de samba, blocos líricos, clube de alegorias, clube de bonecos e outras manifestações ligadas à tradição do Carnaval.

O secretário estadual de Cultura, Gilberto Freyre Neto, informou que na próxima semana o edital para inscrição de candidatos ao auxílio emergencial já estará disponível. “Provavelmente na próxima sexta-feira (05.03) teremos o regramento estabelecido, a partir do lançamento de um edital, para que esses grupos culturais possam se cadastrar e efetivamente participar da distribuição desses recursos”, ressaltou.

Para ter direito ao auxílio, os interessados deverão comprovar domicílio no Estado e ter participado, pelo menos uma única vez, da programação do Carnaval de Pernambuco dos últimos três anos (2018, 2019 e 2020). Além disso, a solicitação também deverá se enquadrar nas categorias Cultura Popular, Dança ou Música. O solicitante, seja grupo ou artista solo, deve desenvolver seu trabalho artístico incorporando elementos das tradições carnavalescas.

As solicitações serão analisadas por uma comissão de avaliação formada por representantes da sociedade civil – por meio do Conselho Estadual de Política Cultura – e por integrantes das secretarias estaduais de Cultura e de Turismo, da Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco (Fundarpe) e da Empresa de Turismo de Pernambuco (Empetur).

De acordo com o secretário de Turismo e Lazer, Rodrigo Novaes, o auxílio chega em um momento decisivo para salvaguardar manifestações e grupos que perderam sua renda. “Essa lei vai dar um suporte aos artistas pernambucanos, diminuindo os efeitos negativos da não realização do Carnaval”, frisou. Além de Novaes e Freyre, o presidente da Fundarpe, Marcelo Canuto, também participou da solenidade de sanção da lei.

*Da Imprensa de PE

A partir da próxima segunda-feira (22), cerca de 160 agremiações e 900 atrações artísticas - entre cantores, bandas, orquestras e grupos de dança - aptas a receber o Auxílio Municipal Emergencial (AME) poderão realizar as inscrições até o dia 9 de março, pela internet.

O AME vai assegurar R$ 4 milhões para amparar a cadeia produtiva e criativa do ciclo carnavalesco da cidade, impactada pela suspensão do Carnaval por conta da pandemia da Covid-19. 

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A Secretaria de Cultura e a Fundação de Cultura do Recife publicaram o extrato com os termos gerais do auxílio neste sábado (20), no Diário Oficial do Recife. A Chamada Pública com o detalhamento das informações está disponível no site da Cultura do município.

Segundo a Prefeitura do Recife, a divulgação das inscrições validadas está prevista para o dia 20 de março, com a publicação do resultado final no dia 30 de março - após prazo para apresentação e avaliação de eventuais recursos.

O AME equivale a 50% do valor máximo unitário de cachê, para atrações artísticas, ou 50% da subvenção, para agremiações, tendo por base o Carnaval de 2020, respeitando um teto de R$ 10 mil para cada pagamento. Nenhuma contrapartida obrigatória será exigida aos contemplados pelos recursos.

Para possível contemplação, as agremiações e atrações artísticas precisam estar sediadas no Recife e ter integrado a programação oficial do Carnaval 2020, promovido pela capital pernambucana. 

A PCR confirma que durante o período de inscrições irá funcionar um atendimento presencial extraordinário no térreo do prédio da prefeitura para pessoas com deficiência ou que não puderem realizar a solicitação pelo site. Para isso, será necessário o agendamento através dos telefones: (81) 3355-8582 e (81) 3355-9013, das 9h às 17h. 

No início de março de 2020, o Brasil começou a embarcar em incertezas e questionamentos assim que a pandemia do novo coronavírus explodiu. Muitas perguntas a respeito da doença causaram espanto entre os brasileiros, principalmente pelo impacto que ela poderia causar no dia a dia.

Como forma de conter o avanço da Covid-19, diversas áreas passaram a sofrer consequências ocasionadas pelo isolamento social, inclusive a parte do entretenimento. Devido às regras estabelecidas pelos governantes estaduais, os eventos tiveram que ser suspensos.

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As festas carnavalescas, por exemplo, tiveram que ser canceladas, só que sem previsão de retorno. Por causa disso, o povo que curte cair na folia vai ter que guardar as fantasias deste ano. Nomes de grande importância do cenário cultural pernambucano, como Almério, Bia Villa-Chan, Josildo Sá, Marília Parente, Almir Rouche, Sérgio Andrade e Gustavo Travassos, também terão que aguardar mais um pouco a emoção de estar no palco.

Em parceria com o LeiaJá, os músicos confortaram por meio de mensagens os foliões que ficaram 'órfãos' do Carnaval 2021.

Veja:

No dia 29 de janeiro de 2021 foi publicado o resultado final do edital audiovisual Aldir Blanc Pará, criado a partir da Lei Aldir Blanc, lei federal no. 14.017, que tem como intuito promover ações para beneficiar e garantir a renda dos artistas audiovisuais e movimentar o quesito cultural do Estado durante a pandemia. O edital foi lançado pela Associação dos Artistas Visuais do Sul e Sudeste do Pará, em conjunto com a Secretaria de Estado de Cultura (Secult Pará).

A artista educadora Ordoênia Lima Chaves, moradora da cidade de Itaituba, no oeste do Pará, foi uma das premiadas. Seu projeto chama-se “Beija-flor, o Cupido da Amazônia”. São aquarelas que têm como objetivo divulgar a importância do ecossistema e mostrar a degradação ambiental que ocorre na atualidade. Com um trabalho visual em forma de e-book, Ordoênia apresentará as diversas plantas, animais e elementos que compõem o ecossistema da Amazônia.

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“O projeto é um desejo pessoal, pois já trabalho com o elemento beija-flor de forma pictórica. No desenvolvimento do e-book será usado como componente em todas as ilustrações o pássaro beija-flor, o qual já faz parte do meu trabalho autoral. Vislumbro nessa proposta uma gama de possiblidades, levando em consideração que o e-book por ser um livro digital, pode levar essas informações e ser lido em qualquer equipamento eletrônico, possibilitando mais celeridade à propagação deste trabalho visual”, disse.

Ordoênia falou como a composição com a aquarela é bem delicada e forte ao mesmo tempo. “O aspecto pictórico, da leveza da técnica, possibilita uma apresentação dos elementos visuais de forma harmônica com a temática em questão”, relatou.

A educadora também descreveu seu sentimento ao representar a Amazônia. “Apresentar a Amazônia é sempre algo fantástico, haja vista que estamos no seio de toda essa fauna e flora, e deixar perpetuado o trabalho visual de toda essa gama de elementos possibilita uma alegria ao artista”, comentou.

A artista destaca a relevância de seu projeto e a importância de ter ganhado o prêmio. “Acredito que pela temática, haja vista que o tema Amazônia é relevante, nosso ecossistema é o equilíbrio do planeta, e nesse momento de impactos ambientais como queimadas e desmatamento gera uma preocupação não só ecológica, mas também artística. Com a minha composição, criatividade e poética, posso demonstrar para todo o público a riqueza do nossa região, com aquarelas da fauna e da flora, fazendo necessário que se divulgue toda essa riqueza para as novas gerações”, assinalou.

Ordoênia disse que a contribuição do edital para o segmento das Artes Visuais é bastante significativa. "Não apenas pela premiação financeira, e sim pela satisfação em ter um trabalho reconhecido e divulgação de trabalhos belíssimos, que possibilitam uma maior visibilidade dos artistas, arte-educadores e demais fazedores de cultura”, finalizou.

Corpos e rostos

A artista visual Rafael Moreira também falou sobre o conjunto de suas obras apresentadas no edital. Sua proposta é fruto de uma pesquisa que vem sendo realizada desde 2017, sobre questões relacionadas a identidades travestigêneres. “O projeto selecionado neste edital se refere a um conjunto de seis obras, em acrílica sobre vidro, que retratam rostos de mulheres trans e travestis em uma composição próxima à que existe no documento de RG. Por isso o nome do projeto é 'Registros Gerais', explicou.

Em entrevista, a artista falou sobre suas inspirações e o processo de criação do projeto. “A inspiração se encontra justamente no meu cotidiano, ao refletir sobre as vivências e narrativas dos corpos e rostos travestis e transexuais inseridos na nossa cultura e sociedade”, afirmou.

Sobre o processo, ela afirma ter tido uma certa facilidade, já que é pesquisadora e tem contato com a área. “Bom, eu sou pesquisadora então houve uma certa facilidade; porém, apesar do edital ter uma proposta de ser inclusivo e ser mais simples, eu entendo que para aquelas pessoas que mais precisam, me refiro a mestres artesãos e gente que está fora da universidade, deve ter sido difícil submeter o projeto neste edital”, comentou.

Rafael falou sobre a visibilidade e oportunidade. “Eu acredito que a importância está em poder produzir obras que viabilizem a nossa existência em um lugar que nega nossos corpos. A importância está na possibilidade de existir enquanto corpo possível. Fora isso eu fico muito feliz com a possibilidade de ter pago as meninas que participaram deste projeto, sem ele eu não teria condições. Nesse momento tão delicado, gerar renda para corpos trans e travestis é algo essencial.”

Para Rafael, o edital a ajudou em relação às artes visuais. “Eu acho que é uma possibilidade de conseguir sobreviver em um cenário que se mostra cada vez mais hostil àquelas pessoas que produzem arte. Tudo fechado, as prioridades são o básico para viver, como viver de uma produção em Artes? Não dá. O povo está condicionado a tentar sobreviver, a produção que faz pensar, que alimenta o espírito, está em segundo plano. Ter esse edital me possibilitou dar continuidade a minha pesquisa.”

É possível encontrar as artistas em suas redes sociais: @ordoenia e @rafaelmmartes

Por Ana Beatriz Coelho, Yasmin Seraphico e Maria Rita Araújo.

 

Um coletivo de artistas e influenciadores digitais liderado pela produtora Paula Lavigne lançou uma campanha nas redes sociais para cobrar de parlamentares um posicionamento público contra a eleição de Arthur Lira (PP-AL) para a Presidência da Câmara. Nomes como Patrícia Pillar, Fábio Porchat, Ingrid Guimarães, Marcelo Adnet e Leandra Leal pedem a adesão à hashtag #LiraNão.

Os participantes da campanha do coletivo 342 Artes têm publicado mensagens parecidas com essa: "Oi, Deputado! Dia 1º é a votação para presidente da câmara. Acredito que estamos do mesmo lado: o oposto do Bolsonaro. Então, peço para você garantir publicamente que não votará em Arthur Lira. Podemos contar com você?"

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Ingrid Guimarães, por exemplo, cobrou o deputado Paulo Pimenta (PT-RS), cujo partido já faz parte do bloco que declarou apoio a Rossi. Leandra Leal marcou o subtenente Gonzaga (PDT-MG). Fábio Porchat, por sua vez, mandou mensagens para Tiago Dimas (Solidariedade-TO) e Rogerio Correa (PT-MG). Julia Lemmertz pediu posicionamento de Rafael Motta (PDT-RN).

Alguns parlamentares já responderam aos questionaramentos. Tabata Amaral (PDT-SP) gravou um vídeo para dizer que apoia a campanha de Baleia Rossi (MDB-SP) por ser "o único candidato independente que tem chances reais de ganhar essa eleição". O deputado Paulo Ramos (PDT-RJ) respondeu à atriz Patrícia Pillar que não votaria em Arthur Lira.

Baleia Rossi agradeceu as manifestações contrárias à candidatura de Lira. "Sei que não é algo pessoal. Mas todos queremos uma Câmara independente", escreveu ele no Twitter.

Pelo Placar da Eleição na Câmara do Estadão, Lira tem 227 votos e Baleia, 132.

Desde o último domingo (17), inúmeros brasileiros vêm celebrando a aprovação do uso emergencial da vacina contra a Covid-19. Muito antes da CoronaVac apresentar sua eficácia, as pessoas que desejam voltar à normalidade já usavam as redes sociais para projetar, com humor, o dia em que fossem contemplados com o imunizante.

Internautas se divertiam em postagens afirmando que estavam prontos para escolher a roupa ideal quando chegasse o dia da vacinação, e até mesmo encarar a fila nos postos de saúde curtindo músicas que fizeram sucesso ao longo de toda a quarentena. Pensando nisso, o LeiaJá separou algumas músicas que merecem disputar o título de 'hino da vacina' em combate ao coronavírus no país.

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Rainha da Favela - Ludmilla

Bum Bum Tam Tam - MC Fioti

Bota Bota - Shevchenko e Elloco, MC Losk e 10G, MC Morena

Bandida - Pabllo Vittar e Pocah

Bota Pra Tremer - Pedro Sampaio

Coisa Boa - Gloria Groove

Nessa segunda-feira (18), após uma manifestação no Palácio do Campo das Princesas, os cantores Wagnho e Palas Pinho decidiram fazer algo diferente. Eles seguiram até a Estação Central do Recife para a realização de uma performance especial, em tom de protesto, para as pessoas que circulavam no local. Palas e Wagnho estraram em um vagão lotado e começaram a cantar.

"Hoje foi dia de cantar para as pessoas que enfrentam metrôs e ônibus aglomerados, foi dia de deixar a viagem deles mais leve, já que não podemos cantar em casas de shows, bares e restaurantes. Fui junto com meu amigo, o cantor Wagnho, cantar em ônibus e metrôs. Foi maravilhoso o carinho que recebemos. Obrigada a todos", explicou a vocalista das bandas Ovelha Negra e Amigas do Brega.

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Depois que se apresentaram no metrô, os músicos percorreram trechos da capital pernambucana de BRT, interpretando grandes clássicos do brega pernambucano. A atitude encabeçada por Palas Pinho e Wagnho, ontem, visa cobrar do Governo de Pernambuco medidas que possam auxiliar os profissionais do setor de entretenimento, já que muitos deles estão sem poder trabalhar devido à pandemia da Covid-19.

Segundo os secretários estaduais de Saúde, André Longo, e de Justiça e Direitos Humanos, Pedro Eurico, em coletiva na semana passada, está temporariamente proibido a realização de festas em bares, restaurantes e comércios de praia, entre outros espaços públicos. Para a gestão, a decisão tem como fundamento evitar qualquer tipo de aglomeração.

O Brasil pediu ajuda aos Estados Unidos para tentar socorrer a rede de saúde do Amazonas após o estoque de oxigênio acabar em vários hospitais de Manaus nessa quinta-feira (14). O pedido é que um avião da US Air Force auxilie no transporte de cilindros de oxigênio para a cidade. "Tem lugar que tem oxigênio, mas não tem uma aeronave que o transporte em cilindro", afirmou o deputado federal Marcelo Ramos (PL-AM). "Estamos tentando, junto à embaixada dos EUA, a liberação de um avião da Força Aérea americana, um Galaxy, para levar o oxigênio", afirmou ele. O Estadão confirmou com o Itamaraty que o pedido já foi feito e a embaixada dos Estados Unidos disse estar "em contato com as autoridades brasileiras para tratar do assunto".

A Força Aérea Brasileira também tem atuado para tentar socorrer a rede de saúde amazonense. Anteontem, uma aeronave levou 8 toneladas de equipamentos hospitalares. Outros dois aviões Hercules C-130 partirão de Guarulhos (SP) com mais cilindros.

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A White Martins, que produz oxigênio hospitalar em Manaus, não está conseguindo suprir a "demanda exponencial" do sistema amazonense e tenta viabilizar a entrega de suas outras plantas. Ela avalia a disponibilidade do insumo em suas operações na Venezuela e "atua para viabilizar sua importação".

Nas contas da White Martins, a demanda por oxigênio disparou cinco vezes mais em duas semanas, alcançando um volume de 70 mil metros cúbicos por dia. A empresa consegue produzir apenas 28 mil metros cúbicos por dia.

Empresas privadas também se movimentam para ajudar. A regional da Moto Honda da Amazônia disse, em nota, que doou 14 cilindros. A Whirlpool formalizou a doação de mais de 3 mil metros cúbicos de oxigênio. De São Paulo, 32 tanques criogênicos aguardam o apoio do governo para serem levados até o Amazonas.

Famílias tentam comprar cilindro por conta própria

No desespero pela falta de atendimento adequado, muitas pessoas estão tentando comprar oxigênio por conta própria para garantir a vida de parentes com sintomas graves de covid-19. O professor de Educação Física Walhederson Brandão Barbosa, de 38 anos, está correndo contra o tempo para não deixar a mãe sem o insumo.

"Já recarreguei o cilindro três vezes e agora estou indo encher um maior; a família toda está mobilizada para mantê-la com oxigênio", conta.

Barbosa relata que a mãe está internada com sintomas de covid-19 na Unidade de Saúde de Pronto-atendimento José Jesus Lins, no bairro Redenção, zona centro-oeste de Manaus. "Às 8 horas, soubemos que faltou oxigênio. Lá dentro eu vi mais de cinquenta pacientes entubados; minha mãe está com boa saturação e está na sala de inalação improvisada no local, mas ainda assim precisa de oxigênio porque está com cateter nasal. Nós estamos comprando agora um cilindro de dez litros e pagando R$ 1 mil."

Sensibilizados com a situação no Amazonas, artistas se mobilizaram nas redes sociais pedindo doações. O humorista Whindersson Nunes divulgou a compra de cilindros para hospitais em Manaus. "Providenciando 20 cilindros de 50 litros de oxigênio pra distribuir nas unidades mais urgentes em Manaus! Alô, meus amigos artistas! Na hora de fazer show é tão bom quando o público nos recebe com carinho né, vamos retribuir?", escreveu Whindersson no Twitter.

Além de cobrar os amigos, Whindersson aproveitou para divulgar os dados das instituições que estão recebendo doações para providenciar oxigênio para a rede pública da cidade. A publicação foi compartilhada pelo comediante Marcelo Adnet. Fãs dos artistas agradeceram a ajuda nas redes sociais.

O apresentador Luciano Huck também reagiu ao post. "Conte comigo nesta corrente do bem. Vou doar também", disse, criticando também o Ministério da Saúde pelo "negacionismo, incompetência e descoordenação".

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O cantor Supla, 54 anos, surpreendeu os fãs ao responder, em suas redes sociais, sobre uma possível parceria entre ele e a cantora Anitta, que também comentou sobre o assunto.

O músico se divertiu com a pergunta e respondeu: "(Seria) Um grande trabalho. Acho que a gente se daria bem porque ela é ariana como eu. Ela é ariana, né?"

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A cantora fez questão de responder o artista e já chamou o músico pelo apelido. "(Nos daríamos) super bem, papito", escreveu Anitta na publicação.

Se a parceria entre os artistas realmente acontecer, esta não seria a primeira colaboração do rockeiro com um artista de gênero musical diferente do seu. Recentemente ele lançou uma parceria com Karol Conká, para o seu último disco "Ego".

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