Tópicos | bolsonaristas

O ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), será o relator da ação direta de inconstitucionalidade (Adin) apresentada pelo presidente Jair Bolsonaro contra ordens judiciais que suspenderam perfis de usuários nas redes sociais.

A peça foi enviada à Corte após o ministro Alexandre de Moraes ordenar ao Twitter e ao Facebook que suspendessem as contas de blogueiros e empresários bolsonaristas investigados no inquérito das fake news.

##RECOMENDA##

Apesar de não citar especificamente a decisão de Moraes, o governo alega que não há respaldo jurídico para as medidas. Fachin foi escolhido diretamente para este caso por ter sido relator de ação semelhante.

O presidente Jair Bolsonaro entrou, neste sábado, 25, com uma ação no Supremo Tribunal Federal (STF) pedindo a suspensão do bloqueio de perfis de bolsonaristas nas redes sociais. O bloqueio temporário dos perfis foi determinado pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF, no âmbito do inquérito das fake news - que apura notícias falsas, ofensas e ameaças contra autoridades. A medida, justificada pela necessidade de "interromper discursos criminosos de ódio", foi solicitada ainda em maio, quando apoiadores do governo foram alvo de buscas em operação da Polícia Federal.

Os apoiadores do presidente foram banidos do Twitter e Facebook nesta sexta-feira, 24. Um total de 16 contas e 12 páginas de influenciadores bolsonaristas estão bloqueadas.

##RECOMENDA##

Nas redes sociais, os bolsonaristas passaram a usar contas alternativas para atacar o Supremo e a cobrar um posicionamento de Bolsonaro sobre o que eles consideram cerceamento à liberdade de expressão. A resposta veio no dia seguinte, neste sábado.

O Estadão/Broadcast teve acesso à íntegra da ação protocolada no STF, neste sábado. Numa demonstração de força contra o autor do bloqueio das contas, o relator do inquérito das Fake News, Alexandre de Moraes, a Ação Direta de Inconstitucionalidade, com pedido de medida cautelar, tem como autor o próprio presidente Jair Bolsonaro. Junto com o mandatário, assina a ação o advogado-geral da União, José Levi Mello do Amaral Júnior.

A medida foi anunciada na noite deste sábado no Twitter do presidente da República. "Agora às 18hs, juntamente com a @AdvocaciaGeral, entrei com uma ADIn no STF visando ao cumprimento de dispositivos constitucionais. Uma ação baseada na clareza do Art. 5º, dos direitos e garantias fundamentais", disse Bolsonaro.

De acordo com a peça, não há, no ordenamento jurídico brasileiro, respaldo legislativo específico que possibilite bloqueio ou suspensão de funcionamento, por ordem judicial, de plataformas virtuais de comunicação. "Algumas dessas mídias exigem, como condição de adesão, a anuência dos usuários a uma cartilha de conduta, que, em alguns casos, pode resultar na suspensão das atividades das respectivas contas. Trata-se, porém, de uma disciplina civil, que não tem qualquer pertinência com a interpretação do alcance do poder judicial de impor restrições no âmbito do processo penal e das fases pré-processuais", argumenta a AGU.

Bolsonaro alega, na ação, que o desbloqueio das contas é necessário para "assegurar a observância aos direitos fundamentais das liberdades de manifestação do pensamento, de expressão, de exercício do trabalho e do mandato parlamentar, além dos princípios da legalidade, do devido processo legal e da proporcionalidade".

O governo alega que o avanço de episódios dessa natureza, "sem um maior amadurecimento do debate constitucional sobre o alcance dos poderes de cautela no processo penal, tem colocado em risco liberdades constitucionalmente protegidas".

Na ação, a AGU faz uma ampla defesa da liberdade de expressão, alegando que o bloqueio ou a suspensão de perfil em rede social priva o cidadão de que sua opinião possa chegar ao grande público, "ecoando sua voz de modo abrangente"."Nos dias atuais, na prática, é como privar o cidadão de falar. A desproporcionalidade das medidas de bloqueio das contas em redes sociais é ainda mais evidente quanto a investigados protegidos pela cláusula de imunidade parlamentar", diz um trecho do documento.

A AGU ressalta que a adoção de medidas cautelares obstativas do direito de manifestação em plataformas virtuais limita o livre exercício do mandato popular. "A internet e as redes sociais proporcionam uma verdadeira e ampla ágora virtual, o que revela e potencializa as nossas virtudes e dificuldades. Por isso mesmo, há quem escolha caminhos construtivos, mas há, também, quem escolha caminhos diversos."

As plataformas cumpriram a determinação, de dois meses atrás, após serem intimadas na quarta-feira, 22, pelo próprio Alexandre, sob multa de pena diária de R$ 20 mil em caso de descumprimento.

Entre os alvos da ordem judicial estão o ex-deputado federal Roberto Jefferson (PTB), os empresários Luciano Hang e Otávio Fakhoury, a extremista Sara Giromini, os blogueiros Allan dos Santos, Bernardo Kuster e Winston Lima, o humorista Reynaldo Bianchi, o militante Marcelo Stachin e o assessor Edson Pires Salomão, chefe de gabinete do deputado estadual de São Paulo Douglas Garcia (sem partido).

O Supremo Tribunal Federal pediu, nesta sexta-feira (24), a suspensão de contas no twitter de apoiadores do presidente Jair Bolsonaro, investigados no inquérito das fake news. Entretanto, segundo a CNN, como o pedido restringe o acesso em território nacional, os bolsonaristas conseguiram postar alterando a localização para voltar a ativa nas redes. 

Os alvos do inquérito como Allan dos Santos, Sara Winter, Roberto Jefferson, Bernardo Küster, Luciano Hang entre outros tiveram suas redes suspensas após a decisão judicial pedida por Alexandre de Moraes. Mas a decisão não foi suficiente para interromper alguns deles. 

##RECOMENDA##

Os bolsonaristas alteraram suas localizações para voltar a publicar, pois a decisão interrompe o acesso apenas no Brasil e não um bloqueio total da conta. O blogueiro Bernardo Küster afirmou que não recebeu nenhuma intimação sobre a decisão e chamou o inquérito de “ilegal”.

Sara Winter, que já chegou a ser presa pela Polícia Federal, voltou a direcionar seus ataques para o autor do pedido Alexandre de Moraes e o chamou de “ditador de merda”.

Acusados reagiram a decisão do STF após "burlarem" o pedido. Foto: Reprodução/Twitter

Apoiadores bolsonaristas foram suspensos do Twitter nesta sexta-feira, 24, por determinação do Supremo Tribunal Federal (STF), segundo informou a plataforma.

As contas do ex-deputado federal Roberto Jefferson (PTB), dos empresários Luciano Hang e Otávio Fakhoury, da extremista Sara Giromini e do blogueiro Allan dos Santos estão fora do ar no Brasil.

##RECOMENDA##

O bloqueio temporário das contas foi determinado pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), no âmbito do inquérito das fake news - que apura notícias falsas, ofensas e ameaças contra autoridades. A medida foi justificada pela necessidade de 'interromper discursos criminosos de ódio' e solicitada ainda em maio, quando aliados do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) foram alvo de buscas em operação da Polícia Federal.

Influenciadores

O blogueiro Allan dos Santos foi identificado pela Polícia Federal como um dos 'influenciadores' do esquema de divulgação de ofensas e fake news contra o Supremo.

Segundo os investigadores, foi detectada a existência de um 'mecanismo coordenado de criação e divulgação' das mensagens contra ministros. Os perfis de influenciadores utilizavam seus seguidores para criar hashtags que atacassem o STF, para só então reproduzi-las em suas contas. Dessa forma, ficaria seguros de que não foram eles os responsáveis pela criação das hashtags.

A PF identificou indícios que as publicações sejam disseminadas por meio de robôs com o objetivo de atingir número expressivo de leitores - o mecanismo seria financiada por empresários 'de maneira velada'.

Busca no Twitter entre 7 a 11 de novembro do ano passado identificou publicações que utilizavam termos de ataques contra a corte, como #STFVergonhaNacional e #STFescritóriodocrime, além dos nomes dos ministros e palavras-chaves como Impeachment e Supremo.

Em comum, ao menos onze perfis 'influcienciadores' que se seguem foram identificados, incluindo Allan dos Santos.

Um dos exemplos citados pela PF ocorreu no dia 07 de novembro, quando os 'influenciadores' iniciaram ataques dizendo que o STF é 'uma vergonha', clamando por impeachment contra os ministros, mas sem utilizar a hashtag #ImpeachmentGilmarMendes.

A hashtag foi criada por seguidores dessas contas, que passaram a responder os perfis 'influenciadores' utilizando o termo. Somente no dia 11 de novembro que dez dos onze perfis investigados passaram a utilizar a hashtag para impulsionar o ataque, de forma a alcançar o 'trend topics' (assuntos mais comentados) do Twitter.

"Assim, os perfis influenciadores não apareciam como criadores da hashtag que simboliza o ataque", aponta a PF.

Empresários

O dono da rede de lojas de departamento Havan, Luciano Hang, é suspeito de participar do núcleo financeiro supostamente responsável pelo impulsionamento de vídeos e materiais 'contendo ofensas e notícias falsas com o objetivo de desestabilizar as instituições democráticas e a independência dos poderes'.

Empresários do grupo autodenominado 'Brasil 200 Empresarial' são suspeitos de pagar pela divulgação dos conteúdos nas redes sociais.

COM A PALAVRA, O EMPRESÁRIO OTÁVIO FAKOURY

Nesta sexta-feira (24), o empresário Otávio Fakhoury foi surpreendido com a suspensão de suas contas em redes sociais. De acordo com o advogado João Manssur, que representa Fakhoury, a medida é desproporcional e contrária ao princípio da liberdade de expressão.

O advogado havia impetrado Habeas Corpus contra ato praticado pelo Ministro Alexandre de Moraes relator do inquérito das "fake news" por suspensão de contas em redes sociais.

O Procurador Geral da República, Augusto Aras, opinou pela concessão da ordem pleiteada para que seja desbloqueado os perfis de Fakhoury das redes sociais.

Porém, hoje (24/07), os perfis em redes sociais de Fakhoury foram bloqueados.

"A medida de bloqueio acarreta verdadeira censura por impedir a manifestação do pensamento de Fakhoury, garantida pelo amplo sistema de liberdade de expressão consagrado pela Constituição Federal. O próprio STF já conferiu entendimento no sentido de que a liberdade de expressão goza de certa posição preferencial. Gritante a violação ao direito de Fakhoury à livre manifestação de seu pensamento com o bloqueio de contas das redes sociais, uma verdadeira censura", afirma o advogado João Manssur.

[@#podcast#@]

LeiaJá também

-> Luciano Hang diz que nunca fez fake news contra o STF

-> Moraes envia notícia-crime contra família Bolsonaro à PGR

-> Face derruba rede de fake news ligada à família Bolsonaro

Apenas deputados bolsonaristas votaram contra a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) do Fundo de Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb), principal mecanismo de financiamento do ensino básico no País, no primeiro turno da votação da Câmara. Foram 499 votos a favor.

Bia Kicis (PSL-DF), Chris Tonietto (PSL-RJ), Filpe Barros (PSL-PR), Junio Amaral (PSL-MG), Luiz Philippe (PSL-RJ), Marcio Labre (PSL-RJ) e Paulo Martins (PSC-PR) foram os únicos votos contrários. Todos são apoiadores do presidente Jair Bolsonaro.

##RECOMENDA##

Apesar da liderança do governo na Câmara, Major Vitor Hugo (PSL-GO), ter votado a favor, a aprovação marcou uma derrota para o governo. O Palácio do Planalto enviou propostas de modificações ao texto que foram rechaçadas.

O Palácio do Planalto queria carimbar parte do dinheiro do Fundeb para um programa de renda mínima ainda a ser criado e também "pular" o ano de 2021, período em que haveria um vácuo para o programa. No entanto, não houve base suficiente para aprovar essas mudanças, apesar de lideranças do Centrão tentarem atuar em favor da equipe econômica.

O desdobramento da investigação relacionada aos atos antidemocráticos aponta que quatro deputados federais do PSL financiaram as manifestações com dinheiro público. Os representantes do antigo partido do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) repassaram cerca de R$ 30 mil da cota parlamentar para divulgar os atos, segundo o Globo.

Os defensores de Bolsonaro na Câmara investigados são os parlamentares: Bia Kicis, Guiga Peixoto, Aline Sleutjes e General Girão teriam repassado valores para a Inclutech Tecnologia de Informação. A empresa pertence ao publicitário Sérgio Lima, que também é responsável pela marca do Aliança pelo Brasil, partido que o presidente ainda tenta fundar.

##RECOMENDA##

“(...) No ecossistema de redes sociais e propagação de ideias de mobilização social e realização de manifestações ostensivas nas ruas, há participação de parlamentares tanto na expressão e formulação de mensagens, quanto na sua propagação e visibilidade, quanto no convívio e financiamento de profissionais na área”, explicou o vice-procurador-geral da República, Humberto Jacques, no inquérito.

Jacques ainda destaca que a rede organiza as manifestações antidemocráticas através de uma forma "integralmente estruturada de comunicação virtual voltada tanto à sectarização da política quanto à desestabilização do regime democrático para auferir ganhos econômicos diretos e políticos indiretos”.

Em sua defesa, a deputada Bia Kicis contrariou o inquérito da Procuradoria-Geral da República (PGR) e afirmou que "ao contrário das ilações feitas nesse inquérito ilegal e abusivo, os gastos são para divulgação de mandato parlamentar, são legais e estão previstos no regimento da Câmara”.

A assessoria do deputado General Girão informou que não houve financiamento de manifestações. A nota ainda frisou que os contratos com a Inclutech foram por serviços da própria logomarca do deputado, criação e manutenção do site, e produção de relatórios diários de notícias. "O deputado General Girão não concorda e nunca se manifestou a favor do fechamento do STF ou de eventual quebra da normalidade democrática", pontua.

O comunicado enviado por Guiga Peixoto também se opõe ao inquérito. "O que posso assegurar é que não contratei nenhuma empresa para veicular na minha ou em qualquer outra rede social, qualquer tipo de manifestação, seja democrática ou antidemocrática", diz.

Já a deputada Aline Sleutjes e sua defesa relataram que " não tiveram acesso à integralidade dos autos do Inquérito, porém afirmam, desde logo, que em momento algum houve, por parte da Parlamentar, financiamento econômico ou qualquer forma de apoio a atos de cunho antidemocrático, muito menos incitação à prática de violência contra as instituições da República ou seus integrantes".

Interlocutores do presidente Jair Bolsonaro indicam nas redes sociais que a nomeação de Abraham Weintraub para o Banco Mundial não se trata de um prêmio de consolação, mas de uma estratégia do presidente para tirar o ex-ministro do País e evitar sua prisão pelo Supremo Tribunal Federal. Weintraub é investigado no inquérito das fake news, que tramita na Corte e já determinou a prisão de vários alvos.

Procurado para comentar se o objetivo do presidente de empregar Weintraub no Banco Mundial é apenas mandá-lo para Washington para evitar uma eventual prisão, o Palácio do Planalto ainda não respondeu.

##RECOMENDA##

Nas suas redes sociais, o ex-ministro informou, nesta sexta-feira (19), que precisa sair do País "o quanto antes". Em entrevista à CNN Brasil, revelou o motivo. "A prioridade total é que eu saia do Brasil o quanto antes. Agora é evitar que me prendam, cadeião, e me matem", disse ele.

O youtuber Bernardo Küster, um dos alvos do inquérito das fake news, foi o mais explícito. Num vídeo, afirmou que Weintraub vai exercer um cargo no exterior para "fugir" de ser preso pelo Supremo.

"Estão articulando a prisão desse homem e a vida dele vai se complicar. O Supremo já sinalizou que não vai dar moleza para ele quando o mantiveram no inquérito das fake news. O entendimento de muitos é de que a prisão dele vai acontecer, ou ia acontecer, não sei, mais dia, menos dia, e ele, para preservar sua vida e de sua família, ele vai embora do Brasil para fugir dessa perseguição ditatorial que já se instalou no Brasil", afirmou.

Küster explicitou a preocupação com a perda da prerrogativa de foro de Weintraub. "Imagina se ele perde o foro privilegiado, fica aqui no Brasil, é capaz de ele ser preso, sim. Acontece que ele vai exercer um cargo no exterior e sair do Brasil. Ele sai por causa de um comentário feito privadamente numa reunião ministerial", disse num vídeo gravado pouco antes de a demissão ser anunciada.

O empresário Leandro Ruschel, que também integra a rede bolsonarista, é outro que relacionou a saída do ex-ministro do País ao processo no Supremo. "Vivemos em pleno regime de exceção. Quando um ministro precisa se exilar por algo que ele falou, imagine o que resta ao cidadão comum", disse a seus 410 mil seguidores no Twitter. "Agora o Brasil tem um ministro do governo que precisa buscar exílio para não ser preso por falar o que pensa", afirmou o deputado Luis Philippe de Orleans e Bragança (PSL-SP), um dos mais próximos do presidente.

Sem foro privilegiado

Como ex-ministro, Weintraub perde a prerrogativa de foro no Supremo Tribunal Federal. Com isso, investigações contra ele podem ser enviadas à primeira instância. É o que deve ocorrer com o inquérito em que é investigado por suspeita de racismo. No entanto, ele pode continuar sendo alvo do Supremo, ao menos por enquanto, no inquérito das fake news. Nesse caso, porque há pessoas com foro relacionadas, como deputados federais.

Weintraub é um dos alvos do inquérito das fake news por ter afirmado, em reunião ministerial, que os onze ministros do Supremo deveriam ser presos e se referido a eles como "vagabundos". Dias depois, já investigado, repetiu que "já disse o que pensava desses vagabundos" num ato com apoiadores na Esplanada dos Ministérios. Ao determinar a liberação da gravação da reunião, Celso de Mello apontou para a 'gravíssima aleivosia' feita por Weintraub em 'um discurso contumelioso e aparentemente ofensivo ao patrimônio moral' dos ministros do Supremo. No entendimento do decano, as falas caracterizam possível delito contra a honra (como o crime de injúria).

O ministro tem afirmado que precisava preservar a segurança da sua família como uma das justificativas para deixar o País. A reportagem questionou a Polícia Federal, a Procuradoria-Geral da República, e o próprio Weintraub, por meio do Ministério da Educação, e não há informações até o momento de que o ex-ministro tenha pedido investigação sobre ameaças a si e a familiares. A PF e o MEC disseram que só Weintraub poderia responder. A PGR ainda não respondeu.

O senador Fabiano Contarato (Rede-ES) protocolou no Supremo nesta sexta (19), um pedido para que o passaporte do ex-ministro seja apreendido para evitar que ele saia do País enquanto é investigado.

Quando era presidente, Dilma Rousseff também tentou uma manobra para evitar a prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Na época, ela tentou nomeá-lo como ministro da Casa Civil, mas a medida foi interceptada pela Operação Lava Jato e o Supremo proibiu a nomeação.

Os deputados bolsonaristas Carla Zambelli, Alê Silva, Aline Sleutjes, Bia Kicis, Júnio Amaral, Carlos Jordy, Caroline de Toni, Filipe Barros, General Girão e Luiz Philippe de Orleans e Bragança entraram com mandado de segurança no Supremo Tribunal Federal, nesta terça-feira, 16, contra a nomeação da deputada Joice Hasselmann para o cargo de Secretária de Comunicação Social da Câmara dos Deputados.

Os parlamentares pedem a cassação da nomeação, feita na última quarta, 10, alegando 'notável imoralidade administrativa, em razão de abuso de poder por evidente desvio de finalidade'.

##RECOMENDA##

Segundo eles, desde o dia em que a ex-líder do governo foi nomeada, a conta oficial da Câmara dos Deputados no Twitter lhes imputa-lhes 'a pecha de propagadores de fake news'.

Cinco dos dez deputados que subscrevem a ação são alvo do inquérito das fake news. Carla Zambelli, Bia Kicis, Filipe Barros, Júnio Amaral, Luiz Philippe de Orleans foram intimados a prestar depoimento no âmbito da investigação por ordem do ministro Alexandre de Moraes, relator.

Em outra investigação, também sob relatoria de Alexandre, sete parlamentares que assinam o mandado de segurança contra Joice tiveram os sigilos bancários quebrados - Carla Zambelli, Alê Silva, Aline Sleutjes, Bia Kicis, Júnio Amaral , Caroline de Toni, General Girão. A investigação no âmbito na qual a medida foi determinada investiga a organização e financiamento de atos antidemocráticos.

"Intriga que a rede social da Câmara dos Deputados interprete texto de lei que dá margem a inúmeros entendimentos, pois que se trata de uma norma aberta cuja interpretação caberá, ao final, ao STF, e - ainda - que tal intepretação, efetuada pelo perfil da Câmara, desemboque justamente em entendimento que implica ataque exatamente aos desafetos políticos da nova Secretária Joice Hasselmann", afirmam os parlamentares na ação contra a nomeação de Joyce.

No documento, os deputados mencionam ainda a acusação de dois ex-funcionários da deputada federal feita em entrevista à CNN. A dupla alegou que Joice usava a sua equipe de gabinete para criar e disseminar notícias falsas e ataques contra adversários políticos.

Os principais alvos, segundo os ex-funcionários, seriam desafetos criados após a ruptura da ex-líder do governo com o presidente Jair Bolsonaro e incluíram ex-aliados como Kicis, Zambelli, e os filhos do presidente Flávio e Eduardo Bolsonaro.

Na época, Joice classificou a denúncia como 'patética e mentirosa' e acusou os ex-funcionários de serem 'infiltrados' do governo.

Na ação enviada ao STF, os deputados bolsonaristas afirmaram que os ex-funcionários indicaram que Joice 'utilizara bens públicos para a finalidade privada ou, na melhor das hipóteses, utilizava os serviços dos funcionários da Câmara, por ela nomeados, para atuarem em flagrante desvio de função'.

A organização Rio de Paz, conhecida por fazer atos contra a violência no Rio de Janeiro, faz nesta quinta-feira (11) um protesto na praia de Copacabana para chamar atenção para o grande número de mortes provocadas pela COVID-19.

No ato, foram feitas 100 covas rasas nas areias da praia, com cruzes e bandeiras do Brasil, para simbolizar os mortos durante a pandemia.

##RECOMENDA##

Durante a tarde, apoiadores do presidente Jair Bolsonaro vandalizaram o protesto e derrubaram as cruzes, como mostram vídeos postados nas redes sociais da ONG.

Em uma das filmagens um senhor que usava a máscara no queixo xingava os autores do protesto.

"O povo está unido contra isso, seus merdas. Fala dos governadores. Agora foi o do Pará", falou, em referência a operação da Polícia Federal desta quarta-feira (10).

[@#video#@]

Em resposta, um pai que perdeu o filho de 25 anos para o novo coronavírus pedia, para que os que tentavam vandalizar o protesto, para que respeitassem a dor das famílias.

"Só sabe dizer que os outros são comunistas, respeitem as dores das pessoas. Tem que respeitar", dizia, ao colocar de volta as cruzes simbólicas em pé.

[@#podcast#@]

Além do protesto, a ONG pede que o governo federal apresente metas e cronogramas para a área de saúde e economia, socorra empresários afetados pela crise econômica e ofereça renda básica emergencial a todos os pobres e desempregados, entre outras demandas.

Segundo dados do Ministério da Saúde, a pandemia da COVID-19 já deixou 39.680 mortos no Brasil.

Por conta da operação do Supremo Tribunal Federal (STF) contra as fake news, que mirou deputados bolsonaristas, o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL), classificou a ação como um abuso de autoridade. "Acho que um deputado neste país ainda tem direito a opinião. Ou a lei vale para todos, ou não vale para ninguém", escreveu o filho do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), em seu Twitter.

Foi o ministro Alexandre de Moraes que ordenou que a Polícia Federal fizesse as buscas e apreensões. Além dos deputados bolsonaristas, integrantes de grupos pró-bolsonaro e empresários como Luciano Hang, presidente das lojas Havan, também integraram a ação. 

##RECOMENDA##

Diante dos fatos, o ministro da Justiça, Alexandre Mendonça, também se posicionou pontuando que "Vivemos em um Estado Democrático de Direito. É democrático porque todo o poder emana do povo. E a este povo é garantido o inalienável direito de criticar seus representantes e instituições de quaisquer dos Poderes".

O ministro assegurou também que aos parlamentares envolvidos é garantida a "ampla imunidade por suas opiniões, palavras e votos". André Mendonça ainda salientou que "intimidar ou tentar cercear esses direitos é um atestado à própria democracia".

Nesta quinta (27), o ministro Alexandre Moraes determinou o bloqueio de redes sociais de ativistas bolsonaristas que tenham divulgado mensagens de ódio, notícias falsas e incentivo à “quebra da ordem democrática”. A medida é produto do inquérito das Fake News no Supremo Tribunal Federal (STF). 

Dentre os militantes que tiveram suas contas bloqueadas estão Sara Winter, que lidera o grupo- supostamente armado- “300 do Brasil”, Allan dos Santos e Bernardo Kuster. Moraes argumentou que "o bloqueio de contas em redes sociais, (...) é necessário para a interrupção dos discursos com conteúdo de ódio, subversão da ordem e incentivo à quebra da normalidade institucional e democrática". 

##RECOMENDA##

Um grupo de bolsonaristas está convocando a população para invadir o Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal (STF) com suposto apoio de militares. Em um vídeo publicado no Facebook, Marcelo Stachin, manifestante que também tem participado ativamente dos movimentos pela criação do Aliança Pelo Brasil desde que Jair Bolsonaro (sem partido) deixou o PSL, defende o fechamento dos poderes.

Outro defensor do ato golpista é Paulo Felipe, criador dos grupos Soldados do Brasil e Voluntários da Pátria que afirma contar com apoio de apoio de militares da reserva para a invasão na qual os dois prometem “dar cabo” dos dois poderes que são alvos do grupo.

##RECOMENDA##

"Nós temos um comboio organizado para chegar a Brasília até o final dessa semana, no dia 8 de maio de 2020. Pelo menos com 300 caminhões, muitos militares da reserva, muitos civis, homens e mulheres, talvez até crianças, para virem para cá para Brasília, para nós darmos cabo dessa patifaria que está estabelecida no nosso país há 35 anos, por aquela casa maldita ali, Supremo Tribunal Federal, com 11 gângster, que têm destruído a nossa nação. São aliados com o Foro de São Paulo e o narcotráfico internacional", diz Paulo em um vídeo publicado no Facebook essa semana.

Os dois fazem parte do grupo bolsonarista chamado “300 do Brasil”, que reúne pessoas acampadas no entorno da Praça dos Três Poderes, usando fardamento militar, enviam mensagens de apoio ao presidente, atacam inimigos do governo e realizam treinamentos paramilitares secretos marcados através do Telegram. Em outro vídeo no qual afirma que fará uma “intervenção militar no Congresso Nacional e no Supremo Tribunal Federal", Paulo convoca a população a se manifestar e “avisa” que a intenção é o fechamento dos poderes.

“Se você realmente não puder vir, quando chegar o dia D, onde nós vamos invadir o Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal, saia para as ruas, chame seus vizinhos, pegue uma bandeira do Brasil, se manifeste. Que a imprensa internacional fique sabendo que já estamos em ação nos arredores do Congresso Nacional, a missão é o fechamento do Congresso Nacional e do Supremo Tribunal Federal, para que o nosso presidente Jair Messias Bolsonaro possa governar", disse Paulo Felipe.

Esta não é a primeira vez que Paulo ameaça fechar o Congresso. Dois meses atrás, ele afirmou que o suposto fechamento seria realizado no dia 15 de março de 2020, dia em que foram feitas manifestações de apoio a Bolsonaro. "Vamos fechar o Congresso no dia 15 de março de 2020, não existe outra pauta, não queremos mais argumento, não queremos mais desculpas. Vamos chamar o nosso presidente, vamos chamar os nossos generais, vamos invadir o Congresso e o Supremo, não sairemos de lá enquanto aquelas duas Casa malditas não forem fechadas", afirmou ele. Não houve, no entanto, nenhum registro de tentativa de invasão ao Supremo nem ao Congresso na data.

Questionado pelo site Congresso em Foco sobre o caso por informações sobre o suposto envolvimento de militares da reserva em planos de fechamento de poderes no Brasil, o Ministério da Defesa não se posicionou até o momento.

LeiaJá também

--> Bolsonaristas furam isolamento e promovem carreata do DF

--> Bolsonaristas protestam na casa de Alexandre de Moraes

--> Bolsonarista tenta quebrar equipamento de jornalistas

[@#video#@]

 

O Conselho Federal de Enfermagem (Cofen) declarou ter conseguido identificar os responsáveis pela agressão a enfermeiros que realizavam uma homenagem pacífica a profissionais de saúde mortos por Covid-19 enquanto trabalhavam no enfrentamento à doença na linha de frente. A entidade declarou ainda que fará uma denúncia ao Ministério Público Federal (MPF) contra os agressores. 

“Não permitiremos que o ódio irracional e a violência gratuita intimidem aqueles que, enfrentando seus próprios receios, se colocam na linha de frente do enfrentamento à pandemia de COVID-19. Não há espaço, na Democracia, para este tipo de ataque. A ciência e o espírito de solidariedade social prevalecerão”, afirma o presidente do Cofen, Manoel Neri.

##RECOMENDA##

A entidade declarou ainda que durante o ato, que defendia o isolamento social e lembrava as vítimas com cruzes pretas e jalecos com nomes de vítimas nas costas, o distanciamento entre foi respeitado pelos manifestantes, que também utilizavam máscaras. 

LeiaJá também

--> Vídeo: bolsonaristas agridem profissionais de saúde em ato

Apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) foram à Praça dos Três Poderes, em Brasília, para tentar impedir um ato realizado por profissionais da saúde. Vestido com a já tradicional camisa verde e amarela, um dos bolsonaristas chegou a agredir alguns manifestantes, nessa sexta-feira (1º).

No Dia do Trabalhador, os profissionais da saúde se uniram para homenagear as vítimas do novo coronavírus e seguraram cruzes pretas durante o ato pacífico. Entretanto, o pequeno grupo bolsonarista foi ao local para xingá-los e tentar tolher o livre direito de manifestação.

##RECOMENDA##

Confira

[@#video#@]

 

Pouco mais de três horas depois de Sérgio Moro pedir demissão do cargo de ministro da Justiça, usuários do Twitter que permanecem fiéis ao presidente Jair Bolsonaro tentam organizar e publicizar ações em defesa do governo e levantar críticas à maneira como Moro conduziu o ministério.

Nas últimas horas desta sexta-feira, 24, considerando os 20 assuntos mais relevantes do Twitter brasileiro, nenhum deles era elogioso ao presidente da República. Apoiadores do governo, no entanto, tentam levantar a hashtag #FechadosComBolsonaro. Entre os que aderiram à campanha virtual aparecem os argumentos de que Moro teria sido omisso durante o tempo em que comandou a pasta da Justiça e da Segurança Pública, especialmente em relação à investigação da tentativa de assassinato sofrida por Bolsonaro durante a campanha de 2018 e também em relação a supostos abusos cometidos por governadores cujos Estados aderiram à quarentena para lidar com a pandemia da covid-19.

##RECOMENDA##

"Esta na Cara amigos... 1-Quem mandou Matar Jair Mesias Bolsonaro ???? 2-Oque a PF fez ate agora? 3-A PF prende o Maior criminoso do Brasil Lider do PCC mas nao consegue descobrir que mando Adelio ???? 4-Oque Moro fez nesse sentido ?", tuitou um usuário identificado como Daniel Direita. Outro usuário, com o nome Eneias Lopes Rose, escreveu que Moro está "jogando o presidente aos inimigos do Brasil"

Silvio Grimaldo, que já foi assessor especial do Ministério da Saúde durante a gestão de Ricardo Vélez, provocou: "Será que agora teremos uma ministro da justiça que se pronuncie contra o abusos ditatoriais cometidos por governadores e prefeitos contra a população e por cima da constituição?".

Outro usuário, identificado como Guilherme, disse que Moro foi um juiz "nota 8 e um ministro nota 5". Para ele, como juiz Moro "protegeu FHC e PSDB" e como ministro foi "desarmamentista, compactuou com os abusos dos governadores e não investigou Adélio", em referência a Adélio Bispo, autor do atentado contra Bolsonaro. Para o usuário Gighinni, a demissão de Moro tem objetivo eleitoral e configura traição a Bolsonaro: "Moro quer ser presidente, e eu digo, jamais será. Um traidor nas horas difíceis, não merece ser nem ministro. Aguardamos às 17 horas a verdade será revelada e a paz reinará", projetou.

A crise do coronavírus não impediu que a comissão de frente do bolsonarismo nas redes sociais montasse um cronograma de celebrações para o segundo semestre. Nenhuma das datas ali citadas, porém, tem vínculo com qualquer previsão para o fim da pandemia. A "folhinha bolsonarista" compartilhada em grupos de WhatsApp por integrantes da ala ideológica do governo traz três efemérides para 2020.

No calendário de "datas comemorativas", seguidores do escritor Olavo de Carvalho citam o último dia de mandato do presidente do Supremo Tribunal Federal, Dias Toffoli, em 30 de setembro, e a aposentadoria compulsória do decano da Corte, Celso de Mello, que completa 75 anos em 1.º de novembro.

##RECOMENDA##

Além disso, no afã de ver mudança no comando do Congresso, o grupo errou a data de término da gestão de Rodrigo Maia (DEM-RJ) como presidente da Câmara e de Davi Alcolumbre (DEM-AP) à frente do Senado ao mencionar o terceiro dia memorável de 2020. A presidência de Maia termina no fim de janeiro de 2021, assim como a de Alcolumbre. Mas, para o almanaque do bolsonarismo, o "último dia de mandato presidencial" dos dois é 31 de dezembro.

Nas mídias digitais, Maia apanha dia e noite de bolsonaristas. Também atacado pelo líder do governo, deputado Vitor Hugo (PSL-GO), o presidente da Câmara se queixou da forma como tem sido tratado pelo Planalto. "Você entra por uma porta e, quando sai, leva um coice." Maia ainda criticou a postura do governo em relação à China. "Não entendo como o governo brasileiro, nesse momento de crise, desqualifica a China." Para o chamado "gabinete do ódio", capitaneado pelo vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ), o coronavírus foi "plantado" pelos chineses para causar pânico nos mercados globais e fortalecer a economia do país asiático. O próprio presidente Jair Bolsonaro tem essa teoria, externada pelo deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) e pelo ministro da Educação, Abraham Weintraub.

Diante de tantas crises, por que mesmo bolsonaristas/olavistas contam os dias para a saída de Toffoli da presidência do Supremo e para a aposentadoria de Celso de Mello? A ala ideológica do governo nunca perdoou Toffoli por dar o voto de minerva que derrubou a prisão após condenação em segunda instância, em novembro, abrindo caminho para a soltura do ex-presidente Lula.

Com Celso de Mello foram muitos os embates, mas basta lembrar o sucinto comentário feito pelo magistrado quando o jornal O Estado de S. Paulo revelou, em fevereiro, que Bolsonaro havia compartilhado vídeo convocando atos contra o Congresso e o Supremo. À época, o decano disse que Bolsonaro demonstrava hostilidade aos demais Poderes da República e uma visão indigna de quem não está "à altura do cargo". 

Apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) fizeram uma carreata pedindo o impeachment do governador de São Paulo, João Doria (PSDB), na tarde deste sábado, 11, na região dos Jardins, bairro de classe média alta da capital.

De dentro dos seus carros os manifestantes, vários deles usando máscaras cirúrgicas, imitavam armas com as mãos, gritavam "fora Doria" e bordões contra o comunismo como "nossa bandeira jamais será vermelha". Vários veículos levavam bandeiras do Brasil, outros bandeiras de São Paulo. Um deles carregava símbolos do império e outro uma bandeira dos EUA.

##RECOMENDA##

O governador, que atrelou sua imagem à de Bolsonaro na eleição de 2018, virou alvo do bolsonarismo depois de adotar uma política de isolamento, seguindo as orientações das autoridades locais (inclusive o Ministério da Saúde) e mundiais em saúde, como estratégia de combate à pandemia do coronavírus.

Além disso, os apoiadores do presidente veem em Doria um possível adversário de Bolsonaro nas eleições presidenciais de 2022.

Procurado, o governo de São Paulo informou que "respeita o direito à livre expressão de todos que desejam participar de manifestações no Estado" mas reiterou que "o isolamento social é essencial para diminuir os casos e mortes de covid-19, de acordo com a recomendação da OMS (Organização Mundial da Saúde) e do Ministério da Saúde".

Na região da Rua Estados Unidos, havia apenas duas pessoas acompanhando a manifestação na calçada. Uma delas era a publicitária Marisa Fonseca, de 57 anos, que mora na vizinhança. "Moro ali na esquina. Desci para comprar cigarro e aproveitei para vir aqui. O Doria em plena epidemia só pensa nele mesmo. Não estou falando que as medidas não têm que ser respeitadas, mas o cara está brigando com o Bolsonaro, não com a epidemia", disse ela.

A outra pessoa na calçada era o vendedor ambulante Gilmar de Oliveira, que vendia bandeiras do Brasil a R$ 20 para os participantes da carreata. "Foram umas 50. Bolsonaro vende", disse ele.

A reportagem contou ao menos 70 carros na manifestação. Em vários deles os ocupantes eram pessoas aparentando ter mais de 60 anos, integrantes do grupo de risco da pandemia.

Era o caso do homem que acompanhava Marisa Barros, que se identificou como embaixadora de um movimento de direita. Ele disse ter 72 anos. Questionado se não deveria estar em casa, respondeu que não. "Tenho boa saúde", justificou.

Enquanto a carreata passava, outros motoristas e moradores de prédios vizinhos se manifestaram contra os participantes aos gritos de "fora Bolsonaro" e "fica em casa".

Apesar do isolamento, a carreata tumultuou o trânsito da região. O militar da reserva Juarez Conceição chegou a fechar o tráfego na esquina da Rua Estados Unidos e Bela Cintra para permitir que os manifestantes passassem.

"Comunismo aqui não! Estamos pelo Brasil", gritava ele.

O nome do presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), está entre os assuntos mais comentados no Twitter nesta segunda-feira (6). Na rede social, bolsonaristas iniciaram uma campanha pedindo o impeachment do democrata. Até o início da tarde, a hashtag "#impeachmentdeRodrigoMaia" era a terceira mais mencionada no microblog. 

O apelo por uma retirada de Maia do cargo surgiu após a divulgação de uma entrevista concedida por ele ao programa Canal Livre, na madrugada de hoje. Em uma de suas falas, o presidente da Câmara dos Deputados acusa o chamado 'gabinete do ódio' de comandar brigas paralelas entre os Poderes, grupo que, segundo Maia, é composto por assessores do presidente que agem como “marginais”.

##RECOMENDA##

Além disso, ele também cita ataques ao ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, e observa que se o país tiver uma curva de contaminação e letalidade igual a de outros da Europa e o presidente Jair Bolsonaro seguir orientando o fim do isolamento social, o presidente pode ser responsabilizado legalmente.

Veja o que dizem os tuítes:

[@#video#@]

Mesmo com a saída do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) do PSL, a briga entre as alas bolsonarista e bivarista parece estar longe do fim. Nesta terça-feira (4), a Executiva Nacional do partido decidiu suspender novamente as atividades partidárias de Eduardo Bolsonaro e outros 16 deputados federais. Medida ainda precisa ser referendada pelo diretório nacional da legenda, que deve acontecer na próxima terça-feira (11).

A briga no PSL se arrasta desde outubro de 2019, quando aconteceu a primeira suspensão dos deputados defensores de Bolsonaro. A repercussão do envolvimento de Luciano Bivar, presidente do partido, em candidaturas laranjas - além, claro, da vontade de Bolsonaro de assumir a presidência do PSL também foram polêmicas que engrossaram o caldo da confusão. 

##RECOMENDA##

Dessa vez, segundo a Folha de São Paulo, o objetivo do novo ato é conseguir mais uma vez a maioria da bancada do PSL para fazer de Joice a líder do partido no lugar de Eduardo Bolsonaro, atual comandante da sigla na Câmara. Com a suspensão das atividades partidárias, os deputados ficam impedidos de representar o PSL na Câmara, o que pode facilitar a tentativa da ala bivarista para escantear de vez os bolsonaristas.

À Folha, Júnior Bozella, vice-presidente do PSL, disse que "o partido não é a casa da mãe Joana. O PSL tem um estatuto e tem regras, só que, infelizmente, por mais de uma vez, alguns parlamentares faltaram com decoro, ofendendo e caluniando o partido na imprensa, nas redes sociais e na própria Câmara", salienta Bozella.

A nova líder do PSL na Câmara, deputada Joice Hasselmann (SP), derrubou a "trincheira" do presidente da República, Jair Bolsonaro, da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do Congresso que investiga as chamadas fake news. Em ofício encaminhado na quarta-feira, 11, ao colegiado, Joice retirou quatro deputados bolsonaristas da comissão: Filipe Barros (PR), Caroline de Toni (SC), Carla Zambelli (SP) e Carlos Jordy (RJ).

Justamente esses quatro rivalizaram com Joice quando a deputada prestou depoimento na CPMI, no último dia 4.

##RECOMENDA##

Houve episódios de bate-boca, acusações sobre atividades fora da vida parlamentar, xingamentos e exposição de conversas privadas. Com Carla Zambelli, Joice afirmou que o presidente da República quis saber se a colega trabalhou como prostituta na Espanha.

Para o lugar do quarteto, que desde a instalação da CPMI, em setembro, defende fortemente o presidente Jair Bolsonaro na comissão e rivaliza com a oposição e desafetos do Planalto, a líder do PSL colocou quatro deputados próximos a ela: Delegado Waldir (GO), Nereu Crispim (RS), Professora Dayane Pimentel (BA) e Julian Lemos (PB).

Os quatro novos membros da comissão são próximos ao presidente nacional do PSL, Luciano Bivar (SP), que rompeu com Bolsonaro.

A deputada corre o risco de perder a liderança do partido na Câmara. Uma liminar da 4ª Vara Civil de Brasília derrubou a decisão do diretório nacional do PSL que suspendeu o deputado Eduardo Bolsonaro, líder da legenda antes de Joice, e outros 13 parlamentares das atividades político-partidárias. A decisão pode devolver ao grupo ligado ao presidente Jair Bolsonaro a liderança da legenda na Câmara.

Mesmo que perca a liderança, as indicações de Joice para a comissão continuam válidas. Nesse caso, um novo líder poderia reverter as mudanças.

O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), garantiu à CPMI o funcionamento até abril de 2020. A comissão foi anunciada como um "calcanhar de Aquiles" para Bolsonaro e cogita chamar integrantes do chamado "gabinete do ódio" e até o vereador Carlos Bolsonaro (PSC-RJ), filho do presidente da República, para prestar depoimento.

Parlamentares que não são membros da comissão até podem falar nas reuniões, desde que autorizados pelo presidente da CPMI, mas ficam atrás na fila em relação aos titulares e suplentes do colegiado.

Páginas

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando