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O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) participou, na manhã deste sábado (12), das habituais motociatas, desta vez na cidade de São Paulo. O evento intitulado “Acelera para Cristo” começou às 10h, na região de Santana, zona norte da capital, e reuniu milhares de motociclistas. Com a exceção das equipes policiais presentes e uma quantidade ínfima de apoiadores, todo o restante estava sem máscara, incluindo o presidente da República. O distanciamento social também foi ignorado.

O chefe do Executivo foi recebido aos gritos de “mito” e palavras de ordem e nacionalismo, como é costumeiro nas manifestações bolsonaristas. A Polícia Militar esteve presente no local, mas não informou o número de manifestantes.

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Saindo de Santana, a motociata segue pela marginal Tietê, a partir da ponte Governador Orestes Quércia, e continuará até o quilômetro 62 da Rodovia dos Bandeirantes, que foi fechada em todos os acessos. Houve revista dos participantes em entradas e saídas do local, por questões de segurança.

Cerca de seis mil militares foram disponibilizados para dispersar o trânsito, uma vez que havia preocupação de a manifestação prejudicar o comércio neste 12 de junho, Dia dos Namorados, quarta data mais importante para o setor no ano.

Foram descumpridas pelo menos três exigências do protocolo estabelecido pelo Centro de Contingência do Governo de São Paulo, que exige o distanciamento social mínimo de 1,5m, o uso de máscaras em locais públicos e a proibição de aglomerações. Além disso, o estado passa por uma prorrogação das medidas restritivas, que iriam até o próximo dia 14 e foram postergadas ao dia 30, permitindo que a maior parte das atividades funcionem com apenas 40% da capacidade.

No geral, São Paulo passa por uma nova alta de infecções, acumulando 3,4 milhões de casos e quase 117 mil mortes. Segundo o último boletim da Saúde, foram 23.033 novos casos e 733 novos óbitos em apenas 24h.

Uma jovem foi hostilizada, nesta sexta-feira (11), por vários bolsonaristas enquanto carregava uma placa em referência aos quase 500 mil mortos pela pandemia da Covid-19 no Brasil. Ela exibia a placa no Aeroporto de Vitória, capital do Espírito Santo, onde os apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) esperavam o desembarque dele. 

Em um vídeo publicado nas redes sociais, a aglomeração verde e amarela, que se mostrava enfurecida, gritava, em coro, palavras como “abortista” e “lixo” contra a mulher. Também durante o registro, é possível ver o momento em que um homem, que não usava máscara, se aproxima da menina e rasga a placa que ela segurava. Um jornalista tentou impedir o ato violento, mas também foi hostilizado.

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De acordo com imagens divulgadas nas redes sociais do vereador de Vitória Gilvan da Federal (Patriota), Jair Bolsonaro saiu pelo desembarque internacional e entrou no saguão do aeroporto com máscara, mas retirou a proteção assim que se aproximou dos apoiadores. O momento de cumprimentos durou cerca de 10 minutos.

No Estado, a agenda principal de Bolsonaro é a entrega de casas populares na cidade de São Mateus. Na comitiva do presidente, estão os filhos Eduardo Bolsonaro (PSL) e Carlos Bolsonaro (Republicanos). A primeira-dama, Michelle Bolsonaro, também foi ao estado.

Confira, abaixo, o vídeo:

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O Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Município do Rio (SJPMRJ) e a Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) repudiaram, em nota oficial, os ataques ao repórter da CNN Pedro Duran durante a cobertura da manifestação promovida na manhã deste domingo (23) no Rio de Janeiro pelo presidente Jair Bolsonaro. O repórter foi impedido de exercer sua função profissional e teve que ser escoltado por policiais militares para escapar dos manifestantes.

Segundo a nota, "em mais uma manifestação de truculência, intransigência, absoluto desrespeito com a atividade jornalística e a liberdade de imprensa e de expressão, grupos bolsonaristas atacaram hoje" o repórter da CNN. O Relatório da Violência contra Jornalista e Liberdade de Imprensa - 2020, produzido pela Fenaj, mostra que nos dois últimos anos é crescente a insegurança para o exercício da profissão de jornalista no Brasil.

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Os ataques que profissionais de imprensa vêm sofrendo por parte de grupos de apoiadores do presidente passaram a ser frequentes e, lamentavelmente, são alimentados por Jair Bolsonaro, segundo a nota.

"Diante dos graves fatos registrados nessa manhã, o SJPMRJ e a FENAJ cobram das autoridades do município do Rio as providências necessárias no sentido de punir os responsáveis pela manifestação, que desrespeitou todas as medidas sanitárias de combate à pandemia e pôs em risco a vida de milhares de cidadãos cariocas", pediu a nota oficial. E ainda: "A liberdade de imprensa é um dos pilares da Democracia. E dela jamais abriremos mão."

A CNN Brasil também divulgou nota sobre o episódio. De acordo com o texto, a emissora "repudia veementemente qualquer tipo de agressão". Diz ainda o texto: "Acreditamos na liberdade de imprensa como um dos pilares de uma sociedade democrática. Os jornalistas têm o direito constitucional de exercer sua profissão de forma segura, para noticiar fatos dentro dos princípios do apartidarismo e da independência".

Uma equipe de reportagem da emissora CNN Brasil foi hostilizada e expulsa do ato bolsonarista deste domingo, 23, por apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (sem partido). Sem máscaras, os manifestantes que promoveram aglomeração no Aterro do Flamengo, zona sul da cidade, fizeram com que o repórter do canal televisivo tivesse que ser levado para uma viatura da Polícia Militar.

Enquanto era conduzido por um agente para receber a proteção, o repórter Pedro Duran ouviu gritos de "lixo", "bandido" e "comunista", por exemplo. Alguns dos manifestantes avessos ao trabalho da imprensa também cercaram o profissional e colocaram bandeiras e celulares diante de seu rosto.

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Apesar de ter sido o único que precisou ser levado pela polícia, o repórter da CNN não foi o único a ser hostilizado pelos bolsonaristas. Os profissionais que ficaram no espaço reservado a jornalistas ouviram a todo momento xingamentos de quem passava por lá.

Acompanhado pelo ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello, pelo ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, e por pelo menos mais dez aliados - todos sem máscaras e sobre um carro de som apertado -, Bolsonaro discursou no fim da manhã deste domingo para milhares de pessoas no Aterro, após a carreata de moto que saiu da Barra da Tijuca, na zona oeste.

O presidente voltou a criticar prefeitos e governadores que decretaram confinamento durante a pandemia e afirmou que jamais colocará o Exército, que chamou de seu, nas ruas para fazer lockdown. "Eu lamento cada morte no Brasil, não importa a motivação da mesma. Mas nós temos que ser fortes, temos que viver e sobreviver", disse Bolsonaro, antes de criticar medidas de distanciamento social.

Após a articulação de movimentos que auto intitulam-se defensores de 'Deus, da família e do agronegócio', acontece neste sábado (15), na Esplanada dos Ministérios, em Brasília (DF), um ato a favor do governo Jair Bolsonaro (sem partido).

Os manifestantes, que chegaram ao local no início da manhã, carregam faixas pedindo a intervenção militar, uma nova constituição e a criminalização do comunismo. Também circulam vídeos nas redes sociais nos quais “mulheres do agro” recitam um “poema boiadeiro” em homenagem ao presidente.

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Ao final dos versos, que classificam Jair Bolsonaro como um “cara do pé quente”, e um “homem guiado por Deus”, as mulheres - que não usam máscaras - sopram um berrante, e são aplaudidas por milhares de pessoas. O vídeo foi postado pelo deputado bolsonarista Victor Hugo (PSL-GO).

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De acordo com o Correio Braziliense, a aglomeração é intitulada “Eu autorizo, presidente”, e tem como principais articuladores a Associação Brasileira dos Produtores de Soja (Aprosoja Brasil), a Associação Nacional de Defesa dos Agricultores, Pecuaristas e Produtores da Terra (Andaterra) e a Associação dos Cafeicultores do Brasil (Sincal). A chegada do presidente está prevista para às 15h.

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Outras manifestações são esperadas

Pressionados pela CPI da Covid, movimentos bolsonaristas se mobilizam neste sábado (15) para participar de atos em todo o país. Há previsão de protestos no Rio de Janeiro (RJ), São Paulo (SP), Curitiba (PR), Niterói (RJ) e Fortaleza (CE).

 

 

Grupos que apoiam o presidente Jair Bolsonaro - de setores diversos e com pautas distintas - realizam neste sábado, dia 15, atos em defesa do governo, pressionado pela CPI da Covid. Entre os apoiadores, estão representantes de entidades ligadas a ruralistas, evangélicos e caminhoneiros. Três pautas devem dar o tom dos atos: críticas a medidas de isolamento social decretadas por governos locais, críticas ao Supremo Tribunal Federal, repetindo o que já ocorreu em manifestações em defesa de Bolsonaro no dia 1º de Maio, e a defesa do voto impresso, outra bandeira do presidente e seus apoiadores.

A adesão de integrantes do agronegócio ao ato não foi unânime. A bancada ruralista no Congresso, por exemplo, não apoia a manifestação - dirigentes da Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária (CNA) não responderam a questionamentos da reportagem. Mas quase 200 entidades de produtores rurais que compõem o Movimento Brasil Verde e Amarelo convocaram os atos deste sábado.

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O movimento aderiu a um ato denominado Marcha da Família Cristã pela Liberdade, convocado por grupos religiosos para coincidir com o Dia Internacional da Família. Inicialmente, os ruralistas pretendiam realizar um ato pró-Bolsonaro em 21 de abril, mas, à época, foram desestimulados pelo próprio governo federal diante do avanço do coronavírus.

"Qualquer atitude que possa comprometer essa luta de todos contra essa maldita doença, esse maldito vírus seria prejudicial. Prejudicial à imagem do presidente e à imagem do agronegócio", disse, mês passado, o ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da Presidência, General Augusto Heleno, que defendia um protesto por escrito. A declaração foi dada por Heleno em vídeo gravada ao lado do secretário de Assuntos Fundiários da Presidência, Nabhan Garcia, o presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Soja (Aprosoja Brasil), Antonio Galvan.

Procurado pelo Estadão, Galvan não quis dar entrevista, mas a Aprosoja informou que apoia a realização do protesto deste sábado. Além da Aprosoja, integram o movimento a Associação Nacional de Defesa dos Agricultores, Pecuaristas e Produtores da Terra (Andaterra) e a Associação dos Cafeicultores do Brasil (Sincal). Esses sindicatos estão vinculados à federações da CNA.

De acordo com Jeferson Rocha, diretor jurídico da Andaterra, que integra o Movimento Brasil Verde e Amarelo, os manifestantes avaliam que, como a vacinação contra a covid-19 alcançou a população idosa, é viável realizar o ato agora em maio. Ele diz que serão seguidos protocolos sanitários, mas que cada manifestante está ciente dos riscos que corre.

"É evidente que o ideal seria fazer um manifesto por escrito ou uma mobilização pela internet. No entanto, nós entendemos que só a pressão popular pode reverter esse estado de coisas", afirmou. "Ninguém é irresponsável de negar a existência (do vírus) ou de negar o uso de medidas protetivas, então todos têm que seguir os protocolos e tomar esses devidos cuidados. Mas é claro: todos que vêm para cá estão tomando ciência, sabendo dos riscos, inclusive, a que se expõe. Isso é uma exposição, mas alguém tem que lutar, alguém tem que fazer alguma coisa", concluiu. Ele defende a visão de que algumas medidas de distanciamento causam prejuízo maior que a pandemia.

O médico infectologista Jamal Suleiman, do Hospital Emílio Ribas, discorda do entendimento de que a vacinação para idosos torna os protestos mais seguros. Ele afirma que, no caso de doenças virais, surgem variantes que ajudam a manter a propagação. O especialista também cita a última pesquisa sorológica de São Paulo, que apontou contágio maior entre jovens. "Só estamos fazendo dessa forma (vacinar apenas idosos) porque não temos vacina (para todos)", afirma.

Ainda que Bolsonaro não tenha apoio de todo o eleitorado evangélico, o ato deste sábado, de acordo com organizadores, também é uma resposta à decisão tomada pelo STF em abril no sentido de deixar que governadores e prefeitos proíbam, por meio de decreto, a realização de missas e cultos presenciais durante a pandemia.

Combustíveis

Aliados próximos do presidente, como a deputada federal Carla Zambelli (PSL), também confirmaram a participação. De acordo com Claudinei Pelegrini, presidente da Federação dos Caminhoneiros Autônomos de São Paulo, haverá também a presença da categoria, que visa pressionar o governo do Estado a reduzir o ICMS dos combustíveis.

Participantes costumam evocar o conceito de "liberdade" ao criticar medidas de distanciamento social ou proibição de ir a cultos durante a pandemia. Para especialistas a ideia é equivocada, uma vez não leva em conta as consequências que ações individuais podem ter para a coletividade. "Esses grupos gostam frequentemente de se autodenominarem como liberais, mas não levam em consideração um contrato social, um tema caríssimo à ao pensamento liberal", afirma o cientista político Cláudio Couto, da FGV.

"A ideologia liberal é o pensamento de que existe um contrato social e que a liberdade de uma pessoa termina quando começa a liberdade do outro. Consequentemente, é preciso muitas vezes ter restrições à liberdade total do indivíduo. É preciso limites para que não haja opressão, caos, anarquismo no mau sentido da palavra", acrescentou.

Para Couto, o mesmo tipo de raciocínio está em funcionamento quando o presidente Jair Bolsonaro defende, por exemplo, a retirada dos radares das estradas. "Quer dizer: ‘Eu quero andar nas estradas na velocidade que eu bem entendo, as consequências são para mim, dane-se qualquer tipo de restrição’ . Só que quem anda em alta velocidade nas estradas pode causar danos a terceiros, não só a si mesmo", argumentou.

Em artigo publicado no jornal científico Trends in Psychiatry and Psychotherapy, o doutor em psicologia Lucas de Francisco Carvalho, da Universidade São Francisco, detectou uma relação entre maior empatia - medida por meio de questionários validados pela comunidade científica - e maior obediência a medidas de distanciamento social no contexto da pandemia. "As pessoas que mais aderem às medidas são as que se preocupam com os outros, é uma tendência marcante e muito clara nesse estudo", afirma.

Estão previstos atos em Brasília, São Paulo, Rio, Curitiba, Niterói, Fortaleza, Balneário Camboriú, entre outras cidades. Bolsonaro confirmou a participação na concentração em Brasília e prometeu levar os seus ministros.

O presidente Jair Bolsonaro sobrevoou de helicóptero a manifestação em seu apoio na Esplanada dos Ministérios. Embora houvesse expectativa dos manifestantes sobre a presença do presidente, Bolsonaro não pousou na área central da capital. Uma carreata em apoio ao presidente da República também ocupou as seis faixas do Eixo Monumental.

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No solo, de cima de um trio elétrico, diversos parlamentares bolsonaristas sem máscaras discursaram para os manifestantes aglomerados em frente ao Congresso Nacional. O deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) chegou a tirar fotos com os manifestantes sem usar a proteção facial contra a transmissão do novo coronavírus. O uso de máscaras é obrigatório no Distrito Federal.

Mais cedo, um grupo menor, de dezenas de manifestantes, levantou faixas antidemocráticas pedindo intervenção militar, com as frases: "Intervenção militar com Bolsonaro no poder" e "Presidente Bolsonaro acione as Forças Armadas (FFAA)". No momento em que os parlamentares discursaram, essas faixas não foram mais vistas.

Dezenas de manifestantes bolsonaristas estão reunidos na manhã deste sábado (1º) no gramado em frente ao Congresso Nacional com faixas pedindo intervenção militar. Com o pretexto do Dia do Trabalho, os manifestantes gritam "Bolsonaro, eu autorizo", em referência a uma fala do presidente, que no dia 14 de abril disse que esperava "um sinal do povo" para agir.

Entre os grupos de extrema direita, a fala do presidente foi interpretada como um pedido de autorização para endurecer a relação com os demais Poderes. Em vídeo publicado hoje pelo canal "Cafezinho com Pimenta" no youtube, os manifestantes na Esplanada carregam faixas com as frases: "Intervenção militar com Bolsonaro no poder" e "Presidente Bolsonaro acione as Forças Armadas (FFAA)".

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Manifestações que pedem um golpe militar no País são inconstitucionais e são alvo do Inquérito dos Atos Antidemocráticos aberto no ano passado por decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), a pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR).

Apoiadores do presidente Jair Bolsonaro que frequentam grupos de WhatsApp governistas estão "esperando um sinal" para saber como agir diante da troca dos comandantes das Forças Armadas e da demissão do ministro da Defesa, avalia o professor de Estudos em Mídia David Nemer, da Universidade de Virgínia, nos Estados Unidos. Ele monitora 75 grupos bolsonaristas como objeto de pesquisa.

"Estão esperando o debate ser pautado para eles poderem se engajar, porque eles não sabem se isso vai ser uma coisa ruim ou não. Porque são dois aspectos de que eles sempre se sentiram próximos: Bolsonaro e as Forças Armadas", disse. "É como ver o pai e a mãe brigando. Que lado eles vão tomar? Sempre vão tomar o lado do Bolsonaro, mas estão esperando ver como é que isso vai se dar."

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Percepção semelhante é relatada pelo programador Guilherme Felitti, da empresa de análise de dados digitais Novelo Data, que foca pesquisas no YouTube. Para ele, os bolsonaristas estão com "dificuldade" em interpretar as baixas relacionadas aos militares. "A demissão do Azevedo racha a crença de unidade entre Bolsonaro e o Exército e contradiz todas aquelas narrativas de 'intervenção' incentivadas, principalmente, desde o começo da pandemia", afirmou. O monitoramento da Novelo acompanha diariamente os 183 maiores canais de extrema direita no Brasil.

Nos últimos dias, tem circulado com frequência entre os grupos de apoio ao presidente uma convocação para manifestação em quartéis. O chamamento, que fala em "intervenção militar com Bolsonaro no poder", é para marcar o aniversário de 57 anos do golpe militar de 1964. "Essa mesma coisa circulou no ano passado e não teve muita adesão. A gente não sabe direito como isso vai se dar. Apesar de ter a chamada, eu acho difícil ter algo muito grande."

Twitter

Segundo análise feita pela Agência Bites, de segunda-feira, 29, data das seis trocas ministeriais, até as 10h desta terça, 30, houve 650 mil citações ao assunto no Twitter. O volume é considerado "grande". As repercussões tiveram foco principal nas mudanças no Itamaraty e no Ministério da Defesa.

Além do domínio narrativo no Twitter, as audiências bolsonaristas também monopolizaram os cinco vídeos de maior repercussão no YouTube, desde ontem, citando o presidente. Os conteúdos abordam as mudanças ministeriais, e três vídeos, juntos, angariaram 747 mil visualizações, segundo monitoramento da Bites.

A possibilidade de Bolsonaro realizar um "autogolpe" é vista com preocupação, mas pelos perfis de esquerda. Isso porque a mudança que causou mais surpresa foi a saída do ministro Fernando Azevedo e Silva da pasta da Defesa. "Alguns perfis de esquerda demonstraram preocupação com a possibilidade de o presidente flertar com um autogolpe, enquanto bolsonaristas repercutiram as trocas na Defesa e debateram o papel das Forças Armadas", apontou relatório da Bites.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A prisão em flagrante do deputado Daniel Silveira (PSL-RJ), na noite desta terça-feira (16) causou enorme repercussão no meio político e nas mídias sociais. Enquanto aliados do deputado bolsonarista caracterizam a prisão como "absurda", parlamentares de oposição ao governo cobram a cassação de seu mandato.

O senador Randolfe Rodrigues (REDE-RR), líder da oposição no Senado, afirmou que a Rede vai apresentar uma denúncia no Conselho de Ética da Câmara. "A democracia não pode tolerar quem atenta contra ela. Liberdade de opinião não pode ser confundida com incitação ao crime, que é punível conforme artigo 286 do Código Penal. A Rede subscreverá denúncia ao Conselho de Ética da Câmara", escreveu.

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Também defendeu a cassação o deputado Glauber Braga (PSOL-RJ). O parlamentar, também do Rio, lembrou o episódio em que o colega ameaçou "atirar na esquerda". "O deputado bolsonarista buscou essa exposição. Temos é que cassar o mandato. Só assim terá prejuízo político real. Sobram motivos. Ele sempre ameaça atirar na esquerda. É entender taticamente a disputa momentânea entre direita x extrema-direita e avançar com nossa própria linha!"

O presidente nacional do Cidadania, Roberto Freire, comparou as agressões de bolsonaristas à democracia com a Alemanha nazista. "Quando Hitler assumiu a chefia do governo alemão os deputados do seu partido nazista agrediam a tudo e todos culminando com um incêndio do Reichstag. Dali, com a força das SS foi implantada a ditadura. As milícias estão se armando, bolsonaristas agridem, estamos esperando o quê?".

A prisão do deputado foi comemorada pela irmã de Marielle Franco, Anielle Franco. "Quero ver quebrar plaquinha na cadeia", escreveu Anielle, em referência a um ato de campanha de Silveira, em 2018, quando ele, acompanhado de outros políticos cariocas como o governador afastado do RJ, Wilson Witzel (PSC), quebrou uma placa em homenagem à vereadora assassinada naquele ano.

Se a oposição cobra uma punição severa ao deputado, na base bolsonarista a contestação à prisão veio de forma imediata. O deputado Carlos Jordy (PSL-RJ) exigiu uma reação do presidente da Câmara, Arthur Lira (Progressistas-AL) contra o ministro Alexandre de Moraes, a quem chamou de ditador. Jordy também chamou Moraes de "vagabundo". "Acabei de falar com o deputado Daniel Silveira e fiquei sabendo q sua prisão foi ordenada pelo vagabundo do Alexandre de Moraes por ele ter feito uma live criticando o Ministro Fachin. Não iremos recuar! Espero q o Presidente Arthur Lira aja com postura contra esses ditadores!", escreveu.

E completou, em outra publicação: "Chegou a hora do Legislativo mostrar que tem grandeza. Nem maior nem menor que o judiciário, IGUAL tamanho!"

Outro parlamentar carioca a cobrar uma reação à prisão do deputado foi Otoni de Paula (PSC-RJ). Aliado do presidente Jair Bolsonaro, de Paula pediu uma convocação imediata do plenário da Câmara e disse que o ato do "déspota" - como chamou Alexandre de Moraes - quebra a "falsa harmonia entre os poderes".

"Presidente Arthur Lira a prisão 'em flagrante' do deputado Daniel Silveira é mais uma aberração jurídica produzida por Alexandre de Moraes. O artigo 53 da CF é rasgado diante dos olhos do povo brasileiro. CONVOQUE O PLENÁRIO JÁ. Hoje é Daniel Silveira amanhã será todos nós", disse.

Os parlamentares - acompanhados por outros apoiadores do presidente - também questionaram o fato da prisão em flagrante ter sido consumada mediante mandado. "Se houve um mandado, não houve flagrante. Se há flagrante, não há necessidade de mandado", escreveu a deputada Carla Zambelli (PSL-SP).

A liminar de Moraes que determinou a prisão de Silveira deve ser referendada pelo plenário do Supremo na sessão desta quarta-feira. Conforme previsto na Constituição, em caso de prisão em flagrante por crime inafiançável, o processo deverá ser enviado dentro de 24 horas para a Câmara, a quem caberá resolver sobre a detenção do deputado.

No entanto, alguns parlamentares, além de exigirem a soltura do deputado, cobraram também punição ao ministro Alexandre de Moraes. É o caso do deputado Filipe Barros (PSL-PR). "Não há flagrante. Não há crime inafiançável. Ele é parlamentar e, portanto, tem imunidade pelas suas palavras. Mais um abuso de autoridade cometido pelo Alexandre de Moraes. Faremos de tudo para impedir que mais essa ilegalidade e arbitrariedade permaneça", escreveu.

E completou: "ou a Câmara dos Deputados reage a essa arbitrariedade cometida pelo Alexandre de Moraes, revogando a prisão ilegal e adotando todas as medidas cabíveis contra o Alexandre de Moraes, ou o parlamento brasileiro estará de joelhos ao frequente abuso de poder do referido ministro".

Nesta quinta (14), relatos de falta de oxigênio nos hospitais do Amazonas tomaram as redes sociais, em decorrência do grande número de casos de covid-19. Nesta quinta, o governador do Estado, Wilson Lima, informou que 235 pacientes serão transferidos para outros 6 estados para receber atendimento médico. No fim de 2020, contudo, populares haviam protestado contra o lockdown em Manaus, capital do estado, com o apoio de deputados bolsonaristas como Bia Kicis (Sem partido/DF), Carla Zambelli (PSL/SP) e Eduardo Bolsonaro (PSL-SP).

Os protestos contra a iniciativa do governo do Amazonas de iniciar o lockdown tomaram Manaus em 26 de dezembro. No mesmo dia, Wilson Lima decidiu autorizar a reabertura do comércio não-essencial. Na ocasião, Eduardo Bolsonaro escreveu: “1° Búzios e agora Manaus. Todo poder emana do povo”.

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Em 27 de dezembro, Bia Kicis utilizou as redes sociais para comemorar o recuo do governo. “A pressão do povo funcionou tb em Manaus. O governador do Amazonas, @wilsonlimaAM voltou atrás em seu decreto de Lockdown. Parabéns, povo amazonense, vcs fizeram valer seu poder”.

Um dia depois, Zambelli também comemorou a revogação do lockdown no Amazonas. "O despertar pode ser gigante! Como Búzios, Manaus não aceitou o lockdown", postou em seu Twitter.

A bancada do PSL na Câmara teve o melhor desempenho nas redes sociais em 2020, com quatro bolsonaristas - Eduardo Bolsonaro (SP), Carla Zambelli (SP), Bia Kicis (DF) e Filipe Barros (PR) - entre os cinco primeiros parlamentares brasileiros mais influentes no Facebook, Instagram e Twitter, de acordo com o levantamento FSBinfluênciaCongresso, do Instituto FSB Pesquisa.

Eduardo desbancou a colega de partido Joice Hasselmann (SP), que hoje é um desafeto. Primeira colocada no ranking de 2019, ela perdeu influência após romper com o clã Bolsonaro e agora está na 9ª posição.

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Em 2020, a bancada do PSL se manteve como a mais influente nas redes, seguida pela do PT.

Apesar do bom desempenho dos aliados do presidente, o outro filho do mandatário no Congresso caiu de posição: o senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ), que havia sido o 6º mais influente em 2019, está agora em 16º lugar. Ele e o petista Humberto Costa (PE) são os únicos senadores que aparecem entre os 20 primeiros colocados. Em 2020, Flávio foi denunciado pelo Ministério Público do Rio por organização criminosa, peculato e lavagem de dinheiro.

Todas as postagens dos deputados e senadores nas redes sociais avaliadas registraram 2,2 bilhões de interações - 6 milhões por dia, em média. Entre 2019 e 2020, o volume de interações (entre curtidas, comentários e compartilhamentos) cresceu 75%. Em 2019, esse total foi de 1,26 bilhão. A maior parte do crescimento foi registrado no Facebook.

Ao todo, os parlamentares reuniram, em 2020, 158,36 milhões de seguidores, um aumento de 19% na comparação com o ano anterior. O Facebook concentra a maioria desses seguidores (51,4%), à frente do Instagram (29,7%) e Twitter (18,8%). Proporcionalmente, porém, a maior alta de seguidores se deu neste último, com crescimento de 40,1%.

O aumento de interações reflete também a alta no volume de publicações: de fevereiro a dezembro de 2020, os congressistas publicaram 1,01 milhão de conteúdos nas redes pesquisadas (116 por hora), 13% mais do que em 2019.

Separados por Estados, os parlamentares de São Paulo são os mais influentes, seguidos pelos do Rio de Janeiro.

Metodologia

O instituto analisou o grau de engajamento em todas as publicações dos parlamentares de 1º de fevereiro a 31 de dezembro de 2020 e comparou com os resultados do mesmo período de 2019. Foram analisadas publicações feitas no Facebook (apenas páginas públicas), no Instagram (apenas contas business) e no Twitter. As notas são atribuídas considerando número de seguidores, quantidade, alcance e engajamento (curtidas, comentários e compartilhamentos) das publicações nas diferentes redes.

CONFIRA O RANKING DOS PARLAMENTARES MAIS INFLUENTES:

1º - Deputado Eduardo Bolsonaro - PSL-SP

2º - Deputada Carla Zambelli - PSL-SP

3º - Deputado Andre Janones - Avante-MG

4º - Deputada Bia Kicis - PSL-DF

5º - Deputado Filipe Barros - PSL-PR

6º - Deputado Marcelo Freixo - PSOL-RJ

7º - Senador Humberto Costa - PT-PE

8º - Deputada Jandira Feghali - PCdoB-RJ

9º - Deputada Joice Hasselmann - PSL-SP

10º - Deputada Gleisi Hoffmann - PT-PR

11º - Deputado Kim Kataguiri - DEM-SP

12º - Deputado Carlos Jordy - PSL-RJ

13º - Deputado Pr. Marco Feliciano - Republicanos-SP

14º - Deputado Helio Lopes - PSL-SP

15º - Deputado José Medeiros - Podemos-MT

16º - Senador Flávio Bolsonaro - Republicanos-RJ

17º - Deputado Carlos Eduardo Martins - PSC-PR

18º - Deputado Daniel Silveira - PSL-RJ

19º - Deputado Otoni de Paula - PSC-RJ

20º - Deputado Sargento Fahur - PSD-PR

A deputada federal Maria do Rosário (PT-RS) comentou no Twitter a fala do presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), de que o presidente Jair Bolsonaro está voltando ao patamar "normal" de votos nessas eleições, o que pode ter prejudicado candidatos bolsonaristas.

"Nas eleições de 2020, bolsominions voltando ao tamanho de onde jamais deveriam ter se expandido: bolsomini. Proporcional ao cérebro e à decência que possuem."

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Aqueles que se revoltam ao encontrar pessoas pelas ruas descumprindo as recomendações de segurança dos órgãos sanitários, como desrespeitando o distanciamento social ou ainda sem fazer o uso da máscara, já podem descontar toda sua ira. Pelo menos, de ‘mentirinha’. O jogo Punhos de Repúdio foi criado inspirado nessa temática e uma versão demo já pode ser baixada na internet

Desenvolvido por um grupo de brasileiros, o game tem estilo retrô e se passa em alguns cenários brasileiros. Nele, a protagonista, devidamente fazendo uso de sua máscara de proteção individual, percorre as ruas agredindo aqueles que circulam sem qualquer tipo de proteção contra o coronavírus.

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Além disso, também há personagens no jogo que fazem alusão aos apoiadores do presidente Jair Bolsonaro.  Eles aparecem empunhando bandeiras do Brasil e vestindo a camisa da seleção brasileira de futebol. O objetivo é socá-los para que a pontuação do jogador aumente.  O jogo estará disponível a partir do dia 18 de outubro mas já dá para fazer um teste em uma versão parcial gratuita que pode ser baixada para Windows. 

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A indicação do desembargador Kassio Marques para ocupar uma vaga no Supremo Tribunal Federal (STF) fez aumentar o número de antigos bolsonaristas que partiram para o confronto aberto com Jair Bolsonaro, acusando o presidente de "traição" aos compromissos assumidos na campanha de 2018. O anúncio para a Corte provocou fortes críticas e uma onda de descontentamento, com ameaças de debandada e pressão para que Bolsonaro mude o nome do indicado.

O grupo dos desiludidos, já integrado por ex-ministros, como Sérgio Moro - que no passado chegou a ser cotado para uma vaga no STF -, tem aumentado. Os ataques vêm agora de todos os lados, principalmente da ala "raiz" do bolsonarismo, e a hasthag #BolsonaroTraidor desponta com força nas redes sociais.

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Empresários, militares, evangélicos e ativistas ideológicos apontaram a escolha de Marques como "grave erro" e uma oportunidade perdida de nomear um "conservador" para a cadeira do ministro do STF Celso de Mello, que se aposentará no próximo dia 13. Nesta segunda, 5, Bolsonaro comparou a escolha do ministro à escalação da seleção brasileira. O encontro de Bolsonaro na casa do ministro do STF Dias Toffolli, no sábado, com a presença de Marques e do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), agravou a situação.

O movimento Vem Pra Rua, que liderou manifestações pelo impeachment da então presidente Dilma Rousseff (PT), passou a criticar o presidente. "Na campanha, Bolsonaro prometeu enfrentar o sistema. No poder, Bolsonaro negociou a indicação de Kassio Nunes com Gilmar, Toffoli e Davi Alcolumbre. Existe traição maior que essa?", perguntou o Vem Pra Rua em post publicado nas redes, também citando o ministro do STF Gilmar Mendes.

O movimento começou a entoar a palavra de ordem "Fora, Bolsonaro" e está sugerindo protestos em todo o País, no próximo dia 25. "Falando sério. Precisamos pensar numa forma de acolher quem desembarca dessa canoa furada do bolsonarismo", disse outra mensagem do Vem pra Rua.

No Congresso, deputados como Joice Hasselmann - que foi líder do governo no Congresso e hoje é candidata do PSL à Prefeitura de São Paulo -, Alexandre Frota (atualmente no PSDB) e o senador Major Olímpio (PSL-SP) fazem parte do time dos desiludidos com Bolsonaro. Ex-juiz da Lava Jato, Moro virou inimigo.

Bolsonaristas ligados ao mercado também deram sinais de desembarque. O tom mais forte veio de um dos responsáveis por apresentar ao presidente o ministro da Economia, Paulo Guedes, até pouco tempo atrás um dos pilares do governo. "Hora de desembarcar. Acabou. Um erro dessa envergadura não se faz por acaso", reagiu Winston Ling, empresário e investidor sino-brasileiro, partidário da causa conservadora e do liberalismo.

Sabatina

Antes de ser nomeado, Kassio Marques ainda precisa passar por uma sabatina no Senado. Ontem mesmo, ele começou a pedir apoio em visita ao Congresso. Ao mesmo tempo, aliados de Bolsonaro cobram que ele recue da decisão. "A escolha do novo integrante do STF pelo presidente pode ser revertida se houver pressão da base ativista conservadora. Bora pressionar?", postou Ling no Twitter.

Porta-voz do grupo "300 do Brasil", a ativista de extrema-direita Sara Giromini, que chegou a ser presa em junho, acusada de organizar atos antidemocráticos, usou de ironia para subir o tom contra Bolsonaro.

"Que inveja eu tenho do Toffoli. Ele pelo menos ganhou um abraço do Bolsonaro", disse Sara, em mensagem nas redes. "Não reconheço Bolsonaro. Não sei mais quem ele é", emendou a militante, afirmando ter sofrido pressão do general Augusto Heleno, ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), para não atacar o Supremo nem o Congresso. O general admitiu ter pedido ao grupo para moderar suas posições, mas disse não ter havido "qualquer tipo de discórdia, reprimenda ou ameaça".

Bolsonaro também se queixou ontem de uma "autoridade" do Rio, por quem "prezava muito", que protestou contra a indicação de Marques. "Estou chateado, sim. O pessoal que me apoia virando as costas, (dizem que) não votam mais", admitiu Bolsonaro. "Essa autoridade do Rio de Janeiro queria que indicasse o dele. Fez vários vídeos, uma autoridade que diz que tem Deus no coração."

O recado era endereçado ao pastor Silas Malafaia, da Assembleia de Deus Vitória em Cristo, que criticou a indicação de Marques para o STF.

"Sou aliado, mas não sou vaquinha de presépio", disse Malafaia ao Estadão. Horas depois, o pastor divulgou um vídeo contando que levou a Bolsonaro uma lista com três nomes aprovados pela frente parlamentar evangélica: Jackson Di Domenico, José Eduardo Sabo Paes e William Douglas. "Como eu queria impor alguém meu? Isso é querer desviar o foco", disse Malafaia, irritado.

Até mesmo o bolsonarista Allan dos Santos, do programa Terça Livre, criticou a escolha do presidente. "Há uma enorme diferença entre bajular e compreender as circunstâncias, entre confiar e aceitar calado decisões ruins. Não trate como seita quem acreditou em você como um ser humano, Jair Bolsonaro. Explique sem exigir fé. Exija a razão e seus eleitores decidem", afirmou.

Presidente defende encontros com Maia e Toffoli

O presidente Jair Bolsonaro defendeu ontem seus encontros com autoridades do Legislativo e do Judiciário criticadas por parte dos seus apoiadores. No sábado, ele se reuniu com o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, e o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), o que gerou reclamações nas redes sociais. Ontem, esteve com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ).

"Com quem eu tomei café agora, alguém sabe? Rodrigo Maia. E daí? Estou errado? Quem é que faz a pauta na Câmara?", disse Bolsonaro a apoiadores, no Palácio da Alvorada, quando um deles questionou se era difícil governar com o STF. "Não entro no detalhe. É um Poder que respeito", afirmou o presidente.

Sobre a indicação de Kassio Marques ao STF, disse que é como escalar a Seleção Brasileira. "Todo mundo tem seu nome, e aquele que não entrou o nome reclama, aí começa a acusar o cara de tudo."

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O procurador-geral da República, Augusto Aras, pediu a abertura de um inquérito para apurar se a deputada federal e candidata a prefeita de São Paulo, Joice Hasselmann (PSL), usou funcionários lotados em seu gabinete na Câmara para criar perfis falsos nas redes sociais a fim de atacar adversários políticos.

Em ofício encaminhado ao ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), no final de agosto, o chefe do Ministério Público Federal pede que sejam ouvidos os assessores Marcelo Marinho de Farias e Jean Hernani Guimarães Vilela.

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"Os fatos noticiados são relativos ao exercício do cargo público, dado que, em tese, foram praticados pela Deputada Federal Joice Hasselmann e por servidores de seu Gabinete, sob seu comando, num contexto de disputa com adversários políticos. De outro lado, os fatos potencialmente criminosos foram cometidos no curso do mandato", diz um trecho do documento.

Aras se manifestou no âmbito de uma notícia-crime apresentada pela também deputada Carla Zambelli (PSL-SP), que imputa à colega de Parlamento e partido os crimes de constrangimento ilegal, difamação, falsidade ideológica e associação criminosa com base em relatos de dois ex-funcionários de Joice que acusam a antiga chefe de usar o gabinete para produzir fake news e disparar ataques contra aliados do presidente Jair Bolsonaro. Em entrevista à CNN, os ex-auxiliares afirmaram que a equipe era cobrada a fazer 'montagens de vídeos', 'criar narrativas' e 'alimentar perfis falsos' nas redes sociais, supostamente monitorados pela própria parlamentar.

Os principais alvos, segundo os ex-funcionários, seriam desafetos criados após a ruptura da ex-líder do governo com o Planalto e incluíram ex-aliados como a própria Carla Zambelli, a deputada Bia Kicis (PSL-DF) e os filhos do presidente, o senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) e o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP).

Em sua conta no Twitter, Joice chamou Aras de 'papagaio presidencial' e 'boneco de ventrículo do Palácio do Planalto'. A parlamentar acusou o procurador-geral de tentar prejudicar sua candidatura nas eleições municipais deste ano em um 'lance antecipado para tentar arrematar a nova vaga aberta no STF' com a aposentadoria do decano Celso de Mello.

Ex-aliada bolsonarista, Joice Hasselmann rompeu com o Planalto depois de um 'racha' no PSL que terminou com a debandada dos Bolsonaro do partido. Ela chegou a disputar a liderança da sigla na Câmara, enquanto o presidente articulava para que o caçula na política, Eduardo Bolsonaro, assumisse o posto.

A própria deputada acusa o Planalto e seus aliados de envolvimento em esquemas de disseminação de notícias falsas e discursos de ódio. Em dezembro do ano passado, na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) das Fake News da Câmara dos Deputados, chegou a afirmar que um dos grupos de propagadores de notícias falsas e difamações mais ativos seria o chamado 'gabinete do ódio', integrado por assessores especiais da Presidência da República. O grupo seria pautado, segundo ela, pelos filhos do presidente, Eduardo e Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ), e pelo 'guru' Olavo de Carvalho.

Após apoiadores bolsonaristas terem computadores, documentos e celulares apreendidos como provas no inquérito nas fake news, Joice voltou a atacar o governo. A deputada afirmou que 'no fim da linha do esquema' investigado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) está o Palácio do Planalto. Segundo ela, 'o esquema de produção de ataques e mentiras contra adversários políticos e a democracia' envolve dinheiro público de gabinetes de políticos ligados à família Bolsonaro e recursos de empresários com trânsito constante no Palácio do Planalto.

COM A PALAVRA, JOICE HASSELMANN

"O Procurador Geral da República, Augusto Aras, está dando um lance no leilão para a vaga que se abrirá no Supremo. Fica claro e evidente que o Procurador está sendo boneco de ventríloquo dos meus desafetos políticos lotados no Palácio do Planalto, em função da minha candidatura à Prefeitura de São Paulo. Beira a criminalidade o uso da mais alta instância do Ministério Público como instrumento político de perseguição com escancarada subserviência ao Poder Executivo. Isso sim é falsidade ideológica. O Ministério Público não merece tal representante e a lei do abuso de autoridade será invocada."

O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, está sendo alvo de críticas nas redes sociais por parte de bolsonaristas, nesta quinta-feira (27). Barroso está sendo chamado de "palhaço" no Twitter. A classificação ocorre um dia depois de o presidente do TSE expor uma avaliação crítica sobre a gestão do presidente Jair Bolsonaro (sem partido). 

Em live, nessa quarta, Barroso disse que a democracia brasileira é atacada pelo próprio presidente. "Tivemos dois presidentes destituídos depois de serem eleitos pelo voto popular, tivemos muita inflação, recessão, alto desemprego, escândalos de corrupção dramáticos, governos de direita, esquerda e de centro e um temos um presidente que defende a ditadura e exalta a tortura. E ninguém nunca defendeu solução diferente do respeito à legalidade constitucional (…). A democracia brasileira tem sido bastante resiliente, embora constantemente atacada pelo próprio presidente. Uma coisa que contribui para a resiliência da democracia no Brasil é a liberdade, independência e poder da imprensa brasileira", chegou a falar na ocasião.

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O discurso gerou reação negativa e a hashtag '#BarrosoPalhaço' está entre os assuntos mais comentados da rede social no início da tarde desta quinta com mais de 59 mil menções.

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Criticado por bolsonaristas por sua postura em relação à China, o vice-presidente da República, Hamilton Mourão, defendeu, nesta sexta-feira (7), que o Brasil deve retomar a sua posição histórica na política externa, que classificou como "pragmática e flexível". "Nós temos que buscar o tempo todo os interesses do Brasil", disse o vice durante videoconferência da FSB Comunicação.

Esta não é a primeira vez que Mourão defende "pragmatismo" na área internacional. Em julho do ano passado, o vice falou sobre a importância da característica e de flexibilidade em questões como as relações comerciais com a China. Mourão tem atuado como voz moderada em relação ao país asiático, maior parceiro comercial do Brasil.

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"Em relação à política externa, eu tenho me batido diariamente para que nós adotemos aquela posição histórica do Brasil, que é sermos pragmáticos e flexíveis. E nós temos que ver aquilo que é atribuído ao lorde Palmerston, estadista inglês do século 19, que dizia que não existem amizades eternas nem inimizades perpétuas. Existem única e exclusivamente os nossos interesses. Então, na política externa nós temos que buscar o tempo todo os interesses do Brasil", disse Mourão nesta sexta.

Ele também defendeu que o Brasil deve saber se posicionar na "disputa geopolítica, tecnológica, comercial e até militar que está ocorrendo entre EUA e China, como potência em ascensão, com a Europa Ocidental e a Rússia de espectadores e partícipes nessa disputa".

Após o presidente do Facebook Brasil ser intimado pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), a cumprir ordem de bloqueio de doze perfis bolsonaristas na rede social, a empresa informou, neste sábado (1º), que as contas foram suspensas internacionalmente.

O bloqueio temporário foi determinado pelo ministro no âmbito do inquérito das fake news, que apura notícias falsas, ofensas e ameaças contra autoridades. A medida foi justificada pela necessidade de 'interromper discursos criminosos de ódio' e solicitada ainda em maio, quando apoiadores do governo foram alvo de buscas em operação da Polícia Federal.

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A plataforma, no entanto, demorou dois meses para cumprir a ordem e o fez somente após intimação na semana passada. Como os bloqueios ficaram restritos a território nacional, o ministro voltou a cobrar as empresas pedindo a suspensão total, sob pena de multa diária de R$20 mil.

Inicialmente, o Facebook veio a público informar que iria recorrer da decisão para estender o bloqueio a nível mundial. Na sequência, Alexandre intimou o presidente da empresa e ampliou para R$ 100 mil a multa diária. O ministro também apontou que o valor acumulado pelo descumprimento da decisão já chega a R$ 1,92 milhão.

Diante da nova ordem, a plataforma informou que 'não teve alternativa' a não ser cumprir o bloqueio, classificado como 'extremo'.

Entre os perfis suspensos estão o do ex-deputado federal Roberto Jefferson (PTB), dos empresários Luciano Hang e Otávio Fakhoury, da extremista Sara Giromini, dos blogueiros Allan dos Santos, Bernardo Kuster e Winston Lima, do humorista Reynaldo Bianchi, do militante Marcelo Stachin, do assessor do deputado estadual de São Paulo Douglas Garcia (sem partido) e pré-candidato a vereador pela capital Edson Pires Salomão e de outros aliados do presidente Jair Bolsonaro.

COM A PALAVRA, O FACEBOOK

O Facebook havia cumprido com a ordem de bloquear as contas no Brasil ao restringir a visualização das Páginas e Perfis a partir de endereços IP no país. Isso significa que pessoas com endereço IP no Brasil não conseguiam ver os conteúdos mesmo que os alvos da ordem judicial tivessem alterado sua localização IP. A mais recente ordem judicial é extrema, representando riscos à liberdade de expressão fora da jurisdição brasileira e em conflito com leis e jurisdições ao redor do mundo. Devido à ameaça de responsabilização criminal de um funcionário do Facebook Brasil, não tivemos alternativa a não ser cumprir com a ordem de bloqueio global das contas enquanto recorremos ao STF.

Apoiadores bolsonaristas foram suspensos do Twitter, nessa quinta-feira (30), e desta vez o bloqueio vale internacionalmente. Por determinação do ministro Alexandre de Moraes do Supremo Tribunal Federal (STF), as contas saíram do ar no Brasil na semana passada, mas os influenciadores mudaram as configurações de localização e continuaram a publicar mensagens sem embargos.

Diante da estratégia, o ministro voltou a intimar a plataforma pedindo o cumprimento total da ordem de bloqueio, sob pena de multa diária de R$20 mil.

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"O Twitter continua permitindo que os perfis sejam acessados através de endereços IP do Brasil, desde que o nome do país configurado na conta do usuário seja diferente de "Brasil", por exemplo, "Estados Unidos". Por isto, qualquer pessoa pode efetuar uma alteração simples em seu perfil do Twitter e continuar acessando livremente os perfis que deveriam estar bloqueados", diz um trecho do laudo pericial que embasou a nova intimação.

O bloqueio temporário foi determinado pelo ministro no âmbito do inquérito das fake news, que apura notícias falsas, ofensas e ameaças contra autoridades, e se estendeu também ao Facebook e Instagram. A medida foi justificada pela necessidade de "interromper discursos criminosos de ódio" e solicitada ainda em maio, quando apoiadores do governo foram alvo de buscas em operação da Polícia Federal.

As plataformas, no entanto, demoraram dois meses para cumprir a ordem e o fizeram somente após intimação na última sexta (24). Como os bloqueios ficaram restritos a território nacional, o ministro voltou a cobrar as empresas.

"Embora clara e objetiva a determinação judicial, no âmbito do presente inquérito, para que as operadoras das redes sociais Facebook, Twitter e Instagram suspendessem, de imediato e de forma incondicionada, as contas mantidas pelos investigados, não houve comprovação do regular cumprimento", escreveu Alexandre na nova ordem.

Em nota, o Twitter informou que pretende recorrer da decisão, classificada como ‘desproporcional sob a ótica do regime de liberdade de expressão vigente no Brasil’.

Entre os perfis suspensos estão o do ex-deputado federal Roberto Jefferson (PTB), dos empresários Luciano Hang e Otávio Fakhoury, da extremista Sara Giromini, dos blogueiros Allan dos Santos, Bernardo Kuster e Winston Lima, do humorista Reynaldo Bianchi, do militante Marcelo Stachin, do assessor do deputado estadual de São Paulo Douglas Garcia (sem partido) e pré-candidato a vereador pela capital Edson Pires Salomão e de outros aliados do presidente Jair Bolsonaro.

Apesar das ordens de Alexandre, os influenciadores passaram a usar contas alternativas, como mostrou o Estadão. Roberto Jefferson está usando o perfil da filha, a também ex-deputada Cristiane Brasil (PTB). A nova descrição da conta diz que os dois estão dividindo o perfil, já que ele foi "censurado".

Allan dos Santos recorreu a um segundo perfil não oficial que já mantinha no Twitter e pediu aos usuários que passem a segui-lo na conta alternativa. Mais cedo, escreveu: "Bora bater aqui os 360k que eu tenho no perfil censurado?".

Edson Salomão preferiu criar um novo perfil, que já conta com mais de 40 mil seguidores.

Luciano Hang, dono da rede de lojas de departamento Havan, tem preferido usar a conta no Instagram, que não foi derrubada, para se comunicar.

A lista completa dos bloqueados:

Alan Lopes dos Santos

Bernardo Pires Kuster

Edson Pires Salomão

Eduardo Fabris Portella

Enzo Leonardo Suzi Momenti

Marcelo Stachin

Marcos Dominguez Bellizia

Rafael Moreno

Paulo Gonçalves Bezerra

Rodrigo Barbosa Ribeiro

Roberto Jefferson

Sara Fernanda Giromini

Edgard Gomes Corona

Luciano Hang

Otavio Oscar Fakhoury

Reynaldo Bianchi Junior

Winston Rodrigues Lima

Com a palavra, o Twitter

O Twitter bloqueou as contas para atender a uma ordem judicial proveniente de inquérito do Supremo Tribunal Federal (STF). Embora não caiba ao Twitter defender a legalidade do conteúdo postado ou a conduta das pessoas impactadas pela referida ordem, a empresa considera a determinação desproporcional sob a ótica do regime de liberdade de expressão vigente no Brasil e, por isso, irá recorrer da decisão de bloqueio.

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