Tópicos | bolsonaristas

A Justiça de São Paulo condenou dois dos manifestantes bolsonaristas que realizaram um protesto em frente à residência do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). O magistrado já protagonizou inúmeros embates com o presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), e apesar de o Governo ter amenizado o tom por um tempo, os ataques às instituições democráticas retornaram recentemente. 

De acordo com a denúncia apresentada pelo Ministério Público, o grupo, liderado por Antônio Calor Bronzeri e Jurandir Pereira Alencar, usou um carro de som e, por mais de duas horas, esteve na porta do prédio residencial, atrapalhando o sossego do ministro e dos demais moradores da região.  

##RECOMENDA##

Segundo as declarações das testemunhas, os réus xingaram o ministro de “advogado do PCC [sigla do Primeiro Comando da Capital, facção criminosa]”, “sem vergonha”, “pilantra”, “canalha”, “lixo”, “vagabundo”, “ladrão”, “traidor”. Também prometeram dar fim à vítima e sua família. A defesa dos bolsonaristas alegou que a confusão foi iniciada pelo ministro, que, da sacada do apartamento, teria proferido ofensas contra os manifestantes.  

"O ministro primeiramente ofendeu e provocou os manifestantes, incitando-os a perder o controle para, então, poder abusar de sua posição, de sua influência e de seu cargo", afirmou à Justiça. 

Os dois manifestantes foram condenados a 19 dias de prisão, em regime aberto, por perturbação de sossego. As penas ainda foram aumentadas, uma vez que o protesto foi realizado durante o período de restrições da Covid-19. 

 

Depois de idas e vindas, o ministro Luiz Fux, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), cancelou de vez a palestra que daria em Bento Gonçalves, no Rio Grande do Sul, no próximo dia 3. Ele falaria sobre 'Risco Brasil e Segurança Jurídica'.

Em nota enviada ao blog, o gabinete do ministro informou que o cancelamento foi uma "recomendação da equipe de segurança do STF em razão da localização do evento". O tribunal afirma que o procedimento é padrão e envolve "análise de riscos, levando em conta, principalmente, as áreas, instalações e acessos aos locais dos eventos".

##RECOMENDA##

"No caso de Bento Gonçalves, a palestra coincidiria com a montagem de um grande evento naquele município. Considerando que a segurança não teria como controlar o acesso e o trânsito dos convidados, a Secretaria de Segurança do STF contra-indicou a ida do ministro Fux", diz o texto.

O material de divulgação já estava circulando nas redes sociais quando empresários bolsonaristas iniciaram um boicote ao evento, organizado pelo Centro da Indústria e Comércio (CIC) de Bento Gonçalves. Duas patrocinadoras, a financeira Sicredi e marca de produtos de limpeza Saif, fizeram pressão contra a presença do presidente do STF.

No Facebook, o empresário Roni Kussler, dono da Saif, chegou a dizer que pediu cancelamento da vinda do ministro e "esclarecimentos" do CIC sobre o convite. A publicação não está mais disponível. O site GaúchaZH divulgou que a Sicredi enviou uma carta aos seus associados de Bento Gonçalves informando que, "considerando os impactos da nossa marca", havia pedido para ter o nome dissociado do evento.

Procurado pela reportagem, o CIC não quis comentar a pressão dos empresários. A entidade informou que cancelou a palestra por "motivos de segurança". A nota diz ainda que a sede fica no Parque de Exposições da Fenavinho, que começa em 9 de junho e já está em fase de montagem, o que dificultaria a logística e a operação de segurança.

A organização da palestra chegou a ser transferida para a subseção da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) em Bento Gonçalves, mas o gabinete de Fux informou ontem que o ministro não participaria mais do evento. A OAB é associada do Centro da Indústria e Comércio da cidade e as duas entidades costumam organizar eventos em parceria.

O advogado Rodrigo Terra de Souza, presidente da subseção da OAB em Bento Gonçalves, disse ao Estadão que a entidade é "apartidária" e lamentou o cancelamento do evento.

"Não é uma questão de esquerda ou de direita. As pessoas não conseguem diferenciar o que é interesse político-partidário e o que é interesse democrático. Essa é a maior frustração", afirmou ao blog.

Para o advogado, o caso é ainda mais simbólico porque Fux exerce hoje a função, não apenas de ministro do STF, mas de presidente da instituição, cargo máximo do Judiciário.

"É uma situação de até vergonha, pela comunidade se portar dessa forma. A gente sabe que é uma minoria que faz isso, mas hoje com o advento das redes sociais está muito fácil gritar", acrescentou.

O deputado federal Bibo Nunes (PL-RS) comemorou o cancelamento do evento nas redes sociais. Ele disse que o STF "nunca foi tão desprezado como nos dias atuais". "É a reação pelas ações", escreveu. O parlamentar também afirmou que estavam programados "protestos pacíficos e ordeiros, que fazem parte da democracia", contra Fux.

O nome de Paola Carosella não sai das redes sociais desde que ela afirmou, em uma entrevista, que bolsonaristas são "escrotos" ou "burros". A chef argentina foi bastante criticada mas houve quem saísse em sua defesa também. O youtuber Felipe Neto não só a defendeu como reiterou sua fala.

A confusão começou apóe Paola dar a polêmica fala durante entrevista ao programa 'Dia Cast'. Em seguida, sua posição foi bastante criticada pelos apoiadores do presidente Bolsonaro, que chegaram a sugerir um boicote ao seu restaurante, em São Paulo.

##RECOMENDA##

O youtuber Felipe Neto, então, saiu em defesa da chef. Pelo Twitter, ele falou a favor da argentina e ainda reforçou a declaração dela. "Paola Carosella está certíssima. Todo bolsonarista ou é escroto, ou burro. O único erro dela foi pq eu colocaria um 'colossalmente' antes de cada adjetivo. Bolsonarista não é apenas 'escroto', é 'colossalmente escroto' ou 'colossalmente burro'".

[@#video#@]

Integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) apoiadores do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foram ameaçados por um policial militar durante uma discussão com um grupo de bolsonaristas em Juiz de Fora, Minas Gerais. De acordo com lideranças de esquerda, a abordagem policial foi solicitada pelos apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL). 

O caso aconteceu na manhã desta quarta-feira (11). Lula deve visitar a cidade mineira durante a tarde para cumprir agenda de pré-campanha. Bolsonaristas, portanto, teriam organizado um protesto à visita e acabaram entrando em conflito verbal com os ativistas, que tinham um ato favorável a Lula ocorrendo no mesmo momento. 

##RECOMENDA##

À ocasião, um dos militares apontou uma arma para os ativistas do MST desarmados. Nas redes sociais, já circulam diversos vídeos nos quais o policial pode ser visto em posição de atirar. É possível ouvir pessoas dizendo "Atira!" e "Nós estamos numa manifestação pacífica", enquanto outros tentavam acalmar o militar. Um outro policial é visto ignorando a situação e mexendo no celular. 

[@#video#@] 

"Cerca de 20 bolsonaristas com um carro de som tentaram bloquear a saída do aeroporto e nós estávamos em um grupo de 60 pessoas e nos posicionamos sobre a rotatória, sem atrapalhar o trânsito, em manifestação pacífica", disse Nei Zavaski, membro da coordenação estadual do MST em Minas. 

De acordo com o UOL, o comando da Polícia Militar vai analisar o procedimento adotado pelo militar que aparece nas imagens apontando a arma em direção à cabeça de um dos manifestantes. 

"O policial faz uma análise do que está passando. E nós vamos depois fazer uma análise mais aprofundada para saber se a utilização [da arma] foi adequada, oportuna, até porque havia um número bastante grande de pessoas que poderiam se enfrentar. Mas o equipamento foi o adequado", disse o major Jean Amaral. Segundo o militar, os policiais estão utilizando "equipamento de menor potencial ofensivo, calibre 12, de borracha, mas não houve a necessidade de disparo". 

O comando da Polícia Militar em Juiz de Fora demonstrou preocupação com os possíveis atos de violência entre simpatizantes de Lula e de Bolsonaro na cidade. 

"A preocupação existe. Nós estivemos, ao longo dos últimos dias, nos organizando para que o efetivo policial estivesse adequado à movimentação de pessoas. Juiz de Fora tem uma tradição ligada ao PT, hoje a prefeita [Margarida Salomão] é do PT, e nós temos o costume de acompanhar candidatos do PT na cidade sempre com muita movimentação de simpatizantes", continuou Amaral. 

O policial disse também que o efetivo da PM nos eventos de Lula hoje é de 60 militares, além da Guarda Municipal. 

 

Após o ex-presidente Lula (PT) ter sofrido uma tentativa de agressão em Campinas, São Paulo, nesta sexta-feira (9), o ex-ministro Ciro Gomes (PDT), repudiou a o episódio e lembrou ter sido "atacado por uma corja de bolsonarista, em Ribeirão, e por um grupamento radical de prováveis lulistas, na Paulista".

O pedetista também declarou não se surpreender com o clima de ódio criado pela polarização "raivosa e despolitizada que domina o país".

##RECOMENDA##

"Ainda é hora de refletirmos e cobrarmos serenidade para evitar que o ambiente se torne insustentável", disse, em clima de campanha.

[@#video#@]

A ex-ministra Marina Silva foi outra que defendeu o ex-presidente, após o petista ser alvo do que classificou como um "ato de covardia".

Durante o protesto de 1º de maio realizado por apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL), em Belo Horizonte, capital de Minas Gerais, um grupo de pessoas arrastou o colchão sobre o qual uma mulher em situação de rua dormia. O momento teria foi capturado pela reportagem do jornal Estado de Minas. 

De acordo com o jornal, o repórter que acompanhava a manifestação presenciou o momento em que dois organizadores do evento arrastaram o colchão da mulher com ela em cima. Segundo ele, naquele mesmo local, seriam colocados cartazes de propaganda do governo e uma bandeira do Brasil, onde as pessoas poderiam parar para fazer registros em foto, funcionando como um estande.

##RECOMENDA##

Isso aconteceu no coreto da Praça da Liberdade, no Centro de Belo Horizonte. A mulher em situação de rua estava dormindo lá e não teria se incomodado com a presença dos manifestantes. Ainda segundo a reportagem do jornal mineiro, ela permaneceu dormindo mesmo enquanto seu colchão era arrastado pelos manifestantes e colocado do outro lado do coreto.

O repórter relatou que após o início do ato a favor de Bolsonaro, que contou com a presença de carros de som, ela não foi mais vista no local ou nos arredores da Praça da Liberdade.

[@#video#@]

Após discutir com apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL) em visita à Agrishow, em Ribeirão Preto (SP), nesta quinta-feira, 28, o pré-candidato à presidência da República Ciro Gomes (PDT-CE) divulgou nota em suas redes sociais na qual afirma que os apoiadores do presidente agiram com violência e preconceito.

"Ciro Gomes visitava a maior feira de tecnologia agrícola da América Latina, a Agrishow, em Ribeirão Preto, quando foi insultado e sofreu tentativas de agressão física por militantes bolsonaristas", informou a assessoria do ex-ministro no Twitter.

##RECOMENDA##

A nota afirma ainda que "os agressores agiram com violência e com profundo preconceito contra nordestinos, atacando com forte conotação racista a sua origem cearense".

Contudo, apesar de lamentar que tenha sido forçado a responder à altura e a agir com "veemência", o presidenciável entende que esse tipo de comportamento "fascista deve ser enfrentado, ou as milícias bolsonaristas se sentirão no direito de atacar a todos, inclusive a quem não consiga se defender", informa a nota.

Como mostrou o Broadcast Político, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado, enquanto caminhava pelos estandes do evento agrícola, Ciro respondeu a ofensas e xingou seus interlocutores. Como reação aos gritos de "mito", ele chamou repetidamente o presidente da República de "ladrão da rachadinha".

Ciro foi o primeiro pré-candidato à presidência da esquerda a visitar a feira nesta edição.

Especialistas em direito, ética e ciência política classificaram a declaração do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva - que sugeriu que sindicalistas mapeiem o endereço de parlamentares para "incomodar a tranquilidade" deles e conversar com seus familiares - como "populista e "inconsequente". No entanto, do ponto de vista do direito, a avaliação é que não houve crime na declaração do petista.

O desembargador aposentado Walter Maierovitch não vê atuação de "dolo, com intenção de causar assédio ou importunação", na fala de Lula, mas diz que o ex-presidente esqueceu uma passagem da história. "O legado do direito constitucional inglês. Me refiro ao princípio 'minha casa, meu reino' (my house, my kingdom). Daí a proteção ao domicílio, e não caber importunações. Para tudo", afirmou.

##RECOMENDA##

O cientista político e professor do Insper Carlos Melo afirmou que há "um certo grau de demagogia" e que o petista falou de forma "inconsequente". No entanto, pondera que o discurso foi para um "público muito específico".

"Certamente é um tipo de prática que não aconteceria em um governo do Lula porque não faz sentido. É descabível as pessoas procurarem os deputados nas suas casas", disse.

O professor de Ética e jornalista Carlos Alberto Di Franco afirmou que se trata de "uma declaração irresponsável, imprópria de quem disputa uma eleição, um incitamento perigoso e claramente desrespeitoso com as famílias".

Além da reação de parlamentares bolsonaristas, a declaração de Lula também gerou críticas contundentes entre parlamentares não alinhados com o governo federal. O deputado federal Marcel van Hattem (Novo-RS) chamou de "criminosa" a declaração de Lula. Ele cobrou reação do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre o episódio. "Também me questiono se, nesse caso, o ministro Alexandre de Moraes pedirá a prisão do ex-presidiário Lula por essa ameaça ao Parlamento", afirmou.

Presidente do Cidadania, Roberto Freire classificou a sugestão do ex-presidente da República como "absurda" e "fascista". "Declaração absurda essa de Lula mandar militantes pressionarem famílias de deputados que por acaso não sejam do seu agrado. Atitude fascista inadmissível numa democracia", publicou Freire nas redes sociais.

O PT entrou com uma representação no Conselho de Ética da Câmara contra Junio Amaral (PL-MG), após o deputado divulgar vídeo empunhando um arma e dizer que aguardava a "turma" do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva chegar em sua casa. "Serão muito bem-vindos", afirmou ele, enquanto carregava uma arma de fogo com munição.

O vídeo de Amaral foi em resposta a uma declaração que Lula fez durante evento da Central Única dos Trabalhadores (CUT), na segunda-feira, 4. O petista defendeu que os sindicalistas mapeiem o endereço dos parlamentares e se dirijam a essas residências para "incomodar a tranquilidade" dos políticos, pressionando-os com as demandas sindicais. "Se a gente mapeasse o endereço de cada deputado e fossem 50 pessoas até a casa dele, não é para xingar, mas para conversar com ele, conversar com a mulher dele, com o filho dele, incomodar a tranquilidade dele. Eu acho que surte muito mais efeito", afirmou o petista.

##RECOMENDA##

A representação do PT afirma que a reação de Amaral foi "desproporcional, autoritária, odiosa, totalmente incompatível com o que se espera de um deputado federal" e solicita a abertura de processo ético disciplinar no conselho por quebra de decoro parlamentar. "O representado responde à fala do presidente Lula fazendo expressa ameaça, consistente em receber, tanto o presidente, quanto eventuais cidadãos (manifestantes), com uma arma de fogo totalmente carregada, a indicar que poderia matá-los ou lesioná-los, de forma grave", diz.

A representação atribuiu a Amaral três crimes: ameaça, incitação ao crime e apologia de crime ou criminoso. "As ações do representado, além de criminosas, configuram verdadeiras exortações de ódio aos adversários políticos reais e/ou imaginários, o que não pode ser admitido", afirma o texto.

Para o partido, a declaração do petista foi democrática. "Lula apenas reforçou os mecanismos democráticos de que podem dispor os trabalhadores e cidadãos brasileiros, na perspectiva de buscar, junto aos representantes populares - que devem prestar contas de suas ações a seus eleitores - um canal de diálogo mais próximo e que permita, sem intermediários, apresentar as variadas e necessárias demandas trabalhistas, sociais e políticas, muitas vezes deixadas de lado pelo Parlamento."

No Twitter, o deputado Rogério Correia (PT-MG), que assina o documento, publicou que "fascistas não passarão!". Além dele, o nome da presidente do partido, Gleisi Hoffmann, e do deputado federal Reginaldo Lopes (PT-MG) também constam na representação.

Em nota, o deputado Amaral afirmou que seu vídeo foi uma resposta à ameaça que Lula fez aos deputados. "Apenas avisei que não submeterei a minha família à qualquer risco que algum dos terroristas queiram nos colocar", disse. Para o parlamentar, não há no vídeo "qualquer fato" que caiba inquérito e imputação de algum crime. "O art 24 do Código Penal me garante defesa proporcional à mim e minha família, assim como meu direito de manifestar por isso. A casa é asilo inviolável de qualquer cidadão, conforme a Constituição Federal", disse.

   Após o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes decidir pelo bloqueio do uso do aplicativo Telegram no Brasil na última sexta-feira (18), grupo de bolsonaristas procuram meios para driblar essa decisão. Entre as alternativas que o grupo encontrou de burlar a determinação, foi usar os serviços de rede VPN ou Proxy, que possibilitam usuários a conectar-se a internet através de um canal criptografado e sigiloso.

O intuito dos serviços é para ocultar seu endereço de IP, e proteger sua privacidade de navegação. Tanto é que profissionais da área de TI vêm como uma solução de segurança, porém não é para essa finalidade que o grupo de bolsonaristas estão usando. Visto que, minutos após a determinação do STF, vários tutorias de como usar a rede social via VPN e Proxy, começaram a circular nos grupos. 

##RECOMENDA##

A decisão do STF 

Vale lembrar que a decisão tomada pelo ministro, foi referente a um pedido da Polícia Federal (PF), que segundo a corporação o aplicativo não tem cooperado com ordens judiciais e policiais. A plataforma também era usada para propagar discursos de ódio, tráfico de drogas, comércio de dinheiro falso, vendas de certificados de vacinação e propagandas nazistas. 

Multa 

Mesmo com essas alternativas pensadas em ignorar a determinação, Moraes deixou claro que as pessoas que não cumprirem a medida podem ser enquadrados civil e criminalmente, além de estarem sujeitas a uma multa diária de R$ 100 mil reais.  

A nova plataforma utilizada pelos bonsonaristas para manterem contato após bloqueio do Telegram, a Gettr, ou Getting Together, foi um refúgio lançado pela equipe do ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, em 2021, para manter o contato de pessoas conservadoras umas com as outras. No Telegram, o principal canal do presidente Bolsonaro (PL) tem cera de 1,1 milhões de inscritos. 

->> Bolsonaristas tentam contornar suspensão do Telegram

##RECOMENDA##

A plataforma por si só tem a promessa de "lutar contra a cultura do cancelamento" e "defender a liberdade de expressão". A interface é similar a do Twitter: tem uma página inicial com um feed de postagens de quem o usuário segue e uma página com as hashtags dos assuntos mais comentados no momento. 

->> Bloqueio ao Telegram atinge Bolsonaro e seus seguidores

Ela é alvo de pessoas conservadoras por prometer não censurar os integrantes, da forma como o Twitter, Facebook e YouTube censuram alguns usuários que infringem algumas políticas das redes. 

De acordo com o site, é possível importar uma conta do Twitter para o Gettr. Dentre outras características similares às da rede, a Gettr permite postagens de até 777 caracteres, vídeos de até três minutos e transmissão ao vivo. 

Grupos de apoiadores do presidente Jair Bolsonaro se mobilizaram para buscar alternativas à proibição do uso da plataforma Telegram pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, nesta sexta-feira, 18. A rede social é uma das preferidas de Bolsonaro - lá, seu principal canal tem cerca de 1,1 milhão de inscritos, um número muito superior aos quase 49 mil seguidores no perfil oficial do petista Luiz Inácio Lula da Silva, por exemplo. Na plataforma, grupos podem ter até 200 mil usuários; canais de transmissão podem ter audiência ilimitada.

Apoiadores divulgavam, principalmente, formas de como usar uma rede virtual privada (VPN) ou de ter acesso a um proxy. Ambos têm a mesma finalidade: mascarar a origem de acesso de um internauta. Uma pessoa no Brasil pode simular que está usando a internet em outro país. Na ordem de Alexandre, pessoas naturais e jurídicas que usarem "subterfúgios tecnológicos" para continuarem a usar o Telegram estarão sujeitas a "sanções civis e criminais", e multa diária de R$ 100.000.

##RECOMENDA##

Grupos antivacina e de apoiadores de Adolf Hitler, líder da Alemanha nazista, também divulgaram formas de como driblar o bloqueio imposto pelo ministro do STF.

A ação foi recomendada por influenciadores como o blogueiro Allan dos Santos, que teve sua conta original banida no Brasil em 26 de fevereiro. Quando banido, Allan dos Santos criou uma conta alternativa e informou que quem estava em outro país ou usava uma VPN conseguia ter acesso ao canal original.

O influenciador bolsonarista Bernardo Küster divulgou em seu canal com mais de 60 mil seguidores o uso de proxy como alternativa para o uso do Telegram. Ele postou duas possíveis alternativas de proxy, com endereços para Estados Unidos e outros países europeus. A mensagem recirculou em grupos antivacina.

"Nesse novo Brasil, aprenda a usar VPN e criar uma conta no Gettr e no Clouthub", escreveu dos Santos às 16h06 desta sexta-feira em sua conta alternativa na rede, que ainda estava ativa e tinha cerca de 50 mil inscritos. Poucos minutos depois, ele foi novamente banido da plataforma.

O Gettr se define como uma rede social que "rejeita a censura política e a 'cultura do cancelamento'". Ela tem o apoio direto de Bolsonaro, seus filhos e influenciadores bolsonaristas, que estão presentes na plataforma. O Clouthub é uma outra rede para o qual grupos de extrema-direita migraram em massa.

Levantamento do site de notícias americano Axios aponta que houve um aumento no número de downloads da rede em mais de 100% entre os dias 5 e 9 de janeiro do ano passado - no dia 6 de janeiro, apoiadores do ex-presidente Donald Trump invadiram o Capitólio americano para impedir a confirmação de Joe Biden como presidente americano. Cinco pessoas morreram nos conflitos.

Apoiadores de Bolsonaro nos grupos atacaram Alexandre de Moraes com xingamentos e alguns protestaram contra o que chamaram de inação do presidente sobre o tema.

Em outros grupos, usuários divulgaram mensagens sinofóbicas, dizendo que chineses comem bebês e outra ataca o humorista Danilo Gentili, chamando-o de "judeu maçom". Administradores de páginas em apoio a Bolsonaro criaram canais na rede social Discord para que os seguidores migrassem. O Discord é uma plataforma que permite que usuários se comuniquem por texto e por voz. Apenas membros dos grupos podem saber o conteúdo das mensagens.

Entre as publicações no Facebook com um milhão de interações ou mais, e cujos temas de discussão foram a fraude nas urnas e o voto impresso, a maior parte foi realizada no tráfego de contas de representantes eleitos, como a do presidente Jair Bolsonaro (PL). 12 contas na rede social foram apontadas como as líderes em espaço para esse tipo de debate, segundo o relatório mais recente da Diretoria de Análise de Políticas Públicas da Fundação Getulio Vargas (FGV DAPP), divulgado nesta terça-feira (22). 

O perfil que mais proporcionou a discussão, sem base científica ou documental, foi o da deputada federal e bolsonarista Carla Zambelli (PSL-SP), com 1.576 publicações em 15 meses. 

##RECOMENDA##

Ao todo, 23 contas postaram mais de mil vezes sobre tais temas ligados à desconfiança eleitoral no Facebook. A figura de Jair Bolsonaro é referência – em apoio ou oposição – a todas essas páginas e grupos públicos, com destaque para “Movimento Brasil”, com 11.856 posts, e “Bolsonaro 2022”, com 7.413 publicações. Outras centenas de contas parecidas também apresentam índices altos de publicação sobre as temáticas. 

Média de 888 posts diários 

Ainda de acordo com a pesquisa, os temas voto impresso e fraude nas urnas eletrônicas mobilizaram uma média de 888 posts por dia no Facebook, entre novembro de 2020 e janeiro de 2022. No total, foram monitoradas pelo DAPP 394.370 postagens sobre os assuntos, mostra o levantamento recém-lançado “Desinformação on-line e contestação das eleições”. 

Os períodos das eleições municipais de 2020 e de discussão da PEC do Voto Impresso, em agosto de 2021 foram os destaques em volume de publicações. O pico de menções, por exemplo, ocorreu no dia 10 de agosto de 2021, com 10.619 mensagens em apenas um dia. O mês de novembro — mês eleitoral — também se destaca com 50.574 postagens. 

Um total de 40 postagens pró-fraude nas urnas são as mais populares, gerando 6.809.193. Entre as 20 primeiras mensagens desse subconjunto, 13 (32,5%) são da página de Jair Bolsonaro, atraindo quase metade das interações (3.227.981, ou 47%). 

Mais de 130 mil postagens continham links internos e externos ao Facebook, tipo de conteúdo que representou 23,9% das interações. Esses links estiveram em circulação por até 435 dias. A maior parte dos links externos com mais interações convoca para a consulta pública de uma sugestão legislativa para inserção de 100% de voto impresso nas urnas e material de mobilização sobre a PEC do Voto Impresso – esse link do Senado esteve em 8.412 publicações no Facebook. 

Além disso, o estudo mostra que a temática é frequente em volume de publicações, pelo menos, desde 2014. O ano de 2021 chama atenção pela quantidade de postagens e interações, que, em alguns meses, chega a ultrapassar o ano eleitoral de 2018, referência na temática no contexto recente. 

Um grupo bolsonarista foi impedido pela população de erguer uma pipa em apoio ao presidente Jair Bolsonaro (PL), na Praça Rio Branco, conhecida como o “Marco Zero” do Recife, em ato público nesse domingo (13). Trajando verde e amarelo, os apoiadores não possuíam identificação explícita de alguma organização da direita. A pipa seria erguida no meio da praça com a mensagem “Bolsonaro 2022”, mas o material chamou a atenção de opositores do chefe do Planalto. 

Em vídeos que circulam nas redes sociais, um grande número de pessoas cerca os apoiadores de Bolsonaro e reprova o ato com vaias, palavras de ordem, e gritos de apoio ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A pipa é vista no chão, enquanto uma discussão generalizada se inicia, e em seguida, o grupo é visto carregando o objeto para outro local. 

##RECOMENDA##

Policiais militares lotados no posto próximo ao píer do Marco Zero foram acionados para controlar a situação. Apesar do tumulto, não houve disputa física entre nenhuma das partes. Confira a repercussão nas redes sociais: 

[@#video#@] 

 

 

A deputada federal Carla Zambelli (PSL-SP) foi a parlamentar brasileira mais influente nas redes sociais durante o ano de 2021, segundo pesquisa FSBinfluênciaCongresso, do Instituto FSB Pesquisa. Carla é uma das porta-vozes do presidente Jair Bolsonaro (PL) no Congresso Nacional e, durante a pandemia de covid-19, esteve ativa na defesa de pautas do governo como a oposição ao comprovante vacinal e a vacinação infantil. A deputada também utilizou suas redes sociais para convocar manifestantes pró-governo às ruas.

A pesquisa mostra que o PSL - cuja fusão com o DEM acaba de ser aprovada pela Justiça Eleitoral, formalizando a nova legenda União Brasil - dominou o topo do ranking, com os cinco parlamentares mais influentes nas redes. A segunda posição é ocupada por outra apoiadora do governo Bolsonaro: a deputada federal Bia Kicis (PSL-DF). À frente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara, Bia subiu duas posições em comparação a 2020, quando estava em quarto lugar.

##RECOMENDA##

O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) ocupa a terceira posição, apresentando uma queda em sua influência nas redes sociais. Em 2020, o filho "zero três" do presidente liderava a mesma pesquisa. A lista dos "top 5" inclui ainda Carlos Jordy (PSL-RJ) e Filipe Barros (PSL-PR).

No Senado Federal, o parlamentar mais influente também é aliado ao governo: Flávio Bolsonaro (PL-RJ) foi quem mais mobilizou conversas digitais no ano passado. Em 2020, o senador Humberto Costa (PT-PE) era o líder do ranking; agora ocupa a segunda posição entre os senadores mais influentes.

Para Patrícia Rossini, professora e pesquisadora do departamento de Comunicação e Mídia da Universidade de Liverpool, o uso das redes sociais é estratégico para os agentes políticos. "O que torna essas redes tão influentes e, portanto, tão estratégicas do ponto de vista da comunicação política é essa questão de que você pode influenciar a agenda de cobertura da imprensa, fazer notícias e chamar a atenção", explicou. A possibilidade de ter uma publicação retirada do ambiente digital e repercutida nas páginas dos jornais, rádio e TV, para a pesquisadora, é o grande ponto de ser influente hoje.

Segundo a pesquisadora, o fato de alguns parlamentares terem mais destaques nas redes do que outros pode ser justificado pelo conteúdo veiculado, com a publicação de mensagens polêmicas. "Se as vozes que são mais visíveis nas redes sociais são vozes que estão na busca de uma lacração e cortina de fumaça e se essas vozes são frequentes e influenciam a cobertura jornalística, você pode acabar tendo uma visão da realidade muito distorcida por ter sido influenciada por atores com agendas específicas, mostrando versões que não são muito ligadas à realidade", alertou.

Partidos

A pesquisa mostra ainda que, pelo terceiro ano consecutivo, o PSL ocupou a posição de bancada mais influente nas redes sociais. A segunda posição cabe ao PT novamente, assim como em 2020. Em terceiro, aparece o PL, que subiu 9 posições em comparação aos dados do ano passado. Segundo a pesquisa, esse crescimento do PL já é consequência da filiação do presidente Jair Bolsonaro e aliados ao partido. Para chegar nesses dados, o FSBinfluênciaCongresso avaliou conjuntamente o desempenho agregado de cada bancada nas redes sociais.

Interações

Todos os conteúdos publicados por deputados e senadores nas redes sociais registraram 2,8 bilhões de interações, uma média de 7,68 milhões de interações por dia ou 5,3 mil por minuto. Em comparação com o ano anterior, os números de 2021 mostraram um crescimento de 27%.

O Instagram marcou o maior crescimento no total de interações, que subiu de 599,8 milhões em 2020 para 1,22 bilhão no ano passado. O Twitter apresentou um crescimento de 2%, enquanto o Facebook registrou uma queda de 3%.

Metodologia

A pesquisa FSBinfluênciaCongresso monitorou as publicações dos deputados federais e senadores de 1º de janeiro de 2021 a 31 de dezembro de 2021 e comparou com o mesmo período de 2020. O monitoramento também coletou e analisou o grau de engajamento de todas as publicações feitas pelos parlamentares em três redes sociais (Facebook, Instagram e Twitter).

Segundo Marcelo Tokarski, sócio-diretor do Instituto FSB Pesquisa, o indicador da pesquisa não leva em consideração o 'sentimento' das interações, como a diferenciação de comentários pró ou contra dos seguidores dos parlamentares. Entretanto, o pesquisador afirmou que as ferramentas utilizadas conseguem identificar alguns padrões de bots, e o conteúdo é filtrado para evitar resultados artificiais. A FSB diz não prestar serviço a políticos nem partidos.

Aliados do presidente Jair Bolsonaro (PL) assumiram a defesa do comentarista Adrilles Jorge, demitido da rádio Jovem Pan, ao mesmo tempo em que cobram a cassação do deputado federal Kim Kataguiri (DEM-SP); ambos, entretanto, se envolveram em polêmicas sobre o mesmo tema, nazismo.

O tema voltou a ganhar destaque nas redes sociais nesta quinta-feira (10), na esteira das declarações do presidente Jair Bolsonaro, que se pronunciou na noite de ontem. O chefe do Executivo atacou a ideologia nazista, dizendo repudiá-la de forma "irrestrita e permanente".

##RECOMENDA##

No mesmo dia, mais cedo, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) anunciou ter protocolado uma representação cobrando a cassação do mandato de Kataguiri na Câmara pelo suposto crime de apologia ao nazismo.

Eduardo Bolsonaro também destacou ter apresentado projeto de lei que criminaliza a apologia tanto ao nazismo quanto ao comunismo, tema que seu pai resgatou ao se pronunciar sobre o tema.

"É de nosso desejo, inclusive, que outras organizações que promovem ideologias que pregam o antissemitismo, a divisão de pessoas em raças ou classes, e que também dizimaram milhões de inocentes ao redor do mundo, como o comunismo, sejam alcançadas e combatidas por nossas leis", escreveu o presidente, após condenar o nazismo.

As hashtags "Criminalização do Comunismo" e "Criminaliza Comunismo Já", "Boicote Jovem Pan" e "Renuncia Kataguiri" se destacaram entre os Trending Topics do Twitter ontem e seguem em alta nesta quinta-feira.

Postura distinta

Em entrevista ao Flow Podcast na última segunda-feira, Kim Kataguiri disse considerar errado o fato de a Alemanha ter criminalizado o nazismo, e, concordando com o apresentador Monark (que acabou demitido do programa), cobrou liberdade de expressão e critérios similares para tratar do nazismo e comunismo, representado por partidos já tradicionais no País.

Um dos fundadores do Movimento Brasil Livre (MBL), Kim Kataguiri se afastou do governo Bolsonaro e anunciou apoio ao pré-candidato do Podemos, o ex-juiz Sérgio Moro.

Mas, enquanto pedem a cassação de Kataguiri, crítico contumaz do comunismo, bolsonaristas citam a defesa da liberdade de expressão para apoiar Adrilles, ao mesmo tempo em que criticam "a cultura do politicamente correto", associada por eles à esquerda.

Escritor e comentarista, Adrilles Jorge foi afastado da Jovem Pan por fazer uma saudação associada ao nazismo ao encerrar sua participação num dos jornais da emissora após comentar o caso Monark. Ministros e parlamentares ligados ao presidente saíram em defesa do escritor, citando argumentos contra a "cultura do cancelamento".

O Secretário de Incentivo e Fomento à Cultura, André Porciuncula, saiu em defesa de Adrilles e classificou a repercussão do gesto feito pelo comentarista como "assustadora".

"Não sou próximo do Adrilles Jorge e creio que ele até tenha algumas críticas a minha atuação. Contudo, não deixa de ser assustador que consigam vinculá-lo a apologia ao nazismo, em um vídeo em que ele está falando clara e abertamente contra essa abominação", publicou ele. "Transformar gestos banais em crimes de nazismo virou hábito na esquerda. Estratégia batida, mas que ainda tem repercussão devido a absoluta hegemonia que possuem."

O secretário Mário Frias, da Cultura, descreveu a situação como "preocupante". "É preocupante que um vídeo em que a pessoa fala, de forma explicita, ser contra o nazismo seja usado para imputar a essa pessoa o crime de ser nazista. A realidade virou massa de modelar?".

Também aliada de Bolsonaro, a deputada federal Bia Kicis (PSL-DF) compartilhou vídeos do comentarista se defendendo das acusações e criticou sua demissão pela Jovem Pan. A parlamentar publicou a hashtag #AdrillesdeVolta, dando a entender que gostaria que o jornalista fosse readmitido na emissora. No dia anterior, ela também havia manifestado repúdio à ideologia nazista.

Uma campanha iniciada pelo empresário bolsonarista Italo Marsili pede que fãs do ideólogo Olavo de Carvalho, falecido na segunda-feira (24), enviem relatos de conversões ao catolicismo ou “retorno à esperança” que tenham acontecido por influência do "filósofo". O intuito é reunir as histórias para montar um pedido de canonização de Carvalho pelo seu serviço em prol da fé. Marsili considera que o legado olavista terá mais impacto de forma póstuma, crença que Olavo também teve em vida. 

“O Espírito Santo, sem dúvida, utilizou a vida do professor Olavo para tocar as nossas. Uma multidão de almas voltou para a Fé e para a Igreja através dele. Almas grandes e menores, famosos e anônimos, sacerdotes e leigos", escreveu o empresário. 

##RECOMENDA##

Nas redes sociais, Silvio Grimaldo, suposto gerente administrativo do guru de Jair Bolsonaro (PL), deu suporte à campanha, pedindo que atendam ao pedido de Marsili. Nos comentários, é possível ver uma legião de bolsonaristas e apoiadores de Olavo de Carvalho, que foi um catalisador da campanha presidencial em 2018 e após a vitória, apoiando a causa e relatando o aprendizado com os cursos do escritor. 

[@#video#@] 

Obra póstuma 

Nas redes sociais, Silvio Grimaldo divulgou o próximo livro de Olavo no Instagram poucas horas depois da confirmação de sua morte. “Hoje chegaram na Vide (a editora do guru), coincidentemente, as provas do próximo livro do Olavo. Ele deixou outros preparados. Olavo ainda tem muito a ensinar”, escreveu, publicando em sequência trechos do livro a ser lançado. 

Ao mesmo tempo que lamentam nas redes sociais a morte do escritor Olavo de Carvalho, seus principais discípulos já se posicionam para disputar o espólio ideológico deixado pelo guru bolsonarista. 

A filha primogênita de Olavo, Heloísa de Carvalho, e autora do livro “Meu pai, o guru do presidente: a face ainda oculta de Olavo de Carvalho”, acredita que o legado ideológico do pai será alvo de uma disputa intensa entre olavistas, que perderam um líder e precisaram de novas “rotas” de sobrevivência. Heloísa rompeu laços com o pai há anos e protagonizou episódios de embate direto com as opiniões e carreira de Olavo. 

À Folha de São Paulo, a filha citou discípulos como Bernardo Küster, que tem um canal no Youtube, Paulo Briguet, que é editor do site Brasil sem Medo, o cineasta Mauro Ventura, assistente de direção do documentário "Jardim das Aflições", sobre Olavo, e o irmão, Luiz de Carvalho. 

Para a advogada, Olavo construiu um movimento que orbitava em torno dele, controlava tudo de perto e não dava espaço a questionamentos, por isso os rachas internos não vinham à tona. 

Heloísa afirma que, até hoje, o bolsonarismo se manteve indissociável dos ideais do olavismo. “Se ele não tivesse morrido agora, não pularia fora da canoa jamais. Olavo sabia que o bolsonarismo era o último marco da sua trajetória”, sacramenta. 

Com a morte do guru, porém, já não se sabe se as correntes funcionarão de forma tão simbiótica. “Agora muitos podres (do olavismo) surgirão. É só aguardar. Daqui a pouco as baixarias se tornarão públicas”.  

Prefeito de Chapada dos Guimarães, no Mato Grosso, Osmar Froner (MDB) cancelou o Carnaval da cidade e apontou que a culpa da medida é dos bolsonaristas. Segundo o emedebista, os eleitores do presidente Jair Bolsonaro (PL) são a maioria dos que ainda não se vacinaram contra a Covid-19. Osmar disse que é alto o número de pessoas que não tomaram os imunizantes, segundo ele o estoque de vacinas do município é de 15 mil doses.

“Embora estamos no risco baixo, e devemos começar a vacinar as crianças, ainda temos 15 mil doses de reforço para fazer, muitos bolsonaristas não se vacinaram, e estamos fazendo um trabalho de reestabelecer isso e, por isso, proibimos os carnavais públicos e privados, e com antecedência para não ter prejuízos, todos já estão sabendo, vamos buscar uma alternativa, devemos manter toda segurança na cidade”, declarou o prefeito em entrevista ao VG Notícias.

##RECOMENDA##

Osmar disse que até o Natal os casos de Covid na cidade estavam controlados. “Antes do Natal estávamos com indicadores muitos seguros, sem casos, sem pandemia, à volta as aulas não alterou em nada, mantivemos o mesmo resultado, mas no Natal, que todos começam a visitar, no outro dia começou muito forte a questão da influenza, já havia sinalizado antes do Natal pequenos casos, um dia depois do Natal nos preocupou, já no dia 31 ouvi falar de um caso suspeito de Covid. No dia 3, começou a aparecer mais e aumentou no mundo inteiro, surpreendeu a todos os indicadores”, afirmou o prefeito.

Apesar de reclamar do estoque de vacinas, o perfil de Osmar no Instagram registra imagens da festa de réveillon da cidade com centenas de pessoas aglomeradas e sem usar máscaras, fruto, segundo o post, do avanço da vacinação. 

[@#video#@]

O empresário Luciano Hang, que é dono das Lojas Havan e fiel apoiador do presidente Jair Bolsonaro (PL), foi atacado por seus companheiros bolsonaristas nas redes sociais depois de compartilhar um vídeo do ex-ministro Sérgio Moro (Podemos) e elogiá-lo no Twitter.

No vídeo em questão, Moro ataca o ex-presidente Lula, que afirmou em entrevista que a Lava Jato prejudicou a Petrobras e o país. A operação foi comandada por Sérgio Moro quando era juiz federal.

##RECOMENDA##

O agora ex-juiz retrucou e apontou que Lula foi quem roubou a Petrobras durante todo tempo em que o PT comandou o país. 

O empresário bolsonarista Luciano Hang parece ter gostado das declarações de Moro. "A lava-jato mostrou a corrupção instalada nas empresas públicas durante o governo do PT. Parabéns Moro por se posicionar contra as mentiras faladas pelo Lula, durante uma entrevista, nesta quarta-feira", compartilhou Hang.

[@#video#@]

No entanto, os apoiadores de Bolsonaro não gostaram nada desse apoio de Hang e não pensaram duas vezes ou mediram as palavras na hora de atacar. Sergio Moro é tido pelos apoiadores do presidente como um traidor. 

Confira

[@#podcast#@]

 

O presidente Jair Bolsonaro vai enfrentar resistências internas de uma ala lulista no Partido Liberal (PL). Apesar de o presidente da legenda, Valdemar Costa Neto, ter garantido "alinhamento" depois de Bolsonaro exigir uma intervenção nos acordos eleitorais nos Estados, a insatisfação persiste e deve provocar baixas mais imediatas no partido e defecções em 2022.

A possibilidade de embate entre as correntes entrou no radar tanto de Costa Neto quanto de Bolsonaro, que deve levar consigo uma bancada fiel que causou um racha no PSL. Um dos dissidentes é o deputado Bibo Nunes (PSL-RS): "Lulista no PL comigo não convive. Tem que ter o mínimo de honra e de dignidade e apertar o botão ejetar", afirmou o deputado gaúcho.

##RECOMENDA##

O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), que toca as conversas em nome do presidente, adotou um tom mais ameno e disse duvidar que Costa Neto cobre um expurgo no partido. A janela de migrações partidárias será em março, sem risco de perda do mandato para parlamentares que concorrerão à reeleição.

"É ruim para a pessoa que defende o Lula e quer ficar, é uma contradição. Cada um fica à vontade se quiser sair", disse ao Estadão Flávio Bolsonaro. "O Valdemar não vai querer pedir o mandato de ninguém, que saia do partido por causa disso."

Quem conhece as entranhas do PL afirma que há um generalizado desconforto com o ingresso de Bolsonaro, mas que a maior parte dos políticos prefere se manter em silêncio e garantir os dividendos eleitorais de ser governo em busca da reeleição.

Essa postura cautelosa foi escolhida, principalmente, por deputados que não dependem de ajuda de Bolsonaro como puxador de votos para se eleger. O importante para eles será garantir uma fatia dos recursos do fundo eleitoral para custear a campanha - o PL deve ter cerca de R$ 120 milhões.

Não é o caso do deputado Marcelo Ramos (AM), vice-presidente da Câmara. Ex-comunista e crítico do governo, ele está de saída da legenda por causa da filiação de Bolsonaro. Ele defende "moderação" e "tolerância" com quem pensa diferente. Ramos, no entanto, não controla o diretório local do Amazonas. Quem ainda dá as cartas é o ex-ministro dos Transportes Alfredo Nascimento, que é a favor da saída de quem não apoiar o presidente.

"Sempre deixei claro a minha incompatibilidade de ser do mesmo partido do presidente. Não por nenhuma antipatia pessoal, mas porque considero que ele não é bom para o futuro do País" , afirmou o vice-presidente da Câmara. "Não posso dizer quem vai sair, mas tem problemas que considero intransponíveis no Ceará, no Piauí, em Alagoas, em Pernambuco, no Pará e em Roraima."

Há outro problema futuro. A divisão dos recursos públicos que financiam as campanhas. A ala bolsonarista pede "bom senso" na distribuição dos recursos, mas os dois lados, novatos e veteranos no PL, ainda não sentaram à mesa para conversar. A tendência é que o partido privilegie candidatos que se mostrem mais competitivos.

Dois focos de "lulismo" não-resolvidos entraram no radar de Bolsonaro. Os diretórios do PL no Piauí e em Pernambuco. O deputado capitão Fábio Abreu (PI) foi contra a filiação de Bolsonaro e ameaça sair. Em Pernambuco, uma frente de oposição local formada pelo PL, PSDB, Cidadania e PSC pode ruir.

Nos dois casos, dirigentes locais já se manifestaram contra a aliança e tinham outros planos de se coligar a partidos de esquerda. No Ceará, o diretório local também pretendia seguir na aliança do governador Camilo Santana (PT). Na Bahia, embora fosse base do governo Rui Costa (PT), o partido já caminhava para apoiar a pré-candidatura de ACM Neto (DEM), mas agora pode fechar com o ministro da Cidadania, João Roma, segundo ele próprio indicou ao Estadão, ao admitir que vem trabalhando para ser governador da Bahia contra o ex-padrinho político.

Páginas

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando