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Estudantes que foram classificados na chamada regular do Sistema de Seleção Unificada (Sisu) 2021, precisam ficar atentos ao período de matrícula, que vai do dia 19 a  23 de abril, e às documentações necessárias para garantir as vagas nas instituições de ensino.

 Em entrevista ao LeiaJá, o produtor de conteúdo educacional do Beduka, Luiz Ottoni, comenta a importância da documentação para a efetivação nas universidades: “É uma das coisas mais essenciais que o estudante deve se atentar neste momento, porque para entrar na universidade é exigido toda uma burocracia e, normalmente, a documentação para a matrícula "normal" é mais simples”, explica. 

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Cada universidade ou instituto federal deve lançar seus editais com a documentação exigida. A dica, segundo Ottoni, é já deixar separados os documentos necessários que normalmente são solicitados, como certidão de nascimento, RG, CPF, foto 3x4, histórico escolar, título de eleitor e comprovante de residência.

A Universidade de Pernambuco (UPE), por exemplo, costuma solicitar, além dos documentos básicos, o comprovante de quitação do serviço militar para os candidatos do sexo masculino que tenham mais de 18 anos. Como também, o cartão de passagens VEM RMR dos ingressantes cotistas que moram em Recife ou na Região Metropolitana.

Ottani adverte: “Caso os estudantes percam sua vaga por um erro na documentação, seria algo extremamente frustrante e a única maneira de conseguir evitar isso, é justamente se antecipando. Então, crie pastas bem divididas, separe os documentos que cada universidade pede e, principalmente, entre em contato com ela e veja quais documentos aquela instituição de ensino exige. Vale ressaltar que diversas instituições, neste período pandêmico, devem adotar o envio eletrônico da documentação no período estabelecido”, conta.

As inscrições do Sistema de Seleção Unificada (Sisu) começam nesta terça-feira (6).  As candidaturas podem ser feitas por meio da internet, até o dia 9 de abril. É preciso fazer o login do Governo Federal. Caso o candidato tenha esquecido a senha, ela pode ser recuperada na Página do Participante do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).

No processo, o candidato escolhe até duas opções de curso, modalidade e instituição em que deseja disputar a vaga. Para participar do processo seletivo, é preciso ter feito o Enem 2020, ter nota maior que zero na redação e não ser treineiro do exame. 

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O resultado da chamada regular será divulgado no dia 13 de abril. No mesmo dia, os participantes que não foram selecionados, poderão manisfestar interesse na lista de espera. A lista dos convocados deverá ser liberada no dia 23 do mesmo mês.

Nesta edição, o Sisu oferta mais de 200 mil vagas em universidades e institutos públicos no Brasil.

Um projeto de lei (PL 4795/20) que tramita na Câmara dos Deputados reserva 30% das vagas de candidaturas dos partidos e coligações, nas eleições para os Legislativos, para candidatos LGBTQIA+, sem prejuízo das candidaturas previstas para os sexos masculino e feminino. A proposta altera a Lei das Eleições, que hoje já prevê uma cota de 30% de candidaturas femininas. O projeto é do deputado Alexandre Frota (PSDB-SP).

O texto também destina 30% do valor do Fundo Especial de Financiamento de Campanha (FEFC) determinado para cada partido às candidaturas LGBTQIA+. Da mesma forma, a proposta reserva 30% da propaganda eleitoral gratuita no rádio e na televisão para tais candidaturas.

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Alexandre Frota argumenta que lésbicas, gays, bissexuais e transexuais são as pessoas menos representadas na política brasileira e defende que os partidos abram espaço para candidatos assumidamente não héteros.

O parlamentar reclama ainda da homofobia no País e dos questionamentos feitos por setores preconceituosos da sociedade no que diz respeito às políticas públicas em prol da população LGBTQIA+. “Dizem que elas são políticas de privilégios, quando na verdade são de direitos humanos, diminuição dos índices de violência e reparação social”, afirma Frota.

Ele acrescenta que, se hoje pessoas LGBTQIA+ podem se casar civilmente ou adotar crianças, por exemplo, estas vitórias não se devem ao trabalho político, mas ao de ativistas que acionaram o Judiciário e venceram. “Se quisermos mais vitórias, precisamos de mais LGBTQIA+ na política do País.”

Tramitação

O projeto será analisado pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania, antes de ser votado pelo Plenário.

*Da Agência Câmara de Notícias

As candidaturas sub judice tiveram uma presença maior nas eleições municipais de 2020 em Pernambuco. Dos municípios aptos, 15 têm candidatos a prefeito que venceram no primeiro e segundo turnos da corrida eleitoral, mas ainda não foram declarados eleitos porque suas candidaturas estão sub judice, aguardando decisão na Justiça Eleitoral. Segundo levantamento do Tribunal Regional Eleitoral (TRE-PE) atualizado nesta terça (1), seis desses candidatos ‘eleitos’ estão com a situação mais agravada, e tiveram registro indeferido com recursos do próprio TRE.

No levantamento das eleições majoritárias pendentes de decisão final, a regional aponta como “indeferidos com recurso” os candidatos dos municípios de Capoeiras, Ilha de Itamaracá, Palmares, Palmeirina, Pesqueira e Tuparetama. Os demais são representantes de Agrestina, Barreiros, Brejo da Madre de Deus, Gravatá, Olinda, Santa Filomena, Paulista, Sirinhaém e Mirandiba.

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Em Mirandiba, no Sertão Central de Pernambuco, a situação foi a mesma para Dr. Evaldo Bezerra (PSB) e Gilberto Gomes de Sá (PSB), prefeito e vice-prefeito, respectivamente. O processo foi deferido e remetido ao TSE em 17 de novembro.

Outra situação chama a atenção em Pesqueira, no Agreste. O caso do líder indígena Marcos Xukuru, alvo de processo eleitoral, e responsável por arrastar 17.654 votos na cidade, que era gerida há décadas por uma oligarquia rural local. Esta foi a primeira vez que um indígena ganhou a disputa pelo cargo político mais importante do município.

A diplomação dos prefeitos deve ocorrer entre os dias 16 e 18 de dezembro. Os nove com processos deferidos pela Justiça devem ser considerados eleitos oficialmente como os demais, a não ser que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) emita decisão contrária à diplomação. Já os seis com candidaturas indeferidas, podem não ser contemplados por esse cronograma e sequer tomar posse em janeiro de 2021, segundo a legislação eleitoral.

Confira o levantamento do TRE-PE:

Registros indeferidos com recurso:

Luiz Claudino de Souza (PL), prefeito em Capoeiras (Agreste)

Paulo Batista Andrade (Republicanos), prefeito na Ilha de Itamaracá (Região Metropolitana do Recife)

José Bartolomeu (Progressistas), prefeito em Palmares (Mata Sul)

Severino Eudson (MDB), prefeito em Palmeirina (Agreste)

Marcos Luidson de Araújo ‘Xukuru’ (Republicanos), prefeito em Pesqueira (Agreste)

Domingos Sávio (PTB), prefeito em Tuparetama (Sertão)

Gilberto Gomes de Sá (PSB), vice-prefeito em Mirandiba (Sertão)

Registros deferidos com recurso:

Josué Mendes da Silva (PSB), prefeito em Agrestina (Agreste)

Carlos Artur Soares (Progressistas), prefeito em Barreiros (Grande Recife)

Roberto Abraham Abrahamian Asfora (Partido Liberal), prefeito no Brejo da Madre de Deus

Joselito Gomes da Silva (PSB), prefeito em Gravatá (Agreste)

Professor Lupercio Carlos do Nascimento (SD), prefeito em Olinda (Região Metropolitana do Recife)

Pedro Gildevan Coelho (PSD), prefeito em Santa Filomena (Sertão)

Yves Ribeiro de Albuquerque (MDB), prefeito em Paulista (Região Metropolitana do Recife)

Demonstrativo de Regularidade de Atos Partidários (DRAP) deferido com recurso

Coligação ‘Coragem para mudar Sirinhaém’, Camila Machado (Progressistas), prefeita em Sirinhaém (Litoral Sul)

Coligação ‘O povo pode mais’, Evaldo Bezerra de Carvalho (PSB), prefeito em Mirandiba (Sertão)

 

O Projeto de Lei 5220/20 obriga os partidos políticos a reservarem um percentual de 10%  das candidaturas aos cargos do Legislativo a pessoas LGBTQIA+.

A sigla que dá nome ao seminário se refere ao movimento em defesa do direito à diversidade de orientações sexuais e de identidades de gênero. As letras representam lésbicas, gays, bissexuais, transgêneros, transexuais, e travestis, queer, intersexo, assexuais e outros grupos.

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Pelo texto em análise na Câmara, a medida valerá para deputados federais, estaduais e vereadores. “Quanto mais diversificada a composição das casas legislativas, maior a possibilidade de representação dos mais diversos segmentos sociais existentes”, avalia o deputado Alexandre Frota (PSDB-SP).​

*Da Agência Câmara de Notícias

 

Maioria da população e com recorde de candidaturas em 2020, os negros aumentaram sua participação no comando das prefeituras e no número de cadeiras nas câmaras de vereadores, segundo dados preliminares do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). No domingo (15), dos mais de 5,4 mil prefeitos eleitos, aproximadamente 1,7 mil candidatos se declararam pretos ou pardos, o que corresponde a 32% do total. O número é superior a 2016, quando 29% dos candidatos eleitos eram negros segundo a classificação do IBGE.

Se os negros conseguiram um avanço de representatividade nas eleições deste ano, a proporção é ainda distante dos 56% que esse grupo representa na população brasileira e que evidencia que eles seguem sub-representados na política.

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Em 2020, pela primeira vez, os candidatos negros passaram a ser o maior grupo de postulantes a cargos eletivos no país desde que o TSE passou a coletar informações de raça, em 2014. Ao todo, 276 mil candidatos pretos ou pardos se registraram para concorrer no pleito, o equivalente a 49,9%.

Esta também foi a primeira disputa eleitoral em que os partidos tiveram que cumprir regras sobre os repasses de verbas do Fundo Eleitoral para os candidatos negros, com a destinação proporcional a esse grupo dos recursos de financiamento de campanha e do tempo de propaganda eleitoral gratuita na TV e no rádio. Mas a divisão só foi confirmada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) no início de outubro, após o início das campanhas eleitorais. E a prestações de contas dos partidos apenas são analisadas pela Justiça Eleitoral após a disputa.

Câmaras municipais

O aumento do número de pretos e pardos nas prefeituras parece se repetir nas câmaras de vereadores. Ainda sem dados consolidados pelo TSE, o site Gênero e Número fez um levantamento com base em informações disponíveis no site do Tribunal Superior Eleitoral e revelou que vereadores negros ocuparão 44% das cadeiras nas câmaras municipais das capitais brasileiras a partir do próximo ano. Dos vereadores eleitos para todos os municípios em 2016, 42% eram pretos ou pardos.

Com 18 vagas, Palmas lidera a representatividade: 95% dos vereadores eleitos nas urnas se declararam negros. Na outra ponta está Florianópolis, única capital que não elegeu nenhum vereador negro nestas eleições. Também no Sul, Curitiba terá sua primeira vereadora negra da história a partir de 2021: Carol Dartora (PT), que vai ocupar uma das 38 cadeiras da Câmara Municipal. Ela comemorou sua eleição pelo Twitter:

“Queria agradecer as 8.874 pessoas que me fizeram a terceira candidatura mais votada e a primeira mulher negra eleita de Curitiba! A cidade também é nossa, e o resultado das urnas expressa a esperança da população em um projeto de uma Curitiba de todas e todos! É só o começo”, escreveu.

A eleição de quilombolas também avançou. De acordo com a Coordenação Nacional de Articulação das Comunidades Negras Rurais Quilombolas (Conaq), mais de 50 quilombolas foram eleitos vereadores em municípios localizados em estados como Goiás e Maranhão.

Sub-representação

O senador Paulo Paim (PT-RS) comemorou o aumento da diversidade nas eleições municipais, mas disse: ainda há muito a fazer.

“A sociedade brasileira deu um passo importante no reconhecimento da diversidade na política. O número de mulheres, de negros e de LGBTIs eleitos, neste ano de 2020, aumentou em comparação às eleições municipais de 2016. Estamos no caminho certo, mas ainda há muito por fazer”,  apontou.

A opinião de Paim é compartilhada com o senador Fabiano Contarato (Rede-ES), que chamou a atenção para a disparidade entre o eleitorado e os eleitos.

“O perfil do eleitor brasileiro é majoritariamente de mulheres, negras, com ensino fundamental e com 37 anos. Já o perfil do prefeito eleito é: homem, branco, com ensino superior e 49 anos. Há um longo caminho pra aproximar a representação” afirmou Contarato em uma rede social.

A cientista política Nailah Neves Veleci aponta que houve um avanço qualitativo nas câmaras e prefeituras com a eleição de  mulheres, e representantes negros:

“Qualitativamente tivemos avanços sim e temos muito o que comemorar, pois em municípios de capitais importantes tivemos mulheres negras, cis e trans, eleitas. Durante toda a eleição tivemos discussões sobre a desigualdade racial e o racismo na sociedade, nos partidos e no nosso sistema político e eleitoral. Tivemos a grande mídia pautando a questão racial e a sub-representação de forma mais qualificada durante essas eleições. No país do mito da democracia racial, a discussão do racismo e da sub-representação durante uma eleição é sim avanço para ser comemorado”,  avaliou.

Mas Nailah observa que o perfil racial dos candidatos foi alvo de discussões durante a eleição e que ainda é cedo concluir se houve aumento de fato da representatividade.

“Foi um grande avanço a obrigatoriedade de divisão proporcional de financiamento e horário de campanha que o movimento negro conquistou este ano, tanto por trazer o debate da desigualdade racial que ocorre dentro dos partidos quanto por obrigar os partidos a preencherem o cadastro de cor/raça de seus candidatos de forma mais consciente, algo que não ocorria. Agora que olhamos com mais cuidado para as informações de cor/raça dos políticos nós temos alguns dilemas, pois tivemos muitas mudanças de declarações sobre raça da última eleição para esta, então ainda é cedo para analisarmos se teve um aumento real ou só um aumento nos números de autodeclarados”, apontou.

Racismo estrutural 

Na avaliação da cientista política, a sub-representação do negro é resultado do racismo estrutural. Nailah afirma que é preciso avançar em uma reforma política eleitoral que derrube esse projeto de negação da cidadania plena dos negros no Brasil.

“O racismo estrutural está presente na formação do país e é perpetuado institucionalmente pela elite política que é branca e segue um pacto narcísico de negação do racismo. A sub-representação negra na política é um projeto do racismo e do colonialismo, enquanto não discutimos o racismo como estrutural e estruturante de toda a vida da população brasileira, enquanto continuarmos negando ou menosprezando o peso do racismo nas instituições, esse cenário não mudará. Precisamos de uma reforma eleitoral e política que não negue o racismo estrutural. Precisamos de uma educação que não negue a contribuição intelectual e política dos negros. Precisamos de uma mídia que não perpetue estereótipos racistas. De modo geral, precisamos ouvir o que o movimento negro vem denunciando a décadas”, disse.

*Da Agência Senado

 

Um estudo divulgado pela Associação Nacional de Travestis e Transexuais (Antra) aponta que o Brasil tem 271 candidaturas de trans e travestis. Apenas duas delas são de prefeituráveis e outras 25 configuram postulações coletivas.

O mapeamento foi feito pela Antra de 28 de setembro até 15 de outubro. O número representa um salto de 195% em relação a 2016, quando foram contabilizadas 89 candidaturas e 8 pessoas eleitas. A Antra afirmou que seguirá coletando dados e atualizando a lista dos postulantes.

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O maior número de candidaturas se concentra na região sudeste (42%), seguida do nordeste (29%), sul (11%), norte e centro-oeste (9% cada). Já quanto aos partidos, a maioria concorre em legendas de esquerda (51%), mas partidos de direita também contemplam trans e travestis (38,5) e de centro (10,5%). 

"Sabemos que esse ainda é um caminho complicado, pois a maioria das candidaturas estão postas pela primeira vez, e sabemos que a política prima sempre por quem tem experiências, isso não quer dizer que a população Trans esteja em desvantagem, não estão! Consideramos que a potencia e as contribuições das pessoas trans para nossa democracia tem um papel fundamental no enfrentamento das desigualdades. Elas sabem o que querem de fato, e por que estão lá. E aqui cabe ressaltar que muitas candidaturas sofrem processos de precarização pelos partidos, o que nos chama bastante atenção nesse sentido", diz a associação em trecho do documento em que destrincha o levantamento.

A Prefeitura de Catingueira, localizada no Estado da Paraíba, está com inscrições abertas para o concurso público destinado à efetivação de 53 profissionais com níveis fundamental, médio, técnico e superior. As candidaturas vão até o dia 29 de outubro através do site da banca organizadora do certame.

Há oportunidades para os cargos de agente administrativo, agente de combate de endemias, assistente social, nutricionista, operador de máquinas pesadas, psicólogo, técnico em enfermagem, vigia, entre outros. 

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Para participar, os inscritos devem custear uma taxa no valor R$ 65 a R$ 105. Os candidatos passarão por uma seleção composta por prova objetiva com questões de língua portuguesa, conhecimentos específicos e gerais, matemática e informática. Também haverá prova prática para alguns cargos.

Efetivados, os profissionais trabalharão de 30 a 40 horas semanais e terão um salário que varia de R$ 1.045 a R$ 14 mil, a depender da função escolhida. Veja mais informações através do edital do concurso público disponível no site da banca organizadora da seleção.

As eleições municipais se aproximam. Com pleito marcado para o próximo dia 15 de novembro em primeiro turno, servidores da segurança pública mostram estar dispostos a trocar fardas e quarteis por ternos e gabinetes. De acordo com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), 6.181  policiais, bombeiros e oficiais das Forças Armadas serão candidatos aos cargos de prefeito ou vereador em todo o Brasil.

Para as prefeituras, 371 agentes da área de segurança registraram a candidatura no TSE. Nas eleições passadas, em 2016, foram 178 os candidatos. 

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Os estados de São Paulo, Minas Gerais, Paraná, Bahia e Goiás são os que mais têm servidores ativos ou reformados tentando o cargo de prefeito. A maior parte desses candidatos ao Executivo Municipal está na Polícia Militar. A corporação tem 193 membros elegíveis. Já os militares reformados das Forças Armadas são 99.

A maior parte dos servidores da ativa ou aposentados das funções se candidatou pelo Partido Social Liberal (PSL), que elegeu o presidente Jair Bolsonaro (atualmente sem partido) nas eleições de 2018. A sigla tem 54 agentes e ex-agentes elegíveis para o cargo máximo dos municípios.

Vereadores

Segundo o TSE, 5.810 servidores e ex-servidores de segurança pública serão candidatos à vereança nos municípios em 2020. Nas últimas eleições, em 2016, eram 5.488 registros para o Legislativo. Assim como acontece com os postulantes à prefeitura, o PSL também lidera o número de elegíveis para a Câmara dos Vereadores. A sigla tem 511 inscrições na eleição de novembro.

O prazo para a apresentação de pedidos de registro de candidaturas na Justiça Eleitoral termina neste sábado (26). A expectativa do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) é de que, neste ano, mais de 700 mil candidatos disputem as 5.568 vagas de prefeito e as milhares de cadeiras de vereador. Nas eleições municipais de 2016, a Justiça Eleitoral recebeu um número bem menor de pedidos de registro para os mesmos cargos - 496.927.

Por causa das dificuldades enfrentadas por partidos e coligações para fazer a transmissão de arquivos pela internet, desde o início desta semana, a entrega dos registros fisicamente está permitida pela Portaria nº 704, assinada pelo presidente do TSE, ministro Luís Roberto Barroso. Virtualmente, o prazo para a documentação terminou às 8h de hoje, mas presencialmente o requerimento pode ser feito até as 19h.

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Para a candidatura, a Constituição Federal exige do cidadão nacionalidade brasileira, o pleno exercício dos direitos políticos, alistamento eleitoral, domicílio eleitoral na respectiva circunscrição, a filiação partidária – portanto, as candidaturas avulsas estão proibidas – e a idade mínima fixada para o cargo eletivo pretendido.

No caso de prefeito ou vice-prefeito, o candidato precisa ter 21 anos e, para disputar a vaga de vereador, deve ter 18 anos até a data da posse. Além disso, para concorrer, o postulante a um cargo eletivo precisa estar quite com a Justiça Eleitoral, ou seja, não pode ter multa. 

A Resolução TSE nº 23.609/2019 estabelece que qualquer cidadão pode concorrer às eleições desde que cumpra as condições constitucionais e não esteja impedido por qualquer causa de inelegibilidade prevista em lei. Pelo texto, para disputar o pleito, o candidato deve ter domicílio eleitoral na respectiva circunscrição e estar com a filiação deferida no partido político pelo qual pretende concorrer, seis meses antes das eleições.

Cada partido político ou coligação poderá solicitar à Justiça Eleitoral o registro de um candidato a prefeito e um a vice-prefeito. Já no caso de vereadores, apenas partidos poderão requerer o registro de candidatos, no limite de uma vez e meia o número de vagas disponíveis na Câmara Municipal.

Por causa da pandemia, as eleições municipais de 2020 tiveram o calendário alterado por meio de emenda constitucional aprovada pelo Congresso. O primeiro e o segundo turnos estão marcados para os dias 15 e 29 de novembro, respectivamente.

Presa desde o dia 11 deste mês, Cristiane Brasil não será mais candidata à Prefeitura do Rio pelo PTB. A decisão foi tomada após a Justiça do Rio manter, neste domingo, 20, sua prisão preventiva - ela está detida por suspeitas de fraudes na área de Assistência Social do Rio.

Até então, a legenda mantinha a candidatura dela, que não tem impedimento legal de concorrer. A Lei da Ficha Limpa só prevê a proibição para condenados por órgão colegiado, o que não é o caso da filha de Roberto Jefferson.

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Agora, no entanto, sabendo que ela dificilmente sairá da cadeia a tempo de participar da campanha, a sigla optou por lançar Fernando Bicudo, que seria o vice de Cristiane. Ele é ex-diretor do Teatro Municipal do Rio.

Os desvios na Fundação Leão XIII, órgão ligado ao Estado, teriam chegado a R$ 120 milhões, segundo denúncia do Ministério Público. Cristiane é acusada de envolvimento com o esquema quando era secretária municipal de Envelhecimento Saudável. Ela nega as acusações e se diz vítima de perseguição política.

O Partido Comunista Brasileiro (PCB), que tinha como pré-candidato à prefeitura de São Paulo o professor Antonio Carlos Mazzeo, decidiu abrir mão da disputa na capital para apoiar o candidato do PSOL, Guilherme Boulos.

"Na cidade de São Paulo, diante do apelo de massas da candidatura de Boulos e Erundina, protagonismo de movimentos populares, como o MTST, a construção de uma Frente Única se torna viável e necessária para levarmos essa candidatura à vitória nas eleições", diz nota assinada pela Comissão Política Regional de São Paulo do PCB e divulgada neste domingo, 13.

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A sigla cita ainda as dificuldades de reorganização da esquerda após o impeachment da presidente Dilma Rousseff, em 2016, e a não efetivação de uma frente única na maioria das principais cidades do País.

Em São Paulo, a construção da frente deve se dar de forma "programática" e "ampla", diz o PCB. "Requer uma maior responsabilidade dos companheiros do PSOL, no sentido de soldarem a unidade e incorporarem na campanha os mais diversos apoios de outros partidos de esquerda, movimentos populares e as mais distintas bases de lutadores sociais, o que implica a disposição de construir uma unidade realmente coletiva."

A oficialização do apoio ao PSOL será feita em convenção partidária na próxima terça-feira, 15, às 19h.

O PCB pretendia lançar o professor Antonio Carlos Mazzeo para a prefeitura de São Paulo. Doutor em história econômica pela Universidade de São Paulo e livre-docente em ciência política pela Universidade Estadual Paulista, Mazzeo iniciou sua vida política no PCB e hoje é dirigente nacional do partido. "Eu era estudante e gritava pelo movimento estudantil, contra a ditadura militar, no PCB clandestino", contou em entrevista ao Estadão no dia 2 de setembro.

Mazzeo chegou a sair como candidato ao Senado em 2010 e à Câmara Municipal de São Paulo em 2016, mas não foi eleito. Nesta entrevista, contou que o partido vive um momento de "reconstrução revolucionária" e concentra seus trabalhos atualmente em trazer para a sigla a juventude trabalhadora e universitária, os presidentes dos movimentos sindicais e os professores.

Já no começo deste mês, Mazzeo afirmou que estava conversando com forças de esquerda para decidir se seria mais útil fazer uma aliança ou continuar independente. Ele citou o "momento difícil" que o País vive. "Você tem uma fragmentação muito grande e um acirramento ideológico que há muito tempo o Brasil não via."

Além do PCB, o PSOL tem recebido apoio de artista e intelectuais historicamente ligados ao PT, que lançou Jilmar Tatto à Prefeitura.

Para a Câmara Municipal de São Paulo, o PCB vai manter suas duas candidaturas, as chamadas "Bancada do Poder Popular" e "Bancada da Juventude Trabalhadora". "A ideia é fazer um mandato coletivo. Será um compromisso formal do partido de fazer discussões e decidir tudo coletivamente", explica Mazzeo.

Outros três candidatos à Prefeitura de São Paulo foram confirmados em convenções realizadas ontem na capital. Em uma convenção que ocorreu em um sistema de drive-thru, em espaço público, o Novo oficializou Filipe Sabará. Em eventos que explicitaram a fragmentação da esquerda, o PCdoB confirmou a candidatura do deputado federal Orlando Silva e o PSOL formalizou a candidatura de Guilherme Boulos.

O líder do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) terá como vice a deputada federal Luiza Erundina (PSOL) e a economista Marina Helena, egressa do governo do presidente Jair Bolsonaro, será a companheira de chapa de Sabará. O PCdoB, que lança um candidato à Prefeitura pela primeira vez desde a redemocratização, ainda não definiu a candidatura a vice na chapa encabeçada por Orlando Silva.

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Em razão da pandemia do coronavírus, os filiados do Novo depositaram seu voto na chapa (que não tinha adversário) sem sair do carro, no estacionamento da Câmara Municipal. Sabará, ex-secretário de João Doria (PSDB) no Executivo Municipal e ex-presidente executivo do Fundo Social do governo, não poupou críticas ao atual governador do Estado - cujo partido vai lançar o prefeito Bruno Covas como candidato à reeleição. Sabará afirma ser um liberal conservador e que essa visão política era o que permeou as campanhas que levaram Doria à Prefeitura e ao governo do Estado. Mas, segundo o pré-candidato, o tucano teria abandonado essa visão após eleito. Ele ressaltou posicionamentos críticos do governador ao presidente Jair Bolsonaro.

"Começou com o IncentivAuto. Um incentivo para um setor específico (automotivo), dentro da cartilha do liberalismo, não é interessante. Depois, um ataque a um presidente que ele tinha acabado de se vincular para ser eleito, gratuitamente. Muito antes da pandemia, ele começou a atacar: atacou o discurso do (Jair) Bolsonaro na ONU, atacou várias outras coisas do Bolsonaro antes da pandemia", disse. "Doria me frustrou e frustrou os eleitores dele porque não tem demonstrado um viés liberal" e falou também que "a social-democracia (de Doria) se mostrou um socialismo pintado de rosa".

Ex-ministro dos Esportes de 2006 a 2011, entre os governos de Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff, Orlando Silva - que também foi vereador em São Paulo - está em seu segundo mandato na Câmara dos Deputados e enfrenta a primeira eleição para um cargo no Executivo. O PCdoB tem tradicionalmente apoiado candidaturas do PT na maior parte dos pleitos municipais desde a redemocratização. "O prefeito de São Paulo tem uma missão a cumprir. Não precisa ser amigo nem inimigo do presidente da República nem do governador para fazer a cidade ser respeitada", disse Orlando, sobre suas diferenças políticas com Bolsonaro e Doria.

Ataques ao governo Bolsonaro e às gestões tucanas de Doria e Covas também marcaram o lançamento da candidatura de Boulos. A convenção que homologou as candidaturas foi realizada em um campo de futebol na comunidade do Morro da Lua, em Campo Belo, na Zona Sul da cidade. Boulos destacou em sua fala que só um dos quatro hospitais de campanha abertos em São Paulo fica na periferia. Boulos também aproveitou para alfinetar o pré-candidato Marcio França (PSB), que foi vice do governador tucano Geraldo Alckmin. "Quem vai representar os tucanos não é um só. Tem o candidato oficial, Bruno Covas, mas tem um monte que foi tucano a vida toda, foi vice do Alckmin e está escondendo o bico agora", afirmou.

Procurado pela reportagem, Palácio dos Bandeirantes enviou uma nota assinada pelo presidente do PSDB paulista, Marco Vinholi, para rebater as declarações do candidato do Novo: "Os meses fora da atual gestão estadual demonstram que Filipe Sabará contraiu amnésia eleitoral com pitadas de oportunismo. Uma semana antes de deixar o governo de São Paulo, Filipe agradeceu publicamente ao governador Doria por, segundo ele, ser seu grande mentor político."

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O Grupo RiHappy anunciou a abertura de 1.700 vagas para profissionais temporários, visando atender à demanda para o Dia das Crianças. Segundo a empresa que atua no comércio de brinquedos, as oportunidades de trabalho estão divididas entre lojas localizadas nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Ceará e Goiás; o trabalho será de 1º a 14 de outubro nas funções de auxiliar de loja, Serviço de Atendimento ao Cliente, estoquista e caixa. 

Em razão da pandemia de Covid-19, algumas alterações foram feitas tanto na seleção quanto no dia-a-dia de trabalho. O processo seletivo dos profissionais temporários não terá etapas presenciais, sendo exclusivamente on-line, e a empresa fornecerá máscaras e faceshields. 

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Para se candidatar, é necessário ter concluído ou estar cursando o segundo grau, além de ter experiência prévia trabalhando em lojas. As inscrições devem ser feitas através do site de seleções da Rihappy até o dia 30 de setembro. 

Os temporários contratados em outubro têm a chance de serem chamados novamente para reforçar o quadro da empresa no Natal e, em caso de efetivação, se juntar à equipe fixa em 2021. "A vaga temporária é a principal porta de entrada para a empresa e temos certeza que essa renda extra no final do ano ajudará muitas famílias brasileiras”, afirma a head de RH da empresa, Alexandra Carrão. 

*Com informações da assessoria de imprensa

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Entidades da sociedade civil têm atuado para acompanhar o cumprimento das regras do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para candidaturas femininas nas eleições deste ano e para ajudar na formação política de mulheres. As iniciativas incluem canais de denúncias de irregularidades, questionários para verificar se mulheres estão sendo usadas apenas para cumprir cotas e também cursos sobre como fazer a campanha.

O Observatório das Candidaturas Femininas, da OAB São Paulo, pretende disponibilizar um canal específico para denunciar candidaturas fraudulentas e outras irregularidades, como falta de recursos e pouca visibilidade nas propagandas de rádio e televisão.

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O observatório também está preparando um termo de adesão e compromisso que será enviado aos partidos ainda este mês. "Vemos que as siglas acabam apenas cumprindo a cota dos 30%, sem investir de fato nas candidaturas. Com o termo, esperamos que eles façam esse trabalho de fomentar a participação das mulheres na política e ter candidaturas realmente competitivas", diz a secretária-geral da Comissão de Direito Eleitoral da OAB-SP, Maíra Recchia.

O Estadão procurou os diretórios paulistanos de partidos que já apresentaram pré-candidaturas à Prefeitura, para saber se pretendem assinar o termo da OAB. Até a conclusão desta edição, PSD, PCdoB, PRTB, Republicanos e PTB haviam respondido que sim.

Também para evitar fraudes, o coletivo suprapartidário Vote Nelas, que atua para aumentar a participação feminina no Congresso e nas assembleias legislativas, pretende perguntar a mulheres candidatas se elas estão, de fato, participando das eleições. "O questionário vai conter coisas como: se a mulher não recebe atenção do partido, se ela não tem material de campanha, se não recebe nada de financiamento e ainda se o partido não deu assistência na forma de advogado ou contador, que são necessários para fazer a prestação de contas", informou Duda Alcântara, uma das fundadoras do Vote Nelas.

Resolução

As eleições deste ano serão as primeiras em que vai valer uma resolução que permite ao juiz derrubar uma lista inteira de candidatos a vereador antes mesmo da votação, se a irregularidade for constatada. Em 2019, o TSE cassou seis dos 11 vereadores de Valença do Piauí (PI) pelo registro de candidaturas para cumprir a cota.

Uma pesquisa do Instituto Update identificou, no fim de 2019, 80 iniciativas de apoio a candidaturas femininas em quase 40 cidades do Brasil. Segundo a coordenadora de programa do Update, Gabi Juns, muitas das iniciativas foram criadas em resposta às chamadas "candidaturas laranjas" de 2018 e ao assassinato da vereadora Marielle Franco, em março de 2018. "Quando perguntamos aos coletivos por que tinham nascido, ouvimos essas duas respostas: precisamos de mais mulheres na política, pois elas sofrem muita violência quando estão isoladas, e precisamos construir candidaturas reais", disse.

A pesquisa norteou a criação da Im.pulsa, plataforma em parceria com a ONG Elas No Poder que oferece formação política para mulheres, uma das lacunas das iniciativas pelo País. O site é gratuito e oferece conteúdos práticos, como videoaulas que ensinam ferramentas para planejamento de comunicação e gestão de campanha online. Neste ano, mais de 5 mil mulheres acessaram o material da Im.pulsa.

O movimento Mulheres Negras Decidem se dedica a dar visibilidade a candidatas negras. "Nossa missão é qualificar e promover a agenda política liderada por mulheres negras. Acreditamos que a disputa de narrativa é urgente e precisa incluir as negras, já que nós somos mais de 28% da população", afirma Diana Mendes, cofundadora e coordenadora do movimento.

De acordo com Diana, há muita falta de apoio do partido e da própria estrutura política. "Muitos dos representantes negros, especialmente mulheres, sofrem com ameaças, injúrias e racismo (violência que pode ser física e psicológica também). Sabemos que, para eleger uma mulher negra, a gente tem a questão da mobilização, mas também estar próximo para garantir a segurança e integridade física de todas elas."

Esta quinta-feira (4) marca a passagem dos dez anos de assinatura da Lei Complementar nº 135, mais conhecida como Lei da Ficha Limpa, que proíbe a eleição a cargos públicos de candidatos condenados por decisão transitada em julgado ou por órgãos colegiados da Justiça.

A lei foi criada com grande apoio popular, a partir da iniciativa de juristas, e chegou a somar 1,6 milhão de assinaturas. A proposta começou a ser articulada no fim da década de 1990 pela Comissão Brasileira de Justiça e Paz, ligada à Igreja Católica, e foi apresentada ao Congresso Nacional em setembro de 2009.

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“Foi uma das poucas propostas de iniciativa popular que conseguiram se concretizar em uma legislação. O processo de coleta de assinaturas foi uma mobilização da sociedade civil bastante importante, em resposta aos escândalos de corrupção que iam acontecendo com a reiterada tentativa de pessoas condenadas em concorrer a cargos eletivos”, lembra Guilherme France, coordenador de pesquisa da organização não governamental (ONG) Transparência Internacional.

“Essa lei é de extrema importância. Ao longo dos anos tem impedido que vários candidatos ou políticos avancem na carreira e consigam obter mandato, seja qual for o cargo público”, afirma Gil Castelo Branco, secretário-geral do Contas Abertas, site especializado que acompanha a aplicação de recursos públicos.

O diretor do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (DIAP), Antônio Carlos Queiroz, acompanhou a tramitação da lei no Congresso Nacional, aprovada por unanimidade no Senado. Ele lembra que essa lei era esperada desde a promulgação da Constituição Federal (1988) e considera que a “Ficha Limpa vem cumprindo a sua missão” e tem funcionado como “bloqueio” para candidatos com condenações na área cível ou criminal.

Manoel Galdino, diretor executivo da Transparência Brasil, concorda que a lei tem sido “efetiva em barrar candidatos”, mas afirma que “ainda há certa impunidade” a crimes praticados por políticos e gestores públicos por “pouca fiscalização” do uso de recursos públicos, especialmente nos níveis estaduais e municipais.

O baixo acompanhamento é grave, em sua opinião, porque ainda “existe muita discricionaridade por parte dos gestores do Poder Executivo de como usar recursos públicos, que podem direcionar para favorecer empresários e desviar”.

Galdino entende que a diminuição da corrupção também depende da presença da imprensa, da atuação da sociedade civil organizada e da população. “O eleitor acaba não recompensando adequadamente os gestores que são honestos e competentes”, acrescenta.

Para Castelo Branco, do Contas Abertas, “uma lei só não faz verão” e “o ideal é que o combate à corrupção fosse política de Estado, envolvendo os Três Poderes”. Ele espera a aprovação de um conjunto de leis e a adoção das 70 medidas de combate à corrupção propostas ao Congresso Nacional antes da eleição de 2018.

Em sua avaliação, “nos últimos anos houve retrocesso no combate à corrupção”, e outras leis podem desestimular delitos e desvio de dinheiro público se houver garantia de punição. “A corrupção é uma doença social. O corrupto é um sociopata. Ele não tem remorsos, mas ele faz análise de riscos”.

Percepção da corrupção

“O correto seria estender a ficha limpa para todas as instituições que recebam recurso público de algum modo”, acrescenta Antônio Carlos Queiroz (Diap), que há mais de 30 anos acompanha o dia a dia do Congresso. Ele lamenta, por exemplo, o fato de ter “gente com condenação judicial exercendo liderança partidária fora do Parlamento”.

“Chama a atenção o fato de figuras com comprovado envolvimento de corrupção continuarem desempenhando papéis-chave dentro de partidos políticos”, diz Guilherme de France, da Transparência Internacional. “Isso demonstra que os partidos políticos ainda estão longe de se adequar a normas de transparência, probidade e democracia”.

France prevê que impunidade e retrocesso no combate a ilegalidades praticadas por políticos podem piorar a imagem que os brasileiros têm do próprio país. A Transparência Internacional mede em 180 países o Índice de Percepção da Corrupção (IPC). Nos últimos cinco anos, o Brasil cai seguidamente no índice. Em 2019, o Brasil ocupou a 106ª posição no grupo de países avaliados.

Termina às 23h59 desta quarta-feira (27)  o prazo para as inscrições no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2020. O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) alerta os interessados que não deixem para a última hora e lembra que quem solicitou a isenção da taxa de inscrição precisa se inscrever, assim como os demais participantes.

Os dados declarados pelos candidatos devem ser conferidos e apenas alguns deles podem ser modificados na página do participante, durante o acompanhamento da inscrição. No caso da escolha do município para fazer a prova, por exemplo, o Inep pede cuidado reforçado, porque, após o encerramento do prazo, não será possível trocar. Além disso, é necessário memorizar a senha ou anotá-la e guardá-la em local seguro, porque é com ela que o participante irá acompanhar todas as etapas de execução do exame.

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Feita a inscrição, o pagamento do boleto, no valor de R$ 85, só pode ser feito até amanhã. De acordo com o último balanço divulgado pelo Inep, mais de 5 milhões de estudantes se inscreveram no Enem 2020.

Datas das provas

Por causa da pandemia do novo coronavírus, no fim de junho será feita uma enquete com os estudantes inscritos, na Página do Participante. As datas do exame serão definidas após a consulta.

As inscrições para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2020 foram prorrogadas. Nesta sexta-feira (22), que seria o último dia para realizar as candidaturas, o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) divulgou uma nota oficial anunciando a mudança no cronograma das inscrições. Agora, os interessados poderão fazer o cadastro na Página do Participante até o próximo dia 27 de maio.

O Inep ainda garantiu que, após a inscrição, o pagamento do boleto deve ser realizado até dia 28 do mesmo mês. "A iniciativa decorre de entendimento alcançado entre o Inep e o Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed), em reunião realizada na manhã desta sexta-feira, 22 de maio. O Inep está atento a todas as manifestações da sociedade e do poder público", declarou a autarquia do Ministério da Educação (MEC).

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Na manhã desta sexta (22), o ministro da Educação, Abraham Weintraub, anunciou que já tinham sido realizadas mais de 5 milhões de candidaturas. Desse total, foram 4.926.368 inscritos na versão impressa e 101.100 na digital. As provas do Enem 2020 foram suspensas na última quarta-feira (20). As datas serão adiadas de 30 a 60 dias em relação ao que foi previsto nos editais. Em junho, o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) irá realizar uma pesquisa com os inscritos para saber a opinião dos estudantes.

Nesta edição, o sistema pede que o estudante insira uma foto. É importante que o estudantes esteja atento porque o arquivo deve estar no formato PNG, JPG ou JPEG, com tamanho máximo de 2 MB. A imagem deve estar nítida para o reconhecimento do participante, que não deve utilizar artigos de chapelaria, como bonés e lenços, e óculos escuros.

Confira abaixo um passo a passo feito pelo Vai Cair no Enem, projeto multimídia realizado em parceria com o LeiaJá, sobre como devem ser realizadas as inscrições neste ano.

A Comissão Executiva do PT de Pernambuco emitiu uma nota reclamando do anúncio da pré-candidatura deputada federal Marília Arraes ao comando da prefeitura do Recife, feito pela direção nacional da legenda. O grupo se reuniu nessa segunda-feira (16) para avaliar os impactos internos e externos ocasionados pela recente decisão do Diretório Nacional do partido que definiu as candidaturas municipais nas capitais nordestinas.

Em nota, o PT de Pernambuco diz que a decisão do diretório "rompeu com os acertos havidos e, por consequência, dificultou o diálogo em curso, internamente no PT-PE e junto aos partidos aliados". Os acordos citados pela comissão foram feitos entre a comissão eleitoral nacional, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a presidente nacional Gleisi Hoffmann, o presidente Estadual do PT Pernambuco, Doriel Barros, e do Diretório Municipal do Recife, durante uma reunião em São Paulo. 

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Na última sexta-feira (13), o Diretório Nacional do PT aprovou a resolução que estabelece as candidaturas próprias às prefeituras em todas as capitais no Nordeste. De acordo com o PT-PE, a resolução nacional foi precipitada e gerou tensão na sigla, afetando a harmonia entre os partidos aliados. 

"A Direção Estadual do PT vem conduzindo um amplo processo de debate com os diretórios municipais pernambucanos, inclusive com o do Recife, com as nossas lideranças estaduais e forças políticas e com os movimentos sociais. Esse ciclo interno preparava o diálogo com os partidos aliados sobre as posições e alianças possíveis de serem construídas em todo o estado. Também, esse diálogo foi afetado pela decisão nacional fora do prazo e do roteiro consensuado conosco”.

A comissão informou ainda que deverá discutir de forma definitiva o processo de candidatura própria no Recife.

Com o veto às coligações proporcionais, partidos políticos têm feito uma corrida interna para ampliar o número de mulheres dispostas a se lançar em campanha. Como a nova regra obriga que a partir deste ano cada legenda tenha, de forma independente, ao menos 30% de nomes femininos nas urnas, partidos que não alcançarem esse porcentual vão ter de barrar homens na eleição.

A conta é simples. No caso da disputa para a Câmara Municipal de São Paulo, o partido que quiser apresentar uma chapa de vereadores "cheia" terá 82 candidatos (150% do total de 55 vagas). Desses, 25 deverão obrigatoriamente ser mulheres. Mas, se a cota feminina não for atingida, a lista de homens terá de ser reduzida na mesma medida e a chapa será então proporcional.

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Em eleições anteriores, quando a cota de gênero já estava valendo, mas o veto às coligações ainda não, os partidos se coligavam e valia a média de candidaturas femininas do bloco. Na prática, uma legenda podia salvar a outra. Agora, é cada uma por si.

Além de estabelecer uma porcentagem mínima de candidaturas de mulheres, as regras eleitorais determinam que os partidos destinem ao menos 30% de sua verba do Fundo Eleitoral para as campanhas femininas. As eleições de 2018 foram as primeiras em que esta porcentagem foi obrigatória, e, no fim de 2019, o desvio de recursos públicos para campanhas eleitorais, usando principalmente candidaturas "laranjas", já tinha rendido 221 inquéritos à Polícia Federal.

Investigado em Minas e Pernambuco por candidaturas laranjas em 2018, o PSL tem realizado encontros para incentivar a filiação de mulheres. Questionado sobre se alguma medida foi tomada para evitar que candidaturas femininas sejam apenas figurativas, o partido não informou nada específico. "Os processos de auditoria e controle são os mesmos para todas as candidaturas, sejam homens ou mulheres", escreveu a assessoria.

Segundo o advogado e professor de Direito Eleitoral do Mackenzie Alberto Rollo, além de candidaturas laranjas para desvio de dinheiro, as eleições de 2020 devem contar com as "laranjas para acomodar homens". "Se de cada 10 candidatos, 7 são homens e 3 são mulheres, necessariamente, nas cidades maiores, para acomodar os homens que querem ser candidatos, os partidos precisam literalmente inventar candidatas mulheres."

Mapa

Para lançar suas "próprias candidatas", os partidos têm investido em mapear e capacitar mulheres pelo país. Em geral, são promovidos alguns encontros em que as possíveis candidatas aprendem sobre temas como legislação eleitoral e comunicação digital, além de serem incentivadas a participar do pleito.

O caráter municipal da eleição é um desafio extra. "Nas eleições de 2018, trabalhamos num universo menor. Agora, vamos ter que chegar lá na ponta, trabalhar nos mais de 5 mil municípios do o Brasil", diz a presidente do PT Gleisi Hoffmann. O partido quer expandir o projeto de candidaturas femininas. Intitulado "Elas por Elas", a iniciativa proporciona formação, orientação e acompanhamento jurídico de candidatas. Segundo Gleisi, no entanto, o PT não destinará mais do que os 30% estipulados pela legislação como piso de financiamento para candidaturas de cada gênero. "Infelizmente, pela cultura do mundo masculino da política, temos muito mais candidatos homens. Não temos condição de colocar mais (que os 30%) à disposição das mulheres."

Na mesma linha, o PSDB quer reforçar a estratégia feminina e lançará plataforma digital com curso de formação política para candidatas. Segundo a presidente do PSDB Mulher, Yeda Crusius, a meta é lançar mais de dez mil mulheres. Para isso, afirma que a capacitação deve ser mais "eficiente". "É fazer como em 2018, mas melhor, com menos custos. Tivemos 330 candidatas financiadas por nós (em 2018) e agora vamos ter dez mil candidatas. Então, não pode ser o mesmo caminho de antes".

Diversos outros partidos, como PL, PSD, Cidadania e PTB também têm adotado medidas para estimular a filiação e a candidatura de mulheres. Com a presidência de Graciela Nienov, por exemplo, o PTB Mulher lançou o projeto Vez, Voz, Voto, que busca qualificar mulheres para serem candidatas. Segundo Graciela, as cotas de gênero foram fundamentais para que os partidos abrissem espaço às mulheres.

Em relação à porcentagem mínima de financiamento de mulheres, a deputada federal Tabata Amaral (PDT-SP), que encabeça o projeto suprapartidário de potencialização de candidaturas femininas em 2020 Vamos Juntas, ressalta que é importante prestar atenção à possível explosão de candidaturas femininas como vice para cumprir a cota.

Eleitas

Em 2018, apenas 15% das cadeiras do legislativo federal foram preenchidas por mulheres. Segundo o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), além disso, só homens foram eleitos para Câmaras Municipais de quase 1,3 mil cidades brasileiras em 2016. Isso significa que, em 23% das Câmaras do País, não há vereadoras.

A cota de gênero garante as candidaturas, mas não a eleição das mulheres. Segundo pesquisa do coletivo Vote Nelas, que defende mais mulheres na política, como o recrutamento de candidatas não precisa se refletir em cadeiras, ele pode "dar uma falsa impressão de que o partido quer mulheres em seus quadros". Apoiadora do coletivo, a pré-candidata a prefeita de Goiânia Dra. Cristina (PSDB) coloca a defesa das mulheres como uma de suas principais pautas. "Fiz vinte anos no hospital", conta ela, que foi vítima de violência doméstica e teve 85% do corpo queimado. "Meu ex-namorado tentou me matar com álcool e fogo. Eu tinha me formado em educação física e ia morar fora do Brasil. Ele não aceitou."

Na política, Cristina reclama que os partidos não destinam cargos majoritários a mulheres. Para se lançar prefeita, ela mudará para o PL - hoje está no segundo mandato como vereadora pelo PSDB e já foi da Executiva Nacional tucana. Com a presidência de Soraya Santos, o PL Mulher também está fazendo cursos de formação de mulheres pelo País. "Nós começamos desde 2019 a fazer movimentos em Estados. Estamos fomentando, principalmente no interior, as candidaturas (femininas)." Para ela, o que une a bancada feminina é a pauta dos direitos humanos. "Se você pensar da Ceci Cunha à Marielle, não me lembro de político homem ser assassinado, por exemplo, por defender ideias. Isso é uma questão da forma que a mulher age quando quer defender uma causa." 

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