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O número de inscrições no Sistema de Seleção Unificada (Sisu) já ultrapassou os três milhões e o de inscritos, 1,5 milhão. A atualização dos dados foi feita pelo ministro da Educação, Abraham Weintraub, nesta sexta-feira (24). 

“A partir de agora, o ritmo de pessoas acessando o sistema está diminuindo muito porque já atendemos praticamente todo mundo que tem interesse”, disse o ministro, segundo informações do Portal MEC. Os candidatos podem concorrer às vagas do programa até o próximo domingo (26) e escolher até dois cursos. 

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O Sisu é o principal meio de ingresso ao ensino superior público com a nota do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Quem deseja participar não pode ter zerado a nota da redação. Neste primeiro semestre, são 237.128 vagas em 128 instituições de todo o Brasil. A inscrição, que é gratuita, deve ser feita na página do Sisu na internet

O sistema escolhe os candidatos com as melhores classificações em cada curso, levando em consideração as notas no Enem e eventuais ponderações, como pesos atribuídos às notas ou bônus. Mesmo que o desempenho do candidato permita o acesso nos dois cursos, a opção que prevalecerá será a primeira, com somente uma chamada para matrícula. 

As inscrições seriam encerradas nesta sexta-feira (24). No entanto, devido às inconsistências na correção das provas do Enem, o Ministério da educação (MEC) optou por dar mais tempo para os estudantes, a fim de evitar prejuízos. No dia 28 de janeiro sairão os resultados. 

Confira abaixo outras datas:

matrícula ou registro acadêmico nas instituições participantes: até 4 de fevereiro; 

lançamento da ocupação nas vagas pelas instituições participantes: até 7 de fevereiro; 

manifestação de interesse para constar na lista de espera: até as 23h59 de 4 de fevereiro; 

prazo para participar da lista de espera: 29 de janeiro a 4 de fevereiro; 

convocação dos candidatos em lista de espera: 7 de fevereiro a 30 de abril. 

O candidato que for escolhido na 1ª ou 2ª opção que optou terá apenas esta oportunidade para efetuar a matrícula. Por conta disso, é necessário ficar de olho nos prazos. 

Lista de espera 

Só os candidatos que não foram escolhidos em nenhuma das duas opções selecionadas no ato da inscrição podem participar da lista de espera. Para inscrever-se na lista de espera, o candidato precisa acessar seu boletim Sisu e demonstrar o interesse no prazo que consta no cronograma. É fundamental que o candidato acompanhe, junto à instituição da vaga que ele escolheu, a lista de espera e as chamadas para matrícula. 

O cronograma foi publicado na edição de 3 de dezembro, do Diário Oficial da União (DOU). O edital completo está na página do Sisu e a retificação com a prorrogação do prazo, na edição do DOU desta terça-feira, 21 de janeiro. 

Começam nesta segunda-feira (6) as inscrições para o concurso público da Prefeitura de Abreu e Lima, município situado na Região Metropolitana do Recife. O processo seletivo oferece 144 vagas para o cargo de agente comunitário de saúde; candidatos de nível médio podem participar da disputa.

Do total de oportunidades, sete vagas são exclusivas para pessoas com deficiência. De acordo com a Prefeitura de Abreu e Lima, os selecionados deverão ter disponibilidade para jornadas de trabalho de 40 horas semanais e o salário previsto é de R$ 1.250.

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Durante o concurso os concorrentes passarão por prova objetiva, prevista para 8 de março, além de avaliação curricular. Os interessados deverão se inscrever até 2 de fevereiro, por meio do site da banca organizadora do certame. A taxa de participação custa R$ 47,50.

Segundo o cronograma do processo seletivo, o resultado final será anunciado no dia 13 de abril. Outros detalhes informativos podem ser obtidos no edital do concurso.

 

O ex-governador do Ceará, Ciro Gomes (PDT), afirmou que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva prefere apoiar uma candidatura do presidente Jair Bolsonaro do que a dele nas eleições presidenciais de 2022. 

Em entrevista à GloboNews, Ciro disse que Lula e Bolsonaro "são duas faces da mesma moeda", ponderou que não apoiaria uma candidatura do petista, mas alegou aceitar um eventual apoio do ex-presidente. 

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"Não [faria campanha por Lula], pela seguinte circunstância: eu represento uma coisa muito diferente do lulopetismo corrupto. Se ele quiser me apoiar, eu evidentemente não posso ser arrogante porque quero unir o Brasil. Evidentemente que eu não vou dizer: 'não aceito'. Eu não tenho esse direito, nem cultivo isso. Eu cultivo muito a humildade. Agora estou só por apreço à sua pergunta dizendo que não faria campanha porque nós representamos valores muito distintos", afirmou. 

"Isso é completamente impossível, o Lula prefere o Bolsonaro a mim. Já demonstrou isso", completou.

Ciro, inclusive, já disse, em diversas ocasiões, que Jair Bolsonaro é um fruto do PT. E aproveitou o momento, para reforçar o argumento. 

"Só falta a gente ficar sabendo da ligação entre os dois pra combinar. Se não tem [a ligação], é uma simbiose, é um parasitismo recíproco. Para eles, ficou flagrante, não interessa o Brasil, interessa se aproveitar dessa máquina de poder", declarou.

A um ano das eleições municipais de 2020, aumenta a movimentação interna nos partidos por candidatos a prefeito e de políticos por legendas com capacidade financeira para custear campanhas. A partir do ano que vem, novas regras eleitorais devem resultar em um número maior de candidaturas. Só São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte já somam ao menos 26 cotados para a disputa de prefeituras.

Ao vetar a possibilidade de coligações proporcionais, o Congresso impediu que legendas sem nomes fortes na urna peguem "carona" em puxadores de voto de outros partidos, em prática que ficou conhecida como "efeito Tiririca" - emreferência ao deputado federal do PL paulista. Já a cláusula de barreira, em vigor desde o ano passado, estabelece um desempenho eleitoral mínimo para que políticos tenham acesso ao fundo partidário e ao tempo gratuito de rádio e televisão.

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Ao todo, 14 partidos não conseguiram passar por essa barreira no pleito do ano passado, perdendo, assim, acesso à verba pública destinada para custear as campanhas - nove com representação na Câmara. De lá pra cá, legendas incorporaram outras, como estratégia para "crescer", ou liberam seus deputados a sair.

Rafael Greca, de Curitiba, deixou o PMN e foi para o DEM. O mesmo caminho foi seguido pelo prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil, que trocou o PHS pelo PSD. Em ambos os casos, as siglas anteriores não atingiram a cláusula de barreira. E essa lista pode aumentar ano que vem, quando a janela partidária permitirá uma nova leva de trocas partidárias.

"Quem foi eleito por um pequeno partido vai tentar buscar partidos maiores para concorrer, para ter verba para campanha. A não ser que o candidato tenha recursos próprios para se bancar sozinho", afirmou o PhD em ciência política e professor da UFMG Felipe Nunes.

Com a esperada "pulverização" dos votos em função do fim das coligações proporcionais, outras consequências prováveis no pleito de 2020 são um aumento do número de eleições definidas em segundo turno - a legislação prevê o pleito em duas fases em municípios com mais de 200 mil eleitores - e o fortalecimento de quem já tem mandato. Entre as capitais, 14 dos 26 prefeitos podem tentar a recondução ao cargo.

Segundo o presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, os candidatos a prefeito vão assumir papel ainda mais estratégico nos partidos. "Se um candidato a prefeito for fraco, isso pode resvalar na candidatura de vereadores com boas chances de eleição."

Para o prefeito de Salvador (em segundo mandato) e presidente do DEM, ACM Neto, o novo cenário "aumenta o estímulo para que o partido lance o maior número possível de candidatos a prefeito e vereador em todo o Brasil". A sigla, que se diz "totalmente favorável ao fim das coligações", acredita que o maior impacto da mudança virá em 2022, com a diminuição do número de partidos. "Permaneceriam, assim, só os partidos fortes e com capilaridade", disse.

O presidente do Cidadania, Roberto Freire, acredita que o processo de voto passará por uma reeducação a partir das novas regras. Para ele, o eleitorado terá mais discernimento sobre os partidos. Na mesma linha, o ex-ministro e ex-prefeito de São Paulo Gilberto Kassab, fundador e atual presidente do PSD, diz que o fim das coligações proporcionais e as cláusulas de desempenho farão com que os partidos tenham cada vez mais projetos com linha programática clara. Segundo ele, ainda que as novas regras diminuam a quantidade de legendas no futuro, a tendência é que elas sejam muito mais fortes e consolidadas.

O PSDB, também a favor do fim das coligações, planeja ter candidatos próprios no maior número de cidades que conseguir. A perspectiva da legenda, que detém a maior quantidade de prefeitos em capitais do País (8, no total), é de que haverá concentração de mandatos em um número ainda menor de partidos.

Ideologia

Já Luciano Bivar, presidente do PSL, afirma que a posição ideológica bem definida de seu partido fará com que a sigla tenha menos dificuldades com a mudança. A expectativa é que o presidente Jair Bolsonaro participe da escolha dos nomes que representarão a sigla em 2020.

Para a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, a nova configuração não afeta tanto a política de candidaturas do partido. "A mudança fortalece legendas que têm organicidade e uma linha programática clara", disse a deputada federal.

João Amoêdo, presidente do Novo, é o único líder partidário ouvido pelo Estadão crítico à emenda. "A alteração, mais uma vez, ataca o sintoma, não o problema. Os partidos deveriam ser livres para se coligarem se tiverem pautas semelhantes, embora o façam basicamente para agregar tempo de propaganda eleitoral 'gratuita' ou por conta de interesses eleitorais locais", afirmou ele. Ainda assim, segundo Amoêdo, deveria caber ao eleitor vetar esse procedimento nas urnas. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) prorrogou as inscrições do Processo Seletivo Extra Vestibular, referente às vagas do primeiro semestre de 2019. As candidaturas, que seriam encerradas nesta quarta-feira (12), agora podem ser realizadas até o próximo dia 19, no setor Comunicação Administrativa e Protocolo, unidade Recife, no horário das 9h às 14h.

O processo visa o preenchimento de vagas nos cursos de graduação no primeiro semestre de 2019. Ainda há a possibilidade de inscrição por correspondência e isenção de pagamento da taxa de solicitação. As condições podem ser conhecidas no edital do processo. Serão disponibilizadas vagas no campus Recife, nas Unidades Acadêmicas de Garanhuns (UAG), Serra Talhada (UAST) e Educação à Distância (UEADTec).

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O critério para preechimento de vagas será ordem de prioridade de atendimento dos requerimentos, tendo preferência a reintegração de ex-alunos, depois a transferência Interna (Recife, UAG, UAST e UAEADTec) de mesmo curso ou curso afim (reopção). Em seguida estão: transferência externa de mesmo curso (outra IES), transferência externa de curso afim (outra IES) e Ingresso de Portador de Diploma de curso afim.

Para solicitar requerimento, cada candidato deverá arcar com valores de acordo com sua modalidade de solicitação. Reintegração e Transferência Interna (Reopção) equivale a R$ 30; Transferência Externa (outra IES) e Ingresso de Portador de Diploma custam, ambas, R$ 100 pela solicitação. O Campus Recife fica na Rua Dom Manuel de Medeiros, sem número, bairro de Dois Irmãos.

Trinta e cinco partidos lançaram candidatos à Câmara dos Deputados para a eleição deste ano. A lista é liderada pelo Psol, com 532 candidatos, o equivalente a 6,3% do total; e pelo PSL, com 480 candidatos, ou 5,7% do total. Depois aparecem PT (398 candidatos), Patriotas (359), Avante (353) e MDB (338), cada um deles com cerca de 4% do total de 8.395 candidatos a deputado federal. Essa será a eleição com o maior número de candidatos na história da Câmara.

A divisão do número total de postulantes ao cargo pelas 513 vagas de deputado federal mostra uma relação de 16,1 candidato por vaga. Em 2002, por exemplo, essa relação era de apenas 8 candidatos por vaga.

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Essa concorrência varia de acordo com a quantidade de candidatos registrados em cada estado e de cadeiras na Câmara a que esse estado tem direito – que pode variar de 8 a 70. Levando-se essas variáveis em conta, no Rio de Janeiro, por exemplo, há 23,8 candidatos a deputado federal por vaga. Já no Pará, essa proporção é de 8,35. 

Mais partidos

O aumento gradativo nessa disputa pode ser explicado pela ampliação no número de partidos, que passou de 30, em 2002, para os atuais 35.

Essas mesmas legendas também privilegiaram a candidatura a deputado federal por causa das novas regras da cláusula de desempenho, criadas por uma emenda constitucional (EC 97). 

De acordo com o texto, apenas os partidos que receberem, no mínimo, 1,5% dos votos válidos para a Câmara dos Deputados na eleição deste ano poderão receber os recursos do Fundo Partidário e ter acesso ao horário gratuito de rádio e TV, a partir de 2019.

E não é só: os votos devem estar distribuídos em, pelo menos, nove estados diferentes, e com o mínimo de 1% dos votos em cada um deles. Ou seja, a garantia plena de recursos e de instrumentos de propaganda gratuita em 2019 vai depender do desempenho dos partidos nesta eleição para a Câmara, em 7 de outubro.

O cientista político Thiago Vidal aponta outros motivos que justificam a maior movimentação do Psol e do PSL para o lançamento de candidaturas a deputado federal.

"Até o começo do ano, o PSL mal tinha o número mínimo de deputados para que Bolsonaro fosse convidado para debates. Por mais que ele não tenha uma coligação estruturalmente competitiva, a imagem dele, do ponto de vista eleitoral, agrega sobretudo para candidatos a cargos proporcionais, como são os casos de deputado federal e deputado estadual”, avalia. “E o Psol já está, há muitos anos, tentando se capilarizar nos demais estados, até em função do enfraquecimento da esquerda em função do impeachment [de Dilma Rousseff]".

Eleições gerais

No quadro geral das eleições de 2018, os dois partidos também são os que lançaram a maior parte dos quase 28 mil candidatos que vão disputar as vagas para oito cargos eletivos: presidente e vice, governador e vice, deputados federal e estadual, além de duas vagas para o Senado.

Só que nesse quadro geral, as posições se invertem: o PSL aparece na frente, com 1.481 candidatos (5,2%), seguido pelo Psol, com 1.319 (4,7%).

Da: 'Agência Câmara Notícias

O nome adotado pelos candidatos na urna eleitoral diz muito sobre a identidade do postulante. Alguns, inclusive, buscam chamar a atenção utilizando apelidos caricatos ou até mesmo bizarros. O LeiaJá fez uma busca no site do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) onde estão listados todos os candidatos do país e separou os mais curiosos tanto em Pernambuco quanto em outros Estados. 

No âmbito local, já conhecido pelo seu jeito caricato entre as baladas pernambucanas, empresário José Fagner (PP) adotou o nome “Galeguinho das Encomendas” para a disputa pelo cargo de deputado estadual. Já “Zé Lezinho”, mesmo sem ter aparência nenhuma com o humorista paraibano Nairon Barreto, é o nome de guerra do postulante Eli Marcelino (PRB). 

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Quem também atraiu curiosidade foi o radialista Fernando Irapuã (Avante) que na urna estará identificado como “Dr. Gatão”. Ainda na disputa por uma vaga na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), também aparece o empresário José Everaldo (PCdoB) que adotou a alcunha de “Bigode do Queijo”. 

Já entre outros Estados, a bizarrice atinge o ponto alto com as candidaturas, por exemplo, de Alceu Luiz (MDB), em Goiás, que disse ao TSE querer ser chamado de “Alceu Dispor 24h”. Enquanto o baiano Alex dos Santos (PTC) adotou “Ninguém” como nome de identificação nas urnas.

Estrelas do cinema e da música também inspiram os candidatos, Edvan Ferreira (PPL-DF), por exemplo, inscreveu-se no TSE como "Wolverine"; enquanto a paulista Paulina Rosa (Avante-SP) adotou “Grete Cover” (fazendo referência à cantora Gretchen) como nome eleitoral. E entre os que buscam vaga no Legislativo tem até "Papai Noel". Mas será que vale de tudo mesmo para conquistar o eleitorado? 

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O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) já aprovou o registro de cinco dos 13 candidatos à Presidência da República e seus respectivos vices que pretendem disputar as eleições de outubro.

Até o momento, foram considerados aptos para disputar o pleito Vera Lúcia (PSTU), Cabo Daciolo (Patriota), Guilherme Boulos (PSOL), João Amoêdo (Novo) e Marina Silva (Rede). De acordo com a lei eleitoral, o TSE tem até dia 17 de setembro prazo para julgar todos os registros.

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Os demais pedidos de registro serão julgados nas próximas semanas porque esses candidatos foram os últimos a registrar a candidatura. Os pedidos são julgados após a tramitação no prazo previsto na lei eleitoral para que candidatos, coligações e o Ministério Público Eleitoral (MPE) possam impugnar registros e indicar algum fato que possa causar a inelegibilidade de postulantes aos cagos em disputa.

Ainda serão analisados os registros dos candidatos Álvaro Dias (Pode), Ciro Gomes (PDT), Eymael (DC), Geraldo Alckmin (PSDB), Henrique Meirelles (MDB), Jair Bolsonaro (PSL), João Goulart Filho (PPL) e Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

O primeiro turno das eleições será realizado no dia 7 de outubro.

De acordo com o TSE, mais de 27,6 mil candidatos a presidente, governador, senador e deputado federal, estadual e distrital vão disputar os votos de 147,3 milhões de eleitores brasileiros.

A candidatura do ex-prefeito do Recife, João Paulo (PCdoB), a deputado estadual e de mais 15 políticos pernambucanos foram impugnadas pelo  Ministério Público Eleitoral e correm o risco de ter o registro indeferido pelo Tribunal Regional Eleitoral de Pernambuco (TRE-PE), que é o órgão que autoriza ou não as candidaturas, após intimar os candidatos para apresentar suas defesas. 

As avaliações do MP Eleitoral estão baseadas nos critérios estabelecidos na Lei de Inelegibilidade. No caso de João Paulo, o pedido de impugnação tem como argumento o fato do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) ter condenado o comunista pelo crime de dispensa ou inexigência de licitação fora das hipóteses previstas em lei, quando era prefeito da capital pernambucana.

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O anúncio da impugnação da candidatura de João pelo MPE, acontece no mesmo dia em que está marcada a inauguração do comitê de campanha dele, com a presença da ex-presidenciável pelo PCdoB e futura vice na chapa do PT na disputa, a deputada Manuela D’Ávila (PCdoB-RS). 

Outras impugnações

Entre os demais políticos com as candidaturas consideradas inelegível pelo MPE, que passarão pelo crivo do TRE, estão os deputados estaduais que buscam a reeleição Joel da Harpa (Pode) e José Humberto Cavalcanti (PTB); os ex-prefeitos de Caruaru, José Queiroz (PDT), e Ribeirão, Clóvis Paiva (PP), que concorrem vaga na Alepe; e o deputado estadual Odacy Amorim (PT) que disputa espaço na Câmara Federal. 

Do total, seis ocorreram porque as contas públicas referentes ao exercício anterior de cargos públicos, inclusive de vereador, foram julgadas irregulares pelo Tribunal de Contas da União (TCU) ou do Estado (TCE). Quatro, porque os candidatos tiveram suas contas relativas a um mandato de prefeito rejeitadas pela Câmara Municipal. 

Outras cinco decorreram de condenações em segunda instância (pelo Tribunal Regional Federal da 5ª Região ou pelo Tribunal de Justiça de Pernambuco). Houve ainda um caso de inelegibilidade devido a demissão do serviço público em decorrência de processo administrativo.

O prazo para impugnações com base na Lei de Inelegibilidade é de apenas cinco dias contados a partir da publicação do pedido de registro de candidatura. Por isso, o MP Eleitoral já vinha apurando e analisando informações sobre possíveis candidatos, com base nas listas de condenações entregues pelos tribunais.

Ao todo, houve em Pernambuco 343 pedidos de registro de candidatura ao cargo de deputado federal e 654 ao cargo de deputado estadual. O número reduzido de impugnações tem várias razões. Uma delas, segundo o procurador regional eleitoral Francisco Machado, deve-se ao fato de que a Lei de Inelegibilidades, em relação à rejeição de contas públicas, só considera inelegíveis os administradores que tiveram suas contas rejeitadas por “irregularidades insanáveis que configurem ato doloso de improbidade administrativa”, ou seja, aqueles gestores que, intencionalmente, foram responsáveis por atos que violaram os princípios da administração pública (legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade, eficiência e probidade), causaram dano ao erário ou produziram enriquecimento ilícito.

Além disso, é necessário que não seja mais possível recorrer da decisão do Tribunal de Contas e que ela não tenha sido suspensa ou anulada pelo Poder Judiciário.

Estudo do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap) mostra que 79% dos 513 deputados federais tentarão a reeleição em outubro. Projeção da entidade aponta que 75% deles devem se reeleger. O levantamento foi feito após o registro das candidaturas no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

De acordo com o Diap, o número de candidatos à reeleição (407) na Câmara ficou um pouco abaixo da média dos últimos sete pleitos (408), porém maior que na eleição de 2014, quando 387 tentaram renovar seus mandatos.

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Dos 106 que não vão se recandidatar para a Câmara, 31 não vão concorrer a nenhum cargo neste pleito e 75 disputam outros cargos. Destes, 40 concorrem ao Senado; 11 são candidatos a vice-governador; nove disputam o governo do estado; sete tentam vaga de deputado estadual; seis são suplentes de candidatos ao Senado; e dois são candidatos à Presidência da República.

Na avaliação do analista político Neuriberg Dias, um dos autores do levantamento, a expectativa e o sentimento da população por renovação na Casa serão “frustrados”neste pleito.

Segundo Neuriberg Dias, o alto índice dos que vão tentar novo mandato com a continuidade dos grupos políticos (bancada rural, empresarial, evangélica, da bala e de parentes) que já estão no poder traz o risco de que a próxima composição da Câmara seja mais conservadora que a atual. “O perfil do Congresso Nacional será mantido. Esses grupos detêm muitos seguidores e pode ter até retrocesso”, disse o analista político.

Além de emendas parlamentares, os que estão se recandidatando têm outras vantagens em relação a um novo candidato: nome e número conhecidos, bases eleitorais consolidadas, cabos eleitorais fiéis, acesso mais fácil aos veículos de comunicação, estrutura de campanha, com gabinete e pessoal à disposição, em Brasília e no estado. 

O levantamento também indica que as mudanças na legislação que reduziram o tempo de campanha de 90 para 45 dias e do período eleitoral gratuito de 45 para 35 dias são outros dos motivos para a baixa renovação da Câmara.

“As mudanças na legislação eleitoral com a criação do fundo eleitoral e a janela partidária (período no qual foi permitida a troca de partido sem perda de mandato) permitiram aos deputados e senadores negociarem melhores condições na disputa da reeleição, como prioridade no horário eleitoral e na destinação dos recursos do fundo eleitoral”, avalia o Diap.

Mais dois candidatos à Presidência apresentaram, na manhã hoje (15), último dia do prazo, seus pedidos de registro de candidatura no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). São eles o ex-ministro da Fazenda Henrique Meirelles (MDB) e a ex-ministra do Meio Ambiente Marina Silva (Rede).

A poucos dias de completar 73 anos, Meirelles, que é engenheiro mas construiu sua carreira no mercado financeiro, tendo sido também presidente do Banco Central, declarou possuir um patrimônio de R$ 377,4 milhões, sendo o segundo candidato mais rico na corrida presidencial.

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A maior parte da quantia está investida em ações (R$ 283,1 milhões), em fundos de investimento (R$ 58,8 milhões) e em um apartamento avaliado em R$ 21,8 milhões. Meirelles tem como vice o ex-governador do Rio Grande do Sul Germano Rigotto, também do MDB, que informou ter R$ 3,668 milhões.

Meirelles é o segundo candidato mais rico na disputa pela presidência, atrás do empresário João Amoêdo, candidato pelo Novo, que declarou ter R$ 425 milhões. Nas eleições deste ano, não há limites para o autofinanciamento de campanha. Se quiserem, os candidatos podem bancar até mesmo todos os gastos, observado o limite de R$ 70 milhões no 1º turno e de R$ 35 milhões no 2º turno.

Já a candidata Marina Silva, de 60 anos e historiadora de formação, informou ter um patrimônio de R$ 118,8 mil, composto em sua maioria por imóveis. Seu vice, o médico sanitarista Eduardo Jorge, do PV, declarou possuir R$ 320 milhões. Ambos já disputaram as eleições para a Presidência no pleito de 2014, quando ela ficou em terceiro lugar, com 21% dos votos (22.176.619), enquanto ele recebeu 0,61% (630.099).

O prazo para requerer o registro se encerra às 19h desta quarta-feira (15). Dos 13 pré-candidatos à Presidência aprovados em convenção nacional de seus partidos, restam três entrarem com pedido de registro no TSE: o pastor Eymael, do partido DC; João Goulart Filho (PPL); e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, cuja candidatura está prevista para ser registrada nesta tarde pelo PT.

O TSE tem até 17 de setembro para apreciar todos os pedidos de registro, que podem ser alvo de impugnação (questionamento) por parte de coligações, partidos e candidatos adversários, bem como do Ministério Público Eleitoral.

Recém-empossada como presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a ministra Rosa Weber afirmou nesta terça-feira, 14, que um candidato pode ter o registro indeferido "de ofício", sem provocação do Ministério Público, candidatos ou partidos, se não possuir condição de elegibilidade. "Se não houver impugnação, há resolução do TSE no sentido de que pode haver o exame de ofício. Será um indeferimento de ofício devido à compreensão de que não estão presentes as condições de elegibilidade ou alguma causa de inelegibilidade. Estou falando em tese", afirmou Rosa, em entrevista após a posse.

Questionada sobre os prazos para o tribunal analisar o registro do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que deve ser realizado pelo PT nesta quarta-feira, 15, a ministra afirmou que a Justiça Eleitoral tem seus "prazos e normas".

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"Sempre digo que o direito tem seu tempo, tem ritos e fórmulas. No caso de qualquer candidato à presidência da República que venha a encaminhar pedido de registro, nós vamos observar estritamente os termos da lei. A lei prevê prazos", assinalou.

Indagada sobre como impedir que um candidato inelegível figure nas urnas, a ministra respondeu que é preciso observar os prazos e os ditames da lei. Em seguida, Rosa descreveu os prazos previstos para o julgamento dos registros de candidatura. "São passos, e são eles que iremos observar."

A ministra lembrou que são cinco dias para impugnação após a publicação do edital de candidatos registrados, e sete dias para contestação do partido que requereu o registro. Pode haver produção de provas por mais quatro dias. As alegações finais devem ser apresentadas em cinco dias. Depois, o relator tem três dias para decidir. Da decisão, se for individual, cabe agravo regimental (recurso) ao colegiado, ou o relator pode levar o caso diretamente ao plenário. "Isso haverá de estar encerrado até o limite máximo de 17 de setembro", destacou.

Na primeira atualização do novo portal de estatísticas eleitorais do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o órgão oficializou o registro, feito pelos partidos, de 250 candidaturas para as eleições deste ano. O PSOL é a legenda que mais oficializou candidatos - 104 no total, seguido do Novo, com 43, e do PSL, com 38.

As candidaturas ainda não constam como "aptas", mas apenas como "cadastradas". Os pedidos de registro de candidatura protocolados recebem essa designação de início até serem deferidas.

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A maioria das candidaturas registradas até o momento é para vagas nas Assembleias Legislativas - 116. Para deputado federal foram registradas 97. Também estão cadastrados nove postulantes ao cargo de senador e 18 suplentes ao Senado. Cinco candidatos a governador aparecem no portal. Roberto Robaina (PSOL), do Rio Grande do Sul; Márcio Souza (PSOL), de Sergipe; Coronel Ulysses (PSL), David Hall (Avante) e Janaína Furtado (Rede), os três do Acre.

Uma única candidatura já aparece como "inapta", a de Max da Silva Teodoro, que registrou candidatura para segundo suplente de Senador pela Rede do Acre, mas ele desistiu de concorrer e teve a renúncia homologada pelo juiz eleitoral.

O TSE também divulgou dados sobre o perfil dos candidatos registrados: 71,2% são homens e 28,8% são mulheres. Casados são 50,4% e 37,6%, solteiros. A maioria tem entre 40 e 49 anos (89 candidatos) e 56% têm ensino superior completo. Quanto à cor/raça declarada, 50,4% se identificam como brancos e 36,4%, como pardos. Pretos são 10,8%. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Luiz Fux, disse nesta quinta-feira (26) que o tribunal será inflexível com candidatos ficha-suja que pretendem disputar as eleições de outubro. Segundo o ministro, quem estiver inelegível pela Lei da Ficha Limpa “está fora do jogo democrático”.

“Com relação à Lei da Ficha Limpa, o tribunal demonstrou e demonstrará ser inflexível com aqueles que são considerados fichas-sujas, ou seja, aqueles que já incidiram nas hipóteses de inelegibilidade. O Tribunal Superior Eleitoral sintetiza sua atuação em um binômio: não à mentira e ficha suja está fora do jogo democrático", afirmou.

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As declarações foram feitas durante evento no qual o TSE recebeu uma lista, do Tribunal de Contas da União (TCU), com nomes de 7,4 mil gestores públicos que tiveram as contas rejeitadas por tribunais de contas por irregularidades insanáveis. Com base nas informações, a Justiça Eleitoral poderá rejeitar os registros de candidatura dos citados.

Luiz Fux deixará o comando da Corte eleitoral no dia 14 de agosto, quando será substituído pela ministra Rosa Weber. A ministra será responsável por comandar a Justiça Eleitoral durante as eleições de outubro.

O pré-candidato a presidente do Brasil Aldo Rebelo (Solidariedade) falou sobre os seus rivais mais polêmicos na eleição deste ano. O ex-ministro dos governos Lula e Dilma Rousseff disse, em entrevista ao LeiaJá, disse que as candidaturas de Jair Bolsonaro (PSL) e de Ciro Gomes (PDT) estão crescendo. “Eu acho que há pouco tempo as candidaturas mais fortes eram do Lula e do Alckmin. Agora, cresce a do Bolsonaro e a do Ciro Gomes”, avaliou. 

No entanto, Rebelo ressaltou que não tinha opinião formada nem sobre Ciro nem tampouco de Jair Bolsonaro. “Não tenho opinião específica sobre qualquer candidatura, eu respeito todas as candidaturas e espero que todas elas respeitem a minha pré-candidatura também”. 

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Ele disse acreditar que as candidaturas que serão consolidadas vão ser conhecidas após a Copa do Mundo. “Eu acho que isso só vai ser definido mesmo depois da Copa do Mundo. Primeiro, nós vamos saber quem será o campeão da Copa na Rússia e depois é que vamos saber quais são as candidaturas que vão se consolidar”. 

O presidenciável também falou que acha que sairão na frente os candidatos que não representem a classe desgastada. “Acredito que as pessoas vão querer, do meu ponto de vista, alguém que tenha experiência, que seja capaz, que tenha uma biografia limpa, é isso que as pessoas podem querer, mas isso não tenho como dizer com antecipação”.

Aldo ainda a corrupção no Brasil pode acabar. “Mais do que possível, é necessário. A corrupção agride a democracia e tira a confiança do povo. A corrupção é uma forma de preservar a democracia”.

Apesar de as pesquisas continuarem detectando um desejo de mudança, a oferta será inferior à demanda por renovação. Essa é a opinião de Renato Meirelles, coordenador do Instituto Locomotiva - que tem feito levantamentos sobre o comportamento dos eleitores.

Em uma pesquisa que deve ser divulgada ainda nesta semana pelo instituto, 81% dos eleitores declararam preferir votar em quem hoje não exerce mandato. Apesar disso, a tendência não é a de renovação. "Esse número reflete a demanda eleitoral, mas ela não será representada. O que vai ser apresentado ao eleitor é uma nova roupagem dos políticos velhos. Em razão das regras eleitorais e dos recursos financeiros escassos, o eleitor não vai encontrar as opções de renovação", disse Meirelles.

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Não significa, com isso, dizer que novos nomes não serão eleitos. Historicamente, o índice de substituição de nomes no Congresso beira os 50%. "O que acontece não é uma renovação. Os eleitos são filhos, parentes ou apadrinhados daqueles que já estão no poder", disse o cientista político Vitor Oliveira, da agência Pulso Público.

A realidade

A "ficha caiu" entre os grupos de renovação (que estão inseridos nos cursos de formação do RenovaBr e da Raps). O discurso já é mais cauteloso. "Essa é a nossa primeira eleição. O projeto é para dez anos", disse o coordenador do Acredito, Zé Frederico. "O sistema construiu barreiras, mas esse é apenas o início de um processo", afirmou o coordenador do Agora!, Leandro Machado.

Para o coordenador do Instituto Brasil@21, Pedro Henrique de Cristo, os movimentos "estão na fronteira de ser engolidos". Para ele, é preciso coordenação e foco nas campanhas que realmente têm chance. Já para o coordenador do Livres, Paulo Gontijo, os partidos são impermeáveis à renovação. "O jogo é feito para não renovar. Temos o receio de servir para compor chapa e maximizar as chances de velhos políticos."

A necessidade de cooperação e organização parece um ponto comum entre os grupos. Carlota Mingolla, de 36 anos, que já foi candidata a vice-prefeito de São Paulo pela Rede, na chapa de Ricardo Young, percebeu essa realidade e decidiu atuar para qualificar seus pares. "O caminho natural era que eu saísse candidata nessa eleição. Mas acabei desistindo. Acho que posso atuar melhor nos bastidores, propondo debates internos e trabalhando pelo fortalecimento das ideias, projetos e pela formação de lideranças." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A partir da próxima terça-feira (15), os pré-candidatos das eleições de 2018 poderão iniciar a propaganda para financiamento coletivo de campanha, conhecido crowdfunding eleitoral. No entanto, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) estabeleceu que eles estão proibidos de pedir votos durante a divulgação dessa modalidade de arrecadação de recursos. 

O tribunal decidiu a data após responder uma consulta feita pelo senador Paulo Paim (PT-RS). O parlamentar questionou o tribunal sobre como o financiamento coletivo poderia ser divulgado e a data a partir da qual seria permitida a propaganda.

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De acordo com o TSE, a liberação e o repasse dos valores arrecadados aos pré-candidatos só poderão ocorrer se eles tiverem cumprido os requisitos definidos na norma: o requerimento do registro de candidatura, inscrição no Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ) e abertura de conta bancária específica para registro da movimentação financeira de campanha.

A possibilidade de os pré-candidatos iniciarem a campanha para o financiamento coletivo é uma das mudanças trazidas pela reforma eleitoral de 2015. Até a eleição de 2014, a legislação não admitia menção à futura candidatura antes do registro oficial da candidatura e do início da propaganda eleitoral, com previsão de penas.

Para a professora da FGV Direito Rio, Silvana Batini, a alteração na lei, que inclui a figura da pré-campanha, passou a regular um cenário que já ocorria nas campanhas eleitorais no país.

“A gente sabe que o processo de escolha de um candidato é também um processo de muito debate e exposição. É muito comum os partidos testarem determinadas figuras, expô-las ao debate público. Algumas delas crescem, outras já são queimadas logo de cara. Então, ignorar a realidade, que esse processo faz parte do processo eleitoral como um todo, era uma certa ingenuidade e até um tratamento meio hipócrita e mais do que isso, ele era ‘criminógeno’ porque como a lei proibia muito, e como esse processo era inevitável de acontecer, você tinha uma série de procedimentos que eram empurrados para a ilegalidade”, disse a professora.

Na avaliação de Silvana Batini, a legislação foi extremamente ampliada, porém não estipula o limites de gastos para a pré-campanha.

“O problema de fixar como critério único o pedido expresso de voto é que se deixa passar uma série de atividades de pré-campanha que custam caro e que não vão integrar a prestação de contas posterior do candidato e isso retira grande parte do poder de fiscalização”.

A professora alerta que os tribunais eleitorais devem impedir que pré-candidatos com mais recursos tenham vantagem em detrimento dos demais. “Estamos em um momento muito grave, de enxergar o quanto o financiamento espúrio de campanha compromete a democracia, então é preciso encontrar um ponto de equilíbrio em que nem se coíba a pré-candidatura - que é uma realidade e precisa acontecer - mas ao mesmo tempo restrinja determinados atos, como caravanas pelo país todo, comícios com discursos”.

Regras para os pré-candidatos

Segundo a Lei Eleitoral nº 9504/97, é permitido aos pré-candidatos:

- Participação em entrevistas, programas, encontros ou debates no rádio, na televisão e na internet, inclusive com a exposição de plataformas e projetos políticos. As emissoras devem garantir tratamento isonômico;

-  Realização de encontros, seminários ou congressos, em ambiente fechado e custeados pelos partidos políticos, para tratar da organização dos processos eleitorais, discussão de políticas públicas, planos de governo ou alianças partidárias;

- Divulgar atos de parlamentares e debates legislativos, desde que não se faça pedido de votos;

- Divulgar posicionamento pessoal sobre questões políticas, inclusive nas redes sociais;

- Realizar reuniões com a sociedade civil, veículo de comunicação ou do próprio partido, em qualquer localidade, para divulgar ideias, objetivos e propostas partidárias. As despesas devem ser arcadas pelo partido;

- Fazer campanha de arrecadação prévia de recursos na modalidade de financiamento coletivo (crownfunding eleitoral);

- Pedir apoio político e divulgar a pré-candidatura. A lei não se aplica aos profissionais de comunicação social no exercício da profissão.

Vedações

A lei também estabelece proibições aos pré-candidatos. São elas:

- Veicular propaganda em desacordo com a legislação, passível de multa no valor de R$ 2 mil a R$ 8 mil;

- Fazer pedido explícito de voto;

- Fazer transmissão ao vivo por emissoras de rádio e de televisão das prévias partidárias;

- Presidente da República, os presidentes da Câmara dos Deputados, do Senado Federal e do Supremo Tribunal Federal estão impedidos de convocar redes de radiodifusão para divulgação de atos que denotem propaganda política ou ataques a partidos políticos e seus filiados ou instituições;

- Nos casos permitidos de convocação das redes de radiodifusão, é vedada a utilização de símbolos ou imagens.

- A partir de 30 de junho, é vedado às emissoras transmitir programa apresentado ou comentado por pré-candidato. 

Propaganda eleitoral

- Tempo de propaganda eleitoral foi encurtado para 45 dias;

- Propaganda de TV e rádio terá início 35 dias antes das eleições;

- Propaganda eleitoral começará no dia seguinte ao registro: 16 de agosto.  

- Entre as mudanças da propaganda estão: o tamanho das placas foi reduzido para meio metro quadrado e os cavaletes e bonecos foram proibidos. Quanto aos veículos, não poderão ser envelopados, só serão admitidos perfurados no para-brisa traseiro e adesivos laterais de no máximo 50 cm x 40 cm. A participação de candidatos a vereador na propaganda de TV e rádio também ficou reduzida: não participarão dos programas em bloco e nas inserções utilizarão 40% do tempo.

Prazos Eleitorais

- As convenções partidárias, reuniões onde cada partido define os candidatos, devem ser realizadas no período de 20 de julho a 5 de agosto.

- Os candidatos devem se registrar na Justiça Eleitoral até o dia 15 de agosto.

- As eleições ocorrerão nos dias 7 de outubro (primeiro turno) e 28 de outubro (segundo turno). 

Entre os 16 nomes já colocados para a disputa presidencial, a sindicalista Vera Lúcia (PSTU), que também concorrerá ao pleito, fez uma avaliação sobre a atuação política do deputado federal Jair Bolsonaro (PSL-RJ), segundo lugar nas pesquisas de intenções de votos para o cargo. Sob a ótica dela, o adversário na corrida pela Presidência da República, ao contrário do que ele prega, é “responsável direto pela desgraça” que o país vive atualmente. 

“Bolsonaro é o que há de pior na política. É do setor da direita mais conservadora. Ele diz que vai resolver todos os problemas do país, mas ele está no Congresso Nacional há 20 anos. O resultado da desgraça que nós vivemos hoje ele é responsável direto. Inclusive a reforma trabalhista, que retirou direito dos trabalhadores, foi com o voto dele”, salientou, em conversa com o LeiaJá. 

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Vera Lúcia ainda questionou propostas de Jair Bolsonaro. “Ele fala que vai matar, defende a pena de morte, mas nessa pena vai morrer preto e pobre, porque se fosse para matar ladrão começava matando aqueles que são da classe dele. Não existe um rico que não tenha sua riqueza como produto da exploração e muitas vezes combinada com a corrupção. Inclusive ele que teve seu patrimônio mais quadruplicado e não foi com o salário de deputado federal”, ponderou. 

A pré-candidata do PSTU classificou, por fim, que o deputado federal “é extremamente machista, racista e covarde”. 

Pré-candidata à Presidência pelo PSTU, a sindicalista Vera Lúcia é pouco conhecida entre os nomes que se colocam na disputa em outubro. Entretanto, em entrevista ao LeiaJá, a pernambucana radicada no Sergipe, não poupou críticas aos nomes com maior visibilidade, como o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) que, para ela, deu “migalhas a classe trabalhadora”. 

“Lula já governou este país, saiu do seio da classe trabalhadora, governou com os grandes empresários, banqueiros e latifundiários e, junto com esses setores, também trilhou o caminho da corrupção e todo mundo viu no que deu”, disparou Vera, lembrando que mesmo preso o líder-mor petista pode disputar, assim como o PT vem reafirmando a candidatura. 

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A pré-candidata que, inclusive, foi do PT, mas terminou sendo expulsa da legenda, declarou também que durante os mandatos de Lula “quem lucrou foram as grandes indústrias”. “O que garantiu a classe trabalhadora foram apenas poucas migalhas, que inclusive, quando vem a crise, boa parte disso já se foi. Poucas concessões que foram feitas à classe trabalhadora, quem lucrou mesmo foram as grandes indústrias”, criticou. 

Vera ainda salientou que Lula foi aliado da direita e ponderou que o presidente Michel Temer (MDB) “está aí porque era o vice de Dilma”. 

Já sobre Temer, a presidenciável declarou que “ainda não caiu” por falta de vontade dos partidos de esquerda. “Já poderíamos ter derrubado o governo Temer. Ano passado esse país viveu uma das maiores greves. O governo não cai porque muitos partidos que dizem querer o Fora Temer não querem de verdade. Se quisessem já tinham mobilizado a classe trabalhadora para derrubá-lo. Na verdade o que eles querem é desgastar o governo para canalizar toda insatisfação que existe para a via das eleições”, declarou. 

Principal líder do PT, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva sinalizou, nesta terça-feira (6), para uma reabertura de diálogo entre a legenda e o PSB em Pernambuco. Lula disse não acreditar que dentro da legenda pessebista tenha apenas adversários e ponderou que o PT precisa pensar se quer se aliar a alguém capaz de construir um programa para o Estado ou disputar sozinho. 

“Cada aliança é feita sob as circunstâncias da política do momento. Você sabe da relação que eu tinha com Eduardo Campos, todo mundo sabe que eu gostava muito do Eduardo Campos e ele de mim, com a morte dele, obviamente, houve fissuras e problemas. O PSB, em alguns lugares, rompeu com o PT, em outros não. Tudo isso faz parte do cenário político local”, disse, em entrevista à Rádio Jornal. 

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“Agora está chegando uma nova eleição e os partidos precisam pensar o que é melhor para o povo de Pernambuco. Se é a gente continuar brigando com uma possível aliado capaz de se construir um programa para o Estado ou se a gente vai simplesmente fazer sozinho uma eleição sem fazer aliança com ninguém. Nós temos que discutir com muita maturidade”, acrescentou.  

Para Lula, “o PT pode voltar a conversar com o PSB, conversar com o Armando Monteiro ou por ter candidatura própria”. “O problema é que eu não quero precipitar os fatos… Tem muita coisa na política que ainda vai acontecer. Toda a briga que nós tivemos com o PSB, não me faz crer que o PSB só tenha adversários”, salientou. 

Em Pernambuco, o PT tem três pré-candidaturas. Uma delas é a da vereadora Marília Arraes, mas nos bastidores algumas lideranças anseiam um realinhamento com o PSB.

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