Tópicos | Colômbia

O líder oposicionista venezuelano Juan Guaidó disse na madrugada desta terça-feira (25), ter sido expulso da Colômbia horas após ter cruzado a fronteira do país com o objetivo de participar da conferência que vai tentar restabelecer o diálogo entre o governo de Nicolás Maduro e a oposição.

Em um vídeo divulgado no Twitter, Guaidó disse que ingressou na Colômbia para fugir da repressão do governo venezuelano, mas que agora também se sente perseguido no país vizinho.

##RECOMENDA##

O Ministério das Relações Exteriores da Colômbia informou no fim da noite da segunda-feira, 24, que Guaidó ingressou de maneira "irregular" no país, e que por causa disso foi levado a um aeroporto para embarcar para os Estados Unidos.

"A perseguição da ditadura infelizmente chegou hoje à Colômbia", diz Guaidó no vídeo, que foi gravado dentro de um avião.

Após a reeleição de Maduro em 2018 ter sido considerada fraudulenta por diversos países, Guaidó se autoproclamou presidente interino da Venezuela. Desde então, porém, a popularidade do líder oposicionista se esvaiu. Em janeiro, parlamentares da oposição "depuseram" Guaidó e formaram um comitê para o comando do "governo interino".

A conferência que o governo do presidente da Colômbia, Gustavo Preto, promove a partir desta terça tem o objetivo de fazer com que governistas e oposicionistas venezuelanos retomem o diálogo. O governo da Colômbia informou que Guaidó não foi convidado para o evento. No fim do ano passado, um esforço semelhante realizado no México e liderado por diplomatas noruegueses acabou fracassando. Fonte: Associated Press.

Pelo menos 11 pessoas morreram na explosão em uma mina de carvão no centro da Colômbia, informou nesta quarta-feira (15) o governador do Departamento de Cundinamarca, Nicolás García. Dois trabalhadores conseguiram sair sozinhos, sete foram resgatados e dez ainda estão presos.

García afirmou que o acidente na cidade de Sutatausa, a 74 quilômetros de Bogotá, ocorreu em razão do "acúmulo de gás metano", que explodiu por "uma faísca gerada pela picareta" de um trabalhador. "Ainda estamos em busca das pessoas que estão presas. Cada minuto que passa é menos tempo de oxigênio e será muito difícil encontrá-las com vida", lamentou o governador.

##RECOMENDA##

Cerca de 30 trabalhadores estavam dentro dos túneis no momento da explosão, que ocorreu na noite de terça-feira em uma mina legal, e afetou outras cinco, também legais, que se comunicam entre si.

Socorro

Os mineiros soterrados estão a 900 metros de profundidade, dificultando ainda mais a busca realizada pelos mais de 100 socorristas que trabalham com picaretas, de acordo com García.

O presidente colombiano, Gustavo Petro, lamentou ontem o acidente e apresentou sua solidariedade aos parentes das vítimas. "Estamos fazendo todos os esforços, ao lado do governo de Cundinamarca, para resgatar com vida as pessoas soterradas", escreveu o presidente colombiano no Twitter.

Imagens divulgadas pela imprensa local mostraram equipes dos bombeiros e trabalhadores do departamento de atendimento a desastres operando nas entradas das minas de carvão. Ao redor, algumas pessoas aguardam informações sobre seus parentes desde a madrugada. Seis dos resgatados foram levados para hospitais próximos e deverão receber alta em breve, segundo os médicos.

Tragédias em minas são frequentes na Colômbia, especialmente em túneis ilegais no Departamento de Cundinamarca. Normalmente, o acúmulo de gases é a causa mais comum dos acidentes. (COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS)

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O ministro da Justiça da Colômbia, Néstor Osuna, apresentou ao Congresso um projeto de lei com uma proposta polêmica: deixar de considerar um crime o incesto entre maiores de idade.

"O que estamos propondo eliminar é que duas pessoas, ambas adultas, que consentem livremente em fazer sexo, sejam enviadas para a prisão", disse ele à Blu Radio nesta terça-feira (7).

A legislação colombiana pune parentes em primeiro grau de consanguinidade que tenham relações sexuais com penas de até seis anos de reclusão.

O ministro apresentou uma proposta legislativa na segunda-feira para melhorar as condições das penitenciárias e descriminalizar algumas práticas, em um momento em que a superlotação carcerária atinge um pico crítico.

“É preciso estabelecer no direito penal típico de uma sociedade liberal alguns limites à perseguição do Estado a comportamentos que realmente não prejudiquem a sociedade”, acrescentou.

Osuna apontou as diferenças entre o incesto e outros delitos sexuais: "não é estupro, nem atos sexuais abusivos, nem atos com menores”. Se o incesto for "com uma criança, aí sim é estupro", observou.

Na Colômbia, a idade para consentimento sexual é de 14 anos. O ministro não especificou o que aconteceria no caso de uma relação incestuosa entre um adulto e um jovem entre 14 e 18 anos.

A iniciativa provocou críticas. "Do governo propõem eliminar o incesto como crime. Uma mensagem nefasta para as famílias e um estímulo macabro para os estupradores", reagiu no Twitter Ernesto Macías, ex-presidente do Senado pelo direitista Centro Democrático.

Embora uma das intenções do Ministério da Justiça seja descongestionar as prisões, o ministro afirmou que existe um "número mínimo" de condenados por atos incestuosos.

O Congresso, de maioria governista, vai debater ainda outras propostas de Osuna, como a concessão de permissões de trabalho a detentos que pagaram mais da metade da pena por delitos menores. Se aprovada, eles poderão sair durante o dia e retornar às suas celas à noite.

O primeiro governo de esquerda na história do país aspira implementar uma ambiciosa bateria de reformas.

O superintendente da Polícia Federal do Amazonas Alexandre Fontes confirmou que o traficante Rubens Villar Coelho, conhecido como “Colômbia”, foi o mandante dos assassinatos do indigenista Bruno Pereira e do jornalista Dom Phillips. A dupla foi assassinada em junho de 2022, no Vale do Javari, no Amazonas. 

Colômbia está preso desde dezembro do ano passado por ter descumprido as condições impostas por ocasião da concessão de sua liberdade provisória pela Justiça Federal. Ele havia sido solto em outubro, após pagar uma fiança de R$ 15 mil. 

##RECOMENDA##

“Não tenho dúvida que o mandante foi o Colômbia. Temos provas que ele fornecia as munições para o Jefferson e o Amarildo, as mesmas encontradas no caso. Ele pagou o advogado inicial de defesa do Amarildo”, afirmou Alexandre Fontes. 

Segundo o delegado, a PF também conseguiu identificar a participação de mais um irmão de Amarildo da Costa Oliveira no crime, Edvaldo da Costa Oliveira, que forneceu a arma utilizada para assassinar Bruno e Dom. “Nas nossas investigações iniciais, ele [Edvaldo] teria participado da ocultação de cadáver, mas ficou evidente que ele participou materialmente. Ele entregou a espingarda calibre 16 nas mãos do Jeferson, ciente de que ele a utilizaria no assassinato de Bruno e Dom”, informou o superintendente. 

A espingarda utilizada ainda não foi encontrada, de acordo com o delegado. A PF até chegou a usar detectores de metal no rio onde aconteceram os assassinatos e na área onde os corpos foram enterrados, mas não teve sucesso. Além disso, o irmão de Amarildo, Edvaldo, também vai responder como partícipe nas mortes. 

“A motivação é a pesca ilegal na região do Vale do Javari. E o autor intelectual, não tenho dúvidas, é o Colômbia. Era ele também que fornecia embarcações para a pesca ilegal na região”, explicou Fontes. 

Colômbia chegou a ligar para Amarildo na segunda-feira após o crime, mas as autoridades não tiveram sucesso no conteúdo da chamada, mas sabem que houve uma conversa de quase dois minutos. 

 

O presidente da Colômbia, Gustavo Petro, pediu uma reunião urgente da Organização dos Estados Americanos (OEA) após bolsonaristas invadirem o Palácio do Planalto, o Congresso e o Supremo Tribunal Federal (STF).

"Propusemos o fortalecimento do sistema interamericano de direitos humanos aplicando as normas vigentes e ampliando a carta aos direitos das mulheres, ambientais e coletivos, mas a resposta são golpes parlamentares ou golpes violentos da extrema direita", escreveu o líder colombiano, no Twitter.

##RECOMENDA##

Petro afirmou que é urgente a OEA se reunir se quiser "seguir viva como instituição". O presidente da Colômbia disse que, na visão dele, a direita não tem conseguido manter o pacto de não violência. "Toda minha solidariedade a @LulaOficial e ao povo brasileiro. O fascismo decide atacar", emendou o líder internacional.

O secretário-geral da OEA, Luis Almagro, manifestou-se há pouco também pelo Twitter, condenando o ataque às instituições em Brasília. "Condenamos o ataque às instituições em Brasília, que constitui uma ação condenável e um ataque direto à democracia. Essas ações são de natureza fascista."

Bolsonaristas inconformados com o resultado da eleição invadiram e depredaram neste domingo, 8, os prédios dos Três Poderes com cartazes com frases golpistas que pedem, por exemplo, intervenção militar, o que é inconstitucional.

O bloco regional do Sudeste Asiático, a ASEAN, ganhou neste sábado (12) um novo membro surpresa do outro lado do mundo, pelo menos por um instante, graças a um deslize do presidente americano, Joe Biden.

"Quero agradecer ao primeiro-ministro pela liderança da Colômbia como presidente da ASEAN", declarou Biden, ao iniciar conversas com líderes regionais em Phnom Penh, presididas pelo primeiro-ministro cambojano, Hun Sen.

A Colômbia parece estar na mente do presidente americano, porque ele já havia cometido o mesmo erro ao deixar a Casa Branca para sua longa viagem à Ásia.

Biden disse aos jornalistas que estava "indo para a Colômbia", antes de se corrigir rapidamente: "quero dizer, Camboja".

O atual presidente dos Estados Unidos, que completa 80 anos este mês, é conhecido por suas inúmeras gafes cometidas durante grande parte de sua longa carreira em Washington.

A seleção brasileira feminina de vôlei venceu a terceira partida seguida nesta quarta-feira e confirmou sua classificação à segunda fase do Mundial. Jogando na cidade de Arnhem, na Holanda, a equipe comandada pelo técnico José Roberto Guimarães aplicou 3 sets a 0, com parciais de 25/14, 25/12 e 25/20, na Colômbia.

Ainda invicta na competição, a equipe brasileira chegou aos nove pontos no Grupo D e agora divide a ponta da chave com a China, que fez 3 a 0 no Japão também nesta quarta. Já classificada, a seleção nacional agora terá pela frente seus dois maiores desafios nesta fase da competição: o Japão, às 9h15 de sexta-feira (horário de Brasília), e a própria China, às 9h de sábado. Estes confrontos são importantes porque os times levam a pontuação desta primeira fase para a segunda.

##RECOMENDA##

Nesta quarta, Zé Roberto manteve Natinha como líbero da equipe. Ela começou jogando ao lado de Gabi, Carol, Kisy, Pri Daroit, Carol Gattaz e Macris. No decorrer da partida, o treinador mandou Rosamaria à quadra. Voltando de lesão, a ponteira entrou no segundo set para ganhar ritmo de jogo.

A principal jogadora da seleção nesta quarta foi Gabi. Ela foi a maior pontuadora do duelo, com 19 acertos. Kisy contribuiu com 13. Pela equipe colombiana, o destaque individual foi Amanda Coneo, com 10 pontos.

A partida começou morna, com erros dos dois lados e muita oscilação das brasileiras. A partir da metade da parcial, o Brasil passou a exibir maior solidez em todos os fundamentos. Com um saque eficiente, passou a fazer estrago na defesa colombiana, permitindo abrir vantagem, que chegou a dez pontos em 22/12.

A segunda parcial teve roteiro semelhante. A Colômbia conseguiu manter o equilíbrio no começo, mas novamente as brasileiras passaram a se destacar nos fundamentos, desta vez com um eficiente bloqueio. Gabi, empilhando pontos, e Natinha, com alto aproveitamento na defesa, também brilharam em outro set com ampla vantagem, de até 11 pontos ao longo da parcial.

O terceiro set destoou dos anteriores. A Colômbia esboçou reação e começou na frente, fazendo 6/2. A recuperação brasileira foi rápida. O time de Zé Roberto empatou em 7/7 e virou em 9/8 para não mais perder a liderança no placar. Sem sustos, fechou o set e a partida, marcando a terceira vitória do Brasil neste Mundial.

Em discurso na 77ª Assembleia-Geral das Nações Unidas, o presidente da Colômbia, Gustavo Petro, usou seu tempo para criticar a guerra da Rússia na Ucrânia e pedir para que outros países parem de investir na guerra contra as drogas. "Não afete a beleza de meu país com seu veneno", disse, ressaltando a importância da Floresta Amazônica para o país.

"Peço à minha querida América Latina que pare com a guerra irracional contra as drogas", afirmou o presidente colombiano, que defendeu que não é preciso de uma guerra para diminuir o consumo de drogas e criar uma sociedade melhor.

##RECOMENDA##

De acordo com Petro, quando se fala sobre deixar o petróleo e gás, "inventam uma guerra atrás da outra".

Ele citou o atual conflito no Leste Europeu, mas também Síria e Iraque. "As guerras se tornaram uma desculpa para não lidar com a crise climática", disse.

O Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos) inicia neste mês os testes do seu sistema de pagamentos instantâneos, o FedNow. Espécie de versão americana do Pix, ele promete revolucionar a forma como se envia e recebe dinheiro na maior economia do mundo. Enquanto isso, no Brasil, o Pix "original" - que começou a ser gestado ainda no governo do ex-presidente Michel Temer, como parte de uma agenda para aprimorar as ferramentas do BC - está próximo de bater a marca recorde de R$ 1 trilhão em transações realizadas em um único mês, e caminha para replicar sua experiência em outros países, como Colômbia e Canadá.

A expectativa do Fed é de lançar o sistema entre maio e julho de 2023. Nesta sua reta final de desenvolvimento, o projeto-piloto do FedNow vai iniciar a fase de testes técnicos, com a participação de mais de 120 instituições. Em paralelo, o Fed já começa a envolver outras instituições interessadas na nova solução, mas que ficaram de fora do projeto-piloto.

##RECOMENDA##

A promessa do BC americano é de que o FedNow esteja disponível a instituições financeiras de todos os tamanhos nos EUA. E, assim, conecte empresas e famílias americanas, facilitando os pagamentos em uma economia onde o cheque - que no Brasil praticamente desapareceu do dia a dia - ainda é presença frequente. "Juntamente com os nossos parceiros, estaremos prontos para lançar o FedNow entre maio e julho de 2023", afirmou a vice-presidente do Fed, Lael Brainard, em evento recente sobre pagamentos instantâneos.

Segundo ela, o FedNow deve transformar a forma como os pagamentos são feitos na maior economia do mundo, propiciando "ganhos substanciais" para famílias e empresas por meio de transferências de dinheiro instantâneas. Tal como o Pix, a nova ferramenta vai funcionar 24 horas por dia, sete dias por semana.

"A disponibilidade imediata de dinheiro pode ser especialmente importante para famílias que administram suas finanças de salário em salário ou pequenas empresas com restrições de fluxo de caixa", disse Lael.

A autoridade monetária dos EUA ainda não revelou as expectativas para o FedNow. Segundo Lael, o número de empresas e famílias americanas que vão usar o "Pix americano" vai depender da quantidade de provedores de serviços financeiros que aderirem à nova infraestrutura de pagamentos da autarquia.

ADESÃO. No Brasil, o Pix é operado por mais de 770 instituições, segundo o BC. Por conta da facilidade de mandar e receber dinheiro, e também pelo fato de não ter taxas, a adesão dos brasileiros ao novo sistema foi uma explosão. A quantidade de chaves do Pix, mais de 478 milhões, é o dobro da quantidade de habitantes no País, de 212,7 milhões, conforme estimativa mais recente do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Já o total de usuários soma mais de 131,8 milhões, sendo 122 milhões de pessoas físicas.

O Pix foi elogiado por instituições como o Banco de Compensações Internacionais (BIS, na sigla em inglês), uma espécie de banco central dos bancos centrais, que destacou "os menores custos e maior inclusão financeira" com a ferramenta. E despertou o interesse de outros países.

Segundo o presidente do BC, Roberto Campos Neto, os primeiros passos internacionais do Pix podem ocorrer dentro da América Latina. A Colômbia já demonstrou interesse em replicar a experiência brasileira. "Estamos fazendo uma parte internacional do Pix. Eu tenho conversado bastante com o banqueiro central da Colômbia (Leonardo Villar). Ele me diz que querem fazer igual", afirmou ele, em evento no mês passado, mencionando ainda o interesse do Canadá.

Para Campos Neto, a atração de outros países se dá pelo baixo custo: "O Pix é muito barato, custou R$ 5 milhões para o Banco Central".

Gustavo Petro tomou posse neste domingo, 7, como o primeiro presidente de esquerda da Colômbia, diante de centenas de milhares de pessoas que acompanharam a cerimônia em Bogotá. "Juro a Deus e prometo ao povo cumprir fielmente a Constituição e as leis da Colômbia", disse o ex-senador e ex-guerrilheiro de 62 anos frente ao chefe do Congresso, na Plaza de Bolívar.

Com a chegada de Petro ao poder, a Colômbia iniciou uma nova era política no país em 200 anos de história republicana. O ex-guerrilheiro, que fez carreira na política como senador e prefeito de Bogotá, promete transformações profundas em um país desigual e sitiado pela violência do narcotráfico.

##RECOMENDA##

O ex-senador, que há três décadas deixou a violência armada, fez o juramento no início da tarde deste domingo, diante de uma extensa delegação de convidados internacionais. Petro substitui o impopular Iván Duque e governará por quatro anos um país de 50 milhões de habitantes, que pela primeira vez entrará no giro à esquerda da região.

Com a faixa presidencial, Petro herda os desafios de superar a crescente violência que ceifou a vida de mais de 560 defensores de direitos humanos desde 2016, a inflação mais alta das últimas duas décadas e a busca por consenso em um país dividido.

No entanto, vários setores temem ser afetados pelo novo governo e seu objetivo de realizar reformas na agricultura, na produção de energia, na polícia, na previdência e na arrecadação de impostos. Mas entre seus eleitores há esperança: Petro prometeu a eles uma nação com menos desigualdade, que garantirá os direitos de todos os seus cidadãos - especialmente os mais vulneráveis - e que dará prioridade ao meio ambiente.

"Vai começar o primeiro governo que esperamos que seja da paz. Que possa trazer à Colômbia o que têm faltado durante séculos que é a tranquilidade e a paz. Aqui inicia um governo que luta por justiça ambiental", disse Petro no sábado, 6, em um ato na capital Bogotá.

Antes da posse oficial, Petro participou de uma primeira cerimônia simbólica de posse perante o povo indígena Arauhaco, em Serra Nevada de Santa Marta, no norte do país. Um dos mamos - a mais alta hierarquia da comunidade - pediu-lhe que respondesse às exigências da sociedade e deu-lhe uma bengala que representa a sabedoria.

Expectativas

Ele que foi o líder da oposição nas últimas décadas assume com uma bateria de reformas em mente e as expectativas de metade do país que optou por ele na votação de 19 de junho. Com Petro, a ambientalista Francia Márquez, de 40 anos, será alçada à primeira vice-presidente afro de uma nação que historicamente esteve governada pelas elites de homens brancos.

A Colômbia entra em um período de mudanças, com um esquerdista no comando, um Congresso a seu favor e uma oposição enfraquecida diante do declínio do ex-presidente Álvaro Uribe, entre 2002 e 2010, o chefe da direita tradicional do país.

Petro parte de uma posição invejável, com a maioria ampla no Congresso e, em relação às ruas, conta com apoio que nenhum governo anterior teve nos últimos anos, comenta o analista Jorge Restrepo, do Centro de Recursos para el Análisis de Conflictos (Cerac).

O presidente reuniu um governo de diversas tendências, com mulheres à frente de vários ministérios e a missão de levar à diante reformas que começarão no período legislativo a partir desta segunda-feira, 8. Entre elas estão o projeto que eleva os impostos aos mais ricos, reduz a arrecadação e tributa bebidas açucaradas, em busca de recursos para os projetos sociais.

"O nível de endividamento e o déficit fiscal que encontramos para o próximo quadriênio são críticos", assegura Daniel Rojas, um dos coordenadores da comissão de transição do governo de Duque.

Ainda assim, Petro propõe reduzir a distância entre ricos e pobres, uma das mais amplas do continente junto com a do Brasil, com maior acesso ao crédito, subsídios e educação pública.

Desafios

Depois dos estragos da pandemia da covid-19, a economia recupera o crescimento apesar da inflação, que alcançou em julho 10,2% na variação interanual, o desemprego (11,7%) e a pobreza que castiga a 39% da população.

"As pessoas esperam que ocorra logo algumas das mudanças prometidas durante a campanha, que somado à situação econômica, gera um ambiente de tensão", diz Patrícia Muñoz, cientista política da Universidad Javeriana.

Na frente internacional, Petro reativará as relações diplomáticas e comerciais com o governo de Nicolás Maduro na Venezuela, rompidas desde 2019, e buscará apoio para retomar as conversações de paz com o Exército de Liberación Nacional (ELN), a última guerrilha reconhecida no país.

Embora o acordo de paz com as Farc, antiga organização armada de extrema esquerda, tenha reduzido a violência, a Colômbia ainda não conseguiu extinguir o último conflito armado interno no continente.

Segundo a analista política Sandra Borda, o objetivo de melhorar as relações com a Venezuela está ligado à possibilidade desse país facilitar o diálogo com o ELN. Após ser eleito, Petro adotou uma postura mais moderada em algumas questões, disse, e buscou o diálogo com seus adversários políticos.

Além do ELN, poderosos traficantes como o Clã del Golfo, chefiado pelo capo 'Otoniel', extraditado este ano para os Estados Unidos, impõem sua lei em várias áreas do país.

O grupo anunciou neste domingo um cessar "unilateral de hostilidades ofensivas", para buscar os "caminhos da paz", a partir do início de "uma era distinta" na Colômbia, com a posse de Petro. "Por fim, termina o regime do presidente (Iván) Duque", aponta no início o comunicado daquele que é considerado o maior grupo criminoso do país sul-americano.

As dissidências que se marginalizaram do pacto de paz também desafiam o estado graças aos recursos do garimpo ilegal e principalmente do narcotráfico.

Petro também recebe um país com a maior produção de cocaína do mundo, para o qual propôs repensar a fracassada política de proibição das drogas em conjunto com os Estados Unidos, principal consumidor do derivado da folha de coca.

Juntamente com o convite para dialogar com o ELN, Petro vai propor aos grupos armados que se rendam em troca de benefícios criminais, enquanto reforma ou dissolve a tropa de choque implicada em violações de direitos humanos durante a repressão aos protestos massivos dos últimos anos.

Também "veremos uma lenta mudança nas forças militares, mas acho que podemos afastar algum tipo de agitação pública, insurreição, greve ou queda na atividade operacional", diz o analista da Cerac. (COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS)

A hegemonia verde e amarela na Copa América Feminina está em jogo. Neste sábado (30), o Brasil decide o título da competição sul-americana diante da Colômbia, anfitriã do torneio, a partir das 21h (horário de Brasília), no estádio Alfonso López, em Bucaramanga. A expectativa é de casa cheia. Os 22 mil ingressos colocados à venda estão esgotados.

As brasileiras são as maiores vencedoras da Copa América, com sete títulos em oito edições, deixando a taça escapar somente em 2006. As colombianas foram vice-campeãs em 2010 e 2014, em disputas onde não houve decisão e sim um quadrangular final, onde o ganhador foi conhecido em pontos corridos.

##RECOMENDA##

As equipes chegam à final com campanhas parecidas. Ambas ganharam os cinco jogos disputados, com leve superioridade brasileira nas estatísticas. As comandadas de Pia Sundhage marcaram 19 gols e não sofreram nenhum, enquanto as colombianas balançaram as redes 14 vezes e foram vazadas outras três. A classificação à decisão garantiu as duas seleções na Copa do Mundo do ano que vem, em Austrália e Nova Zelândia, e na Olimpíada de Paris (França).

Pia não tem desfalques para o confronto. A volante Duda Santos, ausente do banco de reservas na vitória por 2 a 0 sobre o Paraguai, na semifinal, devido a um problema intestinal, está novamente à disposição, assim como a atacante Gio Queiroz, recentemente convocada para o Mundial sub-20 deste ano, recuperado de uma pancada na panturrilha.

Se mantiver a base que tem atuado na competição, a técnica sueca escalará o Brasil com: Lorena; Antônia, Tainara, Rafaelle e Tamires; Angelina, Ary Borges, Adriana e Kerolin; Debinha e Bia Zaneratto. 

Em busca de um título inédito, a Colômbia também terá força máxima. A equipe dirigida por Nelson Abadía possui oito atletas que jogam no futebol espanhol, entre elas a goleira Catalina Pérez (Real Betis), a lateral Manuela Vanegas (Real Sociedad) e a meia Leicy Santos (Atlético de Madri). Duas defendem clubes brasileiros: a zagueira Mónica Ramos (Grêmio) e a meia Liana Salazar (Corinthians). As duas protagonistas, porém, atuam na liga local: as atacantes Catalina Usme (América de Cali) e Linda Caicedo (Deportivo Cali). Esta última, de 17 anos, é considerada a revelação da Copa América e está na mira do Barcelona (Espanha).

A provável escalação colombiana neste sábado terá: Catalina Pérez; Jorelyn Carabalí; Daniela Arias, Mónica Ramos e Manuela Vanegas; Lorena Bedoya, Daniela Montoya e Leicy Santos; Linda Caicedo, Catalina Usme e Mayra Ramírez.

A vice-presidente eleita da Colômbia, Francia Márquez, cumpre agenda no Brasil nesta terça (26) e quarta-feira (27). Na terça, Francia Márquez estará em São Paulo, na sede da Fundação Perseu Abramo. Pela manhã, Francia vai se reunir com a ex-presidente Dilma Rousseff. O encontro está previsto para iniciar por volta das 11h.

A vice-presidente eleita também vai encontrar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Segundo o Instituto Lula, as conversas devem abordar os mecanismos de integração da América do Sul.

##RECOMENDA##

Na agenda de Francia Márquez durante a passagem pelo Brasil também tem reuniões com Nilma Gomes, ex-ministra das Mulheres, Igualdade Racial e dos Direitos Humanos, com representantes do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) e também do Movimento Negro.

A Polícia Federal em Manaus cumpriu nesta sexta-feira, 22, mandado de busca e apreensão contra Rubens Dario da Silva Villar, o 'Colômbia' - apontado como financiador da pesca ilegal no Vale do Javari e citado em meio às investigações do assassinato do indigenista Bruno Pereira e do jornalista britânico Dom Philips.

De acordo com os investigadores, a diligência foi realizada no âmbito da investigação que apura uso de documento falso - Colômbia foi preso em flagrante ao apresentar documento falso aos policiais quando compareceu à delegacia da PF para 'negar envolvimento' com o assassinato de Bruno e Dom.

##RECOMENDA##

Durante a busca, os agentes encontraram 'inúmeros documentos com locais de nascimento e nacionalidades diversas', além de um 'Registro Administrativo de Nascimento de Índio (RANI) onde o investigado afirma ter nascido na Comunidade Indígena Boa Vista, Terra Indígena Boa Vista, tribo indígena Kokama', diz a PF.

"Os fatos denotam que o nacional se utiliza deliberadamente da falsificação de documentos para obter benefícios diversos", registrou a corporação em nota.

O mandado de busca contra 'Colômbia' foi cumprido no mesmo dia em que a Justiça Federal no Amazonas colocou no banco dos réus Amarildo da Costa Oliveira, 'Pelado', Oseney da Costa de Oliveira, 'Dos Santos', e Jefferson da Silva Lima, 'Pelado da Dinha', pelos assassinatos a tiros de Bruno e Dom.

Segundo denúncia apresentada pelo Ministério Público Federal, os tiros disparados pelos acusados destinavam-se ao ex-servidor da Funai e a morte do britânico se deu para 'assegurar a impunidade de tal crime'.

Em uma peça de 23 páginas, a Procuradoria indicou que a decisão de matar Bruno 'decorreu do fato de a vítima ter tirado fotografia de Amarildo e de sua embarcação, afirmando que aquela era a 'embarcação do invasor' - informações que constam da confissão do pescador. "Motivo fútil, portanto", indica a denúncia em referência a primeira qualificadora dos crimes de homicídio imputados ao trio acusado.

No entanto, segundo cota apresentada junto à denúncia as investigações sobre o caso seguem, 'a fim de esclarecer a autoria e participação dos demais agentes na prática da ocultação dos cadáveres e do próprio homicídio'.

Foi determinada a transferência, de Tabatinga para Manaus, de 'Pelado', 'Dos Santos' e 'Pelado da Dinha'. A Justiça Federal atendeu um pedido da Polícia Federal, com parecer favorável do Ministério Público Federal, apontando que, em Tabatinga, há 'problemas variados, não só falta de vagas, mas também resgates possíveis'. Além do trio denunciado pelo MPF, a decisão também atingiu 'Colômbia'.

De acordo com a PF, 'Dos Santos' e 'Pelado da Dinha' serão transferidos para Manaus neste sábado, 23, com previsão de chegada às 13h30.

Em culto evangélico em Taguatinga, região administrativa do Distrito Federal, o presidente Jair Bolsonaro voltou a atacar o presidente eleito da Colômbia, Gustavo Petro. "Olhem o que está acontecendo no Chile, para onde começa a ir a nossa Colômbia, depois da eleição de alguém que não tem Deus no coração", afirmou, sobre o ex-guerrilheiro que representou a chegada da esquerda ao poder no país vizinho pela primeira vez.

A reunião com José Arruda, irmão do guarda municipal petista Marcelo Arruda, assassinado a tiros em sua festa de aniversário por um militante bolsonarista, também foi alvo de comentários do chefe do Executivo.

##RECOMENDA##

"Conversamos com o irmão daquele que faleceu, onde a imprensa tentou botar no meu colo a responsabilidade pelo episódio lamentável e injustificável. Brigas existem, mas como aquela não tem explicação, do nada. Do nada, deixando chefe de família morto, não interessa coloração político-partidária daquela pessoa", afirmou. "Destruímos narrativas, mostramos que me interessa conversar com ele para prestar solidariedade, e ele veio falar comigo com irmão assassinado", acrescentou.

Mais cedo, o deputado federal bolsonarista Otoni de Paula (MDB-RJ), intermediador da reunião, revelou que Bolsonaro prestou solidariedade à família enlutada e reconheceu que o aniversariante foi a única vítima do caso.

Combustíveis

Aos presentes, Bolsonaro renovou a retórica conservadora e voltou a comemorar a redução do preço dos combustíveis na ponta da linha após políticas de desoneração. "A inflação será negativa nesse mês que estamos, os combustíveis estão despencando. Não é fácil enfrentar um lobby tão poderoso como esse, dos combustíveis", declarou o presidente, acompanhado pelo ministro-chefe da Casa Civil, Ciro Nogueira, e pelo ex-senador Magno Malta (PL-ES), que tentará voltar ao antigo cargo neste ano.

Após o culto, Bolsonaro segue rumo ao estádio Mané Garrincha para assistir ao jogo do Flamengo contra o Juventude, pelo Campeonato Brasileiro.

A apoiadores em frente ao Palácio da Alvorada, no conhecido "cercadinho", o presidente Jair Bolsonaro deu, na manhã desta segunda-feira (20), sua primeira declaração pública sobre a eleição do político de esquerda Gustavo Petro como presidente da Colômbia, anunciada ontem. "É um ex-guerrilheiro do MIR, Movimento de Esquerda Revolucionário", limitou-se a dizer o chefe do Executivo.

Na verdade, Petro era parte do grupo guerrilheiro colombiano M-19, e não do MIR. O MIR foi um movimento chileno do qual fizeram parte os sequestradores do empresário Abílio Diniz em 1989.

##RECOMENDA##

Nem Bolsonaro, nem o Ministério das Relações Exteriores se pronunciaram oficialmente até o momento sobre o resultado das eleições colombianas. Petro foi eleito ontem presidente da Colômbia com margem apertada, de 50,44% dos votos válidos no segundo turno, e derrotou o populista de direita Rodolfo Hernández. O vice-presidente Hamilton Mourão (Republicanos), por sua vez, desejou mais cedo "sorte" ao vencedor.

Por outro lado, como mostrou o Broadcast Político, o chefe do Executivo expôs a aliados sua preocupação com a vitória de Petro. Em mensagem a um grupo reservado no WhatsApp, Bolsonaro compartilhou reportagem que informava a chegada do primeiro governo de esquerda no país vizinho. "Cuba... Venezuela... Argentina... Chile ... Colômbia... Brasil???", acrescentou Bolsonaro ao link, em referência à possibilidade de a esquerda voltar ao poder também no Brasil com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), seu principal adversário nas eleições deste ano.

Eleições 2022

Aos apoiadores presentes, Bolsonaro comentou a declaração de Lula de que teria, em 1998, intercedido junto ao então presidente Fernando Henrique Cardoso (FHC) e ao então ministro da Justiça Renan Calheiros (MDB) em favor dos sequestradores de Abílio Diniz, presos desde 1989, ano do crime. "Deu recado aos narcotraficantes e bandidos do Brasil que estamos juntos, entenderam?", afirmou o presidente.

A vitória do novo presidente da Colômbia, Gustavo Petro, não foi comentada por Jair Bolsonaro (PL), mas deixou os filhos do presidente revoltados. Apesar de pregar a soberania nacional, os representantes da extrema-direita criticaram a eleição colombiana e insinuam que a América do Sul está em risco.  

Aos 62 anos, Petro se tornou o primeiro Presidente da esquerda na Colômbia após três tentativas. Ao lado da vice, Francia Márquez, ele defende o meio ambiente através da produção de energia limpa e o aumento de impostos para os ricos, sem desrespeitar a propriedade privada.  

##RECOMENDA##

LeiaJá também: Francia Márquez, a 1ª vice-presidente negra da Colômbia

Após o resultado desse domingo (19), o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) foi ao Twitter para atacar os eleitores do colombiano e seus apoiadores no Brasil. A vitória foi celebrada por Lula (PT) e Ciro Gomes (PDT), os dois pré-candidatos que mais ameaçam a reeleição de Bolsonaro, como mostram as pesquisas

"A responsabilidade do eleitor brasileiro só aumenta. Já não é mais 'tão somente' pelo Brasil, é por toda a região [...] o voto de esquerda são pessoas mal informadas ou sem caráter, que podem votar mesmo num condenado ou guerrilheiro", apontou em uma série de publicações ao citar a atuação do chefe de Estado colombiano no antigo M-19. 

[@#video#@]

O senador Flávio (PL-RJ) se poupou a repostar as críticas dos irmãos e endossou o discurso do caçula na política, o vereador Carlos (Republicanos-RJ). “O voto 'lulo' pregado pelos “isentões” e pelos faria lulers no Brasil fez mais um na América Latina. Nada disso tem a ver com Jair Bolsonaro, mas somente com você! Basta olhar as catástrofes que nossos vizinhos estão sofrendo ou já sofreram. A escolha é dos senhores!”, pressionou o parlamentar da Câmara Municipal do Rio de Janeiro. 

[@#podcast#@]

Os pré-candidatos à presidência do Brasil Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Ciro Gomes (PDT) celebraram, em suas contas do Twitter, a vitória do esquerdista Gustavo Petro nas eleições presidenciais da Colômbia. Petro derrotou o populista de direita Rodolfo Hernández com 50,51% dos votos.

O ex-presidente Lula felicitou Petro, a vice-presidente eleita Francia Márquez e "todo o povo colombiano". "A sua vitória fortalece a democracia e as forças progressistas na América Latina", escreveu o petista.

##RECOMENDA##

Ciro, por sua vez, parabenizou o presidente eleito e os colombianos, aproveitando para criticar o candidato derrotado, Hernández. "É sempre motivo de alegria quando um dinossauro de direita some do mapa". No entanto, o pedetista sinalizou que a vitória nas eleições não é o suficiente. "Para a esquerda, não basta vencer. É preciso governar bem. Só assim os monstros não voltam", acrescentou.

Por décadas, a Colômbia tem sido governada pela direita. Gustavo Petro, ex-guerrilheiro do M-19 - uma guerrilha nacionalista que assinou um acordo de paz em 1990 -, se tornou o primeiro presidente de esquerda eleito na história do país, aprofundando um ciclo eleitoral que tem eleito esquerdistas na América Latina.

Pela primeira vez na história da Colômbia uma mulher negra será a vice-presidente do país. Francia Márquez, uma ativista ambiental do Departamento de Cauca, no sudoeste da Colômbia, tornou-se um fenômeno nacional, mobilizando as bases eleitorais da esquerda e cavando espaço na chapa de Gustavo Petro.

Márquez, de 40 anos, escolheu concorrer ao cargo "porque nossos governos deram as costas ao povo, à justiça e à paz". Ela cresceu dormindo no chão de terra batida em uma região castigada pela violência relacionada ao longo conflito interno do país. Engravidou aos 16 anos, foi trabalhar nas minas de ouro locais. Em 2019, sobreviveu a um ataque com granadas e tiros de fuzil. Queriam matá-la por sua defesa diante do avanço da mineração ilegal.

##RECOMENDA##

Críticos a consideram "divisiva", alguém que tem dificuldade para forjar alianças. Ela também nunca ocupou um cargo político. Para Sergio Guzmán, diretor da Colombia Risk Analysis, "há muitas dúvidas sobre se Francia seria capaz de ela gerenciar a política econômica, ou política externa, de forma a dar continuidade ao país". (Com agências internacionais)

 

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Uma espécie de tubarão com dentes chatos que viveu há milhões de anos foi identificada pela primeira vez no nordeste da Colômbia, a partir de numerosos fósseis, informou à AFP um dos pesquisadores responsáveis pela descoberta.

A espécie, batizada de 'Strophodus rebecae' foi encontrada no município de Zapatoca, departamento de Santander. Estudos revelam que viveu há 135 milhões de anos, media entre quatro e cinco metros e possuía dentes semelhantes a peças de dominó, que lhe serviam para esmagar o alimento, mais do que para cortar e rasgá-lo como os tubarões atuais, de dentes afiados, aponta a pesquisa.

Os paleontólogos Edwin Cadena, da Universidade do Rosario, e Jorge Carrillo, da Universidade de Zurique, Suíça, trabalharam por quase 10 anos naquela área para concretizar a descoberta.

“São muitos indivíduos, fósseis encontrados em diferentes pontos ao redor da área de Zapatoca, que, somados, estamos certos de que pertencem à mesma espécie", disse Cadena. Além disso, trata-se do primeiro registro de um peixe da família Strophodus no hemisfério sul do planeta, conhecido então como Gondwana e que era formado por América do Sul, África, Austrália, Índia e Antártica.

“Existem registros do mesmo gênero na América do Norte e na Europa, principalmente na Alemanha e na Suíça, mas este é o primeiro registro que temos de todo esse grupo de tubarões para a parte sul do planeta", explicou Cadena.

A descoberta permite estudar como era o ecossistema do mar cretáceo da Colômbia, os predadores e presas que o habitavam. “Esses tubarões certamente tiveram um papel ecológico importante, porque, com seus dentes, podiam esmagar presas como peixes, mas também invertebrados, e, por sua vez, servir de presas para grandes répteis que estavam nesse entorno, gerando um controle ecológico do ecossistema”, explicou Cadena.

Os fósseis estão na Universidade do Rosario, em Bogotá e fazem parte de sua coleção paleontológica, enquanto um museu é construído em Zapatoca com condições para exibi-los.

A revista científica "PeerJ" publicou a pesquisa colombiana.

Deputados criticaram em Plenário, nesta quarta-feira (23), a decisão da Corte Constitucional da Colômbia que descriminalizou o aborto realizado até a 24ª semana de gestação. A deputada Chris Tonietto (UNIÃO-RJ) afirmou que a vida é iniciada na concepção e criticou a decisão do país vizinho. “Nós aqui, representantes do povo brasileiro, temos que estar atentos! Fica aqui o meu repúdio a essa legalização do aborto na Colômbia”, afirmou.

Na avaliação do deputado Otoni de Paula (PSC-RJ), a decisão deixou a América Latina de luto. Ele defendeu ainda que, na 24ª semana, o bebê já tem a sua constituição completa. “É lamentável o que está acontecendo nas Américas. É lamentável esse ativismo judicial da morte”, disse.

##RECOMENDA##

Ele lembrou que o presidente da República, Jair Bolsonaro, também se manifestou contrário à descriminalização do aborto e à decisão da corte colombiana.

O deputado Eli Borges (Solidariedade-TO) afirmou que “lamenta profundamente” a decisão do país vizinho. “Lamento aquela lei, aquela visão. São criaturas que já estão devidamente formadas na barriga da mãe. E ela não é a proprietária, ela é apenas uma extensão, ela apenas empresta o seu corpo”, afirmou.

A decisão também foi condenada pelo deputado Marcel van Hattem (Novo-RS). “Um absurdo contra a vida se permitir que se cometa esse crime contra vidas humanas até o sexto mês de gravidez”, disse. Ele disse ainda que a descriminalização de aborto nos Estados Unidos trouxe consequências muitos ruins como traumas para as mulheres que realizaram o procedimento sem a necessária reflexão e a lucratividade altíssima das clínicas que realizam esses procedimentos.

Ao comentar a decisão da Colômbia, o deputado Neucimar Fraga (PSD-ES) aproveitou para defender o direito das mulheres à cesárea eletiva no Brasil. “Foi aprovado na Colômbia agora o direito de a mulher fazer aborto, assassinar o seu filho, enquanto nós temos mulheres no Brasil que querem salvar os seus filhos em um parto e, muitas vezes, a saída é a cesárea”, disse.

*Da Agência Câmara de Notícias

 

Páginas

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando