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O presidente Lula (PT) embarcou nesta terça-feira (11) para a China, onde vai se reunir com o presidente Xi Jinping. A viagem estava prevista para acontecer ainda em março, mas foi adiada devido a uma pneumonia, poucos dias antes da partida.

O objetivo da viagem é consolidar uma via de mão dupla com a China, estreitando as relações comerciais entre os países. Confira abaixo a lista completa dos políticos que acompanham Lula na visita:

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Ministros

Fernando Haddad (Fazenda);

Marina Silva (Meio Ambiente e Mudança do Clima);

Carlos Fávaro (Agricultura e Pecuária); Luciana Santos (Ciência, Tecnologia e Inovação);

Mauro Vieira (Relações Exteriores);

Paulo Teixeira (Desenvolvimento Agrário);

Wellington Dias (Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome).

Governadores

Helder Barbalho (MDB-Pará);

Carlos Brandão (PSB-Maranhão);

Elmano Freitas (PT-Ceará);

Fátima Bezerra (PT-Rio Grande do Norte);

Jerônimo Rodrigues (PT-Bahia).

Senadores

Presidente Rodrigo Pacheco (PSD-MG);

Jaques Wagner (PT-BA);

Eliziane Gama (Cidadania-MA);

Confúcio Moura (MDB-RO);

Augusta Brito (PT-CE);

Irajá (PSD-TO);

Jussara Lima (PSD-PI).

Deputados

Júlio César (PSD-PI);

Fábio Macedo (Podemos-MA);

Luis Tibé (Avante-MG);

Jandira Feghali (PCdoB-RJ);

Fausto Pinato (PP-SP);

Heitor Schuch (PSB-RS);

Tabata Amaral (PSB-SP);

André Janones (Avante-MG);

Daniel Almeida (PCdoB-BA);

Maria Arraes (SD-PE);

Renildo Calheiros (PCdoB-PE);

Pedro Campos (PSB-PE);

Gutemberg Reis (MDB-RJ);

Vander Loubet (PT-MS);

Antônio José Albuquerque (PP-CE);

Bruno Farias (Avante-MG);

Eduardo da Fonte (PP-PE);

Iza Arruda (MDB-PE);

Lula da Fonte (PP-PE);

Neto Carletto (PP-BA).

Na viagem remarcada à China, prevista para semana que vem, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva ampliou o número de convidados para integrar a comitiva presidencial. De acordo com lista obtida pelo Broadcast Político, foram convidados 37 parlamentares.

Dentre eles, estão 29 deputados, incluindo o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e 8 senadores, contando com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG). O deputado federal Cleber Verde (Republicanos-MA), que está entre os convidados, apoiou o ex-presidente Jair Bolsonaro nas eleições de 2022.

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A comitiva está prevista para embarcar na próxima terça-feira (11) no período da manhã. Já no dia 15, Lula deve ir com a delegação brasileira a Abu Dhabi, nos Emirados Árabes, com volta prevista ao Brasil para o dia 16.

A viagem tinha sido inicialmente programada para o dia 25 de março. Contudo, Lula foi diagnosticado com pneumonia e influenza A, o que adiou a ida ao país asiático.

Conforme mostrou o Estadão/Broadcast, na viagem prevista para março à China, a comitiva presidencial previa 34 parlamentares, além de 200 empresários.

Confira a lista de deputados e senadores convidados a integrar a comitiva presidencial, obtida pela reportagem:

- Arthur Lira (PP-AL) - Presidente da Câmara dos Deputados

- Fausto Pinato (PP-SP) - Presidente da Frente Parlamentar Brasil/China

- Carlos Zarattini (PT-SP) - Vice-Presidente da Frente Parlamentar Brasil/China

- Vander Loubet (PT-MS) - Vice-Presidente da Frente Parlamentar Brasil/China

- Luiz Fernando Faria (PSD-MG) - Vice-Presidente da Frente Parlamentar Brasil/China

- Gutemberg Reis (MDB-RJ) - Vice-Presidente da Frente Parlamentar Brasil/China

- Zeca Dirceu (PT-PR) - Líder do PT na Câmara dos Deputados

- Daniel Almeida (PCdoB-BA) - Vice Líder do Governo no Congresso Nacional

- Eduardo da Fonte (PP-PE)

- Júlio César (PSD-PI)

- Paulo Alexandre Barbosa (PSDB-SP) - Presidente da Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional

- Isnaldo Bulhões Jr. (MDB-AL) - Líder do MDB

- José Guimarães (PT-CE) - Líder do Governo na Câmara

- Alex Manente (Cidadania-SP) - Líder do Cidadania

- André Figueiredo (PDT-CE) - Líder do PDT

- Fábio Macedo (PODE-MA) - Líder do Podemos

- Fred Costa (Patriota-MG) - Líder do Patriota

- Jandira Feghali (PCdoB-RJ) - Líder do PCdoB

- Luis Tibé (Avante-MG) - Líder do Avante

- Túlio Gadêlha (Rede-PE) - Representante da Rede

- Lula da Fonte (PP-PE)

- Deputada Iza Arruda (MDB-PE)

- Deputado Cleber Verde (Republicanos-MA)

- Deputado AJ Albuquerque (PP-CE)

- Pedro Campos (PSB-PE) - Vice-líder do PSB

- Tabata Amaral (PSB-SP) - Vice-líder do PSB

- Renildo Calheiros (PCdoB-PE) - Vice-líder do Governo na Câmara

- André Janones (Avante-MG) - Vice-líder do Avante

- Heitor Schuch (PSB-RS), Presidente da Comissão de Indústria, Comércio e Serviços

- Senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG) - Presidente do Senado Federal

- Senador Renan Calheiros (MDB-AL) - Presidente da Comissão Relações Exteriores

- Senador Vanderlan Cardoso (PSD-GO) - Presidente da Comissão de Assuntos Econômicos

- Senadora Eliziane Gama (PSD-MA) - Líder Bloco Parlamentar da Resistência Democrática

- Senador Jaques Wagner (PT-BA) - Líder do Governo

- Senador Randolfe Rodrigues (REDE-AP) - Líder do Governo no Congresso

- Senadora Augusta Brito (PT-CE)

- Senadora Jussara Lima (PSD-PI)

O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, decolou, nessa segunda-feira (20), para a China, uma semana antes da visita de Estado que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva fará em Pequim e Xangai. Documentos a que o Estadão teve acesso revelam que Fávaro leva 102 representantes do setor privado, entre eles grandes agentes agroexportadores, sobretudo de carne bovina, e busca uma extensa agenda, que inclui coquetel na embaixada na capital chinesa e reuniões com autoridades, empresas e associações.

A viagem serve para o governo tentar reforçar o apoio ao agronegócio, que, na eleição, manifestou predileção a Jair Bolsonaro (PL), e se dá dias após o Movimento dos Sem Terra (MST) invadir terras produtivas, o que levou a críticas do segmento. A delegação oficial do ministério tem 15 integrantes. O restante, do setor privado, acompanha a missão.

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De acordo com o documento obtido pela reportagem, são 43 representantes de exportadores de carne bovina, 21 de suínos e aves, cinco de algodão, cinco de insumos, quatro de celulose, um de óleos vegetais (soja), um de arroz e um de reciclagem animal, além de 21 de entidades multissetoriais, como a Confederação Nacional da Agricultura (CNA) e a Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB).

Compõem a delegação empresarial do agro executivos das principais empresas brasileiras, como BRF, Friboi, Minerva e J&F. Estão na lista os irmãos Joesley Batista e Wesley Batista, da J&F, que sacudiram o mundo político com uma delação premiada, em 2017.

A denúncia atingiu desde o então presidente da República, Michel Temer (MDB), a quem Joesley gravou clandestinamente no Palácio do Jaburu, além de governadores, deputados e senadores, de diversos partidos. O grupo denunciou ter repassado, de forma ilícita, quase R$ 600 milhões a campanhas eleitorais de 1.829 candidatos e 28 partidos.

Os relatos foram questionadas posteriormente, e os irmãos da holding J&F acabaram acusados de omitir informações. A Procuradoria-Geral da República (PGR) chegou a rescindir a delação. Em 2020, o ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), homologou a manutenção do acordo, mas os irmãos Batista tiveram de pagar R$ 1 bilhão em multa e cumprir prisão domiciliar. Procurada, a J&F não quis comentar a participação na viagem.

Além deles, constam na lista do ministério representantes da Maggi, Kleverson Scheffer - ele é filho de Eraí Maggi, conhecido como rei da soja e primo do ex-ministro Blairo Maggi -; e do grupo Caoa, Carlos Alberto de Oliveira Andrade Filho.

À frente

Fávaro realiza uma missão precursora à visita presidencial. O presidente desembarcará em Pequim no fim do dia 26 e participará de encontros com o presidente chinês, Xi Jinping, no dia 28, seguido de um banquete oferecido em sua homenagem. Lula se reunirá com empresários chineses e a comitiva brasileira, no dia 29. Serão cerca de 500 empresários em um seminário promovido pela Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex Brasil).

A missão da Agricultura só terá folga no fim de semana anterior ao desembarque de Lula, conforme o programa previsto obtido pela reportagem. No dia seguinte à chegada a Pequim, após dois dias de deslocamento, eles terão uma série de reuniões com associações de fabricantes de pesticidas e fertilizantes, entre elas a Croplife Asia e a Sinofert, além da Associação Chinesa da Soja. O embaixador Marcos Galvão vai oferecer um coquetel, na noite do dia 23, à delegação ministerial e à comitiva de empresários.

No dia 24, eles participam de seminários no Hotel St. Régis, que também será a base de Lula em Pequim - um com a participação de representantes chineses, como a Associação Chinesa para a Promoção da Cooperação Agrícola Internacional, e também de um banco que financia o setor, o Agricultural Bank of China. O dia terá um foco especial para os frigoríficos. A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) e a Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec) promoverão um coquetel, após o seminário.

Visita técnica

Haverá ainda visitas técnicas organizadas pela Apex e fóruns sobre iniciativas verdes, de desenvolvimento sustentável e reuniões sobre agricultura de baixo carbono. O governo quer habilitar mais plantas exportadoras, abrir o mercado para novos produtos, discutir barreiras sanitárias e flexibilizar os protocolos chineses de importação. Em janeiro, a China autorizou a reabilitação de três plantas exportadoras de carne de aves e bovina do Brasil, dias após a posse de Lula. Havia negociações em curso para ampliar em mais oito produtores.

Porém, toda a exportação originária do Brasil para a China foi suspensa em fevereiro, por causa da descoberta de um caso atípico do mal da vaca louca. A doença, porém, foi motivada pela idade, sem risco de contágio. Os frigoríficos brasileiros pleiteiam que as restrições, após descoberta de algum caso, sejam aplicadas somente a uma determinada região em vez de indiscriminadamente.

Recorde

Uma das demandas é a digitalização e simplificação de processos, além da abertura de mercados para mais produtos. A comitiva empresarial já atingiu a marca de 240 empresários inscritos, sendo considerada recorde pelo governo. Como o Estadão revelou, representantes de diferentes setores disputam espaço e prestígio para serem incluídos, o que o vice Geraldo Alckmin chamou de "overbooking".

O secretário Daniel Fernandes, do Departamento de Promoção Comercial, Investimentos e Agricultura do Itamaraty, disse que o governo não vai custear passagens nem hospedagens. "É um número muito grande (de empresários)", afirmou. "A procura é impressionante", disse Fernandes.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O Tribunal de Contas da União afirmou à Secretaria-Geral da Presidência da República e à Comissão de Ética Pública que 'o recebimento de presentes de uso pessoal com elevado valor comercial' por integrantes de missão diplomática 'extrapola os limites de razoabilidade' e está em 'desacordo com o princípio da moralidade pública', cabendo a entrega do bem à União.

O entendimento foi fixado no bojo de uma ação sobre o recebimento, por integrantes da comitiva que acompanhou o ex-presidente Jair Bolsonaro em viagem a Doha em 2019, de relógios de luxo, das marcas Hublot e Cartier, cujo valor pode chegar a R$ 100 mil.

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A Corte de Contas ainda recomendou à Comissão de Ética Pública da Presidência que aperfeiçoe a regulamentação sobre critérios para aceitação de presentes dados por autoridades estrangeiras a agentes de missões diplomáticas, 'especialmente quanto ao respectivo limite de valor comercial, em conformidade com os princípios de moralidade e razoabilidade'.

A decisão segue em parte a conclusão da Secretaria de Controle Externo de Governança, Inovação e Transformação Digital do Estado - área técnica do CTU - que chegou a defender que os ex-ministros Onyx Lorenzoni, Augusto Heleno, Ernesto Araújo, Gilson Machado Guimaraes Neto, o ex-deputado Osmar Terra, o almirante Sergio Ricardo Segovia Barbosa, e o ex-secretário de Desenvolvimento da Indústria e Comércio e Diretor de Programas no Ministério da Economia Caio Megale devolvessem os presentes recebidos durante a missão diplomática.

Com exceção dos dois primeiros, todos admitiram ter recebido relógio Cartier ou de outra marca, possuindo, segundo a secretaria, 'o dever ético de devolver os respectivos presentes'. Onyx Lorenzoni e Augusto Heleno silenciaram quanto à especificação dos presentes recebidos durante a viagem.

Ao propor que os aliados de Bolsonaro devolvessem os relógios de luxo que receberam durante a viagem a Doha, a área técnica destacou que o valor dos presentes doados pelo governo do país árabe é extremamente alto.

"Não se trata de peças alusivas à cultura brasileira e/ou confeccionadas em materiais originários do Brasil, em gesto de cortesia no exercício regular de funções diplomáticas, mas sim de relógios, cujo valor unitário é maior, por exemplo, do que o teto constitucional dos Ministros do STF, equivalente a 45 salários-mínimos. Além disso, não se sabe ao certo quantos relógios foram distribuídos, tendo-se notícia de que teriam sido recebidos nove. Todo esse valor poderia, certamente, ser convertido em benefício da população, caso os relógios fossem devolvidos à Presidência da República", sustentou a secretaria.

O caso tramitou no TCU sob relatoria do ministro Antonio Anastasia. Ao analisar a proposta da área técnica para determinação de entrega dos bens, o ministro entendeu ser 'mais adequado' dar ciência à Secretaria-Geral da Presidência da República e à Comissão de Ética Pública, 'em reforço ao caráter pedagógico da presente ação de controle'. Ainda de acordo com o integrante do TCU, tal movimento 'não impede a adoção das providências administrativas cabíveis para a entrega dos bens à União, nos casos dos agentes públicos que receberam presentes de uso pessoal com alto valor comercial e ainda não adotaram a referida medida saneadora'.

Segundo ele, a ação de controle tem como tema 'o recebimento de presentes dados por autoridades estrangeiras nos casos protocolares em que houver reciprocidade', mas sua singularidade envolve o 'elevado valor dos bens dados à guisa de presentes pelo Estado estrangeiro, ainda que meramente protocolares, aos representantes do Governo brasileiro em missão diplomática, com valor estimado, a preços correntes, entre R$ 30 mil e R$ 100 mil'.

Ao analisar o caso, o ministro considerou que tanto a análise da unidade técnica da corte, como a avaliação feita por um dos conselheiros da Comissão de Ética Pública da Presidência da República 'assinalam a incompatibilidade entre o elevado valor comercial dos presentes e os propósitos almejados na sua permuta protocolar em reuniões diplomáticas'.

"O recebimento de presentes de uso pessoal com elevado valor comercial extrapola os limites de razoabilidade aplicáveis à hipótese de exceção prevista no art. 9o do Código de Conduta da Alta Administração Federal e no art. 2o, II, da Resolução CEP 3/2000 (troca protocolar e simbólica de presentes entre membros de missões diplomáticas), em desacordo com o princípio da moralidade pública, previsto no art. 37, caput, da Constituição Federal", ponderou.

COM A PALAVRA, CAIO MEGALE

"À época do recebimento do item, Caio Megale reportou imediatamente ao Comitê de Ética da Presidência da República para saber como proceder nessa situação. Em 3 de março de 2022, a Comissão de Ética Pública da Presidência havia entendido que os presentes não precisariam ser devolvidos. Mesmo assim, o economista optou por não fazer uso do objeto, que mantém-se intacto e embalado, sem nunca ter sido usado, caso houvesse mudança de orientação. Diante da nova recomendação do Tribunal de Contas da União (TCU), Megale irá devolver o relógio."

A comitiva do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania que vai apurar a situação da crise humanitária que atinge o povo Yanomami chegou neste domingo (29) a Roraima.

A secretária executiva do ministério, Rita Oliveira, disse que a expectativa é conseguir fazer um diagnóstico das violações de direitos humanos que estão afetando a população indígena Yanomami. “É um trabalho bastante amplo de diagnóstico fazendo escuta pública da sociedade civil e das lideranças indígenas. E, a partir dessas informações, voltar em um segundo momento para implementar as ações emergenciais que estão sendo planejadas pelo ministério”, afirmou a secretária.

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Entre as atividades da comitiva, ela destacou o mapeamento de equipamentos públicos em que seja possível implementar políticas de direitos humanos para essa populações e o mapeamento de informações com relação a pessoas que precisam ser imediatamente incluídas no sistema de proteção do ministério. “Tudo isso articulado com o Centro Operacional de Emergência em Saúde que já está atuando na região”, afirmou

Amanhã (30), a comitiva chega, pela manhã, no Distrito Sanitário Especial Indígena Yanomami onde ouvirá os líderes indígenas para conhecer as principais demandas. À tarde, haverá uma reunião na Casa Civil do Governo de Roraima para alinhamento de medidas em prol da comunidade indígena. Às 17h, está marcada uma reunião na Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) de Roraima para ouvir as necessidades do Conselho Estadual da Criança e do Adolescente, dos conselhos municipais, e conselhos tutelares.

A comitiva é formada pela secretária executiva do Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania, Rita Cristina de Oliveira; pelo secretário Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente, Ariel de Castro Alves; pela secretária Nacional de Promoção e Defesa dos Direitos Humanos, Isadora Brandão Araújo e pelo Ouvidor Nacional de Direitos Humanos, Bruno Renato Nascimento Teixeira. 

O trabalho da comitiva em Roraima segue até o dia 2 de fevereiro.

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), atendeu ao pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR) e deu cinco dias para o Planalto explicar a presença do vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ) na comitiva presidencial que esteve na Rússia no mês passado.

Em despacho nesta sexta-feira, 4, o ministro determina que a Presidência da República informe as "condições oficiais de participação" do filho do presidente Jair Bolsonaro (PL) na viagem, incluindo gastos, eventuais diárias pagas e a agenda cumprida.

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Moraes também notificou a Câmara Municipal do Rio a informar se Carlos pediu licença para viajar.

Cobrada a dizer se vê ou não elementos para abrir uma investigação sobre a viagem, a PGR pediu para ouvir o Planalto antes de apresentar seu parecer. Em manifestação preliminar, no entanto, a subprocuradora-geral da República Lindôra Araújo sinalizou que não encontrou indícios de crime para instaurar um inquérito.

O pedido de investigação foi feito pelo senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) no inquérito das milícias digitais, que se debruça sobre a atuação de grupos organizados na internet para promover desinformação e ataques contra a democracia.

Ao acionar o STF, o senador afirmou que "os principais ataques hackers" têm origem na Rússia. Também lembrou que Carlos Bolsonaro e Tércio Arnaud foram apontados na CPMI das Fake News como integrantes do chamado gabinete do ódio - estrutura que agiria de dentro do Planalto para patrocinar investidas contra opositores do governo nas redes sociais.

Na avaliação a subprocuradora, no entanto, não há ‘elementos mínimos indiciários de qualquer prática delitiva’ que justifiquem uma apuração.

Lindôra também chegou a sugerir a redistribuição da representação. O pedido foi enviado direto ao gabinete de Moraes, relator do inquérito das milícias digitais e de outras investigações incômodas ao Planalto, que negou o pedido da subprocuradora para transferir o caso.

O presidente Jair Bolsonaro disse que o vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ), seu filho 02, integra a comitiva a Moscou porque "é melhor" que seus ajudantes de ordens. "Dorme no meu quarto", afirmou ele, em entrevista à Jovem Pan News.

Carlos é responsável pelas mídias digitais de Bolsonaro e classificado até por aliados como coordenador do "gabinete do ódio", que ataca adversários nas redes sociais. Enquanto o vereador está na Rússia, a região serrana do Rio enfrenta fortes chuvas e deslizamentos, que deixaram ao menos 80 mortos em Petrópolis (RJ).

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Até agora, na viagem a Moscou, Bolsonaro publicou oito posts no Twitter. Em um deles se comparou a D. Pedro II, "o primeiro estadista brasileiro a visitar a Rússia", em 1876. "146 anos depois, no ano em que comemoramos 200 anos da independência do Brasil, tenho a satisfação de realizar o mesmo percurso", escreveu Bolsonaro, um dia antes do encontro com o presidente da Rússia, Vladimir Putin. A postagem foi alvo de críticas.

Redes sociais

Bolsonaro disse que Carlos "mexe" nas redes sociais, "prestando informações a todos" e confirmou a interferência do filho 02 no que o governo divulga. "Face, Telegram, Twitter passam pelo crivo dele. Uma pessoa que não ganha nada do governo federal. Faço questão que um dos meus filhos me acompanhe nessas oportunidades", afirmou.

O futuro presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Edson Fachin, disse ao Estadão que a maior parte dos ataques de hackers à Justiça Eleitoral vem justamente da Rússia. "Fachin demonstra que TSE não suporta um ataque hacker", rebateu Bolsonaro na entrevista.

O presidente Jair Bolsonaro desembarcou nesta quarta-feira (17), no Catar, última parada da viagem no Oriente Médio, após passar por Dubai e pelo Bahrein. A comitiva do líder brasileiro é composta por ministros, a primeira-dama Michelle Bolsonaro e os filhos Eduardo e Flávio.

O presidente busca no Oriente Médio atrair investimentos  para o Brasil. A primeira-dama publicou os registros da última parada no Catar. 

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"Hoje chegamos ao Catar, nossa última etapa da viagem. Na Fundação Catar, reuni-me com a Sheikha Moza. Foi uma honra poder conhecer essa mulher que nos inspira com seu trabalho, resiliência e dedicação. Espero que seja o início de uma parceria para alinharmos futuras ações na área de educação para nossos jovens", escreveu.

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O presidente Jair Bolsonaro (sem partido), a primeira-dama Michelle Bolsonaro e a comitiva brasileira que viajou ao Oriente Médio chegaram à capital do Catar, Doha, nesta quarta-feira (17). Em um quarto de hotel luxuoso, o chefe do Executivo gravou um vídeo, publicado nas redes sociais, no qual aparece mostrando os detalhes da acomodação e afirma que todas as despesas são pagas pelo sheikh Tamim bin Hamad al-Thani, Emir do país. A diária do hotel é estimada em R$ 40 mil. Segundo o líder brasileiro, serão discutidos o turismo, infraestrutura, energia e Amazônia.

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“Tive um encontro com autoridades locais e agora vim ao hotel. Não tenho o valor desse quarto aqui, mas os outros foram entre R$ 40 e R$ 50 mil. A exemplo dos outros locais, o custo para nós é zero, é tudo 0800. No passado, todos os apartamentos da nossa comitiva ficaram por conta das autoridades locais. Tudo foi oferecido gratuitamente pelo sheikh. A confiança voltou no Brasil, o que vendemos aqui é a verdade acima de tudo”, diz em vídeo.

Até a live da quinta-feira (18), Bolsonaro deve dar detalhes sobre a reunião. De acordo com o presidente, se trata de uma “viagem de sucesso”, e que trará “frutos positivos ao país”.

Motociata no Catar

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) participou de uma 'motociata' assim que chegou em Doha, no Qatar, na manhã desta quarta-feira (17). Por medidas sanitárias, a imprensa local teve limitações para cobrir a passagem do líder latinoamericano.

“Motociclistas do Brasil, estou no Qatar. Fui convidado aqui [para] dar um passeio de moto na capital. Vou dar uma volta. Uns 30, 40 minutos e retornar”, disse em transmissão ao vivo nas redes sociais. “Uma febre. Aquilo que foi plantado no Brasil pelos motociclistas está pegando e vai pegar no mundo todo. Um abraço a todos. Se Deus quiser vai ser um passeio muito proveitoso aqui no Qatar”, afirmou.

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O desembargador que era responsável pelo processo das rachadinhas de Flávio Bolsonaro (Patriota-RJ) viajou com a comitiva presidencial a Dubai ao lado do próprio senador. Marcelo Buhatem, que atualmente é o presidente da Associação Nacional de Desembargadores (Andes), já havia condecorado Jair Bolsonaro (sem partido) em abril deste ano.

O desembargador foi um dos acompanhantes que Bolsonaro escolheu para a terceira viagem a Dubai em menos de dois meses. A comitiva está hospedada no luxuoso hotel cinco estrelas Habtoor Palace, com diárias de até R$ 81 mil.

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Representantes do Brasil em Dubai

Além da primeira-dama Michelle e dos filhos Flávio e Eduardo (PSL-SP), Bolsonaro é acompanhado por Magno Malta, que sequer possui cargo político; pelo vereador Nikolas Ferreira (PRTB); pelo deputado Hélio Lopes (PSL-RJ); pelo assessor Célio Faria Júnior e pelo chefe do chefe do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência (GSI), general Heleno.

Um time de ministros também viajou com o presidente, são eles a da Agricultura, Tereza Cristina; o da Defesa, Braga Netto; o do Turismo, Gilson Machado; e da Infraestrutura, Tarcísio Freitas.

Após a passagem em Dubai, Bolsonaro desembarcou no Bahrein, onde foi recebido pelo rei Hamad Bin Isa Al Khalifa.

A viagem do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) a Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, tem causado grande agitação nas redes sociais, até mesmo na bolha bolsonarista. O parlamentar viajou ao lado da esposa, Heloísa Bolsonaro, e da filha do casal, Geórgia. Além dele, uma comitiva de 69 pessoas, que conta com a presença do vice-presidente Hamilton Mourão (PRTB), também está em solo asiático. A movimentação é estimada em, pelo menos, R$ 3,6 milhões. Nas redes, o filho do presidente argumentou que a viagem deve possibilitar empregos. O assunto se tornou um dos mais comentados da manhã e tarde desta segunda-feira (18).

Além do valor investido para tripular o governo Bolsonaro aos emirados, uma foto postada por Heloísa chamou atenção: a família, trajada com vestes tradicionais da região, e Eduardo vestido de sheik árabe. A empresa que monta a sessão de fotos, realizada no Central Market Souk, cobra USD 174.22 pela lembrança, cerca de R$ 955 no câmbio atual. 

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Para muitos internautas, o momento da viagem, mas principalmente o seu custo, é uma atitude “fora de hora” e “escárnio” com a população brasileira, que enfrenta a maior crise sanitária de sua história e tem alto índice de fome durante a pandemia. Muitos disseram que, para uma viagem de negócios, o parlamentar está “brincando de sheik” em vez de trabalhar. Eduardo Bolsonaro está em Dubai junto com a comitiva brasileira para participar da Expo Dubai 2020.  

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O deputado federal Marcelo Freixo (PSOL-RJ) anunciou em suas redes sociais que acionou o Ministério Público Federal para investigar os gastos de Eduardo Bolsonaro em Dubai. “Queremos saber quem está pagando essa conta”, escreveu. 

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Rebatendo, Eduardo publicou uma série de ofensas e menções aos governos de esquerda, os colocando como verdadeiros responsáveis pela fome e pobreza no país. O deputado também alegou que o dinheiro utilizado em sua viagem é próprio, sem contribuições dos cofres públicos. 

“Sabe por que brasileiros estão passando fome? Porque você apoiou o "fique em casa a economia, a gente vê depois" enquanto aglomerava na praia de Ilha Grande com os amiguinhos sem máscara, hipócrita. Eu venho aqui para atrair empregos para o Brasil, para desfazer a merda que você fez aí”, publicou Eduardo. 

A viagem repercutiu entre outros políticos e figuras públicas. O jornalista Reinaldo Azevedo perguntou “você tinha alguma dúvida de natureza moral sobre a viagem de Eduardo Bolsonaro, mulher e filha para Dubai? Tudo resolvido. Ela explicou: fizeram isso em defesa da família”, e ironizou: “Faz sentido”. 

O senador Omar Aziz (PSD-AM), durante sessão da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid nesta segunda-feira (18), também ironizou a viagem de Eduardo Bolsonaro: "Duduzinho Bolsonaro está em Dubai tirando foto com dinheiro do povo brasileiro e acha que é mais honesto do que outros brasileiros. É o sheik Dudu Bolsonaro". 

 

Pelas regras americanas, o presidente Jair Bolsonaro deveria ter se isolado imediatamente após saber que o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, estava com Covid-19. À noite, no entanto, quando a delegação brasileira já sabia da situação de Queiroga, o presidente se reuniu com apoiadores na porta do seu hotel.

A quarentena após a exposição é orientada pelo Centro de Controle de Doenças (CDC) para as pessoas que não estão vacinadas. O presidente declara não ter se vacinado contra Covid.

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Bolsonaro permaneceu por mais de 20 minutos, sem máscara, entre manifestantes bolsonaristas. A aglomeração aconteceu quando saiu do hotel onde se hospedou em Nova York rumo ao aeroporto de onde o avião presidencial decolou para Brasília. Queiroga, que inicialmente iria fazer a viagem de volta com Bolsonaro, não desceu com o presidente pois já tinha recebido a confirmação do resultado de seu teste de Covid-19 e precisou estender a permanência nos EUA, para fazer isolamento.

O presidente tirou selfies e se aproximou dos manifestantes por mais tempo do que duraram, somados, seu discurso na Assembleia Geral da ONU e sua visita ao memorial em homenagens às vítimas do 11 de setembro.

Segundo o site do CDC, é necessário fazer quarentena nos EUA "se você tiver estado em contato próximo (a menos de 2 metros por um total acumulado de 15 minutos ou mais em um período de 24 horas) com alguém que tenha Covid-19, a menos que você tenha sido totalmente vacinado".

Nesses casos, o CDC pede quarentena de 14 dias, que pode ser reduzida em dois casos. Com teste negativo de covid, uma pessoa sem vacina que teve contato com outra contaminada pode encerrar a quarentena no sétimo dia. Sem teste e sem sintomas, a quarentena exigida é de dez dias.

A agência americana desobriga a quarentena para pessoas que estão vacinadas (com esquema vacinal completo). No caso dos vacinados, o órgão diz que a quarentena só é exigida caso a pessoa apresente sintomas. Mesmo assim, o CDC recomenda que os que estiveram próximos a uma pessoa contaminada façam o teste de covid de 3 a 5 dias após o contato, ainda que sem sintomas, e usem máscara em ambientes fechados por 14 dias após a exposição ou até que o resultado do teste seja negativo.

A epidemiologista Denise Garrett, vice-presidente do Instituto Sabin de Vacinas e ex-integrante do CDC, explica que é uma violação grave das recomendações do órgão furar o autoisolamento proposto após contágio.

"A partir do momento que sei que está com Covid uma pessoa que eu tive contato, a recomendação é o isolamento. Não seguir essas recomendações não somente coloca em risco a vida de pessoas, mas também o esforço de diminuir a transmissão do vírus. Já existem vários estudos que mostram que política de rastreamento de contato com a quarentena tem um impacto grande na circulação de um vírus", afirma a epidemiologista. "Ali era uma situação de altíssimo risco porque ele ficou aglomerado, sem distanciamento, por um período longo. Sabemos que existe transmissão de assintomático", afirma.

Segundo ela, o fato de Bolsonaro já ter tido Covid não é atenuante. A recomendação só é atenuada no caso de pessoas que tiveram covid nos últimos 90 dias ou das que já estão completamente imunizadas.

O CDC escreve as recomendações, mas cabe ao município ou Estado adotá-las e fiscalizá-las. "A jurisdição do CDC nos EUA é algo muito diferente do que acontece no Brasil. Aqui não é um órgão regulatório. É um órgão que não impõe leis, a menos que em situações bem específicas onde existe uma ordem federal para isolamento, por exemplo para tuberculose", explica a especialista.

O presidente Jair Bolsonaro cancelou sua viagem prevista para o Paraná na sexta-feira, 24, de acordo com o líder do governo na Câmara, deputado Ricardo Barros (PP-PR). A mudança de agenda vem após a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) recomendar isolamento de 14 dias ao chefe do Planalto e a toda a comitiva que o acompanhou na viagem a Nova York, em razão do teste positivo para covid-19 do ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, informado na noite desta terça, 21. Procurada, a Secretaria de comunicação do governo (Secom) diz não ter informações.

"Cancelada a visita de Bolsonaro ao Paraná desta sexta-feira. Aguardamos ansiosos a remarcação", publicou Barros no Twitter. O presidente participaria de cerimônia para anunciar iniciativas do governo federal no Estado na cidade de Ponta Grossa às 14 horas. Às 17h, participaria de um jantar com empresários no município de Castro.

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Bolsonaro chegou a Brasília na manhã desta quarta, 22, um dia após discursar na 76ª Assembleia-Geral das Nações Unidas (ONU). Seu pronunciamento foi marcado por distorções e defesa de remédios sem eficácia comprovada contra a covid-19. Poucas horas depois, Queiroga testou positivo para o novo coronavírus e, por isso, não embarcou no voo de volta ao Brasil com o restante da comitiva. Ele ficará em isolamento nos Estados Unidos por 14 dias.

De acordo com a Secom, todos os demais integrantes da comitiva presidencial testaram negativo para a doença. Ainda assim, por protocolos sanitários, a Anvisa recomendou isolamento de 14 dias a todos. O Planalto não informou ainda se o presidente seguirá a norma. Até o momento, seu único compromisso oficial do dia é uma videoconferência com o Subchefe para Assuntos Jurídicos da Secretaria-Geral da Presidência, Pedro Cesar Sousa, marcada para as 16 horas.

O vice-presidente Hamilton Mourão afirmou nesta quarta-feira acreditar que o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, já estava com Covid-19 antes mesmo de embarcar para os Estados Unidos, onde acompanhou a comitiva presidencial na 76ª Assembleia-geral da Organização das Nações Unidas (ONU). Sem dizer se o presidente Jair Bolsonaro deve cumprir a quarentena de 14 dias recomendada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), devido ao contato com Queiroga, Mourão limitou-se a pregar respeito aos protocolos sanitários.

Queiroga testou positivo para o novo coronavírus na noite de ontem, antes de embarcar de volta para o Brasil. Com isso, o ministro cumprirá isolamento em Nova York. "Já deve ter saído daqui com Covid. Pelo que a gente conhece, em termos de contaminação, leva de cinco a sete dias", afirmou Mourão a jornalistas em sua chegada ao Palácio do Planalto. "Então, acredito que ele já saiu daqui carregando a contaminação", seguiu.

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A Anvisa já pediu que todos os integrantes da comitiva, incluindo o presidente, permaneçam isolados numa quarentena de 14 dias, mas o governo ainda não confirmou se o chefe do Executivo cumprirá a norma. "Tem que testar, verificar.. Vamos aguardar, tem que seguir os protocolos sanitários. Até porque embarcar em avião, se a pessoa estiver contaminada, é um vetor muito grande", afirmou Mourão.

Um dia antes de seu teste positivo, ou seja, na segunda-feira, Queiroga se encontrou com o primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson. Também ficou ao lado, durante boa parte do tempo, do presidente Jair Bolsonaro e de colegas de Esplanada, como o ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Augusto Heleno. Tanto Bolsonaro quanto Heleno são avessos ao uso de máscaras de proteção contra a covid-19.

Em viagem à Israel durante os dias 7, 8 e 9 de março, a comitiva brasileira enviada pelo Ministério das Relações Exteriores (MRE) ao país no mediterrâneo debateu mais do que soluções sobre a Covid-19: terrorismo estatal, liberdade de culto e cooperação espacial também foram temas do encontro diplomático. A priori, a viagem havia sido registrada com o intuito de tratar sobre um spray nasal que ajuda a combater o coronavírus. A informação consta em documentos enviados à CPI da Covid pelo Itamaraty.

Segundo o MRE, a iniciativa da viagem partiu do próprio presidente Jair Bolsonaro (sem partido), sob a justificativa de que desde o início de seu governo, "o Brasil procurou elevar a patamar inédito o nível do relacionamento bilateral com Israel nos mais diversos domínios".

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Anteriormente, a pasta negou que questões de segurança internacional, armamentos e munições tivessem sido abordadas.  Porém, trecho do documento mostra que a delegação foi recebida pelo primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, para tratar sobre temas como saúde, educação, ciência, tecnologia e inovação, defesa, segurança, cooperação espacial e agricultura.

"Reafirmaram ademais, a relevância da coordenação política entre os dois países em fóruns internacionais; a preocupação com o terrorismo estatal e o crime transnacional em suas respectivas regiões; e o compromisso conjunto de salvaguardar o princípio da liberdade de culto e lutar contra o antissemitismo", diz o documento.

Parte dos documentos entregues à comissão está sob sigilo. Já aqueles que são públicos, não detalham o que foi debatido nos encontros.

Debate sobre a Covid-19

O grupo cumpriu agenda com autoridades, empresas e entidades locais para discutir sobre o desenvolvimento de vacinas, tecnologias utilizadas no campo da saúde, além de soluções no desenvolvimento de antivirais, telemedicina, terapias avançadas e saúde digital. Não há, porém, detalhes sobre essas ações e acordos.

Durante a viagem foi assinada uma carta de intenções entre o MCTI e o Hadassah Medical Organization, voltado para cooperação científica e troca de informações relacionadas a novas vacinas e tratamentos antivirais, com foco no enfrentamento da Covid. "O entendimento também prevê participação da RedeVírus do MCTI nessas pesquisas", diz o documento.

A delegação brasileira também se reuniu com o diretor do Hospital lchilov/Sourasky, Dr. Ronni Gamzu. lchilov é o hospital responsável pelo desenvolvimento do spray nasal EXO-CD24. No encontro, diz o Ministério, foi tratado, sem chegar à finalização, de uma de carta de intenções que previa o compartilhamento de informações, boas práticas e apoio técnico, analítico e logístico com contraparte brasileira, com vistas à participação do país no desenvolvimento conjunto do produto (fases 2 e 3 dos estudos), caso a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e a Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (CONEP) autorizassem ensaios clínicos no Brasil.

Cooperação espacial

Ainda segundo o relatório do MRE, a delegação brasileira manteve duas reuniões adicionais no dia 8 da viagem, a pedido do governo israelense. Na primeira, com representantes do lsrael Export Institute, órgão financiado pelo governo e setor privado, responsável pela promoção das exportações daquele país na área de equipamentos médicos e de saúde, decidiu-se formar grupo de trabalho com o objetivo de estabelecer plano conjunto de ações para 2021, com foco em soluções para o combate à pandemia.

O segundo encontro foi com o diretor da Agência Espacial lsraelense, Avi Blasberger. O documento diz que na ocasião "foram traçadas as perspectivas da cooperação Brasil-lsrael no campo espacial, com ênfase na participação do Brasil no prometo israelense Beresheet-2 (Gênesis 2), que envolve o desenvolvimento e o envio de módulo à Lua, com pouso planejado em 2024". Também foi discutida a eventual negociação de acordo amplo entre as Agências Espaciais Brasileira e israelense.

Na tarde desta sexta-feira (30), a comitiva do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) foi recebida a ovadas por manifestantes que estavam em frente ao prédio da Bolsa de Valores de São Paulo. O grupo, junto com o presidente, participou do leilão da Companhia Estadual de Águas e Esgoto do Rio de Janeiro (Cedae). 

O leilão tratou da concessão dos serviços de saneamento em 35 cidades do Estado do Rio de Janeiro. 

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Centenas de manifestantes, ligados ao Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) foram os responsáveis pelo ato político contra o governo Bolsonaro e a forma que conduz a pandemia.

Segundo o G1, os presentes gritavam palavras de ordm e chamaram o presidente de "genocida", lembrando as mais de 400 mil mortes provocadas pela Covid-19 no Brasil. Alguns apoiadores do presidente também estavam no local e reagiram ao protesto chamando Bolsonaro de "mito". A Polícia Militar acompanhou a manifestação. 

Em visita a Israel, o ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, protagonizou uma gafe durante o pronunciamento conjunto com o chanceler do país do Oriente Médio, Gabi Ashkenazi. Ao ser chamado para se posicionar para fotografias ao lado do homólogo, Araújo, que havia tirado a máscara durante sua fala, esqueceu de recolocá-la no rosto e foi repreendido pelo sistema de som ambiente.

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"Precisamos que seja com a máscara", disse um funcionário do Ministério de Relações Exteriores israelense. "Ah, sim", reagiu o brasileiro, que se afastou de Ashkenazi e, aí sim, vestiu a proteção.

A pose para a fotografia dos dois chanceleres, que apenas estenderam os cotovelos em direção um ao outro, sem se encostar ou apertar as mãos, também contrasta com os hábitos de Araújo em cerimônias e aparições públicas no Brasil. A grande maioria das autoridades de primeiro escalão do governo federal costuma circular sem máscara.

Antes de embarcar em Brasília, no sábado, 6, a comitiva brasileira encabeçada por Araújo posou para fotografias sem proteção facial contra covid-19, em descumprimento a decreto do governo do Distrito Federal.

Na chegada a Israel, porém, todos os membros da comitiva, que inclui os deputados federais Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), filho do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e presidente da Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional da Câmara, e Hélio Lopes (PSL-RJ), aparecem em nova imagem usando máscara.

A comparação sobre a diferença de comportamento do grupo internamente e no exterior ganhou rapidamente caráter de "meme" no Twitter. Usuários fizeram comentários sarcásticos sobre como autoridades do governo federal e aliados alardeiam contra medidas de contenção da covid-19 defendidas por prefeitos e governadores no Brasil, mas cumprem obedientemente regras semelhantes impostas em outros países.

A comitiva brasileira encabeçada pelo Ministério de Relações Exteriores que viajou para Israel posou para fotografia com rostos sem máscara contra covid-19 antes do embarque. Na chegada ao exterior, porém, todos os membros da comitiva aparecem em nova imagem usando o equipamento de proteção.

A mudança de atitude é observada em dois tuítes feitos pelo ministro Ernesto Araújo, que lidera comitiva. No primeiro post, o ministro aparece em uma foto ao lado de outros representantes do governo brasileiro em frente ao avião da FAB (Força Aérea Brasileira), todos sem máscara facial. Na imagem está também o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), o filho dele e deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) e o deputado Hélio Lopes (PSL-RJ), amigo da família.

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No segundo post, já em território israelense e sem a presença do presidente, Araújo aparece em nova foto da comitiva vestindo máscara, assim como os demais integrantes.

Segundo informações do Ministério de Relações Exteriores do Brasil, a comitiva que integra membros dos ministérios da Economia, Comunicações, e Ciência, Tecnologia e Inovação terá encontros com o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, e com o ministro de Negócios Estrangeiros, Gabi Ashkenazi, para estabelecer cooperação científica na área da saúde, citando o combate à covid-19 com remédios e vacinas.

O ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, retorna a Brasília nesta terça-feira (31) pela manhã. De acordo com a assessoria da pasta, ele fez um novo teste e, agora, não tem mais a covid-19. Com o retorno, ele volta a despachar de seu gabinete.

Desde que havia sido diagnosticado, Albuquerque estava trabalhando de sua casa, no Rio de Janeiro. O ministro foi diagnosticado com o novo coronavírus em 18 de março. Foi o segundo teste a que ele se submeteu. O primeiro, em 12 de março, havia dado resultado negativo.

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Albuquerque foi um dos integrantes da comitiva que viajou com o presidente Jair Bolsonaro aos Estados Unidos. Ao todo, 23 pessoas foram contaminadas no grupo.

A Justiça Federal do Distrito Federal determinou nesta sexta-feira, 20, que o Hospital das Forças Armadas (HFA) informe imediatamente ao governo do Distrito Federal a relação completa dos pacientes infectados pelo novo coronavírus. Segundo o presidente Jair Bolsonaro postou em suas redes sociais, um exame feito no HFA atestou que ele não foi infectado pela covid-19.

Em sua decisão, a juíza Raquel Soares Chiarelli também impôs uma multa de R$ 50 mil ao diretor do hospital por cada paciente que tiver a informação sonegada. Além de Bolsonaro, integrantes da comitiva presidencial que acompanharam o presidente da República em viagem aos Estados Unidos também fizeram exames no HFA.

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"Já é notório que a devida identificação dos casos com sorologia positiva para a covid-19 é fundamental para a definição de políticas públicas para o enfrentamento urgente e inadiável da pandemia, a fim de garantir a preservação do sistema de saúde e o atendimento da população", escreveu a juíza em sua decisão.

"De modo que não se justifica, sob nenhuma perspectiva, a negativa da União em fornecer essas informações ao Distrito Federal, que tem competência constitucional para coordenar e executar as ações e serviços de vigilância epidemiológica em seu território."

Nesta sexta-feira, Bolsonaro voltou a minimizar pandemia do novo coronavírus, que já matou mais de 10 mil pessoas no mundo, e tratou a doença como uma "gripezinha". "Depois da facada, não vai ser uma gripezinha que vai me derrubar", disse o presidente após o Estado questioná-lo, em entrevista no Palácio do Planalto, a razão de ele não tornar público os resultados dos seus exames.

O jornal O Estado de S. Paulo pede há uma semana a Secretaria de Comunicação da Presidência (Secom) que apresente os resultados do exames já feitos pelo presidente, mas até esta sexta-feira não obteve resposta.

Ao todo, 22 pessoas que acompanharam Bolsonaro na viagem que fez aos Estados Unidos, na semana passada, contraíram o coronavírus. Entre eles, assessores próximos e o ministro do Gabinete de Segurança Institucional, general Augusto Heleno, que se reuniu três vezes com Bolsonaro no dia anterior a ser diagnosticado com a doença.

Bolsonaro teve contato com auxiliares que já foram diagnosticados com o coronavírus nos últimos dias, como o secretário de Comunicação, Fabio Wajngarten, e o ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Augusto Heleno. Segundo divulgou em suas redes sociais, porém, os dois primeiros testes feitos pelo ele deram negativo.

O presidente voltou a afirmar que, caso receba orientação médica, poderá fazer um novo exame. Mais cedo, ele afirmou que pode já ter contraído o vírus. "Fiz dois testes, talvez faça mais um até, talvez, porque sou uma pessoa que tem contato com muita gente. Recebo orientação médica", disse ele ao deixar o Palácio da Alvorada pela manhã. "Toda família deu negativo aqui em casa. Talvez eu tenha sido infectado lá atrás e nem fiquei sabendo. Talvez. E tô com anticorpo."

O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, que acompanhava Bolsonaro na entrevista no Planalto, defendeu o sigilo sobre os resultados dos exames. "Os exames do paciente são do paciente. São da sua intimidade. A gente não faz divulgação nem do seu, nem do meu, nem do de ninguém", disse Mandetta.

O contato com uma pessoa infectada é uma das formas de transmissão do coronavírus. O presidente foi criticado por infectologistas e até por aliados por expor os manifestantes ao risco de contaminação pela covid-19.

Comitiva

Mesmo assim, o presidente disse que pretende manter sua rotina de trabalho. Bolsonaro disse que fará uma festa de aniversário em casa, restrita a familiares, para comemorar os 65 anos completados neste sábado.

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