Tópicos | constituição

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, disse em evento comemorativo dos 30 anos da Constituição no Rio, que chegou a hora da política voltar a conduzir o País e de o Judiciário perder o protagonismo que ganhou nos últimos anos.

"O Legislativo legisla para o futuro, o Executivo para o presente, e o Judiciário o passado. Se tudo vai parar no Judiciário, é porque as outras instâncias falharam. Não pode tudo parar no Judiciário", criticou em evento na Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan).

##RECOMENDA##

O ministro sugere que sejam criada outras instâncias de decisões e apontou como um motivos para o predomínio da judicialização no País o texto muito longo da Constituição brasileira, que para ele deveria ser simplificada.

Como exemplo concreto, Toffoli citou a judicialização da greve dos caminhoneiros deste ano, que, para ele, deveria ter sido resolvida entre as instâncias dos setores envolvidos.

"Será que é o Judiciário que tem que decidir greve de caminhoneiro? Ou são os setores da sociedade que têm que decidir? Mas está lá, está judicializado", destacou. "O Judiciário tem que ser a última fase e não a primeira", explicou.

Toffoli avalia que com isso o Judiciário ficou muito exposto e chegou a hora de se recolher: "É necessário que nos recolhamos, venho falando muito sobre isso", afirmou, sem citar nomes." Nós não somos zagueiros, somos centroavantes, não podemos ser o superego da sociedade", afirmou.

O ministro informou ainda que pela primeira vez na história do Brasil o STF terá uma pauta definida para um exercício completo, e prometeu divulgar na próxima segunda-feira (17), a agenda de 2019. Toffoli saiu do evento sem falar com os jornalistas.

Ao fazer um balanço dos 30 anos da Constituição Federal de 1988, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luís Roberto Barroso classificou o momento atual como "relativamente sombrio", mas ressaltou os avanços da democracia nas últimas três décadas.

"A fotografia do momento brasileiro é relativamente sombria, mas o filme da democracia brasileira é relativamente bom", afirmou Barroso a jornalistas, após participar do encontro anual da Associação da Escola de Direito de Harvard do Brasil, no Rio.

##RECOMENDA##

O ministro citou como avanços dos 30 anos de Constituição a estabilidade econômica e a liberdade de expressão. Como desafios ainda a superar, mencionou o sistema político caro e de baixa representatividade, a violência e a corrupção.

Questionado, Barroso evitou detalhar os motivos pelos quais classificou o momento como "sombrio".

O ministro iniciou a entrevista dizendo que não comentaria fatos do dia.

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, defendeu nesta terça-feira, 6, o cumprimento da Constituição Federal e a liberdade de atuação do Judiciário. Ele também repetiu a necessidade de a união entre os três Poderes e a sua visão de que cabe à política, neste momento, "liderar as grandes questões da nação". O magistrado participou da sessão solene no Congresso Nacional em comemoração aos 30 anos da promulgação da carta magna brasileira.

Durante o seu discurso, Toffoli afirmou que o presidente eleito Jair Bolsonaro garantiu que cumprirá a Constituição. O futuro mandatário acompanhou o evento na Mesa do Congresso, sentado ao lado das demais autoridades máximas do País.

##RECOMENDA##

"Não existe democracia sem poder Judiciário forte, independente e autônomo", disse Dias Toffoli. Sobre a Constituição de 1988, o presidente do Supremo afirmou que ela é "uma carta extremamente plural contendo um amplo rol de direitos civis". "A Constituição representou um país mais livre, justo, solidário, democrático e igualitário. Muito se conquistou, com destaque para o fortalecimento das instituições democráticas", disse.

Dias Toffoli defendeu também as reformas da Previdência, tributária e fiscal, mas de forma que haja segurança jurídica nas questões relacionadas a elas.

Papel

Em seu discurso, o presidente da Suprema Corte ressaltou o papel de destaque do Judiciário nos últimos anos como árbitro em "momentos turbulentos", incluindo as investigações contra políticos e empresários em casos de corrupção e também o impeachment da presidente da República Dilma Rousseff e a condenação e prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. "Mas olho para esses eventos com otimismo e esperança pois todos os impasses foram resolvidos de maneira institucionais, de maneira democrática, com respeito à Constituição e as leis", disse.

"Passadas as eleições, com renovação democrática, a nação brasileira, sua sociedade e instituições e os Poderes da República devem voltar a se unir para pensar no desenvolvimento do País. Agora o Brasil precisa encontrar um meio de união em meio às diferenças como é próprio de estado democrático de direito. É momento de a política voltar a liderar as grandes questões da nação para que possamos voltar à clássica divisões dos Poderes", afirmou Toffoli, remontando à ideia de um "pacto nacional" que vem defendendo desde que assumiu a Presidência do Supremo. Toffoli também destacou que o Congresso aprovou nos últimos anos leis importantes para a transparência e o combate à corrupção, como a Lei da Ficha Limpa, Lei de Acesso à Informação, a lei que dispõe de lavagem de dinheiro e a lei que retirou a necessidade de aprovação no Congresso para processar parlamentares.

A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, fez uma firme defesa dos direitos fundamentais previstos na Carta Magna, na sessão solene do Congresso Nacional de celebração dos 30 anos da Constituição da República, nesta terça-feira, 6, afirmando que não "não basta reverenciar a Constituição, mas é preciso cumpri-la". O discurso foi recheado de referências a temas sobre os quais o presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL), já fez declarações polêmicas.

Raquel Dodge enfatizou a defesa dos direitos humanos, das minorias e do meio ambiente, por estarem previstos na Constituição, acrescentando que são objetivos fundamentais da República, e também se posicionou.

##RECOMENDA##

Bolsonaro já relativizou esses temas em diversas declarações ao longo de anos na Câmara dos Deputados e mesmo na campanha presidencial. Logo no início do discurso, Dodge reafirmou o papel do Ministério Público de fiscal da lei e guardião da Constituição. "O Ministério Público é o defensor da sociedade, do interesse público, combate o crime e defende direitos fundamentais."

"Muito se avançou desde a Constituição de 1988 e, por isso, é importante celebrá-la, para que se mantenha viva, aderente aos fatos, fazendo justiça e correspondendo à vida real da nação. Para tanto é preciso guardá-la. Não basta reverenciá-la, em uma atitude contemplativa: é preciso guardá-la, à luz da crença de que os países que custodiaram escrupulosamente suas Constituições identificam-se como aqueles à frente do processo civilizador, e irradiadores de exemplaridade em favor das demais nações que hesitaram ou desdenharam em fazê-lo. Os frutos deste comportamento estatal em relação à Constituição são colhidos diretamente pelo povo, que se orgulha ou se envergonha de suas instituições", disse.

Em seu discurso, Raquel Dodge também assinalou a necessidade de liberdade de imprensa e de cátedra - sem ter mencionado, mas no contexto, da recente decisão do Supremo que derrubou atos judiciais e administrativos de agentes públicos em universidades contra supostas propagandas eleitorais irregulares.

A procuradora-geral lembrou que o regime democrático "tem na defesa da dignidade e da liberdade humanas a centralidade de suas normas" e falou que, desde a Constituição de 1988, "as instituições brasileiras tornaram-se muito mais fortes e atuam para garantir uma sociedade justa, livre e solidária, garantir o desenvolvimento nacional, erradicar a pobreza e a marginalização, reduzir as desigualdades sociais e regionais, promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, ração, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação, que são os objetivos fundamentais da República".

"A democracia e o regime de leis exigem cuidados permanentes que nos torna cidadãos ativos e construtores da sociedade justa, livre e solidária que a Constituição garante. Os direitos individuais reclamam proteção diária. É preciso estar de prontidão para reconhecê-los, para invocá-los e identificar quando são afrontados. É uma atitude cívica e inteiramente constitucional compartilhar este conhecimento, transmiti-lo em nossas relações pessoais, na família, na escola e no local de trabalho", afirmou.

Raquel Dodge disse que a Constituição de 1988 permitiu que o povo se reconhecesse em sua pluralidade de línguas, opiniões e direitos. "Anseios de dignidade foram acolhidos, para que todos sejam tratados como pessoas humanas e que práticas de escravidão sejam abolidas. Desejos de igualdade foram contemplados na Carta, repudiando toda a forma de discriminação, seja de nacionais, seja de estrangeiros", frisou.

Ela também salientou que, no plano internacional, a Constituição da República rege-se pela prevalência dos direitos humanos, pela prevalência da paz, pela solução pacífica dos conflitos e pela cooperação dos povos.

Na segunda-feira, 5, após declarações de Jair Bolsonaro pró-Israel e da decisão de mudar a embaixada brasileira para Jerusalém, o Egito adiou, sem previsão de nova data, a visita oficial que iria ser feita entre os dias 8 e 11 pelo ministro das Relações Exteriores, Aloysio Nunes.

A medida significa um alinhamento do País com Israel e o abandono de uma posição de equilíbrio mantida por décadas pela diplomacia brasileira, diante das tensões e disputas entre israelenses e palestinos.

O presidente da República, Michel Temer, afirmou nesta terça-feira, 6, que a Constituição Federal de 1988 trouxe "inegáveis avanços" à democracia brasileira e destacou que "não há caminho" fora dela. Ele participou da cerimônia em comemoração aos 30 anos da promulgação da Carta Magna brasileira realizada no Congresso no período da manhã.

Temer foi um dos deputados que participaram da Constituinte formada para formular a Constituição, em voga até hoje.

##RECOMENDA##

"Confesso que aqui, se tivesse que ter palavra que fosse norte para a minha fala, essa palavra é recordação", disse ele.

O presidente destacou que a Constituição trouxe "inegáveis avanços" para o País.

Em relação às eleições deste ano, o presidente destacou que o povo elegeu Jair Bolsonaro para sucedê-lo no comando do País. Em seu discurso, Temer disse ainda que o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, sugeriu a ele e a Bolsonaro que haja um encontro dos chefes dos três poderes bimestralmente.

Presidente da República eleito, Jair Bolsonaro (PSL) disse, nesta terça-feira (6), que na democracia o único norte deve ser a Constituição Federal. Em discurso rápido, ao participar da solenidade que comemora os 30 anos da conhecida “Constituição Cidadã”, Bolsonaro disse também que vai continuar construindo o Brasil que a população merece.

"Estamos aqui em um dos centros do Poder, juntos. A responsabilidade é de todos nós… E na democracia existe só um norte, é o da nossa Constituição", declarou, ao lado dos presidentes da República, Michel Temer (MDB); do Senado, Eunício Oliveira (MDB); da Câmara, Rodrigo Maia (DEM); do Supremo Tribunal Federal, Dias Toffoli; e a procuradora-geral da República, Raquel Dodge. 

##RECOMENDA##

“Juntos vamos continuar construindo o Brasil que o nosso povo merece, temos tudo para sermos uma grande nação. A união de nós, que ocupamos cargos chaves da República, pode mudar o destino desta nação”, acrescentou, o capitão da reserva na primeira agenda em Brasília como presidente eleito.

Seguindo o alinhamento dos seus discursos, o ainda deputado federal de mandato disse que estava honrado em voltar ao Congresso Nacional, mencionou futuras alianças que tende a firmar com os parlamentares, voltou a fazer agradecimentos a Deus, por ter sobrevivido ao atentado sofrido no dia 6 de setembro durante agenda de campanha, e invocou o Deus para iluminar o caminho dele no comando do país.

Logo depois da fala, Bolsonaro deixou a sessão de comemoração dos 30 anos da Constituição Federal. O carioca deve ficar em Brasília nesta terça e quarta (7) para atividades de transição e reuniões. Ele deve encontrar individualmente com os representantes dos Três Poderes e das Forças Armadas. Também está prevista uma reunião com a equipe de transição com previsão de entrevista e anúncios nesta quarta.

O Congresso vive nesta terça-feira, 6, um dia atípico de casa cheia e segurança bastante reforçada durante as comemorações dos 30 anos da promulgação da Constituição Federal, com a presença do presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL).

O evento teve início pouco depois das 10h, mas desde 9h autoridades começaram a chegar no prédio. A imprensa, que normalmente têm trâmite livre no local, está com a circulação limitada a alguns espaços e é acompanhada de perto pelos seguranças.

##RECOMENDA##

O presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) chegou pouco antes das 10h ao Congresso e não conversou com os jornalistas. O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), também não falou com a imprensa ao chegar.

O presidente do Congresso, Eunício Oliveira (MDB-CE), fez o discurso de abertura do evento, que conta com a presença do presidente Michel Temer e de diversas outras autoridades. Maia inicio seu discurso pouco antes das 11h.

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Dias Toffoli, disse nesta sexta-feira, 5, que não se pode "estar refundando o Estado a todo momento", ao criticar a possibilidade de uma nova Constituinte. O comentário foi feito em entrevista ao programa 'Artigo 5', que será veiculado nesta sexta-feira às 20h30 na TV Justiça.

"A Constituição de 88 se permitiu ser modernizada, porque o Brasil teve um histórico de rupturas e essas rupturas sempre demandando novas constituições. E fazer uma Constituinte é refundar o Estado. Nós não podemos estar refundando o Estado a todo momento", disse.

##RECOMENDA##

Toffoli é o quarto ministro do STF que vem a público nesta semana criticar a proposta de uma Assembleia Constituinte para alterar a Constituição. A proposta vem sendo discutida pelas campanhas de Jair Bolsonaro (PSL) e Fernando Haddad (PT) à Presidência da República.

O programa de governo de Haddad afirma que "para assegurar as conquistas da Constituição de 1988", "será necessário um novo processo Constituinte". Também prevê que desde o início da sua gestão será elaborado "um amplo roteiro de debates sobre os grandes temas nacionais e o sobre o formato da Constituinte".

O vice na chapa de Jair Bolsonaro, o general da reserva Hamilton Mourão (PRTB), por sua vez, já disse que o País precisaria de uma nova Constituição, mais enxuta e focada em "princípios e valores imutáveis", mas não necessariamente por meio de uma assembleia Constituinte. Para Mourão, o processo ideal envolveria uma comissão de notáveis.

Na entrevista, realizada junto ao ex-ministro do STF Nelson Jobim, Toffoli destacou que a Constituição de 1988, que completa 30 anos nesta sexta, "se permitiu ser modernizada", seja através das emendas constitucionais pelo parlamento, seja por meio da jurisprudência (conjunto das decisões, aplicações e interpretações das leis) do STF.

Direitos

Ao programa da TV Justiça, Toffoli e Jobim também destacaram os direitos fundamentais garantidos pela Constituição. "A sociedade não tolera mais discriminação social, discriminação de gênero, não tolera mais a violência contra a mulher, contra a criança. Vejam a importância da Constituição Federal", afirmou o presidente da Suprema Corte.

Definindo-o como uma "barreira de penetração do Estado na liberdade individual", Jobim ressaltou o artigo 5º da Constituição, segundo o qual "todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes".

Amor

Assim como Toffoli, os ministros Marco Aurélio Mello, Gilmar Mendes e Luís Roberto Barroso também se opuseram à ideia de uma Constituinte. Em entrevista ao Estadão/Broadcast, o ministro Marco Aurélio Mello disse que a sociedade precisa "amar um pouco mais a atual Constituição".

"Para que Constituinte? Será que a forma é mais importante do que o conteúdo? A marcha constitucional é constante, em termos de aprimoramento. O documento existente é de êxito, em termos de resultados. Estabilidade normativa e é o que nós queremos, porque a segurança jurídica depende muito da estabilidade normativa", afirmou Marco Aurélio à reportagem.

Nesta sexta-feira, o ministro Luís Roberto Barroso disse em evento no Rio de Janeiro que considera "muito ruim" a convocação de uma nova Constituição no atual cenário político. "Considero muito ruim se desperdiçar o capital político desta Constituição e se convocar uma nova Constituição", completou o ministro, ressaltando que "dificilmente sairá alguma coisa melhor".

O ministro Gilmar Mendes, por sua vez, comentou na última quarta-feira, 3, que lhe causa repulsa qualquer ideia de convocação de uma assembleia Constituinte para alterar o texto da Constituição federal.

"Essa é, pelo menos, a Constituição mais estável que tivemos. E foi aquela que evitou golpes, não ensejou tentativa de tomada de poder, por isso ela tem um valor em si mesmo, um valor intrínseco, que precisa ser cultuado. Por isso que, também por outras razões, me repugna qualquer ideia de Constituinte", avaliou Gilmar Mendes a jornalistas, ao chegar para a sessão plenária do Supremo.

Previdência

Ao programa da TV Justiça, Toffoli também frisou a necessidade de uma reforma da Previdência, como fez em artigo publicado pelo Estado na edição desta sexta-feira, 5, "Vida Longa À Constituição de 1988". Para o presidente, um "grande desafio" que a Constituição tem hoje é de se "renovar em aspectos que permitam o crescimento econômico brasileiro".

"Que é a responsabilidade fiscal, e também uma reforma da Previdência. Nós temos que ter consciência que chegou o momento realmente de se repensar. Até porque que a expectativa de vida de todos nós brasileiros, também graças a essa Constituição, aumentou. E é necessário que, do ponto de vista fiscal, tenha sustentabilidade para que as gerações futuras venham a conseguir também ter uma aposentadoria digna", disse Toffoli.

O presidente da República, Michel Temer, criticou, em discurso no Palácio do Planalto, propostas para revisar a Constituição, levantadas pelos candidatos Jair Bolsonaro (PSL) e Fernando Haddad (PT) durante a campanha eleitoral. Para Temer, é necessário "romper o ciclo perverso que domina a história brasileira, que a cada 20 ou 30 anos precisa ter uma crise para mudar o Estado".

"Temos uma vocação, uma necessidade, uma compulsão para a cada 30 anos, em vez de nos unirmos para levar o País para frente, dizemos que temos crise institucional e precisamos modificar o País", disse o presidente, elevando a voz.

##RECOMENDA##

Nesta quinta-feira, 4, Temer participa de solenidade no Supremo Tribunal Federal (STF) para celebrar os 30 anos da Constituição de 1988, cuja promulgação, no dia 5 de outubro, marcou a transição entre o período da ditadura militar e democracia.

A poucos dias da eleição, o presidente disse que é seu dever "aproveitar esse momento, na véspera do aniversário da Constituição, para fazer essa espécie de pregação" sobre o período eleitoral. "Eleição elege aqueles que governam e aqueles da oposição, e aqueles da oposição também são fruto do voto. Vejo com naturalidade extraordinária, mas não vejo essa naturalidade nas várias pregações, manifestações", criticou.

Temer disse que cada um pensa de uma maneira neste momento, seja no Estado ou na iniciativa privada, e alguns podem achar que "o seu pensamento pode ser o condutor da própria sociedade", o que é incorreto. "O correto é dizer, reiterar, enaltecer,ressaltar, repetir, afirmar e reafirmar que não há caminho fora da Constituição Federal." Ele afirmou ainda que "temos que acabar com essa história de que a autoridade é uma centelha divina".

Ele avaliou que o país "ganha estabilidade institucional definitiva quando tem instituições consolidadas" e defendeu a manutenção da Constituição. "Se formos comparar com a Constituição americana, é de 1789 e é a mesma até agora. Eu volto a dizer: nosso histórico constitucional tem períodos curtos de Estado. Ou seja, nosso Estado precisa ser reformulado a cada período (...) A nossa constituição, embora muito detalhada, pormenorizada, ela soube amalgamar princípios do liberalismo com os do socialismo."

Michel Temer discursou durante evento para lançamento da primeira portaria de avaliação de impacto do Programa de Fomento à Implantação das Escolas de Ensino Médio em Tempo Integral (EMTI), com a presença do ministro da Educação, Rossieli Soares.

Também foi anunciada a publicação da portaria do Programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE), para apoiar a implementação do Novo Ensino Médio. Juntas, as duas medidas somam investimentos no valor de R$ 600 milhões, que serão pagos entre 2018 e 2020.

A presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Cármen Lúcia, disse nesta sexta-feira (17) que os direitos previstos na Constituição não prejudicam o desenvolvimento econômico, e que há garantia de princípios, como o da livre iniciativa, capazes de garantir o trabalho e a dignidade de todos.

“Ainda na preparação dos trabalhos da Assembleia Constituinte, era criticado o que viria a ser promulgado como Constituição Brasileira em 1988, sob o argumento de que haveria direitos em excesso e a economia brasileira não suportaria tantos direitos”, lembrou a ministra. “Da minha parte, em primeiro lugar, não tenho esse tipo de visão”, afirmou em seguida.

##RECOMENDA##

A afirmativa foi feita durante a abertura do Seminário Direito e Desenvolvimento, organizado pela Fundação Getulio Vargas (FGV), em Brasília.

Ao mencionar o julgamento de ações sobre terceirização de serviços por empresas, iniciado ontem (17) no STF, a ministra Cármen Lúcia afirmou que "o direito no Brasil não impede, e que, pelo contrário, a Constituição assegura condições de um modelo econômico que garanta a livre iniciativa, que é um princípio basilar adotado pelo constituinte”. “Sem deixar de considerar que o Artigo 1º tem como um dos seus fundamentos a dignidade da pessoa humana”, acrescentou.

Cármen Lúcia reconheceu que a Constituição e as lei brasileiras podem ter falhas, mas lembrou que há espaço para aperfeiçoamento por meio da interpretação da Justiça e de emendas pelo Legislativo. E voltou a elogiar as leis criadas no país, entre elas a Ficha Limpa e a Maria da Penha. “As críticas feitas as leis brasileiras são feitas por quem não as quer cumprir", disse.

Um estudo divulgado pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) em parceria com o World Policy Analysis Center constatou que 90 milhões de crianças com menos de um ano de idade nascem e vivem em países que não têm nenhum tipo de licença-paternidade. O número equivale a cerca de dois terços das crianças. 

Comparando o Brasil com o restante do mundo, percebe-se que a situação não é uma das piores (visto que há uma previsão legal de licença), mas está distante do ideal: os cinco dias previstos pela Constituição Federal de 1988 corresponde a apenas 9% da média de tempo de licença registrado nos países desenvolvidos, de acordo com a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). 

##RECOMENDA##

Licença-paternidade no mundo

Para ter uma ideia melhor da situação, os cinco dias que são oferecidos no Brasil contrastam com as licenças oferecidas em países como Coréia (52,6 semanas), Japão (52 semanas) e Suécia (14,3 semanas). Na contramão, países como com o México tem uma semana e Estados Unidos e Suíça não preveem nenhum dia de licença remunerada para os pais de recém-nascidos.

Além da ampliação do tempo, outros fatores a se considerar no momento de um debate a respeito da licença-paternidade são a remuneração e a possibilidade ou não de dividir o período de dias a que cada membro do casal tem direito, para que tudo seja feito da maneira a que a família se adapte melhor. 

Apesar de ser completamente remunerada, a licença paternidade no Brasil não permite que o tempo a que o pai tem direito seja manejado pela família através de um planejamento que leve em conta as licenças de ambos os responsáveis pela criança.

Nesse sentido, a Suécia é apontada como um dos países com a legislação mais avançada de todo o mundo. Lá, desde 1974 existe a previsão legal de licença para os pais, sendo o primeiro do mundo a instituir esse tipo de política. 

Atualmente, casais recebem por lei 480 dias de licença a partir do nascimento da criança que podem ser divididos entre mãe e pai, dos quais 90 são compulsórios para o homem, que recebe 80% do salário, pagos pelo Estado nos primeiros 390 dias de licença.

Segundo a professora, pesquisadora e doutora em Direito do Trabalho, Isabele Moraes D’angelo, apesar de Constituição prever apenas cinco dias, há outros dispositivos legais além da própria vontade da empresa (uma vez que são os empregadores, não o Instituto Nacional de Seguro Social, quem paga pela licença-paternidade), que permitem a ampliação desse prazo. 

O Programa Empresa Cidadã, por exemplo, concede benefícios fiscais às empresas que devem, em troca, dar mais 15 dias aos funcionários, que devem fazer essa solicitação em até dois dias após o parto ou adoção e também precisam comprovar a participação em programas ou atividades de orientação sobre paternidade responsável. 

Além disso, o Marco Regulatório da Primeira Infância não modifica as regras para a licença-paternidade no serviço público, sendo possível que os servidores que tenham filhos disponham de até 30 dias, dependendo do Estado em que trabalhem. Em Pernambuco, por exemplo, a licença para servidores públicos é de 20 dias.

No ano de 2016, uma mudança na legislação que trata do tema (Artigo 473 da CLT) também instituiu o direito de os funcionários faltarem ao trabalho sem prejuízo salarial por até dois dias para acompanhar consultas médicas e exames complementares durante o período de gravidez de sua esposa ou companheira e um dia por ano para acompanhar filho de até 6 anos em consulta médica (Lei nº 13.257).

O advogado especialista em Direito Trabalhista e sócio da empresa Brasil Salomão e Matthes Advocacia Osvaldo Kusano explica em um artigo que a Reforma Trabalhista (Lei 13.467/2017) poderá ser modificada também por meio de acordos coletivos de trabalho. 

Para Isabelle, os requisitos para que a ampliação da licença seja concretizada são muitos, o que faz com que a possibilidade de ter 20 dias de licença não seja alcançável por todos os pais. 

Possíveis mudanças na Lei

Uma consulta aos portais de órgãos como a Câmara dos Deputados e o Senado Federal aponta um cenário em que vários políticos sugerem projetos de alteração das regras de licença-paternidade, alguns muito semelhantes entre si e outros que apresentam propostas totalmente distintas com tempos de que variam entre 30 e 120 dias de licença. Vários dos projetos foram apensados, cancelados, arquivados ou estão tramitando, alguns há vários anos, sem nunca chegar a ir ao plenário para votação.

No que diz respeito à ampliação de licença por casos especiais como, por exemplo, o falecimento da mãe no parto ou durante o período de licença maternidade e adoção por casais homoafetivos, a doutora em Direito do Trabalho Isabelle Moraes D’angelo explica que mesmo não havendo uma lei específica já existe um entendimento na justiça de que os pais devem ter direito a um regime especial de licença. 

Assim, na opinião de Isabelle, ainda é a falta de vontade política para levar adiante um projeto de lei que ponha na Constituição um período de licença que seja equiparado ao que é concedido às mães, ou que pelo menos amplie a participação do pai no começo do convívio com os filhos como um direito de todos os brasileiros.

 

Pais felizes são funcionários engajados

A concessão de uma licença-paternidade maior do que os cinco dias a que todos têm direito por força de lei, por escolha institucional, é uma prerrogativa que as empresas têm. No Brasil já encontramos alguns exemplos de companhias permitindo que, ao se tornarem pais, os homens que ali trabalham gozem de um benefício maior e com a remuneração integral. 

A empresa de cosméticos Natura, por exemplo, oferece 40 dias de afastamento do trabalho em função do nascimento ou adoção de filhos aos seus funcionários, sem nenhum desconto financeiro. 

De acordo com o diretor de remuneração e benefícios da empresa, Marcos Milazzo, a medida, que foi implementada no ano de 2016, tem por objetivo gerar um ambiente de trabalho que preze pelo bem-estar como meio de aumentar o engajamento dos funcionários. 

O engajamento é uma medição do modo como os funcionários se relacionam com a empresa. Segundo Marcos, as experiências positivas dos trabalhadores com a empresa e levando isso para outras pessoas. Conceder um tempo maior com a família no momento da chegada de um filho, segundo ele, é positivo para o funcionário e para a empresa porque se trata de um momento importante da vida em família que, quando melhor vivenciado, melhora a relação do funcionário com a empresa e eleva o engajamento.  

“Temos estudos que mostram que quando há uma experiência positiva de trabalho, há uma tendência a mais tranquilidade do funcionário, que se torna mais produtivo, mais eficiente, além de promover a empresa, o que ajuda a atrair novos talentos para trabalhar conosco”, explica. 

Um exemplo disso é o coordenador de sustentabilidade da Natura, João Teixeira, que tem um filho de três meses e tirou 40 dias de licença para ficar com ele e com a esposa quando o bebê nasceu. 

João destaca a importância de estar presente no dia a dia do filho no início de sua vida, dando também todo o suporte necessário à esposa, fortalecer o vínculo de pai e filho que acaba sendo limitado por causa do horário do trabalho. 

“Eu estava acostumado a cuidar do bebê, então eu senti um pouco esse retorno, de ver menos o bebê. Quando eu chego e ele está acordado e me dá um sorrisão, isso faz diferença. Fico muito contente de ter vivenciado esse começo da vida dele, conhecer a personalidade dele, entender ele, acho que isso me auxiliou no trato com meu filho e isso me deixa mais tranquilo para trabalhar”, explica João. 

Ele também explica que acha o tempo determinado pela lei muito curto para que a família se adapte à nova rotina e que os pais entendam o que significa cuidar de um bebê e a carga de trabalho que as mães têm com a criança quando não estão devidamente amparadas. 

“Acho que os pais que não têm essa vivência subestimam a carga da mulher por não entender o quanto é trabalhoso, além da criação do vínculo com o filho fica limitado. Ter mais tempo com o bebê acordado, ficando mais tempo em casa para conhecê-lo melhor faz diferença”, conta.

A ilha socialista de Cuba deve ter um primeiro-ministro e o reconhecimento da propriedade privada ampliado, caso o anteprojeto de reforma da Constituição seja aprovado pelo legislativo e pelos cidadãos em consulta popular.

Parte do texto que propõe a modificação da carta magna do país foi publicado na edição de sábado do jornal oficialista Granma. O documento completo será divulgado ao legislativo da ilha em 21 de julho e tem como objetivo consolidar na forma de lei as medidas que o governo vem implementando na última década.

##RECOMENDA##

"A experiência adquirida nestes anos de Revolução" e os "novos roteiros traçados pelas resoluções do Partido Comunista" são algumas das causas apontadas pelo Granma para a reforma constitucional.

Após os anúncios realizados em abril pelo ex-presidente Raúl Castro, uma sessão especial em junho da Assembleia Nacional do Poder Popular, o parlamento do país, formou a comissão que está atualizando a Constituição do país, que data de 1976. A versão final tem de passar pelo plenário e, depois, por consulta popular.

Os aspectos mostrados no anteprojeto da nova Constituição incorporam a figura de um primeiro-ministro que vai se encarregar do órgão executivo do país, o Conselho de Ministros. Por sua vez, os cargos de presidente e vice-presidente serão mantidos, com prerrogativa de liderarem o Conselho de Estado e o Parlamento.

Até agora, o presidente de Cuba encabeçava o Conselho de Ministros e de Estado, porém era uma figura separada do líder parlamentar, que comandava as duas plenárias anuais do órgão legislativo.

A nova Constituição vai manter direitos como a liberdade religiosa e vai ser explícita em relação à discriminação por identidade de gênero. O texto divulgado no Granma não detalha, porém, até que nível vai chegar o reconhecimento das uniões de casais LGBT, alvo de rechaço de algumas igrejas instaladas no país.

O texto traz ainda o reconhecimento da propriedade privada, de acordo com as medidas aprovadas por Castro e que ampliaram o exercício do emprego fora do Estado e abriu uma incipiente iniciativa privada para impulsionar a economia reprimida pelas sanções dos Estados Unidos.

Tudo isso com uma ressalva: o país seguirá sendo socialista. "Vamos manter os princípios essenciais da propriedade socialista de todo o povo sobre os meios fundamentais de produção e a planificação como componente principal de direção, o que adiciona o reconhecimento do papel do mercado e de novas formas de propriedade, entre elas a privada", disse o Granma. Fonte: Associated Press.

Presente na vigília que acontece na Câmara de Vereadores do Recife, nesta quarta (4), o ex-prefeito João Paulo, em entrevista ao LeiaJá, disse que vai acompanhar todo o julgamento até o resultado. O ex-prefeito também falou que o clima está positivo quanto à decisão dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) em relação a ser garantido o habeas corpus preventivo para o ex-presidente. “A torcida por Lula continua firme”, ressaltou. 

“O Supremo tem de resgatar a estabilidade jurídica para se garantir a estabilidade política e, consequentemente, a estabilidade econômica. Há um clima, a meu ver, mais positivo com relação à votação. Um clima mais positivo de quem está acreditando que a Constituição Federal vai ser preservada”, contou. 

##RECOMENDA##

João Paulo salientou que é necessário que o Brasil volte à “normalidade” política e democrática. “Nós estamos vivendo em um período de recessões nesses últimos momentos desde o impeachment e é preciso mudar”. 

No ato na Câmara do Recife, nesta tarde, muitos assistiram atentos ao julgamento. Alguns chegaram a gritar palavras em tom de indignação em referência aos ministros da Corte máxima do país. "Safado", "marginal", enfatizou um deles. Panfletos com o título "O povo quer Lula Livre" estão sendo distribuídos na Câmara. O texto afirma que Lula foi "o melhor presidente do Brasil de todos os tempos". 

No dia em que o Supremo Tribunal Federal (STF) julga o habeas corpus preventivo impetrado pela defesa de Lula, nesta quarta-feira (4), o presidente do PT-PE, Bruno Ribeiro, se mostrou bastante positivo. “Lula não tem como ser preso, não há crime para que possa ser preso. Lula não vai ser preso porque a Constituição lhe garante, inocente como ele é, liberdade para que ele prove sua inocência recorrendo em liberdade”, disse. 

Em entrevista ao LeiaJá, Ribeiro falou que o Supremo tem o dever de aplicar a Constituição Federal. “Que assegura a todos os cidadãos a presunção da inocência, no caso de Lula, é muito forte [a presunção] porque não há nenhuma prova que tenha vindo daquele processo de Curitiba que qualquer um de nós possa apontar”, argumentou. 

##RECOMENDA##

“Vamos continuar esperando que o STF assegure a Lula o que é garantido a todo cidadão brasileiro. A Constituição é expressa quando diz que todo cidadão tem direito a recorrer em liberdade até transito final da condenação. Esse é um direito de todos os brasileiros e, portanto, é de Lula também, que é um homem inocente”, ressaltou. 

O petista ainda falou que o Brasil vive uma “profunda” crise política. “Precisamos de mais democracia e não o que está ocorrendo. A última presidente eleita foi destituída por motivo fútil em uma ação combinada entre o Judiciário, parte do Supremo e o Legislativo e agora, perto da próxima eleição, aquele cidadão que é o Lula, que todas as pesquisas indicam que será o vitorioso na eleição também um setor do Judiciário quer prendê-lo querendo violar a democracia. Não há dinheiro em conta bancária de Lula, então a gente não aceita essa partidarização da Justiça”. 

Bruno Ribeiro voltou a dizer que Lula está sofrendo uma perseguição política. “O processo não apresentou uma só prova de qualquer crime de propriedade do apartamento onde ele não passou uma noite, onde não há um recibo, não há uma escritura e não há uma prova que ele favoreceu a empresa proprietária do apartamento, a OAS”, concluiu. 

 

A Universidade Guarulhos realizou o segundo dia do II Congresso Brasileiro de Processos e Constituições, nesta quinta-feira (13), no anfiteatro F do Campus Centro, em Guarulhos. 

Na parte da manhã, o evento contou com a presença do ministro do STJ, Luiz Alberto Gurgel de Faria, do desembargador Fábio Prieto de Souza e do juiz do Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo, Manuel Pacheco Dias Marcelin. Os assuntos abordados foram: "Precedentes e Motivação na Visão do NCPC", "Sistema Eleitoral", "Estrutura do TRE", "Princípios constituicionais no NCPC", "Negócios Jurídicos Processuais" e "Gestão de demandas repetitivas e NCPC".

##RECOMENDA##

Já na parte da tarde, os congressistas receberão os ministros Ricardo Villas Bôas Cueva, Paulo de Tarso Vieira Sanseverino, Marco Aurélio Gastaldi Buzzi, Reynaldo Soares da Fonseca, Marcelo Navarro Ribeiro Dantas, Antônio Saldanha Palheiro, Joel Ilan Paciornik, Nefi Cordeiro, Luís Felipe Salomão e, também, do ministro Paulo Dias de Moura Ribeiro, que é diretor do curso de Direito da UNG.

“Promover um Congresso tão importante é uma honra para a Universidade, sobretudo por ser um canal de extensão do conhecimento aplicado na sala de aula. Reunir grandes nomes operadores do Direito no Brasil é uma oportunidade ímpar para aqueles que desejam conhecer e se aprofundar em uma área que é essencial para o desenvolvimento harmônico da sociedade”, explica o reitor da Universidade Guarulhos, Jânyo Diniz.

Amanhã é o último dia de evento que contará com um Painel sobre "Novas formas de resolução de conflitos no Código de Processo Civil", uma conferência de "Questões comtemporâneas do Direito Constituicional" e mais um painel sobre "Os aspectos processuais e constitucionais do Direito e os reflexos na prestação profissional".

O Congresso está sendo realizado no Anfiteatro F do Campus Centro, localizado na Praça Tereza Cristina, 88, Centro de Guarulhos - SP.

A Câmara dos Deputados analisa uma proposta de emenda constitucional de Andrés Sanchez (PT-SP) que permite que instituições de ensino superior públicas cobrem mensalidades de alunos que têm condições financeiras de arcar com os custos do curso. De acordo com o deputado, “boa parte dos estudantes das instituições públicas têm poder aquisitivo para custear seus estudos”.

Sanchez reitera que a cobrança pode não ser suficiente para custear o ensino superior como um todo, mas representa uma significante contribuição para a manutenção e melhora da oferta de cursos. De acordo com o texto da proposta, as cobranças seriam calculadas com base na situação socioeconômica de cada um, assim, o estudante pode pagar proporcionalmente à renda familiar.

##RECOMENDA##

A cobrança seria atribuída somente aqueles que cursaram o ensino médio totalmente em escolas públicas ou obtiveram bolsa integral em colégio particular. Outra opção é o pagamento do curso em serviços que, segundo o parlamentar, pode levar serviços essenciais às regiões mais carentes, como no caso de médicos e enfermeiros.

A Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania será a primeira a estudar se a emenda será levada para votação.

Em Caruaru, a prefeita Raquel Lyra (PSDB) anda tão no mundo da lua que acha que seu nariz é capaz de interferir em assuntos que só o Congresso Nacional tem poderes: a Constituição. Em projeto enviado à Câmara de Vereadores, a nobre tucana tentou reduzir de seis para quatro meses o direito à licença maternidade e sofreu, evidentemente, sua primeira e vergonhosa derrota na Casa.

Será que essa ideia de jerico partiu mesmo da sua cabeça? Tenho impressão que sim, porque o que se diz em Caruaru – e até as paredes da Prefeitura sabem – é que ela não escuta ninguém. Até o pai, um político tão experiente, que já governou o município, foi deputado estadual e governador do Estado por nove meses, deixou de meter a sua colher no angu da filha, depois de se convencer que prega no deserto.

Tão cegos quanto à prefeita, 15 vereadores ainda se submeteram ao vexame de votar a favor da maluca iniciativa. Não fosse o vereador Daniel Filizola, da bancada do PT, que de forma competente alertou para a inconstitucionalidade da matéria, a Câmara de Caruaru teria produzido, ontem, uma tremenda agressão à Constituição.

Na verdade, a prefeita, eleita em nome da mudança e dos avanços sociais, deu mais uma demonstração de que entre o seu discurso e a prática existe de fato uma distância muito grande. Cortar dois meses de licença maternidade, direito garantido pela Carta Magna, é apunhalar mulheres que, com o seu voto, deram carta branca a uma mulher para comandar os destinos de Caruaru.

Raquel faz coisas inacreditáveis. Esta semana, por exemplo, levou o secretariado para uma reunião num hotel de luxo em Gravatá. Quanto custou a lambança aos cofres da pobre municipalidade? Ela pouco está se lixando, até porque reduziu a pó a estrutura que o ex-prefeito José Queiroz (PDT) criou para reuniões de monitoramento do secretariado. Raquel está tão perdida que apenas para irritar o deputado federal Wolney Queiroz (PDT), majoritário no município, escolheu Guilherme Coelho, com base no Sertão do São Francisco, como seu porta-voz junto à bancada federal.

MANIFESTANTES DERROTADOS – A Justiça Federal determinou no final da manhã de ontem que os credores da empresa Mendes Junior desocupem o prédio onde funciona a Coordenação do Eixo Norte da Transposição do Rio São Francisco, em Salgueiro, no Sertão Central. O local foi ocupado na segunda-feira passada. Os manifestantes cobram o pagamento de R$ 24 milhões referentes a serviços prestados no período em que a construtora era responsável pelas obras da Transposição. A dívida, segundo eles, deveria ter sido paga em 2016, quando a obra foi paralisada. A desocupação, segundo a liminar, deveria ser imediata. Caso a ordem judicial seja descumprida, os manifestantes devem pagar uma multa de R$ 5 mil por dia.

O mico da semana – No mesmo dia, de forma inusitada e anárquica, a Câmara de Olinda protagonizou ontem o mico da semana: fez duas votações para garantir o título de cidadão ao ministro de Minas e Energia, Fernando Bezerra Filho. Na primeira votação, eram necessários 12 votos a favor, mas o placar acabou em 10 a 4. Na segunda, porém, dois vereadores mudaram de posição e o placar foi de 14 votos contra um, do vereador Marcelo Soares (PCdoB). O autor da proposta, Saulo Holanda (PTC), diz que o ministro merece a homenagem por viabilizar um parque de energia renovável para Olinda e disponibilizar verbas para a restauração de monumentos históricos.

Recursos para irrigação – Recebido, ontem, pelo ministro da Integração Nacional, Helder Barbalho, o senador Fernando Bezerra Coelho (PMDB) teve a garantia de recursos federais para a manutenção de perímetros irrigados do Nordeste. Só ao Sistema Itaparica, Barbalho assegurou ampliar o orçamento para R$ 21 milhões. Além disso, R$ 3 milhões serão liberados à Companhia Energética de Pernambuco (Celpe) para o pagamento de despesas com energia elétrica em perímetros localizados no Estado, especialmente nos municípios de Petrolândia, Orocó e Santa Maria da Boa Vista. O ministro também assegurou o repasse de quase R$ 4,2 milhões à Prefeitura de Caruaru (PE) relativos à segunda parcela do convênio para a canalização dos córregos Salgado e Mocós.

Na casa do irmão – O diretor jurídico do Grupo J&F Francisco de Assis e Silva revelou em anexo complementar de sua delação entregue à Procuradoria-Geral da República, durante negociações para fechar acordo, que o ex-ministro do Governo Temer Geddel Vieira Lima usava o apartamento funcional do irmão deputado, Lúcio Vieira Lima (PMDB/BA), em Brasília, para promover reuniões sobre propinas. A informação foi divulgada com exclusividade pelo site O Antagonista e confirmada pela reportagem do Estadão.

Jucazinho na lista de risco – Relatório da Agência Nacional de Águas (ANA) identificou 25 barragens no País com estruturas comprometidas. Entre os problemas identificados estão deficiências no vertedor, que é por onde a água é escoada, fissuras e deterioração na estrutura de concreto das barragens, erosões e concreto com péssima qualidade. Das 25 barragens, 16 são públicas e 9 privadas, sendo a maioria ligada ao agronegócio. Nenhuma delas tem relação com mineração ou geração de energia. Em Pernambuco, apenas a barragem de Jucazinho, com grandes fissuras, aparece na lista. No Nordeste, o Estado campeão é o Ceará, com nove reservatórios em situação bastante degradada.

CURTAS

EMPREENDEDOR – Até o final de novembro a cidade de Itaíba vai passar a contar com a Sala do Empreendedor numa parceria formalizada entre a prefeita Regina Cunha (PTB) e o Sebrae. Na semana passada, o consultor do Sebrae, Ricardo Santiago, esteve reunido com o vice-prefeito Valdo do Pipa e a secretária de Administração, Tamara Evellyn, para tratar da instalação da Sala que funcionará no prédio da Prefeitura Municipal. O vice-prefeito será o agente de desenvolvimento da Sala do Empreendedor.

CINEMA – O programa Pernambuco que Acolhe, da Coordenadoria da Infância e Juventude do Tribunal de Justiça de Pernambuco (CIJ/TJPE), promove, hoje, sessão de cinema para cerca de 130 crianças que vivem em dez instituições de acolhimento localizadas em Olinda, Recife, Jaboatão dos Guararapes, Afogados da Ingazeira, Paulista, Ipojuca e Cabo de Santo Agostinho. O evento acontece às 10h, no Cinemark do shopping Riomar, no Recife, com a exibição do filme “Lino: uma aventura de sete vidas”. Participam da sessão, crianças e adolescentes das casas Recanto do Adolescente, Recanto da Criança, Lar Maná, Raio de Luz, Estação Feliz, Vovó Geralda, Ivanilda Maria, Craur, Casa de Meu Pai e Reaviva.

Perguntar não ofende: O que Lula quis dizer quando afirmou que está lascado?

A comissão especial da Câmara que analisa a reforma política aprovou uma mudança na Constituição Federal que institui o sistema chamado distritão. Foram 17 votos a favor e 15 votos contrários, com duas abstenções.

A aprovação não quer dizer que o distritão entrará em vigor nas eleições de 2018 e 2020. Isso porque precisa passar pelo crivo dos plenários da Câmara e do Senado, e ser promulgada até 7 de outubro para valer nas disputas do próximo ano.

##RECOMENDA##

O modelo distritão funciona da seguinte maneira: o estado e município se torna um distrito eleitoral e funcionará para a escolha de deputados federais, estaduais, distrital e vereadores. Assim, serão eleitos os candidatos mais votados no distrito, como acontece hoje na eleição dos senadores. Não é levado em conta os votos para partidos e coligações.

O modelo divide opiniões dos parlamentares. Quem defende o modelo argumenta que é simples de ser compreendido pelo eleitor, reduzirá o número de candidatos e acabará com a figura dos chamados puxadores de votos - aqueles que recebem muitos votos e elevam o quociente partidário permitindo a eleição de candidatos menos votados. Os contrários alegam que o modelo favorece os candidatos mais conhecidos do eleitorado e dificulta a eleição de novos candidatos no cenário político, além de enfraquecer o papel dos partidos.   

No sistema atual, o proporcional, as cadeiras de deputados federais, estaduais e vereadores são divididas de acordo com o quociente eleitoral, que determina quantas vagas cada partido tem direito.

A comissão também aprovou a criação de um fundo de financiamento de campanha, que poderá receber aproximadamente R$ 3,6 bilhões da União.

O que está sendo discutido na reforma política?

A reforma política em tramitação discute temas como sistema eleitoral, financiamento de campanha, fim das coligações e adoção da cláusula de barreira. Esses dois últimos pontos estão na Proposta de Emenda à Constituição 282/2016 em discussão em outra comissão na Câmara, sob relatoria da deputada Sheridan (PSDB-RR).

Como funciona hoje o sistema eleitoral de votação para o Congresso Nacional?

O sistema proporcional é o previsto na Constituição e em vigência atualmente no país. Deputados federais, estaduais e vereadores são eleitos no modelo proporcional com lista aberta. São somados os votos válidos nos candidatos e nos partidos ou coligações, o total é dividido pelo número de vagas em disputa para deputado federal e estadual em cada estado, ou para vereador em cada município. O resultado da divisão é o chamado quociente eleitoral, que determinará o número de votos necessários para eleger cada parlamentar. Os eleitos são os mais votados dentro do partido ou coligação, de acordo com o número de vagas a que a legenda tiver direito.

O que foi aprovado na comissão?

O texto aprovado cria o modelo do distritão, que valerá apenas para as eleições de 2018 e 2020 - deputados federais, estaduais, distrital (2018) e vereadores (2020). E estabelece que o sistema de voto distrital misto, que combina voto majoritário e em lista preordenada, deverá ser regulamentado pelo Congresso em 2019 e, se regulamentado, passaria a valer para as eleições a partir de 2022.

De acordo com o parecer do relator na comissão, deputado Vicente Cândido (PT-SP), o voto distrital misto será adotado para a eleição dos cargos de deputados federal, estadual e distrital e vereador nos municípios com mais de 200 mil eleitores. O sistema de lista preordenada seria adotado nas cidades com menos de 200 mil eleitores.

O que é o distritão?

O modelo estabelece que vence a eleição quem tiver o maior número de votos. As eleições de deputados e vereadores passariam a ser majoritárias, como são hoje as de senador. Ou seja, os mais votados em cada estado ou município serão eleitos, independentemente dos resultados de seus partidos. Não há voto em legenda nem quociente eleitoral. 

O que é o distrital misto?

De acordo com a proposta, pelo sistema distrital misto, o eleitor vota duas vezes: uma na lista preordenada pelo partido e outra no candidato de seu distrito eleitoral. Os votos recebidos pelo partido são contabilizados de forma proporcional e indicam o número de cadeiras a que tem direito, sendo eleitos os candidatos pela ordem da lista indicada. De outro lado, os votos nos candidatos do distrito são de forma majoritária, considerando metade das cadeiras em disputa no distrito.

Próximos passos

Após ser aprovada na comissão, a proposta seguirá para o plenário da Câmara, onde terá de ser aprovada em dois turnos de votação antes de seguir para o Senado, onde também passa por dois turnos. A proposta necessita do apoio mínimo de três quintos do total de deputados, o que corresponde a 308 na Câmara. Para valer na eleição do ano que vem, precisa ter sido aprovada na Câmara e no Senado até a primeira semana de outubro deste ano.

O Conselho Regional de Medicina de São Paulo (Cremesp) anunciou hoje (1º) que vai entrar com uma representação contra o Ministério da Saúde por improbidade administrativa. De acordo com o presidente do órgão, Lavínio Nilton Camarim, o governo federal não repassou a verba total que deveria ser destinada aos serviços públicos de saúde conforme está previsto na Constituição.

A Comissão de Orçamento e Financiamento do Conselho Nacional de Saúde (Cofin/CNS) reprovou o relatório do Ministério da Saúde por aplicar R$ 253 milhões a menos no setor em 2016. Foi a primeira vez que a pasta deixou de aplicar os 15% mínimos garantidos por lei. O Cremesp declarou que espera explicações do ministro Ricardo Barros sobre a divergência.

##RECOMENDA##

Notificação por declaração na TV

Em um episódio ocorrido no programa Bem Estar, da Rede Globo de Televisão, o médico infectologista Caio Rosenthal declarou que as pessoas não devem recorrer aos farmacêuticos para ter auxílio sobre tratamentos de DST´s porque esse tipo de profissional “não sabe fazer a coisa direito”. O Conselho Regional de Farmácia do Estado de São Paulo emitiu uma notificação pedindo retratação por parte do médico, por ter ferido o Código de Ética Médica.

Em resposta, Rosenthal se retratou e disse que a informação foi dada “de forma apressada, devido ao tempo do programa ter se esgotado” e que “se dirigiu aos farmacêuticos de forma absolutamente inapropriada” quando tentou se referir aos “balconistas sem formação que interferem dando opiniões e prejudicando o tratamento de pessoas leigas”.

No último levantamento da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Brasil tinha 14,2 milhões de desempregados.  De acordo com o balanço, esse é o pior índice registrado desde 2012.  

E com essa estatística é muito comum que cada dia mais os profissionais que ainda estão empregados fiquem preocupados com relação ao desemprego. Apesar disso, existe uma série de direitos garantidos pela constituição que oferecem ao trabalhador um "fôlego" para se readequar ao mercado de trabalho, mesmo após a aprovação da Reforma Trabalhista. 

##RECOMENDA##

Para tirar as dúvidas, o advogado trabalhista Gilberto Bento Jr listou 10 direitos garantidos aos trabalhadores após a demissão, tanto os que continuam como os que mudaram após a reforma. Entretanto, o especialista ainda alerta que: “em casos das demissões por justa causa, os trabalhadores perdem parte dos direitos citados abaixo, desde que seja comprovado que ela ocorreu”.  

Confira quais são os 10 direitos: 

Rescisão 

Quando o aviso prévio for indenizado, o empregador deve pagar em até dez dias, após a dispensa, o valor da rescisão. E quando o aviso prévio for trabalhado, o empregador tem que pagar no primeiro dia útil após a dispensa. Após a reforma trabalhista a data continua igual, salvo se empresa combinar por escrito data diferente com o trabalhador. 

Saldo de salário 

Deve ser pago na proporção aos dias trabalhados no mês da demissão. Isto é, o salário mensal, dividido por 30 e multiplicado pelo número de dias trabalhados. Com ou sem justa causa. Após a reforma trabalhista esse direito continua igual e não pode ser alterado por acordo entre empresa e trabalhador. 

Aviso prévio 

Pode ser indenizado ou trabalhado, o empregador tem a opção de avisar ao trabalhador sobre a demissão com 30 dias de antecedência ou, pagar o salário referente a esses 30 dias sem que o empregado precise trabalhar. Só para casos sem justa demissão. Após a reforma trabalhista esse direito continua igual e não pode ser alterado por acordo entre empresa e trabalhador. 

Aviso prévio indenizado proporcional 

Instituído por lei no fim de 2011, quando a dispensa é sem justa causa, para cada ano trabalho, há acréscimo de 03 (três) dias no aviso prévio, com limite de adicional de até 60 (sessenta) dias, portanto, no máximo o aviso prévio poderá ser de 90 (noventa) dias. Após a reforma trabalhista esse direito continua igual e não pode ser alterado por acordo entre empresa e trabalhador. 

Férias e adicional constitucional de um terço 

Todo mês trabalhado dá direito à uma proporção de férias, que equivale a um salário inteiro, mais um terço, após 1 ano de trabalho, este valor deve ser pago independente do motivo da dispensa. Só não será pago caso haja faltas não justificadas e outras infrações constatadas. Após a reforma trabalhista esse direito continua igual e não pode ser alterado por  

13º salário 

Deve ser pago todo fim de ano ou em época combinada em convenção coletiva, caso ocorra dispensa, com ou sem justa causa, deve ser pago na proporção dos meses trabalhados, ou seja, divida o valor do salário por 12 meses para saber o valor proporcional de 1 mês trabalhado, e multiplique pela quantidade dos meses que trabalhou para chegar o valor correto. Após a reforma trabalhista o direito de receber o 13º salário continua igual e não pode ser alterado por acordo entre empresa e trabalhador, mas as datas de pagamento podem ser negociadas. 

Fundo de Garantia do Tempo de Serviço - FGTS 

Só para quem foi dispensado sem motivo, nasce o direito de sacar os valores do FGTS, incluindo o depósito correspondente ao aviso prévio e outras verbas pagas na rescisão. O FGTS atualizado corresponde a aproximadamente um salário por ano. Após a reforma trabalhista esse direito continua igual e não pode ser alterado por acordo entre empresa e trabalhador. 

Multa de 40% sobre o saldo do FGTS 

Nas demissões sem justa causa, o empregador por lei deve pagar uma multa de 40% do valor depositado no FGTS do trabalhador. Após a reforma trabalhista esse direito continua igual e não pode ser alterado por acordo entre empresa e trabalhador, mas observamos que agora nasce o direito de demissão acordada onde a empresa paga multa de 20% e o trabalhador pode sacar 80% do valor depositado. 

Liberação de guias para saque de seguro desemprego 

Nos casos de dispensa sem justa causa, se o empregado trabalhou o tempo necessário exigido por lei, tem o direito de solicitar as guias para receber seguro desemprego, estas guias devem vir junto com o TRTC – termo de rescisão do contrato de trabalho. Esse direito pode sofrer alterações após a reforma trabalhista, e vai variar de acordo com os novos contratos de trabalho. 

Obrigação de homologação da rescisão 

Para quem trabalhou mais de 12 (doze) meses, a lei determina que o TRTC seja homologado, por sindicato ou pelo Ministério do Trabalho, onde um representante habilitado deve verificar o termo de rescisão auxiliando o trabalhador. Caso exista algum incomum, a homologação deva acontecer com ressalvas, explicando no próprio termo de rescisão a situação, para posterior solução, caso seja necessário. A obrigação de homologação sindical após a reforma trabalhista não existirá mais, no entanto, não está clara a obrigação de homologação da dispensa após 12 meses, sobre ela ser obrigatória perante o Ministério do Trabalho. 

LeiaJá também

--> Reforma trabalhista é publicada no Diário Oficial da União 

--> Reforma trabalhista prevê demissão consensual 

--> 10 sinais que você está prestes a ser demitido

Páginas

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando