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O prefeito de Jaboatão dos Guararapes, na Região Metropolitana do Recife (RMR), Anderson Ferreira (PL) terá a candidatura à reeleição confirmada em convenção nesta segunda-feira (14), das 14h às 17h. O evento será realizado no Colégio Elo, em Candeias, mas por conta das restrições diante do novo coronavírus terá transmissão on-line. 

Além do PL, partido do prefeito, a convenção vai acontecer conjuntamente com outras nove legendas que compõem a coligação ‘Jaboatão - O trabalho faz a diferença’. Participam da atividade o PSC, Cidadania, DEM, PSL, PTB, Patriota, PSDB, Avante e Solidariedade. Também compondo a coligação, PSD, Podemos, PV e PMN já realizaram suas convenções. O PP fará convenção na quarta-feira (16).

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Como forma de garantir a segurança e evitar aglomeração, cada legenda fará sua convenção em salas separadas, com a presença apenas dos dirigentes partidários. Ao final, haverá um ato político – com controle do número de pessoas - na quadra da escola, quando o prefeito fará um pronunciamento e receberá os representantes de cada partido da coligação para consolidar a aliança.

Além de confirmar a chapa majoritária, as convenções vão homologar também as candidaturas proporcionais. No entanto, os candidatos a vereador não poderão permanecer no local, vão entrar nas salas apenas para assinar a ata.

A prefeita de Caruaru, no Agreste de Pernambuco, teva a candidatura à reeleição confirmada durante convenção nesse domingo (13). Além do PSDB, no palanque da prefeiturável outras 11 legendas formam a coligação Todos por Caruaru: Democratas, Cidadania, PTB, PL, Podemos, PMB, PSC, PRTB, Avante, Patriota e PMN. A convenção, que foi transmitida ao vivo pelo Facebook do PSDB, contou com representantes de todas as siglas.

O evento também marcou a homologação de 31 pré-candidatos que concorrerão às vagas da Câmara Municipal. Estiveram presentes na reunião o ex-governador João Lyra Neto, os deputados federais Daniel Coelho e Fernando Rodolfo, as deputadas estaduais Priscila Krause e Alessandra Vieira, além do prefeito de Santa Cruz do Edson Vieira.

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Respeito, trabalho e cuidado com os caruaruenses foram as palavras que mais se destacaram no discurso de Raquel, que reafirmou o seu compromisso de seguir transformando Caruaru pensando no futuro das pessoas. “Depois desses 3 anos e 8 meses cuidando incansavelmente da nossa gente, nós estamos aqui para renovar o nosso compromisso de seguir com o trabalho de transformação pela Caruaru do futuro. Nós precisamos seguir construindo a nossa cidade para as novas gerações, garantindo mais emprego, renda, saúde, educação... tudo isso para mudar verdadeiramente a vida das pessoas, seja no centro, na periferia ou na zona rural”, ressaltou a candidata.

A preocupação com a saúde durante o período eleitoral também foi um ponto destacado por Raquel. “Como todos sabem, estamos vivendo um momento diferente no mundo inteiro. Essa campanha vai precisar que a gente se cuide e cuide de quem estiver por perto. Sabemos que os próximos dias não serão fáceis. Precisamos da união dos caruaruenses para esse trabalho seguir em frente, respeitando sempre os nossos adversários e acreditando também no respeito mútuo deles conosco. Que a nossa caminhada seja construída na base da conversa, transparência e atitudes honestas”, pontuou.

Para o candidato a vice-prefeito Rodrigo Pinheiro, o momento é de prestação de contas e de dar continuidade aos projetos pelos avanços no município. "Foram 3 anos e 8 meses de muito trabalho e com a expectativa positiva de que podemos muito mais nos próximos 4 anos. Estamos confiantes e tenho certeza de que teremos muito trabalho pela frente", finalizou Rodrigo.

O PSB vai oficializar a candidatura à reeleição do prefeito do Cabo de Santo Agostinho, na Região Metropolitana do Recife (RMR), Lula Cabral. A convenção municipal da legenda será no modelo drive-in na Praça 9 de julho, nesta sexta-feira (11), às 19h. 

Cabral vai disputar o quarto mandato como gestor da cidade. O palanque dele já conta com alianças de partidos como PP, PSL, PDT, PROS, PTC, PMN, Avante e Republicanos. Na convenção, cerca de 180 pré-candidaturas a vereador também serão confirmadas. 

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De acordo com publicações nas redes sociais do prefeito, os militantes vão precisar permanecer dentro dos carros para acompanhar a convenção e medidas de proteção contra a proliferação da Covid-19 devem ser adotadas.

O PSB marcou para o dia 15 de setembro a convenção municipal em que pretende confirmar a candidatura do deputado federal João Campos a prefeito do Recife. Ainda não foi anunciado como será o evento que deve reunir lideranças de partidos que formam a Frente Popular do Recife. 

Seguindo recomendações do Tribunal Regional Eleitoral (TRE), o evento não pode desrespeitar as regras sanitárias estabelecidas por decretos estaduais que, inclusive, proíbem aglomerações de mais de 10 pessoas. 

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João Campos usou as redes sociais, nessa quarta-feira (2), para comentar sobre a expectativa de reunir mais partidos em torno do seu nome até o dia 15. 

"Sinto que estamos no caminho certo quando vejo a unidade da Frente Popular do Recife, que se fortalece e segue crescendo, confirmando apoios importantes. A nossa convenção acontece no próximo dia 15, um momento importante nesta nova fase que se inicia. Estamos todos muito motivados e eu tô focado na missão, vamos à luta juntos. Continua acompanhando em tempo real cada boa nova. Em breve trago mais informações", escreveu em publicação no Instagram.

O PDT do Recife segue sem definição sobre como se posicionará na disputa pela Prefeitura do Recife. A expectativa era de que a decisão fosse anunciada durante uma coletiva marcada para esta terça-feira (1º), com a presença do presidente nacional, Carlos Lupi, e do senador Randolfe Rodrigues (Rede), que cumpriram agenda nessa segunda-feira na capital pernambucana para tratar do assunto, mas a entrevista foi cancelada.  

Após um dia de conversas lideradas por Lupi, sem o fechamento de um acordo, o partido decidiu cancelar a coletiva ainda na noite dessa segunda. E, em nota enviada à imprensa nesta terça, confirmou-se também o adiamento da convenção municipal, antes marcada para hoje. 

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“A coletiva marcada para hoje pelo Partido Democrático Trabalhista (PDT) do Recife está cancelada. Pedimos desculpas e informamos que os impasses internos serão resolvidos na convenção do próximo dia 8 de setembro”, diz o texto.  

Postergar a convenção trouxe mais tempo para o PDT resolver os impasses internos. De um lado, há quem defenda que o partido mantenha a aliança firmada com o PSB, mas do outro, e com maior parcela da legenda, a defesa é por uma candidatura própria. Dois pedetistas se colocaram como eventuais postulantes ao cargo: o deputado federal Túlio Gadêlha e a ex-vereadora Isabella de Roldão. Isabella, inclusive, já chegou a se colocar como opção para vice na chapa do PSB. Já Túlio e aliados defendem a candidatura própria.

O Partido Novo no Recife oficializou, na noite dessa segunda-feira (31), os nomes dos candidatos aos cargos de prefeito, vice-prefeito e vereadores na capital pernambucana. Com as presenças do governador de Minas Gerais, Romeu Zema, responsável pela abertura da convenção virtual, e do presidente Novo Nacional, Eduardo Ribeiro, a sigla confirmou o procurador Charbel e André Teixeira para compor uma chapa pura majoritária, além de 13 candidatos a vereadores. 

Os postulantes à Câmara são: Albânia Alves, Cléber Magalhães, Daeme Telles Gonçalves, Denayde Santana, Edmilson Coutinho, Eduardo Tasso, Gentil Tiago, Givanildo Rodrigues (Giva), Raul Lins, Tati Salustiano, Tecio Teles, Virgilio Rosa e Zélia Moura.  

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“Recife precisa sair das garras da esquerda, são muitos anos na mesmice. Somos a capital nacional do desemprego. Vivemos hoje uma escuridão do socialismo, do esquerdismo implantado na cidade, que faz com que Recife atenda interesses obscuros. Precisamos de novas ideias para eliminar os problemas. Uma carga tributária mais leve para o cidadão, menos burocracia e mais empregos, melhora no serviço público, vamos buscar mais participação da iniciativa privada, teremos mais segurança. Vamos acabar com essa defasagem do nosso saneamento básico. Precisamos ter boa relação com o Governo Federal, isso é básico para crescermos”, resumiu Charbel. 

Os filiados passaram por longo processo seletivo elaborado pelo próprio partido, no qual foram avaliados os conhecimentos de princípios constitucionais, das funções aos cargos que concorrerão e posicionamento em situações sobre diversos temas. O partido se negou a fazer coligações, por ser contra o uso do Fundo Eleitoral de R$ 2 bilhões para financiamento de campanhas. A sigla ainda devolveu para a União os R$ 36,5 milhões aos quais teria direito. 

“O Novo não usa recursos públicos. Temos uma bússola e nos guiamos por ela. Estamos na direção correta. Aqui em Minas, estávamos indo para o abismo. Agora o Estado é um exemplo e espero que aí no Recife possa seguir a mesma rota. Na pandemia, somos o Estado com a menor taxa de óbito com a pandemia no Brasil. Colocamos o serviço público para estar a serviço do cidadão, e não para prestar serviço aos poderosos, como no passado. O trabalho sério na gestão pública é capaz de melhorar a educação, saúde, entre outros. Esse é o nosso objetivo. Todos os candidatos têm uma grande chance de ser eleito, pois somos um partido diferente. Dependemos dos nossos filiados para caminhar, e não de recursos públicos. Vamos mudar os destinos do Brasil!”, disse o governador de Minas Gerais. 

*Da assessoria de imprensa

O PDT do Recife está com a convenção marcada para esta terça-feira (1º), mas os rumos do partido na disputa pelo comando da capital pernambucana ainda não foram fechados. Nesta segunda-feira (31), o presidente nacional da sigla, Carlos Lupi, está na cidade para conversar com as duas pré-candidaturas: a ex-vereadora Isabella de Roldão e o deputado federal Túlio Gadêlha. 

Além disso, também há informações de que Lupi também deve ir à mesa com o governador Paulo Câmara e o prefeito do Recife, Geraldo Julio, ambos do PSB - de quem o PDT é aliado. Os líderes pessebistas tentam convencer o partido a seguir na Frente Popular e apoiar o nome do deputado federal João Campos.

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Após as tratativas, Lupi vai anunciar o posicionamento pedetista durante uma entrevista coletiva, agendada para às 10h de amanhã. Apesar da conversa de Lupi com Geraldo e Paulo, a direção municipal do PDT aprovou uma resolução endossando a candidatura própria no Recife. 

Inclusive, uma pesquisa encomendada pela legenda, feita pelo Datamétrica, reforça a tese, inclusive diante do nome de Túlio Gadêlha, que apresenta um desempenho maior do que o de Isabella de Roldão e atrelado ao ex-ministro Ciro Gomes aparece em terceiro lugar nas intenções de votos.

O Tribunal Regional Eleitoral de Pernambuco (TRE-PE) se reúne, nesta sexta-feira (28), às 17h, para decidir como serão os atos públicos do processo eleitoral, como convenções partidárias e eventos ligados à propaganda eleitoral, em meio à pandemia da Covid-19. A sessão extraordinária foi convocada em razão de uma consulta formalizada pela Procuradoria Regional Eleitoral de Pernambuco (PRE-PE) nessa quinta-feira (27). 

“Trata-se de uma oportuna iniciativa da Procuradoria Regional Eleitoral, porque dá ensejo a que o TRE-PE, respondendo à consulta formulada, firme o seu entendimento sobre a possibilidade ou não da realização presencial de convenções partidárias, comícios e passeatas, durante a pandemia da Covid-19, no âmbito do Estado de Pernambuco”, diz o presidente do TRE-PE, desembargador Frederico Neves. 

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A consulta foi distribuída ao vice-presidente e corregedor do TRE-PE, desembargador Carlos Moraes. Na peça do Ministério Público Eleitoral, o procurador regional eleitoral, Wellington Saraiva, e o procurador regional eleitoral substituto, Fernando José Araújo Ferreira, questionam o Tribunal sobre a aplicação da legislação em em relação a atos públicos que possam gerar aglomeração e, desta forma, aumentar o risco de contágio pelo novo coronavírus. 

Entre as indagações, consta a seguinte: "Caso partidos políticos decidam realizar convenções partidárias na forma presencial, devem observar as regras sanitárias mais restritivas, entre as federais, estaduais e municipais, em face da pandemia de Covid-19, causada pelo novo coronavírus (SARS-CoV-2, HcoV-19 ou 2019-nCoV)?" 

Segundo Wellington Saraiva, “existe em vigor um decreto que proíbe aglomeração em número de pessoas superior a 10 em espaços abertos ao público. Devido à manutenção da gravidade da pandemia, é preciso que se defina se devem prevalecer as normas sanitárias estaduais e federais mesmo diante da permissão existente na leis eleitorais para realização de atos de campanha, de pré-campanha e convenções partidárias". 

De acordo com o calendário eleitoral, a propaganda começa em 27 de setembro. Já as convenções partidárias para escolha dos candidatos deverão ser realizadas entre 31 de agosto e 16 de setembro. Em 4 de junho passado, com objetivo de evitar aglomerações em meio à pandemia da Covid-19, o plenário do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) decidiu, por unanimidade, que as convenções podem ser realizadas por meio virtual. 

DECISÃO NO AGRESTE - Exatamente com base na decisão do TSE criando a possibilidade das convenções virtuais, o juiz da 34ª Zona Eleitoral (Surubim, Casinhas e Vertente do Lério), Joaquim Francisco Barbosa, proferiu decisão que veda, nos três municípios, a realização de atos presenciais que ocasionem a aglomeração de pessoas.

*Do site do TRE-PE

A primeira-dama dos Estados Unidos, Melania Trump, foi na terça-feira (25) a voz da compaixão por aqueles que sofrem pela Covid-19, ao pedir a reeleição do marido na segunda noite de uma convenção republicana na qual a crise de saúde não havia sido mencionada.

Do Jardim das Rosas da Casa Branca, com o presidente Donald Trump na primeira fila, entre pessoas em sua maioria sem máscaras e sem distanciamento social, a ex-modelo eslovena reconheceu o impacto do "inimigo invisível", que matou quase 178.000 americanos e levou o país a uma profunda recessão.

"Sei que muitas pessoas estão ansiosas e algumas se sentem impotentes. Quero que saibam que não estão sozinhos", disse.

Dez semanas antes das eleições de 3 de novembro, o discurso da terceira esposa de Trump não enalteceu os êxitos econômicos do marido nem prometeu uma recuperação em forma de "V", como fez alguns minutos antes o conselheiro de Trump, Larry Kudlow, que chegou a falar do coronavírus no passado.

Ela apresentou Trump como um político que "não apenas fala, ele obtém resultados" e que "não perdeu nem perderá o foco" nas pessoas além das "manchetes negativos ou falsas na mídia ou ataques" de seus opositores.

"Donald não descansará até que tenha feito todo o possível por todos os afetados por esta terrível pandemia", afirmou a mulher de 50 anos, consciente de que sua participação deveria superar o vexame de 2016, quando seu discurso na convenção foi acusado de plagiar trechos inteiros do discurso de Michelle Obama na convenção democrata de 2008.

A menção à tragédia do coronavírus que abala os Estados Unidos contrastou com o tom apresentado até o momento no evento partidário, repleto de alertas contra o caos e a violência que para os republicanos representam o "socialismo" da "esquerda radical" atribuído ao candidato democrata, Joe Biden.

"O espírito americano derrotou o fascismo e o comunismo e em 68 dias derrotará as opiniões vazias, opressivas e radicais da extrema-esquerda", prometeu Eric Trump, 36 anos, um dos cinco filhos do presidente.

Tiffany Trump, a outra filha do presidente que discursou na terça-feira, pediu que todos permaneçam "fiéis" ao sonho americano, ameaçado na visão dos republicanos por Biden. "Um voto em meu pai é um voto para defender nossos ideais americanos", enfatizou a jovem de 26 anos.

"Ele defende nossa liberdade religiosa, apoia aliados democráticos como a Colômbia e demonstra uma determinação inquebrantável ao enfrentar tiranos em países como Venezuela, Cuba, China e Nicarágua", disse a vice-governadora da Flórida, Jeanette Nuñez, filha de cubanos que fugiram da revolução de Fidel Castro.

"Vamos nos unir ao nosso presidente em sua promessa de que os Estados Unidos nunca serão um país socialista", completou.

- Limites difusos -

A participação de Melania Trump foi o grande momento da segunda noite da convenção, que acontece parcialmente em formato virtual para evitar contágios.

Outro fato importante, embora não ao vivo, foi a mensagem do secretário de Estado, Mike Pompeo, gravada em Israel durante uma viagem oficial.

"O presidente Trump colocou em prática sua visão dos Estados Unidos em primeiro lugar. Pode não ter se tornado popular em todas as capitais do mundo, mas funcionou", afirmou Pompeo, ao citar a ofensiva contra China e Irã, a aproximação com a Coreia do Norte e a mudança da embaixada americana para Jerusalém.

A fé, a liberdade religiosa e os pedidos para que Deus abençoe os Estados Unidos foram uma constante na segunda noite da convenção.

O discurso de Pompeo não será lembrado apenas por destacar a política externa de Trump com a Cidade Sagrada ao fundo, e sim por confundir os limites entre diplomacia e política partidária, algo que a campanha de Biden considerou um "uso descarado do cargo para propósitos abertamente políticos".

Outro momento importante na terça-feira foi a cerimônia de naturalização de cinco imigrantes, incluindo um boliviano, liderada por Trump na Casa Branca: uma função governamental mostrada em uma convenção destinada a apoiar a reeleição do presidente.

Trump fará o discurso oficial de aceitação da candidatura na quinta-feira, na Casa Branca.

A convenção do Partido Republicano, que começa nesta segunda (24) e oficializa a candidatura de Donald Trump à reeleição, terá aliados e parentes do presidente. Na lista de convidados com discursos confirmados, anunciada neste domingo (23) constam os três filhos - Don Jr., Eric e Ivanka Trump -, além de personalidades do conservadorismo americano, como Nikki Haley, ex-embaixadora dos EUA na ONU, e Mike Pompeo, secretário de Estado.

Diferentemente da convenção democrata, encerrada na semana passada, nenhum dos ex-presidentes ou candidatos presidenciais do Partido Republicano foi convidado para participar do evento. Ficaram de fora o ex-presidente George W. Bush, além de Mitt Romney, candidato republicano em 2012 - ambos desafetos de Trump.

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Também ausentes estão vários senadores que enfrentam as urnas em novembro, incluindo Susan Collins (Maine), Cory Gardner (Colorado), Martha McSally (Arizona) e Thom Tillis (Carolina do Norte), todos de Estados nos quais o democrata Joe Biden lidera a disputa, segundo pesquisas, e teriam assumido um risco calculado de não participar do evento.

Uma das preocupações da equipe do presidente, ao montar a lista de oradores, foi desfazer a imagem ruim de Trump entre os eleitores negros. Para isso, a Casa Branca escalou Tim Scott, único senador negro do partido, e Ben Carson, secretário de Desenvolvimento Urbano.

Entre as presenças mais esperadas está a do casal Mark e Patricia McCloskey. Os dois foram flagrados em vídeo apontando armas para manifestantes na cidade de St. Louis. A presença deles na convenção indica que Trump deve manter o apelo a sua base radical de eleitores conservadores.

O estudante Nicholas Sandmann também foi convidado e fará um discurso em apoio ao presidente. Sandmann ficou conhecido por processar - e vencer nos tribunais - vários veículos de imprensa pela cobertura de uma controversa que ele teve com um descendente indígena em Washington. Desde então, virou um símbolo de como a imprensa progressista, segundo a Casa Branca, caracteriza os conservadores nos EUA.

Trump chega à convenção bem atrás do rival Joe Biden, segundo pesquisas. A diferença é de 7,6 pontos porcentuais (50% a 42,4%) em favor do democrata, segundo a média calculada pelo site Real Clear Politics, e de 8,6 pontos porcentuais (51,4% a 42,2%), de acordo com o site Five Thirty Eight. A diferença caiu um pouco desde julho, quando passou de 10 pontos porcentuais, mas continua sólida no mesmo patamar.

Gravações

Ontem, o presidente ganhou mais um problema às véspras do início da convenção. Maryanne Trump Barry, irmã mais velha de Trump, criticou seu irmão numa série de gravações divulgadas no fim de semana pelo Washington Post. Maryanne, ex-juíza federal, de 83 anos, disse que o irmão é "mentiroso" e "não tem princípios". "O que ele quer é apelar para sua base de eleitores", disse a irmã do presidente americano.

Maryanne foi gravada secretamente pela sua sobrinha, Mary Trump, que recentemente lançou um livro sobre o tio. Em pouco tempo, a obra Too Much and Never Enough ("Demais e nunca o suficiente", em tradução livre) entrou na lista de best-sellers dos EUA. As gravações, segundo Mary, foram feitas entre 2018 e 2019. (COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS)

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Joe Biden tornou-se oficialmente nesta quinta-feira (20) o candidato democrata à Casa Branca. Na última noite da convenção do partido, Biden aceitou a indicação e prometeu usar sua empatia pessoal e sua experiência profissional para tirar os EUA da crise.

Desde o início das prévias do partido, ele se apresenta como o nome capaz de criar uma coalizão de forças ampla o bastante para vencer Donald Trump. O argumento de que ele era o pré-candidato melhor colocado nas pesquisas em Estados-chave vinha sendo explorado por ele desde janeiro. De lá para cá, as crises econômica e sanitária aumentaram o grau de insatisfação com o governo Trump e fizeram o democrata ser confirmado com ares de favorito para ganhar a eleição.

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Sua história de trabalho na vida pública, perdas pessoais e resiliência são apresentadas como fatores que o fazem capaz de "curar uma nação". As palavras que foram usadas durante os quatro dias da convenção democrata para descrever Joseph Robinette Biden Jr. são "empatia" e "decência" - ambas usadas pelos democratas como um contraste em relação a Trump.

Se eleito, Biden será o presidente mais velho a tomar posse nos EUA, aos 78 anos (que serão completados em novembro). Ele está na vida política há 47 anos e chegou a ensaiar candidaturas à Casa Branca outras duas vezes. Em 1973, foi eleito pelo Senado por Delaware, Estado onde vive desde a infância, e foi reeleito seis vezes. Nasceu em Scranton, uma região da Pensilvânia identificada pela classe branca operária.

A mensagem do candidato democrata agora é a de que ele é não só o unificador do partido e da sociedade, como também o nome a conseguir salvar o país de uma crise sem precedentes.

Aos 30 anos, Biden perdeu a mulher e a filha caçula em um acidente de carro. Os outros dois filhos, Beau e Hunter, de 3 e 2 anos, sobreviveram. Casou-se com Jill Tracy, hoje conhecida como Jill Biden, com quem teve outra filha, Ashley.

Em 2015, a família chorou a morte de Beau, vítima de um câncer. "Deve ser Beau quem está concorrendo", disse Biden em entrevista neste ano, ao lembrar dos apelos do filho, quando doente, para que o pai não desistisse da vida pública. As perdas o aproximam da dor de americanos que vivem o luto. O país contabiliza mais de 170 mil mortos pela covid-19, o número mais alto no mundo.

Biden foi um jovem ambicioso e autoconfiante. Lançou a primeira candidatura à presidência com 44 anos. A primeira campanha à Casa Branca foi desastrosa, em parte pelos atropelos do próprio democrata. Ele chegou a ser acusado de plágio em discursos de campanha, teve seu histórico acadêmico questionado e foi colocado contra a parede por ter inflado sua suposta participação em movimentos civis. Para tentar estancar o problema, Biden disse que havia feito coisas idiotas. "E eu vou fazer de novo", afirmou.

Ele age de improviso. Seu jeito o leva a gafes, mas acabou sendo um ativo como vice-presidente do governo de Barack Obama. Na época, ele ficou conhecido por dizer o que pensava, mesmo quando discordava de Obama. Agora, ele diz que espera o mesmo de Kamala Harris: lealdade e questionamento.

Como vice-presidente, Biden ganhou poder pela ampla experiência em política externa no Senado e pela bagagem de visitas a Iraque e Afeganistão.

Ele impulsionou sua nomeação, em 2020, ao ser consagrado como o preferido do eleitorado negro e ganhar apoio do establishment partidário. Hoje, como um político da geração mais velha do partido e de centro, Biden enfrenta a resistência da ala progressista e da juventude democrata, que cobram mais diversidade. A resposta foi a promessa de ter uma mulher na vice-presidência, uma forma de abafar as acusações de uma ex-assessora de que ele teria cometido abuso sexual. Ele nega.

O partido uniu-se para derrotar Trump, mais do que para apoiar Biden, mas ele fez movimentos para conseguir ampliar suas alianças. Se eleito, segundo ele mesmo prometeu, será um candidato de transição, abrindo as portas para uma nova geração em 2024.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A ex-primeira-dama dos Estados Unidos Michelle Obama abriu na segunda-feira a convenção democrata com uma forte crítica a Donald Trump, que chamou de "presidente equivocado" para o país, e uma defesa do voto em Joe Biden nas eleições de 3 de novembro.

"Sempre que olhamos para esta Casa Branca em busca de liderança, conforto ou alguma aparência de estabilidade, o que obtemos é caos, divisão e uma total e absoluta falta de empatia", disse a esposa do ex-presidente Barack Obama, em uma crítica sem precedentes a um presidente no cargo.

"Trump é o presidente errado para nosso país", enfatizou na mensagem por vídeo.

Michelle Obama encerrou o primeiro dia da convenção em formato virtual, instalada em Milwaukee, Wisconsin, um estado chave que Trump venceu de maneira surpreendente em 2016.

Em um país que chora mais de 170.000 mortes por coronavírus, afetado por uma histórica recessão econômica e uma profunda revolta contra o racismo, Trump teve "tempo mais do que suficiente para demonstrar que pode fazer o trabalho, mas claramente não consegue", disse.

"É o que é", completou, usando a mesma frase de resignação de Trump ao comentar a pandemia.

A advogada de Chicago, que inspirou muitas pessoas com sua autobiografia best-seller "Minha historia", fez uma defesa apaixonada da urgência de votar e "passar a noite toda na fila se necessário"

"Joe não é perfeito", afirmou sobre Biden, que foi o vice-presidente de seu marido por oito anos. "Mas sabe o que é preciso para resgatar uma economia, enfrentar uma pandemia e liderar nosso país. E ele escuta. Ele vai falar a verdade e confiará na ciência", disse.

Michelle Obama usou toda sua popularidade a serviço de Biden para tentar derrotar Trump, que confirmou que aceitará formalmente a indicação do Partido Republicano na próxima semana, "ao vivo, da Casa Branca".

- Democracia em jogo -

O senador Bernie Sanders, grande expoente da esquerda americana e rival de Biden nas primárias, advertiu que Trump leva os Estados Unidos ao "autoritarismo".

"O futuro de nossa democracia está em jogo", destacou.

Nas duas horas transmitidas pela internet na segunda-feira, democratas comuns e famosos pediram uma mudança de rumo.

"A cada quatro anos nos reunimos para reafirmar nossa democracia", disse a atriz Eva Longoria. "Este anos viemos para salvá-la".

Um dos momentos mais emocionantes aconteceu quando o irmão de George Floyd, o afro-americano que morreu asfixiado por um policial branco em Minneapolis em maio, pediu um minuto de silêncio em sua homenagem.

E também quando uma jovem, Kristin Urquiza, contou que o pai, que morreu aos 65 anos de Covid-19, tinha apenas uma "patologia pré-existente": "confiar em Donald Trump. E pagou com sua vida".

Muitos republicanos desencantados também defenderam o voto em Biden, incluindo o ex-governador de Ohio John Kasich.

Mas, apesar das palavras comoventes defendendo "união" e das anedotas sobre Biden e sua vida marcada pela tragédia, a falta de uma público emocionado próprio das convenções do partido deu à proposta de convenção um tom rígido.

- "Um país socialista muito chato" -

Trump tentou atrair as manchetes: ele viajou para Wisconsin e para o estado vizinho de Minnesota, para interagir com seus apoiadores.

"Esta é a escolha mais perigosa que tivemos", disse Trump da pista do aeroporto em Oshkosh, Wisconsin, a 134 km de Milwaukee.

"Será uma outra Venezuela. Eu dizia isso levianamente, agora digo com muita força porque é uma ideologia semelhante: será uma Venezuela em grande escala, em escala muito grande se vencerem", alertou.

Em Mankato, Minnesota, Trump disse que "Joe Sonolento", como costuma chamar de seu oponente, quer "abolir" o "estilo de vida americano" e fazer da América "um país socialista muito chato".

O presidente, eufórico enquanto os seus apoiadores gritavam "mais quatro anos!", também insistiu com os seus ataques sem provas contra a "fraude" que segundo ele envolverá votação pelo correio, que possivelmente aumentará devido à pandemia.

"A única maneira de perdermos essa eleição é se a eleição for fraudada", disse Trump em Wisconsin, que ameaçou bloquear fundos adicionais para o serviço postal que os democratas dizem ser necessários para processar milhões de cédulas.

Vários procuradores-gerais estaduais disseram que avaliam opções legais para evitar interrupções no serviço postal.

Biden aparece à frente de Trump nas pesquisas por 7,7 pontos com base na média do RealClearPolitics.

A distância diminuiu e o democrata espera que a escolha de Kamala Harris, a primeira mulher negra na corrida presidencial de um partido importante, revigore sua candidatura.

A Convenção Republicana, reunião durante a qual Donald Trump será indicado oficialmente como candidato do partido para a eleição presidencial de novembro, acontecerá no estado da Flórida.

"Estamos encantados de que Donald Trump aceite a indicação republicana na grande cidade de Jacksonville", anunciou na quinta-feira a presidente do partido, Ronna McDaniel. "A Flórida é crucial para a vitória", completou.

O presidente dos Estados Unidos anunciou recentemente que estava procurando um estado diferente da Carolina do Norte para organizar o evento.

A convenção estava programada para acontecer de 24 a 27 de agosto em Charlotte, antes que o governador democrata Roy Cooper anunciasse que, com base nas recomendações das autoridades de saúde, considerava necessário organizar um evento menor, com distanciamento social entre os participantes e com o uso de máscaras.

A postura de Cooper irritou Trump, que em uma série de tuítes lamentou a decisão e disse que foi obrigado a procurar outro estado, acusando o governador de estar "sempre em um estado de confinamento mental".

De acordo com o jornal Washington Post, algumas partes mais confidenciais da convenção acontecerão em Charlotte, para honrar os contratos já assinados.

Em uma investida contra o grupo bolsonarista, a cúpula do PSL decidiu aumentar o número de integrantes do partido com direito a voto nas decisões da sigla e suspender cinco deputados federais das atividades partidárias, reduzindo as chances do deputado Eduardo Bolsonaro (SP) se tornar líder da legenda na Câmara.

As decisões foram anunciadas pelos líderes do PSL na Câmara, Delegado Waldir (GO), e no Senado, Major Olimpio (SP), após reunião da direção nacional da legenda em um centro empresarial de Brasília.

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O partido aumentou de 101 para 153 o número de filiados com direito a voto em reuniões nacionais - os chamados convencionais.

Dos novos convencionais, 34 têm mandato parlamentar. A maioria do grupo é alinhada com o presidente nacional da legenda, Luciano Bivar.

A mudança amplia o poder de Bivar, que trava uma disputa interna com o presidente da República, Jair Bolsonaro, sobre os rumos da sigla.

Cinco deputados aliados a Jair Bolsonaro serão suspensos da atividade partidária: Carla Zambelli (SP), Filipe Barros (PR), Bibo Nunes (RS), Alê Silva (MG) e Carlos Jordy (RJ).

De acordo com Coronel Tadeu (SP), com a suspensão, a assinatura desses parlamentares em listas para indicar um líder na Câmara não será válida. O movimento visa a enfraquecer as chances de Eduardo Bolsonaro ser colocado na função. "Esse é o efeito imediato. Se eles tentarem montar uma lista, perderam cinco votos", afirmou Tadeu.

A deputada Joice Hasselmann (SP) chegou a defender que o partido comece a discutir a expulsão de deputados que estão atacando a cúpula da legenda. "A porta da rua é serventia da casa", afirmou. "Alguns têm que ser expulsos."

Ela defendeu que um dos alvos seja o deputado Daniel Silveira (RJ), que gravou o líder do PSL na Câmara, Delegado Waldir (GO), afirmando que iria "implodir" Bolsonaro.

Eduardo e Flávio

Outro movimento para diminuir a força de Jair Bolsonaro no partido será articular a destituição de Eduardo Bolsonaro e Flávio Bolsonaro, filhos do presidente da República, dos comandos do PSL em São Paulo e no Rio de Janeiro, respectivamente.

A decisão deve ser sacramentada após aliados de Bivar nos dois Estados formularem uma proposta de substituição das Executivas estaduais do PSL. A sugestão deve ser formalizada na terça-feira, 22, à direção nacional.

Tentativa

Ao longo da reunião, houve tentativas de conciliação, mas, sem efeitos práticos. O grupo pró-Bolsonaro propôs um acordo para que deputados possam deixar a legenda sem o mandato. A tentativa foi rejeitada pela cúpula do partido.

"Se estão cuspindo no prato do partido, que pulem do 17º andar para o precipício. O mandato é do partido", afirmou o líder do PSL na Câmara, Delegado Waldir (GO).

Carla Zambelli (SP), da ala bolsonarista, afirmou que o tom de Luciano Bivar na reunião estava mais "conciliador", mas que a destituição de Eduardo e Flávio Bolsonaro dos diretórios nacionais apontava para o sentido contrário.

O presidente do PSL no Paraná, Fernando Francischini, propôs que a secretária-geral do partido, Flávia Francischini, com quem é casado, entregasse o cargo para que a função fosse ocupada por alguém indicado por Jair Bolsonaro.

O gesto foi um aceno ao presidente da República e uma tentativa de pacificação. A decisão sobre esse ponto não foi anunciada.

Após ter acusado o presidente Jair Bolsonaro de "ingratidão", a deputada Joice Hasselmann (PSL-SP) defendeu, nesta sexta-feira (18), que o partido discuta a expulsão de parlamentares aliados a Bolsonaro e que estão atacando a cúpula da legenda, presidida por Luciano Bivar.

Ao chegar para uma reunião da direção nacional da sigla, em Brasília, Joice defendeu representar contra deputados da ala "bolsonarista" no Conselho de Ética do PSL. "A porta da rua é serventia da casa", afirmou. "Alguns têm que ser expulsos." A parlamentar defendeu que um dos alvos seja o deputado Daniel Silveira (RJ), que gravou o líder do PSL na Câmara, Delegado Waldir (GO), afirmando que iria "implodir" Jair Bolsonaro.

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Na avaliação de Joice, mesmo se o deputado Eduardo Bolsonaro (SP) se tornar líder do partido na Câmara - ele tenta novamente colher assinaturas para isso -, o filho de Jair Bolsonaro não terá "legitimidade" para o cargo.

Um dos principais personagens da atual crise do PSL, o líder da bancada do partido na Câmara, Delegado Waldir (GO), acusou o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (DEM), de tentar destituí-lo do comando da direção estadual do PSL no Estado, juntamente com o deputado Major Vitor Hugo (GO), líder do governo na Câmara. Waldir e Vitor Hugo são adversários políticos.

"O presidente da República Jair Bolsonaro está pessoalmente interferindo para me tirar da liderança, junto com o líder do governo, Vitor Hugo, e com o governador Ronaldo Caiado. Eles trabalham para me retirar do diretório de Goiás", afirmou.

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Ele disse ainda que essa tentativa ocorre nos últimos três meses. "Eles pediram para o presidente da República e Bolsonaro determinou ao Luciano Bivar presidente do PSL, mas isso não foi concretizado", afirmou.

Ainda sem uma definição oficial sobre a destituição do deputado Eduardo Bolsonaro da presidência do diretório estadual de São Paulo do PSL, o senador Major Olimpio, ex-presidente do escritório paulista, defende que o filho do presidente seja destituído já.

Apesar de o presidente da legenda, Luciano Bivar (PE), dizer que as destituições de Eduardo e do senador Flávio Bolsonaro, do diretório estadual do Rio de Janeiro, ainda não estão definidas, os parlamentares ligados a Bivar dão como certa a decisão. "As decisões já estão tomadas. É uma questão de quando isso será efetivado. Pode ser que suba hoje no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A deputada Bia Kicis já foi afastada da direção do DF", disse Olímpio nesta sexta-feira (18).

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Sobre a crise, o senador afirmou que a reunião desta sexta do partido é importante para se debater sobre os últimos acontecimentos e tentar "serenar os ânimos". Porém, ele admite que a única forma de isso acontecer de verdade é se o presidente Jair Bolsonaro chamar o presidente do PSL para uma conversa. "Bivar não vai chamar Bolsonaro para conversar", afirmou.

"Não quero que o PSL perca seu maior político, que é o Bolsonaro", afirmou. "Mas pessoas ligadas a ele, como os filhos, terão de se portar de forma diferente. Na minha visão, hoje atrapalha em tudo", afirmou referindo-se aos filhos do presidente.

O senador disse ainda que Bolsonaro acabou caindo em uma "armadilha política" com a influência do grupo de parlamentares e advogados que o levaram a pedir uma auditoria nas contas do partido.

O PSL, partido do presidente Jair Bolsonaro, realiza nesta sexta-feira (18), convenção de sua Executiva Nacional na sede da legenda em Brasília. São esperados 40 correligionários da sigla, entre eles aliados ao presidente do PSL, Luciano Bivar (PE), e ligados ao presidente da República. Os dois grupos são antagonistas e têm enfrentado uma série de embates nas duas últimas semanas.

Na pauta do dia deve entrar a destituição dos filhos do presidente, o senador Flávio e o deputado Eduardo, dos comandos dos diretórios estaduais do Rio de Janeiro e São Paulo. Apesar de Bivar afirmar que ainda não foi batido o martelo em relação a esses desligamentos, aliados já dão como certos.

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Ao chegar à convenção na manhã desta sexta, o líder do PSL na Câmara, Delegado Waldir (GO), disse que a Executiva deve tratar de questões como compliance e estatuto. "Vamos ter uma reunião hoje do partido e quem vai comandar é Bivar", disse.

Ao responder sobre novas listas que o grupo ligado a Bolsonaro está produzindo para tirá-lo da liderança, ele afirmou que isso para ele é indiferente, mas disse que será difícil se manter no posto, já que Bolsonaro e seus ministros estão, segundo ele, ligando para deputados pedindo para que eles assinem a lista. "É uma batalha que nem Davi enfrentou", disse.

Waldir disse ainda que o grupo do qual ele faz parte, o ligado a Bivar, irá votar com o governo apenas em pautas em que houver convergência e sinalizou que ocorrerão divergências em questões como às ligadas à Justiça. "Por exemplo, tirar o Coaf do Moro", disse sobre um tema do qual o grupo não irá concordar. O deputado voltou a falar que sempre foi fiel ao presidente Bolsonaro, mas que, como líder, nunca foi chamado ao Planalto pra discutir pautas.

O PSDB elegeu, nesta sexta-feira, 31, a nova direção do partido e formalizou o ex-deputado e ex-ministro Bruno Araújo como presidente nacional da sigla. Em um evento realizado no auditório do subsolo de um centro de convenções em Brasília, a convenção foi marcada por discursos defendendo a construção de um "novo PSDB". Por outro lado, a ala antiga, que perdeu poder na legenda, deixou recados de que o partido precisa voltar às origens.

O governador de São Paulo, João Doria (PSDB-SP), conseguiu emplacar Bruno Araújo como presidente do partido. Foi ao evento vestindo uma camiseta amarela com a inscrição "Novo PSDB", replicada no traje de aliados. "As raízes devem ser mantidas e preservadas, não precisamos apagar nossa história, mas precisamos também construir a nossa história. É isso que o povo brasileiro espera do PSDB, que tenha raízes, respeita a sua história, mas que seja protagonista da história", discursou o paulista.

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Antes de falar, Doria ouviu do prefeito de Manaus, Arthur Virgílio Neto, que colocar um aliado na direção da sigla não significaria que agora pudesse mandar na legenda. "O governador Doria, pelo fato de ser governador de São Paulo, não passa a ter o direito de ser dono do PSDB. O PSDB não pode ter dono", declarou Arthur Virgílio, que ainda fez um discurso de conciliação com o ex-governador Geraldo Alckmin, agora ex-presidente do partido. Na última eleição presidencial, o prefeito foi contra o partido colocar o paulista como candidato ao Planalto. "Tudo o que passou para trás passou, eu quero olhar para frente. Que nunca mais se realiza uma eleição para presidente da República sem prévias duras, debatidas e disputadas democraticamente."

Nem a ala da juventude do PSDB ficou fora da disputa entre os grupos antigo e novo da legenda. A Ação Popular, que conseguiu eleger Julia Jereissati para a Juventude Nacional do PSDB, trocou provações com a ala Conexão, ligada ao governador Doria. Julia, sobrinha do senador Tasso Jereissati (PSDB-CE), foi vaiada pela ala alinhada ao paulista e gerou reações do outro grupo. O presidente do PSDB do São Paulo, Marco Vinholi, chegou a entrar no embate e foi aconselhado por aliados a se retirar.

A ala que assumiu a direção do PSDB defende posicionamentos claros sobre assuntos polêmicos e nacionais. O novo presidente, Bruno Araújo, prometeu afastar o partido das "hesitações". "Vamos nos transformar em um partido de posições. Vamos derrubar o muro. Vamos errar, mas vamos errar de um jeito novo. Não há chance de acertar sem coragem e o PSDB tem coração para acertar para o destino do País", discursou.

Presidente de honra do PSDB, Fernando Henrique Cardoso não veio e alegou motivos pessoais. FHC enviou um vídeo defendendo que o partido não se perca nos princípios ao tentar encontrar uma nova roupagem. "Pode mudar de nome, pode fazer coligação, mas no princípio não pode mudar. Tem que ser democrático e tem que ter lado, esse lado é do povo brasileiro", afirmou o ex-presidente na gravação.

Outros partidos estiveram na convenção. O presidente nacional do MDB, Romero Jucá, e o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), foram chamados para o palco. Além disso, foi citado que havia dirigentes do PL (antigo PR), do PP, do Cidadania e do PRB no encontro. O senador Tasso Jereissati (PSDB-CE) declarou que há uma tentativa de criar um grupo de partidos contra os extremismos. "Estamos vivendo em um momento de extremos, a extrema-direita de um lado extremamente radicalizada, intransigente e intolerante e a mesma coisa na esquerda. E a grande maioria silenciosa dos brasileiros não está em nenhuma dessas extremidades", afirmou em entrevista.

Código de ética do partido fica de fora dos discursos

O código de ética escrito pela direção da legenda, que prevê a expulsão de filiados condenados na Justiça, não ganhou destaque nos discursos. João Doria, ao falar, citou que o PSDB precisa continuar buscando "transparência e ética" com as novas regras. Geraldo Alckmin, por sua vez, declarou que a legenda está tendo "coragem" ao colocar "tudo na internet" quando falou do programa de integridade formulado. Ausente na convenção, o deputado Aécio Neves (MG), réu no Supremo Tribunal Federal, não foi lembrado na fala dos principais líderes tucanos.

Com os novos dirigentes poupando o presidente Jair Bolsonaro nos discursos, Alckmin fez seu último discurso como presidente do PSDB atacando o governo e pedindo para os tucanos não terem medo de "pôr o dedo na ferida". "Esses oportunistas políticos por 30 anos numa deslealdade vêm atacar a vida dos homens públicos jogando a sociedade contra suas instituições. Não temos duas verdades, a extrema-direita e a extrema-esquerda. Temos duas grandes mentiras, o petismo e o bolsonarismo."

O PSDB realiza nesta sexta-feira, 31, a convenção nacional da legenda sem a presença de alguns caciques do partido, como o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e o deputado federal Aécio Neves (MG). A convenção vai confirmar o ex-deputado Bruno Araújo (PE) como presidente nacional do PSDB, ampliando o controle do governador de São Paulo, João Doria, sobre sigla.

Presidente de honra do partido, FHC gravou um vídeo que será exibido no evento no qual defende o compromisso do PSDB com a democracia no País. "Ele tem 88 anos, não precisa justificar a presença", comentou o senador Tasso Jereissati (CE).

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Ao chegar à convenção, o atual presidente da sigla, Geraldo Alckmin, disse estar com sentimento de "dever cumprindo". Segundo o ex-governador de São Paulo, o código de ética e as novas regras de compliance elaborados pela direção darão "total transparência na gestão partidária".

O código de ética prevê a expulsão de políticos condenados criminalmente ou que tiverem cometido infidelidade partidária. O texto não atinge diretamente Aécio Neves, réu no Supremo Tribunal Federal, pois define que filiados que já respondem a investigações só serão punidos caso haja condenação.

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