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A Justiça alemã recebeu mais cinco denúncias de crimes sexuais contra Christian Brueckner, o principal suspeito pelo desaparecimento da menina britânica Madeleine McCann, em 2007. A Justiça acatou a denúncia da Promotoria de Brunswick por dois casos de abuso sexual de menores e em três outros casos de estupro, todos crimes cometidos entre 2000 e 2017, em Portugal.

Brueckner já cumpre pena de 7 anos de prisão por outro crime sexual cometido em Portugal e tem um amplo histórico de crimes sexuais contra menores. Antes dos indiciamentos desta quarta-feira, 12, ele já respondia por outros dois casos de crimes sexuais.

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As novas acusações incluem o estupro de uma mulher de entre 70 e 80 anos cometido entre 2000 e 2006, e que ele também filmou. A vítima, agredida em sua casa de veraneio, também foi espancada.

A Procuradoria, no entanto, ainda não apresentou denúncias sobre o envolvimento do suspeito com Madeleine McCann, que estava prestes a completar 4 anos quando desapareceu em um resort na Praia da Luz, em Portugal. O alemão nega qualquer envolvimento no caso.

O porta-voz da Promotoria de Brunswick explicou que os esforços estão concentrados em resolver os demais casos para assim dedicar-se "exclusivamente ao de Maddie". Segundo a Justiça alemã, o julgamento pelas cinco novas acusações não deve ocorrer este ano. (Com agências internacionais).

Termina nesta sexta-feira (23) o prazo para que o empresário Thiago Brennand volte ao Brasil e entregue seu passaporte à Justiça. Ele é acusado por ao menos dez mulheres dos crimes de estupro, ameaça, cárcere privado e lesão corporal. Ele viajou para Dubai no último dia 4 e, até o momento, não se sabe o seu paradeiro.

O processo no qual foi determinado seu retorno ao Brasil tramita em segredo. Contudo, a assessoria de imprensa do Tribunal de Justiça de São Paulo confirmou o término do prazo nesta sexta.

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O empresário passou a estar nos noticiários depois de ser flagrado por câmeras de segurança agredindo a modelo Helena Gomes dentro de uma academia em um shopping de São Paulo, caso revelado pelo programa Fantástico, da TV Globo. Em entrevista ao Estadão, a modelo afirmou que as agressões físicas e verbais que sofreu teriam sido por causa da sua recusa em sair com o empresário. Ele se utilizaria da ajuda de uma outra mulher para abordar suas potenciais vítimas, convidando-as para passeios. De acordo com Helena, muitas sequer sabiam que Brennand estaria presente.

Devido à repercussão das imagens da academia, outras mulheres sentiram-se encorajadas a denunciar Brennand. Muitas vítimas foram acolhidas pelo escritório Janjacomo Advogados, em São Paulo, e, até esta sexta, dez já haviam procurado a polícia para formalizar queixa contra ele.

A decisão que determina a volta do acusado para o Brasil é da juíza Érika Soares de Azevedo Mascarenhas, da 6ª Vara Criminal de São Paulo. Além do retorno ao Brasil, Brennand também está proibido de frequentar academias e deve manter uma distância mínima de 300m da modelo Helena Gomes, além de não poder fazer qualquer tipo de contato.

Brennand é acusado de outros crimes, não apenas contra mulheres. Vitor Igor Rodrigues Machado, garçom de um restaurante no interior do condomínio Fazenda Boa Vista (35 km de Sorocaba, interior de São Paulo), relata que foi agredido com socos pelo empresário e que, desde então, não conseguiu retornar às suas funções. Ele foi remanejado para outro setor da empresa.

Esta semana o Estadão divulgou também um vídeo no qual Brennand vandaliza uma oferenda de religiões de matriz afro. Contudo, não há investigações contra ele por crimes de intolerância religiosa ou racismo.

COM A PALAVRA, THIAGO BRENNAND

A reportagem entrou em contato com os dois escritórios que hoje representam Thiago Brenannd - Carlos Barros & Gustavo Rocha Advocacia Criminal, em Recife, e Alves de Oliveira & Salles Vanni Sociedade de Advogados, em São Paulo. Contudo, até a publicação desta reportagem, não obteve resposta. A palavra está aberta.

Denunciado após ser flagrado agredindo uma modelo em uma academia da capital, o empresário Thiago Brennand Fernandes Vieira, de 42 anos, será investigado agora pela prática de crimes sexuais contra ao menos dez mulheres. A partir de segunda-feira, 19, as promotoras públicas do Núcleo de Atendimento às Vítimas de Violência (NAVV) do Ministério Público de São Paulo começam a ouvir as vítimas, segundo informou o MPSP. Relatos prévios obtidos pelas promotoras dão conta de crimes de assédio sexual, estupros, cárcere privado, agressões e ameaças. Três teriam sido marcadas com as iniciais dele tatuadas no corpo.

O empresário, que já se tornou réu no caso da agressão à modelo paulistana, viajou para Dubai, nos Emirados Árabes, no último dia 4 e continua no exterior. A Justiça deu prazo de dez dias para que ele retorne ao Brasil. O prazo vence no próximo dia 23.

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Conforme o MPSP, o núcleo de atendimento foi criado no início deste ano para prestar apoio às vítimas de crimes violentos, sobretudo os sexuais, oferecendo assistência psicológica, social e de saúde, em parceria com outras instituições. As vítimas do empresário procuraram os canais da Justiça depois que outros casos envolvendo Thiago Brennand se tornaram públicos. Para isso, elas tiveram o apoio do Projeto Justiceiras, de prevenção à violência de gênero.

As promotoras vão ouvi-las de maneira informal, para que elas se sintam à vontade para falar, mesmo sobre os momentos mais dolorosos. Se os relatos confirmarem a existência de crimes, elas serão ouvidas formalmente para a abertura de inquéritos. O próprio MP pode iniciar o procedimento investigatório criminal. Além da equipe de promotores do NAVV, coordenado pela promotora Silvia Chakian, o promotor de Porto Feliz, Josmar Tassignon Junior, participa da investigação, que vai correr em sigilo.

Conforme o MPSP, os relatos dão conta de crimes graves, principalmente estupros. As mulheres teriam sido atraídas pessoalmente ou através de redes sociais e foram levadas para a mansão do empresário em um condomínio de luxo em Porto Feliz, interior de São Paulo, onde os crimes teriam acontecido.

Tatuagem à força

O advogado Márcio Cezar Janjacomo, que assiste as vítimas e encaminhou os casos ao MP, disse que o modus operandi usado pelo empresário é o mesmo relatado pela mulher que já o havia denunciado à Polícia Civil de Porto Feliz. A vítima, uma jovem pernambucana, foi mantida em cárcere privado, estuprada e obrigada a se submeter a uma tatuagem com as letras TFV, as iniciais do nome do empresário.

"Ele deixava claro que marcava as vítimas como forma de registrar que eram sua propriedade. Além dessa vítima, houve mais dois casos (de tatuagem), que ainda dependem da investigação. O fato é que são crimes bárbaros e elas vão mostrar conversas no celular sobre vídeos que ele teria feito e ameaçava divulgar para destruir a reputação delas, além de ameaças, humilhações. É um material farto e incriminador", disse.

Ainda segundo o advogado, as vítimas são jovens mulheres que conheceram Thiago Brennand em eventos sociais ou através de redes sociais. "Nem todas são do nível econômico e do meio social dele. Algumas moças ele conheceu em bares e baladas. Como no início ele era gentil e cordial, muitas ficaram iludidas, achando que tinham encontrado o príncipe encantado", afirmou.

Os casos aconteceram entre o final de 2017 e o início deste ano. Um dos recentes é o da mulher que teve um relacionamento com o empresário em 2021 e, depois de denunciar o caso à polícia de Porto Feliz, teve de voltar atrás em razão das ameaças dele. As testemunhas, entre elas o tatuador, disseram à polícia que nada houve. Além de arquivar o caso por falta de provas, a polícia encaminhou o inquérito para a Polícia Civil de Pernambuco para que a vítima fosse investigada por denunciação caluniosa. O MP de Porto Feliz mandou reabrir a investigação.

Outro relato é de uma brasileira de 37 anos que mora nos Estados Unidos e conheceu Thiago pelas redes sociais, passando a trocar mensagens. Em agosto do ano passado, ela veio para São Paulo e foi levada à mansão dele em Porto Feliz. Depois de um período de romantismo, ele se tornou possessivo e violento, ao ponto de obrigá-la a entregar a senha do celular. Após ver suas conversas pessoais, ele passou a xingar e agredi-la com tapas no rosto e na cabeça, segundo o advogado.

Naquela noite, o homem a estuprou, obrigando-a a fazer sexo anal com ele. Antes, permitiu que um tatuador entrasse no quarto e, na presença de seguranças, gravasse suas iniciais no corpo dela. A vítima relata que foi mantida em cárcere privado e impedida de se comunicar com familiares. Ele tinha câmeras no quarto e gravou os momentos íntimos dos dois, ameaçando mandar os vídeos para a filha da mulher.

Enredo

Conforme o advogado Janjacomo, as outras mulheres relataram ter sofrido crimes semelhantes. "O enredo era sempre o mesmo. Ele iniciava uma relação e depois começava a humilhar e abusar das vítimas, obrigando-as ao silêncio sob a ameaça de divulgar os vídeos e acabar com elas."

Thiago já é réu na Justiça pelos crimes de lesão corporal e corrupção de menores por ter sido acusado pelo MP de agredir a modelo Helena Gomes numa academia na capital paulista e incentivar o filho dele menor de idade a ofendê-la. A Justiça ainda proibiu o empresário de frequentar academias e de se aproximar de testemunhas. Ele também foi obrigado a entregar o seu passaporte, o que deve fazer após seu retorno ao País. Em caso de descumprimento das medidas cautelares impostas, poderá ser decretada a prisão preventiva de Thiago.

Durante as investigações, a Polícia Civil apreendeu acessórios para armas de Thiago dentro de uma mala num armário dele em sua casa no condomínio Fazenda Boa Vista, em Porto Feliz. Uma perícia vai apontar se os equipamentos estão legalizados. Logo após a operação, o Exército suspendeu o certificado de registro de CAC (Colecionador, Atirador e Caçador desportivo), que permitia a Thiago ser colecionador de armas.

Além das mulheres, ao menos dois homens acusam o empresário de agressões: um enfermeiro de um hospital na capital e um garçom de um hotel em Porto Feliz. O caso do garçom Vitor Igor Rodrigues Machado, de 26 anos, está em processo de investigação pela Polícia Civil.

Acusado de passar "correndo" com a moto pela frente da mansão do empresário em Porto Feliz o jovem conta ter sido agredido a socos e ameaçado para não mais voltar a cruzar o caminho do agressor. Desde o episódio, o garçom está afastado do serviço no restaurante Fasano, mudou de função e está em home office como auxiliar administrativo.

A reportagem entrou em contato com a defesa de Thiago Brennand e ainda aguarda retorno.

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) informou nesta quarta-feira (24) que a Justiça Eleitoral recebeu 1.330 denúncias de propaganda eleitoral irregular em todo o país. As irregularidades foram detectadas durante a primeira semana da campanha, entre 16 e 23 deste mês.

As denúncias foram enviadas pelo aplicativo Pardal, ferramenta digital criada em 2014, que permite ao cidadão denunciar reclamações contras as campanhas. Após o recebimento, as queixas serão enviadas ao Ministério Público Eleitoral (MPE).

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De acordo com os dados, foram recebidas 425 denúncias referentes a candidatos a deputado estadual, 355 a deputado federal, 100 a governador e 249 a presidente da República.

O maior número de denúncias foi registrado na Região Sudeste (438), seguido pelas regiões Nordeste (367), Sul (245), Centro-Oeste (177) e Norte (103).

O aplicativo Pardal está disponível nas lojas virtuais Apple Store e Google Play ou por meio do site do TSE. Pela plataforma também é possível denunciar compra de votos, abuso de poder econômico e político, uso indevido da máquina pública e dos meios de comunicação durante a campanha.

Cerca de 70 pessoas passaram na tarde desta terça feira, 23, pelas escadarias do Fórum Trabalhista Ruy Barbosa, na Barra Funda (SP), em protesto contra o juiz substituto Marcos Scalercio, acusado de assédio, importunação sexual e estupro por várias mulheres. Até o começo desta tarde, o Me Too Brasil contabilizou 87 relatos contra o magistrado. De acordo com a organização, dentro desses relatos, 18 já foram encaminhados ao CNMP (Conselho Nacional do Ministério Público) e dois estão sendo acompanhados pelo MP de São Paulo. Como explica Marina Ganzarolli, advogada e presidente do Mee Too Brasil, o relato à promotoria "pode ou não gerar uma denúncia. Mas, obviamente, já é uma formalização institucional daquela denúncia". Denúncia é o nome dado ao pedido da Promotoria que dá início ao processo criminal.

O ato durou cerca de duas horas e foi organizado pelo Sintrajud (Sindicato dos Trabalhadores do Poder Judiciário). Uma das pautas da manifestação é o fato de Scalercio ter saído de férias em 16 de agosto, um dia depois da imprensa revelar as denúncias, pelo período de 20 dias. A informação foi confirmada pela assessoria do TRT (Tribunal Regional do Trabalho). O CNJ (Conselho Nacional de Justiça) afirmou ao Estadão nesta terça que ainda não há data para que o procedimento de investigação de Scalercio vá a plenário.

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De acordo com Raquel Morel, servidora do TRE e uma das diretoras do sindicato, o órgão já acompanha denúncias contra Scalercio há cerca de dois anos. Ela confirma que uma servidora teria procurado o Sintrajud por ter sido assediada pelo magistrado. "Depois que as denúncias foram veiculadas na imprensa, outras mulheres já nos procuraram", afirma. Nas mãos do órgão há mais quatro relatos que ainda não foram encaminhados para as vias oficiais, afirma Eliana Lucia Ferreira, advogada da entidade.

O sindicato teria começado a se envolver com as denúncias contra Scalercio durante a apuração do TRT, assessorando as vítimas diante da alegação de que o Me Too não teria personalidade jurídica para se fazer presente durante o julgamento. "Tiraram o Me Too no momento da audiência, então elas [as vítimas] ficaram ali sozinhas, desesperadas, porque Marcos Scalercio estava na sala. Elas foram ouvidas sozinhas", conta a advogada.

Ferreira confirmou à reportagem que a defesa de Scalercio arrolou três testemunhas nos autos. Em nota, a defesa de Scalercio afirmou na segunda-feira passada, 15, que ao longo do procedimento do TRT foram ouvidas 15 testemunhas. De acordo com a advogada, o placar da votação foi de 44 votos favoráveis ao arquivamento das denúncias e 20 pelo prosseguimento. Houve quatro abstenções. "Nosso objetivo foi montar uma rede de apoio, para tentar fazer uma denúncia coletiva. Se a gente fizesse um recurso para o mesmo plenário, não resolveria", explica Ferreira.

Ganzarolli avalia que, apesar de existirem níveis diferentes de violência nos relatos envolvendo o juiz do Trabalho, "o modus operandi dele é sempre o mesmo". Ela dá como exemplo um caso em que uma mesma mulher teria sido assediada por Scalercio duas vezes com a mesma abordagem. "Após a conduta inadequada em um ano, no ano seguinte ele não se lembrava que já tinha feito daquela menina uma vítima, e fez exatamente a mesma coisa. O modus operandi é em série e predatório", explica a presidente.

Ainda não é possível delinear uma estatística sobre os crimes dos quais Scalercio é acusado. Como pontua Ganzarolli, muitos dos delitos podem inclusive estar prescritos, por causa do prazo decadencial de representação de seis meses, que existia para os crimes sexuais até 2018. "Isso não significa que os crimes não tenham acontecido e nem que não sejam depoimentos importantes, porque corroboram denúncias que ainda não prescreveram. Dos casos que recebemos semana passada de estupro, duas vítimas estão hoje prestando depoimento ao Ministério Público", explica a advogada, que salienta que o Me Too tem atuado para garantir que, antes de virem à público, as vítimas denunciem formalmente os casos.

COM A PALAVRA, A DEFESA

De acordo com Fernando Capano, um dos advogados que atua na defesa do juiz Marcos Scalercio, "temos relatos que são fruto de depoimentos unilaterais e que, por óbvio, devem ser cotejados dentro do processo legal". Ele afirmou à reportagem que a defesa reitera os termos da nota enviada na quinta-feira passada, 18.

O número de mulheres que acusam o juiz do Trabalho de São Paulo Marcos Scalercio de assédio e outros crimes sexuais subiu para 59, segundo a advogada Luanda Pires, diretora de Políticas Públicas da ONG Me Too Brasil. Em entrevista concedida ontem à Rádio Eldorado, ela afirmou, ainda, que três relatos podem ser tipificados como estupro, e reconhece que o número de vítimas pode crescer.

Essa alta quantidade de episódios e as semelhanças entre os relatos fazem Luanda acreditar tratar-se de um caso de "assédio em série". "O modus operandi (forma de agir) dele é muito parecido e as vítimas não se conhecem. Por isso que nós já estamos tratando como um caso de um assediador em série. Todos os relatos coincidem, são muito parecidos", disse a advogada na entrevista à rádio. A defesa do juiz sustenta inocência.

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Ela diz que a maioria das vítimas são mulheres na faixa dos 27 e 28 anos de idade, e que são servidoras do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) e estudantes de cursinhos preparatórios para exame da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e provas de concurso. Além de cumprir a função de juiz no TRT da 2ª Região, Marcos Scalercio também era professor de Direito Material e Processual do Trabalho no Damásio Educacional.

Luanda Pires explica que quando o assédio é cometido por uma pessoa próxima, e que exerce uma posição hierárquica (como juiz e professor), é mais difícil para a vítima identificar o abuso. "Óbvio que elas se sentem ameaçadas, mas leva um tempo para entender a violência da forma como ela deve ser entendida. Por isso (existe) a dificuldade das vítimas procurarem as instituições públicas por conta disso."

A ONG Me Too Brasil acolhe os relatos e encaminha a situação para o Ministério Público, a quem compete eventual apresentação de denúncia formal à Justiça.

DENÚNCIAS

Parte das vítimas alega que o juiz teria tentado beijá-las à força dentro do gabinete no Fórum Trabalhista Ruy Barbosa, na Barra Funda, zona oeste. No caso da estudante, o assédio teria ocorrido da mesma forma num café na região central.

Outros relatos reforçam o perfil das denúncias. A advogada Rafaella Mira, de 32 anos, foi aluna do curso Damásio em 2016, quando prestou o exame da OAB. Ela conta que começou a seguir Scalercio no Instagram para acompanhar dicas de estudo. Ele a seguiu de volta e, ao ver fotos da advogada em provas de corrida de rua, enviou mensagens sobre o assunto. "Ele faz você se sentir especial. De uma turma de 200, 2 mil alunos, ele te notou, né?", relembra.

Depois desse primeiro momento, Mira viu que "as conversas começaram a ficar esquisitas". "Ele disse ‘Está com dificuldade em Direito do Trabalho? Vem na minha vara. A gente sabe o que é vara (local de trabalho), mas ele usava com um sentido meio pejorativo".

Ao negar as investidas, a advogada afirma que Scalercio teria começado a tratá-la de forma rude. Na época, ela afirmou ter ido à sede do curso no bairro paulistano da Liberdade, para formalizar uma reclamação. O funcionário que a atendeu teria dito "ah, é o Marquinhos". "Deixa isso para lá, ele é brincalhão, e você está começando sua carreira agora", afirma Mira.

Da mesma forma como aconteceu com outras mulheres, uma advogada de 25 anos relatou à reportagem que a conversa com o professor assumiu subitamente um tom mais íntimo. "Aí eu percebi que ele estava na maldade. Perguntou de que tipo de cara eu gostava, que tipo de ‘pegada’… Eu parei de responder", conta a ex-aluna. Em transcrições, também diz que a advogada é "linda" e que "deve arrasar corações".

DEFESA

A equipe de defesa do juiz tem negado as acusações. "As acusações que são feitas em face do Dr. Marcos Scalercio já foram objeto de crivo e juízo de valor pelo órgão correcional e colegiado do Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região. O Dr. Scalercio foi absolvido pelo tribunal e o caso foi arquivado. Foram ouvidas 15 testemunhas no processo. O arquivamento, portanto, demonstrou que o conjunto probatório, obtido no exercício do contraditório, é absolutamente insuficiente para dar lastro em qualquer dos fatos relatados", disse.

Em nota, a Damásio Educacional disse que afastou o docente das suas atividades. "A instituição esclarece que atua na promoção de um ambiente acadêmico respeitoso e repudia qualquer ação que seja contrária aos seus valores e ao código de ética". "A instituição ressalta que não recebeu manifestação de estudantes em canais oficiais desde 2015."

 

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A partir do dia 16 de agosto, os eleitores podem denunciar propaganda eleitoral irregular através do aplicativo Pardal. Atualmente o aplicativo permite, através de link, que cidadãos denunciem ao Ministério Público Eleitoral (MPE) relatos de supostos casos de propaganda eleitoral antecipada e de outros ilícitos eleitorais, os quais demandam atuação da Promotoria ou da Procuradoria Eleitoral.

É considerada propaganda antecipada notícia de candidatura com pedido explícito de voto antes do período permitido por lei (16 de agosto). Outras irregularidades eleitorais que podem ser denunciadas são compra de voto, abuso de poder econômico, uso da máquina pública para fins eleitorais e uso indevido dos meios de comunicação social.

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Com o início da campanha no dia 16, o Pardal será habilitado para o recebimento de denúncias de propaganda eleitoral em curso, disponibilizando o link para que os cidadãos encaminhem diretamente ao MPE denúncias referentes à propaganda eleitoral veiculada em rádio, TV ou internet, bem como outras irregularidades eleitorais relacionadas às Eleições.

Como denunciar

Ao identificar um problema, os cidadãos podem tirar uma foto, gravar um vídeo ou áudio e, por meio do aplicativo celular, enviar as evidências para a Justiça Eleitoral no estado ou município que fará a análise da denúncia. Além de elementos que indiquem a existência do fato noticiado, deve constar o nome e o CPF da pessoa que fez a denúncia. Todas as denúncias são tratadas como sigilosas pelo sistema, assegurada a confidencialidade da identidade.

O sistema foi desenvolvido pela Justiça Eleitoral para uso gratuito em smartphones e tablets e já está disponível para download nas lojas virtuais Apple Store e Google Play e no site do TSE. Nas últimas eleições foram realizadas 105.543 denúncias.

 

A Igreja Católica venezuelana informou nesta quarta-feira (6) que abriu uma investigação sobre os casos de abuso sexual cometidos contra menores por parte de membros da instituição, após a reportagem do jornal americano The Washington Post sobre a readmissão de padres condenados.

“Nos sentimos profundamente consternados e magoados diante das situações de abuso”, disse o primeiro vice-presidente da Conferência Episcopal da Venezuela, Mario Moronta, em coletiva de imprensa, na qual garantiu que a Igreja “colaborou para o esclarecimento dos fatos”.

“Os bispos não se opuseram nem se opõem à atuação dos órgãos competentes da justiça civil nessa questão dos abusos”, ressaltou o religioso. Segundo ele, essa investigação levará “meses ou muito mais tempo”.

“É preciso verificar todos os dados, não apenas das vítimas, mas também de outras pessoas”, afirmou. “Mantemos os dados [de abusos na investigação] em confidencialidade por respeito às vítimas, mas também porque estamos fazendo um estudo bastante sério a respeito”, explicou.

The Washington Post publicou há duas semanas uma investigação de 10 casos que “envolvem denúncias de abuso sexual infantil” por parte de sacerdotes na Venezuela. O jornal descobriu que metade dos condenados por abuso entre 2001 e 2022 “foram libertados antes do tempo” ou “não cumpriram nenhum” tempo na prisão, e que foi permitido o retorno de ao menos três deles ao ministério.

De acordo com a Conferência Episcopal, as denúncias desses casos estão sendo tratadas em suas respectivas dioceses, onde estão sendo realizados este ano procedimentos penais e administrativos, além de suspensões.

“Cada diocese é autônoma, compartilhamos informações (...), mas quando há um caso, é diretamente com o Vaticano e há um relatório para a Conferência Episcopal”, explicou Moronta, que acrescentou que só a Santa Sé pode agir e decidir sobre o futuro do religioso acusado.

O jornal americano relatou casos nos estados venezuelanos de Zulia, Falcón, Anzoátegui, Mérida e Lara, onde um padre condenado a sete anos por abusar sexualmente de um menino de seis anos não finalizou sua pena e voltou à igreja.

“Ele foi suspenso ao longo deste ano e, em todo caso, há um processo judicial contra ele”, justificou Moronta.

A Igreja Católica foi abalada por centenas de acusações e revelações de abusos sexuais cometidos por sacerdotes em todo o mundo, com um alto impacto na América Latina.

A Conferência Episcopal da Venezuela disse que está trabalhando em uma “comissão de prevenção”, com oficinas e cursos, e que impôs medidas como proibir que crianças vivam em casas paroquiais e convidar os pais para as catequeses de seus filhos.

Nomeada para assumir o comando da Caixa Econômica Federal no lugar de Pedro Guimarães - que perdeu o posto por conta de denúncias de assédio sexual, que motivaram a abertura de investigação no Ministério Público Federal -, Daniella Marques é uma espécie de "braço direito" do ministro da Economia, Paulo Guedes, desde os tempos em que Guedes atuava na iniciativa privada.

Ela estava no comando da Secretaria Especial de Produtividade e Competitividade do ministério desde o começo do ano. Na função, vinha liderando projetos voltados para o público feminino, no qual o presidente Jair Bolsonaro amarga forte rejeição na sua campanha à reeleição.

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Formada em Administração pela Pontifícia Universidade Católica (PUC) do Rio de Janeiro e com MBA em Finanças pelo Ibmec/RJ, a nova presidente do banco estatal atuou antes por 20 anos no mercado financeiro. Ela foi sócia de Guedes na Bozano Investimentos, no Rio de Janeiro, e deixou a gestora em 2019 para trabalhar com o ministro como assessora especial.

Presente desde a campanha de 2018, Daniella tem a confiança do presidente Bolsonaro, e já chegou a participar das tradicionais lives de quinta-feira organizadas pelo chefe do Executivo - justamente para divulgar ações do Ministério da Economia voltadas às mulheres.

Programa de crédito

Daniella foi responsável por costurar o programa "Brasil Pra Elas", uma política de crédito voltada para estimular o empreendedorismo feminino no País. A medida, que faz parte de um pacote que pretende movimentar entre R$ 82 bilhões e R$ 100 bilhões em operações de crédito, foi lançada em março passado, no último Dia Internacional das Mulheres.

Pouco depois, ela passou a comandar o comitê nacional do programa, que tem como parceiros o Sebrae, a Confederação Nacional da Indústria (CNI), a Confederação Nacional do Comércio (CNC), o Banco do Brasil e governos estaduais e municipais, além da própria Caixa. No último fim de semana, Daniella tinha, por exemplo, viagem marcada a Belo Horizonte com a "Caravana Brasil Pra Elas", em que se promoveram cursos de capacitação e palestras para "alavancar a participação feminina nos negócios", de acordo com informações divulgadas no site do Ministério da Economia.

Em abril, em um encontro com empresários, ela acompanhou o tom das falas do ministro da Economia ao minimizar as projeções do mercado para a economia em 2022, como estagnação do Produto Interno Bruto (PIB) no ano e risco de descontrole da agenda fiscal.

Segundo afirmou à época, os resultados de novos leilões e a trajetória de recuperação dos empregos formais são os pontos que sustentam o otimismo do governo. Daniella cutucou ainda governos estaduais e locais ao dizer que "bondades" como aumentos de salário para o funcionalismo só foram possíveis graças ao governo federal. "Assim, todos os prefeitos e governadores ficaram bons gestores", destacou no evento.

As acusações de assédio sexual que recaem sobre Pedro Guimarães, agora ex-presidente da Caixa, não ficarão limitadas às denúncias levadas ao Ministério Público Federal (MPF) por funcionárias do banco estatal. Outras instâncias se mobilizam para aprofundar as investigações.

O Ministério Público do Trabalho (MPT) no Distrito Federal abriu procedimento para analisar as acusações. Com base nas denúncias trazidas pelo site Metrópoles na terça-feira, o MPT abriu um procedimento classificado como "notícia de fato" que pode resultar em um inquérito civil.

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Pedro Guimarães e a Caixa foram oficialmente notificados pelo MPT nessa quarta-feira para que se manifestem sobre as acusações em 10 dias corridos. O MPT solicitou ainda que o banco apresente "a relação de denúncias eventualmente apresentadas" contra o executivo e contra o vice-presidente de Atacado na Caixa, Celso Leonardo Barbosa, desde que eles assumiram os cargos.

Já o Tribunal de Contas da União (TCU) anunciou que fará uma auditoria no sistema interno de denúncias e de combate a assédio da Caixa. A decisão foi tomada pela presidente do TCU, ministra Ana Arraes. Nos depoimentos, as mulheres foram claras em dizer que não denunciaram antes as situações por medo de serem perseguidas pela gestão do banco. Afirmaram ainda não confiar nos canais de denúncias - a Caixa possui um setor específico, a corregedoria, que tem entre as atribuições a apuração de casos do tipo.

"Nesse contexto, tendo em vista as recentes notícias veiculadas na imprensa, sobre denúncias de assédio no âmbito da Caixa Econômica Federal, que envolvem o presidente da instituição, considero pertinente que este tribunal realize ação de controle para avaliar o grau de maturidade dos instrumentos e das práticas de que esse banco público dispõe para prevenir e punir casos de assédio", afirma Ana Arraes.

A ministra afirmou que órgãos de fiscalização superior, como o TCU, "não só podem, como devem efetivamente atuar para a construção de um sistema eficaz de prevenção e combate ao assédio" nos órgãos e entidades públicas, como vem ocorrendo em outros países.

Conforme a reportagem do Metrópoles, uma das funcionárias afirmou ter conhecimento do caso de uma colega que comunicou uma situação de assédio, mas logo depois sua "denúncia" chegou às mãos de funcionários do gabinete de Guimarães. "A gente tinha muito receio, porque em qualquer lugar em que vá essa denúncia ele pode ter um infiltrado. E isso afeta o resto do meu encarreiramento, no aspecto profissional. Então, era melhor esperar passar", disse. "Noventa por cento das mulheres não vão falar porque ele tem poder."

Guimarães já era alvo de um processo por assédio moral coletivo movido pelo Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos Bancários de São Paulo. O caso faz referência ao evento dos dias 14 e 15 de dezembro passado, em Atibaia (SP), quando Pedro Guimarães ordenou que os funcionários fizessem flexões no chão como se fossem soldados.

O pedido de exoneração de Pedro Guimarães da presidência da Caixa Econômica Federal, já anunciado em carta de demissão por ele mesmo divulgada e antecipada pelo Broadcast, foi oficializado em Decreto publicado em edição extra do Diário Oficial da União que circula nesta quarta-feira. A publicação traz ainda a nomeação da secretária especial de Produtividade e Competitividade do Ministério da Economia, Daniella Marques, para ocupar o cargo no lugar de Guimarães.

Daniella era o nome mais cotado para substituir o atual presidente da Caixa. A escolha de uma mulher para o posto, segundo fontes revelaram mais cedo ao Broadcast, ajudaria a estancar as denúncias de assédio contra funcionárias do banco que envolvem o nome de Pedro Guimarães.

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O pedido de demissão de Guimarães ocorre após o Ministério Público Federal (MPF) abrir investigação para apurar as denúncias. A abertura da investigação, que está em andamento sob sigilo, foi confirmada pelo Estadão. Cinco funcionárias relataram abordagens inapropriadas do presidente do banco. A revelação das denúncias foi feita pelo site Metrópoles na terça-feira, 28.

Daniella é considerada um 'braço direito' de Guedes desde os tempos em que o ministro atuava na iniciativa privada. Ela é formada em Administração pela Pontifícia Universidade Católica (PUC) do Rio de Janeiro, tem MBA em Finanças pelo IBMEC/RJ e atuou por 20 anos no mercado financeiro. Além disso, tem a confiança do presidente Jair Bolsonaro - e já chegou a participar das tradicionais lives de quinta-feira do chefe do Executivo para divulgar ações do Ministério da Economia voltadas às mulheres.

O presidente da Caixa Econômica Federal (CEF), Pedro Guimarães, confirmou em seu perfil no Instagram que pediu demissão do banco. Ele publicou a carta de demissão que encaminhou na tarde desta quarta-feira, 29, ao presidente da República, Jair Bolsonaro, cujo teor foi antecipado pelo Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado.

O Ministério Público Federal (MPF) abriu investigação para apurar denúncias de assédio sexual feitas por funcionárias da Caixa contra Guimarães.

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A abertura da investigação, que está em andamento sob sigilo, foi confirmada pelo jornal O Estado de S. Paulo.

Cinco funcionárias relataram abordagens inapropriadas do presidente do banco. A revelação das denúncias foi feita pelo site Metrópoles na terça-feira, 28.

Guimarães estava à frente da Caixa desde 2019, sendo um dos poucos auxiliares do presidente Jair Bolsonaro que permanecia no mesmo cargo desde o começo do governo.

Ele era um dos auxiliares mais próximos a Bolsonaro, que busca a reeleição em outubro.

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A Caixa Econômica Federal informou que o pronunciamento e a coletiva de imprensa com o presidente do banco, Pedro Guimarães, previstos para a manhã de quarta-feira (29), foram cancelados.

O banco promoverá um evento em Brasília, na Caixa Cultural, para tratar da estratégia da CEF para o Plano Safra 22/23. Além de fazer um pronunciamento, Guimarães responderia a perguntas de jornalistas.

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A Caixa não informou o motivo dos cancelamentos. O portal Metrópoles publicou nesta terça-feira que o executivo é investigado pelo Ministério Público Federal por suposto crime de assédio sexual. O Estadão/Broadcast confirmou a existência da investigação.

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, defendeu a investigação de denúncias de irregularidades envolvendo o atual governo. Entretanto, apontou que o caminho seria pela Polícia Federal, pelo Ministério Público e pelo Tribunal de Contas da União (TCU).  

Segundo Pacheco, é preciso aguardar a formalização de um pedido de CPI, para assim poder se posicionar sobre o requerimento. Em rápida entrevista coletiva na noite desta terça-feira (12), ele ressaltou que nenhum pedido chegou à presidência da Casa, mas que não poderia afirmar se algum requerimento já foi protocolado na Mesa do Senado.

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Pacheco argumentou que o País está muito próximo de uma eleição e criticou o possível uso eleitoral de uma CPI. Para o presidente do Senado, não seria o ideal utilizar o Parlamento, por meio de uma CPI, para “enviesar a discussão do processo eleitoral”.

"Tenhamos prudência e muita cautela, para que tenhamos uma legitimidade do processo eleitoral, dentro do campo das propostas",  recomendou.

Pacheco fez questão de afirmar que não está acusando nenhum grupo de senadores, mas destacou que o Senado precisa se guiar pela moderação. O parlamentar sugeriu tranquilidade e sabedoria para a solução dos problemas reais que atingem a população brasileira. Citou como exemplos a alta inflação, que atinge principalmente os mais pobres e vulneráveis, o desemprego e os constantes aumentos do preço dos combustíveis.

"O Senado tem esse papel a cumprir em problemas que são muito concretos. Temos que apartar a discussão eleitoral da pauta política", instou.

CPIs

Do lado governista, há a intenção de instalar uma comissão para investigar obras inacabadas da era petista na área da educação. O senador Carlos Portinho (Pl-RJ) anunciou em Plenário que já protocolou o requerimento para essa CPI.

Já a oposição quer uma CPI para investigar possíveis irregularidades no Ministério da Educação e no Fundo Nacional do Desenvolvimento da Educação (FNDE). O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) ainda luta para conseguir o mínimo necessário de 27 assinaturas para apoiar essa investigação.

*Da Agência Senado

Só este ano, o Centro Integrado de Atenção e Prevenção à Violência Contra a Pessoa Idosa (CIAPPI), programa vinculado à Secretaria de Justiça e Direitos Humanos (SJDH) de Pernambuco, recebeu 223 denúncias de violência contra idosos. Do total, que soma os contatos pelo canal nos meses de janeiro e fevereiro, 159 foram contra mulheres idosas. Ao ser comparado com o mesmo período de 2021 — que registrou 97 queixas com 74 vítimas do sexo feminino — o aumento soma 114.86%.

As mulheres lideram a lista de negligência, violência financeira, verbal, psicológica e abandono, de acordo com a análise de dados do programa. Essas violações, segundo o levantamento, ocorrem, em sua maioria, no ambiente familiar.

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“É de fundamental importância o registro das denúncias, seja por parte de um familiar, de um vizinho, de um amigo, pois essa é um tipo de violência silenciosa em que a vítima, muitas vezes, não tem a consciência do abuso, daí a importância da denúncia para estimular a sensibilização da população para que a vítima seja devidamente acompanhada”, alerta o secretário de Justiça e Direitos Humanos em exercício, Eduardo Figueiredo.

Para realizar a denúncia de violações contra pessoas idosas, a população pode entrar em contato com o CIAPPI pelo telefone (81) 3182-7649, das 9h às 14h (horário especial durante a pandemia) ou pelo e-mail ciappi2016@gmail.com.

Os mais de 1,5 mil cartórios localizados no estado de São Paulo já estão funcionando como pontos de apoio a mulheres vítimas de violência doméstica. A medida tem como objetivo incentivar e facilitar denúncias de qualquer tipo de abuso dentro do ambiente doméstico.

Segundo a Associação dos Notários e Registradores do Estado de São Paulo (Anoreg-SP), os funcionários foram treinados para oferecer auxílio, abrigando a mulher em uma sala da unidade e acionando as autoridades. Caso prefira, ela poderá, por meio de um símbolo "X" desenhado na palma da mão, sinalizar ao colaborador a situação de vulnerabilidade.

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De acordo com a Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB), mais de 17 milhões de mulheres sofreram violência física, psicológica ou sexual de agosto de 2020 a julho de 2021. O número representa 24,4% da população feminina com mais de 16 anos que reside no Brasil. As chamadas para o número 180, que registra e encaminha denúncias de violência contra a mulher a órgãos competentes, tiveram aumento de 34% no mesmo período.

Frances Haugen, delatora do novo escândalo do Facebook, anunciou na segunda-feira (11) que vai se encontrar com o Comitê de Supervisão da rede social, órgão independente que funciona como uma espécie de "Supremo Tribunal Federal" do império de Mark Zuckerberg para tratar das postagens que devem permanecer ou não no Facebook e no Instagram.

No Twitter, Frances disse que foi convidada pelo órgão para dar seu testemunho sobre as práticas do Facebook. Na mesma mensagem afirmou que a rede social mentiu repetidamente para o Comitê e que espera "compartilhar a verdade" com seus membros.

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Criado em maio do ano passado, o Comitê conta com grupo de 20 pessoas escolhidas pelo Facebook, composto por integrantes da academia e de organizações da sociedade civil especializados em temas de direitos humanos - o painel reúne pessoas de 18 países e deve chegar a ter 40 membros.

O Comitê disse que novas informações sobre como o Facebook lida com a moderação de conteúdo emergiram por causa das ações de Frances.

Assim, o órgão buscará "coletar informações que possam levar a maior transparência e responsabilidade do Facebook". O Comitê quer saber se a rede social foi totalmente aberta sobre como modera seus conteúdos. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O Sport divulgou nota, na tarde deste sábado (9), após nove times denunciarem o Leão no Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), por suposta escalação irregular do zagueiro Pedro Henrique. Caso seja punido, o clube recifense pode perder até 17 pontos.

O grupo de denunciantes alega que a escalação do zagueiro seria irregular, por já ter disputado a quantidade de partidas permitida na Série A pelo Internacional, não podendo, dessa forma, atuar pelo rubro-negro da Ilha do Retiro. O Sport, por sua vez, alega: “Não há nada que implique qualquer penalidade”.

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A ação no STJD visa fazer com que o Sport perca ao menos os pontos que conquistou utilizando o jogador, mas a equipe jurídica rubro-negra afirma ter “plena confiança” na Justiça Desportiva, confirmando, mais uma vez, que o regulamento da competição e as normas do Brasileirão da Série A foram cumpridos a risca, não havendo formas para que o clube seja punido.

A nota foi publicada pouco antes do jogo contra o Corinthians, também na tarde deste sábado; o Sport busca manter a boa fase atual e seguir se recuperando na competição. Confira, a seguir, a nota na íntegra:

“Na noite de ontem, dia 8 de outubro de 2021, recebemos a informação que nove equipes participantes do Campeonato Brasileiro da Série A ingressaram com uma notícia de infração perante a Procuradoria do STJD. O Sport Recife vem, perante sua torcida, informar que tem plena confiança na Justiça Desportiva e que o Regulamento Específico da competição e demais normas do Campeonato Brasileiro da Série A de 2021 foram plenamente cumpridos, não havendo nada que implique qualquer penalidade”.

Em um texto direcionado aos funcionários do Facebook e republicado em sua própria página na rede social, o fundador e presidente da plataforma, Mark Zuckerberg, afirma que pesquisas internas que mostram danos que o Instagram causaria ao bem-estar de adolescentes foram retiradas de contexto para criar uma narrativa de que a empresa não se importa com o tema. O executivo também disse que não é verdade que o Facebook priorize o lucro em detrimento da segurança dos usuários, e que é "ilógico" afirmar que a companhia dê mais impulso a conteúdos que geram polarização política e social.

O texto vem a público em meio à mais recente crise de imagem do Facebook. Documentos internos da companhia obtidos pelo Wall Street Journal mostram que pesquisas do próprio Facebook constataram que o Instagram produziria danos à saúde mental de adolescentes, em especial meninas, e que a empresa resistiu a fazer mudanças em algoritmos que favoreciam a difusão de informações falsas.

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Nesta terça-feira (5), Frances Haugen, ex-funcionária do Facebook que foi a responsável por trazer as pesquisas a público, disse, em audiência no Senado americano, que o Facebook priorizou o crescimento e os lucros em detrimento da segurança dos usuários. Sem citá-la, Zuckerberg rebate a acusação.

"No coração dessas acusações está a ideia de que priorizamos o lucro em detrimento da segurança e do bem-estar (dos usuários). Isso simplesmente não é verdade", escreveu. O executivo usa como exemplo a mudança no feed de notícias do Facebook, anos atrás, que favoreceu conteúdos de amigos dos usuários, tirando espaço de vídeos virais e conteúdos de empresas. Segundo ele, a rede social fez a mudança mesmo sabendo que isso reduziria o tempo de uso do site.

Além disso, segundo Zuckerberg, é ilógico afirmar que o Facebook dá mais espaço a conteúdos polarizadores para aumentar o engajamento dos usuários. "Ganhamos dinheiro através de publicidade, e os anunciantes têm nos dito de forma constante que não querem seus anúncios próximos de conteúdos prejudiciais ou raivosos", disse ele. "E eu não conheço nenhuma empresa de tecnologia que parte para a construção de produtos que deixam as pessoas com raiva ou depressivas."

Zuckerberg afirmou que as pesquisas internas que vieram à público precisam ser visualizadas "com a foto completa", e que foram retiradas de contexto ao serem lidas individualmente. Ele defendeu que o Congresso americano atualize a regulamentação sobre plataformas de internet para aumentar a segurança dos usuários, em especial crianças e adolescentes, mas se disse preocupado com "os incentivos que estão sendo criados" a partir da divulgação dos documentos.

"Se atacarmos organizações que se esforçam para estudar seu impacto no mundo, estaremos efetivamente mandando a mensagem de que é mais seguro não olhar para este impacto, caso você encontre algo que poderia ser usado contra você", afirmou.

A advogada Bruna Morato afirmou nesta terça-feira, 28, na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid, no Senado, que os médicos que acusam a rede Prevent Senior de cometer irregularidades e fraudes tinham "medo" de denunciar a operadora de saúde aos conselhos regionais e federal de Medicina. Segundo ela, o receio ocorreu por uma suposta relação entre integrantes das associações e a empresa e porque eles seriam obrigados a se identificar nos conselhos para acusar a rede.

O presidente da CPI, Omar Aziz (PSD-AM), criticou a atitude dos médicos. O senador disse que não estava fazendo um "juízo de valor" ou "julgamento" dos profissionais, mas que eles "não fizeram o papel e o dever deles". Para Aziz, os médicos deveriam ter denunciado a obrigatoriedade de recomendação de medicamentos com ineficácia comprovada, como hidroxicloroquina, contra a covid-19 a pacientes da Prevent Senior.

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"O fato é que a Prevent Senior usou um tratamento que não é comprovado cientificamente, mas existe um outro fato também", disse. "Esses profissionais de saúde, mesmo pelo juramento que eles fazem, fizeram quando receberam o diploma, eles tinham o dever e a obrigação de fazer a denúncia ao CRM e ao CFM, que eles estavam sendo obrigados, dentro de uma unidade de saúde, a prescrever medicamentos que não estavam salvando ninguém e, pelo contrário, estava matando gente."

Bruna Morato defendeu os médicos e os classificou como "pessoas muito boas", "idôneas" e que "detêm minha máxima confiança". Ela comparou a situação dos médicos a pessoas que são vítimas de violência doméstica. "Eles têm extrema resistência em se identificar e fazer denúncia, justamente por conta da política de opressão. Se você trabalha numa empresa cujo lema é a lealdade, não existe qualquer possibilidade técnica de você fazer uma denúncia identificada como é o caso do CRM e CFM", afirmou a advogada.

Bruna negou à CPI que os dados do dossiê disponibilizado ao colegiado tenham sido obtidos ilegalmente. A acusação foi feita pelo diretor executivo da operadora de saúde, Pedro Benedito Batista Júnior, durante depoimento à CPI na semana passada. Segundo ele, profissionais responsáveis pelo documento invadiram prontuários de pacientes para coletar as informações.

A advogada afirmou que os prontuários foram entregues pela Prevent Senior ao Conselho Federal de Medicina (CFM) em razão de um processo movido contra um médico que supostamente teria vazado informações.

No depoimento, Bruna Morato também reafirmou que, quanto a política de incentivo ao uso de remédios do "kit covid", a Prevent Senior teria colaborado com dados de pesquisa que apontavam a prescrição como eficaz.

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