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Pré-candidato a governador de Pernambuco, Danilo Cabral (PSB) apresentou documento detalhando como seria seu programa de governo, durante entrevista à CBN Recife, nesta segunda (11). Segundo o material, Danilo deve focar principalmente na geração de empregos para os pernambucanos, ampliação das conquistas na Educação, cuidado com a Saúde e a Segurança, além de combate à pobreza.

De acordo com dados do IBGE que mostra Pernambuco com maior índice de desemprego do país, o pré-candidato contou seu caminho para diminuir esse número.

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“A nossa disposição neste momento é justamente percorrer o estado de Pernambuco para apontar esse caminho da volta de oportunidade de emprego; fazer chegar Saúde às pessoas, políticas de acesso à Educação, que é uma pauta que dou muito valor. Estamos neste momento de construção desse pensamento e de mobilizar nossa base política. Vamos governar para todos os pernambucanos”, afirmou Danilo.

Educação

Danilo finalizou falando sobre a educação e afirmou que o estado tem a melhor educação do Brasil.

“Eu acredito muito na Educação como eixo de inclusão social. Pernambuco tem hoje a melhor Educação do Brasil. Quer política mais estruturante para juventude do que garantir que todo jovem possa estar na escola de manhã até o fim do dia, estudando e aprendendo? Essa é uma política estruturante do ponto de vista da prevenção. Vamos promover avanços na Educação Profissional. E é isso que queremos garantir, que chegue em todos os municípios de Pernambuco, para que, assim, a pessoa seja capaz de concluir o seu ciclo educacional no lugar em que vive e o acúmulo de conhecimento fique naquelas cidades”, argumentou.

 

Silvia Muñoz perdeu o trabalho como empregada doméstica em Lima, enquanto Yolanda Chambi teve que fechar sua venda de trajes tradicionais no Lago Titicaca: a pandemia agravou a desigualdade de gênero no trabalho na América Latina, onde milhões de mulheres ainda estão desempregadas.

Depois de se dedicarem a cuidar de parentes doentes com Covid-19, outras mulheres recuperaram seus empregos, mas ganham menos do que antes ou sofrem com a precariedade porque ingressaram no comércio informal, generalizado na região e especialmente no Peru.

Após a chegada da pandemia em março de 2020, “não havia trabalho, não havia nada. Como o vírus que estava muito forte, não pude mais trabalhar", diz Muñoz, 65 anos, com resignação, em sua modesta casa em Villa María de lTriunfo, município da classe trabalhadora de Lima.

A 1.000 km de distância, Yolanda Chambi teve destino semelhante.

"Perdemos toda a nossa renda econômica", diz essa comerciante de 45 anos que vendia e alugava roupas tradicionais andinas na cidade de Puno, às margens do Titicaca, o lago navegável mais alto do mundo.

As fantasias eram compradas por moradores para o festival da Virgen de la Candelaria, uma grande festa com música e dança andina que acontece todo dia 2 de fevereiro e está suspensa há dois anos devido à covid.

Como não podia mais pagar o aluguel de sua casa-oficina em Puno, Chambi não teve escolha a não ser se mudar com seus quatro filhos para o campo para sobreviver.

Vários países da região concederam auxílio-desemprego em 2020 e 2021, mas no Peru esse benefício alcançou poucos bolsos devido à alta informalidade do trabalho (mais de 70%) e ao baixo uso bancário da população, principalmente dos mais pobres.

- Retrocesso de uma década -

Após dois anos de pandemia, a situação laboral das mulheres na América Latina e no Caribe é "proporcionalmente mais desfavorável em relação a 2019 do que no caso dos homens", alertou a Organização Internacional do Trabalho (OIT) em relatório divulgado no mês passado.

Desde 2020, o desemprego feminino permaneceu em 12,4%, comparado a 9,7% da taxa geral da região. Os números mostram um aumento da desigualdade de gênero no trabalho, um mau sinal antes do Dia Internacional da Mulher, em 8 de março.

"A América Latina vinha caminhando [...] na redução dessas lacunas, desses indicadores, [mas] a pandemia nos atrasou mais ou menos para os indicadores de 10 anos atrás", disse à AFP o chefe da OIT para os países andinos, Ítalo Cardona.

Ele explicou que a pandemia atingiu muitos setores que tradicionalmente empregam mulheres: prestação de serviços, hotelaria, turismo e sistema de comércio informal.

Diante dessa situação, milhões de latino-americanas não tiveram escolha a não ser se dedicar ao “cuidado não remunerado” de suas famílias, especialmente no Peru, que detém o triste recorde da maior taxa de mortalidade por covid no mundo.

"O retorno delas ao mercado de trabalho é muito mais lento do que o dos homens", disse Cardona.

É o caso de Daysi Falcón, 34 anos, que trabalhava como auxiliar administrativa em uma empresa de manufatura em Lima. Após o encerramento da fábrica devido à pandemia, os seus familiares foram “caindo um a um com a covid”.

“Estou de março a agosto [2021] cuidando de cada um dos membros da minha família”, diz Falcón, que ainda está desempregada.

Segundo a OIT, 24 milhões de mulheres perderam o emprego devido à pandemia na América Latina e pouco mais de quatro milhões permanecem desempregadas.

Um número semelhante de homens perdeu seus empregos na região, mas apenas meio milhão permanece desempregado.

- "Me sinto impotente" -

Para outras mulheres, a pandemia é sinônimo de salários mais baixos.

Silvia Muñoz, que tem que sustentar seu marido doente, pôde retomar seu trabalho como empregada doméstica quatro dias por semana há alguns meses.

No entanto, agora ela recebe 20% menos do que antes: ela passou de ganhar cerca de 25 dólares por um dia inteiro para cerca de 17,5.

"Você tem que aceitar, porque de repente há alguém atrás de mim que cobra menos", diz ela com resignação. "Sinto-me impotente, porque a idade avança, a força que se tem já se enfraquece, e quando se envelhece não há aposentadoria", acrescenta.

No Lago Titicaca, Yolanda Chambi não vê fim para seus problemas.

“As festas continuam suspensas, nossa economia continua suspensa, não temos nenhum tipo de renda”, afirma.

Agora, com a ajuda dos filhos, ela vende café da manhã na passagem de acesso à cidade de Ácora, a 30 km de Puno.

No enfrentamento ao problema do desemprego, muitos brasileiros precisam usar a criatividade para encontrar uma nova oportunidade. Foi o que fez o cozinheiro recifense, Carlos Filho, que usou uma plaquinha feita em papelão para pedir emprego nas ruas da cidade. As imagens circularam nas redes sociais, de forma que a notícia de uma nova chance para o trabalhador chegou até o Prefeito de Recife, João Campos. 

Na plaquinha, Carlos diz ser cozinheiro formado, sem emprego e com uma família para sustentar, informando logo abaixo o número de telefone, na esperança de receber uma mensagem positiva. Em seu perfil no instagram, o Prefeito do Recife, João Campos, informou e celebrou a notícia de que o trabalhador recebeu a oportunidade de fazer uma entrevista no Bar do Cuscuz. 

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De acordo com a publicação de João Campos, a vaga foi encontrada por Carlos, por meio da plataforma GO Recife, iniciativa da Prefeitura, que usa a tecnologia para criar uma espécie de “agência de trabalho digital”, onde são oferecidas inúmeras vagas de emprego em Pernambuco por meio do Portal na internet. No post o prefeito comemora: “com essa animação, fé e disposição... Já deu certo! Estamos na torcida por você!”.

Por Thaynara Andrade

A Medida Provisória 1095/21 extingue o Regime Especial da Indústria Química (Reiq). O regime, que valeria até 2025, reduzia as alíquotas da contribuição para o PIS/Pasep) e a Cofins sobre matérias-primas químicas e petroquímicas.

O fim dos incentivos tributários já estava previsto na MP 1034/21, aprovada em junho do ano passado e sancionada no mês seguinte. A previsão, no entanto, era fazer uma redução gradual, com o encerramento do Reiq em 2025.

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A extinção imediata pegou o setor de surpresa, segundo a Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim), entidade que congrega indústrias de grande, médio e pequeno porte.

Em nota divulgada nesta segunda-feira (3), a Abiquim afirmou que o fim abrupto do Reiq coloca em risco 85 mil empregos, acarretará uma perda de arrecadação de R$ 3,2 bilhões e uma queda no Produto Interno Bruto (PIB) de R$ 5,5 bilhões.

Para a entidade, a mudança cria insegurança jurídica e afronta decisão do Congresso, que já havia aprovado a extinção gradual dos benefícios.

“É fundamental que o Congresso derrube essa MP assim que retornar do recesso”, diz a nota.

O governo, por sua vez, argumenta que o fim do regime é necessário para compensar a desoneração do Imposto de Renda que seria recolhido por empresas aéreas sobre o leasing de aeronaves, prevista na MP 1094/21.

Da Agência Câmara de Notícias

O consumo de carne bovina despencou no Governo Bolsonaro e já representa o menor índice dos últimos 25 anos. O ano fecha com 26,5 quilos consumidos por habitante. Se comparado a 2006, ainda no Governo Lula, o pico de 42,8 quilos comprova a queda de 40%.

O desaparecimento dos cortes bovinos no prato dos brasileiros começou a ser percebido em 2020, com o registro do consumo de 29,3 quilos por habitante. 

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Desde então, o preço da proteína animal disparou nas prateleiras junto com o avanço da inflação e do aumento do número de desempregados.

Também em queda progressiva desde 2019, os abates caíram 10,7% no terceiro trimestre de 2021, conforme Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), destacou o Valor Econômico

O levantamento feito pelo Centro de Inteligência da Carne Bovina (CiCarne) da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) Gado de Corte se baseou em dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

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Com a taxa de desemprego em 13,2%, o Brasil ocupa a quarta posição no ranking de desemprego entre as 44 maiores economias do mundo. Para piorar,  o Legislativo Federal tem estudado propostas de reforma trabalhista que poderão criar postos de trabalho sem férias, 13º e FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço). Nesse cenário de instabilidade, muitos brasileiros ainda veem os concursos públicos como um porto seguro.

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É fácil entender o porquê. São serviços que ainda garantem direitos trabalhistas, dão estabilidade (são menores os riscos de demissão por “corte de pessoal”) e, em geral, têm uma boa remuneração.

Só no Pará, há pelo menos oito concursos públicos com inscrições abertas. Os requisitos e as remunerações são variados. O Ministério Público de Contas dos Municípios do Estado do Pará (MPCM-PA) pede curso superior, para salário de R$ 30 mil. Já para as prefeituras de Portel e Melgaço só é necessário o ensino médio, e o ordenado é de R$ 1.550,00.

Para Renata Costa (29), policial militar e ex-servidora da Prefeitura de Belém, mesmo com as provas difíceis, os concursos são uma excelente oportunidade. “Os salários são melhores, a carga horária é melhor”, diz. A policial, que também é formada em Pedagogia, contou que desde o período da graduação já pensava em trabalhar em instituições públicas e pretende fazer a prova para outros órgãos. “Penso em fazer a prova para oficial da PM, delegado de Polícia Civil, investigador, até policial rodoviário federal”, afirmou.

Mas o caminho até a tão sonhada vaga é complicado. Segundo Renata, conciliar os estudos com o trabalho ou outras atividades pode ser bastante difícil. “Eu estudava direto. Quando fiz o concurso para a PM eu já estava na Prefeitura, então às vezes eu ia dormir 3 horas da manhã e tinha que estar às 7 horas no trabalho”, contou a policial.

Quem também passou por um processo similar foi Larissa Santos (26), bacharel em Comunicação Social/Jornalismo. “A minha jornada como concurseira iniciou logo após o término da graduação. Me deparei com uma realidade mercadológica muito acirrada na minha área de formação. Com isso, notei que o concurso público (as oportunidades das vagas disponíveis) seria uma excelente opção”, disse.

Com as vagas limitadas e disputadas, a preparação é o diferencial entre os candidatos. “Prestei alguns concursos a partir do ano de 2017, mas de forma completamente equivocada, pois não tinha ciclos e nem cronograma de estudos. Com isso, só colecionava desgaste mental e frustrações. Já no período de pandemia, o foco foi maior, mais intenso e com auxílio de cursos preparatórios on-line”, finalizou a concurseira.

Por Sarah Barbosa.

 

Cada vez mais próxima do PSDB de Raquel Lyra para a disputa ao Governo do Estado em 2022, a deputada estadual Priscila Krause traçou um paralelo entre os índices de desemprego e a alta taxa tributária em Pernambuco. Ao mesmo tempo que cobra os impostos mais caros do Nordeste, o estado lidera o ranking de desemprego no país.  

O resultado da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (PNAD) Contínua, publicada nessa terça-feira (30) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), comprova que 19,3% dos pernambucanos estão desempregados. O índice é superior ao do Brasil, que manteve a taxa de desocupação em 12,6%. 

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"Pernambuco que é líder de desemprego no Brasil é o mesmo que cobra a maior carga tributária do Nordeste. Não é coincidência", alfinetou a deputada.

Ela recentemente deixou o Democratas e ainda avalia propostas para escolher a nova casa.

Críticas ao PSB

"O governo do PSB é mestre em cobrar impostos e taxas, dificultando a vida da iniciativa privada e, portanto, travando o crescimento de empresas e por consequência de empregos e renda", apontou.

Na visão de Priscila, a gestão do PSB dificulta a criação de empregos para continuar no Poder. "Uma equação simples que, apenas para atender os objetivos da perpetuação no poder, o Palácio das Princesas insiste em ignorar", acrescentou.

 

Mais uma vez, Pernambuco lidera o ranking de desemprego do Brasil, tendo taxa de 19,3% de desocupação, de acordo com os novos resultados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), divulgada nesta terça-feira (30) pelo IBGE. Apesar do recuo de 2,5% em comparação ao último trimestre monitorado pela mesma pesquisa, quando o desemprego marcou 21,8%, o estado segue em primeiro lugar da lista pelo segundo trimestre consecutivo. A média do Brasil é de 12,6%, 6,7 pontos percentuais a menos do que o registrado na localidade. Foram 806 mil pernambucanos em busca de emprego entre os meses de julho, agosto e setembro. 

A redução é de 11%, ou cem mil desempregados a menos em relação ao trimestre anterior. O estado ainda se recupera do impacto que a pandemia teve no mercado de trabalho ao longo de 2020 e de 2021. No terceiro trimestre do ano passado, a taxa de desocupação havia sido a mesma do terceiro trimestre deste ano: 19,3%. 

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Enquanto isso, o número de pessoas ocupadas em Pernambuco subiu de três milhões e 259 mil pessoas no segundo trimestre deste ano para três milhões e 374 mil trabalhadores no terceiro trimestre, o que equivale a um aumento de 3,6%, ou 116 mil pessoas a mais. Com relação ao mesmo período de 2020, o avanço na população ocupada, seja formalmente ou informalmente, foi de 13,6%. 

Mais da metade da população ocupada de Pernambuco está na informalidade, Pernambuco também observou um pequeno avanço na taxa de informalidade, que foi de 52,2% da população ocupada no 3º trimestre de 2021, frente a 51,2% no trimestre anterior. O percentual equivale a 1 milhão e 760 mil pessoas, deixando o estado em oitavo lugar nacional no ranking dos informais. O Brasil, por sua vez, tem uma taxa de informalidade mais de dez pontos percentuais mais baixa: 40,6%. 

O número de empregados do setor privado cresceu 7,3% no acumulado de julho, agosto e setembro frente ao trimestre anterior, chegando a 1,5 milhão de pessoas, um saldo de 103 mil pessoas a mais. O maior impacto no mercado de trabalho ficou com os trabalhadores sem carteira assinada, que aumentaram 11,3% entre o segundo e o terceiro trimestres de 2021, chegando a 546 mil pessoas. A atividade econômica que mais absorveu esses trabalhadores foi o comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas, cujo contingente de trabalhadores aumentou 11,6%, passando de 648 mil para 724 mil pessoas. Além disso, o rendimento médio real habitual de todos os trabalhos das pessoas ocupadas em Pernambuco foi de R$ 1.715, o menor desde 2018. 

Para o cálculo da proxy de taxa de informalidade da população ocupada são consideradas as seguintes populações: empregado no setor privado sem carteira de trabalho assinada; trabalhador doméstico sem carteira de trabalho assinada; empregador sem registro no CNPJ; trabalhador por conta própria sem registro no CNPJ; trabalhador familiar auxiliar. 

A taxa de desemprego dos países que integram a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico(OCDE) diminuiu pelo quinto mês consecutivo em setembro, mas permaneceu acima de níveis pré-pandemia. Relatório da OCDE divulgado nesta terça-feira (9) mostra que a taxa de desemprego do grupo recuou para 5,8% em setembro, ante 6% em agosto.

Já em relação a fevereiro de 2020, um mês antes de a Covid-19 ser declarada pandemia, a taxa de setembro ainda é 0,5 ponto porcentual maior. No fim de setembro, os países da OCDE tinham 38,7 milhões de desempregados, 1,1 milhão a menos do que no mês anterior, mas ainda 3,3 milhões acima do patamar de fevereiro de 2020, mostra o documento.

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A taxa de desocupação fechou o trimestre móvel encerrado em agosto em 13,2%, queda de 1,4 ponto percentual na comparação com o trimestre terminado em maio, quando o desemprego ficou em 14,6% da população. Na comparação anual, o recuo chegou a 1,3 ponto percentual em relação a agosto de 2020 (14,4%). Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio Contínua Mensal, divulgados hoje (27) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Segundo a pesquisa, a população desocupada caiu 7,7%, ficando em 13,7 milhões de pessoas, na comparação com o trimestre terminado em maio de 2021, e ficou estável na comparação anual. Já a população ocupada cresceu 4%, alcançando 90,2 milhões de pessoas na comparação trimestral. Em relação a agosto do ano passado, o aumento foi 10,4%, ou mais 8,5 milhões de pessoas.

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Nível de ocupação

O IBGE aponta que o percentual de pessoas ocupadas na população em idade de trabalhar, o chamado nível da ocupação, foi estimado em 50,9%, o que representa aumento de 2 pontos percentuais, no trimestre, e 4,1 pontos percentuais, no ano.

A taxa de subutilização caiu 1,9 ponto percentual, no trimestre, e 3,2 pontos percentuais, na comparação anual, ficando em 27,4%. São 31,1 milhões de pessoas subutilizadas, o que representa queda de 5,5%, na comparação trimestral, e de 6,6%, no ano. Por outro lado, a população subocupada por insuficiência de horas trabalhadas cresceu 4,7%, no trimestre, e subiu 29,2%, no ano.

A parte da população fora da força de trabalho está em 73,4 milhões de pessoas, queda de 3,2% no trimestre e de 7,3%, na comparação anual. A população desalentada soma 5,3 milhões de pessoas ou 4,9%, queda de 6,4%, ante o trimestre anterior, e de 8,7%, em relação a agosto de 2020.

Todos os dias, diversas pessoas saem de suas casas em busca de uma nova oportunidade de trabalho e renda. Mas, para algumas delas, a procura por um emprego pode ser mais difícil de ser realizada devido a dificuldades financeiras enfrentadas. Muitos, por exemplo, não vão a uma entrevista de emprego por não ter condições de pagar pelo transporte, ou até mesmo não conseguem imprimir seu currículo profissional para deixar em alguma empresa. Para esses possíveis candidatos, muitos deles sendo parte dos 14,4 milhões de brasileiros desempregados, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), as oportunidades são mais escassas.

É o caso de Karine Barbosa de Souza, 28 anos, moradora do bairro de Água Fria, na Zona Norte do Recife. Desempregada há aproximadamente um ano, Karine diz que os custos mensais para procurar um emprego são, principalmente, com transporte. “Em torno de R$ 65,00 gastos com transporte, currículo. Fora quando tenho que pegar mais de dois ônibus, ou quando tenho que pagar vale B, ou quando esqueço de água e comida, que sempre levo de casa, e quando esqueço compro na rua”, relata a jovem.

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Karine, assim como demais brasileiros, busca uma ocupação em setores de serviço em diversas empresas, como em redes de fast food, lojas de departamento e de cosméticos. A recifense também diz ter dificuldades para distribuir currículos devido aos custos para impressão, recorrendo a fotocópias para economizar ao máximo. Ela diz que já chegou a perder algumas oportunidades por não ter condições de se locomover ou de enviar suas qualificações. “Já deixei de participar de um processo seletivo por ser próximo ao aeroporto e eu não tinha o dinheiro para pagar a passagem. E por currículo também porque às vezes, minha mãe, que trabalha em shopping, dizia que tinha uma vaga, que a pessoa era amigo dela, e era só eu levar o currículo, e não tive dinheiro”, relembra.

Alto custo para quem tem pouco

De acordo com um levantamento feito em 2019 pela Catho, empresa de recrutamento on-line, uma pessoa chega a gastar até 35% de sua renda mensal na busca de um novo emprego, custo que pode ser alto demais para quem tem pouco, ou quase nada.

Como é o caso de Karolayne Barbosa de Souza, também moradora de Água Fria, e que está há 2 anos e 5 meses desempregada, e tem um gasto médio de R$ 60,00 mensais para cobrir os custos de impressão de currículo e transporte para participar de processos seletivos.

A recifense busca cargos em serviços gerais, que não exijam experiência prévia, mas disse que já deixou de participar de processos de seleção por falta de condições, e sem conseguir se comunicar com a empresa. “Foi pelo fato de não ter passagem de transporte mesmo, e não entrei em contato com a empresa”, complementa.

Iniciativas que facilitam

Tendo em vista as dificuldades enfrentadas por boa parte da população, agravada com a pandemia do novo coronavírus, projetos e iniciativas foram desenvolvidos para auxiliar a união entre vagas e candidatos de forma virtual, que pode ser mais econômico do que candidaturas presenciais. É o caso do projeto lançado este ano pela Prefeitura do Recife, o aplicativo Geração de Oportunidade Recife (GO Recife), que visa a captação de vagas em diferentes setores, além de disponibilizar oportunidades de cursos de capacitação para preparar as pessoas para determinados cargos.

Segundo Rafael Figueiredo, secretário executivo de Transformação Digital, a plataforma surgiu para revolucionar a forma como as trocas profissionais são feitas. “Um dos ativos do Recife Virado é a inovação tecnológica. Dessa maneira, o GO Recife, que é parte desse conjunto de iniciativas para a virada econômica da nossa cidade, faz uso da transformação digital para promover e ampliar as oportunidades. E é por meio dessa fábrica de oportunidades que o GO Recife se apresenta para pegar no batente junto com os recifenses”, ele explica.

Os interessados podem acessar a plataforma baixando o aplicativo pelo celular. O cadastro é feito pelo Contecta Recife, sistema integrado desenvolvido pela Prefeitura.

Conexão gratuita

Mesmo com a praticidade de utilizar a internet para procurar um emprego, ainda há pessoas que se veem impedidas de se candidatar de forma virtual por não ter acesso a uma conexão. Estão distribuídos na capital pernambucana pontos de serviço de Wi-Fi gratuito para que as plataformas on-line sejam acessadas por todos. É possível encontrar a rede gratuita em órgãos da Prefeitura, praças, mercados públicos, Compaz e outras áreas públicas.

Horas após a invasão de integrantes do Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST) à Bolsa de Valores de São Paulo (Ibovespa) nessa quinta-feira (23), o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) xingou o coordenador do movimento, Guilherme Boulos (PSOL). Em sua live semanal, o chefe do Executivo criticou a mobilização contra a desigualdade socioeconômica no Brasil, que evidenciou a alta nos índices de fome e desemprego.

Bolsonaro foi o principal alvo do movimento e recebeu a culpa pela alta de inflação, que repercute, principalmente, no poder de compra de itens básicos no supermercado. Para retaliar as acusações, ele xingou o líder nacional do movimento.

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“Boulos, querer me culpar da fome no Brasil e do desemprego? Você tá de sacanagem, né? É um paspalhão, realmente, procurando fazer demagogia”, disparou.

Em resposta, Boulos publicou em seu perfil no Twitter que xingamentos de Bolsonaro, para ele, são tratados como elogio, e indicou que logo o presidente será preso por supostos crimes de gestão.

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O presidente Jair Bolsonaro apelou nesta quarta-feira, 18, para a "fé e a crença" da população brasileira para que o País supere o desemprego e a inflação. Ao falar a fiéis, em cerimônia de comemoração do centenário da igreja Assembleia de Deus no Pará, o presidente reconheceu a existência de problemas, como a escalada de preços, crise hídrica e desemprego, mas afirmou que será possível superá-los.

"Com muitos problemas que temos enfrentado e que não estavam previstos: a pandemia e seus reflexos, uma crise de falta d'água como não visto na história do Brasil. O povo tem sofrido com isso: tem inflação, tem desemprego. Tem dias, realmente, angustiantes. O que posso dizer aos senhores? Com fé, com vontade, com crença, nós podemos superar esses obstáculos", afirmou.

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O desemprego atualmente está em nível recorde: 14,6% no trimestre encerrado em maio. São 14,8 milhões de brasileiros em busca de uma vaga no mercado de trabalho. Já a inflação acumula alta de 8,99% em 12 meses, com peso maior para produtos básicos da alimentação, como arroz, feijão e carne. A conta de luz, por causa do acionamento das térmicas em função da crise hídrica, está com taxa extra, o que também vem pressionando o orçamento das famílias.

O LeiaJá lança, nesta quarta-feira (14), o podcast “Sonoras Empreendedoras”. A proposta do projeto é mostrar a atuação e os desafios enfrentados pelos pequenos negócios em meio à crise econômica provocada pela pandemia da Covid-19. Ao todo, seis episódios estão disponíveis.

Conduzido pelo editor do LeiaJá Nathan Santos e pela jornalista Camilla de Assis, o “Sonoras Empreendedoras” aborda, em sua primeira edição, o que motivou o recorde de empreendedores iniciais durante a pandemia. No segundo episódio, os pequenos empreendimentos se mostram como fortes geradores de empregos, o que reforça a importância desses negócios para a economia nacional.

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No terceiro episódio do podcast, é discutida a queda na taxa de empreendedorismo total no Brasil, motivada, principalmente, pela crise do novo coronavírus. No quarto episódio, o projeto detalha um levantamento do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro Pequenas Empresas (Sebrae) que mostrou: negócios liderados por negros foram os mais afetados.

A quinta edição debate o processo de digitalização dos empreendimentos, enquanto o sexto e último episódio sugere ações que os empresários podem adotar para vencer a crise, além de projetar quais serão as características das empresas no pós-pandemia.

“No momento econômico mais crítico do Brasil, o empreendedorismo se apresenta, mais uma vez, como uma solução para os trabalhadores que precisam sobreviver. A partir desse cenário, o podcast humaniza a história dos empreendedores e traz opiniões de especialistas em empreendedorismo”, destaca Nathan Santos.

"Contar histórias de pessoas que estão sobrevivendo a este momento, por meio do empreendedorismo, é particularmente importante, porque pode ajudar outros empreendedores que se reconhecem nessas realidades e lutam para manter seus negócios", comenta Camilla de Assis.

O “Sonoras Empreendedoras” pode ser ouvido no Spotify:

Episódio 1 – Crise da Covid-19 desencadeia recorde de empreendedorismo inicial, por necessidade.

Episódio 2 – A força dos pequenos negócios na geração de empregos e na economia como um todo

Episódio 3 – O que explica a queda na taxa de empreendedorismo total?

Episódio 4 – Negócios liderados por negros foram os mais afetados

Episódio 5 – Digitalização dos negócios: caminho sem volta

Episódio 6 – O que fazer para os empreendedores de pequenos negócios vencerem a crise? Como será o empreendedor do futuro?

Na última semana o cenário econômico brasileiro apresentou volatilidade, quando o dólar foi cotado abaixo dos R$ 5, o que não acontecia desde junho de 2020, quando  estava avaliado em aproximadamente R$ 4,9. Entretanto, ao longo da pandemia de Covid-19, a moeda americana registrou picos de alta, como em maio de 2020, quando estava próximo dos R$ 5,8. 

De acordo com Nilza Aparecida dos Santos, professora de economia e gestão financeira na Faculdade de Tecnologia de São Paulo (Fatec) em Cotia, existe uma lógica quando se trata de valorização e desvalorização da moeda brasileira. Uma vez que o Brasil adotou o regime de taxa de câmbio flutuante, para que o real venha a ficar mais valorizado, vai depender de como está a entrada e saída da moeda estrangeira do país. “Quanto maior a taxa de câmbio, mais desvalorizada é a nossa moeda [real], o que favorece as exportações. Quanto mais valorizada, mais favorecida são as importações”, explica a especialista.

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Desta forma, as exportações e importações passam a ter papel fundamental dentro do sistema de câmbio no país. Segundo Nilza, o real também é afetado pelo cenário econômico do exterior, visto que o Brasil depende do investimento estrangeiro para captar dólares. “Assim como no cenário externo, o interno também interfere na composição de risco que o país oferece e, em momentos de turbulência, os investidores tendem a tirar recursos de países emergentes e investir em mercados considerados mais seguros”. A professora completa explicando que, se temos menos dólares circulando, a tendência é de desvalorização cambial, e assim, um aumento da taxa de câmbio.

Fatores como este podem ser considerados como índices para uma possível projeção de como estará o mercado econômico brasileiro, ainda que seja um apontamento pouco objetivo. De acordo com Nilza, a volatilidade da taxa de câmbio ainda é alta, mas existem indicadores relacionados à política fiscal (orçamento 2021), a avanços no sentido das reformas (tributárias/administrativas) necessárias e à vacinação que segue no país (mesmo em ritmo lento), que sinalizam uma melhora na avaliação de risco do Brasil no cenário externo.

Diante deste cenário o Brasil também possui a taxa de juros básica (Selic),  a taxa básica de juros da economia, que se encontra em 4,25% ao ano, o que contem a inflação, mas por outro lado, desestimula consumo e investimento. “Dessa forma, os juros mais altos são mais atrativos para os investidores que acabam por mandar mais dólares para o país. A queda do dólar contribui para conter a inflação, visto que as importações se tornam mais baratas. Mas o desestímulo ao consumo e ao investimento podem levar à retração da economia que dava sinais de crescimento”. Nilza completa dizendo que esse encolhimento econômico consequentemente pode trazer mais desemprego.

Quando se tratam de prognósticos, inúmeros fatores devem ser levados em consideração, uma vez que o preço das moedas sofre impacto das taxas de juros de cada país, junto a questões políticas e outros fundamentos macroeconômicos. “O valor da taxa de câmbio depende do valor do dólar e do real e do cenário econômico de cada país. E ainda temos uma pandemia que torna qualquer prognóstico ainda mais complicado”. A professora de economia avalia que dificilmente a taxa de câmbio possa um dia voltar ao patamar de R$ 2, por exemplo, mas na economia tudo é dinâmico e pode mudar a qualquer momento. “Depende das ações dos agentes que compõem o sistema econômico”.

 

 

 A pandemia do coronavírus (Covid-19) trouxe impactos a diversos segmentos do mundo, entre eles a economia, que sofreu duros golpes durante a crise sanitária. Segundo dados coletados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o período de um ano de pandemia fez com que o desemprego no Brasil alcançasse 14,4%, um aumento de 11,6% quando comparado ao ano passado. Esse valor é equivalente a 2 milhões de brasileiros desempregados, o que tem gerado vários impactos sobre a saúde mental do brasileiro. 

De acordo com o economista e gestor empresarial Jean Crouzillard, o fator principal que contribui com o desemprego do país é a ausência de um plano econômico de longo prazo. Ele aponta que nos últimos 20 anos, os políticos se preocuparam apenas com as eleições. “Muitos projetos estão parados no congresso e, quando colocados em pauta, perdem suas características iniciais, sua eficácia e se tornam soluções de curto prazo", comenta.

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Crouzillard lembra que o Brasil já convive com o desemprego desde antes da pandemia e que a crise sanitária apenas agravou a situação. Para resolver a questão, o economista afirma que é necessário ter vontade e liderança política como prioridade, uma vez que soluções voltadas apenas para planos econômicos só servirão para amenizar o problema. “É primordial investir em micros e pequenas empresas, as quais geram muitos empregos. Porém, é muito importante que o país conte com um plano de investimento estrutural para que a retomada seja sólida”, calcula.

Segundo o economista, focar em empréstimos de dinheiro não será a solução, pois as empresas precisam de consumo para que a economia se recupere com estabilidade. Para Crouzillard, o ideal seria um direcionamento voltado para investimentos estruturais, além de aprovar o novo plano fiscal que está parado no congresso. “O orçamento público concentra verbas para pagar juros e estrangular investimentos públicos. É necessário ter coragem de alavancar a economia com o excesso de liquidez do mercado financeiro, ou seja, ter em mãos um plano de captação deste excesso”, ressalta.

O economista estima que a vacinação deve criar um ambiente economicamente viável a partir de agosto, mas os prazos para recuperar as perdas são de três a quatro anos. Já o índice de desemprego não deve se alterar até o final de 2021 e permanecerão altos no ano que vem. “Por 2022 ser um ano de eleição, com um cenário muito conturbado, não é de se esperar por uma estabilidade econômica. Talvez apenas pequenos progressos em alguns setores da economia”, prevê.

Uma das sugestões apontadas por Crouzillard, seria explorar setores da economia que detêm resposta ágil da recuperação. “Um bom exemplo disso é o setor de turismo que é, ainda, muito subutilizado no país. Além disso, fica a lição de que um país deve ser autossuficiente em vacinas, essa é uma estratégia que deverá evitar’ ‘solavancos futuros’”, recomenda.  

Os impactos do desemprego na saúde mental das pessoas

O atual cenário econômico junto às preocupações com a saúde causam consequências psicológicas no trabalhador, que busca por maneiras de contornar a crise. A psicóloga e terapeuta integrativa Bianca Panvequi Liberati explica que a perda de um emprego funciona como um processo de luto, junto ao desespero de não saber o que fazer para se manter e sustentar a família.

Além disso, o desemprego também afeta a autoestima. “Um emprego, uma posição ou uma ocupação gera bem-estar e autovalorização. Você valoriza o seu tempo no momento em que você realiza uma atividade e é pago por ela, o que proporciona autoestima”, explica Bianca.

A psicologia destaca que o contexto de pandemia já é um momento doloroso e a perda de um emprego aumenta as sensações de mal estar e impotência. Por conta disso, as pessoas passam a ter crises de ansiedade e depressão com maior frequência.

Diante desta situação de desemprego, Bianca reforça que é importante possuir uma rede de apoio, amigos ou familiares que possam auxiliar nos momentos difíceis e transmitir segurança. “Algo que pode ser muito útil é ter uma fé ou algo em que acreditar, independente da religião”, orienta.  Outra dica da psicóloga é realizar atividades físicas ou buscar por diversas maneiras de entretenimento, pois elas ajudam a aliviar o estresse e geram sensações de prazer.

Não está fácil pra ninguém e as redes sociais têm sido canal de desabafo para muitos profissionais. Na última segunda (14), a atriz e ex-apresentadora do Vídeo Show, Maíra Charken, chorou nos stories do Instagram ao contar os ‘perrengues’ pelos quais vem passando. Sem trabalho, ela não consegue uma recolocação no mercado de trabalho e as contas, segundo a artista, estão se amontoando. 

Nos vídeos, Maíra confidenciou que está passando por dificuldades financeiras pois não consegue oportunidades para trabalhar como atriz. “Eu estou com a escola do Gael atrasada, que vou ter que tirar ele da escola porque eu não estou conseguindo ver uma maneira de manter ele na escola. Mas, sabe, eu não quero alarmar ninguém, sei que minha mãe vai ver isso, a gente está se desdobrando, mas nossa, foram dois, três anos, que eu fiquei sem ter renda nenhuma. O buraco foi cavado fundo, então até esse buraco tampar, eu acredito que até o final do ano a gente consiga tampar".

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Maíra também lamentou não conseguir trabalho na área que gosta. “Por que eu não posso ter meu trabalho reconhecido? Eu sei que eu sou uma put* atriz, eu sei que eu sou uma grande artista, por que eu não posso naquilo que eu amo de verdade?". E avisou que apagaria os stories após o desabafo, porém, não sem antes agradecer pelo apoio dos seus seguidores. “Obrigada por ouvir, agora eu vou apagar tudo (risos). Estou sóbria, tá? Bem sóbria. Não se preocupem, eu estou bem. Podia estar melhor? Podia! Vai dar tudo certo, gente. Muito obrigada a vocês sempre, que me mandam mensagens lindas”. 

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) publicou, no dia 27 de maio, os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua). Segundo os resultados apresentados, as taxas de desemprego no Brasil estão em uma média de 14%. Pernambuco apareceu em primeiro lugar no ranking de desempregados, empatado com a Bahia, com uma taxa de 21,3% no índice de pessoas a partir dos 14 anos de idade sem uma ocupação remunerada.

O secretário de Emprego, Trabalho e Qualificação do Estado (Seteq), Alberes Lopes, em entrevista ao LeiaJá, avalia a situação do Estado por diferentes ângulos, levando em consideração, por exemplo, a demora na imunização da população contra a Covid-19 e a falta de suporte do Governo Federal em questões específicas. “O fechamento do comércio contribuiu bastante. Tivemos também algumas situações como o estaleiro, que desempregou muita gente quando o Governo Federal mudou o foco do investimento para o exterior, tirando a capacidade que nós tínhamos em Suape de fazer navios; o nível de desemprego ficou muito alto", avalia Alberes.

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O presidente Jair Bolsonaro defende a abertura do comércio em todo o País. Especialistas em saúde e a própria Organização Mundial da Saúde (OMS) recomendam a manutenção do distanciamento social e o isolamento como estratégias fundamentais contra a proliferação da Covid-19. O Governo de Pernambuco mantém proibidas atividades não essenciais nos fins de semana, com o objetivo de evitar aglomerações nos pontos comerciais.

"Assim como também houve um aprofundamento [da situação] quando o Governo Federal tirou o auxílio emergencial, e o impacto foi muito forte. E é importante citar também a vacinação. Tudo isso está acontecendo por falta de vacinação. O Governo do Estado vem cobrando, e inclusive, tentou comprar diretamente a vacina, mas foi impedido pelo Governo Federal", acrescenta o secretário.

Alberes segue o seu argumento culpando a demora da vacina, como justificativa para Pernambuco liderar a lista dos Estados com mais desempregados. "Infelizmente, por falta de agilizar a compra da vacina quando foi oferecida, a economia brasileira vem se prejudicando, e isso interfere diretamente na nossa economia”, ele observa.

No entanto, apesar dos índices não promissores, Lopes ainda enxerga oportunidades de crescimento para o Estado, com o recebimento de investimentos de empresas de diversos setores espalhadas pelos municípios. “O Governo do Estado trabalha para investimentos, e isso tem sido fundamental para a geração de empregos. Nós atraímos, durante a pandemia, mais de 120 empresas, que têm sido importantes para a geração de empregos, como a Amazon que está vindo para o Cabo de Santo Agostinho, várias empresas que estão em Igarassu e Goiana. Temos a Azza, que está vindo para Bonito, que vai gerar mais empregos. O Outlet Recife que está gerando mais de 2 mil empregos, a Santana Têxtil, em Bezerros. Isso vem crescendo, apesar dessas medidas do Governo Federal, com as quais fomos muito prejudicados, porque Pernambuco tem o diferencial de ter mercado informal, no Agreste com a indústria têxtil, a cana de açúcar também, então tudo isso foi muito prejudicado nesse momento que estamos passando. O cenário se mantém estável, a PNAD mostra isso porque nós tivemos um aumento de investimentos, se não fosse isso, a queda teria sido muito maior”, ele ressalta.

Lopes vê a importância de qualificar a população como uma forma de gerar empregos no futuro.“Nós temos vários projetos de qualificação, ao todo são 14. Agora nós investimos em cursos on-line durante a pandemia, formamos mais de 16 mil alunos. Nós temos uma parceria com o Instituto Êxito, que tem mais de 500 cursos à disposição no nosso site. E também criamos, durante a pandemia, um e-commerce, um site de vendas de produtos de todos os segmentos no nosso Estado, que ajuda o pequeno empreendedor a poder comercializar, como também cursos que ajudam eles a aprender a formatar preços, enfim, ajudá-los nesses momentos difíceis”, ele finaliza.

Mas apesar do olhar positivo do governo estadual, a realidade se mostra ainda distante do crescimento esperado. O economista Ademilson Saraiva, da assessoria econômica da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Pernambuco (Fecomércio PE), vê que o quadro ainda é preocupante devido às incertezas causadas pela pandemia. “O empresariado tem olhado muito atento, principalmente este ano, a essa questão do agravamento. E com essa ameaça da terceira onda, com novas variantes ameaçando adentrar o país, sempre fica essa incerteza, insegurança", explica o especialista.

"Em diversos setores, em especial serviço, que exigem mais uma presença do cliente, e aquele que está prestando o trabalho, sempre fica essa quebra de braço, o empresariado que se diz preparado seguindo os protocolos, e o governo que, apesar de saber o quanto o empresariado realmente pode estar preparado para receber os clientes, a gente sabe que a população ainda tem dificuldade para cumprir os protocolos de distanciamento, higienização. E isso acaba impactando nesses decretos que têm sido renovados constantemente desde a segunda quinzena de março”, compementa o especialista.

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O mercado de trabalho, cada vez mais concorrido, exige profissionais qualificados, com ampla experiência e produtivos. O desemprego é uma preocupação presente em todas as faixas etárias. Entretanto, para aqueles com idade acima dos 50 anos, o medo de ficar de fora é ainda maior com a pandemia da covid-19.

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De acordo com dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua, divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) no dia 27 de maio, a taxa de desocupação subiu para 14,7% no primeiro trimestre de 2021. No Pará, ela teve uma alta de 2,1 pontos percentuais, se comparada ao último trimestre de 2020.

No Brasil, em comparação aos três últimos meses do ano de 2020, a taxa de desocupação de pessoas entre 40 a 59 anos subiu de 9,0% para 9,7% em janeiro, fevereiro e março de 2021. Já a taxa de desocupação daqueles que possuem 60 anos ou mais, aumentou de 5,0% para 5,7% no primeiro trimestre desse ano.

Mestre em Economia pela Universidade Federal do Pará (UFPA) e professor da UNAMA - Universidade da Amazônia, João Cláudio Arroyo aponta que o principal fator para o desemprego de pessoas nessa faixa etária durante a pandemia é a redução de oportunidades de trabalho em função da queda do consumo interno. Ele também cita outras razões, como a política de aperto na renda da população com a Reforma da Previdência e a diminuição do poder de compra do salário mínimo.

“Sem consumo, menos investimentos, menos emprego. O segundo fator é o preconceito do mercado que prioriza a contratação dos jovens com experiência, mais dispostos a qualquer remuneração. Além da cultura de não valorização da experiência e do conhecimento”, observa.

A falta de pessoas mais velhas no mercado de trabalho causa impactos na economia. Segundo Arroyo, trabalhadores com mais experiência e conhecimento tendem a ter melhor produtividade. “Se seu nível salarial for acima, também ajuda a economia, aquecendo consumo. Salário não é só custo, é também receita”, explica.

A procura por empregos nessa idade pode ser ainda mais difícil, e muito se deve ao preconceito que algumas pessoas têm de enfrentar. “A maior barreira é a ideia de que juventude é sinônimo de produtividade. Nem sempre. Cada caso é um caso”, afirma Arroyo.

O economista fala sobre a importância da oferta de vagas para pessoas mais velhas e de mantê-las empregadas. “São pessoas que tendem a ser mais estáveis e a ter maior número de dependentes. O desemprego nesta faixa etária afeta as famílias e desagrega a sociedade”, diz.

A Reforma da Previdência não deixa de ser outro agravante. De acordo com João Cláudio Arroyo, ela também é a responsável pelo aumento de dificuldades de acesso ao que deveria ser um direito. “Sem este amparo, além da desagregação familiar, há redução da renda disponível e com isso menos consumo, menos investimentos, menos empregos para todas as faixas de idade”, complementa.

O economista afirma que, para driblar o preconceito que existe em torno de pessoas mais velhas e para combater a exclusão desse grupo, é preciso uma campanha pela valorização da experiência e do conhecimento. “Segundo, seria possível estabelecer política de incentivos para as empresas que não discriminem esta faixa etária”, acrescenta.

Saúde em perigo

O desemprego é responsável por afetar a saúde mental e emocional das pessoas, independentemente da idade. Entretanto, no caso de pessoas mais velhas, a perda da autonomia financeira, somada às comorbidades físicas, gera angústia existencial no senso de importância no mundo e para a família, como explica o psicólogo Glauber Paiva Reis, que está cursando especialização em Gerontologia pelo Instituto Israelita de Ensino e Pesquisa Albert Einstein.

Glauber também comenta outros aspectos que podem causar impactos no psicológico dos que pertencem a esse grupo. “A perda de algumas capacidades físicas e cognitivas por falta dos estímulos cotidianos no trabalho, e afastamento do ciclo social rotineiro”, acrescenta.

O psicólogo afirma que o desemprego afeta diretamente a pessoa idosa, pois ainda é comum em vários círculos sociais que essa pessoa seja a provedora de si e também da família dela. Ele explica que estar empregado possibilita, além das conexões sociais, sentimento de pertencimento e de autonomia. “A falta disso eventualmente pode vir a desencadear casos de depressão, rebaixamento da autoestima, sentimento de insatisfação com a vida e dificuldades de relacionamento familiar”, destaca.

Ao ser questionado por que ainda há um estigma relacionado ao envelhecimento, o psicólogo responde que a causa disso se dá por fatores históricos e que esses estereótipos são reforçados até hoje, associando saúde à juventude e doenças à velhice. “Somado também a questões estéticas e da moda, que não adaptam o padrão de beleza, assim como não reconhecem adequadamente fatores de reconhecimento de potenciais exercidos na velhice”, aponta Glauber.

O psicólogo aponta algumas medidas para enfrentar a discriminação, como a inclusão adequada de pessoas com mais idade no mercado de trabalho, mudança do paradigma estético e também a participação política e comunitária dos idosos em relação às mudanças estruturais que venham a beneficiar a qualidade de vida urbana e rural deles.

Glauber também fala sobre a importância de desmistificar a pessoa idosa como "ultrapassada ou doente" e considera esse um grande avanço para a contribuição social. Além disso, ele afirma que unir jovens, adultos e idosos no mercado de trabalho seria um posicionamento relevante. “Esta união levaria um perspectiva de soma de experiência em momentos diferentes da vida. Desconstruindo olhares e deixando de lado exclusão e preconceito”, conclui.

Especialista sem emprego

Alonso Carvalho dos Santos, 51 anos, é formado em Administração, especialista em Gestão com Pessoas pelo Centro Universitário do Pará (Cesupa) e está sem emprego desde janeiro desse ano.

A pandemia foi responsável pelo fechamento de diversos estabelecimentos e no restaurante onde Alonso trabalhava, em Belém, não foi diferente. Ele conta que durante o segundo lockdown decretado pelo Governo do Estado, em março de 2021, o local não conseguiu se manter e precisou fechar as portas não muito tempo após demissão dele.

Alonso descreve a frustração por perder o trabalho e a tensão por ter que enfrentar os desafios diários do mercado, por natureza já competitivo. “Vem uma situação dessas e pelo que está se vendo na CPI da Covid (Comissão Parlamentar de Inquérito), ela poderia ter sido evitada. A segunda onda poderia ter sido bem menor, então é frustrante e desmotivador. Você fica sem chão”, ele diz.

O administrador fala sobre as dificuldades de arranjar trabalho após os 50 e expõe que isso acontece porque as empresas costumam achar que aquela pessoa tem vícios, que já não tem motivação, capacidade física e de saúde para encarar o dia a dia. Ou seja, a tendência é dar prioridade a pessoas novas, que podem ser moldadas por essas empresas.

Alonso acrescenta que as vagas que aparecem são bem especificas e que a competição é muito grande. “As empresas querem pessoas entre 25 e 35 anos. Antes disso você não tem experiência, depois disso você está cheio de vícios. É muito complicado arranjar emprego fora dessa faixa etária”, afirma.

O administrador ainda chama atenção para a necessidade de o país entender que a população está envelhecendo. Em contrapartida, hoje em dia, observa, as famílias têm menos filhos e isso significa menos pessoas com carteira assinada para manter a previdência e a aposentadoria dos demais.

“O mercado está muito mais exigente, a pessoa tem que buscar uma qualificação maior, existem muitos empregos informais, então com o envelhecimento da população não tem jeito. A pessoa tem que se aposentar com mais idade, tem que trabalhar por mais tempo, tem que cuidar mais da saúde”, complementa Alonso.

Ele ainda afirma que por uma questão de sobrevivência do Brasil, as pessoas mais idosas precisam trabalhar. “Isso eu entendo ser uma função direta do governo. Os Estados Unidos, outros países da Europa estão chamando os mais velhos de volta para o mercado de trabalho porque está faltando mão de obra. Possibilidade de trabalhar existe, o que falta é mudar a mentalidade das empresas”, salienta.

Em relação às alternativas diante desse cenário, Alonso cita o empreendedorismo. Ele explica que não é um caminho fácil, já que nem todo mundo que tem esse perfil, mas que é preciso buscar as ferramentas existentes, buscar trabalhar e sustentar a família. Além disso, o administrador critica a falta de oportunidades de trabalho e de planos para manter o emprego dos mais velhos.

“Repito, se o país está envelhecendo e as famílias têm menos filhos, aonde nós vamos chegar? É muito triste e frustrante chegar aos 50 anos de idade, olhar para frente e não ter esperança. Não tem mais sonhos, por que com o que você sonha nessa idade? Você começa a contar o tempo para se aposentar? Cada vez mais você vai se aposentar mais velho, então é se aposentar e morrer?”, questiona.

Alonso pondera sobre as dificuldades que são acentuadas para quem tem mais idade e que não teve as melhores oportunidades de ensino e de formação no nível superior. “Para quem estudou, ainda tem capacidade de disputar o mercado de trabalho. E o que não estudou? É mais complicado ainda.”

O administrador aborda a cultura do desrespeito aos mais velhos que existe no país e que, consequentemente, acaba sendo levada para dentro das empresas. “No início da pandemia, diziam: 'Ah, está matando idosos? Então tranquilo. O idoso já viveu, já fez o que tinha que fazer, idoso não tem direito'. E a área da saúde? O que ela dá para o idoso? Cultura só muda com educação. Se não tem educação, não tem cultura e aí é mais complexo ainda”, conclui.

Por Isabella Cordeiro.

 

A taxa de desemprego no País alcançou 15,1% no mês de março, segundo cálculos do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) com base em dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua, apurada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A Pnad Contínua mostrou uma taxa de desocupação de 14,7% no trimestre encerrado em março, ou seja, o resultado carrega ainda informações do mercado de trabalho referentes a janeiro e fevereiro. No entanto, uma metodologia desenvolvida pelo pesquisador do Ipea Marcos Hecksher, com microdados da Pnad, estima que o resultado isolado apenas para o mês de março tenha sido mais elevado, ficando 2,3 pontos porcentuais acima dos 12,8% registrados no mês de março de 2020, quando o País já tinha começado a eliminar vagas em decorrência dos impactos da pandemia de covid-19.

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Se neutralizados os efeitos sazonais, fenômenos característicos dessa época do ano, em que tradicionalmente há dispensas de trabalhadores temporários e aumento na busca por uma vaga, a taxa de desemprego subiu de 14,3% em fevereiro para 14,8% em março.

Considerando o resultado apenas de março de 2021, o País tinha 15,2 milhões de pessoas em busca de trabalho, um aumento de 15,1% em relação ao mesmo mês de 2020, quando essa população somava 13,2 milhões de pessoas, ou seja, dois milhões de desempregados a mais em um ano.

Já o total de pessoas trabalhando somou 85,6 milhões, uma queda de 4,8% na comparação com março de 2020, quando esse contingente era de 89,9 milhões, o equivalente a 4,3 milhões de vagas a menos.

Descontados os efeitos sazonais, o número de desempregados cresceu 1,9% na passagem de fevereiro para março, enquanto que o total de pessoas trabalhando teve redução de 0,3%.

"Por fim, os dados da Pnad Contínua indicam que, embora se verifique uma pequena queda na margem, o número de desalentados mantém uma trajetória de alta na comparação interanual. Em março, havia 6,0 milhões de desalentados no país, o que significa um alta de 22,7% em relação ao mesmo período de 2020 (4,9 milhões)", apontaram os pesquisadores Maria Andreia Lameiras e Marcos Hecksher, na Carta de Conjuntura do Ipea publicada nesta segunda-feira, 31, referindo-se ao total de brasileiros em situação de desalento, ou seja, que não estão trabalhando nem procuram emprego por acreditarem que não conseguiriam uma vaga, por exemplo.

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