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A Câmara dos Deputados aprovou a Medida Provisória 1047/21, que permite à administração pública comprar com dispensa de licitação insumos, bens e serviços, inclusive de engenharia, para o enfrentamento da pandemia de Covid-19.

O texto aprovado é um substitutivo do relator, deputado Rodrigo de Castro (PSDB-MG), prevendo que o gestor deverá apresentar justificativa técnica para a compra e para o preço contratado, divulgando as compras na internet imediatamente e em separado das outras contratações.

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A MP reedita os termos das leis 13.979/20 e 14.035/20, que perderam a vigência por se referirem apenas ao Decreto Legislativo 6/20, que reconheceu o estado de calamidade pública durante o ano de 2020.

Os deputados analisam agora os destaques apresentados pelos partidos na tentativa de fazer mudanças no texto.

*Da Agência Câmara de Notícias

 

Um relatório do Tribunal de Contas de Pernambuco (TCE) apontou indícios de prejuízo de R$ 8,2 milhões aos cofres da Prefeitura do Recife por contratações acima do preço de mercado de itens médicos em dois processos de dispensa de licitação no início da pandemia em 2020. O tribunal também identificou indícios de direcionamento para favorecer determinados fornecedores, "ocorrendo grave violação aos princípios da moralidade, impessoalidade e isonomia."

O documento foi assinado em janeiro deste ano e a fase de instrução, concluída em março. Considerado um relatório preliminar, ele ainda não foi julgado. A apuração ocorreu após denúncia da deputada estadual Priscila Krause (DEM).

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Entre os itens adquiridos nos dois processos estão seringas, sondas nasogástricas, tubos endotraqueais, luvas cirúrgicas e agulhas. O TCE destaca que não foram apresentadas nos processos de dispensa justificativas para a quantidade adquirida dos itens. "A ausência de critérios para a definição dos quantitativos ocasionou superestimativa do número de materiais adquiridos e despesas desproporcionais face à real necessidade da Secretaria de Saúde", diz a auditoria.

O relatório aponta que três empresas foram contratadas sem terem capacidade operacional adequada para entregar os produtos nos prazos exigidos. Uma delas recebeu o pagamento referente ao fornecimento de luvas cirúrgicas antes da entrega dos materiais.

A auditoria propõe a imputação de débito de R$ 2,9 milhões ao ex-secretário de Saúde do Recife Jailson Correia, ao então gerente de compras da Secretaria de Saúde, Paulo Henrique Motta Mattoso, e ao então diretor executivo de Administração e Finanças, Felipe Soares Bitencourt, além da empresa Saúde Brasil Comércio de Materiais Médicos Eireli; de R$ 1,2 milhão aos três supracitados mais a empresa Megamed Comercio Ltda; e de R$ 3,9 milhões aos mesmos três investigados e à empresa Facimed Comercio e Representações Eireli.

Em nota, o TCE informou que a auditoria faz parte de um total de 43 processos formalizados pelo tribunal para acompanhar as contratações e despesas da Secretaria de Saúde do Recife com a pandemia de Covid-19. A fase de instrução do processo foi concluída em 25 de março e o relatório, enviado ao gabinete do relator, conselheiro Carlos Neves, para análise dos documentos, defesas e elaboração do voto. Só depois o processo será pautado e submetido à julgamento na Primeira Câmara do TCE.

A Prefeitura do Recife informou que as contratações e compras feitas para a emergência da Covid-19 foram realizadas dentro da legalidade e enviadas, por iniciativa própria, aos órgãos de controle. "Na época da compra, os preços estavam de acordo com os praticados no mercado, e toda documentação exigida pela lei foi apresentada pelos fornecedores. Os materiais comprados foram recebidos e os que ainda estão em estoque continuam sendo usados na assistência aos pacientes com suspeita ou confirmação da Covid-19, nos leitos abertos pela gestão municipal", diz a gestão.

O Ministério Público de Pernambuco (MPPE) e a Polícia Militar (PM) estão cumprindo mandados de busca e apreensão na Câmara de Vereadores de Sanharó, no Agreste de Pernambuco, nesta quarta-feira (30). O presidente da Câmara, Paulo José Oliveira Batista, conhecido como Paulo Valentim, foi afastado do cargo.

Ao todo, a operação cumpre seis mandados em Sanharó, Poção e Pesqueira. Membros e servidores do Poder Legislativo de Sanharó são acusados de realizar contratações fraudulentas por meio de dispensa de licitação.

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Segundo as investigações, o presidente da Câmara de Vereadores e um assessor direto fracionaram contratações abaixo do valor limite para realização de licitação com o objetivo de contratar três pessoas da mesma família para o serviço de alimentação do portal da transparência do Legislativo.

O assessor do presidente da Câmara também foi afastado de suas funções. Ambos foram proibidos de entrar nas dependências da Câmara de Vereadores.

De acordo com o MPPE, os responsáveis pela alimentação do portal da transparência prestavam o serviço por meio de microempresas individuais (MEIs), que não possuíam registro para esse tipo de atividade.

Dentro da Câmara de Vereadores, a porta da sala ocupada pelo assessor parlamentar foi arrombada, pois somente ele possuía a chave. Foram apreendidos computadores, pastas de documentos e um pen drive. Nas residências dos investigados também houve apreensão de computadores, tablets, aparelhos celulares e pen drive.

A Polícia Federal oficiou a Secretaria de Saúde do Recife nesta sexta-feira (22) a prestar esclarecimentos e documentos acerca de uma compra de materiais de uso hospitalar, como toucas, máscaras cirúrgicas, aventais descartáveis e camas de hospital para combate à Covid-19. A aquisição foi feita após dispensa de licitação e custou mais de R$ 15 milhões, segundo a PF. 

De acordo com um levantamento preliminar da Controladoria Geral da União (CGU), o valor da compra é 53 vezes maior que o Capital Social da Delta Med, empresa escolhida para prestar o serviço. Essa desproporção gera dúvidas quanto à capacidade operacional de cumprir a demanda de produtos contratada pela secretaria.

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A sede da empresa também passou por diligências dos policiais federais nesta sexta-feira (22), com o objetivo de verificar se ela de fato funciona e a regularidade da entrega dos bens adquiridos. 

“Contratos cumprem a lei” 

Em nota, a Secretaria de Saúde, afirmou que não houve “qualquer tipo de operação da Polícia Federal na sede da Prefeitura”, mas sim um pedido de informações por parte de um ofício da Polícia Federal a respeito do combate à Covid-19. 

O texto diz ainda que os contratos de fornecimento de camas, máscaras, aventais e toucas com a empresa Delta Med “cumprem toda legislação e que os preços praticados estão de acordo com o mercado” e “a empresa está fazendo as entregas conforme cronograma pactuado”. 

As informações solicitadas, segundo a nota, “serão enviadas no prazo estabelecido no pedido de informações”. Por fim, a secretaria afirma que “antes mesmo de receber o ofício, a Prefeitura do Recife já havia enviado, desde abril, por decisão própria, os processos para o Tribunal de Contas do Estado, assim como está fazendo com todos os processos de aquisição da Covid-19”.

Confira a nota na íntegra: 

“A Secretaria de Saúde do Recife informa que não houve qualquer tipo de operação da Polícia Federal na sede da Prefeitura. A PF protocolou ofício, na manhã de hoje, solicitando informações sobre o combate à Covid-19. Em relação às informações solicitadas, a Secretaria esclarece que os contratos de fornecimento de camas, máscaras, aventais e toucas com a empresa Delta Med cumprem toda legislação e que os preços praticados estão de acordo com o mercado. A empresa está fazendo as entregas conforme cronograma pactuado.

As informações serão enviadas no prazo estabelecido no pedido de informações. Antes mesmo de receber o ofício, a Prefeitura do Recife já havia enviado, desde abril, por decisão própria, os processos para o Tribunal de Contas do Estado, assim como está fazendo com todos os processos de aquisição da Covid-19”.

O presidente Jair Bolsonaro vetou integralmente o projeto que permitia a dispensa de licitação para contratação de serviços jurídicos e de contabilidade pela administração pública. O PL 4.489/2019 havia sido aprovado pelo Senado em dezembro de 2019. O veto 1/2020 foi publicado nesta quarta-feira (8) no Diário Oficial da União.

O projeto tratava como técnicos e singulares os serviços do advogado e do contador quando comprovada a notória especialização. A definição de notória especialização seguia os mesmos termos que à dada pela Lei de Licitações (Lei 8.666, de 1993): quando o trabalho é o mais adequado ao contrato, pela especialidade decorrente de desempenho anterior, estudos e experiência, entre outros requisitos.

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A legislação atual determina que a licitação é inexigível em casos em que a competição é impossível, como quando é requerida notória especialização para realização do contrato.

A justificativa do presidente para vetar o texto foi a avaliação de que o texto seria inconstitucional e contrariaria o interesse público. Para ele, considerar os serviços advocatícios e contábeis técnicos e singulares por natureza viola a obrigatoriedade de licitar prevista na Constituição, já que dispensar a licitação para a contratação desse tipo de serviço só é possível em situações extraordinárias.

*Da Agência Senado

 

A Secretaria Estadual de Saúde do Estado de Pernambuco (SES/PE) realizará um concurso público para provimento de mil cargos efetivos, destinados a candidatos com escolaridade de nível médio e superior. A informação foi divulgada através do Diário Oficial do Estado de Pernambuco desta quarta-feira (21), em que foi publicado um aviso de chamamento público para realizar a dispensa de licitação na contratação de uma empresa especializada na organização e realização de concursos públicos. 

O LeiaJá entrou em contato com a SES para saber se há previsão de data para a conclusão do processo de seleção da organizadora do concurso e para a divulgação do edital, contendo informações como cargos, forma de seleção e prazo de inscrição, mas não obteve resposta. 

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Pernambuco realizará um concurso público para o preenchimento de vagas para a classe inicial da carreira de Procurador do Estado. A informação foi confirmada através da publicação divulgada no Diário Oficial do Estado desta quarta-feira (6). A dispensa de licitação que foi divulgada informa da contratação direta do Centro Brasileiro de Pesquisa em Avaliação e Seleção e de Promoção de Eventos (Cebraspe) para organizar a realização do concurso, que ainda não tem data de realização nem edital publicado, oferecerá 10 vagas para os interessados no cargo de Procurador. 

Banca Organizadora

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O Centro Brasileiro de Pesquisa em Avaliação e Seleção e de Promoção de Eventos (Cebraspe), que organizará o concurso, já se envolveu em polêmicas judiciais em relação a outros concursos que já coordenou. No âmbito da Operação Porta Fechada, da Polícia Civil de Goiás, foi descoberto que um ex-funcionário da empresa (que agora está preso) ajudava organizações criminosas especializadas em fraudar concursos e o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) a aprovar candidatos que pagavam pelo esquema. 

O Cebraspe se envolveu também na polêmica em volta do concurso da Polícia Civil e Científica de Pernambuco (PCPE), que foi suspenso pelo Ministério Público de Pernambuco devido à apuração da existência de rasuras nos cadernos de questões do teste psicotécnico. Além disso, a banca também organizou concursos investigados por fraudes pela Operação Gabarito, que é realizada pela Delegacia de Defraudações e Falsificações (DDF) da Polícia Civil da Paraíba (PCPB).

Último Concurso

O último concurso da Procuradoria Geral do Estado de Pernambuco (PGE-PE) para o cargo de procurador foi no ano de 2009 e contou com 20 vagas, sendo uma reservada para pessoas com deficiência, e salários de R$ 6.615, acrescido de gratificação de produtividade. Organizado pela mesma instituição, o concurso cobrava de cada candidato uma taxa de R$ 160. Para participar, era necessário que os candidatos fossem brasileiros maiores de 18 anos, tivessem concluído a graduação em Direito e estivessem inscritos na Ordem de Advogados do Brasil (OAB). 

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A Secretaria de Educação, Esporte e Juventude do município de Olinda, na Região Metropolitana do Recife (RMR), abrirá um processo seletivo para contratação de professores, nutricionistas e intérpretes de LIBRAS e braile. 

A informação foi confirmada através do Diário Oficial dos Municípios da última sexta-feira (10), onde foi publicada uma dispensa de licitação para a contratação de uma empresa organizadora para realizar a seleção. Ao todo, 155 pessoas serão contratadas, sendo oito oportunidades para nutricionistas e o restante para os cargos de professor e técnico intérprete. A remuneração será de R$ 937 a R$ 2.500 a depender do cargo pretendido. 

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Empresa ou pessoa que tiver contrato com a administração pública por meio de dispensa de licitação deverá ser impedida de fazer contribuições a campanhas eleitorais na região onde atua, pelo período de um ano antes das eleições. Do mesmo modo, quem fizer doações a campanhas não poderá se beneficiar de contratos sem licitação com a administração pública pelo prazo de quatro anos após as eleições.

Isso é o que determina substitutivo do senador Walter Pinheiro (PT-BA) a proposta (PLS 57/2006) apresentada pelo senador Pedro Simon (PMDB-RS) sobre financiamento de campanhas eleitorais. O texto de Pinheiro está pronto para análise na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ), onde ele é o relator do projeto.

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Em seu relatório, Pinheiro concorda com Simon na defesa do financiamento exclusivamente público de campanhas. E, também como o senador pelo Rio Grande do Sul, argumenta que, enquanto a legislação brasileira não segue essa diretriz, é possível adotar outros mecanismos, ainda que limitados, para diminuir a influência do poder econômico e da máquina pública sobre as eleições.

O relator considerou prejudicada grande parte do texto de Simon. Isso porque várias regras sugeridas no projeto original já foram acrescentadas à legislação eleitoral depois de 2006, quando a proposta foi apresentada. Aí se inclui, por exemplo, a vedação das doações eleitorais por parte de entidades esportivas, beneficentes, organizações não governamentais (ONGs) que recebem recursos públicos e organizações da sociedade civil de interesse público (Oscips).

Pinheiro também avaliou que, enquanto a legislação brasileira permitir que empresas contribuam com campanhas eleitorais, seria inconstitucional proibir que aquelas que mantêm contrato com a administração pública façam doações. Segundo ele, a restrição fere o princípio da isonomia e deve ser retirada da proposta.

No entanto, o senador entende ser razoável adotar a proibição ao menos para as pessoas físicas ou jurídicas com contratos que dispensem licitação, “vez que, nesse caso, não terá ocorrido a disputa igualitária entre as diversas empresas da área”.

A proposta na pauta da CCJ altera a Lei das Eleições (Lei 9.504/1997). Como será analisada em decisão terminativa, se for aprovada pela comissão, poderá seguir diretamente para a Câmara dos Deputados sem passar pelo Plenário do Senado.

*Com informações da Agência Senado

 

Em pronunciamento nesta quinta-feira (18), o senador Humberto Costa (PT-PE) falou sobre a denúncia apresentada pelo secretário de Saúde de Pernambuco, Antônio Figueira, da existência de um oligopólio entre os fornecedores de medicamentos do Estado. Segundo o senador, o problema acaba dificultando e encarecendo a compra de remédios usados no tratamento de doenças crônicas e raras.

“A denúncia é gravíssima, pois estamos falando da vida humana e do tratamento de saúde de muitos pernambucanos”, disse o senador. Os medicamentos são comprados e oferecidos pelo Governo de Pernambuco, com recursos da União. Atualmente há 23 farmácias que distribuem gratuitamente esses medicamentos no Estado, algumas funcionando dentro de hospitais. O número de pacientes assistidos vem crescendo exponencialmente, atingindo 34.400 pessoas em 2012.

O senador alertou sobre a forma como vem funcionando o esquema. Segundo ele, quando há licitação para a compra de medicamentos, os fornecedores não participam dos certames. O resultado é que, depois de duas ou três licitações vazias, o Governo do Estado acaba fazendo uma dispensa de licitação e aí as empresas aparecem cobrando preços acima do valor máximo de compra do governo.

“Esse comportamento, que tem todas as características de um cartel, deixa o estado de mãos atadas e os governos de Pernambuco e dos demais estados do Nordeste acabam ficando à mercê dessas ações”, completou Humberto Costa. Segundo ele, 20% dos estoques de 230 tipos de remédios especiais de Pernambuco, de alto custo, não estão sendo repostos.

Humberto falou ainda que esse problema atinge vários outros estados do País. "E o pior é que esse tipo de problema não se restringe apenas a Pernambuco. Ele atinge também todo o Nordeste. Segundo o Conselho Nacional de Secretários Estaduais de Saúde, essa reclamação tem sido recorrente nos demais estados da região", afirmou. Em aparte, o senador Magno Malta (PR-ES) saudou o pronunciamento de Humberto Costa e disse ter conhecimento de varias denuncias desse tipo.

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A vereadora e lider da oposição, Aline Mariano (PSDB), subiu à tribuna da casa legislativa na tarde desta terça feira (12), data comemorativa do aniversário de 476 anos do Recife e apresentou um relatório com serviços e obras que receberam dispensa de licitação e termos aditivos em contratos. Ela também cobrou do atual prefeito, Geraldo Julio (PSB) uma auditoria aos contratos firmados na gestão de seu antecessor, João da costa (PT).

“Até o momento, tudo que tivemos foi uma prorrogação até o mês de Abril e uma promessa de estudar os contratos herdados. Queremos que esses contratos sejam auditados de forma transparente e os que apresentarem irregularidades e prejuízos ao erário público sejam suspensos em definitivo”, defendeu Aline Marino. 

De acordo com a parlamentar, entre Janeiro de 2009 e 12 de fevereiro de 2012, 1.933 contratos receberam dispensa de licitação e o setor que isso mais ocorreu foi na Fundação de Cultura do Recife 1.167, a secretaria de cultura teve 216. Em terceiro e quarto ficaram respectivamente secretaria de educação (96) e secretaria de Saúde (91).

“a dispensa de licitação se for adotada deve ser feita com transparência e evitando favorecer sempre as mesmas empresas e para mudar o Recife é preciso transformar velhas práticas que não são benéficas para o funcionamento da prefeitura e para a manutenção da democracia”, comentou a vereadora.

No relatório apresentado Aline fez um levantamento de empresas que sempre ganham as licitações e outra que são “as queridinhas” da prefeitura e são contratadas com a dispensa de licitação. “Até a compra de material de limpeza recebeu dispensa de licitação”, informou a vereadora.


A parlamentar destacou que 1.809 contratos receberam termos aditivos (obras que precisam de mais verba para serem executadas ou concluídas) e que o atual prefeito começou a admitir que muitos projetos e programas estão paralisados.

“Ainda não temos o compromisso público que as obras iniciadas na gestão passada serão concluídas. O que temos é uma promessa de estudo da viabilidade e Geraldo Julio já admitiu que há problemas herdados da gestão passada, além de ter recebido o caixa do municípios zerado”, reforçou a Aline Mariano.

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O vereador do Recife, Raul Jungmann (PPS), fez uma denúncia na tarde dessa quinta-feira (28) sobre dispensa de licitação relacionada ao carnaval organizado pelo prefeito Geraldo Julio (PSB).  Segundo o parlamentar, houve um repasse de recursos públicos para a Lead Assessoria organizar a Casa da Skol no Recife antigo, empresa que patrocinou o carnaval.

O espaço, durante o carnaval, não estava aberto ao público e só poderia entrar e aproveitar a festa quem fosse convidado. O vereador questionou o patrocínio da prefeitura para uma empresa que apadrinhou o carnaval. O parlamentar também afirmou que está sondando a possibilidade de entrar com um pedido de investigação junto ao Ministério Público de Pernambuco.

“Se for observar eles só mudaram os números, mas o conteúdo do contrato permanece o mesmo”, comentou Jungmann.  Essa empresa ganhou a dispensa de licitação três vezes consecutivas e se for comprovada o favorecimento, vai solicitar que após investigação da Secretaria de Assuntos Jurídicos o empenho do pagamento do serviço seja cancelado.

Segundo informações repassadas pelo parlamentar, juntando os três anos da dispensa de licitação, a empresa Lead assessoria recebeu R$ 1.145 milhão. Ele também criticou o prefeito Geraldo Julio (PSB), reforçando que essa nova administração é apenas uma continuidade aos erros da gestão petista. “Geraldo paga um preço por não se desvencilhar do PT, essa herança maldita está devorando o novo”, alfinetou.

As renovações de contrato em caráter de urgência e os atrasos na entrega de obras levou a vereadora Aline Mariano (PSDB) afirmar que a prefeitura do Recife ignora às determinações do Tribunal de Contas do Estado (TCE). Segundo a parlamentar, nesse final de gestão do prefeito João da Costa (PT), acontece uma ‘farra’ nas dispensas de licitação e termos aditivos entre as empresas e a prefeitura.     

“São atrasos e contratos estranhos até para decoração e montagem de uma simples árvore de Natal. Tudo o que está acontecendo só reforça a responsabilidade e credibilidade da nossa oposição. Sempre apontamos que o Recife não estava bem, que estava sendo mal administrado e aí estão os exemplos da falta de planejamento dessa gestão que ignora até mesmo as orientações do Tribunal do Contas do Estado", criticou Aline. 

Na semana retrasada, Aline contestou a qualidade da merenda escolar oferecida aos alunos da rede municipal depois que dezenas de crianças passaram mal após refeição servida numa escola do Morro da Conceição. De acordo com o que foi publicado no Diário Oficial desta segunda-feira (10), o aditamento do contrato com a empresa SP Alimentação e Serviços prevê um acréscimo de  R$ 5.332.665,49, passando o valor global do Contrato de R$ 21.330.661,96 para R$ 26.663.327,45.

Além da contestação da qualidade, o aditamento milionário com a SP Alimentação e Serviços também causou estranheza à vereadora porque, em Setembro do ano passado, o TCE chegou a determinar a suspensão do fornecimento de merenda escolar pela empresa às unidades de ensino do Recife. A medida cautelar foi remetida pelo órgão com base em investigações de sobrepreço no valor da merenda e irregularidades no processo licitatório.

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