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O ex-prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (DEM), confirmou que foi diagnosticado com o novo coronavírus, nessa terça-feira (19). Ele é pré-candidato às próximas eleições municipais e almeja assumir o posto de Marcelo Crivella (Republicanos).

Paes garantiu que não apresenta sintomas, mas a contaminação foi confirmada através de um exame de sangue. Para evitar a proliferação, o democrata contou à CNN que permanecerá isolado em sua casa, no bairro de São Conrado, na Zona Sul.

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Ele também criticou a relação conflituosa entre o governador Wilson Witzel (PSC) e o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), e afirmou que faria diferente para conter a pandemia no Estado.

 “Acho que o governador, o prefeito e o presidente precisam trabalhar em conjunto. No Rio, temos 1.800 leitos fechados e prontos para atenderem a população. Boa parte está na rede municipal e federal e, enquanto isso, fazemos um monte de hospital de campanha. Não estou dizendo que não precisa, mas se abrisse os leitos que já existem... Isso é o quê? Articulação”, concluiu.

O Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro absolveu o ex-prefeito Eduardo Paes em ação civil pública por improbidade administrativa ajuizada pelo Ministério Público estadual (MPRJ) face ao cancelamento de empenhos de R$ 1,4 bilhão, em 2016.

Segundo a ação proposta pelo MPRJ, houve cancelamento de empenhos não liquidados de todos os órgãos da administração direta e indireta, efetuados entre os dias 26 e 30 de dezembro de 2016.

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Ainda segundo o documento, os cancelamentos ocorreram de modo automático, por meio de uma matrícula genérica não associada a um usuário ativo

Os atos administrativos praticados no fim da gestão de Paes, de acordo com a ação, causaram um prejuízo aos cofres públicos estimado em 10% dos empenhos cancelados - R$ 144,8 milhões - junto a prestadores de serviços em multas contratuais, juros moratórios e correção monetária. O MPRJ pedia o ressarcimento do dano.  

Na decisão publicada nessa segunda-feira (13), a juíza Aline Maria Gomes da Costa entendeu que o pedido é improcedente e que não houve improbidade administrativa.

Na sentença, ela levou em consideração que, em 2016, na época da ocorrência dos fatos, vigorava decisão do Tribunal de Contas do Município do Rio de Janeiro, segundo a qual somente são considerados prestados ou entregues os serviços e produtos com a liquidação. Dessa forma, não haveria como se imputar “qualquer ilegalidade, ou irregularidade propriamente dita, às condutas dos réus, já que atuaram em conformidade com o entendimento jurídico consolidado à época”, diz o texto.

Além do ex-prefeito do Rio, estavam entre os acusados o ex-subsecretário de Orçamento Carlos Evandro Viegas, que respondia pela Secretaria de Fazenda à época dos fatos; o ex-controlador geral do município, Antonio Cesar Lins Cavalcanti; e o ex-presidente da Empresa Municipal de Informática (IplanRio), Fábio Pimentel de Carvalho.

O ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral disse, durante depoimento na 7ª Vara Federal Criminal, que o empresário Arthur Soares, conhecido como Rei Arthur, atualmente foragido da Justiça, contribuiu com R$ 6 milhões, em caixa dois, para a campanha do ex-prefeito do Rio Eduardo Paes, em troca de ganhar uma licitação para oferecer serviços no Centro de Operações Rio (COR). O ex-prefeito nega ter recebido doações irregulares.

“Em 2008 eu consegui convencê-lo [Arthur] a ser o maior doador da campanha de Eduardo Paes. Ele deu cerca de R$ 6 milhões, até mais do que pra mim, na campanha do Eduardo. Houve depois um certo ruído entre ele e o Eduardo, porque ele reclamou que o Eduardo não o atendia com contratos. Acabou sendo atendido na área da saúde e também na área do centro de controle da prefeitura, o centro de operações, aí ele ganhou a concorrência. Foi endereçada para ele, para contemplar pela ajuda dele na campanha eleitoral”, disse o ex-governador, nesta segunda-feira (1º), ao juiz Marcelo Bretas.

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Cabral explicou que Paes, em sua primeira campanha à prefeitura, detinha percentuais muito baixos de intenção de votos e que seria necessário injetar dinheiro na campanha para viabilizá-lo eleitoralmente.

Cabral pediu para ser reinterrogado na 7ª Vara Federal Criminal, a fim de trazer novos elementos aos autos, sobre a operação Unfair Play, que investiga, entre outras coisas, irregularidades na campanha vitoriosa para o Brasil sediar os Jogos Olímpicos de 2016.

Na próxima quinta-feira (4), Cabral adiantou que falará especificamente sobre o processo, sobre o qual recaem suspeitas de favorecimentos a comitês olímpicos para votarem no Rio como sede.

Procurado para se pronunciar sobre as declarações de Cabral, o ex-prefeito do Rio respondeu em nota, dizendo que todas as doações feitas para as campanhas dele sempre foram realizadas de forma voluntária e espontânea. “As doações foram declaradas e devidamente aprovadas pela Justiça Eleitoral. Aliás, o próprio Sr. Sérgio Cabral já admitiu, perante o juiz Marcelo Bretas, que Eduardo Paes não fazia parte da sua organização”.

 

A juíza Ana Helena Mota Lima Valle, da 26ª Vara Criminal do Rio, substituiu uma medida cautelar imposta ao ex-prefeito Eduardo Paes e ao engenheiro Daniel Eugenio Scuoteguazza Clerici. Ambos foram denunciados pelo Ministério Público fluminense por suposta fraude em licitação para serviços de emergência médica durante a Jornada Mundial da Juventude, que levou o Papa Francisco ao Rio, em 2013.

Em uma primeira decisão, a magistrada havia proibido Paes, o engenheiro e outros denunciados pela Promotoria de saírem do País sem autorização da Justiça. Deslocamentos dessa natureza deveriam ser requeridos com, no mínimo, dois meses de antecedência.

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Na terça-feira (5) a juíza decidiu que ambos devem comunicar toda saída do território nacional por mais de 30 dias e comparecer a todos os atos para os quais for intimado.

A defesa de Eduardo Paes alegou que a medida que havia sido imposta inviabilizaria "sua rotina de trabalho, uma vez que é vice-presidente para América Latina da Companhia Multinacional BYD". Segundo os advogados do ex-prefeito, ele necessita "fazer viagens com curtos espaços de tempo".

Na decisão, a magistrada reconheceu que a medida dificultaria "o exercício de atividade laborativa".

"Considerando que não há indícios de que pretenda se furtar da instrução criminal e que a aplicação da medida visa melhor adequação da instrução criminal, defiro o requerido pela defesa e substituo a medida imposta pela medida de: comunicar ao juízo toda saída do território nacional, por mais de 30 dias e comparecer a todos os atos para os quais for intimado", decidiu.

Ana Helena Valle alertou que "o não cumprimento das medidas pelo denunciado ensejará a revogação da medida com aplicação de medida mais severa".

O advogado Marcelo Cruz, que defende Daniel Eugenio Scuoteguazza Clerici, argumentou à Justiça que o engenheiro, "semanalmente, viaja a Montevidéu onde reside sua família".

O defensor alegou ainda que uma "viagem de férias já se encontrava programada quando da imposição da medida cautelar". Ele apresentou documentos.

A magistrada, na decisão, anotou que "o pedido demonstra que o referido denunciado não pretende se furtar da instrução criminal e de eventual aplicação da lei penal".

"Autorizo o denunciado Daniel Eugenio Scuoteguazza Clerici a viajar semanalmente a Montevidéu-Uruguai, sem necessidade de comunicação a este Juízo, bem como a viajar no período compreendido entre 13 de fevereiro de 2019 a 03 de março de 2019", determinou.

"Diante do fato do referido denunciado residir parte do mês em Montevidéu-Uruguai, substituo a medida imposta pela medida de: comunicar ao juízo toda saída do território nacional por mais de 30 dias e comparecer a todos os atos para os quais for intimad, ressaltando que o não cumprimento das medidas pelo denunciado ensejará a revogação da medida com aplicação de medida mais severa."

Bloqueio de bens

No dia 22 de janeiro, a juíza Ana Helena Mota Lima Valle aceitou denúncia oferecida pelo Ministério Público. A magistrada determinou, de modo cautelar, o bloqueio de bens no valor de até R$7.434.466,51 do ex-prefeito Eduardo Paes, do ex-secretário de Saúde Hans Dohmann e de mais cinco investigados.

Segundo a denúncia do MP, houve "conluio entre todos os denunciados" para que as empresas Vida Emergências Médicas e Savior Medical Service ganhassem uma licitação no valor de R$ 8 milhões. Os outros denunciados são: João Luiz Ferreira Costa, Flávio Carneiro Guedes Alcoforado, Mario Luiz Viana Tiradentes, Leonardo Pan Monfort Mello e Daniel Eugenio Scuoteguazza Clerici.

Na decisão, a juíza destacou, com base na denúncia do Ministério Público do Rio, que os "os indícios trazidos nos autos apontam que, no dia 21 de junho de 2013, a Prefeitura da cidade do Rio de Janeiro, por decisão pessoal do então prefeito, decidiu arcar com o custo de quase R$ 8 milhões, sem que houvesse previsão na lei orçamentária e mesmo tendo a iniciativa privada já contratado as empresas para a execução da prestação do serviço, que consistia em serviços médicos de unidades de atendimento pré-hospitalar fixo e móvel nos bairros de Copacabana, Glória e Guaratiba".

A juíza havia decidido ainda, na ocasião, que os denunciados mantivessem seus endereços atualizados nos autos e não se ausentassem do País sem autorização da Justiça, que deveria ser requerida com, no mínimo, dois meses de antecedência.

Com a Palavra, a defesa de Eduardo Paes

A reportagem está tentando contato com Eduardo Paes. O espaço está aberto para manifestação.

Com a palavra, Marcelo Cruz, que defende Daniel Eugenio Scuoteguazza ClericI

O advogado Marcelo Cruz entende que "a decisão encontra fundamento na legislação brasileira e está amparada pela farta documentação apresentada pelas defesas de Daniel e de Eduardo Paes". Segundo o criminalista, a defesa vai apresentar resposta à acusação em contraponto à denuncia oferecida pelo Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro, solicitando a absolvição sumária - o não prosseguimento da ação - do denunciado.

O ex-prefeito do Rio de Janeiro Eduardo Paes foi submetido a um exame de cateterismo no Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo, onde está internado desde a manhã deste domingo, 27. Ele passou mal durante a madrugada, em Campinas (SP). Pelo Instagram, o ex-deputado federal pelo MDB Pedro Paulo informou que Paes "está ótimo".

Em um texto publicado às 18h13 deste domingo, Paulo informou que o ex-prefeito tinha acabado de passar pelo cateterismo. "Havia uma pequena artéria entupida, mas o próprio exame a desobstruiu. Não precisou sequer colocar stents! Agora, novos hábitos diários para uma vida mais saudável!", afirmou.

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O Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ) determinou o bloqueio de bens do ex-prefeito Eduardo Paes, do ex-secretário municipal de Saúde, Hans Dohmann, e de mais cinco pessoas no valor de até R$ 7,4 milhões. A decisão foi da juíza Ana Helena Mota Lima Valle, da 26ª Vara Criminal da capital carioca, atendendo a uma denúncia feita pelo Ministério Público.

Paes e os aliados são investigados por suposta fraude em licitação para serviços de emergência médica durante a Jornada Mundial da Juventude, que trouxe o Papa Francisco ao Rio, em 2013.

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Segundo a denúncia do MP, houve “conluio entre todos os denunciados” para que as empresas Vida Emergências Médicas e Savior Medical Service ganhassem uma licitação no valor de R$ 8 milhões. Os outros denunciados são: João Luiz Ferreira Costa, Flávio Carneiro Guedes Alcoforado, Mario Luiz Viana Tiradentes, Leonardo Pan Monfort Mello e Daniel Eugenio Scuoteguazza Clerici.

Na decisão, a juíza destacou, com base na denúncia do MP, que os “os indícios trazidos nos autos apontam que, no dia 21 de junho de 2013, a Prefeitura da cidade do Rio de Janeiro, por decisão pessoal do então prefeito, decidiu arcar com o custo de quase R$ 8 milhões, sem que houvesse previsão na lei orçamentária e mesmo tendo a iniciativa privada já contratado as empresas para a execução da prestação do serviço, que consistia em serviços médicos de unidades de atendimento pré-hospitalar fixo e móvel nos bairros de Copacabana, Glória e Guaratiba”.

A juíza também decidiu que os denunciados mantenham seus endereços atualizados nos autos e não se ausentem do país sem autorização da Justiça, que deverá ser requerida com, no mínimo, dois meses de antecedência.

*Com informações do site do TJ-RJ

Depois de afirmar que não deseja declarar em quem irá votar para presidente, Anitta está sendo atacada na internet mais uma vez. O motivo, agora, é um vídeo em que ela participou da campanha política do candidato a prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (DEM), no ano de 2012.

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Na última quinta-feira (20), após toda a polêmica em torno da sua postura de não declarar o voto para presidente no pleito de 2018 e nem aderir à campanha #EleNão e de ter sido defendida por Flávio Bolsonaro, que concorre ao senado e é filho do candidato a presidente, Anitta fez um vídeo em seu Instagram no qual diz que não vota em candidato homofóbico, racista e machista. Ela também disse que dispensa “qualquer mensagem de apoio de candidatos ou afiliados” em seu pronunciamento, porque “não gostaria de ter minha imagem vinculada a isso”. 

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No entanto, a declaração não convenceu. Na internet, vários fãs estão criticando a cantora e associando a sua postura de não se posicionar contra Bolsonaro, mas já ter aparecido em campanha de outros candidatos de direita como um indício de que ela é simpatizante do candidato à presidência pelo PSL. 

Através do Twitter, um internauta escreveu “Anitta que se cala sobre Bolsonaro, já fez campanha para Eduardo Paes e Doria, ambos de direita. E aí, ainda resta dúvidas sobre as razões pela qual ela não se posiciona contra o Bolsonaro? As máscaras caíram, hoje sabemos quem é quem nessa história”. 

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--> Ex de Anitta dá festão na mansão em que morava com ela

No segundo debate entre candidatos ao governo do Estado do Rio, realizado nesta terça-feira, 28, o ex-prefeito do Rio Eduardo Paes (DEM) foi novamente ligado pelos oponentes ao ex-governador Sergio Cabral (MDB), preso sob a acusação de liderar uma organização criminosa que extorquiu o Estado.

O candidato Indio da Costa (PSD) lhe fez acusações e criticou o tamanho de sua coligação - composto pelo DEM, MDB, PPS, PTB, PHS, PV, PMN, PP, DC, PSDB, Solidariedade e Avante.

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"Para quem governar ou com quem governar? Sua aliança é a maior de todas. Sendo que a mesma coligação elegeu Cabral duas vezes, você duas vezes e Pezão uma vez, e deu no que deu", disse Indio, afirmando ainda: "em 26 anos de carreira política nunca roubei e deixei roubar." O candidato disse também que "todo dia tem novidade" em relação a investigações de aliados de Paes pela Lava Jato.

Paes respondeu: "Eu respondo pela maneira como governei por oito anos no Rio. Vamos conduzir o governo do Estado com a mesma correção e esforço. Não podemos demonizar a política." Segundo ele, as alianças não o impediram de ter quadros técnicos na gestão municipal.

Anthony Garotinho (PRP), ao responder a uma provocação de Indio sobre sua prisão, por crime eleitoral, afirmou: "A população sabe que minha prisão não tem nada a ver com Lava Jato, é um processo eleitoral. Lava jato é da turma do Eduardo Paes e do MDB."

Também participou do debate o candidato Tarcísio Motta (PSOL). Romário (Podemos), também convidado, não compareceu. A assessoria de imprensa da campanha informou estar em agenda por oito cidades do interior do Estado. Segundo O Globo, o candidato "não aceitou o convite". Sua cadeira foi mantida vazia.

Divulgada no último dia 20, a primeira pesquisa do Ibope para o governo do Rio mostrou empate técnico entre Romário, que tem 14% das intenções de voto, Eduardo Paes (DEM), ex-prefeito da capital, com 12%, e Anthony Garotinho (PRP), ex-governador do Rio, também com 12%. A margem de erro é de três pontos percentuais, e o levantamento tem 95% de nível de confiança.

Tarcísio tem 5% das intenções de voto, Indio, 3%, Marcia Tiburi (PT), 2%, e Pedro Fernandes (PDT), também 2%. Wilson Witzel (PSC), André Monteiro (PRTB), Marcelo Trindade (NOVO) e Daisy Oliveira (PSTU) estão todos com 1%. Luiz Eugênio (PCO) não foi citado pelos entrevistados. Brancos e nulos somam 35% e 11% dos entrevistados disseram não saber em quem vão votar.

Os índices de rejeição também foram divulgados. Garotinho lidera, com 55%, seguido de Paes (38%), Romário (23%), Indio (18%) e Tarcísio (12%).

A pesquisa foi realizada entre os dias 17 e 20 deste mês - depois, portanto, do debate da Band, o primeiro da campanha. Foram ouvidas 1.204 pessoas no levantamento. Sondagens anteriores colocavam Romário à frente, seguido de Paes e Garotinho, mas sem empate triplo. A pesquisa está registrada no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) e no Tribunal Regional Eleitoral (TRE-RJ), sob os números BR-00596/2018 e RJ-03249/2018.

O ex-prefeito do Rio Eduardo Paes (DEM) procurou desvincular-se de seu ex-partido, o MDB, durante o lançamento de sua candidatura ao governo do Rio, na manhã deste domingo (29). Ao ser questionado por jornalistas o motivo pelo qual não ter mencionado o tema da corrupção, nem os políticos do MDB presos pela Lava Jato, em seu discurso, Paes disse que responde pelos seus atos e que o "seu CPF é outro".

O ex-prefeito disse que trata do que é o seu procedimento dentro da vida pública e que sempre buscou agir com correção em suas ações. "Eu respondo pelos meus atos, meu CPF é outro. Eu sempre fiz alianças, sempre me dei com partidos. Mas meu compromisso é com a população. Eu respondo pelos meus atos como indivíduo, como homem público, e na Prefeitura do Rio", disse.

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Paes admitiu que a prisão de seu ex-aliado, o ex-governador Sérgio Cabral (MDB), contribuiu para a crise do estado, mas não citou o desvio de recursos públicos dos cofres fluminenses, apontado pelo Ministério Público Federal (MPF). "É obvio que, quando você tem uma perda de liderança, de comando, e isso vinha acontecendo há muito tempo, estimula a crise que a gente vive", afirmou.

Paes também justificou, na entrevista para imprensa, que a corrupção é um tema que deve ser premissa de qualquer governo, mas culpou os órgãos de controle público. "A gente precisa rediscutir o tema do sistema de controle brasileiro, que tem se mostrado extremamente ineficaz. Os controles formais de governo não têm dado conta desse desafio", disse.

O ministro Jorge Mussi, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), concedeu uma liminar para suspender uma decisão do Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro (TRE-RJ) que deixava inelegíveis por oito anos o ex-prefeito Eduardo Paes (DEM) e o deputado Pedro Paulo (DEM-RJ).

Em dezembro do ano passado, por 4 votos a 3, o TRE-RJ declarou os dois inelegíveis pela prática de abuso de poder econômico e político. A liminar de Mussi suspendeu a decisão do TRE-RJ até o julgamento de mérito da questão pelo TSE.

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Em uma avaliação preliminar, Mussi afirmou que a imposição de inelegibilidade no caso parece "descabida à primeira vista". As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

RIO DE JANEIRO - Por decisão do ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) Jorge Mussi, o ex-prefeito do Rio, Eduardo Paes (DEM), poderá disputar o pleito de 2018. O ministro concedeu liminar que suspende a inelegibilidade por oito anos de Paes, até que o processo seja julgado pelo TSE.

A decisão também beneficiou o ex-secretário executivo municipal do Rio, Pedro Paulo Carvalho Teixeira (DEM), que disputou a prefeitura em 2016, mas acabou atrás de Marcelo Crivella (PRB) e Marcelo Freixo (PSOL), ficando fora do segundo turno. Atualmente, Pedro Paulo, que foi acusado de agredir a ex-esposa, exerce o mandato de deputado federal.   

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Os dois foram condenados pelo Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro (TRE-RJ) por prática de abuso de poder econômico e político e conduta vedada a agentes públicos. A ação foi movida pela Coligação Mudar é Possível, articulada pelo partido Socialismo e Liberdade (PSOL) e outras siglas da oposição.

De acordo com o PSOL, em 2015, a Prefeitura do Rio de Janeiro contratou consultoria para elaborar o planejamento estratégico "Visão Rio 500" ao custo de R$ 7 milhões. O planejamento foi lançado no mesmo ano por Paes, então prefeito, e sob a coordenação de Pedro Paulo, que exercia o cargo de secretário executivo de governo.

O plano de governo foi anexado ao pedido do registro de candidatura de Pedro Paulo para concorrer às eleições do Rio, o que foi considerado um fato grave pelo TRE-RJ, que decidiu pela condenção e aplicação de multa de R$ 100 mil ao ex-prefeito, a Pedro Paulo e à Coligação Juntos pelo Rio. 

No entanto, o ministro Mussi considerou que a inelegibilidade por oito anos a Eduardo Paes e Pedro Paulo "afigura-se descabida à primeira vista" e também suspendeu a multa aos três até que o mérito da questão seja julgado pelo TSE.

O magistrado entendeu que o plano de governo estava acessível a qualquer cidadão pela internet, inclusive por outros pré-candidatos, "que também poderiam incorporá-lo às suas propostas de governo ou mesmo tecer críticas a seu respeito".

Pesquisa

Recém-chegado ao Democratas, Eduardo Paes aparece como segundo colocado na disputa para o governo estadual, em levantamento feito pelo Instituto Paraná Pesquisas em parceria com o Jornal do Brasil, divulgado na quinta-feira (10). Paes tem 14,1% dos votos, ficando atrás do senador Romário (Podemos), que lidera com 26,9%. Em seguida aparecem Anthony Garotinho (PRP), com 11,6% e Índio da Costa (PSD), com 8,8%. 

Os resultados também apontam Miro Teixeira (Rede), com 6,2%; Celso Amorim (PT), com 3,6%; e Tarcísio Motta (PSOL), 3,1%. As opções "não sabe" e "nenhum" ficaram com 5% e 16,5%, respectivamente. A pesquisa indicou os nomes dos políticos aos entrevistados e a margem de erro é de aproximadamente 2,5%.

Ex-prefeito do Rio, Eduardo Paes, confirmou ao jornal O Estado de S. Paulo, na manhã desta sexta-feira, 6, sua filiação ao DEM. Na quinta-feira, 5, o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM), havia dito que esperava uma decisão de Paes até esta sexta.

Paes também flertava com o PP. Conversava com os presidentes nacional e estadual do partido, respectivamente Ciro Nogueira e Francisco Dornelles, vice-governador do Rio. Na quinta-feira, Maia se encontrou com Dornelles.

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No fim do encontro, o presidente da Câmara afirmou que, se Paes se candidatasse ao governo do Rio pelo PP o DEM o apoiaria e vice-versa.

Paes chegou a negociar sua filiação ao PSDB, mas as conversas não foram para frente por resistência de alguns políticos à entrada do ex-prefeito na legenda. Em fevereiro, Paes anunciou que sairia do MDB.

A decisão foi vista como uma tentativa de se desvincular do partido, após operações da Lava Jato que levaram à prisão o ex-governador Sérgio Cabral Filho, que era padrinho do ex-prefeito na agremiação, e desgastaram o partido do Rio.

Paes, no entanto, está inelegível.

Na noite da quarta-feira, 4, o Tribunal Regional Eleitoral (TRE) rejeitou um novo recurso movido pelo ex-prefeito contra a decisão. Ele ainda pode recorrer ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

O TRE julgou que houve abuso de poder político-econômico de Paes para favorecer a campanha do deputado federal Pedro Paulo (MDB) para a prefeitura do Rio em 2016. O ex-prefeito nega.

O Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro rejeitou, na sessão plenária desta quarta-feira (21) os embargos de declaração ajuizados pelo ex-prefeito do Rio Eduardo Paes (MDB) e pelo deputado federal Pedro Paulo Carvalho (MDB). Os emedebistas recorreram contra decisão da Corte que, em dezembro do ano passado, condenou os dois por abuso de poder político-econômico e conduta vedada a agente público nas eleições 2016.

Com esta decisão, Paes e Pedro Paulo permanecem inelegíveis por oito anos e deverão pagar, cada um, multa de 100 mil UFIRs (cerca de R$ 106,4 mil). Cabe recurso ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

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As informações foram divulgadas pelo TRE. Por quatro votos a três, o Plenário rejeitou todas as alegações apresentadas pela defesa, dentre as quais a de suposta violação dos princípios do contraditório e da ampla defesa.

"Para a concessão de efeito modificativo a embargos de declaração, há necessidade de erro manifesto, o que não ocorre aqui", afirmou o presidente do TRE-RJ, desembargador Carlos Eduardo da Fonseca Passos, que proferiu o voto de desempate.

O relator do processo, desembargador eleitoral Antônio Aurélio Abi-Ramia Duarte, apontou, em seu voto, a tese desenvolvida no TRE-RJ por ocasião do julgamento que cassou o diploma do atual governador do estado, Pezão (MDB).

"Não é crível que os candidatos ora investigados, de maneira ingênua, queiram a anuência do Poder Judiciário para legitimar práticas administrativas supostamente lícitas, mas entremeadas de benesses a seus grupos políticos, burlando a lógica do sistema eleitoral vigente através de contratação administrativa que repercuta no pleito eleitoral, sem a devida informação aos eleitores", redigiu o magistrado.

Em seu voto, o relator afirmou ainda que "a ida ou não do candidato investigado para o segundo turno, a forma de divulgação do plano de campanha e a menção ou não à futura candidatura no lançamento do projeto são questionamentos de circunstâncias que, longe de serem importantes para o deslinde da lide, revelam somente a irresignação dos embargantes com o resultado desfavorável do julgamento". Além de Abi-Ramia e do presidente Fonseca Passos, também votaram pela rejeição dos embargos o desembargador federal Luiz Antônio Soares e a desembargadora eleitoral Cristina Feijó. Já pelo provimento, votaram o desembargador Carlos Santos de Oliveira e os desembargadores eleitorais Herbert Cohn e Cristiane Frota.

O caso

Em 11 de dezembro do ano passado, o TRE-RJ, ao dar parcial provimento a recurso eleitoral, condenou, por unanimidade, Eduardo Paes e Pedro Paulo Carvalho, que concorreu à Prefeitura do Rio em 2016, por abuso de poder político-econômico e conduta vedada a agente público, devido ao uso do "Plano Estratégico Visão Rio 500", contratado e custeado pelo município, como plano de governo na campanha eleitoral nas últimas eleições.

Em 5 de fevereiro deste ano, o julgamento dos embargos de declaração (recurso destinado a esclarecer contradição, omissão ou obscuridade de uma decisão judicial) opostos por Paes e Pedro Paulo havia sido suspenso devido a um pedido de vista do desembargador eleitoral Herbert Cohen, tendo sido retomado nesta quarta-feira.

A reportagem está tentando contato com Eduardo Paes e com Pedro Paulo. O espaço está aberto para manifestação.

A corrida para o governo do Rio deve reunir na mesma chapa os ex-prefeitos Cesar Maia (DEM) e Eduardo Paes (PMDB). A revelação foi feita nesta sexta-feira (29) pelo presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ). Questionado se havia a possibilidade de concorrer ao Palácio Guanabara, Maia negou e indicou a possível chapa: "Meu pai (Cesar Maia) e o Paes".

Eduardo Paes começou a carreira política pelas mãos de Cesar Maia, que o colocou como subprefeito da Barra da Tijuca. Após a ascensão de Paes, os dois romperam. Voltaram a se aproximar este ano, quando Paes perdeu importantes aliados como o ex-governador Sérgio Cabral, preso na Lava Jato.

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As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Em despacho encaminhado à presidência do Supremo Tribunal Federal (STF), o ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato na Corte, deu razão ao requerimento feito pelo deputado federal Pedro Paulo (PMDB) e pelo ex-prefeito do Rio de Janeiro Eduardo Paes para que o inquérito aberto com base nas delações da Odebrecht seja distribuído livremente, quanto à relatoria, entre todos os ministros da Corte. No entanto, não pediu diretamente a redistribuição, e sim encaminhou à ministra Cármen Lúcia, presidente da Corte, para que ela decidir sobre o pedido.

A investigação em questão é sobre pagamentos de propinas que delatores da Odebrecht disseram ter sido feitos a ambos em busca de benefícios ao grupo empresarial na facilitação de contratos da Prefeitura ligados às Olimpíadas de 2016. Os investigados afirmaram que não há qualquer relação com a Lava Jato, que, grosso modo, trata de crimes praticados no âmbito da Petrobras. A Procuradoria-Geral da República reconheceu que não há conexão. Fachin concordou.

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"Com efeito, no caso em análise se busca elucidar supostos pagamentos de propinas relacionadas a benefícios pretendidos pelo Grupo Odebrecht no âmbito do Poder Executivo do Município do Rio de Janeiro, na qualidade de cidade-sede das Olimpíadas de 2016, fatos que, ao menos por ora, em nada se relacionam com o que se apura na referida operação de repercussão nacional", disse o ministro, ao dar como procedente o pedido de livre distribuição.

"À luz dessas considerações, submeto a questão à consideração da eminente Presidente deste Supremo Tribunal Federal, a Ministra Cármen Lúcia", disse o ministro Fachin.

Este foi o primeiro despacho em que o relator da Lava Jato admitiu repassar a relatoria de inquéritos baseados nas delações da Odebrecht, mas isso voltará a acontecer em um número ainda indeterminado de casos.

Há vários outros pedidos de redistribuição de relatoria de investigações diversas, feitos pelos senadores Aécio Neves (PSDB-MG) e Ricardo Ferraço (PSDB-ES), deputados Carlos Zarattini (PT-SP), Jutahy Junior (PSDB-BA) e Betinho Gomes (PSDB-PE), e pelos ministros das Relações Exteriores, Aluísio Nunes Ferreira (PSDB), e das Cidades, Bruno Araújo (PSDB).

A PGR já concordou com o pedido de Betinho Gomes, mas Fachin ainda não tomou decisão sobre esse requerimento.

O homem forte do Departamento de Propinas da Odebrecht Benedicto Barbosa da Silva Júnior declarou em delação premiada perante a Procuradoria-Geral da República que o grupo empresarial repassou mais de R$ 15 milhões ao ex-prefeito do Rio Eduardo Paes (PMDB), o "Nervosinho", "ante seu interesse na facilitação de contratos relativos às Olimpíadas de 2016". As solicitações teriam sido feitas em 2012.

"Dessa quantia, R$ 11 milhões foram repassados no Brasil e outros R$ 5 milhões por meio de contas no exterior. O colaborador apresenta documentos que, em tese, corroboram essas informações prestadas, havendo, em seus relatos, menção a Leonel Brizola Neto e Cristiane Brasil como possíveis destinatários dos valores", relata o ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF) em decisão de 4 de abril que mandou investigar Eduardo Paes.

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O Estado teve acesso a despachos do ministro Fachin, assinados eletronicamente no dia 4 de abril.

Além de Benedicto Júnior, o ex-prefeito do Rio de Janeiro foi delatado pelos executivos da Odebrecht Leandro Andrade Azevedo e Luiz Eduardo da Rocha Soares. Segundo Leandro André Azevedo, o ex-prefeito do Rio também teria negociado repasse de R$ 3 milhões da Odebrecht para a campanha a deputado federal de Pedro Paulo (PMDB) em 2010. O delator citou o sistema Drousys, a rede de comunicação interna, uma espécie de intranet, dos funcionários do "departamento da propina" da Odebrecht.

"Essas somas seriam da ordem de R$ 3 milhões, tendo a transação sido facilitada por Eduardo Paes, ex-prefeito do município do Rio de Janeiro, por meio de contato com o diretor Benedicto Júnior. Afirma-se, nesse contexto, que, no sistema 'Drousys', há referência a diversos pagamentos a 'Nervosinho', suposto apelido de Eduardo Paes", narra Fachin na decisão que mandou investigar os peemedebistas.

Em anexos aos termos de declaração, segundo o ministro do Supremo, Leandro Andrade Azevedo apresenta as planilhas de que constariam os pagamentos e e-mails em que reuniões teriam sido agendas e solicitações de pagamentos foram feitas.

Em 2016, Pedro Paulo foi o candidato de Eduardo Paes à Prefeitura do Rio. O peemedebista foi derrotado no primeiro turno.

Dois anos antes, em 2014, Pedro Paulo teria recebido R$ 300 mil, "de maneira oculta, para a campanha à prefeitura", segundo Benedicto Júnior. O pedido foi intermediado por Eduardo Paes e haveria registro no Sistema "Drousys" de pagamentos a "Nervosinho".

O Ministério do Esporte vai assumir a administração das instalações esportivas do Parque Olímpico da Barra da Tijuca - principal área dos Jogos Olímpicos de 2016. A decisão foi anunciada nesta quarta-feira pelo prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes.

Segundo o prefeito, o órgão federal será responsável pelas Arenas Carioca 1, 2 e 3, pelo Velódromo e pelo Centro Olímpico de Tênis, que deverão ser transformados em centros de treinamento de alto rendimento, com gestão compartilhada com as confederações nacionais de esportes.

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Pelo acordo, o ministro do Esporte, Leonardo Picciani (PMDB), também arcaria com a desmontagem da Arena do Futuro, onde aconteceram os jogos de handebol, e com a construção de quatro escolas que vão ocupar o local. A prefeitura executaria a obra, com recursos federais. O plano de trabalho já foi apresentado pela prefeitura ao órgão.

Eduardo Paes disse ainda não saber precisar quanto custaria a manutenção do centro de treinamento para o Ministério dos Esporte. Segundo ele, estas informações deverão ser apresentadas nesta sexta-feira.

Já a outra metade do parque, chamada de Vila Olímpica, será administrada por meio de uma Parceria Pública Privada (PPP), com a empresa Rio Mais. O local, transformado em uma área pública de lazer, será inaugurado nesta sexta-feira. Segundo o prefeito, a concessionária também poderá explorar comercialmente esta área.

O futuro do parque era incerto desde o término da Paralimpíada, em setembro. Isso porque a única empresa que demonstrou interesse pelo parque (Sanerio) não tinha conseguido apresentar garantias financeiras necessárias. Por isso, o processo de licitação foi cancelado pela prefeitura.

A decisão também seguiu orientação da Secretaria Especial de Concessões e Parcerias Público-Privadas (Secpar), que recomendou o cancelamento da licitação. Antes disso, abertura do processo havia sido adiada quatro vezes. Quando finalmente a concorrência foi aberta, o prefeito eleito do Rio, Marcelo Crivella (PRB), havia declarado que cancelaria o processo por não concordar com os termos.

O prefeito Eduardo Paes (PMDB) teve o sigilo bancário e fiscal quebrados pelo juiz da 8ª Vara de Fazenda Pública, Leonardo Grandmasson Ferreira Chave. Paes é acusado de improbidade administrativa na construção do campo de golfe olímpico da Barra da Tijuca, na zona oeste. Na semana passada, Grandmasson havia bloqueado os bens de Paes e o prefeito recorreu. "Como forma de melhor analisar o requerimento da defesa do sr. prefeito, determino a quebra de seu sigilo fiscal/bancário", escreveu o juiz, em despacho liberado nesta segunda-feira, 12. O juiz decretou ainda segredo de Justiça no processo.

A ação de improbidade administrativa foi ajuizada pelo Ministério Público do Rio. De acordo com a denúncia, a construtora Fiori Empreendimentos Imobiliários, responsável pela construção do campo de golfe, teria deixado de pagar R$ 1,8 milhão em licenças ambientais devidas pela remoção de "vegetação exótica" numa área de 61 mil metros quadrados. Ainda de acordo com os promotores, a Fiori pediu a Paes, em 14 de março de 2013, que arcasse com os custos do licenciamento sob o argumento de que "não teria sido contemplado nos custos do contrato o pagamento da citada taxa e que tal cobrança iria criar ônus adicional superior aos benefícios que lhes foram concedidos".

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Na ação, o MP pede a devolução do valor corrigido, calculado em R$ 2,3 milhões. Na decisão da semana passada, Grandmasson argumentou que o anúncio de que o prefeito vai viver nos Estados Unidos em 2017 fez com que ele se decidisse pelo bloqueio, porque a mudança poderia "dificultar ainda mais a recomposição dos danos causados".

Paes disse que a prefeitura cobrou da empresa os custos com o licenciamento ambiental. "Como algo isento teria um documento de cobrança e um pedido de inscrição em dívida ativa?", escreveu, em uma rede social. Em nota, informou que estava recorrendo do bloqueio e repudiou "insinuação do Ministério Público de que sua ida aos Estados Unidos em 2017 representaria uma forma de não cumprir eventuais responsabilidades referentes ao período do seu governo". Paes ainda não se posicionou sobre a decisão de quebra do sigilo bancário e fiscal.

O prefeito do Rio, Eduardo Paes (PMDB) - agraciado pela Istoé como 'brasileiro do ano' - teve os bens bloqueados pela Justiça do Rio nesta sexta-feira, 9, em ação ajuizada pelo Ministério Público do Estado. O prefeito é acusado de improbidade administrativa na construção do Campo de Golfe Olímpico da Barra da Tijuca, na zona oeste. Segundo o MP, o peemedebista dispensou a Fiori Empreendimentos Imobiliários do pagamento de taxa ambiental no valor de R$ 1,86 milhão em 2013. A empresa, que fez o campo, também teve os bens bloqueados na mesma decisão.

O município do Rio teria arcado com o pagamento da taxa que, em valores atualizados, seria de R$ 2,39 milhões. Na decisão, o juiz da 8ª Vara da Fazenda Pública Leonardo Grandmasson Ferreira Chaves diz que isso foi feito "contra todas as recomendações da Secretaria de Meio Ambiente". "A fórmula mágica encontrada para afastar o pagamento constitui claro ato de improbidade administrativa que causou evidente dano ao erário municipal", diz Chaves.

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O magistrado cita preocupação com o término do mandato de Paes, em dezembro deste ano, uma vez que ele irá morar nos Estados Unidos, o que justificaria a decisão do bloqueio dos bens, que deixou de fora as verbas de natureza salarial. O peemedebista dará aulas na Columbia University, em Nova York.

"A preocupação se acentua, na medida em que ao término de seu mandato, já se anunciou que o sr. Prefeito irá residir nos Estados Unidos, o que pode dificultar ainda mais a recomposição dos danos causados. Dessa forma, a indisponibilidade de bens como medida assecuratória se faz extremamente necessária, como vem reconhecendo a jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça (STJ) em tema de improbidade administrativa em que se busca o ressarcimento de dano aos cofres públicos", justificou.

Em nota, o prefeito do Rio disse que vai recorrer da decisão judicial de bloqueio dos seus bens. Segundo ele, diferentemente do que afirma o Ministério Público, a Prefeitura do Rio exigiu, no processo de licenciamento ambiental do Campo de Golfe, que a Fiori Empreendimentos Imobiliários pagasse a taxa para a autorização de supressão de vegetação exótica. "Foi emitido por diversas vezes o Documento de Arrecadação de Receitas Municipais (DARM) nº 53904 em nome da Fiori, que não efetuou o pagamento", diz.

Segundo o prefeito, em 09 de novembro deste ano, "um mês antes da ação ajuizada pelo MP, a Secretaria de Meio Ambiente já havia enviado ofício à Procuradoria Geral do Município solicitando a cobrança dos valores atualizados e acrescidos de juros de mora (R$ 3,365 milhões) via dívida ativa".

Paes disse ainda que "repudia a insinuação do Ministério Público de que sua ida aos Estados Unidos em 2017 representaria uma forma de não cumprir eventuais responsabilidades referentes ao período do seu governo". Paes reforça que sua ida a Nova York é de conhecimento público há mais de um ano, quando recebeu o convite de uma das mais importantes universidades americanas, a Columbia University, que faz parte da renomada Ivy League, para ser professor visitante. Além disso, ele também foi convidado para ser consultor do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). A volta de Paes ao Brasil já tem data prevista, uma vez que o prefeito anunciou seu interesse em concorrer ao governo estadual em 2018.

Paes lembra ainda que, apesar de ação anterior do Ministério Público contra a construção do Campo de Golfe, a Prefeitura obteve da Justiça parecer favorável ao empreendimento que representou ganho ambiental à região.

A chegada do Uber no Brasil tem causado inúmeras polêmicas. Desde violência entre taxistas e motoristas do aplicativo à regularização do serviço. Nesta segunda-feira (28), foi publicada no Diário Oficial do Rio de Janeiro a proibição desse tipo de transporte remunerado de passageiros em carros particulares. A partir de agora, haverá fiscalização para coibir a prática na cidade. 

A Lei 6.106, sancionada pelo prefeito Eduardo Paes, torna proibida a prática desse tipo de serviço e aponta para a fiscalização por parte dos órgãos municipais, a fim de coibir o Uber na cidade. A publicação esclarece que, caso a determinação seja descumprida, haverá penalidade ao condutor. 

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Além disso, fica estabelecido que apenas taxistas podem exercer o serviço de transporte público individual remunerado de passageiros, afinal, a cidade aponta só reconhecer essa categoria profissão regulamentada baseada na Lei estadual nº 6.504.

Autorização havia sido concedida

Em abril, a Justiça do Rio de Janeiro havia autorizado a prática do Uber até que o serviço fosse regulamentado pelo Poder Público. No entanto, nesta segunda, a lei sancionada por Paes foi publicada e torna ilegal a prática desde a publicação. A norma havia sido aprovada pela Câmara do Rio no último dia 16 de novembro. 

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