Tópicos | Eleições 2016

O prefeito do Recife e candidato à reeleição Geraldo Julio (PSB) adotou um tom mais duro, na noite dessa quarta-feira (19), ao criticar o concorrente João Paulo (PT). No Encontro Geraldo com as Mulheres, realizado no comitê central da coligação, o socialista declarou que vem fazendo uma campanha bonita e limpa. 

“Com paz no coração e nós vamos continuar assim. O que está em jogo é o futuro do Recife entre dois caminhos bem diferentes. Dois caminhos que também fazem campanhas bem diferentes. Um caminho que quer colocar o Recife para trás, que não discute o futuro da cidade. Entre um caminho que escolheu fazer uma campanha com ofensa e agressão e, para a nossa tristeza e para a tristeza do povo recifense, com muita mentira. A gente não vai entrar nesse jogo. Nós vamos fazer a campanha como fizemos até hoje: propositiva e que discute o que queremos fazer nos próximos quatro anos”, disparou.

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O prefeito também declarou que fez um governo unindo forças e com o povo. “Tem gente que teve sua chance e colocou a sua chance por água abaixo por brigas, desentendimentos, confusão, que virou a costa ao povo e, é por isso, que a gente rompeu e fez com que ganhássemos a eleição de 2012. Quem vira as costas para o povo não está ao nosso lado. Quem vira as costas para o povo está contra a gente porque não abrimos mão de estar junto com o povo, sobretudo, aqueles que mais precisam. Foi assim quem ensinou a gente Miguel Arraes de Alencar”, cravou. 

Crise no Brasil

Geraldo Julio disse que o que pretende é não levar o Recife para o atraso. “Nós reconhecemos o que foi feito em outros tempos, em outros governos, o esforço que outros fizeram, mas, a realidade é que no tempo mais duro para o Brasil, nós fizemos muito mais. O que está em jogo neste momento não é o futuro de Geraldo. Não fui apresentado, em 2012, pela Frente Popular como um nome. Fui apresentado como um projeto para a nossa cidade, como um caminho para o futuro do Recife”.

“Nós colocamos o Recife em um caminho. Estamos apresentando inovações e mais coisas novas porque se conseguimos, nestes quatro anos, trazer mais qualidade de vida, inovação, respeito e dignidade para o povo desta cidade, o que a gente quer fazer é mais ainda. Convoco a todos para continuar fazendo a mais bela campanha que o Recife já viu. Vamos construir a mais bonita vitória que esta cidade já teve. Vamos em frente”, finalizou o prefeito. 

Gestão para os ricos

Em recente encontro, o candidato João Paulo chegou a dizer que a atual gestão municipal deu “as costas para os pobres”. Na ocasião, em entrevista ao Portal LeiaJá, o vice-prefeito do Recife, Luciano Siqueira (PCdoB), defendeu o socialista. 

“Se há algo comum entre Geraldo e João Paulo é que ambos governaram para a maioria. Nessa afirmação, meu querido amigo João Paulo não está sendo justo. Quando assumiu, João Paulo fez o inverso da gestão anterior da dele, no sentindo de governar para a maioria, para a população que mais precisa. Eu sou testemunha, eu estava lá. O que não é verdade é que a atual gestão é para os ricos. Não é por aí que se pode encontrar uma diferenciação. Eu tenho um pé atrás com comparações”, chegou a dizer Siqueira.

 

A Justiça Eleitoral no Pará cassou a chapa de Zenaldo Coutinho (PSDB), candidato à reeleição, e de seu vice, Orlando Reis (PSB), na disputa pela prefeitura de Belém. A decisão foi divulgada na quarta-feira (19) mas o juiz da 97.ª Zona Eleitoral da capital paraense, Antonio Cláudio Von Lohrmann Cruz, determinou a medida na terça-feira (18). Ainda cabe recurso ao candidato.

Coutinho chegou ao segundo turno em primeiro lugar, com 31,04% dos votos válidos (241.166), seguido de Edmilson Rodrigues (PSOL), que obteve 29,50% (229.343). Segundo a mais recente pesquisa Ibope, divulgada no sábado passado, Edmilson tem 46% das intenções de voto, contra 43% de Coutinho - a margem de erro de 4 pontos porcentuais.

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Segundo o juiz, o tucano e Reis vêm promovendo "propaganda institucional em período vedado, pela internet, em diversos meios de comunicação oficial da prefeitura municipal de Belém", o que caracteriza conduta vedada pelo Código Eleitoral e pelo artigo 37, parágrafo 1.º, da Constituição Federal.

A ação foi proposta pela coligação de Edmilson. No pedido de cassação acolhido pelo Ministério Público Eleitoral e por Cruz, o candidato do PSOL alega que, na página oficial da prefeitura de Belém no Facebook, há vídeos de propaganda institucional com a participação de Coutinho "inaugurando obras e enaltecendo as qualidades da atual gestão municipal".

Rede social

Na sentença, Cruz escreveu que, conforme a denúncia, a página da prefeitura na rede social, a cada postagem, remete ainda ao site de campanha eleitoral do candidato à reeleição.

"(O responsável pela página da prefeitura no Facebook) Fez o link direto para a página pessoal do réu Zenaldo Coutinho, o que demonstra não apenas o objetivo de catapultar a popularidade do prefeito, mas o seu inequívoco conhecimento da artimanha", afirmou a decisão. "É evidente, portanto, o abuso de poder político e de autoridade", escreveu o magistrado.

 

Defesa

Os advogados da coligação de Coutinho e Reis já ingressaram com pedido de suspensão da decisão de Cruz no Tribunal Regional Eleitoral (TRE). Eles alegam que a representação de Edmilson com o pedido de cassação da candidatura é uma repetição de outro processo que foi "extinto sem julgamento do mérito em virtude da ilegitimidade ativa do PSOL".

Para a defesa, as propagandas citadas pela acusação são anteriores ao período vedado por lei, ou seja, 2 de julho deste ano, e, assim, afirmam não haver nenhum crime ou conduta vedada a agente público. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Durante o Encontro Geraldo com as Mulheres, realizado no comitê central da coligação, nesta quarta-feira (19), o prefeito do Recife e candidato à reeleição Geraldo Julio declarou que o Hospital da Mulher, construído em sua gestão, foi erguido diante da descrença de muitos. “Conseguimos construir um grande hospital que levou respeito e cidadania para as mulheres do Recife. Quebrou a cara quem não acreditou”, disparou o socialista.

Para tirar do papel uma obra do porte, Geraldo Julio disse que só foi possível por ter tido sensibilidade e prestar atenção na posição do outro. “E de quem também dialoga, conversa e escuta o próximo. O nosso time, a nossa gente, esse conjunto que governa o Recife pensou nas mulheres. Essas mulheres quem acreditaram, hoje, tem um equipamento que oferece consultas, exames, cirurgias, tratamentos e partos”, declarou.

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Casa das Mães

Geraldo disse que a visão ao construir o Hospital da Mulher foi além. “Mais do que tratamentos, porque isso outro hospital já pode oferecer, construímos dentro do hospital a Casa das Mães para que, após o parto, as mães possam ficar perto dos seus filhos recém-nascidos. Pensamos na mulher, após o parto”.

“Pode parecer pouco, mas quem para já viveu essa experiência, de deixar seu filho internado, de ter que ir para casa e voltar no outro dia, sabe o sofrimento que passou. Essa foi uma ação de quem procura entender o próximo”, acrescentou.

Centro de Atenção às Mulheres 

Destacando as ações positivas de sua gestão, o socialista também falou da criação do Centro de Atenção às Mulheres Vítimas de Violência. “Também dentro do Hospital da Mulher criamos esse centro porque quem já está passando por um momento de tanta fragilidade não precise passar por constrangimentos para fazer um exame, uma perícia. Lá, com uma equipe multiprofissional, realizamos esse atendimento”, disse Geraldo.

Gaiola bonita

Em agosto deste ano, o candidato a prefeito do Recife João Paulo (PT) chegou a dizer que o Hospital da Mulher é “uma gaiola bonita, mas que não dá comida a passarinho", reclamando da falta de assistência às mulheres grávidas. 

À época, o deputado federal Danilo Cabral saiu em defesa do socialista. “João Paulo desrespeitou as mulheres do Recife. O Hospital da Mulher é a maior unidade de saúde já construída pela Prefeitura Municipal e, nos poucos meses que está em funcionamento, já tem resultados expressivos”, chegou a dizer.

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“O primeiro grande ato depois da imensa perda do último domingo”. Essas foram as primeiras palavras do prefeito do Recife e candidato à reeleição Geraldo Julio (PSB) durante o Encontro Geraldo com as Mulheres, em referência à morte do ex-secretário de Turismo e lazer do Recife, Camilo Simões, que também era um dos coordenadores da campanha do socialista. O evento aconteceu, nesta quarta-feira (19), no comitê central da chapa, no bairro do Parnamirim, Zona Norte do Recife. 

O socialista, durante uma breve homenagem, disse que o sonho de Camilo era o sonho da coligação. “A sua luta é a nossa luta, a sua família é a nossa família. Aonde quer que você esteja, eu quero dizer que a gente te ama, família Simões. Vamos usar a nossa fé para rezar a oração do Pai Nosso para esse companheiro”, disse. 

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Em seguida, Geraldo Julio declarou que foi decidido, em sua gestão, criar a Secretaria da Mulher. “Decidimos mais. A gente decidiu que quem iria patrocinar a política de gênero do Recife seria o prefeito e o vice-prefeito e é por isso, que hoje, podemos olhar para esses três anos e oito meses de governo de trabalho e ver conquistas importantes em várias áreas que, antes, a desigualdade era muito grande”.

Programa Mãe Coruja

O prefeito também falou que o Programa Mãe Coruja cuida de mais de quatro mil gestantes do Recife. “Uma política pública que também aprendi no Governo do Estado, que cuida das mulheres gestantes e dos seus filhos com dignidade e com carinho. Não é pouco uma conquista como essa”.

“Os mamógrafos também estão por toda esta cidade, levando prevenção contra uma das doenças que mais traz prejuízos a qualidade de vida das mulheres. O mamógrafo está rodando por todo o Recife, na rua, na praça, perto de sua casa, para levar às mulheres a se prevenirem. É mais uma conquista. Nada aqui é presente para as mulheres. Tudo aqui é conquista da luta das mulheres do Recife”, acrescentou.

Encontro

A secretária da Mulher do Recife, Elizabeth Coutinho, disse que um dos objetivos do encontro foi mostrar a força da mulher. “Nós somos a maioria e temos o poder de decidir. Vamos ampliar os direitos e garantir o nosso lugar com Geraldo, que assumiu compromissos de verdade. Ninguém pode duvidar do nosso empoderamento e as mulheres já decidiram por Geraldo e Luciano”.

O vice-prefeito do Recife, Luciano Siqueira (PCdoB), a esposa do prefeito, Cristina Melo, a viúva do ex-governador Eduardo Campos, Renata Campos e a deputada federal Creuza Pereira (PSB) também prestigiaram o evento.

No palanque, uma homenagem também foi feita para o autor e poeta Ariano Suassuna e aos ex-governadores Eduardo Campos e Miguel Arraes, com suas respectivas fotos em banners escritos: “Miguel Arraes, 100 anos de uma história de luta” e “Ariano Suassuna e Eduardo Campos, a Frente Popular tem história”. 

O ministro da Defesa, Raul Jungmann (PPS), declarou apoio ao candidato a prefeito de Jaboatão dos Guararapes Anderson Ferreira (PR), nesta quarta (19). Em nota, o deputado federal agradeceu a aliança firmada declarando que, em um momento de crise econômica, é fundamental uma boa interlocução no cenário nacional. 

Anderson também disse que irá mostrar como trabalhar em prol da segurança em Jaboatão. "Teremos profissionais especializados no assunto, que trabalharão para reduzir os índices de criminalidade em nosso município, através de ações preventivas, e o Ministério da Defesa será fundamental nas parcerias que iremos firmar na nossa administração”, afirmou.

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"O ministro Raul Jungmann vem para fortalecer o nosso projeto e nos deixa certos de que a nossa administração terá o seu total apoio. As principais lideranças do PPS entenderam que seus objetivos são os mesmos, ou seja, fazer Jaboatão avançar, pois a grande maioria da população jaboatonense precisa receber uma atenção especial, principalmente na área social”, acrescentou o candidato.

Polêmicas

Anderson Ferreira é candidato ao município de Jaboatão pelo PR e enfrentará, no próximo dia 30 de outubro, o prefeiturável Neco (PDT). Os dois protagonizam uma série de polêmicas, entre elas, as acusações entre si. O pedetista vem afirmando que a cidade precisa de um "filho da terra". Já Anderson acusa Neco de "representar o passado".

O vice da chapa de Anderson Ferreira, Ricardo Valois, e Neco também estão envolvidos no esquema denunciado pela Polícia Civil de Pernambuco, denominada Caixa de Pandora, que investiga os crimes de peculato, abandono de cargo público, falsificação de documento público e associação criminosa com atuação na Câmara de Vereadores de Jaboatão.

Neco e Valois se dizem inocentes. Inclusive, o pedetista acredita tudo ter sido uma "armação" porque estaria em primeiro lugar nas pesquisas eleitorais. 

No final da tarde desta terça- feira (18), o candidato a prefeito de Jaboatão dos Guararapes Neco (PDT) e seu advogado Plínio Nunes concederam coletiva de imprensa para esclarecer alguns pontos sobre o envolvimento do pedetista, segundo a Polícia Civil de Pernambuco, na Operação Caixa de Pandora.

Neco contou detalhes de como foi o cumprimento do mandado de busca e apreensão em sua casa, no bairro de Cajueiro Seco. “Às 4h40, bateram na porta da minha casa. Desci achando que era um assalto. Minha esposa ficou com veste íntima na cama e não deixaram eu nem subir para falar para ela que era a polícia”, detalhou. 

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Ele também explicou sobre a quantia superior a R$ 177 mil encontrada em sua residência e disse que guardava no guarda-roupa por achar mais seguro. “Acho mais seguro guardar em casa do que no banco por conta, por exemplo, da greve do banco. Já pensou se na hora não tivesse dinheiro em casa? Iria ter dificuldade”, disse.

Candidato dos pobres

O prefeiturável definiu todo o acontecimento como “armação” por ser de família pobre. “Estamos em primeiro lugar nas pesquisas, sou de família pobre e humilde e a elite de Jaboatão não permite que um cara como eu chegue ao poder. Com certeza, é uma questão política”, declarou.

Questionado sobre a contradição de se apresentar como o “candidato pobre” e a quantia encontrada em sua casa, ele afirmou que o dinheiro foi fruto de um ano juntando dinheiro de aluguéis. “E de sacrificar até a minha vida familiar fazendo uma feira menor. A perspectiva para disputar uma campanha não é apenas de agora não. Todas as campanhas que enfrentei, eu vou guardando dinheiro como agora na campanha de prefeito”, concluiu Neco. 

 

 

 

 

No final da tarde desta terça-feira (18), o candidato a prefeito de Jaboatão dos Guararapes Neco (PDT) concedeu coletiva de imprensa para esclarecer a acusação apresentada pela Polícia Civil de Pernambuco, de que estaria envolvido na Operação Caixa de Pandora. O esquema denuncia uma série de irregularidades na Câmara de Vereadores do município. 

A Polícia apreendeu, cumprindo mandado de busca e apreensão, a quantia de R$ 177 mil em sua casa. Também teria sido encontrado lista de eleitores. Um dos advogados do candidato, Plínio Nunes, afirmou que ainda não teve nenhum acesso sobre a ação policial. 

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“Desde o dia que a Operação se realizou temos feito todos os esforços para ter acesso ao material do inquérito e, até hoje, temos enfrentado muita dificuldade para acessar e entender o que está sendo investigado, do que Neco está sendo acusado, de modo, que pouco temos a falar e a discutir em relação a essas provas porque não tivemos acesso a elas. Esperamos até o final da semana providenciar esse processo para estudar, entender, e dar uma resposta que todos esperam”, explicou o advogado. 

Plínio ainda ressaltou que a Operação foi realizada fora dos parâmetros estabelecidos pela lei. “É preciso registrar a forma ortodoxa de como foi feita a Operação que, ao ver da defesa, é absolutamente desnecessária. Ocorreu em um momento às vésperas do segundo turno, o que causa muito estranhamento. A defesa não encontrou nenhum elemento que pudesse justificar a Operação neste momento e da forma que foi feita fora dos parâmetros que a lei estabelece e que a própria Justiça determinou e, certamente, a defesa vai adotar as providencias que entender cabíveis em relação a isso”, acrescentou.

Segundo a defesa, o mandado era de quebra de sigilo telefônico, além disso, o documento estaria sem assinatura. “Vamos acessar o inquérito e, depois que tivermos conhecimento total, vamos adotar as providências necessárias não só quanto aos excessos praticados na Operação, como também no próprio cumprimento de mandado. Tudo isso vai ser avaliado”

Por sua vez, Neco se disse vítima de uma armação. “Nós subimos dois pontos na pesquisa. O povo de Jaboatão entende que Neco é o melhor e que não pratica esse tipo de coisa. Moro há 45 anos na mesma casa e fui vereador em oito mandatos e quatro anos como deputado. Minha casa é o aconchego das famílias que estão ali. As pessoas começam a chegar na minha casa às seis da manha. Eu atendo todo mundo”, ressaltou o postulante. 

O advogado Plínio Nunes falou sobre outros pontos sobre o envolvimento no esquema. Confira os trechos da coletiva:

Ação política

“Uma ação mais política do que policial. Até agora, o pouco que nós sabemos dessa Operação, nada foi encontrado e descoberto até aqui, que pudesse vincular Neco a qualquer tipo de crime ou de desvio. Neste primeiro momento, temos encontrado muita dificuldade em ter acesso aos autos, mas, temos a expectativa ainda desta semana conseguirmos ler todo o processo para tentar entender exatamente o que Neco está sendo efetivamente acusado e porque ele está sendo investigado. Estamos absolutamente tranquilos porque sabemos que ele não tem qualquer envolvimento com o episódio”.

Dinheiro encontrado

“Nós já apresentamos toda a documentação que comprova a origem lícita desse recurso. Neco fez alguns empréstimos pessoais, em bancos, a exemplo de 50 mil reais que ele tomou de empréstimo, no dia 31 de agosto deste ano. Esse valor estava guardado em casa. Neco tinha algumas reservas de renda de alugueis, de imóveis que pertencem a ele. Temos contratos e extratos bancários, que justificam esses valores. Uma outra parte do dinheiro é da esposa, que é aposentada, e tem outras atividades paralelas, de modo que tudo isso é facilmente comprovado. Não há nada de irregular, nada de ilícito. Tudo isso vai ser comprovado no final deste inquérito. Neco também recebe como vereador e delegado. Estamos tranquilos”.

Dinheiro encontrado no lixo

“Nem nós sabemos exatamente o que aconteceu porque a polícia impediu que Neco acompanhasse essas buscas. Tudo que sabemos é a versão que a Polícia tem apresentado até agora, mas, nós não sabemos o que realmente aconteceu durante a busca. Não sabemos sequer o que realmente o que foi apreendido dentro da casa de Neco. Ele está tentando ver o que foi levado porque a Polícia se recusou a entregar a lista de material que apreendeu”. 

Lista com nome de eleitores

“A lista continha o nome de pessoas que trabalharam como fiscais na sua chapa na eleição de primeiro turno. Não há nada de irregular e que levante qualquer tipo de suspeita em relação a ele. Foi uma exigência do Tribunal Regional Eleitoral (TER), que pediu para que nomear 1.050 fiscais de urna no primeiro turno, que também iriam atuar no segundo”.

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A propaganda eleitoral dos candidatos a prefeito de Jaboatão dos Guararapes Anderson Ferreira (PR) e Manoel Neco (PDT) está suspensa por 48 horas, conforme determinação do Tribunal Regional Eleitoral (TRE-PE). A decisão foi tomada pelo juiz da 147ª Zona Eleitoral, Carlos Fernando Carneiro Valença Filho, responsável pela Propaganda, na última segunda (17/10). Em seu despacho, o magistrado alega que a divulgação de conteúdos que extrapolam os limites da propaganda eleitoral lícita e idônea. 

O juiz também ressalta que a decisão, apesar de ter validade de 48 horas  - contadas a partir desta terça-feira (18), é passível de prorrogação tanto para o prefeiturável da coligação Resgatando Jaboatão quanto para o candidato da Muda Jaboatão.

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No horário destinado ao guia eleitoral gratuito, as rádios devem explicar que as propagandas dos candidatos estão suspensas por força de determinação judicial do cartório da 147ªZE. 

 

A Justiça Eleitoral determinou a retirada da propaganda eleitoral do candidato a prefeito de Caruaru Tony Gel (PMDB), que deverá pagar uma multa de R$ 500 mil, caso haja reincidência. Segundo a Justiça, o peemedebista usou de informação distorcida sobre a atuação da prefeiturável Raquel Lyra (PSDB), à época que era secretária estadual da Criança e da Juventude. A candidata da Coligação Juntos por Caruaru também terá direito de resposta em 12 inserções na TV Asa Branca.

Segundo informações da assessoria da tucana, "houve distorção de informações que induziam a opinião pública a acreditar que o município de Caruaru foi preterido na construção de creches".

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Lyra também se defendeu afirmando que as creches do município foram, sim, contempladas com equipamentos e vagas. “Como Secretária da Criança e Juventude do governador Eduardo Campos e como deputada estadual ajudamos, sim, na melhoria das creches de Caruaru. Todas foram equipadas através de recursos destinados por mim. A Creche Tia Carminha, no bairro Centenário, teve a sua capacidade duplicada", disse.

Oito mil vagas

Raquel Lyra reafirmou que, caso eleita, irá criar mais oito mil vagas nas creches. "Para que as mulheres possam trabalhar e deixar seus filhos num lugar seguro e ideal para a formação infantil. Além disso, vamos dar total apoio ao trabalhador rural", disse, em recente visita à Vila Canaã, na zona rural da cidade do Agreste pernambucano.

A candidata já chegou a dizer que, como gestora, vai garantir cem por cento das nossas crianças na pré-escola e também valorizar os professores. 

Coragem e Ousadia

Em entrevista recente, Lyra também frisou que coragem e ousadia faz parte do seu perfil. “Sou uma pessoa realista e terei coragem e ousadia para buscar as ações. A ousadia não é só questão pessoal, colocaremos no nosso governo também. Vamos trabalhar incansavelmente porque precisamos discutir as necessidades de Caruaru, que é referência para diversas cidades para o nosso entorno”, afirmou.

 

 

Os partidos políticos e respectivos candidatos têm até, o dia 1° de novembro, para entregar a prestação de contas finais, referentes ao primeiro turno, das campanhas eleitorais realizadas. Para entregar a prestação de contas final, os candidatos e partidos políticos deverão utilizar o Sistema SPCE-Cadastro 2016, enviar o arquivo eletrônico da prestação de contas pela internet, imprimir e assinar o Extrato da Prestação de Contas emitido pelo Sistema. Mais informações estão disponíveis no site do Tribunal Regional Eleitoral de Pernambuco (www.tre-pe.jus.br) ou por meio da Comissão de Apoio ao Exame de Contas Eleitorais - COACE - no e-mail prestacaodecontas@tre-pe.jus.br

É necessário protocolizar a prestação de contas no cartório eleitoral (para os candidatos a prefeito e vereador, bem como os diretórios partidários municipais) ou no Tribunal (para os diretórios partidários estaduais). É obrigatória a constituição de advogado para a prestação de contas.

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Os candidatos a prefeito que estão no segundo turno também devem enviar, pela internet, o arquivo eletrônico da prestação de contas referente ao primeiro turno até o dia 1° de novembro não sendo necessária, neste momento, a entrega física dos documentos e do Extrato da Prestação de Contas no cartório eleitoral.

Nos municípios com mais de uma Zona Eleitoral, a entrega física do Extrato da Prestação de Contas e demais documentos será na Zona Eleitoral indicada nas pelo TRE-PE. No Recife, será na 6ª Zona Eleitoral; já para Olinda, será a 117ª Zona e, para Jaboatão dos Guararapes, na 11ª Zona Eleitoral. 

Confira os documentos que também devem ser anexados à prestação de contas:

-Extrato das contas bancárias abertas pelo candidato/partido político contemplando todo o período de campanha;

-Comprovante de recolhimento das sobras financeiras de campanha à respectiva direção partidária, quando houver;

-Documentos fiscais relativos aos gastos com Fundo Partidário; 

-Declaração firmada pela respectiva direção partidária de que recebeu bens e/ou materiais permanentes, quando houver; 

-Autorização do diretório nacional na hipótese de assunção de dívida de campanha; 

-Instrumento de mandato para constituição de advogado;

-Comprovantes bancários de devolução de recursos de fontes vedadas ou guias de recolhimento ao Tesouro Nacional, se houver;

-Notas explicativas com as justificativas pertinentes. 

 

 

 

 

Em nota publicada, nesta segunda-feira (17), a Coligação Muda Olinda, encabeçada pelo candidato a prefeito do município Antônio Campos (PSB) declarou que prestou queixa-crime contra um grupo, que segundo a chapa, foi incitado por assessores do seu opositor na disputa, o Professor Lupércio (SD). 

Segundo o relato da coligação, o socialista caminhava na área conhecida como Ilha de Santana, no último sábado (15), onde teria sido recebido por moradores da comunidade. No final do encontro, os indivíduos tentaram tumultuar o ato. “Toda a ação foi registrada pelo serviço de segurança do Muda Olinda, que prestou queixa-crime contra os mesmos, que foram identificados e filmados na campanha de Lupércio, na manhã do domingo (16). O intuito é prevenir novos incidentes”, diz uma parte do texto. 

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A Coligação também ressaltou que abriu uma representação criminal contra fakes da campanha do Professor Lupércio e, nesta segunda, faz um novo pedido a respeito do partido concorrente utilizar imagens editadas, “que mentem ao afirmar que Antônio Campos teria sido expulso da Ilha de Santana, local que sempre foi bem recebido”.

O coordenador do Muda Recife, Ivan Mauricio, disse que “quem manda militância cometer vandalismo em caminhada de adversário, não dá aula de democracia".

Acusações

A troca de acusações sobre quem é filho de Olinda entre os dois candidatos parece estar longe do fim. Nesta segunda, Antônio Campos afirmou que o candidato do Solidariedade tem residência em Boa Viagem divulgando, inclusive, nome número do edifício, que estaria localizado na Avenida Boa Viagem. O nome da nota enviada à imprensa é: “Lupércio, o "candidato Boa Viagem" que se diz de Olinda”.

“Seu nome não está na lista de moradores disponível, mas a vizinhança tem conhecimento disso e comprovou o fato através de vários depoimentos. Ultimamente, o Lupércio não tem ido ao apartamento. Evidentemente, ante o processo eleitoral em Olinda. Segue o depoimento de Fábio, que declarou ter lavado várias vezes o carro de Lupércio e tê-lo visto entrando várias vezes no edifício na Avenida Boa Viagem. Mais uma vez, Lupércio mentiu”, disse o socialista.

Atrás nas pesquisas de intenção de voto e com a imagem arranhada após ter tido os direitos políticos suspensos por sete dias pelo STJ, a candidata à prefeitura de Florianópolis, Angela Amin (PP), foi para o tudo ou nada na disputa do segundo turno com Gean Loureiro (PMDB).

Nesta segunda-feira, 17, ela anunciou que vai doar todo o seu salário para a criação do Prêmio Mérito Estudantil, que pretende fomentar o empreendedorismo e estimular as vocações profissionais entre os jovens por meio de bolsas de estudos. Por ano, os rendimentos do executivo municipal somariam cerca de R$ 315 mil.

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A proposta de Angela é investir este montante no programa, que, segundo a candidata, pretende focar em alunos do último ano do ensino fundamental da rede municipal, que só poderão concorrer se tiverem média igual ou superior a 7. Serão nove bolsas de estudos para acompanhar os vencedores durante os três anos do ensino médio, que terão direito a dois salários mínimos por mês. A ideia é promover um concurso de trabalhos escolares dentro das três áreas de vocação da cidade: Turismo, Gastronomia e Tecnologia.

"Buscamos uma maneira criativa para estimular vocações e contribuir para desenvolver a cultura do empreendedorismo em nossa cidade", disse a candidata.

O candidato do PMDB, que não quis se manifestar sobre a promessa da oponente, tem larga vantagem das intenções de voto na capital catarinense, segundo a última pesquisa Ibope. Nos votos válidos, o resultado é de Gean 67% e Amin 33%. Na semana passada, a estratégia dos dois candidatos foi o ataque mútuo nos programas de TV.

O candidato à prefeitura do Rio pelo PRB, Marcelo Crivella, procurou minimizar nesta segunda-feira, 17, o conteúdo de seu livro "Evangelizando a África", lançado em 2002 no Brasil e que faz duras críticas a diversas religiões e aos homossexuais. O senador, que é bispo licenciado da Igreja Universal do Reino de Deus, declarou que as ideias defendidas na publicação foram posições que ele "assumiu há décadas" e "em um contexto diferente". Crivella disse ainda que "as pessoas amadurecem, e eu sou candidato a prefeito, não a perfeito. Perfeito, só Deus."

Trechos do livro foram publicados na edição de domingo do jornal O Globo, e motivaram uma enxurrada de críticas de diversos setores ao candidato do PRB. Nesta segunda, Crivella afirmou que os comentários "são do setor ligado ao PSOL (partido de se concorrente à prefeitura, Marcelo Freixo), e é natural que isso ocorra". Depois, ele ironizou o uso político do livro. "O Arthur da Távola usou isso na época em que eu me candidatei a senador, mas com um melancólico insucesso, porque ele ficou em quinto lugar", disse, citando o ex-senador, morto em 2008.

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Crivella tentou explicar as declarações do livro. "O contexto da África era um, o contexto do Brasil é outro. As pessoas amadurecem. Aquelas posições eu assumi décadas atrás, e me desculpei. Hoje o candidato não é o missionário da África. Hoje o candidato é o senador, que há 15 anos está defendendo o Rio de Janeiro e que faz parte orgulhosamente, ao menos para mim, da bancada popular do Rio de Janeiro", declarou. "São pessoas diferentes. Vocês não podem achar que o candidato é o missionário. O missionário estava na África - em período de guerra, inclusive."

O candidato do PRB disse que seu pensamento agora é outro. "Aquele livro foi publicado no Brasil quando eu voltei da África e tinha 42 anos, mas eu o escrevi com 30 e poucos. Ele foi editado no Brasil quando eu tinha 42. Mesmo assim, de 42 pra cá são quase 20 anos. Eu tenho quase 60. A gente evolui", sustentou Crivella. "Respeito todas (as religiões), e já disse que vou reforçar a coordenadoria que defende a diversidade e que combate a intolerância religiosa."

Apesar de ainda não haver unanimidade no partido, o PSDB anunciou nesta segunda-feira, 17, apoio à candidatura de Marcelo Crivella (PRB) à prefeitura do Rio de Janeiro. O anúncio foi feito pelo deputado federal Otavio Leite, presidente estadual da legenda.

Leite ressaltou que o PSDB nacional liberou a bancada, mas a orientação é de não apoiar o candidato do PSOL, Marcelo Freixo, considerado "diametralmente oposto" aos tucanos.

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"É um apoio pessoal, mas posso assegurar que a maioria absoluta do partido tem esse pensamento", disse Otavio Leite, em encontro realizado com Crivella no jardim do Museu de Arte Moderna (MAM), no centro do Rio.

O deputado federal afirmou que existe a possibilidade de o PSDB nacional se engajar na campanha de Crivella. Leite declarou que "o senador Aécio Neves tem ligado muito para ele (Crivella)".

Marcelo Crivella agradeceu o apoio e disse que foi o sei partido, o PRB, quem foi em busca do apoio de tucanos. Apesar de afirmar que "não houve negociação" por secretarias em um eventual sucesso nas urnas, Crivella declarou que "o PSDB tem bons quadros".

Os candidatos a prefeito do Rio, Marcelo Crivella (PRB) e Marcelo Freixo (PSOL), intensificaram os ataques mútuos no fim de semana, em inserções no rádio e na TV. A campanha de Crivella acusa Freixo de defender os black blocs, manifestantes mascarados que defendem a violência como forma de protesto. Em vídeo veiculado pela campanha do candidato do PRB, Freixo diz que "vários movimentos têm vários métodos distintos; eu não sou juiz para ficar avaliando os métodos em si. Eu não sou juiz para dizer que movimento é um movimento correto ou não é".

O PSOL recorreu ao passado de pregador de Crivella, que é bispo licenciado da Igreja Universal do Reino de Deus. A campanha de Freixo passou a veicular vídeo em que o candidato do PRB discursa sobre pregação e afirma ter ouvido do tio, bispo Edir Macedo, que "quando a gente precisa de dinheiro, a gente pesca o peixe, que o peixe na boca traz a moeda; ganha a alma que você vai ganhar a oferta".

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Freixo afirmou ao jornal O Estado de S. Paulo que "aos poucos a máscara do Crivella vai caindo". "Repleto de preconceitos e intolerante, (Crivella) prega um discurso de ódio contra determinados grupos e religiões." Procurado no domingo (16), por meio de sua assessoria, Crivella não se manifestou. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A nova regra eleitoral para evitar a eleição de vereadores que pegavam carona em grandes puxadores de votos se mostrou praticamente inócua nas eleições de 2016. Segundo simulação feita pelo Estadão Dados nos dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), apenas 13 candidatos deixaram de assumir uma cadeira nas câmaras municipais brasileiras este ano por causa da nova norma.

Trata-se de um número irrisório perto do universo dos 57.940 representantes eleitos no pleito deste ano.

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A mudança na legislação foi parte da reforma eleitoral aprovada no ano passado pelo Congresso e ganhou o apelido de "nota de corte". O objetivo era coibir que candidatos sem representatividade pegassem caronas em "puxadores de voto", como foram, por exemplo, Tiririca (PR-SP) e Marco Feliciano (PSC-SP) em 2014. Só Tiririca recebeu mais de 1 milhão de votos, o que contribuiu para levar outros cinco candidatos da sua coligação para a Câmara dos Deputados naquele ano.

Quociente eleitoral

De acordo com a nova exigência, todos os candidatos eleitos para cargos proporcionais precisam receber um número de votos acima de 10% do quociente eleitoral. Esse quociente, por sua vez, é o total de votos válidos em um determinado município dividido pelo número de vagas.

Para entender melhor, imagine um município hipotético, que tenha registrado 50 mil votos válidos na eleição para vereador e que tenha 10 cadeiras em disputa. O quociente eleitoral nessa cidade seria de 5 mil - ou seja, esse é o número de votos necessário para se conquistar uma vaga na Câmara Municipal. Se uma coligação teve 20 mil votos, por exemplo, ela teria direito a 4 cadeiras.

Antes da nova regra, os primeiros quatro colocados dessa coligação assumiriam as vagas - mesmo que, em uma hipótese absurda, um deles tivesse conseguido, sozinho, 19 mil votos e os outros três, juntos, os mil restantes. Esse primeiro seria o "puxador" e os outros três, os "caroneiros". A partir agora, porém, caso algum deles não conseguisse um mínimo de 500 votos, sua vaga seria transferida para outra coligação.

A regra, no entanto, ficou longe de ter impacto significativo nestas eleições. A maioria dos 13 candidatos que deixou de ser eleita por causa dela estão em cidades pequenas no interior.

Só há casos de barrados em duas capitais: Rio de Janeiro - onde a candidata Fátima da Solidariedade (PSC) foi barrada por ter recebido só 4,4 mil votos ante um quociente eleitoral de 57 mil - e Porto Velho (RO).

Baixo impacto

Segundo Marcus André Melo, professor da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), a análise das eleições anteriores já apontava que o efeito das novas regras poderia ser mínimo.

"O voto em Tiririca, que catalisou o movimento para a mudança na regra, levou à eleição de representantes que, individualmente, lograram obter cerca de 90 mil votos em São Paulo, onde o quociente eleitoral era pouco mais de 300 mil votos. A votação dos parlamentares superou os 10% exigidos pela lei. Ou seja, nesse caso o efeito da regra seria nulo", afirmou o professor da UFPE.

O Estadão Dados, do jornal O Estado de S. Paulo, calculou ainda qual teria sido o efeito dessa nova regra nas eleições municipais de 2012, caso ela já estivesse em vigor. Ele seria ligeiramente maior, embora ainda minúsculo comparado ao universo de candidatos: 17 vereadores eleitos teriam sido impedidos de tomar posse. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O avanço da direita nas eleições municipais de 2016, com a significativa derrota da esquerda nas grandes cidades no primeiro turno, é parte de um movimento maior, mundial, e marca o fim do período de poder do PT no País, avalia o candidato do PSOL a prefeito do Rio, Marcelo Freixo.

Freixo diz que a candidatura de Marcelo Crivella (PRB) é parte desse cenário de crescimento conservador. Em contraste, se apresenta como parte do contraponto. Sua campanha deixou o tom ameno e passou a atacar Crivella por sua aliança com o PR do ex-governador Anthony Garotinho e pela atuação do adversário na Igreja Universal do Reino de Deus. A seguir, trechos da conversa de Freixo com o jornal O Estado de S. Paulo.

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O que explica a derrota da esquerda nas grandes cidades?

Acho que alguns fenômenos são mundiais. Tem, por um lado, o avanço de uma direita bastante conservadora, em lugares como França, Alemanha... O que é o (candidato republicano a presidente Donald) Trump nos Estados Unidos, com um porcentual altíssimo de intenção de voto. E, ao mesmo tempo, tem experiências muito ricas. O prefeito de Londres é muçulmano. O Partido Trabalhista de Londres tem um ingresso enorme de uma juventude que nunca tinha entrado (na legenda). Tem o Podemos (na Espanha), tem a candidatura do Bernie Sanders nos Estados Unidos... Ao mesmo tempo em que tem um avanço conservador, tem também algo novo acontecendo. Acho que o Rio espelha um pouco isso. Tem essa candidatura do Crivella e tem a nossa. A eleição brasileira mostrou isso. É um ciclo que se encerra, que é o ciclo da era do PT, com tudo que isso representou. Um desgaste muito grande para a imagem da esquerda, que precisa ser reconstruída.

Como entender a derrota do PMDB, após dez anos de hegemonia e de o prefeito promover uma Olimpíada bem-sucedida?

Não é pouco comum prefeito perder eleição depois de (ser anfitrião de) Olimpíada. Acho que Eduardo (Paes) acertou em umas coisas, errou em outras. Ele acerta no BRT, erra na terceirização da regulação da saúde, acerta na expansão da Clínica da Família...

O senhor tem sido muito atacado por questões como droga, aborto, além de muita boataria...

É o método de ação de quem faz política com terror. Eu sabia que o segundo turno teria uma campanha com métodos que não são os nossos. Eu vou para a televisão e digo (a Crivella): 'Você tem de explicar a aliança com Garotinho'. Não estou inventando. É diferente de eles espalharem que vou liberar a droga, que vou acabar com a PM, que vou vestir a Guarda Municipal de rosa, que vou distribuir livros ensinando crianças de quatro, cinco anos a fazer sexo... É um nível muito baixo de fazer política. Quem tudo faz para chegar ao poder tudo faz no poder.

Por que o foco no Garotinho?

Há uma aliança formal do Garotinho com Crivella no primeiro turno. A aliança deles é PR com PRB. O vice (Fernando Mac Dowell) é indicado do Garotinho. O meu temor é a volta do Garotinho. Garotinho foi expulso eleitoralmente do Rio de Janeiro pelo carioca. Não adianta o Crivella dizer que o vice dele é um técnico, quando o vice dele é um técnico, que eu respeito, mas é indicado pelo Garotinho, é do PR. O Crivella quer me convencer que o Garotinho o apoia e não quer nada em troca. Então, realmente a capacidade de conversão do Crivella está muito sofisticada. Do Garotinho espero tudo, tudo de ruim.

Se a prefeitura tivesse de intervir mais, onde seria?

Transportes. Não é estatizar. Não tem o menor cabimento a prefeitura se tornar dona de linha de ônibus. Mas a prefeitura tem de ter um sistema de regulação. Tem de dizer quais linhas vão funcionar, onde vão começar e terminar. Não pode ter ônibus que sai de Campo Grande e vai para Bonsucesso e aí o empresário decide que esse ônibus vai parar em Madureira. Aí o passageiro que ia para Bonsucesso tem de descer em Madureira para pegar outro ônibus. E uma viagem que poderia durar uma hora e meia vai durar duas horas e meia. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Nove dos 12 candidatos que disputam o segundo turno em cidades do interior paulista elegeram a saúde como tema central da campanha. O Estado de São Paulo conviveu com epidemias de dengue e da gripe H1N1 em 2015 e 2016 e o maior número de casos e de mortes pelas duas doenças foi registrado no interior. As seis cidades que terão segundo turno foram bastante afetadas principalmente pela dengue - todas tiveram mortes e cinco decretaram epidemia. Os postos de saúde ficaram abarrotados.

Depois de um primeiro turno marcado pelos ataques entre os principais adversários, com a citação de operações que investigam corrupção, os candidatos à prefeitura de Ribeirão Preto, Duarte Nogueira (PSDB) e Ricardo Silva (PDT), optaram por uma campanha de propostas no segundo turno e elegeram a saúde como meta principal. A cidade conviveu com epidemias em 2015 e o setor entrou em colapso.

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Nogueira promete uma 'revolução' na saúde, como foco na prevenção e na atenção básica, além de ampliação no quadro de médicos e no programa de saúde na escola. Silva quer fazer parcerias com clínicas médicas particulares para diminuir as filas de espera na rede pública.

Em Sorocaba, os concorrentes José Crespo (DEM) e Raul Marcelo (Psol) tratam do tema com enfoques parecidos. Crespo diz que vai colocar mais médicos nas unidades, ampliar o horário e voltar a distribuir pediatras, hoje concentrados na zona norte, para todas as regiões. Marcelo propõe investimentos na primeira infância, acompanhando a gestante desde o pré-natal até a entrada da criança em idade escolar. "Nosso plano é ampliar o horário de funcionamento das unidades de saúde e reorganizar o sistema já no primeiro semestre da nossa gestão", disse.

O candidato do PSDB em Jundiaí, Luiz Fernando Machado, quer ampliar o número de agentes comunitários da saúde e o horário de funcionamento das unidades básicas, além de contratar mais médicos. O atual prefeito e candidato à reeleição, Pedro Bigardi (PSD), prioriza a educação, com ampliação de até 35% nas escolas municipais e criação de mais cinco escolas em tempo integral.

No Guarujá, Haifa Madi (PPS) promete contratar mais médicos, principalmente pediatras e ampliar os leitos hospitalares. "Outra meta nossa é construir dois prontos-socorros infantis e um centro de diagnóstico municipal a fim de acabar com a demora nos exames", disse. Seu adversário, o médico Válter Suman (PSB), também elegeu a saúde como meta. "Nosso compromisso é resolver o caos que se instalou na saúde no Guarujá e em Vicente de Carvalho (distrito). É o maior problema da cidade hoje." Ele quer ampliar e reformar unidades e separar o atendimento da pediatria e dos adultos.

Em Bauru, Raul Gonçalves (PV) propõe a transformação de um antigo posto na região central no 'Poupatempo da Saúde', funcionando como um centro de especialidade e diagnóstico para desafogar e dar apoio às unidades de saúde. Já seu adversário, Clodoaldo Gazzetta (PSD), embora também tenha propostas para a saúde, defende um governo participativo, com a criação de subprefeituras para o crescimento sustentável da cidade.

A construção de mais um hospital na cidade é a principal proposta do candidato do DEM, Gilson de Souza, em Franca. Ele também quer ampliar os mutirões para consultas e cirurgias eletivas. "Quando deputado (estadual), solicitei um levantamento ao departamento regional de saúde do Estado e foi apontada a necessidade de Franca ter um novo hospital." Seu adversário, Sidnei Franco da Rocha, do PSDB, tem a educação como foco principal, com a ampliação dos programas educacionais Mais Creche, Cursinhos Populares, Bolsa Universidade e Primeira Chance, mas também promete contratar médicos e agendar consultas pela internet.

O candidato a prefeito do Recife João Paulo (PT) aproveitou o Dia dos Professores, comemorado neste sábado (15), para afirmar que a sua gestão irá investir na valorização dos profissionais da educação. “Garantindo formação continuada, aprofundamento científico do professor e respeito à diversidade de gênero, etnia e cultura”, publicou em sua rede social. 

O petista parabenizou os profissionais da área. “Parabéns, professor. Não só hoje pelo seu dia, mas, parabéns pelos dias de angústia superados, pelos problemas educacionais enfrentados, pelas alegrias compartilhadas e pelas conquistas alcançadas”.

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Após receber o apoio do cantor Chico Buarque, neste sábado, João Paulo recebeu o apoio do ator Sérgio Mamberti. “Vocês me conhecem há muito tempo, através do cinema, do teatro, da televisão, mas, hoje estou aqui para manifestar o meu apoio irrestrito a candidatura de João Paulo para prefeito”, diz o ator. 

 

Após vários acontecimentos, que chegou até a agressões físicas entre as militâncias, os postulantes ao executivo de Jaboatão dos Guararapes Neco (PDT) e Anderson Ferreira (PR) foram convocados pela Corregedoria do Tribunal Regional Eleitoral de Pernambuco (TRE-PE) para firmarem um acordo de paz. O encontro entre os candidatos aconteceu na manhã deste sábado (15). Os dois também terão que orientar as respectivas militâncias para evitar a violência estimulada por diferenças partidárias. 

O maior incidente aconteceu na semana passada, após os prefeituráveis participarem de um debate promovido por uma rádio local. No final, Anderson Ferreira teria saído do local com a janela do veículo em que se encontrava aberta. A militância de Neco teria começado a insultar o republicano, que revidou. Houve troca de chutes e algumas pessoas envolvidas saíram feridas. 

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Troca de acusações

Um clima tenso também tomou conta do debate. Na ocasião, o pedetista definiu Anderson como “o candidato dos ricos que mora em Boa Viagem”. Por sua vez, o republicano afirmou que Neco “representa o passado”.

Anderson ainda disse que Neco aposentou a esposa, que era servidora municipal, com um salário de R$ 12 mil. “Vou entrar na Justiça para que ele prove isso. Vereador não tem poder de aposentar ninguém”, avisou Neco.

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