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As autoridades francesas retiraram mais de mil migrantes nesta sexta-feira de campos informais ao norte de Paris. Nos últimos dois anos a polícia realizou 35 operações similares na capital francesa, mas os acampamentos informais são criados sistematicamente.

Os migrantes, procedentes principalmente do Afeganistão, Sudão, Somália e Eritreia, embarcaram em vários ônibus. "Não disseram para onde vão nos levar", afirmou Ali, um sudanês de 24 anos.

As autoridades informaram em um comunicado que os migrantes serão levados para ginásios nas proximidades de Paris, onde a situação administrativa de cada um será administrada. Os acampamentos irregulares "apresentam riscos importantes para a segurança e a saúde de seus ocupantes e dos moradores da região", afirmou a polícia em um comunicado.

O governo francês apresentou em julho um plano para enfrentar a onda de migrantes e refugiados que seguem para a Europa, muitos deles em fuga da guerra. O plano prevê a criação de 12.000 vagas para receber demandantes de asilo.

O presidente Emmanuel Macron declarou recentemente que até o final do ano não deseja ver mais ninguém nas ruas e exigiu a criação de centros de emergência para "acolher dignamente a todos".

Um centro de recepção abriu as portas na zona norte de Paris em novembro de 2016 para evitar a criação na capital francesa de acampamentos precários e insalubres. Mas rapidamente não conseguiu atender a demanda.

O presidente da França, Emmanuel Macron, comemorou nesta quinta-feira (3) a notícia da transferência do brasileiro Neymar do Barcelona para o Paris Saint-Germain (PSG).

Durante uma visita na capital, Macron foi questionado sobre a negociação e disse que essa era "uma boa notícia" porque mostra a "atratividade" da França no mundo.

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O chefe do Estado-Maior do Exército francês, Pierre de Villiers, anunciou sua renúncia ao cargo nesta quarta-feira (19), devido a uma sequência de atritos com o presidente Emmanuel Macron após críticas feitas pelo militar. "Nas circustâncias atuais, considera não estar mais em condições de assegurar a perenidade do modelo de Exércitos, em que acredito, para garantir a proteção da França e dos franceses, hoje e amanhã, e apoiar as ambições do nosso país", escreve o general em comunicado.

Após a eleição de Macron, as Forças Armadas da França sofreu um corte no orçamento deste ano no valor de 850 milhões de euros em um contexto geral de reduções para 2017.

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Por sua vez, Villiers fez duras críticas à decisão. "Sempre velei, desde a minha nomeação, por manter um modelo de Exército que garanta a coerência entre as ameaças que pesam sobre França e Europa, as missões do nosso Exército que não param de aumentar e os meios orçamentários necessários para cumprir com eles", acrescentou.

"Assumi minha responsabilidade, apresentando, neste dia, minha renúncia ao presidente da República, que a aceitou", finalizou o comunicado do general, que ocupou o cargo por três anos e meio.

A renuncia ao cargo do Exército da França acontece pela primeira vez desde 1958. Durante o Conselho de Ministros, em Paris, foi decidido que o o substituto de Villiers será o general Francois Lecointre.

Os Estados Unidos e a França pretendem trabalhar juntos contra o terrorismo e pela estabilização da situação da situação no mundo árabe. Ao menos esta é a intenção dos líderes dos países, Donald Trump e Emmanuel Macron, que se encontraram nesta quinta-feira em Paris.

Em clima amigável, Trump e Macron - que de certa forma representam, cada um a seu modo, as mudanças políticas no mundo atual - falaram em trabalhar diplomaticamente em conjunto para resolver os problemas políticos na Líbia, no Iraque e na Síria.

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"Vivemos em um mundo complexo e temos de nos respeitar", afirmou o presidente americano, que rasgou elogios a Macron e aos franceses durante coletiva de imprensa. "A França foi o primeiro aliado dos Estados Unidos. Como nações livres e democráticas, não há nada que não podemos fazer juntos", disse.

Trump falou ainda luta contra "inimigos da humanidade", citando nominalmente a Síria, o Irã e a Coreia do Norte.

Ainda sobre a Ásia, o presidente americano elogiou seu homólogo da China, Xi Jinping, e falou que deseja trabalhar em acordos comerciais com ele, bem como pela paz na região.

Menos explícito, Macron disse respeitar a saída dos Estados Unidos do acordo do clima de Paris, ainda que não concorde.

Ainda sobre a Rússia, foi a vez de Macron estender elogios as mãos ao Kremlin. Ele disse que as relações do Ocidente com o país precisam ser mais "imediatistas" e que juntos eles têm de trabalhar pela estabilidade da Síria.

Doméstico

Mas não foi de política internacional que se tratou a coletiva de imprensa. Pressionado novamente sobre a suposta relação do filho mais velho, o empresário Donald Trump Jr., com uma advogada russa, o presidente voltou a defendê-lo.

Ontem à noite, em entrevista à agência Reuters, o republicano não culpou o filho por ter realizado a reunião e disse que "muitas pessoas teriam realizado esse encontro".

A fala ocorre dois dias depois de o filho dele divulgar os e-mails de conversas com o publicitário Rod Goldstone, que intermediou a conversa com a advogada russa Natalia Veselnitskaya em junho do ano passado. Eles teriam negociado informações contra a então candidata democrata à Casa Branca, a ex-senadora Hillary Clinton.

Em referência ao novo diretor da Agência Federal de Investigação (FBI, na sigla em inglês), Christopher Wray, Trump disse acreditar que os Estados Unidos terão "um grande funcionário" a seus serviços.

O presidente francês, Emmanuel Macron, convocou líderes do Islã na França a combater "pregadores de ódio" e a "anulação identitária", nesta terça-feira (20).

Macron acompanhou o fim do jejum do ramadã ao lado de representantes da comunica de muçulmana, em evento organizado pelo Conselho Francês do Culto Muçulmano (CFCM).

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O mandatário agradeceu aos responsáveis muçulmanos por terem condenado os atentados que deixaram 239 mortos na França em 2015. "O CFCM nunca falhou: sempre soube dizer as palavras certas, sem negar" a realidade, disse Macron.

Contudo, completou o presidente, o governo francês e as autoridades muçulmanas "têm batalhas em comum para lutar".

"Nossa luta obstinada contra o Estado Islâmico (EI) deve cercar com determinação aqueles que querem transformar seus locais de culto em lugares de discurso de ódio ou até mesmo incitação à violência", disse o presidente.

"Seu papel também é combater em cada palmo no terreno teológico e religioso, desmascarar sempre que for necessário a usurpação dos seus valores, a captação da história da sua religião, a negação dos 15 séculos de trabalho de interpretação realizados por nossos cientistas", afirmou.

"É preciso seguir com essa luta do pensamento e da fé, especialmente diante das gerações mais jovens", opinou.

Emmanuel Macron ainda convocou uma "segunda batalha", contra "uma prática do islã que organiza a segregação no seio da república: é preciso estar atentos contra tudo que conduz a formas de anulação identitária".

A "terceira batalha", pontuou Macron, é a formação dos ímãs, autoridades religiosas do islã, que devem ser formados "em território francês e de forma adequada aos valores da república".

O presidente francês, Emmanuel Macron, lançou nesta terça-feira (23) a delicada reforma do código trabalhista, o primeiro grande projeto de seu mandato, com reuniões com os sindicatos e organizações patronais.

O chefe de Estado quer aliviar as leis trabalhistas por meio de um procedimento acelerado de ordenanças que permite dispensar os longos debates parlamentares.

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O desemprego é grande na França há vários anos e, embora tenha diminuído, ainda atinge 9,6% da força de trabalho.

Esta ambição de Emmanuel Macron que encanta o patronato, preocupa os sindicatos de trabalhadores que se mobilizaram em massa em 2016 contra uma flexibilização das normas trabalhistas, sob a presidência do socialista François Hollande.

Macron recebeu na parte da manhã os líderes dos três principais sindicatos, CFDT, CGT e Force Ouvrière, e, em seguida, reuniu-se com Pierre Gattaz, chefe da principal organização patronal, Medef.

"A reforma do mercado de trabalho, é uma questão central na França atualmente. Vamos fazê-la de forma transparente, em consultas, mas rapidamente", clamou Gattaz.

Os sindicatos, por outro lado, temem que uma reforma acelerada ignore o diálogo social.

Para Laurent Berger, secretário-geral da CFDT, um sindicato reformista, "uma reforma precoce do código do trabalho seria contra-produtiva" e "se Emmanuel Macron quiser passá-la à força, não vai funcionar".

- 'Bloquear a França' -

As propostas devem retomar as promessas do candidato Macron, cujo objetivo principal é liberalizar a atividade empresarial.

Trata-se de privilegiar o nível da empresa, ao invés do mais restritivo que são os ramos de atividades, para decidir a maioria das leis trabalhistas, uma filosofia que reforçaria, segundo os críticos, o "dumping social" entre as empresas.

A intenção também é limitar a remuneração recebida pelos empregados dispensados por justa causa, uma medida ardentemente desejada pelos empregadores, mas rejeitada pelos sindicatos.

As conversas nesta terça-feira não vão abordar um calendário ou o conteúdo da reforma, que será discutido com o primeiro-ministro e o ministro do Trabalho, segundo a equipe do presidente.

Macron pretende manter-se firme sobre a questão das ordenações. "Sua agenda social e sua convicções foram amplamente expressas durante a campanha, e os franceses e os sindicatos sabem do que se trata", ressaltou a presidência.

O porta-voz do governo, Christophe Castaner, já advertiu os sindicatos contra qualquer tentativa de "bloquear a França", enquanto a memória do conflito social interminável em torno da lei defendida pelo governo socialista permanece viva.

Esta reforma, conhecida como "El Khomri", nome do ministro do Trabalho da época, deu origem a seis meses de contestação pontuada por 13 dias de greves e manifestações, muitas vezes violentas.

O papa Francisco enviou uma carta ao novo presidente da França, Emmanuel Macron, pedindo que seu governo seja fiel "às tradições morais e cristãs", mas também "respeite as diferenças" e "proteja os excluídos".

"Que a França, fielmente à rica diversidade de suas tradições morais e da sua herança espiritual marcada também pela tradição cristã, mantenha sempre a atenção para a construção de uma sociedade mais justa e fraterna no respeito das diferenças, e uma atenção especial às pessoas em situação de precariedade e exclusão", disse o líder católico.

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"Que contribua com a cooperação e solidariedade entre as nações" e "favoreça, na Europa e no mundo, a busca pela paz e pelo bem comum, o respeito pela vida e pela defesa da dignidade de cada uma", pediu o papa Francisco em um telegrama por ocasião da posse de Macron, realizada no último domingo (14). No documento, Jorge Mario Bergoglio também disse que "reza a Deus" para que Macron consiga cumprir seus compromissos como presidente.

Macron, de 39 anos, tornou-se o político mais jovem a assumir a Presidência da França. Ele venceu as eleições de 7 de maio pelo partido "Em Marcha!", com cerca de 66% dos votos, e derrotou a candidata ultranacionalista Marine Le Pen, da legenda "Frente Nacional", que defende políticas xenofóbicas e separatistas da União Europeia (UE).

O presidente da França, Emmanuel Macron, nomeou nesta segunda-feira (15) o prefeito de Le Havre, Édouard Philippe, como seu primeiro-ministro.

Philippe, 46 anos, é membro do partido conservador Os Republicanos e próximo ao ex-premier e atual prefeito de Bordeaux, Alain Juppé (1995-1997), um dos principais líderes da direita tradicional no país.

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Ele também foi filiado ao Partido Socialista (PS) nos anos 1990, mas em 2002 participou, ao lado de Juppé, da criação da União por um Movimento Popular (UMP), legenda que deu sustentação ao ex-presidente Nicolas Sarkozy (2007-2012) e mais tarde seria rebatizada como Os Republicanos.

Nas primárias da direita, no fim de 2016, atuou como porta-voz do ex-premier, derrotado por François Fillon na disputa - o candidato conservador terminaria as eleições presidenciais na terceira posição, com 20,01% dos votos.

A nomeação de Philippe é uma clara tentativa de Macron de se aproximar d'Os Republicanos, partido que pode ser essencial para o novo presidente conseguir formar uma maioria parlamentar após as eleições legislativas de 11 e 18 de junho.

Segundo as últimas pesquisas, o movimento de Macron, o centrista e liberal Em Marcha!, aparece na liderança, com pouco menos de 30% das intenções de voto. Já o partido de Philippe está empatado com a ultranacionalista Frente Nacional (FN), de Marine Le Pen, com 20%.

O PS, que também poderia ser cortejado pelo novo presidente, tem menos de 10% da preferência e deve confirmar sua derrocada no mês que vem. Além disso, Philippe já tem experiência parlamentar, ativo essencial para um chefe de Estado que nunca havia sequer disputado uma eleição.

Macron foi eleito presidente no dia 7 de maio, ao derrotar Le Pen no segundo turno da disputa pelo Palácio do Eliseu. Ele tem apenas 39 anos e é o mais jovem mandatário da história da França. Já a passagem de poder entre o atual primeiro-ministro do país, Bernard Cazeneuve, e seu sucessor deve ocorrer por volta de 16h (horário local).

No sistema semipresidencialista da França, o chefe de Estado é responsável por determinar as diretrizes da nação e lidar com questões de defesa e política externa, além de nomear um premier - que deve refletir a composição de forças no Parlamento - para cuidar do dia a dia do governo.

O novo presidente francês, Emmanuel Macron, anunciará nesta segunda-feira (15) seu primeiro-ministro. Entre os nomes cotados, estão o prefeito de Le Havre, Edouard Philippe, o ex-premier Alain Juppé, a eurodeputada Sylvie Goulard e o secretário-geral do "Em Marcha!", Richard Ferrand.

Em meio à grande expectativa para o anúncio, Macron também se prepara para voar ainda hoje para Berlim, em sua primeira viagem oficial ao exterior, já que Macron tomou posse há apenas um dia.

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Apesar de François Hollande deixar o Palácio do Eliseu sob aplausos, Macron inicou sua nova era como o chefe de Estado mais jovem da história da França e atraindo a atenção para suas propostas e reformas.

Na Alemanha, Macron se reunirá com a chanceler Angela Merkel, cujo partido venceu as eleições regionais realizadas no fim de semana e consideradas uma prévia para o pleito nacional em setembro. Foi a terceira vitória consecutiva do União Democrata-Cristão (CDU) em eleições regionais na Alemanha.

Emmanuel Macron assumiu neste domingo como presidente da França. Aos 39 anos, o político pretende liderar esforços para reformar a economia francesa e consolidar a força da União Europeia.

No início de uma cerimônia no Palácio do Eliseu, Macron caminhou em um tapete vermelho na direção de François Hollande, o presidente que deixa o cargo. Hollande, que ficou no poder entre 2012 e 2017, foi mentor de Macron quando este foi ministro da Economia (2014-2016). A dupla seguiu para dentro para uma reunião, onde discutiram as questões mais sensíveis do posto.

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Após 45 minutos, Macron acompanhou Hollande até um carro que o esperava, que retirou o agora ex-presidente do palácio. Macron então prosseguiu para a cerimônia do outro lado do palácio, onde os resultados da eleição da semana passada foram lidos e ele se tornou oficialmente presidente.

"O mundo e a Europa precisam hoje da França mais do que nunca", afirmou Macron em seu discurso logo após a posse. "Eles precisam de uma França forte e com certeza de seu destino", argumentou.

A cerimônia neste domingo consolida a ascensão de Macron, que conseguiu um resultado notável em sua missão de realinhar a ordem política da França. Trabalhando como um banqueiro de investimentos há apenas cinco anos, ele chegou ao poder alijando os principais partidos políticos do país, que há décadas abrigavam os líderes da França.

Macron decidiu formar seu próprio partido, o En Marche (Em Marcha), 13 meses atrás. Agora o partido apresenta centenas de candidatos para a próxima eleição legislativas de junho, metade dos quais caras novas na políticas.

Há uma semana, Macron ganhou com folga a eleição presidencial contra Marine Le Pen, nacionalista de extrema-direita que ameaçava tirar a França da UE e fechar suas fronteiras. O candidato se apresentou como um forte defensor do bloco e um centrista amigo dos negócios, com a intenção de defender a fortemente regulada economia francesa.

A primeira decisão de Macron é voltada para fortalecer a relação com a Alemanha, principal aliado de Paris. O novo presidente deve voar a Berlim nesta segunda-feira para se reunir com a chanceler da Alemanha, Angela Merkel.

Sob um forte esquema de segurança, após ataques terroristas nos últimos anos, o carro de Macron deixou seu apartamento na manhã de domingo e seguiu pelas margens do rio Sena até o palácio. Macron recebe também hoje os códigos nucleares franceses e será informado sobre as medidas de contraterrorismo em vigor no país.

A França permanece em estado de emergência, decretado pouco após ataques terroristas em novembro de 2015. O estado de emergência permite que as forças de segurança monitorem pessoas consideradas uma ameaça à segurança e possam decretar prisão domiciliar deles, além de realizar buscas sem autorização judicial e tomar outras medidas proibidas pelas Constituição francesa sob circunstâncias normais. Fonte: Dow Jones Newswires.

O presidente eleito da França, Emmmanuel Macron, conversou na última quinta-feira por telefone com o presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI), Thomas Bach, e reafirmou seu total apoio à candidatura de Paris para sede da Olimpíada de 2024.

Segundo comunicado emitido nesta sexta pelo movimento En Marche!, ligado ao partido de Macron, Bach elogiou a "grande qualidade" da candidatura da capital francesa, enquanto o recém-eleito presidente teria reforçado seu apoio exaltando que os Jogos Olímpicos trariam benefícios para todos os franceses.

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Na corrida contra Los Angeles, nos Estados Unidos, Paris recebe a partir deste sábado a visita de inspetores do COI, que vão avaliar a candidatura da cidade, conhecer as sedes propostas e se reunir com lideranças locais. O mesmo procedimento foi realizado nesta semana em Los Angeles.

Macron, que toma posse como presidente francês no próximo domingo, deve se reunir com os representantes do COI durante os trabalhos de avaliação na cidade. Ainda não há, porém, nenhuma confirmação de agenda para este fim de semana.

Na última quarta-feira, um dos líderes da candidatura de Paris, Tony Estanguet, disse que a eleição de Macron fortalece a possibilidade de que a capital seja escolhida pelo COI. "Ele é o líder que precisávamos para personificar o compromisso do Estado", exaltou Estanguet.

A decisão do COI sobre a sede da Olimpíada de 2024 será conhecida em setembro deste ano. A disputa também envolvia Roma, Hamburgo e Budapeste, que abandonaram o processo de candidatura por causa dos altos custos que demandam o grande evento e após a realização de referendos com a população das cidades.

O recém-eleito presidente da França, Emmanuel Macron, será recebido na próxima segunda-feira (15) pela chanceler alemã, Angela Merkel, em Berlim. Esta será a primeira viagem oficial ao exterior do líder do "Em Marcha!", que venceu as eleições francesas do último domingo (7).

O encontro entre Marcon e Merkel foi confrmado pelo porta-voz do governo alemão, Steffen Seibert, em coletiva de imprensa. 

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A probabilidade de Macron escolher a Alemanha como destino de sua primeira viagem ao exterior já vinha sendo especulada pela imprensa europeia. Merkel telefonou para Macron logo após a confirmação de sua vitória nas eleições. "Ela está muito contente com a eleição de Macron, que leva esperança a milhões de franceses, e também a milhões de pessoas na Alemanha e na Europa", comentou Seibert.

Macron venceu o segundo turno das eleições francesas com cerca de 66% dos votos, derrotando a candidata ultranacionalista Marine Le Pen, do partido "Frente Nacional" (FN). 

O recém-eleito presidente da França, Emmanuel Macron, tomará posse no próximo domingo (14), anunciou nesta segunda-feira (8) o Palácio do Eliseu. Com isso, o líder do partido "Em Marcha!", que venceu nesse domingo (7) as eleições presidenciais, terá apenas uma semana para formar seu gabinete e realizar a transição política.

Nesta manhã, Macron já compareceu a um evento no Arco do Triunfo, em Paris, ao lado do atual presidente, François Hollande, para celebrar os 72 anos do fim da Segunda Guerra Mundial. A participação de Macron ocorreu a convite de Hollande, que tenta demonstrar continuidade e proximidade ao novo governo, já que o recém-eleito presidente fora seu secretário-adjunto e seu ministro da Economia antes de se afastar em 2016 e formar seu próprio partido político.

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Fontes próximas a Macron também disseram que ele irá a Berlim, na Alemanha, em sua primeira viagem oficial ao exterior. A informação foi divulgada pela rede CNews, citando a eurodeputada Sylvie Goulard, amiga do líder do "Em Marcha!". Ontem à noite, logo após a confirmação de sua vitória nas eleições, Macron rcebeu um telefonema da chanceler alemã, Angela Merkel. "Merkel está muito contente com a eleição de Macron, que leva esperança a milhões de franceses, e também a milhões de pessoas na Alemanha e na Europa", comentou o porta-voz da chanceler, Steffen Seibert. "Ele conduziu uma campanha pela Europa, pela abertura ao mundo, e não pelo isolamento", ressaltou.

Macron venceu o segundo turno das eleições francesas com cerca de 66% dos votos, derrotando a candidata ultranacionalista Marine Le Pen, do partido "Frente Nacional" (FN), que defende a saída da França da União Europeia e medidas de restrição à imigração. 

Com a "Ode à Alegria" de Beethoven ao fundo, Emmanuel Macron foi recebido por milhares de franceses, que gritavam seu nome em frente à pirâmide do museu do Louvre, em Paris, onde ele jurou servir à França com amor.

A pirâmide de vidro e alumínio na esplanada do mítico museu parisiense foi iluminada por luzes douradas quando o presidente eleito, de 39 anos, chegou ao cenário previsto para a ocasião.

"Esta noite a França venceu", clamou, entre aplausos e gritos de alegria ao centrista pró-UE, que se tornará o presidente mais jovem da França, depois de ter derrotado no domingo, com mais de 65% dos votos, a candidata ultradireitista Marine Le Pen no segundo turno das presidenciais.

"Todo mundo nos disse que era impossível, mas não conhecem a França", acrescentou com a pirâmide ao fundo este jovem que até três anos atrás era um total desconhecido, antes de jurar ao país: "Vou te servir com amor".

Pouco depois, sua esposa, Brigitte, uma elegante loira de olhos azuis 24 anos mais velha, uniu-se a ele no estrado, sem conseguir conter as lágrimas. Ambos, junto aos filhos e netos dela, aos quais considera seus, cantaram a Marselhesa.

"É um símbolo de esperança. É como Obama oito anos atrás. É a juventude, a oportunidade. Vejam sua equipe, tem gente de todos os horizontes", disse, exultante, Jean-Luc Songtia, um taxista de 36 anos.

Apesar da queda da noite e da temperatura, centenas de pessoas continuavam chegando à Esplanada do mítico museu, no coração de Paris, para ver em carne e osso seu presidente. Segundo a equipe de Macron, 40.000 pessoas estavam no lugar.

Os "helpers", voluntários da equipe do presidente eleito, distribuíam entre a multidão, a sua maioria na casa dos 20 anos, bandeiras nas cores nacionais (branca, azul e vermelha), e camisetas com o nome do movimento "nem de esquerda, nem de direita" de Macron, o Em Marcha!

Em pleno estado de emergência, as medidas de segurança para entrar na esplanada foram excepcionais. Um falso alerta teria obrigado, horas antes, a evacuação do local, onde estavam credenciados 1.800 jornalistas. Uma festa de rua improvisada perto do Louvre, onde se ouvia música ao vivo, continuava animando centenas de pessoas passada a meia-noite.

A avenida Champs Elysées, a mais famosa do mundo, também virou uma festa com a divulgação dos resultados. Motoristas faziam buzinaços, agitavam bandeiras nacionais e imortalizavam o momento com selfies.

"Simplesmente a aniquilou", disse, entusiasmado, Abdel Ukil, de 31 anos. "Estava certo de que não superaria 40%" dos votos, acrescentou, em alusão a Le Pen, que em Paris conquistou apenas 10% do eleitorado com seu programa anti-imigração e antieuropeu.

Seu resultado "mostra que a Frente Nacional, embora com uma nova chapa, não pode vencer na França", comemorou Johanna, uma jurista de 32 anos, que junto com seu marido e seus dois filhos pequenos se reuniram em frente ao quartel-general de Macron.

A alta taxa de abstenção, a mais elevada na França desde 1969, preocupa alguns dos partidários do novo presidente. "O povo não se sente representado, se sente esquecido", avaliou Sylvie Semet, de 58 anos. "Macron terá que trabalhar duro", concluiu.

Eles sabiam há meses que eram alvos de hackers e acreditavam ter tomado todas as precauções. No entanto, os especialistas digitais do candidato centrista à presidência francesa Emmanuel Macron não puderam evitar a pirataria em massa de algumas de suas contas.

Na sexta-feira à noite, uma hora antes do final oficial da campanha presidencial, milhares de documentos internos do movimento Em Marcha! (e-mails, documentos contábeis, citações, faturas) apareceram nas redes sociais e se espalharam na velocidade da luz.

"Foi simplesmente incrível o que vimos", comentou o pesquisador belga Nicolas Vanderbiest, especialista em boatos na internet, que transmite em suas contas no Twitter cartografias detalhadas do "Macronleaks", enquanto o ex-ministro da Economia é apontado como grande favorito nas pesquisas contra a candidata da extrema-direita Marine Le Pen.

Esta "operação de desestabilização, de hacking maciço e coordenado" - nas palavras do movimento Em Marcha! - era contra o que Mounir Mahjoubi, responsável pelo setor digital da campanha de Emmanuel Macron, e sua equipe tentavam se proteger desde o anúncio da candidatura do ex-banqueiro para presidente.

"Ninguém leva isso na brincadeira", assegurou em fevereiro à AFP Mahjoubi, de 32 anos, ex-presidente do Conselho Nacional Digital, um comitê consultivo independente: para a sua terceira campanha, depois daquela da socialista Ségolène Royal em 2007 e de François Hollande em 2012, "esta foi a primeira vez que, em todos os níveis, todos tomaram consciência de que deveríamos nos proteger e aplicar melhor as regras".

A equipe de campanha de Emmanuel Macron, que dispõe de meios equivalentes aos de um pequeno negócio e não aos de uma grande empresa, estabeleceu servidores protegidos por softwares de filtragem sofisticada, defendeu o uso de aplicativos de mensagens e redes criptografadas, autenticação dupla ou tripla para acesso a serviços de e-mail, vários silos de bases de dados isolados como fortalezas e uso de senhas complexas trocadas regularmente.

Mas os hackers experientes, cuja ofensiva pode levar semanas ou meses, muitas vezes acabam por encontrar uma brecha de entrada.

- 'en-nnarche.com' -

"Neste tipo de organização, a verdadeira potencial falha, é humana", assegurou recentemente à AFP o chefe dos serviços de informática do Em Marcha!, que pediu para permanecer anônimo. Porque os procedimentos de segurança podem ser longos e tediosos, e alguns podem ser tentados a ignorá-los usando serviços de e-mail pessoais mal protegidos.

Em 25 de abril, um relatório da empresa japonesa de cibersegurança Trend Micro atribuiu ao grupo russo Pawn Storm, também conhecido pelos nomes de Fancy Bears, Tsar Team e APT28, uma tentativa de phishing em grande escala contra a campanha de Macron. Este relatório confirmou a "intuição" de equipe de Mounir Mahjoubi.

O grupo russo, suspeito de laços estreitos com os serviços de segurança russos, também é acusado de ter visado durante a recente campanha presidencial americana o Partido Democrata da candidata Hillary Clinton.

Neste tipo de ataque, que não necessita de meios sofisticados, os hackers podem explorar falhas de segurança nos softwares utilizados, que podem ser abertos, por exemplo, durante uma atualização, ou criar "sites espelhos" do tipo "en-nnarche.com", esperando que alguém em uma leitura rápida confunda "nn" e "m" e caia na armadilha, revelando os códigos de acesso.

O princípio de phishing, um clássico no arsenal dos hackers, é enviar um grande número de e-mails falsos, muitas vezes contendo anexos infectados, esperando na outra extremidade que um internauta distraído clique sobre eles, criando uma brecha no sistema.

Apesar de ter reagido rapidamente à pirataria e assegurado que "tomaria todas as iniciativas necessárias junto aos atores públicos e privados para esclarecer esta operação sem precedentes em uma campanha eleitoral francesa", o movimento de Emmanuel Macron não parecia particularmente preocupado com o conteúdo dos documentos publicados e o dano que a sua divulgação poderia causar.

"Fomos informados ontem à noite", confidenciou neste sábado de manhã à AFP Bazira Khiari, delegada nacional do "Em Marcha!". "Pediram apenas que mudássemos os nossos códigos de acesso".

A Procuradoria de Paris abriu uma investigação contra candidata da Frente Nacional à Presidência, Marine Le Pen, após denúncia apresentada por seu rival na disputa eleitoral, Emmanuel Macron.

O caso remete-se ao debate entre os dois na noite desta quarta-feira (3), quando Le Pen insinuou que Macron teria uma conta secreta ou uma offshore nas Bahamas. De acordo com a denúncia, a candidata "usou uma notícia falsa" para "orientar os votos presidenciais".

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O movimento conservador francês contrário ao casamento homossexual pediu nesta quarta-feira (26) que não se vote no centrista Emmanuel Macron, que disputará o segundo turno das presidenciais, em 7 de maio, contra a candidata da extrema-direita, Marine Le pen.

Segundo a organização "La Manif pour tous", próxima do movimento Sens Commun (Senso Comum), que apoiou François Fillon, o candidato conservador derrotado no primeiro turno, Macron "é um candidato abertamente anti-família".

O centrista "prepara uma política anti-família". "Pelas famílias, pelas crianças, pelo futuro, diremos 'não' a Macron em 7 de maio", afirma em um comunicado a presidente do movimento, Ludovine de la Rochère, sem dar maiores informações.

"Emmanuel Macron quer continuar o quinquênio que termina e prolongar a transformação da civilização. Candidato abertamente anti-família, para ele, o dinheiro está acima do humano", denuncia.

"Rejeitamos essa transformação de civilização que acarreta novas injustiças e desigualdades para as mulheres e as crianças. Com base nestes temas fundamentais, que correspondem ao bem comum, finalidade própria da política, convidamos que cada qual decida seu voto".

No domingo, o Sens Commun se negou a escolher entre o candidato de centro e sua adversária da extrema-direita, Marine Le Pen, os dois classificados para o segundo turno eleitoral. François Fillon, que ficou em terceiro, anunciou que votará em Emmanuel Macron.

A "Manif pour tous" se opôs em vão à lei sobre o casamento gay, adotada em 2013, mobilizando dezenas de milhares de pessoas nas ruas.

Este movimento denuncia, ainda, a procriação assistida para pessoas do mesmo sexo, a regularização dos filhos nascidos no exterior de barrigas de aluguel e uma política fiscal que, segundo eles, penaliza as famílias.

A poucas horas do início da votação, o resultado do primeiro turno das eleições presidenciais na França ainda é totalmente incerto. No entanto, teme-se que a possível vitória de candidatos antissistema possa influenciar diretamente a vida de milhares de imigrantes, incluindo brasileiros que moram no país europeu.

Em um ano recorde de candidaturas, os eleitores deverão escolher entre 11 postulantes - um a mais do que em 2012. Contudo, há quatro favoritos que atualmente lideram as intenções de voto: a líder da ultranacionalista Frente Nacional, Marine Le Pen; o representante da direita, François Fillon; o candidato centrista do movimento Em Marcha!, Emmanuel Macron; e Jean-Luc Mélenchon, da esquerda radical.

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Uma das principais promessas de campanha de Le Pen é o combate à imigração, retomando o controle das fronteiras do país. Recentemente, ela prometeu, caso seja eleita, suspender toda a imigração ilegal e impor limites à legal, a fim de conter "uma situação louca e descontrolada". Além disso, a candidata da extrema direita ainda quer aumentar os impostos sobre empresas que contratem trabalhadores estrangeiros.

"Teremos atitudes mais severas do governo francês. Os quatro principais candidatos já se pronunciaram com preocupação em relação aos ataques terroristas provocados por estrangeiros, mas que não têm ligação com brasileiros", explicou à ANSA Clayton Lopes Pegoraro, professor de direito internacional da Universidade Mackenzie.

Segundo ele, em curto prazo, o resultado das eleições "não deve provocar nenhuma mudança referente ao processo e ao tratamento de brasileiros"."O brasileiro, de modo geral, não encontra grandes problemas no exterior para entrada, saída e permanência por causa da própria relação diplomática entre os países", acrescentou.

Independentemente de qual candidato vencer, a mudança no conjunto de regras migratórias da França dependerá da situação econômica do país nos próximos anos, o que poderá resultar em uma redução da mão de obra pesada, que emprega majoritariamente imigrantes.

"As obras em que a gente trabalha têm umas 300 pessoas: dois chefes são franceses, e os outros são todos imigrantes. Essa mulher [Marine Le Pen] não é a favor da imigração legal nem ilegal. Mas, e aí, como vamos fazer? Todos teremos de sair daqui? Francês não trabalha pesado", disse à ANSA o brasileiro Adalberto da Silva Lopes, que mora há 10 anos no país e é responsável por retirar amianto de construções.

Para ele, se os franceses elegerem um candidato com ideologias contra o sistema, haverá grandes problemas para todos que tentam ingressar na nação europeia. "Temos que esperar o resultado porque a gente não pode sofrer antes", acrescentou.

"Nos anos em que estou aqui, o melhor presidente que eu já vi foi o Sarkozy [2007-2012]. Ele diminuiu os impostos, porque aqui o valor é muito alto, mas a vantagem é que a gente paga e vê refletido na saúde, educação, transporte, em avenidas", ressaltou o operário.

Mesmo não havendo dados oficiais precisos sobre o número de imigrantes que moram na França, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) estima que há mais de 28,5 mil brasileiros vivendo no país europeu.

De acordo com o consulado do Brasil em Paris, ainda há um grande número de cidadãos com dupla cidadania, que não aparecem nos registros franceses como estrangeiros. Em entrevista à ANSA, a estudante brasileira Shirley Paiva disse que "não gostava muito de política". "Não acompanhava no Brasil, mas aqui acaba sendo diferente porque não é nosso país", ressaltou ela, que está em Paris há quase um ano e "tem medo do que pode acontecer com os imigrantes brasileiros" caso Le Pen seja eleita.

"Eu fico um pouco apreensiva porque a gente nunca sabe o que pode acontecer. Você sai do Brasil para tentar uma vida melhor, e quando chega a época das eleições aqui dá um pouco de receio.

Nem todos os candidatos são a favor de imigrantes", reforçou a assistente comercial Elizabeth Roche, que mora em Toulouse há cinco anos.

Para o professor Pegoraro, os candidatos de centro seriam os mais adequados, "pelo momento que a França vive e para a manutenção das relações internacionais que o país sempre buscou preservar". Mas a vitória da extrema direita não é vista por ele como prejudicial. "Atualmente, é difícil um país cortar relações com outros. Direita, esquerda, centro, como for. Se fechar o país, todos perdem", finalizou. 

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