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Por um lado, desmatamento, enchentes, seca histórica, incêndios, degradação dos biomas, ameaças aos territórios de povos tradicionais e alertas de cientistas sobre a emergência climática. Por outro, acordos entre países para reduzir a emissão de gases de efeito estufa, mais consciência e boas práticas entre as empresas e vozes ativas na sociedade civil mostrando a necessidade de mudanças profundas no modelo de desenvolvimento. O ano de 2021 termina com grandes desafios no campo ambiental para o Brasil e o mundo.

Especialistas projetam um 2022 com obstáculos consideráveis, mas também com uma pitada de esperança para o Brasil, diante das eleições e de perspectivas de avanços em assuntos relevantes para a sustentabilidade do planeta. “Foi um ano muito difícil para o meio ambiente e a biodiversidade brasileira, com grande expansão do desmatamento, especialmente na Amazônia, muita queimada no Cerrado, muita grilagem de terras públicas com retirada ilegal de madeira e ouro. Em Brasília, as bancadas do governo e dos lobbies do atraso aprovaram no Congresso Nacional vários projetos de lei contrários ao meio ambiente, sem levar em conta o agravamento da crise hídrica e do aquecimento global. Graças ao Poder Judiciário, que tem atuado à luz da Constituição Federal, o estrago não foi maior”, analisa Braulio Dias, membro da Rede de Especialistas em Conservação da Natureza (RECN) e professor da Universidade de Brasília (UnB). Ele e outros especialistas fizeram um balanço dos eventos mais marcantes da área ambiental em 2021 e traçaram algumas perspectivas para 2022.

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Veja a seguir:   

Desmatamento na Amazônia 

O ano foi marcado pela divulgação de novos recordes de desmatamento na Amazônia. De acordo com os dados mais recentes divulgados pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), a taxa de desmatamento na Amazônia Legal Brasileira teve aumento de 21,97% em um ano. No período da análise consolidada, que vai de agosto de 2020 a julho de 2021, a área desmatada foi de 13.235 quilômetros quadrados, a maior taxa registrada nos últimos 15 anos. O Governo Federal, que vem sofrendo forte pressão interna e externa para proteger a Amazônia, assumiu compromisso de zerar o desmatamento ilegal até 2028, mas foi fortemente criticado por atrasar a divulgação das informações do Inpe de forma proposital antes da COP26. “Neste tema da Amazônia, a credibilidade internacional do Brasil continuou a despencar em 2021. A decisão do governo de esconder os dados de desmatamento durante a COP26 foi a gota d’água”, frisa Braulio Dias.   

Natureza e terras indígenas ameaçadas 

Especialistas e pesquisadores identificaram diversos projetos de lei, decretos e Propostas de Emendas à Constituição (PEC) danosos ao meio ambiente ao longo do ano. Muitas dessas medidas avançaram e foram aprovadas no Congresso Nacional com rapidez inédita. Dentre os retrocessos estão a PEC 191/2020, que prevê a abertura de terras indígenas para mineração, hidrelétricas e agronegócio; as “leis de grilagem” (PL 2633/2020 e PLS 510/2021); e a “lei geral de licenciamento ambiental” (PL 3729/2004).

“Há também as invasões de garimpeiros em terras indígenas, especialmente nas áreas Yanomami e Munduruku, com grandes consequências ambientais, além de humanas. As recentes liberações para a mineração sinalizam aberturas maiores”, pontua Philip Fearnside, também membro da RECN e do Instituto de Pesquisas da Amazônia (Inpa). O pesquisador também menciona o avanço da aprovação da pavimentação da BR-319, entre Manaus (AM) e Porto Velho (RO). “É um dos eventos com maiores impactos no futuro na Amazônia”, salienta Fearnside.   

Margens de rios em risco, população insegura 

O Congresso Nacional aprovou em dezembro um projeto de lei que transfere da União para os municípios a competência para definir as regras de proteção às margens de rios, lagos, lagoas e demais cursos d’água de cidades brasileiras. O texto altera o Código Florestal e pode permitir a realização de intervenções e obras, além de facilitar a regularização de construções irregulares em Áreas de Preservação Permanente (APP). “Essas áreas devem ser conservadas, pois contribuem para a proteção da biodiversidade, ajudam a regular o microclima, protegem recursos hídricos e também oferecem bem-estar para as populações. Não faz sentido flexibilizar a legislação, gerando incertezas sobre as APPs e colocando a população em risco”, alerta André Ferretti, membro da RECN e gerente de Economia da Biodiversidade da Fundação Grupo Boticário.   

Seca histórica no Brasil 

O Brasil iniciou o período de seca na região Centro-Sul, em maio, com o menor volume de chuvas registrado nos reservatórios em 91 anos. A escassez ligou um alerta geral nas autoridades sobre os riscos de um novo “apagão” no Brasil, exigindo medidas “excepcionais” para garantir o fornecimento de energia elétrica, sobretudo com o aumento do uso das usinas termelétricas.

De acordo com o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), os reservatórios de hidrelétricas do Sudeste e Centro-Oeste, que representam 70% da capacidade de armazenamento do País, finalizaram o mês de abril com nível médio de armazenamento de 34,7%. As chuvas nos reservatórios que asseguram o abastecimento de água nas metrópoles também tiveram menor intensidade no verão passado. No Sistema Cantareira, por exemplo, que abastece municípios da Grande São Paulo, o volume de chuvas no primeiro trimestre do ano foi o mais baixo desde o final da grave crise hídrica de 2016, que obrigou a região a utilizar o “volume morto” dos reservatórios. 

  Alerta vermelho sobre o aquecimento global 

Em agosto, o Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) das Nações Unidas publicou seu aguardado relatório, apontando a “inequívoca” responsabilidade humana no aquecimento do planeta. Considerado o mais contundente estudo sobre o tema em três décadas, o trabalho dos cientistas demonstra que as atividades humanas são responsáveis por 98%, ou seja 1,07oC do total de 1,09oC que o planeta já aqueceu desde a Revolução Industrial. O IPCC também explica que o limite estabelecido no Acordo de Paris – 1,5oC de aquecimento em relação à era pré-industrial –, provavelmente será excedido nos próximos 20 anos. Somente uma redução drástica nas emissões de gases de efeito estufa poderá fazer a temperatura média da Terra se manter dentro da meta até o final do século.   

Fenômenos climáticos extremos pelo mundo

  Em junho, mais de 200 pessoas, a maioria idosas, tiveram morte súbita no Canadá por causa de uma onda de calor com temperaturas que chegaram a 50 graus Celsius. Mais de 170 mortes e prejuízos de cerca de 2 bilhões de euros foram provocados por enchentes no Oeste da Alemanha, em julho. No mês seguinte, o calor intenso provocou incêndios florestais devastadores no Mediterrâneo, atingindo regiões da Turquia e, principalmente, Itália e Grécia. Enchentes históricas foram registradas na China em julho e outubro, gerando destruição, deixando milhares de pessoas desabrigadas e provocando mais de 300 mortes, além dos prejuízos materiais. No Brasil, mais de 50 cidades baianas decretaram situação de emergência em dezembro por causa de fortes chuvas, que provocaram a morte de 10 pessoas, deixaram centenas de feridos, mais de 6 mil desabrigados. No mesmo período, no Norte de Minas Gerais, as enchentes foram responsáveis por cinco mortes e cerca de 2 mil desabrigados. “A realidade confirma o que a ciência vem dizendo há muito tempo: os fenômenos estão ocorrendo com mais frequência, mais intensidade e, por vezes, fora de um período esperado. No caso dos tornados no Brasil, o mais assustador é que percorreram áreas muito maiores que o comum, chegando a 350 quilômetros de extensão”, salienta Carlos Rittl, também membro da RECN, especialista em políticas públicas da Rainforest Foundation da Noruega e ex-secretário executivo do Observatório do Clima. 

  COP 26 - A aguardada Conferência do Clima da ONU 

Sem condições de ser realizada em 2020 por causa da pandemia, a 26ª Conferência do Clima das Nações Unidas (COP26) ocorreu em Glasgow, na Escócia, em novembro. Cercada de grande expectativa, a reunião teve importantes anúncios de metas voluntárias dos países para “descarbonizar” a economia, mas também decepções.

O Brasil comprometeu-se a zerar o desmatamento ilegal até 2028 e assinou acordo, junto com outros 100 países, para reduzir em 30% a emissão do gás metano até 2030. Muitas definições, no entanto, serão tratadas apenas na COP27, em 2022.

O Brasil contou com a segunda maior delegação na conferência de Glasgow, atrás apenas do Reino Unido. Além de autoridades, líderes empresariais e celebridades presentes, também houve destaque para a participação de movimentos sociais e lideranças indígenas. A jovem ativista brasileira Txai Suruí, de 24 anos, foi a primeira indígena a discursar na abertura de uma conferência sobre clima.    COP15 – a Conferência da biodiversidade  A primeira parte da 15ª Conferência das Partes sobre a Biodiversidade das Nações Unidas, a COP15, foi realizada de forma virtual de 11 a 15 de outubro. As negociações presenciais em Kunming, na China, serão realizadas em abril de 2022. Como principal resultado do evento, mais de 100 países assinaram a Declaração de Kunming, comprometendo-se a criar um novo pacto global para proteção da biodiversidade. A criação de um fundo internacional para conservação ambiental, com uma dotação inicial de US$ 233 milhões do governo da China, foi outro resultado do evento. 

Início da Década do Oceano 

Entre as boas notícias ambientais do ano está o início da Década da Ciência Oceânica para o Desenvolvimento Sustentável. A Organização das Nações Unidas (ONU) decidiu que entre 2021 e 2030 todos os países unam esforços para a geração e divulgação de conhecimento sobre o oceano. A Fundação Grupo Boticário de Proteção à Natureza, que é uma das instituições da sociedade civil representantes da Década do Oceano no Brasil, promoveu uma jornada de cocriação de soluções para o mar e as regiões costeiras. O Camp Oceano selecionou 19 propostas de todo o país para serem colocadas em prática a partir de 2022, totalizando R$ 3,7 milhões em apoio. Além disso, o primeiro Edital Conexão Oceano de Comunicação Ambiental ofereceu cinco bolsas para a produção de reportagens sobre a temática, que foram publicadas em veículos de comunicação de diferentes regiões do país, em variados formatos e plataformas.   

Mudança no Ministério do Meio Ambiente 

Em junho, o ministro Ricardo Salles foi exonerado do Ministério do Meio Ambiente, dando lugar a Joaquim Leite, que já ocupava uma secretaria do órgão. O ex-ministro foi alvo de operação da Polícia Federal, em maio, que resultou também no afastamento da cúpula do Ibama, por suspeita de facilitar o contrabando de madeira. A troca no comando foi recebida com um misto de alívio e baixas expectativas por ambientalistas. Salles ficou marcado por uma polêmica declaração em reunião ministerial em 2020, quando disse que a pandemia seria a oportunidade para modificar normas que seriam questionadas na Justiça, aproveitando o foco da mídia na Covid-19 para "passar a boiada" em regramentos. Com perfil mais discreto, a gestão de Leite segue a mesma linha de Salles.   

Sai Trump, entra Biden 

Na política internacional, o ano começou com uma grande novidade: a posse de Joe Biden, no dia 20 de janeiro, como presidente dos Estados Unidos. Com um discurso ambiental bem ensaiado, mencionando a crise do clima entre as suas prioridades, o novo mandatário recolocou os EUA no Acordo de Paris e apresentou a meta de reduzir em 50% as emissões do País até 2030, com um pacote trilionário de recuperação verde. Em abril, Biden promoveu uma cúpula de líderes mundiais sobre o clima em preparação para a COP26.

Ao longo do ano, no entanto, contradições internas foram aparecendo. Impasses com senadores, inclusive do Partido Democrata, sobre incentivos à retomada verde e ao pacote de estímulo à energia limpa travaram a pauta ambiental nos Estados Unidos. O ano chega ao fim com uma série de dificuldades do novo governo em relação às negociações com o Congresso.

PERSPECTIVAS PARA 2022   

Eleições no Brasil 

Com mais espaço na agenda pública, pressões e interesses conflitantes internos e externos, especialistas acreditam que a pauta ambiental deve marcar presença nas campanhas de candidatos nas eleições gerais do Brasil em 2022. Além de escolher o presidente da República e os governadores, o pleito também definirá as bancadas da Câmara dos Deputados, a renovação de um terço do Senado – 27 cadeiras – e os representantes para as Assembleias Legislativas Estaduais e Câmara Distrital, no Distrito Federal. “O ano promete ser muito difícil na área política. Resta a esperança de termos alguns bons candidatos para as eleições e termos a felicidade de poder eleger governantes e legisladores competentes e comprometidos com os interesses da sociedade brasileira”, destaca Braulio Dias.   

Olhos atentos à Amazônia 

A política ambiental para proteger a Amazônia deve seguir atraindo a atenção da opinião pública tanto no Brasil quanto no exterior. Os relatórios periódicos de órgãos que acompanham de perto o bioma e a delicada situação das terras indígenas seguirão sob o foco da imprensa e das entidades dedicadas à causa ambiental. Caso a agenda do governo seja mantida, são esperadas pressões ao Brasil vindas a partir da perda de investimentos estrangeiros, possibilidade de boicote a produtos nacionais e até sanções comerciais de outros países.   

COP27 do Clima, COP15 da Biodiversidade e Rio + 30 

Entre os grandes eventos globais do próximo ano estão a COP27 do Clima, que será realizada no Egito, em novembro, com a missão de regulamentar diversos pontos do Acordo de Paris, como o mercado de carbono e outros mecanismos de apoio financeiro a países em desenvolvimento. A segunda parte da COP15 da Biodiversidade será realizada em abril, na China, com a missão de estabelecer diretrizes globais para a proteção das espécies até 2050. Outro evento relevante será o Rio + 30 Cidades, previsto para junho, para discutir o papel das mudanças climáticas mundiais nos grandes centros urbanos.   

Fortalecimento da economia verde 

O compromisso das empresas na proteção e conservação do meio ambiente deve seguir em alta, numa crescente conscientização sobre os impactos socioambientais de negócios econômicos. Maior fôlego para um mercado global de carbono, boas práticas ambientais, sociais e de governança (ESG) valorizadas pelas corporações, fundos verdes com a adesão de investidores e o fortalecimento de negócios com impacto socioambiental positivo são alguns dos movimentos de mercado que devem trazer o meio ambiente para o centro do mundo corporativo em 2022.

*Da assessoria 

O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), defendeu a criação de um fundo emergencial para garantir recursos para os estados e municípios conseguirem reconstruir estruturas danificadas em desastres naturais, como as chuvas que atingem as regiões Nordeste, Norte e Sudeste. Lira se reuniu na manhã desta terça-feira (28) com 19 deputados baianos. 

“Muitas coisas podem ser evitadas se tivermos um programa permanente de reconstrução e de prevenção. Para isso, essa medida legislativa deve ser estudada”, disse Lira. Ele reforçou que as ações imediatas são de responsabilidade dos executivos federal, estadual e municipais e devem focar salvar vidas, acomodar, alimentar e tratar os afetados. Lira elogiou a mobilização conjunta de União, estados e municípios para atender a população. 

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Somente na Bahia, o número de pessoas afetadas pelas chuvas se aproxima de 500 mil, em especial moradores do sudoeste, sul e extremo sul do estado. Na segunda-feira (27), a Bahia contabilizava mais de 31.405 desabrigados e 31.391 desalojados, de acordo com dados enviados pelas prefeituras e divulgados pela Superintendência de Proteção e Defesa Civil (Sudec). O total de municípios afetados chega a 116, sendo que 100 deles já decretaram situação de emergência. Pelo menos 20 pessoas morreram. 

Não faltarão recursos Depois da reunião, o coordenador da bancada baiana, deputado Marcelo Nilo (PSB-BA), afirmou que Lira se comprometeu a tomar as providências para que não faltem recursos para a reconstrução das estruturas afetadas pelas chuvas.

"Precisa haver um fundo, que ficará parado e só poderá ser usado em uma catástrofe. Se já  houvesse esse fundo, pode ter certeza que seria pelo menos R$ 1 bilhão e não R$ 200 milhões”, disse, em referência à MP 1086/21, publicada nesta terça-feira (28). 

O líder do PT, deputado Reginaldo Lopes (PT-MG), participou da reunião e defendeu a necessidade de o fundo contemplar também a recuperação patrimonial das pessoas afetadas pelas catástrofes. “Se liberar FGTS, o governo estará usando a poupança do trabalhador para indenizar um desastre da natureza sobre o qual ele não tem responsabilidade. A ampla maioria da população está desempregada”, disse.  Fonte: Agência Câmara de Notícias

A bancada da Bahia se pronunciou sobre as enchentes que assolam o sudeste e o sul e extremo sul do estado. Os desabrigados e desalojados já passam de 60 mil e a estimativa é que quase 500 mil pessoas sejam afetadas.

Jaques Wagner (PT-BA) disse que, após o resgate aéreo dos que ainda estão ilhados, é preciso providenciar itens básicos como colchões, cobertores e roupas.

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O senador Otto Alencar (PSD-BA) declarou que o governo do estado tem recebido suporte da sociedade civil, igrejas e fundações. E o senador Angelo Coronel (PSD-BA) elogiou a atuação dos governos estadual e federal.   

*Da Agência Senado

Assolado por fortes chuvas e inundações que invadiram ruas e casas, municípios do Sul da Bahia têm sido motivo de união de diversos setores do país em prol do socorro à população. No futebol não poderia ser diferente. Nesta segunda-feira (27), Náutico, Santa Cruz e Sport apelaram por ajuda nas redes sociais. 

Unido, o trio de ferro de Pernambuco disponibilizou as três sedes como ponto de recolhimento de materiais que serão enviados para ajudar as vítimas das enchentes. São pedidas doações de água, alimentos e cobertores.

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No Sport, o ponto de arrecadação é o setor de almoxarifado da Ilha do Retiro, das 9h às 17h. No Arruda, o ponto é na sede social do clube das 9h às 18h, o mesmo acontece com o Náutico, nos Aflitos.

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O presidente Jair Bolsonaro (PL) disse nesta quinta-feira, 15, que os recursos em socorro a moradores de cidades atingidas por enchentes na Bahia devem ser liberados em, no máximo, cinco dias úteis.

A informação foi dada durante discurso feito em encontro com empresários na sede da Fiesp, num momento em que Bolsonaro tentou se defender de críticas recebidas pela demora no apoio às vítimas.

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"Outro dia, alguém levantou a placa Estamos há três anos sem roubar. Não é virtude, é obrigação, mas dá trabalho. Ser chefe de Executivo não é fácil, a porrada vem de todo lugar", disse Bolsonaro para, na sequência, falar da situação de regiões inundadas pelas chuvas.

A Caixa vai liberar o saque do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) por calamidade em regiões da Bahia e Minas Gerais atingidas pelas enchentes. Porém, para isso ser possível, é preciso que os municípios decretem estado de calamidade e o Ministério do Desenvolvimento Regional reconheça tal situação por meio de portaria.

Após reclamar das dificuldades de governar, Bolsonaro afirmou que o que mais o conforta é saber que não tem um comunista sentado em seu lugar no Palácio do Planalto. Numa clara referência ao ex-presidente Lula, seu adversário na busca por reeleição em 2022, a declaração arrancou alguns aplausos do público que acompanhou o discurso na Fiesp.

O presidente reafirmou, durante o evento, a sua posição contrária às medidas de isolamento adoradas por governos estaduais e prefeituras na pandemia. "Talvez eu tenha sido o único chefe de Estado a ser contra o povo ficar em casa e ver a economia depois."

O governador da Bahia, Rui Costa (PT), voltou a criticar o presidente Jair Bolsonaro (PL), agora sobre o teor da sua visita ao sul do Estado nesse domingo (12). A região tem sido atingida por fortes chuvas e enchentes, que já afetaram mais de 70 mil pessoas. O mandatário levou parte de sua comitiva e sobrevoou regiões alagadas, mas de acordo com o governo baiano, não enviou nenhuma ajuda, financeira ou de recursos humanos, para as vítimas da catástrofe climática. 

"Foi um ato político de campanha, fazendo carreata na cidade de Itamaraju e agredindo jornalistas. Infelizmente, vivemos no Brasil várias tragédias seguidas. A maior tragédia é a gestão do presidente", disse Costa, em entrevista à UOL News nesta segunda-feira (13). 

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Bolsonaro esteve na região acompanhado dos ministros do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho, da Cidadania, João Roma, e da Saúde, Marcelo Queiroga, além do General Augusto Heleno, do Gabinete de Segurança Institucional. 

Lá, o chefe do Executivo anunciou que a autorização para a liberação de parcelas do Fundo de Garantia e Tempo de Serviço (FGTS) aos municípios do norte de Minas Gerais e do sul da Bahia, que estão em estado de emergência. O liberal informou que as parcelas serão disponibilizadas em no máximo cinco dias, com valores de até R$ 6.200. Rui Costa também criticou a atitude. 

"Se não fosse trágico, era piada. FGTS pertence ao cidadão. O que ele está liberando é dinheiro do cidadão. E R$ 5 milhões para todas as cidades? É ridículo em termos de anúncio de um presidente", criticou. 

O governador da Bahia informou que a Marinha disponibilizou dois helicópteros para ajudar no envio de mantimentos e resgate de moradores. Durante o UOL News, Rui Costa também anunciou que vai abrir uma linha de crédito especial para os comerciantes afetados pela chuva. 

Chuvas no sul da Bahia 

Especialistas chamam de depressão subtropical o evento meteorológico que tem influenciado as chuvas e cheias no sul da Bahia e em outras regiões do sudeste do país. Um corredor de umidade, formado na região Amazônica, flui na direção da Bahia, Rio e São Paulo. 

De acordo com o Corpo de Bombeiros Militar da Bahia, as chuvas já afetaram cerca de 70 mil pessoas e deixaram 3,7 mil desabrigados. São 20 municípios em situação de emergência e sete em avaliação, enquanto a Superintendência de Proteção e Defesa Civil da Bahia (Sudec) aponta 30 municípios em situação de emergência. Cerca de 241 bombeiros militares atuam, com o apoio de dois helicópteros, no resgate de vítimas e na ajuda às comunidades afetadas, sendo que algumas estão ilhadas. 

 

A Caixa Econômica Federal anunciou neste domingo (12) medidas adicionais para atender às cidades do Norte de Minas Gerais e do Sul da Bahia afetadas por inundações. Além da liberação de saques do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), anunciada ontem pelo presidente Jair Bolsonaro, os moradores das regiões também poderão pausar por até 90 dias os contratos de financiamento habitacional.

As regras são válidas para cidades ou Estados em que tenha sido decretada situação de emergência ou calamidade pública, com portaria de reconhecimento publicada pelo Ministério do Desenvolvimento Regional. Além disso, a defesa civil do município ou do Estado deve entregar à CEF a declaração de áreas afetadas e um Formulário de Informação do Desastre (FIDE).

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A pausa dos contratos de financiamento habitacional será feita mediante solicitação dos titulares. Além disso, a Caixa afirma que será permitida a incorporação das prestações no saldo devedor de clientes inadimplentes das regiões atingidas, independente dos requisitos atuais, mediante solicitação.

O saque dos recursos do FGTS, por sua vez, poderá ser solicitado através do aplicativo do Fundo, sem a necessidade de que o interessado vá até uma agência do banco público. Neste caso, as próximas etapas ainda serão informadas pela Caixa. Segundo Bolsonaro, serão liberados até R$ 6.200 para quem tiver saldo no FGTS, em até cinco dias.

A Caixa informa ainda que enviou equipes de especialistas em habitação, governo e FGTS para as regiões a fim de prestar apoio técnico às prefeituras. O banco também vai identificar empreendimentos e obras públicas em situação crítica. Adicionalmente, deve enviar equipes de engenharia à região para prestar o apoio a moradias sociais atingidas.

O banco acrescenta que suas equipes de arquitetos e engenheiros e a operacionalização de repasses de recursos e trabalho técnico social terão os municípios atingidos como prioridade. Por fim, as prefeituras terão suporte técnico da instituição para levantar danos e estimar custos de recuperação de obras e edificações atingidas pelas chuvas, e que tenham grande impacto para a população, como pontes, escolas, postos de saúde e equipamentos de abastecimento de água.

O ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho, informou neste domingo (12) que existem 25 municípios baianos aptos a apresentar projetos de enfrentamento às enchentes para então terem acesso aos recursos da União. Marinho acompanhou o presidente Jair Bolsonaro em visita na manhã de hoje à região atingida pelas fortes chuvas na Bahia.

Segundo o ministro, serão liberados R$ 6 milhões a cinco prefeituras que já apresentaram propostas de enfrentamento à crise. Outros nove prefeitos devem contatar o governo federal com planos de contenção nos próximos dias. Os recursos devem ser liberados em até 72 horas depois do envio das informações à pasta.

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Marinho informou que, a partir de 2022, o governo vai disponibilizar antecipadamente o abono salarial às famílias pertencentes às regiões atingidas. Ele ainda afirmou que o Ministério do Trabalho, em parceria com o Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Condefat), vai estender em duas parcelas o seguro-desemprego dos moradores afetados pelas enchentes.

Na quarta-feira, 8, três pessoas morreram em um deslizamento de terra, que soterrou uma casa, com duas crianças de 4 e 9 anos, na cidade de Teixeira de Freitas. O tio das meninas também morreu. As chuvas fortes afetam o sul e o extremo-sul baiano desde novembro, mas os temporais se intensificaram com a chegada do mês de dezembro. Na sexta-feira, 10, o governador do Estado da Bahia, Rui Costa (PT), decretou situação de emergência em 24 cidades após as inundações.

Questionado sobre a responsabilidade pelos efeitos das chuvas intensas na região, o presidente Jair Bolsonaro não apontou as autoridades que teriam falhado em preparar a infraestrutura das cidades: "O Brasil é um país muito grande - oito milhões e meio de quilômetros quadrados - nós temos, às vezes, em um mês, as quatro estações e esses fenômenos naturais, infelizmente, acontecem. (...) Em questão de responsabilidade, nós sabemos bem definir a quem cabe, o governo federal tem feito o seu trabalho desde o início de 2019, dando satisfação a todos do que fazemos e podemos fazer".

Segundo o ministro da Cidadania, João Roma, o governo do Estado da Bahia não solicitou à União apoio para conter os eventuais danos causados pelo período de ventanias e chuvas na região, que se intensificaram há aproximadamente 15 dias.

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, que também integrou a comitiva presidencial, informou que a pasta atua em conjunto com os governos estaduais e municipais na disponibilização de insumos estratégicos para amenizar os efeitos da crise sanitária decorrente das chuvas.

Bolsonaro anunciou, durante a coletiva em Porto Seguro (BA), que o governo federal autorizou a liberação de parcelas do Fundo de Garantia e Tempo de Serviço (FGTS) aos municípios do norte de Minas Gerais e do Sul da Bahia que estão em estado de emergência depois de terem sido atingidos por enchentes no final de semana. O chefe do Executivo informou que as parcelas serão disponibilizadas em no máximo cinco dias, com valores de até R$ 6.200.

"Aguardamos agora os prefeitos informarem se a região atingida foi todo o município, ou parte dele, para que a Caixa Econômica Federal, conforme já contactada por Pedro Guimarães, possa começar em no máximo 5 dias a pagar a parcela de até R$ 6.200 do Fundo de Garantia e Tempo de Serviço", afirmou o Bolsonaro.

O presidente Jair Bolsonaro (PL) disse em entrevista coletiva neste domingo (12) que o governo federal autorizou a liberação de parcelas do Fundo de Garantia e Tempo de Serviço (FGTS) aos municípios atingidos por enchentes no norte de Minas Gerais e no sul da Bahia. O chefe do Executivo informou que as parcelas serão disponibilizadas em no máximo cinco dias, com valores de até R$ 6.200, para quem tiver saldo no FGTS.

"Aguardamos agora os prefeitos informarem se a região atingida foi todo o município, ou parte dele, para que a Caixa Econômica Federal, conforme já contactada por Pedro Guimarães, possa começar em no máximo 5 dias a pagar a parcela de até R$ 6.200 do Fundo de Garantia e Tempo de Serviço", afirmou o Bolsonaro.

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Na manhã deste domingo, Bolsonaro e a comitiva interministerial que o acompanha sobrevoou as áreas afetadas por chuvas no sul da Bahia. O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, informou que a pasta atua em conjunto com os governos estaduais e municipais na disponibilização de insumos estratégicos para amenizar os efeitos da crise sanitária decorrente das chuvas.

O Japão se prepara, neste domingo (15), para novas chuvas torrenciais, após as enchentes e deslizamentos de terra que mataram pelo menos seis pessoas nos últimos dias no sudoeste do país.

Enquanto dois milhões de pessoas receberam ordens de evacuação das autoridades, muitos moradores voltavam para suas casas para avaliar os danos causados pelas fortes chuvas que atingem o país, enquanto dezenas de rios transbordaram.

As chuvas diminuíram de intensidade nas sete regiões mais afetadas, com a agência meteorológica reduzindo seu nível de alerta, mas mais chuvas são esperadas para a noite.

"Ainda é possível que o episódio extremo e severo de chuvas continue em várias áreas do país", alertou o primeiro-ministro, Yoshihide Suga, durante uma reunião de emergência com seu gabinete.

"Devido às fortes chuvas, os solos estão totalmente saturados em muitas áreas e um desastre em grande escala pode ocorrer a qualquer momento", acrescentou ele, exortando os moradores a procurarem os abrigos disponibilizados.

Segundo os cientistas, o aquecimento global aumenta o risco de chuvas intensas no Japão, como em outras partes do mundo, pois uma atmosfera mais quente retém mais água.

A agência meteorológica do Japão garantiu que as recentes precipitações atingiram um nível "sem precedentes".

Um pouco mais de um metro de chuva caiu nos últimos quatro dias em Ureshino, uma cidade do departamento de Saga.

Duas mulheres idosas foram encontradas mortas em um canal de drenagem em Sakai, no departamento de Nagasaki, informou à AFP uma autoridade local.

Na sexta-feira, uma mulher de 59 anos morreu em um deslizamento de terra que arrastou sua casa em Unzen, no mesmo departamento. As equipes de resgate ainda estão procurando mais dois membros de sua família.

Alertas de deslizamentos foram emitidos em 372 municípios do país.

Na região de Nagano (centro), uma mulher de 41 anos e seus dois filhos, de 7 e 12 anos, morreram em um deslizamento de terra, segundo uma autoridade local.

No mês passado, a cidade de Atami (centro) também foi afetada por um grande deslizamento de terra, devido às fortes chuvas, matando 23 pessoas. Quatro continuam desaparecidas.

Em 2018, as inundações e deslizamentos de terra mataram mais de 200 pessoas no oeste do país durante a estação das chuvas.

Cerca de 60 pessoas morreram nas inundações registradas na noite de quarta-feira (28) na província de Nuristão, no nordeste do Afeganistão, e pelo menos 180 ainda estão desaparecidas - informa um novo balanço divulgado pelas autoridades locais nesta sexta-feira (30).

"Descobrimos cerca de 60 corpos - mulheres, homens e crianças -, após a repentina inundação no distrito de Kamdesh", causada por chuvas torrenciais, declarou o governador da província de Nuristão, Hafiz Abdul Qayum, nesta sexta, à AFP.

"Pelo menos 180 pessoas estão desaparecidas. Não sabemos se estão mortas, ou vivas", acrescentou.

Segundo ele, a maioria das casas dos povoados da zona afetada, de difícil acesso, foi destruída.

Esse tipo de catástrofe é frequente no país, sobretudo, nas zonas rurais pobres, onde as casas são de construção precária e se encontram em áreas de risco. As enchentes costumam deixar dezenas de vítimas a cada ano.

Uma inundação repentina matou mais de 100 pessoas em agosto de 2020 na cidade de Charikar, capital da província de Parwan.

A falta de equipamentos e de infraestrutura dificulta as tarefas de resgate e o envio de ajuda para as áreas isoladas deste país empobrecido por 40 anos de guerra e conflitos.

Esta nova tragédia se dá no momento em que o governo luta contra uma ampla ofensiva dos talibãs, que se apoderaram de extensos territórios em poucos meses. Além disso, o Afeganistão enfrenta uma terceira onda de covid-19.

O número de mortes em inundações na Europa Ocidental ultrapassou 160. Foram contabilizadas 168 mortes, sendo 141 na Alemanha e 27 na Bélgica. Equipes de resgate trabalharam para lidar com os danos expostos pelo recuo da água neste sábado, enquanto os países afetados começam a pensar no longo trabalho de reconstrução das comunidades devastadas.

O número de mortos no Estado da Renânia-Palatinado, oeste da Alemanha, onde fica o condado de Ahrweiler, mais atingido, aumentou para 98. Outras 43 pessoas foram confirmadas como mortas no Estado vizinho da Renânia do Norte-Vestfália. O centro de crise nacional da Bélgica disse que o número de mortos confirmados no país aumentou para 27.

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Dias de chuva forte transformaram rios e ruas normalmente menores em uma torrente nesta semana e causaram a inundação que varreu carros, engolfou casas e deixou residentes presos. Imediatamente após as enchentes acontecerem na quarta e quinta-feira, autoridades alemãs listaram um grande número de pessoas como desaparecidas - algo aparentemente causado em grande parte por confusão, vários relatórios e dificuldades de comunicação em áreas afetadas, algumas das quais careciam de eletricidade e telefone. No sábado, as autoridades ainda temiam encontrar mais pessoas mortas, mas disseram que os números de desaparecidos caíram, porém sem detalhar em quanto.

Na Bélgica, 103 pessoas foram listadas como desaparecidas no sábado, mas o centro de crise disse que celulares perdidos ou descarregados e pessoas levadas a hospitais sem identificação que não tiveram a oportunidade de entrar em contato com parentes são fatores que podem influenciar na contagem.

Enquanto isso, o recuo das águas das enchentes facilitou o acesso a grande parte das áreas afetadas e revelou a extensão dos danos. "Muitas pessoas perderam tudo o que passaram suas vidas construindo - suas posses, sua casa, o teto sobre suas cabeças", disse o presidente alemão Frank-Walter Steinmeier, depois de conhecer equipes de resgate e outros na cidade de Erftstadt. "Só será possível esclarecer em semanas quanto dano precisará ser compensado." Steinmeier disse que as pessoas nas áreas afetadas precisam de apoio contínuo. "Muitas pessoas aqui nestas regiões não têm nada além de sua esperança, e nós não devemos decepcionar essa esperança", disse.

Em Erftstadt, uma cidade a sudoeste de Colônia, um esforço de resgate aconteceu na sexta-feira, quando o chão de um bairro cedeu. Pelo menos três casas e parte de uma mansão no distrito de Blessem da cidade desabou. As autoridades temiam que algumas pessoas não conseguissem escapar em Erftstadt, mas nenhuma vítima foi confirmada na tarde de sábado. Cerca de 700 pessoas foram evacuadas de parte da cidade alemã de Wassenberg, na fronteira com a Holanda, após o rompimento de um dique no rio Rur.

Visitando Erftstadt com Steinmeier, o governador da Renânia do Norte-Vestfália, Armin Laschet, prometeu organizar ajuda para aqueles imediatamente afetados "nos próximos dias". Ele disse que as autoridades regionais e federais vão discutir como ajudar nos esforços de reconstrução. O gabinete da chanceler Angela Merkel planeja discutir o assunto na quarta-feira. "Faremos tudo para que o que precisa ser reconstruído possa ser reconstruído", disse Laschet.

Partes do sul da Holanda também sofreram fortes enchentes, embora milhares de residentes foram autorizados a voltar para casa na manhã de sábado, após serem evacuados na quinta e sexta-feira. O primeiro-ministro interino Mark Rutte, que visitou a região na sexta-feira, disse que "primeiro, houve o coronavírus, agora essas inundações, e logo as pessoas terão que trabalhar na limpeza e recuperação". "É desastre após desastre após desastre. Mas não vamos abandonar Limburg", a província do sul atingida pelas enchentes, acrescentou. O governo declarou estado de emergência, abrindo fundos nacionais para os afetados.

O Ministério Público Federal (MPF) em Pernambuco obteve, na Justiça Federal, a condenação dos empresários Paulo Sérgio Oliveira Pinto e Alberto Jorge Arcoverde Filho, proprietários respectivamente das empresas Jato Clean Limpadora e Desentupidora e WC Locação e Serviços, pelo envolvimento em fraudes com recursos federais, oriundos do Ministério da Integração Nacional. A verba deveria ter sido destinada ao auxílio das mais de 80 mil pessoas desabrigadas em decorrência das enchentes ocorridas em Pernambuco, em 2010. Esta foi a primeira sentença  proferida nos processos instaurados pelo MPF no âmbito da Operação Torrentes.

De acordo com as investigações, em 2011, os dois empresários, atendendo a pedido dos demais envolvidos, apresentaram, em processo licitatório da Casa Militar, proposta com valor bem superior ao que cobravam normalmente, para locação de banheiros químicos e cabines com chuveiros. Com isso, viabilizaram que a empresa FJW da Cunha Filho Alimentos, também participante do esquema criminoso, fosse a escolhida para celebrar o contrato com a Camil, apesar de essa empresa também ter apresentado proposta com sobrepreço. A verba pública desviada foi de R$ 242 mil, em valores de fevereiro de 2019.

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Em contrapartida, a WC Locação e Serviços foi subcontratada pela empresa FJW da Cunha Filho Alimentos para prestar o mesmo serviço de locação de banheiros químicos e cabines de chuveiro por preço bem inferior ao que fora estabelecido com a Camil por meio da dispensa de licitação  irregular. A Jato Clean também havia participado de esquema fraudulento similar, em 2010, contribuindo para que outra empresa, do grupo do empresário Ricardo Padilha, fosse escolhida ilicitamente para celebrar com a Camil um outro contrato para locação de banheiros químicos, sendo subcontratada em troca.

A Justiça Federal acatou a argumentação do MPF na ação penal e condenou Paulo Sérgio Oliveira Pinto a três anos e seis meses de prisão pela dispensa indevida de licitação, e a outros cinco anos pelo desvio da verba pública. As penas imputadas a Alberto Jorge Arcoverde Filho foram quatro anos de prisão pela dispensa indevida de licitação e seis anos pelo desvio dos recursos públicos. Ambos foram condenados também a reparar o dano causado ao erário e ao pagamento de multa.

Outras pessoas que contribuíram para a fraude na licitação também já foram denunciadas pelo MPF: os policiais militares Waldemir José Vasconcelos de Araújo e Laurinaldo Félix Nascimento, que ocupavam, na Casa Militar do Governo de Pernambuco, respectivamente, os postos de secretário-executivo e presidente da Comissão Permanente de Licitação; o coronel reformado Roberto Gomes de Melo Filho, então coordenador administrativo da Camil; e os empresários Ricardo José Padilha Carício, Rafaela Carrazzone da Cruz Padilha e Italo Henrique Jaques, bem como Taciana Santos Costa, sócia da FJW da Cunha Filho Alimentos e de outras empresas participantes do esquema ilegal identificado pelas investigações.

Histórico – A Operação Torrentes, deflagrada em 2017, apontou a atuação de grupo criminoso que, nos últimos anos, praticou fraudes na execução de ações de auxílio à população afetada pelas chuvas. A atuação conjunta do MPF, Polícia Federal, Controladoria-Geral da União e Receita Federal já levou à identificação de várias irregularidades em outras licitações e contratos. Ao todo, as investigações resultaram no oferecimento pelo MPF de 12 denúncias à Justiça Federal.

As empresas ligadas ao esquema foram contratadas várias vezes para fornecimento de produtos e serviços em auxílio às vítimas das chuvas, como colchões, cobertores e água mineral. Os agentes públicos envolvidos desviaram parte dos recursos repassados pela União, mediante fraudes em licitações, prática de sobrepreço, celebração de aditivos irregulares, pagamento por mercadores não recebidas e serviços não prestados, entre outras irregularidades.

Da assessoria do MPF

Permissionários da Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (Ceagesp) perderam 7 mil toneladas de alimentos com a enchente que atingiu o local, na zona oeste. O prejuízo foi estimado em R$ 24 milhões. Nesta terça-feira (11) os comerciantes trabalhavam na limpeza das áreas afetadas e previam para a tarde de hoje a retomada dos serviços ao público. Em outras regiões da capital paulista, o dia também foi de recuperação.

Em todos os corredores, funcionários desinfetavam o chão e as paredes, que ainda tinham manchas de lama. Do lado de fora, as mais diferentes frutas eram descartadas, formando montanhas de melão, melancia, abacaxi e laranja.

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Trabalhando desde 1975 no local, o gerente da Frutas Previtali Antonio Alceu Bernardo, de 67 anos, conta que nunca tinha visto destruição nessas proporções. "Ainda não dá para calcular o prejuízo. A gente trabalha com uva, ameixa, pêssego, todas frutas nobres. Tudo o que estava a 1 metro e meio do chão foi perdido. Perdemos os computadores que estavam no escritório e estamos vendo como estão as empilhadeiras. Temos duas e cada uma custou R$ 37 mil", conta Bernardo.

Permissionário do box, Carlos Previtali, de 55 anos, diz que não há previsão de desabastecimento nem aumento de preços. "No caso das frutas, as lojas estão abastecidas. Estou com estoque e os fornecedores vão mandar mais. Não tem esse negócio de subir o preço."

Vendedor da TH, Ricardo Delvecchio, de 42 anos, disse que estava com outro funcionário quando começou a inundação dos estandes. "A gente chegou às 2h20 e a água subiu muito rápido. O nosso prejuízo não foi tão alto porque a gente conseguiu subir a mercadoria."

"Tudo tem de ser jogado fora. A população não corre risco. Quando reabrir, só vai ter fruta nova. A gente só vende produtos de qualidade", afirma Bernardo.

Cerca de 40 funcionários da padaria Super Pão também faziam a limpeza do local. Mesas, cadeiras e expositores eram higienizados do lado de fora por um grupo, enquanto outro trabalhava no interior.

Moradores

Na região central de São Paulo, além dos prejuízos para o comércio, a enchente também provocou danos para os moradores. No pequeno sobrado no Bom Retiro, onde mora com a mãe e a irmã, Antônio Bezerra, de 43 anos, contou que em minutos viu a água do temporal e do transbordamento do Rio Tietê atingir tudo.

"Ainda estava escuro, era umas 5h, quando a gente ouviu um barulho de água, como se fosse um vazamento ou uma torneira aberta. Eu levantei e vi que a água já tinha invadido toda a parte térrea. Pensei em levantar os móveis, mas só deu tempo de colocar a geladeira em cima da mesa", contou Bezerra. Segundo ele, em menos de meia hora, a água já ultrapassava a altura dos joelhos e a família deixou a casa às pressas.

Bezerra e a irmã voltaram para a casa na noite de segunda-feira, quando parte da água já havia recuado. Ontem, eles iniciaram a limpeza. Do lado de fora, uma pilha de roupas, enfeites, sofá, cadeiras e outros pertences estragados. Dentro, o que ainda tinham esperança de não ter estragado. "Espero que a máquina de lavar não tenha quebrado. A geladeira, que é mais cara, foi só o que consegui salvar na hora."

Concentrar a atenção no que ainda era possível salvar também era o esforço do radialista Reginaldo da Mata, de 58 anos, na tarde de ontem. A casa dele no Bom Retiro, a cerca de quatro quadras do Rio Tietê, também foi invadida pela água. "Entre lá na sala e veja o que sobrou, só a televisão", disse ao jornal O Estado de S. Paulo, enquanto lavava um colchão de casal, com mangueira e sabão, na calçada em frente de casa.

Mata mora há 30 anos no bairro, com a mulher e a filha, e contou que a rua sofre constantemente com alagamentos por causa da chuva, mas nunca na gravidade desta segunda-feira. "É um descaso. Sabem que a região alaga, que sofre com enchente, mas não fazem nada. Nunca foi tão grave assim, mas não tenho esperança de que vão fazer algo por nós."

O prefeito Bruno Covas (PSDB) anunciou que as famílias atingidas pelo alagamento podem pedir isenção de IPTU para o próximo ano. No entanto, as casas do Bom Retiro já são isentas do tributo exatamente pelo risco de transbordamento.

A Prefeitura informou que, nas últimas três semanas, equipes fizeram limpezas nas bocas de lobo e poços de visita no Bom Retiro. Segundo a nota, o serviço de limpeza é frequente e diz ter coletado 17,8 mil toneladas de resíduos de bueiros e bocas de lobo no ano passado. Também informou que nos últimos dois dias mobilizou 4,5 mil agentes para lavagem das vias afetadas. Questionada sobre obras e ações para evitar novas enchentes no local, a Prefeitura não respondeu. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

No exercício do mandato, uma vez que o presidente Jair Bolsonaro está em viagem pela Índia, o general Hamilton Mourão (PRTB) disse, na manhã desta segunda-feira (27), que o governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC), "esqueceu a ética e a moral". 

A fala de Mourão foi exposta ao ser questionado por jornalistas sobre como ele avaliava a divulgação, por parte do governador, de um vídeo em que os dois aparecem conversando sobre a situação dos municípios atingidos pelas chuvas no Rio de Janeiro. Mourão esclareceu que não havia sido avisado que a conversa estava sendo gravada e no viva-voz.

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"Em relação ao governador Wilson Witzel, ele diz que foi fuzileiro naval. Eu acredito que ele esqueceu a ética e a moral, que caracterizam as Forças Armadas, quando saiu do Corpo de Fuzileiros Navais. Nada mais eu tenho a dizer a respeito", declarou o presidente em exercício.

Wilson Witzel pedia o envio de água potável para a região atingida pelas enchentes. O governador aproveita e chama Morão de 'presidente' na conversa. A divulgação do vídeo irritou Jair Bolsonaro. Ele e Witzel deixaram de ser aliados políticos e vivem trocando farpas.

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Em razão dos alagamentos provocados pelas fortes chuvas, os moradores de Guarulhos que foram afetados pelos alagamentos terão direito a um desconto na conta de água.

Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) vai conceder o desconto para quem teve um aumento do consumo nas contas emitidas entre 11 de março e 11 de abril, pois nesse período os atingidos por alagamentos tiveram que utilizar uma quantidade muito maior de água para fazer a limpeza de suas casas e de seus pertences. 

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Para avaliar o nível do consumo, a Sabesp vai levar em conta o gasto médio dos seis meses anteriores. O desconto não é automático: ao receber uma conta com valor mais alto do que de costume, o cidadão deve procurar a Rede Fácil de Atendimento ao Cidadão ou ligar para o serviço de atendimento gratuito da Sabesp (0800-011-9911) e informar o ocorrido em sua residência ou comércio. Após a confirmação da Defesa Civil, que deve acontecer no prazo de até cinco dias úteis, o cliente receberá sua conta revisada. 

Também é possivel solicitar o desconto diretamente pela internet, via Agência Virtual da Sabesp.

 

A chuva que atingiu a Grande São Paulo nos últimos dias provocou, além de mortes e prejuízos, transtornos para a população se locomover até o trabalho. Com ruas e linhas do Metrô e da CPTM interditadas por causa de alagamentos, muitas pessoas não conseguiram chegar ao trabalho.

Nesse caso, o advogado trabalhista e professor de Direito do Trabalho, Processo do Trabalho e Prática Jurídica Trabalhista da Univeritas/UNG, Pedro Ivo Marques, diz que a empresa não pode descontar o dia do empregado, embora não exista lei específica que trate sobre atrasos ou faltas em dias de chuva.

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"Há vozes na doutrina e jurisprudência trabalhista que entendam que não seria razoável descontar o dia de trabalho ou atrasos decorrentes da impossibilidade de deslocamento devido a fatores climáticos. Entretanto, há vozes que advogam pelo desconto do dia não trabalhado, visto que não há dispositivo especifico prevendo abono em razão do não comparecimento ao trabalho pelos mesmos fatores. Compartilho do entendimento da primeira corrente, pois o risco do negócio não pode ser suportado pelo empregado, neste caso deve receber o seu salário sem descontos", afirma.

Marques explica que todas as justificativas que obrigam o empregador a pagar o dia de trabalho de um funcionário que não comparece ao serviço devem estar previstas em lei ou norma empresarial, conforme estabelece o artigo 473 do decreto 5452, de 1943.

No entanto, o empregado deve comprovar o motivo da ausência, já que em muitos casos a região em que o empregador está não foi atingida pela chuva. E caso a empresa desconte do salário o dia não trabalhado, mesmo sendo comprovada a razão da falta, o empregado deve recorrer.

"Todos os meios de provas idôneos são possíveis. No caso de descontos o empregado poderá se socorrer na Justiça do Trabalho. Vale ressaltar que, para o empregado ingressar com uma reclamação trabalhista ele não precisa aguardar o término do contrato, ou seja, pode reclamar ainda que o seu contrato de trabalho esteja ativo", acrescenta Marques.

As fortes chuvas que tem atingido a Grande São Paulo deixaram 13 mortos, prejuízos para moradores e comerciantes que tiveram suas respectivas casas e lojas invadidas pela água, além de ter afetado a mobilidade da população, que ainda enfrenta os reflexos do problema das enchentes nesta quarta-feira (13).

A educadora social Ingrid Limeira, 34 anos, mora em Santo André e apesar de não ter tido sua casa alagada por causa da chuva que castigou a cidade entre o domingo (10) e a segunda-feira (11), precisou de muita paciência para chegar ao trabalho ontem, já que a Linha 10 – Turquesa da CPTM, que liga o ABC à capital paulista, ficou fechada por 17 horas.

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"Os trens estavam todos atrasados e o trajeto entre as estações Tamanduateí e Santo André, que normalmente é feito entre dez e 15 minutos, hoje demorou 40 minutos", afirma.

Ingrid relata que os comerciantes do Terminal Santo André perderam todas as mercadorias. A Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) estima que o prejuízo causado pelas enchentes chega a R$ 45 milhões.

"O subsolo do terminal onde ficam várias lojas ficou repleto de lama. Os comerciantes perderam tudo e a cidade está com cara de ressaca, com o trânsito ainda muito caótico", conta Ingrid.

Para a moradora, a falta de obras para prevenir enchentes é um dos grandes problemas do ABC Paulista. "Não tem saneamento básico, por isso as pessoas jogam lixo na rua. E aqui em Santo André não tem piscinão e o governo não faz nada. Aí quando chove, acontece isso", diz.

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De acordo com dados do Governo do Estado de São Paulo, nos últimos três anos foi gasto menos da metade do orçamento contra enchentes, sendo que a verba que o estado tinha para drenagem era de R$ 5,3 bilhões. Apenas 41% do valor foi gasto.

O jornalista especializado em Meio Ambiente e Sustentabilidade e professor de Gestão Ambiental, Reinaldo Canto, explica que embora as obras não sejam as únicas formas de prevenir alagamentos, a falta delas potencializa os efeitos das fortes chuvas que atingem a Grande São Paulo.

"Esta é historicamente uma época de fortes chuvas, portanto até aí nada de novo, mas uma triste confluência entre fenômenos climáticos extremos causados pelas mudanças climáticas fizeram com que houvesse um volume concentrado de chuva ainda mais agressivo. Isso somado à ausência de obras que contribuíssem para minimizar o problema, fez com que ocorressem esses terríveis resultados", esclarece.

Canto acrescenta que a implementação de piscinões para armazenar grandes quantidades de água, assim como a realização de campanhas de conscientização da população para não despejar lixo em rios e córregos são algumas das medidas que o governo deve tomar para evitar as enchentes.

Para o especialista, o estrago que a chuva causou em São Paulo nos últimas dias também deve servir de alerta para que as autoridades deem mais atenção para essa questão.

"É uma realidade que veio para ficar e, portanto, deveremos nos acostumar e reagir da melhor maneira possível a fenômenos que irão intercalar severos períodos de estiagem com outros de chuvas torrenciais. Novos tempos de mudanças climáticas vão exigir ainda mais trabalho e ações efetivas de nossas autoridades", pondera.

O governador João Doria (PSDB) anunciou nesta quarta-feira que vai viabilizar a construção do Piscinão de Jaboticabal, que tem como objetivo prevenir enchentes na divisa entre os municípios de São Bernardo do Campo e São Caetano. A obra estimada em R$ 400 milhões terá capacidade para escoar 900 mil m³ de água.

A cidade de Townsville, localizada no estado de Queensland, nordeste da Austrália, passou por fortes chuvas, tidas como catastróficas pelo Conselho de Seguradoras da Austrália, que inundaram o município e fez com que crocodilos fossem vistos vagando pelas ruas. As informações foram divulgadas pela imprensa local, nesta segunda-feira (4). A região sofre com tempestades durante a temporada de monções.

Além dos animais, os moradores sofreram com deslizamentos de terra e cortes de energia elétrica. Os serviços de emergência visualizaram na noite desse domingo (3) um crocodilo de aproximadamente três metros em uma das ruas da cidade. Já a moradora Erin Hahn postou uma foto nas redes sociais de um dos répteis em frente à casa do seu pai.

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As inundações foram provocadas pelas chuvas mais intensas registradas em décadas, onde caiu mais de um metro de água em sete dias, quantidade esperada para o ano inteiro. As autoridades foram obrigadas a abrir as comportas da represa do rio Ross, que liberou cerca de 2 mil m³ de água por segundo na tarde do domingo. Com isso, 50 residências foram inundadas. As autoridades acreditam que cercam de 20 mil imóveis podem ter sido afetados.

A governadora do Estado, Annastacia Palaszczuk, afirmou que mais de 1.100 pessoas ligaram para o serviço de emergência, e disse que as autoridades avaliarão os danos, “haverá uma grande limpeza nas próximas 48 horas”, afirmou. O serviço de meteorologia prevê que as chuvas devam continuar nos próximos dias.

As piores enchentes a atingir o Estado de Kerala, no sul da Índia, em um século deixaram ao menos 324 mortos e forçaram mais de 200 mil pessoas a deixarem suas casas em busca de proteção em abrigos humanitários, de acordo com autoridades.

Milhares de pessoas encalhadas esperavam para serem resgatadas neste sábado (18), uma vez que parte do estado está parcialmente submersa.

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Chuvas fortes atingiram partes do estado novamente nesta manhã, diminuindo as tentativas de implantar socorristas e obter suprimentos de socorro para áreas isoladas. Muitos está sem ajuda há dias, uma vez que estão em regiões que só podem ser alcançadas via barco ou helicóptero.

Mais de 300 mil pessoas se abrigaram em mais de 1.500 campos de resgate, disseram autoridades.

Autoridades caracterizaram as enchentes em Kerala como sendo as piores em um século, com chuvas em algumas áreas bem mais do que o dobro de uma temporada típica de monções.

As chuvas, que começaram em 8 de agosto, provocaram enchentes e deslizamentos de terra e desabamentos de casas e de pontes. Os meteorologistas esperam que as chuvas diminuam nos próximos dias. Fonte: Associated Press

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