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O ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, afirmou, em entrevista ao Correio Braziliense, que não pretende deixar o cargo por causa das mensagens reveladas com procuradores da Lava Jato à época que era o juiz à frente da investigação na primeira instância.

"Não vai ser por causa de falsos escândalos que vou desistir dessa missão", disse, referindo-se à consolidação dos avanços no combate à corrupção e ao crime organizado. Moro se refere à publicação das mensagens como "revanchismo" e afirmou que o hacker tem interesse principal de impedir novas investigações e anular condenações.

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Na entrevista, publicada neste Domingo (7), o ministro admite que "pode ter mensagens que tenham ocorrido", citando como exemplo o trecho revelado "In Fux, we trust". "'Confio no ministro do Supremo'. Qual é o problema em falar nisso? Problema nenhum. Mas pode ter uma mexida numa palavra, na própria identificação e na atribuição dessas mensagens", disse, repetindo que deveria ter sido averiguada a autenticidade do material.

Em relação à suposta interferência em uma possível delação do ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha, Moro disse que a atribuição não era dele, e sim do Supremo Tribunal Federal (STF) e da Procuradoria Geral da República (PGR).

Uma bomba estourou na manhã desta terça-feira (28) no futebol espanhol. Integrantes de uma organização criminosa acusada de obter benefícios de apostas esportivas em jogos da primeira e segunda divisão do país foram detidos, segundo o portal Servimidia.

Dentre os detidos estão alguns jogadores como Raúl Bravo, apontado como líder da organização, e Borja Fernández, do Real Valladolid Club de Futebol, clube do qual Ronaldo Fenômeno é dono. Carlos Aranda, ex-jogador de várias equipes da Primeira Divisão, Samuel Saiz Alonso, jogador do Getafe, e Íñigo López Montaña, jogador do Deportivo de La Coruña e ex-jogador de Huesca também estão envolvidos, segundo a publicação.

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A equipe do Getafe, que detém os direitos sobre Samuel Saiz, desmentiu que o jogador tenha sido detido. O clube ainda explicou que o atleta está de férias com a família.

Segundo informações, a própria liga espanhola foi a responsável por fazer a denúncia depois de suspeitar do resultado de algumas partidas. Entre elas a última rodada Valladolid e Valencia que terminou 2x0 para o Valencia. Buscas foram feitas na manhã desta terça nas dependências do Deportivo Huesca pela Polícia Nacional. Outras buscas também são realizadas em Madrid, Valladolid, Málaga e Corunha.

A acusação cita que todos estão envolvidos nos crimes de corrupção e branqueamento de capitais. A acusação foi confirmada pelo delegado de governo na Galícia, Javier Losada.

O Valencia se pronunciou através de uma nota em que disse ser “alheia” a todo caso e prometeu tomar as medidas legais a respeito do caso. O clube ainda disse que acusações infundadas sobre o clube será tratado judicialmente.

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O Partido da Liberdade da Áustria (FPÖ), de extrema-direita, declarou nesta segunda-feira (20) estar pronto para retirar todos os ministros da coalizão com os conservadores após a transmissão na sexta-feira de um vídeo em que seu líder Heinz-Christian Strache negociava contratos públicos com a Rússia.

O chanceler conservador Sebastian Kurz deve anunciar até o meio-dia a demissão do controverso ministro do Interior Herbert Kickl (FPÖ), cuja posição ele considera incompatível com o desenvolvimento das investigações sobre o vídeo.

Mas esta medida resultará na saída de todos os ministros do FPÖ do governo, alertou Norbert Hofer, ministro dos Transportes e novo líder do partido advertiu na segunda-feira.

"Vamos deixar nossos cargos se o ministro do Interior, Herbert Kickl, for forçado a sair", disse Hofer em entrevista coletiva em Viena, ressaltando que "não há nada a se reprovado".

Sebastian Kurz anunciou no sábado eleições antecipadas no país, após o escândalo que levou à saída de seu número dois, o líder da extrema-direita Heinz-Christian Strache.

Horas antes, seu vice-chanceler, de 49 anos, havia informado sua renúncia.

A decisão foi tomada após revelação feita pela imprensa de um vídeo, no qual promete contratos públicos à suposta sobrinha de um oligarca russo em troca de verbas para a campanha eleitoral.

O "caso Ibiza" veio à tona quando a revista alemã "Der Spiegel" e o jornal "Suddeutsche Zeitung" publicaram na sexta-feira em seus sites fragmentos de uma gravação com câmera oculta de uma reunião que teria acontecido meses antes das eleições parlamentares de 2017 na Áustria.

Foi quando o FPÖ chegou ao poder.

Nas imagens, aparecem o vice-chanceler Strache e Johann Gudenus, líder da bancada parlamentar do FPÖ, conversando com uma mulher que diz ser sobrinha de um oligarca russo.

Os três falam sobre como investir dinheiro na Áustria, especificamente para controlar o jornal de maior tiragem do país, o "Krone Zeitung".

A conversa envolve, principalmente, a participação acionária no poderoso jornal austríaco.

Strache sugere que, sob uma nova direção, o Krone poderia ajudar o FPÖ em sua campanha eleitoral. Também diz à mulher que seu grupo poderá ter acesso a contratos públicos.

Strache afirma que não haverá resistência na redação do "Kronen Zeitung", porque "os jornalistas são os maiores prostituídos do planeta".

O Kremlin afirmou nesta segunda-feira que a Rússia não tem nada a ver com o escândalo político na Áustria, motivado pela divulgação de um vídeo que compromete o líder da extrema direita Heinz-Christian Strache, o que levou ao colapso da coalizão austríaca.

"É uma história que não tem nada a ver e que não pode ser relacionada conosco de forma alguma", disse o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, após ser questionado sobre o escândalo na Áustria.

O escândalo do vídeo, o chamado "caso Ibiza", veio à tona quando a revista alemã "Der Spiegel" e o jornal "Suddeutsche Zeitung" publicaram na sexta-feira (17) em seus sites fragmentos de uma gravação com câmera oculta de uma reunião que teria acontecido meses antes das eleições parlamentares de 2017 na Áustria. Foi quando o FPÖ chegou ao poder.

Nas imagens, aparecem o vice-chanceler Strache e Johann Gudenus, líder da bancada parlamentar do FPÖ, conversando com uma mulher que diz ser sobrinha de um oligarca russo.

Os três falam sobre como investir dinheiro na Áustria, especificamente para controlar o jornal de maior tiragem do país, o "Krone Zeitung". A conversa envolve, principalmente, a participação acionária no poderoso jornal austríaco.

"Não posso expressar minha opinião sobre este vídeo porque não tem nada a ver com a Rússia, nem com o presidente nem com o governo. Não sabemos quem é essa mulher, mesmo que ela seja de nacionalidade ou de origem russa", acrescentou Peskov.

Igor Makarov, o oligarca citado no vídeo, disse no domingo (19) que é filho único e que não conhece ou não tem parentesco com a mulher que se apresenta como sua sobrinha, em declarações feitas à edição russa da revista Forbes.

O vice-chanceler de extrema direita austríaco, Heinz-Christian Strache, anunciou neste sábado (18) sua renúncia após a revelação pela imprensa de um vídeo no qual promete à suposta sobrinha de um oligarca russo contratos públicos em troca de verbas para a campanha eleitoral.

"Entreguei ao chanceler Sebastian Kurz minha renúncia como vice-chanceler e ele a aceitou", anunciou Strache, de 49 anos, em coletiva de imprensa em Viena.

O anúncio foi organizado às pressas para tentar diminuir o impacto de um escândalo que também ameaça a credibilidade do governo de Sebastian Kurz. O político também informou que deixou a liderança do FPÖ, o partido que chefiava desde 2005.

"Eu cometi um erro e não quero que isso seja um pretexto para enfraquecer a coalizão formada em dezembro de 2017 com os conservadores de Kurz", acrescentou Strache, que denunciou um "ataque político direcionado" e assegurou não ter cometido "irregularidades".

A revista alemã Der Spiegel e o jornal Sueddeutsche Zeitung publicaram na sexta-feira em seus sites fragmentos de uma gravação com câmera oculta de uma reunião que teria acontecido meses antes das eleições parlamentares de 2017 na Áustria, nas quais o Partido da Liberdade da Áustria (FPÖ) chegou ao poder.

Nas imagens aparecem o vice-chanceler Strache e Johann Gudenus, líder do grupo parlamentar FPÖ, conversando com uma mulher que afirma ser sobrinha de um oligarca russo, sobre como investir dinheiro na Áustria, especificamente para controlar o jornal de maior tiragem do país, o Krone Zeitung.

A conversa envolve principalmente a participação acionária no poderoso jornal austríaco.

Strache sugere que sob uma nova direção o Krone poderia ajudar o FPÖ em sua campanha eleitoral. Também diz à mulher que seu grupo poderá ter acesso a contratos públicos.

"Ela terá todos os contratos públicos atualmente com Strabag", um importante grupo austríaco de construção, diz o líder do FPÖ na gravação.

Strache diz que não haverá resistência na redação do Kronen Zeitung porque "os jornalistas são os maiores prostituídos do planeta".

Também explica que quer "construir uma paisagem midiática como a de Orban", na Hungria. Neste país, o primeiro-ministro Viktor Orban e criticado por ter atacado o pluralismo da imprensa.

A reunião, ocorrida na ilha espanhola de Ibiza, foi uma armadilha para pegar o líder do FPÖ, segundo a imprensa alemã, que não sabe quem montou a operação.

Strache admitiu que participou da reunião, mas negou que tenha cometido qualquer crime.

Neste sábado, Strache denunciou um golpe "pérfido" e ressaltou que essa reunião não teve prosseguimento.

No entanto, ele admitiu ter "tido uma atitude típica machista causados pelo álcool" e pediu desculpas à sua mulher, a seu partido e a Kurz, dizendo ter-se comportado "como um adolescente" por não controlar suas palavras.

Ele evocou a grande quantidade de álcool ingerida que o fez "se gabar como um adolescente" para impressionar a visitante. "Foi idiota e irresponsável", admitiu.

Quando foi eleito primeiro-ministro do Canadá, em 2015, Justin Trudeau era um dos políticos mais festejados do mundo. Cara de galã, discurso moderno - em francês e inglês irretocáveis - e um pedigree político tradicional: ele é o filho mais velho do ex-premiê Pierre Trudeau e da ativista Margaret Sinclair. Quatro anos depois, um escândalo de corrupção ameaça encerrar prematuramente sua carreira.

Na origem da crise está a empreiteira canadense SNC-Lavalin, com 50 mil empregados, entre eles 9 mil no país, acusada de um suborno na Líbia. A ex-procuradora-geral e ministra de Justiça do Canadá, Jody Wilson-Raybould, afirma que foi pressionada pelo premiê para obter um acordo, em vez de prosseguir com as acusações formais.

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Como resistiu, Jody foi rebaixada e pediu demissão. Em seguida, deixaram o governo Gerald Butts, assessor mais próximo de Trudeau, a presidente do Conselho do Tesouro, Jane Philpott, que é muito ligada à ex-procuradora, e a deputada Celina Caesar-Chavannes, que anunciou que não se candidatará novamente.

"Infelizmente, as provas de esforços de políticos e funcionários do governo para pressionar a ex-ministra da Justiça a intervir em um caso envolvendo a SNC-Lavalin levantaram sérias preocupações em mim", justificou Philpott.

A ex-procuradora prestou depoimento ao Congresso na semana passada. Suas declarações atingiram em cheio o governo. A perda de empregos e votos explicaria a preocupação de Trudeau com a condenação da construtora na Justiça e, por isso, teria tentado influenciar o processo - se for condenada, a SNC-Lavalin não poderá obter contratos com o governo pelos próximos dez anos.

O premiê nega as acusações de interferir no Judiciário, mas até agora não foi convincente. Pesquisas apontam que mais de 40% dos canadenses acreditam que ele agiu mal na condução do escândalo. A oposição, liderada pelo Partido Conservador, passou a cobrar a renúncia de Trudeau, embora o país já tenha eleições legislativas marcadas para 21 de outubro.

Uma pesquisa realizada pelo instituto Ipsos, divulgada esta semana, mostrou o Partido Liberal, de Trudeau, com apenas 31% das intenções de voto, enquanto os conservadores têm com 40%, a maior vantagem no atual ciclo eleitoral.

Ontem, em entrevista coletiva, o premiê disse que todas suas atitudes tiveram como objetivo "proteger postos de trabalho" e garantiu que sua equipe "seguiu a lei". "Em última análise, acredito que nosso governo sairá mais forte por ter lutado contra essas questões", disse. "Quando 9 mil empregos estão em jogo, esse é um problema de política pública da mais alta ordem."

Trudeau tornou-se um dos principais ícones da centro-esquerda mundial com um governo progressista e marcado pela igualdade de gênero e pela abertura do Canadá a imigrantes e refugiados. No auge de sua popularidade, o primeiro-ministro bateu de frente com as políticas defendidas por seu vizinho Donald Trump, alimentando uma estranha diplomacia com os EUA. Agora, a imagem de político progressista, alinhado a causas sociais, parece irremediavelmente arranhada pelo escândalo. (Com agências internacionais)

 

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O novo livro do jornalista e escritor francês Fréderic Martel promete provocar um escândalo no Vaticano ao revelar a presença de diversos homossexuais nas hierarquias mais altas da Igreja Católica.

Com 630 páginas, "Sodoma" será publicado no próximo dia 21 de fevereiro, em oito idiomas diferentes e 20 países. A obra narra o resultado de uma investigação de quatro anos nos bastidores do Vaticano. Ao todo, Martel entrevistou 1500 religiosos, entre eles 41 cardeais, 52 bispos e 45 núncios apostólicos.

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"O Vaticano tem uma das maiores comunidades homossexuais do mundo", diz o jornalista em entrevista exclusiva à revista "Le Point", ressaltando que este é o "segredo mais bem guardado" da Igreja.

Na reportagem, Martel batiza o Vaticano de "Fifty Shades of Gay", um trocadilho com o livro "50 tons de Cinza". Segundo ele, "lá dentro há várias categorias de gays".

"Tem os que não praticam e respeitam os votos de castidade, tem os que vivem mal sua homossexualidade e tentam se curar, tem alguns que vivem em relações estáveis com seus companheiros, que eles apresentam como um assistente ou um cunhado e tem aqueles que multiplicam os parceiros ou apelam para a prostituição", revelou.

No livro, o autor explica que há um "sistema gay" dentro da Santa Sé que só foi possível ser descoberto porque ele se tornou muito próximo de alguns religiosos durante a investigação. "A partir do momento que você está no coração do sistema, acaba sendo convidado aos jantares e não é mais visto como um jornalista, e sim como um amigo", acrescenta Martel, que é homossexual assumido.

Em "Sodoma", o escritor francês ainda relaciona a homossexualidade dos religiosos com alguns casos de pedofilia.

No entanto, à revista Le Point, ele afirma que "é evidente que as agressões sexuais não são restritas aos homossexuais".

Por fim, ele conta que obteve ajuda de quatro pessoas próximas ao papa Francisco, que estavam cientes de seu projeto. Na entrevista fica subentendido que o Pontífice seria favorável às revelações. A publicação do livro coincidirá com a mesma data em que inicia a cúpula convocada pelo Pontífice, no Vaticano, para tratar sobre abuso sexual contra menores dentro da Igreja Católica.

Da Ansa

O papa Francisco pediu, nesse domingo (27), uma saída pacífica para a "grave situação" na Venezuela, no encerramento de sua visita ao Panamá, na qual denunciou o drama dos migrantes e a crise interna da Igreja devido ao escândalo dos abusos sexuais.

Antes de seu retorno a Roma, previsto para acontecer nesse domingo, o papa realizou uma missa multitudinária para concluir a Jornada Mundial da Juventude (JMJ).

Francisco pediu às novas gerações de católicos que não se deixem "adormecer", impedindo que seus sonhos voem.

Destinada, inicialmente, a tratar do drama dos migrantes, a viagem do sumo pontífice teve dois inesperados coprotagonistas: a complexa situação na Venezuela, assim como o impacto do escândalo de abusos sexuais e o acobertamento por parte do clero.

Durante a oração do Ângelus deste domingo, o papa clamou por uma "solução justa e pacífica" na Venezuela, mergulhada em uma grave crise que divide as potências do mundo, assim como condenou o "ódio terrorista" na Colômbia, após um recente ataque com carro-bomba.

Em seu encontro de cinco dias com os jovens católicos, Francisco chamou a atenção para a corrupção política, a "praga dos feminicídios" e a perseguição aos migrantes na América Latina.

Cerca de 700.000 pessoas - segundo a organização da JMJ - assistiram, neste domingo, à última missa do papa no Metro Park, uma área ao ar livre na periferia da capital.

O presidente anfitrião e os de Colômbia, El Salvador, Costa Rica, Guatemala, Honduras e Portugal - país que acolherá a edição da JMJ em 2022 - também estiveram presentes.

O sumo pontífice argentino dedicou suas últimas horas no Panamá para homenagear as vítimas do "ódio terrorista" na Colômbia, após um letal ataque com carro-bomba cometido por rebeldes do Exército de Libertação Nacional (ELN) contra uma Academia de Polícia.

Depois de recordar, um a um, os 20 jovens mortos, Francisco lançou um novo apelo pela paz neste país. O suposto agressor também morreu no atentado.

Antes da oração do Ângelus, Francisco visitou pacientes com aids em um centro de acolhida mantido pela Igreja.

"Estar hoje com vocês é, para mim, um motivo para renovar a esperança", disse o papa diante de mais de dez pacientes de poucos recursos que vivem na Casa Lar El Buen Samaritano.

"A indiferença também fere e mata (...) estar aqui é tocar o rosto silencioso e maternal da Igreja", disse Francisco.

"Aqui se nasce de novo. Aqui todos nascemos de novo, porque sentimos a carícia de Deus que nos possibilita sonhar o mundo mais humano e, portanto, mais divino", acrescentou.

Ontem, diante da comunidade religiosa, o papa admitiu que a Igreja está "ferida por seu pecado", antes de uma crucial reunião convocada por ele para tratar dos escândalos de pedofilia.

De 21 a 24 de fevereiro, o papa buscará, com os bispos, "medidas concretas" para combater "esta terrível praga", manifestou o diretor de imprensa da Santa Sé, Alessandro Gisotti.

Embora nesta viagem não tenha condenado explicitamente as agressões cometidas por padres que minaram a credibilidade na Igreja, Francisco as descreveu como "crime terrível", durante um almoço com jovens de cinco continentes em um seminário, segundo uma das presentes.

Após seis anos do descobrimento do escândalo de carne de cavalo vendida como carne bovina na Europa, o julgamento de quatro suspeitos, incluindo dois ex-executivos da empresa Spanghero, se inicia nesta segunda-feira (21), com previsão até 13 de fevereiro, em Paris. A fraude veio à tona no início de 2013, após uma inspeção na Irlanda do Norte revelar problemas de rotulagem e embalagem em um estoque de insumos congelados.

As redes de supermercado Tesco, Islândia e Lidl descobriram que seus bifes continham carne de cavalo. Com isso, muitas fábricas agroalimentares europeias começaram a testar os produtos. No fim de janeiro, o grupo sueco Findus alertou o grupo francês de congelados, o Comigel, “sua lasanha está contaminada, chegando a 100% em alguns casos”.

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O Comigel prepara refeições para cerca de 28 empresas em 13 países, incluindo grandes distribuidores, como Picard, Carrefour, Auchan e Monoprix. Seu fornecedor de carne também é francês, a Spanghero, estabelecida na região de Occitânia. Mesmo que a carne de cavalo encontrada em “carne pura” não tenha passado por esta empresa, ela é acusada por ter ciência da fraude.

Os quatro suspeitos de envolvimento no escândalo são: o ex-executivo da empresa de processamento de carne, Jacques Poujol; o ex-diretor do site, Patrice Monguillon, e dois comerciantes holandeses, Johannes Fasen e Hendricus Windmeijer. Há a suspeita que os acusados tenham enganado a Tavola, filial luxemburguesa do grupo Comigel Pratos congelados, entre 2012 e 2013, através da venda de mais de 500 toneladas de carne de cavalo comercializadas como carne bovina. Além desse fato, a própria Spanghero vendeu mais de 200 toneladas de cavalo em forma de merguez e diversas refeições preparadas.

Rótulos alterados

Johannes Fasen vendeu os produtos da Spanghero excluindo qualquer referência à espécie animal nos documentos apresentados, com exceção de um código aduaneiro. Ele havia acabado de ser sentenciado em 2012, na Holanda, por envolvimento em outra fraude com carne de cavalo.

Já a Spanghero é acusada de comercializar a carne como "carne desossada", sabendo que era de cavalo, já que o valor de mercado é mais barato. Além disso, ela modificou os rótulos do produto. A empresa de alimentos preparados ainda é acusada de negligência.

O escândalo alimentar revelou a complexidade do abastecimento e processamento europeu. Hoje, os matadouros não vendem carcaças, mas destrincham os animais para aproveitar ao máximo todas as partes. Eles também fabricam o famoso "minério", uma massa aglomerada de 10 a 25 kg de restos de corte e tecidos gordurosos, que se tornou matéria-prima para refeições prontas em centros industriais.

Testemunhos públicos de quatro vítimas de abuso sexual contra um médico pediatra que trabalhou durante décadas em uma das escolas mais conceituadas da Argentina provocaram um escândalo, que reacendeu o debate sobre o abuso de menores.

Ao menos 26 vítimas apontam o pediatra como o autor dos abusos cometidos entre 1978 e 2011.

Nesta quarta-feira (9), quatro vítimas relataram ao canal de notícias TN os exames invasivos realizados pelo médico Alberto Cirulnik, um caso que veio à tona em meados de dezembro, quando três jovens o denunciaram à Justiça e pediram sua prisão.

Depois, outras vinte pessoas também o acusaram, a maioria por casos ocorridos na prestigiosa escola ORT da comunidade judaica, onde o acusado foi médico por mais de 20 anos. Ele também atendia em um consultório particular e em um plantão hospitalar 40 anos atrás.

Em dezembro passado, Cirulnik foi denunciado à Justiça por abuso sexual e corrupção de menores por dois rapazes e uma mulher, Malena Filmus, hoje com 28 anos, filha do ex-ministro da Educação e ex-senador Daniel Filmus, por atos ocorridos há 14 anos.

As vítimas decidiram recorrer à Justiça, depois que veio à tona a acusação de estupro contra um ator popular, feita por uma colega de elenco. Os abusos teriam ocorrido quando ela era menor, durante uma turnê pela Nicarágua.

- "Não sabemos se é pediatra" -

Depois das primeiras denúncias, a Sociedade Argentina de Pediatria (SAP) condenou essas práticas em um comunicado. "Não sabemos se o doutor Cirulnik realmente é pediatra, mas certamente não é, nem nunca foi, membro da nossa instituição", informou a SAP.

Darío Schvartz, de 34 anos, contou que seus pais eram muito amigos do casal Cirulnik e ele, amigo de um de seus filhos e que o médico era seu pediatra.

"Aos 8 anos, Cirulnik me levava para deitar, me fazia massagens para que relaxasse e manipulava meu pênis. Isso se repetia no clube, na casa dele... Além disso, me pedia que eu fizesse nele as mesmas massagens", contou Schvartz.

Mariana López, hoje com 51 anos, tinha 10 anos em 1978, quando a levaram a um hospital com febre alta e dor de garganta. O médico que a atendeu examinou-lhe a garganta, os gânglios e os genitais. Depois ela soube que se tratada de Cirulnik.

"Não usava luvas, me lembro perfeitamente. Eu sentia muita vergonha e não entendia o que ele fazia. Pediu à minha mãe que nos deixasse sozinhos", contou ela à TN.

Federico, de 22 anos, disse ter sido abusado em 2011 pelo médico quando estudava na ORT.

A estas denúncias, somou-se à de um sobrinho do médico, Gabriel, que hoje tem 44 anos e mora em Nova York. Ele contou que quando tinha 10 anos, seu pai morreu em um acidente de carro e que Cirulnik se tornou uma espécie de figura paterna e de confiança que abusava dele.

Kathryn Mayorga, uma americana de 34 anos, afirmou que foi estuprada pelo jogador Cristiano Ronaldo, e que teria aceitado US$ 375 mil do craque para não tornar o caso público. O crime teria acontecido em 2009, quando Cristiano Ronaldo passava férias nos Estados Unidos.

A vítima conta que disse várias vezes “não” e que teria pedido para o português parar, mas ele não parou e a forçou a fazer sexo anal. Registros revelam que a moça entrou em contato com a polícia após ser violentada e foi levada para o centro médico universitário de Las Vegas, onde apresentou alguns ferimentos no exame de corpo de delito.

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De acordo com o “Footbal Leaks”, através de documentos vazados, Cristiano Ronaldo teria trocado mensagens de celular com o seu advogado, Carlos Osório de Castro, exigindo que Kathryn abaixasse o valor pedido no acordo. A norte-americana teria pedido US$ 950 mil, porém o craque se dispôs a pagar US$ 375 mil, que foram aceitos pela vítima.

O Papa Francisco aceitou nesta sexta-feira (21) a demissão de mais dois bispos do Chile, país que investiga vários casos de abuso sexual cometidos pelo clero - anunciou o Vaticano em um comunicado.

A Igreja católica chilena está no meio de uma tempestade desde a visita do papa argentino no início do ano e da multiplicação de inquéritos - hoje são 119 - por casos de suspeita de abuso sexual por parte de membros da Igreja contra menores e adultos desde os anos 1960.

De acordo com a nota da Santa Sé, deixam o cargo dom Carlos Eduardo Pellegrin Barrera, de 60 anos, que atuava em San Bartlomé de Chillan, e dom Cristián Enrique Contreras Molina, da diocese de San Felipe.

Ambos estão sendo investigados por suspeita de abuso sexual. Os dois foram substituídos por administradores apostólicos interinos.

Em 18 de maio, a conferência episcopal chilena anunciou que os 34 bispos que foram a Roma se reunir com o papa Francisco lhe apresentaram seu pedido de demissão.

O sumo pontífice já havia aceitado a renúncia de outros cinco bispos chilenos, punindo, assim, uma hierarquia da Igreja acusada por vítimas de padres pedófilos de acobertarem os crimes.

Entre as demissões acolhidas por Francisco, está a do polêmico dom Juan Barros - acusado de ter acobertado as ações de um padre pedófilo. Em sua viagem ao Chile em janeiro, o papa chegou a defendê-lo, em um primeiro momento.

A Oxfam GB terá que economizar milhões de libras e reduzir seus programas, afirmou neste sábado (16) a ONG, que perdeu doadores após o escândalo provocado pela revelação de abusos sexuais cometidos por funcionários no Haiti em 2010.

"Devido ao comportamento revoltante de alguns de nossos ex-funcionários no Haiti e dos erros de nossa parte na hora de tratar desse caso, agora temos menos dinheiro para levar água potável, alimentos e outras formas de apoio a pessoas que necessitam", comentou uma porta-voz da Oxfam GB em nota.

A ONG integra a confederação Oxfam International, que reúne 20 organizações. Agora, ela terá que economizar 16 milhões de libras, disse a porta-voz à AFP, confirmando uma informação publicada pelo jornal The Guardian.

Para isso, a Oxfam planeja fazer cortes de vagas na sede e nas "funções de apoio" para "poder continuar com o grosso de nosso trabalho nos locais".

"Estamos imensamente gratos por todos aqueles - nove em cada dez de nossos doadores regulares - que continuaram nos apoiando durante este período difícil", acrescentou a porta-voz.

A imprensa britânica revelou em fevereiro um escândalo de abusos sexuais cometidos por membros da missão humanitária da Oxfam GB no Haiti, após o terremoto de 2010.

Em 2011, a ONG conduziu uma investigação interna, que levou sete de seus funcionários no Haiti a deixarem a organização, quatro deles demitidos por "falta grave".

Mas a investigação não se tornou pública até fevereiro, quando foi revelada pela imprensa britânica.

Em maio, o diretor-geral da Oxfam GB, Mark Goldring, anunciou sua renúncia.

Nesta quarta-feira, o Haiti anunciou ter retirado sua autorização à Oxfam GB "por violação da legislação haitiana e por violação grave do princípio-chave da dignidade das pessoas".

Acusado de abusar sexualmente de ginastas, o ex-técnico da seleção brasileira Fernando de Carvalho Lopes disse ser a pessoa mais interessada em falar a respeito das denúncias. Ele aguarda a intimação para comparecer à Delegacia da Mulher, do Adolescente e da Criança de São Bernardo do Campo (SP), onde corre desde 2016 inquérito para investigar o caso.

O ex-treinador do Mesc (Movimento de Expansão Social Católica), clube particular onde teria ocorrido os abusos, também foi convocado a prestar depoimento tanto na CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) instalada no Senado que investiga crimes relacionados a maus-tratos a crianças e adolescentes no Brasil quanto na audiência pública que pretende debater o escândalo relacionado à ginástica artística que veio à tona no último dia 29 de abril em reportagem do Fantástico, da TV Globo.

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"É a oportunidade de falar e temos muita coisa para falar. Mas tudo no seu momento", afirmou Fernando de Carvalho Lopes ao jornal Diário do Grande ABC. Antes de comparecer aos eventos em Brasília, ele quer falar primeiro com a delegada Teresa Alves de Mesquita Gurian, que conduz o inquérito policial. Ela já havia informado que o acusado seria a última pessoa a prestar depoimento.

"Vou atender tudo o que for necessário. Mas a ideia é que marquem depois e primeiro que eu preste contas na delegacia. Sou quem mais quer falar. Não adianta colocar a carroça à frente dos burros. Hoje a primeira pessoa a quem vejo necessidade de prestar conta é a delegada. Sou inocente", alegou Fernando de Carvalho Lopes.

ENTENDA O CASO - Ao todo, 40 ginastas e ex-ginastas afirmaram que foram vítimas de abusos sexuais praticados por Fernando de Carvalho Lopes entre 1999 e 2016, quando ele era técnico do Mesc, clube do qual se encontra afastado de todas as funções desde que as denúncias vieram à tona. O processo foi aberto em junho de 2016. Até agora, 23 pessoas já foram ouvidas na delegacia, entre vítimas e testemunhas.

Na semana passada foi cumprido mandado de busca e apreensão na casa dos pais do treinador, onde ele também reside atualmente, em São Bernardo do Campo. Foram recolhidos CDs, DVDs, pen drives, HD externo e fita cassete. A polícia não divulgou o conteúdo do material.

O Conselho Tutelar de São Bernardo do Campo já sugeriu ao Ministério Público que Fernando não trabalhe mais com crianças ou adolescentes. Ele também poderá ser exonerado da Prefeitura de Diadema (é concursado) e perder o seu registro no Conselho Regional de Educação Física - existe um processo que corre em sigilo desde 2016.

Ainda há desdobramentos na esfera esportiva. Algumas vítimas querem que o STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva) da modalidade apure o caso para eventualmente banir o treinador do esporte. No COB (Comitê Olímpico do Brasil), a Comissão de Atletas encaminhou uma representação ao Conselho de Ética da entidade pedindo esclarecimentos sobre a responsabilidade da CBG (Confederação Brasileira de Ginástica) e do técnico Marcos Goto, coordenador de seleções, no caso - Goto é acusado de omissão, por supostamente ter conhecimento da história e não tomar providências.

O advogado André Sica, que representa três ginastas em um pedido de inquérito contra o ex-treinador Fernando de Carvalho Lopes no Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) da modalidade, disse ao Estado que, caso o Tribunal decida não acatar a solicitação e arquive o caso, este poderá ser levado a uma instância superior fora do País.

"A FIG (Federação Internacional de Ginástica) possui mecanismos próprios de punição disciplinar, inclusive caso fique comprovado que a Confederação Brasileira foi omissa no caso", afirmou Sica.

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Por enquanto, fazem parte da ação três vítimas de abusos sexuais que teriam sido cometidos pelo ex-técnico da seleção brasileira masculina, mas, de acordo com o advogado, este número tende a aumentar. Como há menores de idade envolvidos, as identidades deles precisam ser preservadas. Os atletas querem que o STJD investigue o caso e abra processo para condenar o treinador por suas infrações.

"O CBJD (Código Brasileiro de Justiça Desportiva) tem previsão expressa de pena em casos de ameaça (art. 243-C) e submeter menor a vexame ou constrangimento (art. 243-E)", explicou o advogado.

O pedido ainda será apresentado ao Tribunal para que instaure inquérito e utilize as provas já disponíveis publicamente, bem como as que estão no inquérito policial conduzido pela Delegacia da Mulher, da Criança e do Adolescente de São Bernardo do Campo, onde estão sendo colhidos os depoimentos dos envolvidos no caso.

De acordo com Sica, ainda não houve nenhum caso parecido no STJD da ginástica, nem mesmo de alguém que tenha sido banido para sempre da modalidade por outra razão que não abuso sexual.

Ao todo, 40 ginastas e ex-ginastas afirmaram que foram vítimas de abusos sexuais praticados por Fernando de Carvalho Lopes entre 1999 e 2016, quando ele era técnico do Mesc (Movimento de Expansão Social Católica), clube particular de São Bernardo do qual foi afastado de todas as funções na semana passada, após as denúncias virem à tona.

No COB (Comitê Olímpico do Brasil), a Comissão de Atletas encaminhou uma representação para o Conselho de Ética da entidade pedindo esclarecimentos sobre a responsabilidade da CBG e do técnico Marcos Goto, coordenador de seleções, no caso.

A Academia sueca, que concede o Nobel de Literatura, anunciou nesta segunda-feira (7) a demissão efetiva de quatro de seus membros, nomeados inicialmente perpetuamente, após o escândalo #MeToo, que sacudiu a famosa instituição.

A instituição está mergulhada em uma crise desde novembro, quando, no contexto da campanha mundial contra abusos sexuais, o jornal sueco "Dagens Nyheter" publicou os testemunhos de 18 mulheres que afirmavam terem sido violentadas, agredidas sexualmente, ou assediadas por Jean-Claude Arnault, uma influente figura da cena cultural sueca.

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Arnault, marido francês da poetisa e membro da Academia Katarina Frostenson, negou as acusações.

Essas revelações semearam polêmica e discórdia entre os 18 membros da Academia sobre como reagir e, nas últimas semanas, seis deles decidiram renunciar, incluindo a secretária permanente Sara Danius.

Dois membros já não participavam há tempos dos trabalhos, reduzindo a dez o número de acadêmicos ativos.

Segundo o estatuto da Academia, são necessários ao menos 12 membros ativos das 18 cadeiras para eleger um novo membro.

O rei, padrinho da instituição, anunciou em 2 de maio uma modificação no estatuto: seus membros podem agora renunciar e, portanto, serem substituídos durante sua vida.

"Lotta Lotass, Klas Östergren e Sara Stridsberg solicitaram e foram autorizados de forma imediata a deixar a Academia sueca", indicou a instituição em um comunicado.

O quarto membro, Kerstin Ekman, afastado desde 1989 depois que a Academia se negou a condenar naquele ano uma fatwa contra o escritor britânico Salman Rushdie, também foi autorizado a se demitir.

Na sexta-feira, a Academia anunciou que o Nobel de Literatura de 2018 será adiado e entregue junto com o 2019, pela primeira vez em quase 70 anos.

Uma das vítimas do escândalo de pedofilia no Chile se encontrou com o papa Francisco neste sábado (28) e afirmou que o pedido de perdão do Pontífice "não é suficiente".

A conversa entre o líder da Igreja Católica e José Andres Murillo, que chegou no Vaticano ontem (27), aconteceu duas semanas depois do Papa admitir que cometera "graves erros de avaliação" sobre as denúncias de abuso sexual no país.

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"Falei por duas horas com o Papa. De maneira muito respeitosa e franca, expressei a importância de entender o abuso como um abuso de poder e a necessidade de assumir responsabilidade, atenção e não apenas perdão", explicou Murillo em uma publicação no Twitter.

O chileno e outros dois - Juan Carlos Cruz e James Hamilton - são vítimas de pedofilia por parte do padre Fernando Karadima, 87 anos, condenado pelo próprio Vaticano por violência sexual contra menores. Além disso, os três acusam o bispo de Osorno, Juan Barros, 61, de ter acobertado os casos.

Em janeiro, Jorge Mario Bergoglio visitou o Chile e chegou a dizer que as denúncias contra Barros eram "calúnias", o que provocou a ira das vítimas e críticas até do cardeal Sean O'Malley, líder da comissão antipedofilia criada pelo pontífice.

No entanto, durante seu retorno a Roma, Francisco pediu desculpas por ter contestado os relatos das vítimas, e, pouco depois, mandou o arcebispo de Malta, Charles Scicluna, para aprofundar as investigações. Depois de ler um relatório produzido pelo religioso de 2,3 mil páginas, com depoimentos de 64 vítimas e parentes de pessoas afetadas por casos de abuso sexual, o Papa reconheceu que subestimara as denúncias e convidou Cruz, Hamilton e Murillo para uma reunião. "Espero apenas que seja útil, que ajude a mudar o que é necessário para que o mundo seja um lugar onde se possa cuidar dos outros, acompanhar e não maltratar. E que a Igreja Católica seja aliada e não esteja entre aqueles que abusam", finalizou Murillo.

Até o momento, o Papa não tomou nenhuma ação concreta relativa ao Chile e não se pronunciou mais sobre o caso específico de Barros. Ontem (27), o Vaticano afirmou que nenhuma informação oficial sobre as conversas será divulgada, por "expresso desejo" de Francisco. Entenda o caso Os casos de pedofilia envolvendo Fernando Karadima começaram na década de 1980, quando Juan Barros era seminarista e homem de confiança do padre. Além disso, era secretário particular do então arcebispo de Santiago, Juan Francisco Fresno.

Juan Carlos Cruz, vítima de Karadima, garante que Barros o viu ser abusado pelo padre. "Como se eu pudesse ter feito uma selfie enquanto Karadima abusava de mim com Barros em pé ao lado dele, vendo tudo", ironizou Cruz após as declarações do Papa no Chile de que não havia provas contra o bispo, que nega as acusações.

Os denunciantes de Karadima ainda afirmam que Barros, no papel de secretário do arcebispo de Santiago, ignorava as acusações contra o padre. 

O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso reconheceu que a candidatura de Geraldo Alckmin (PSDB) ao Planalto neste ano pode ser abalada pelos escândalos envolvendo Aécio Neves, senador por Minas e ex-presidente nacional do PSDB. "Que abala, abala. Pode abalar. Se vai minar, vamos ver, dependendo da energia do maratonista e da capacidade que ele tem de conseguir apoio", disse, em entrevista ao programa Conversa Com Bial, da Rede Globo, transmitido na madrugada desta quinta-feira, 26.

FHC foi questionado sobre sua declaração ao jornal O Estado de S.Paulo, publicada no dia 19, em que definiu Alckmin como "corredor de maratona, não de 100 metros", como forma de minimizar os baixos índices de intenção de votos nas pesquisas do ex-governador paulista. Sobre os efeitos nas pretensões tucanas após Aécio ter se tornado réu no Supremo Tribunal Federal por corrupção e obstrução da Justiça, o ex-presidente defendeu que é preciso aguardar. "Temos de ser prudentes em olhar quais vão ser as consequências, depende da resposta política que as pessoas derem", disse.

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O ex-presidente foi confrontado se, após o caso Aécio, não ficaria impossível sustentar que a corrupção do PSDB não tenha sido tão sistêmica quanto a do PT. "Quando se diz sistêmica, quer dizer o que? Não é que foi muitas pessoas. Quer dizer que foi uma organização que beneficiou partidos que estão no poder e que utilizou empresas públicas para aumentar o valor dos contratos, passar para empresas privadas e para os partidos", disse. "O que foi dito sobre o Aécio não tem nenhum tesoureiro envolvido. No caso do mensalão e do petrolão é o contrário. Os dois são ruins, mas são diferentes. Por enquanto são atos individuais (de Aécio)."

FHC disse que espera ver Alckmin no segundo turno. Mas, caso o tucano não chegue lá, vai "tentar ver quem é o melhor para o Brasil".

O primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, enfrenta novas dificuldades, em consequência de um segundo escândalo de favorecimento e com o descontentamento crescente da opinião pública.

Já enfraquecido por acusações sobre uma operação imobiliária que ressurgiram em março, Abe enfrenta agora a suspeita de que influenciou as decisões do governo a favor de um amigo na criação de uma nova faculdade de Veterinária. Um documento oficial de 2015 circulou esta semana e descreve o estabelecimento como um "caso que diz respeito ao primeiro-ministro".

A popularidade de Shinzo Abe caiu nas últimas semanas e chegou a apenas 31%, segundo uma pesquisa publicada pelo jornal Asahi. Outra pesquisa, da agência Kyodo, mostra uma redução de 5,4 pontos, a 37%, um dos piores índices desde que o primeiro-ministro voltou ao poder em 2012.

No sábado, milhares de manifestantes se reuniram diante do Parlamento e pediram a renúncia do primeiro-ministro, uma manifestação pouco habitual no Japão.

O outro escândalo envolve um lote que teria sido vendido por 10% do valor de mercado em 2016 ao administrador de uma creche nacionalista. Uma escola do ensino básico deveria ser construída no local e o diretor do estabelecimento decidiu transformar a esposa de Abe em diretora honorária.

O caso retornou às manchetes depois da revelação de que o ministério da Defesa falsificou os documentos relativos à operação.

Nos dois casos, Shinzo Abe nega qualquer envolvimento, mas esta série de problemas coloca em dúvidas suas possibilidades de vencer a eleição para a liderança de seu partido, prevista para setembro.

Uma vitória parece "difícil", afirmou seu ex-mentor Junichiro Koizumi, que dirigiu o governo de 2001 a 2006. Em um contexto complicado, Abe viaja na terça-feira aos Estados Unidos para uma reunião com o presidente americano Donald Trump.

A Associação Brasileira de Defesa do Consumidor (Proteste) anunciou que vai se reunir com a direção do Facebook nesta quarta-feira (11), em Bruxelas, na Bélgica, para discutir o escândalo de utilização indevida de dados para fins políticos de 87 milhões de usuários da rede social, sendo 443 mil deles brasileiros.

Em documento enviado à rede social, a Proteste e entidades da Espanha, Itália, Portugal e Bélgica questionam se o Facebook pretende indenizar os usuários que tiveram seus dados explorados indevidamente e o que será feito para impedir que o problema ocorra no futuro.

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O grupo também deseja uma resposta sobre como reparar as consequências já causadas pelo vazamento. "Nosso posicionamento para o Facebook é claro: os dados que eles utilizam pertencem apenas aos usuários. Portanto, são estes que sempre devem ter o controle sobre suas informações pessoais", diz a Proteste, em comunicado.

"Defendemos que as pessoas precisam saber exatamente para que finalidade são utilizados seus dados, caso autorizem seu compartilhamento e, mais do que isso, os consumidores devem obter uma parte justa do valor criado pelas empresas que os utilizam", continua.

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