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A China quer enviar a Marte um veículo orientado à distância para explorar o planeta vermelho, em uma nova etapa do ambicioso programa espacial de Pequim, anunciou na sexta-feira um alto funcionário espacial chinês.

As autoridades aprovaram em janeiro a missão, declarou o diretor da Administração Espacial Nacional chinesa, Xu Dazhe, em uma coletiva de imprensa em Pequim. A operação deveria ser realizada por volta de 2020, explicou Xu, acrescentando que o prazo era "um desafio" mas que um êxito da tentativa significaria "um passo de gigante" nas capacidades espaciais do seu país.

"Nosso objetivo é entrar na órbita de Marte, aterrissar e pôr em movimento um robô, tudo em uma única missão, o que seria bastante difícil de realizar", afirmou. A China está investindo bilhões de iuanes em seu programa espacial e trabalhando para alcançar os Estados Unidos e a Europa.

Mas também quer competir com a Índia, que em setembro de 2014 se tornou o primeiro país da Ásia a alcançar Marte, com uma sonda de baixo custo que colocou em órbita em volta do planeta vermelho. Uma vez na superfície de Marte, segundo Xu, o robô chinês poderia estudar o solo, a atmosfera, e o meio ambiente do planeta, assim como procurar indícios de água.

"A pesquisa sobre esses temas é uma pesquisa sobre a própria humanidade e sobre as origens da vida", declarou. "Somente após o êxito desta missão, a China poderia afirmar que embarcou de verdade na exploração do espaço profundo", completou.

A China tem um ambicioso e multibilionário programa espacial militar que vê como um símbolo do progresso do país e do seu status global. Em 2013, Pequim conseguiu desembarcar na lua um robô chamado "Coelho de jade", que posteriormente apresentou problemas mecânicos. A China espera poder pousar por volta de 2018 sua sonda Chang'e-4 - cujo nome vem da deusa da lua na mitologia chinesa - no lado escuro do satélite natural da Terra.

Os Estados Unidos já enviaram dois veículos guiados à distância para Marte, e a antiga URSS e a Agência Espacial Europeia também realizaram missões no planeta vermelho. Em 2001, a China fracassou na sua primeira tentativa de por um satélite na órbita de Marte, quando o foguete russo que transportava o material falhou ao tentar sair da órbita terrestre.

Ratos de laboratório que passaram duas semanas em órbita mostraram sinais precoces de danos no fígado ao retornar à Terra, aumentando a preocupação sobre os efeitos que as viagens espaciais de longa duração podem ter em seres humanos, afirmaram pesquisadores na quarta-feira.

Os resultados poderiam interessar à agência espacial americana, que planeja enviar pessoas para lugares no espaço profundo, como asteroides ou Marte, por volta do ano 2030 - missões que requerem estadias longas no espaço.

A Nasa já está estudando os efeitos das viagens espaciais de longa duração no corpo humano, e recentemente mandou um de seus astronautas veteranos, Scott Kelly, para uma estadia de 340 dias na Estação Espacial Internacional, uma missão que também incluiu um cosmonauta russo.

"Antes desse estudo, nós não tínhamos muita informação sobre o impacto dos voos espaciais no fígado", disse Karen Jonscher, líder da pesquisa e professora adjunta de anestesiologia na University of Colorado's Anschutz Medical Campus. "Sabíamos que os astronautas frequentemente regressam com sintomas de diabetes, mas eles costumam desaparecer rapidamente".

Os ratos passaram 13 dias e meio a bordo do ônibus espacial Atlantis em 2011. De volta à Terra, pesquisadores descobriram que a viagem espacial aparentemente tinha ativado certas células que podem causar cicatrizes e danos nos órgãos a longo prazo. Especificamente, os ratos mostraram um aumento do armazenamento de gordura no fígado, assim como perda de retinol, uma forma animal de vitamina A.

Eles também apresentaram alterações na capacidade de quebrar as gorduras, e mostraram sinais de doença hepática gordurosa não alcoólica (NAFLD), assim como "potenciais indicadores precoces do início de fibrose, o que pode ser uma das consequências mais progressivas da NAFLD", disse o estudo.

Os investigadores já sabem que o voo espacial pode causar perda de massa óssea e muscular, bem como alterações na visão e nas funções cerebrais de humanos. Jonscher disse que os sinais de lesão hepática que eles viram nos camundongos normalmente levariam meses ou anos para se desenvolver, associados à ingestão de uma dieta pouco saudável.

"Se um rato mostra sinais de fibrose após 13,5 dias sem mudanças na dieta, o que acontece com os humanos?", perguntou. Os resultados foram publicados no periódico científico PLOS ONE.

A NASA não respondeu imediatamente a uma solicitação para comentar o estudo. "Se isso é ou não um problema, é uma questão em aberto", disse Jonscher.

Uma possibilidade é que o estresse do voo espacial, particularmente o sacolejo, barulho e tumulto na decolagem e ao retornar à atmosfera terrestre contribuíram para os danos hepáticos. Estudos posteriores sobre os tecidos de ratos que estiveram na Estação Espacial Internacional por meses poderiam esclarecer se a microgravidade desempenha ou não um papel na lesão hepática.

"Precisamos observar ratos que tenham passado por viagens espaciais mais longas para saber se eles desenvolvem mecanismos compensatórios para protegê-los de danos sérios", disse Jonscher.

Um foguete russo Soyuz levando dois cosmonautas russos e um "vovô astronauta" Jeff Williams pronto para bater o recorde de tempo acumulado no espaço por um americano, decolou nesta sexta-feira (18) para a Estação Espacial Internacional (ISS), disse um fotógrafo AFP.

Jeff Williams, 58 anos, avô de três netos, e os cosmonautas russos Oleg e Alexei Skripotchka Ovtchinine, decolaram em condições de vento a partir do Cosmódromo de Baikonur, no Cazaquistão, às 18h26 (de Brasília).

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"O foguete Soyuz decolou com sucesso", confirmou a Agência Espacial Federal Russa (Roscosmos) em comunicado, acrescentando que a acoplagem da nave espacial à ISS foi agendada para as 0h11 deste sábado.

A nave, cujo lançamento para a ISS foi ameaçado até o último momento por ventos fortes, é decorada com um retrato do primeiro homem no espaço, Yuri Gagarin, enquanto a Rússia vai celebrar em 12 de abril os 55 anos de seu voo lendário que marcou o início de uma nova era de conquista do espaço em 1961.

Após esta visita à estação que deve durar cerca de seis meses, a sua terceira na ISS, Jeff Williams terá passado um total de 534 dias acima da Terra .

Assim, ele ultrapassará os 520 dias de Scott Kelly, que voltou em 1 de março de uma missão de 340 dias a bordo da ISS. Kelly, de 52 anos, fez quatro viagens para o posto avançado do espaço.

Kelly quebrou o recorde americano, mas o recorde mundial de dias em órbita acumulados foi conquistado pelo russo Gennady Padalka, com 879 dias.

O astronauta americano Scott Kelly e seu companheiro russo Mikhail Kornienko voltaram à Terra nesta quarta-feira (2), após permanecer quase um ano em órbita na Estação Espacial Internacional (ISS).

Kelly e Kornienko, que dedicaram sua missão na ISS a preparar futuras missões habitadas a Marte, pousaram nas estepes do Cazaquistão às 04H27 GMT (01H27 Brasília), anunciaram o centro de controle russo e a Nasa.

Os dois haviam embarcado em uma nave russa Soyuz, depois da cerimônia de despedida, às 18h40 (horário de Brasília). Por volta das 22h (Brasília), a nave começou a se afastar da ISS rumo à Terra.

A Soyuz acionou seus motores por volta da meia-noite para frear o curso e sair da órbita terrestre antes de iniciar a queda de 53 minutos na direção da Terra. Graças a sua estada na ISS, Scott Kelly bateu dois recordes americanos: o do voo espacial mais longo e o de mais tempo de permanência acumulada no espaço, com 540 dias.

"Fisicamente, eu me sinto muito bem", disse Kelly à imprensa por meio de uma videoconferência.

"Poderia ficar mais 100 dias... poderia ficar mais um ano, caso fosse preciso", afirmou.

O recorde mundial da estadia espacial é do russo Valeri Poliakov entre 1994 e 1995, ao passar 437 dias a bordo da estação espacial MIR. O recorde mundial de tempo acumulado em órbita também foi de um russo, Gennady Padalka. No total, ele permaneceu 879 dias no espaço.

Na microgravidade, as gotas de água que flutuam no ar e em contato com o corpo se colam firmemente à pele, o que torna muito difícil tomar um banho. Os astronautas fazem seu asseio com esponjas molhadas.

Kelly disse que "a primeira coisa" que vai fazer ao chegar em casa, em Houston, no Texas, será pular na piscina.

Durante a longa permanência na estação, os dois homens foram submetidos a exames médicos regulares, bem como a uma bateria de testes e análises para estudar os efeitos a longo prazo da microgravidade sobre o corpo humano.

A galáxia mais luminosa do Universo, situada a 12,4 bilhões de anos-luz da Terra, está se autodestruindo, segundo um estudo apresentado nesta sexta-feira na capital chilena, o qual conseguiu constatar a conturbada atividade em seu interior.

As observações puderam ser realizadas graças ao ALMA (na sigla em inglês), o radiotelescópio mais potente do planeta, localizado no norte do Chile, que permitiu a uma equipe de cientistas observar, pela primeira vez, o movimento interestelar da galáxia conhecida como W2246-0526, isto é, o gás e o pó presentes entre suas estrelas.

A galáxia W2246-0526 está muito distante da Via Láctea, a galáxia que hospeda o planeta Terra, e é 10 mil vezes mais luminosa que ela, de acordo com o estudo. O que mais surpreendeu os cientistas foi a conturbada atividade registrada em seu interior.

"A galáxia é tão caótica que está se autodestruindo", disse Tanio Díaz-Santos, cientista da Universidade Diego Portales do Chile e principal autor do estudo, durante uma coletiva de imprensa.

Tal turbulência poderia acabar esgotando todo seu conteúdo gasoso, a partir do qual se formam as estrelas, acrescenta o cientista, que compara o estado desta galáxia "ao de uma grande panela de pressão fervendo".

Ele afirma que, se suas condições se mantiverem assim, a intensa radiação infravermelha da galáxia terminará evaporando todo seu gás interestelar. Mas "nem todas as galáxias atravessam este estado evolutivo e têm seus dias contados por isto", conclui Díaz-Santos. O ALMA é formado por 66 antenas localizadas nos Observatórios do Llano Chajnantor, no norte do Chile, a mais de 5 mil metros de altura.

O grupo é uma associação entre o Observatório Europeu do Sul (ESO), a Fundação Nacional de Ciências dos Estados Unidos e os Institutos Nacionais de Ciências Naturais do Japão, em cooperação com a República do Chile.

O famoso robozinho Philae, hóspede do Cometa "Churi" e em silêncio há mais de cinco meses, pode quebrar o seu silêncio no final de janeiro, indicou nesta segunda-feira à AFP o Centro Nacional de Estudos Espaciais (CNES).

"A probabilidade de conseguirmos um contato diminui gradualmente à medida que o tempo avança, mas não podemos dizer hoje que acabou definitivamente", declarou Philippe Gaudon, chefe do projeto Rosetta no CNES em Toulouse (França).

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"Nós continuamos a ouvir e vamos esperar até o final de janeiro", acrescentou.

"Nós até registramos dois pequenos 'beep' nos últimos dias, o primeiro na noite de 21 para 22 de dezembro e o segundo dia 25", disse Philippe Gaudon.

"Mas não estamos 100% certos de que se trata de uma mensagem de Philae", disse ainda.

Philae completou em 12 de novembro um ano pousado no cometa 67P/Churyumov-Geramisenko (apelidado "Churi"), para onde foi levado pela sonda europeia Rosetta com a missão de explorar diretamente o núcleo mediante seus sofisticados instrumentos de observação.

Um ano atrás, a sonda europeia Rosetta levou Philae até o cometa 67P/Churyumov-Geramisenko (apelidado de Churi) com a missão de explorar diretamente o núcleo com o auxílio de seus sofisticados instrumentos de observação.

Após mais de dez anos de viagem interplanetária a 450 milhões de quilômetros da Terra a bordo de Rosetta, o robô pousou em 12 de novembro de 2014 no cometa, um marco histórico que foi seguido em todo o mundo.

Em sua queda, Philae saltou várias vezes e, finalmente, estabilizou entre duas falésias.

Com seus dez instrumentos, o robô trabalhou por 60 horas e depois morreu porque os painéis solares que dão vida a ele não está recebendo energia suficiente.

No último 13 de junho despertou de surpresa e manteve vários contatos com a Terra. Mas desde 9 de julho não mostrou qualquer sinal de vida e teme-se que ele esteja danificado.

Para que o robô possa entrar em contato coma a sonda Rosetta, ela tem que se aproximar a menos de 200 quilômetros do cometa.

Mas durante o verão Rosetta havia se afastado de Churi porque estava emitindo uma poeira perigosa durante sua aproximação do sol.

"Existem boas possibilidades de estabelecermos novamente contato com Philae. Diria que temos 50% de possibilidades", afirmou Stephan Ulamec, responsável pelo módulo de pouso na agência espacial alemã DLR.

Segundo Jean-Pierre Bibring, responsável científico do robô, "poderíamos manter contatos com o robô esta mesma semana, mas é sobretudo a partir do final de novembro ou no início de dezembro que esperamos poder retomar uma série de operações científicas com Philae".

O objetivo da missão Rosetta, liderada pela Agência Espacial Europeia, é compreender melhor os cometas, testemunhos há 4,6 bilhões de anos do nascimento do sistema solar. Os pesquisadores esperam descobrir também indícios de como surgiu a vida na Terra.

Philae permitiu ver "quase o milímetro dos grãos da superfície" do núcleo do cometa, lembra à AFP Nicolas Altobelli, cientista da ESA.

No seu primeiro salto para cair, causando uma nuvem de poeira, Philae detectou elementos voláteis, incluindo várias moléculas orgânicas que formam os chamados "blocos de construção da vida". Os instrumentos do robô também revelaram a presença de um material de carbono orgânico na superfície que também está, certamente, presente no núcleo do planeta.

'Temos que continuar examinando esse material. Como é muito refratário, é preciso aquecê-lo para que se fragmente e entre em nossos instrumentos", explicou Bibring.

Philae tem pequenos fornos em seu exterior e talvez até alguns deles já tenham capturado parte deste material que poderia ser formado por macromoléculas complexas. Se não houver nada dentro destes fornos, seria preciso perfurar o solo, informaram os responsáveis da missão.

Há um ano, Philae já havia tentado uma perfuração, mas não teve resultados. "Teria que girar uns graus para que a perfuradora possa tocar o solo, uma operação que apresenta alguns riscos", segundo Bibring.

Em todo caso, não é possível fazer nada se não há uma comunicação estável entre o robô e Rosetta. "Bastariam contatos de uns dez minutos por dia para levar a cabo experimentos", explica o responsável científico.

O cometa está se afastando do Sol e as temperaturas estão caindo, com o que, segundo Bibring, só há tempo até janeiro para tentar trabalhar com Philae. Depois, terá o descanso merecido até o final da missão, prevista em setembro de 2016.

O astronauta britânico Tim Peake disse nesta sexta-feira (4) que vai participar da Maratona de Londres. Nada de anormal, exceto pelo fato de que ele estará no espaço, a bordo da Estação Espacial Internacional (ISS).

"Assim que me deram a missão de ir à ISS, pensei que seria genial correr a maratona de Londres embarcado. Trata-se de um evento mundial, então vamos ampliar um pouco mais essa fronteira", disse o ex-piloto de testes de helicóptero, de 43 anos.

Tim Peake decolará rumo à ISS em 15 de dezembro do cosmódromo de Baikonur, no Cazaquistão, a bordo de uma nave Soyuz russa para uma missão de seis meses. É o segundo britânico no espaço desde Helen Sharman, em 1991.

Correr a maratona permitirá a ele, além de tudo, lutar contra os efeitos negativos da gravidade zero nos músculos e nos ossos, contra os quais o melhor remédio é o exercício.

A astronauta norte-americana Sunita Williams já correu uma maratona na ISS, a de Boston, em 2007, com um tempo de 4 horas e 24 minutos.

Tim Peake vai percorrer os 42.195 quilômetros ao mesmo tempo que os outros 37.000 participantes em terra firme, às 10h (de Londres) do dia 24 de abril.

Dado que este ano a maratona de Londres oferece a oportunidade de percorrer a distância numa esteira com um programa virtual que mergulha o corredor no percurso, Tim Peake se sentirá em casa: "vou me ver correndo pelas ruas de Londres enquanto orbito pela Terra a uma velocidade de 27.000 km/h," disse em comunicado.

Peake concluiu a maratona em 1999 com um tempo excelente, 3 horas 18 minutos e 50 segundos. "Não acredito que possa superar essa marca a bordo da ISS. O sistema arnês é uma grande limitação. Se eu não estivesse pregado à esteira, flutuaria, e por isso terei que usar uma espécie de mochila que, ao final de 40 minutos, começa a ser incômoda", disse.

A Estação Espacial Internacional (ISS), laboratório orbital que vem proporcionando avanços significativos no estudo da microgravidade e na preparação de missões a Marte, comemorou nesta quinta-feira quinze anos de presença humana a bordo.

A estrutura, que orbita em média a 370 quilômetros de altitude, começou a ser construída em 1998 e só foi totalmente concluída em 2011, mas já começou a ser ocupada por astronautas no dia 2 de novembro de 2000. Hoje em dia, a ISS tem seis 'inquilinos'.

"O aspecto mais importante são os objetivos de exploração espacial tripulada de longa duração", ressaltou o astronauta americano Scott Kelly, comandante de equipe atual, em entrevista coletiva realizada ao vivo com todos os companheiros a bordo: o compatriota Kjell Lindgren, o japonês Kimiya Yuis, além dos russos Mikhail Kornienko, Oleg Kononenko e Sergey Volkov.

Em março, Kelly iniciou com Kornienko uma estadia de um ano na ISS, um recorde para a estação, para estudar os efeitos fisiológicos da microgravidade durante um longo período. O objetivo é preparar futuras missões rumo a Marte, que não devem acontecer antes da década de 2030.

"A ISS permite testar tecnologias que precisamos desenvolver e compreender melhor para realizar com êxito uma expedição rumo a Marte", explicou Kjell Lindgren.

"As mais de cem experiências científicas efetuadas durante a estadia de Kelly e Kornienko são essenciais para entender como a fisiologia humana se adapta à microgravidade e o que é preciso fazer para proteger a saúde dos astronautas durante uma longa viagem rumo a Marte", completou o americano.

Acima das tensões diplomáticas

Lindgren citou como exemplo os efeitos nefastos da microgravidade sobre os músculos, os ossos, e a imunidade dos astronautas em geral, além do risco de câncer, por conta de exposição a radiações cósmicas durante um período tão longo. De acordo com as previsões atuais, uma viagem até Marte pode durar três anos.

Já russo Oleg Kononenko fez questão de ressaltar que não existem confrontos nem divergências a bordo da ISS, referindo-se às tensões diplomáticas entre Moscou e Washington.

"Na Terra, as pessoas são às vezes incapazes de dialogar, mas esse tipo de situação é inimaginável no espaço", disse o cosmonauta, cujas declarações foram traduzidas por um intérprete.

"Aqui, todo mundo é importante. O sucesso do programa, e às vezes a vida de todos, depende do que cada um faz aqui dentro", enfatizou.

O espaço é um dos únicos pontos de concordância entre Rússia e Estados Unidos.

Os americanos dependem exclusivamente das naves russas Soyuz para transportar os astronautas para a ISS, pelo preço de 70 milhões de dólares por 'passagem'.

A Nasa espera poder contar com o setor privado, com as empresas SpaceX e Boeing, para fazer o transporte por conta própria a partir de 2017.

Jantar comemorativo

Para celebrar o aniversário de quinze anos, a equipe prevê um jantar especial, para trocar ideias sobre a evolução da estação.

Em 2000, a ISS tinha apenas dois módulos e três ocupantes, o americano Bill Sheperd, e os russos Sergei Krikalev e Yuri Gidzenko.

Desde então, 220 astronautas de várias nacionalidades passaram pela estação orbital, entre eles o brasileiro Marcos Pontes, de 30 de março a 8 de abril de 2006.

A ISS dá 16 voltas diárias da Terra, a cerca de 28.000 km/h.

A estação é um investimento de cerca de 100 bilhões de dólares, a maior parte financiada pelos Estados Unidos.

No ano passado, a duração de uso da ISS foi prorrogada até, no mínimo, 2014.

A Nasa e a Agência Espacial Israelense (ISA) assinaram nesta terça-feira um acordo de cooperação em Jerusalém, segundo um comunicado do ministério israelense de Ciência, Tecnologia e Espaço. O acordo foi assinado conjuntamente por Charles Bolden, diretor da Nasa, e o diretor do ISA, Menachem Kidron, paralelamente a um congresso sobre o espaço que ocorre em Jerusalém.

"Conhecidos por suas inovações e tecnologias, e este acordo nos dará a oportunidade de cooperar com Israel no âmbito de viagens para Marte", afirmou Bolden durante a cerimônia. O presidente do ISA, Yitzhak ben Israel, declarou esperar "que a tecnologia israelense possa desempenhar um papel chave nas missões futuras sobre Marte".

Entre as possibilidades de cooperação, o ministério israelense da Ciência evocou missões conjuntas, intercâmbio de equipes, exploração espacial, programas educativos e outras plataformas de troca em matéria de pesquisa espacial.

A Nasa anunciou no final de setembro a descoberta de água em Marte, descoberta importante que pode revolucionar a compreensão sobre o Planeta Vermelho. O ISA também assinou nesta terça um acordo de cooperação com a Agência Espacial Francesa (CNES) para um novo projeto em que pesquisadores israelenses irão desenvolver elementos de um satélite francês.

"Desenvolver nossa cooperação com o CNES é a melhor prova da crescente demanda no mundo pela tecnologia israelense no campo espacial", declarou o ministro israelense de Ciência, Ofir Akounis, que assinou o acordo com o presidente do CNES, Jean-Yves Le Gall, segundo comunicado divulgado pelo ministério.

Um grupo de estudantes que anexou uma GoPro a um balão meteorológico encontrou o aparelho dois anos depois. Eles descobriram que durante o tempo em que ficou desaparecida, a câmera foi parar no espaço. Na aventura, o acessório registrou belas imagens da superfície terrestre. Fascinados, os donos postaram todo material gravado na internet.

Tudo começou quando um grupo de cinco estudantes enviou um balão meteorológico a partir do Grand Canyon. O objetivo era capturar fotos do famoso desfiladeiro situado no Arizona, Estados Unidos, com uma GoPro HERO3. Junto com a câmera, foi enviado um smartphone especial com GPS para rastrear a localização do aparelho.

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O balão atingiu uma altitude de 98,664 pés. No entanto, quando o equipamento caiu de volta para a Terra, aterrissou em uma área sem cobertura móvel, onde não foi possível rastrear sua localização. Foi por puro acaso que, dois anos depois, uma mulher encontrou o aparelho durante uma caminhada no deserto e o devolveu para seus donos. 

Novas imagens de Plutão, transmitidas nos últimos dias pela sonda espacial New Horizons, revelam uma diversidade e complexidade de relevos desconcertantes, jamais observada no sistema solar, disseram neste sábado pesquisadores da Nasa.

"Se um artista tivesse representado este Plutão antes da missão da New Horizons - que obteve sua aproximação máxima do planeta-anão em 14 de julho - provavelmente teríamos achado que estava alucinado, mas a realidade é esta", disse o principal cientista do programa, Alan Stern, do Southwest Research Institute (SwRI).

"Plutão nos mostra uma diversidade de relevos e uma complexidade de formações geológicas jamais observados no sistema solar".

Geologicamente, "a superfície de Plutão é tão complexa como a de Marte", avaliou o geólogo Jeff Moore, um dos membros da missão.

As últimas imagens revelam, ao que parece, dunas e caminhos de nitrogênio sólido descendo das regiões montanhosas para uma rede de vales.

As imagens também trazem vastas zonas montanhosas com um relevo caótico, que recorda algumas regiões de Europa, uma das luas geladas de Júpiter.

Podem haver gigantescos blocos de gelo flutuando em um vasto depósito, mais denso, de nitrogênio sólido, que se encontra em uma planície batizada de "Sputnik Planum".

- O mistério das dunas -

Estas novas imagens mostram partes de Plutão com a maior densidade de crateras já observada no planeta-anão, próximas a planícies congeladas, mais recentes geologicamente e quase sem crateras.

"Se forem efetivamente dunas que observamos em Plutão será realmente surpreendente, já que a atmosfera do planeta-anão é demasiado fina para produzir ventos", disse Bill McKinnon, da Universidade Washington de St Louis, um dos cientistas da missão.

"Ou Plutão teve uma atmosfera mais densa no passado ou ocorrem outros processos que não conhecemos; isto é um quebra-cabeça".

As novas imagens também revelam que os vapores atmosféricos em torno de Plutão, que se elevam a até 130 km de altitude, são formados por muito mais camadas do que acreditavam os cientistas.

A névoa que circunda o planeta cria um esplendor que ilumina sua superfície ao entardecer.

Plutão está situado no cinturão de Kuiper, um grande depósito de detritos além da órbita de Netuno, e é bombardeado por asteroides regularmente.

A New Horizons vai continuar a transmitir dados coletados até o final de 2016. A sonda está atualmente a 12,5 milhões de quilômetros além de Plutão, mergulhando no Cinturão de Kuiper.

Astrônomos identificaram no Chile um planeta gêmeo a Júpiter que orbita uma estrela parecida com o Sol, uma descoberta que sugere que este sistema seja semelhante ao solar - anunciou nesta quarta-feira o Observatório Europeu do Sul (ESO).

A descoberta da equipe internacional liderada por Jorge Melendez, da Universidade de São Paulo (USP), foi detalhada em um artigo publicado pela revista Astronomy and Astrophysics.

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"Embora tenhamos encontrado vários planetas semelhantes a Júpiter a várias distâncias de estrelas semelhantes ao Sol, este planeta (...) é o análogo mais preciso encontrado até agora para o Sol e Júpiter", afirma a carta do observatório.

Além disso, a estrela "anfitriã" (HIP 11915) é semelhante ao Sol em massa, tem quase a mesma idade e composição estrela similar, aponta o ESO.

Melendez comentou que "a busca por uma Terra 2.0 e um Sistema Solar 2.0 completo, é um dos desafios mais emocionantes da astronomia".

Nesse sentido, Megan Bedell - cientista da Universidade de Chicago e principal autora da investigação - observou que "depois de duas décadas em busca de exoplanetas, finalmente estamos vendo planetas gasosos gigantes, similares ao nosso próprio Sistema Solar".

"Esta descoberta é, em todos os aspectos, um sinal emocionante de que provavelmente há outros sistemas solares esperando para serem descobertos", disse o cientista da Universidade de Chicago.

A partir de agora, seguirá um monitoramento para confirmar a descoberta, mas o sistema da estrela HIP 11915 "é um dos candidatos mais promissores até agora para hospedar um sistema planetário semelhante ao nosso", disse o comunicado.

O planeta foi detectado graças a um "Buscador de Planetas por Velocidade Radial de Alta Precisão" (HARPS, na sigla em inglês) instalado no telescópio de 3,6 metros no Observatório de La Silla.

O Observatório La Silla está instalado a 2.400 metros de altitude no deserto do Atacama, cerca de 1.400 quilômetros ao norte de Santiago.

Após mais de nove anos de viagem e 5 bilhões de quilômetros, a sonda New Horizons começa a se aproximar de Plutão nesta terça-feira - um momento único para conhecer mais sobre o pequeno planeta, que permanece um mistério para os cientistas.

"Parece ficção científica, mas não é: na manhã de terça-feira a New Horizons vai sobrevoar Plutão de muito perto", comemorou Alan Stern, um dos principais engenheiros que trabalham no projeto de 700 milhões de dólares.

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Os pesquisadores tiveram que ser pacientes: enviada em janeiro de 2006, a New Horizons, a sonda mais rápida já enviada ao espaço, finalmente chegou ao ponto mais próximo de Plutão. Mas como ela circula em alta velocidade, cerca de 49.000 km/h, a pequena sonda, do tamanho de um piano, não vai poder parar e ficar em órbita ao redor do planeta anão.

Ela vai apenas tocar em Plutão, passando a cerca de 12 mil quilômetros, e durante uma janela de algumas horas poderá obter o máximo de imagens e informações sobre o planeta, sobre o qual não se sabe ainda muita coisa. A sonda vai continuar, a seguir, a observar o cinturão de Kuiper, uma vasta área repleta de pequenos corpos ao longo de toda a órbita de Netuno.

A New Horizons vai chegar no ponto mais próximo de Plutão na terça-feira às 8h49 (de Brasília), mas a sonda já tem enviado imagens e impressões ao longo de sua aproximação, há varias semanas.

"O que nós recebemos da sonda é inacreditável, vai além dos nossos sonhos mais loucos", comentou Stern, explicando que as imagens do planeta anão esperadas para os próximos dias serão cada vez mais precisas.

"Em 24 horas, a qualidade da resolução de nossas imagens vai passar de 15 quilômetros por pixel, para menos de 100 metros por pixel", afirmou. "Pra se ter ideia do nível de precisão das imagens, se o Central Park estivesse em Plutão, a qualidade de nossas imagens nos permitiria observar as lagoas do parque".

- Efeito de miragem -

"Pela primeira vez na história da humanidade nós vamos passar atrás de Plutão e faremos imagens do outro lado", acrescentou Leslie Young, responsável pela planificação exata da missão.

As informações enviadas nos últimos dias também permitiram que os investigadores fizessem algumas descobertas sobre a superfície do planeta anão.

"Nós aprendemos nas últimas 48 horas, por exemplo, que há fuga de nitrogênio da atmosfera de Plutão e que e há camadas de gelo nos polos. Nós nem imaginávamos que conseguiríamos obter este tipo de dado tão cedo", notou Stern.

"E nós também descobrimos que Plutão é um pouco maior do que pensávamos: o planeta tem um raio de 1.185 quilômetros, mais ou menos 10 quilômetros", explicou o cientista. "Até lá nossos dados estavam imprecisos, porque a atmosfera de Plutão é muito densa para criar um efeito de miragem que não nos permitia ser tão precisos".

A sonda dispõe de sete instrumentos de medição de alta performance. Ela vai escanear a superfície de Plutão, analisar a composição de sua atmosfera, sua geologia, recolher a temperatura de sua superfície e fotografar".

Infelizmente, a sonda não poderá se comunicar ao mesmo tempo em que faz as análises. Os pesquisadores da Nasa ainda deverão esperar para começar a receber as preciosas informações coletadas pela New Horizons.

A Nasa acredita também que há um risco sobre 10.000 de que a sonda esbarre num detrito ao redor de Plutão e que ela perca tudo: "isso não tira meu sono", contou Stern. "Mas é claro que no final do dia amanhã, estaremos um pouco estressados".

Os primeiros elementos coletados devem chegar ao centro de controle da missão em Laurel, nos arredores de Washington, na noite de terça-feira. Depois, serão necessários ao menos seis meses para transmitir o material coletado - o teste de paciência ainda não acabou.

A Dragon, cápsula não tripulada da empresa americana SpaceX, separou-se nesta quinta-feira (21) da Estação Espacial Internacional (ISS) para iniciar o retorno à Terra com 1,4 tonelada de carga, incluindo amostras de experimentos médicos e biotecnológicos.

A manobra para separar a Dragon, que estava acoplada à ISS desde 17 de abril para deixar duas toneladas de mantimentos e material para experimentos, foi realizada por um braço robótico operado pelo astronauta Scott Kelly, um dos seis membros da tripulação. A cápsula foi liberada, como estava previsto, às 11H04 GMT (8H04 de Brasília), informou a Nasa.

A Dragon foi colocada em órbita ao redor da ISS e dará três voltas para se afastar gradativamente da Estação. Às 15H49 GMT (12H49 de Brasília) deve acionar os motores de retropropulsão que ajudarão a reduzir sua velocidade de reingresso na Terra, antes de usar os paraquedas que devem apoiar a descida.

A cápsula deve cair no Oceano Pacífico, na altura da península de 'Baja California' no México, onde será recuperada por uma embarcação. Esta foi a sexta missão de abastecimento da Dragon de um total de 12 contratadas pela Nasa com a SpaceX, em um contrato de 1,6 bilhão de dólares.

Em 2012, a cápsula fez uma viagem de teste até a ISS e se tornou o primeiro aparelho de uma empresa privada a ser acoplado à Estação.

A agência espacial russa Roscosmos anunciou neste sábado (16) ter perdido o satélite mexicano MexSat-1, após a ocorrência de uma falha no lançamento do foguete portador, o segundo problema do programa espacial russo em 24 horas. "Depois que o foguete Proton-M foi lançado com o satélite MexSat-1, ocorreu uma situação de emergência. As razões estão sendo identificadas", disse a Roscosmos em um comunicado.

Uma fonte da agência espacial disse à agência RIA Novosti que a comunicação com o foguete foi perdida um minuto antes do satélite de telecomunicação se separar do terceiro estágio do Proton-M. Segundo a fonte, o satélite não conseguiu se separar do foguete. "O satélite mexicano está perdido. Os lançamentos de foguetes tipo Proton serão perdidos até que a razão da falha seja identificada", indicou a fonte da Roscosmos.

O lançamento ocorreu às 05h47 GMT (02h47 de Brasília) a partir do cosmódromo russo de Baikonur, no Cazaquistão. Fragmentos do foguete, que continha várias toneladas de combustível tóxico, caíram na região de Chita, na Sibéria, embora a maior parte tenha se desintegrado na atmosfera, informaram fontes da agência espacial. "Segundo dados confirmados, o terceiro estágio do foguete Proton-M, junto com o estágio superior Briz-M e o satélite mexicano caíram na região de Chita", disse uma fonte à agência de notícias Interfax.

"O terceiro estágio do Proton-M e o estágio superior caíram de uma altura de 160 quilômetros, isso deve bastar para que todos os fragmentos tenham queimado na atmosfera", acrescentou outra fonte à agência de notícias TAAS. Trata-se da segunda-falha da agência espacial em 24 horas.

Horas antes, não foi possível ativar a tempo os motores de uma nave Progress M-262M, acoplada à Estação Espacial Internacional (ISS), que deveriam corrigir sua órbita, informou a Roscosmos. "As razões estão sendo estudadas por especialistas no centro de controle de voos", declarou a Roscosmos.

Uma fonte da agência espacial declarou à RIA Novosti que na segunda-feira tentarão novamente colocar em funcionamento os motores da nave Progress, a menos que os controles encontrem problemas sérios. Todos estes problemas ocorreram menos de um mês após um cargueiro espacial Progress não tripulado, que levaria provisões à Estação Espacial Internacional, perder contato com a Terra pouco depois de seu lançamento, em 28 de abril, e acabar se desintegrando na atmosfera no dia 8 de maio.

O acidente fez com que a Roscosmos adiasse o retorno de três astronautas da ISS que deveriam ter voltado à Terra na quinta-feira passada. Outro cargueiro espacial Progress caiu na Sibéria pouco depois de seu lançamento em 2011. Além disso, Moscou também perdeu vários satélites comerciais.

Os operadores de voo russos perderam o controle da Progress, uma nave espacial sem tripulação que ia abastecer a Estação Espacial Internacional (ISS) e que agora cairá na Terra, indicou nesta quarta-feira uma autoridade russa.

"Começou a cair", disse este funcionário que não quis se identificar, reconhecendo que a nave começou a ter "reações totalmente incontroláveis".

Uma nave russa Progress, não tripulada e que devia levar equipamentos à Estação Espacial Internacional (ISS), está com problemas em sua transmissão de dados, anunciaram as autoridades russas, assegurando que, mesmo assim, a nave poderá cumprir sua missão.

"A nave está em sua órbita, mas os dados telemétricos não estão transmitindo integralmente", declarou um porta-voz do centro de controle russo.

Por isso, os controladores russos tomaram a decisão de mudar o plano de voo da nave.

A assessoria de imprensa da Roskosmos, a agência espacial russa, confirmou que a nave de carregamento estava com problemas de transmissão de dados, e que especialistas trabalhavam para resolver o defeito.

Mas a agência de notícias russa TASS, citando uma fonte da indústria aeroespacial, assegurou que a nave, lançada na manhã desta terça por um foguete Soyuz do cosmódromo de Baikonur (Cazaquistão), não conseguiu posicionar-se na órbita desejada por causa de uma falha no foguete.

A presidenta Dilma Rousseff parabenizou nesta sexta-feira, 17, o estudante Pedro Nehme, primeiro civil a viajar ao espaço. O aluno, ex-bolsista do Ciência sem Fronteiras, venceu um concurso promovido por uma empresa holandesa, com 129 mil concorrentes.

Em sua conta no Twitter, a presidenta elogiou a conquista de Nehme e informou que o brasileiro foi da primeira turma do programa Ciência sem Fronteiras, fez estágio na Agência Espacial Norte-Americana (Nasa) e é bolsista da Agência Espacial Brasileira (AEB).

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"Ele venceu um concurso com outros 129 mil concorrentes e fará um voo suborbital, levando um experimento de uma escola pública brasileira", esclareceu Dilma na rede social.

Segundo informações da Agência Brasil, o concurso foi promovido em 2013, pela companhia aérea KLM. Ele já iniciou os treinamentos na AEB para o voo na espaçonave Lynx Mark II, da empresa XCOR Space Expeditions. Aos 23 anos, Pedro Nehme cursa o último semestre de engenharia elétrica na Universidade de Brasília.

Em 2006, o tenente-coronel da Força Aérea Brasileira Marcos Pontes entrou para a história como primeiro militar brasileiro a viajar à Estação Espacial Internacional.

Assim como o brasileiro Marcos Pontes, o primeiro a ir ao espaço, um estudante de engenharia elétrica da Universidade de Brasília (UnB) está de viagem marcada para entrar em órbita. Pedro Nehme, 23 anos, conduzirá um experimento criado por alunos de escolas públicas, que tem como objetivo avaliar os aspectos fisiológicos relacionados à exposição do corpo humano ao ambiente de microgravidade e hipergravidade. 

O projeto será selecionado pela Agência Espacial Brasileira (AEB), através de uma chamada pública. Até 27 de abril, o quinto Anúncio de Oportunidade do Programa Microgravidade recebe propostas de estudantes de educação básica. A previsão de divulgação do resultado é para 2 de maio.

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Pedro foi bolsista do Ciência sem Fronteiras e ex-estagiário da agência espacial norte-americana Nasa. O brasileiro ganhou uma promoção mundial assim que voltou do intercâmbio, cujo prêmio é um voo suborbital que deverá ocorrer no final deste ano. "Estou ansioso para essa missão. Gostaria muito de contribuir para o programa espacial brasileiro”, diz Nehme, conforme informações da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes).

Segundo informações da Capes, o veículo espacial que conduzirá Pedro ao espaço será finalizado e ainda passará por testes. Por enquanto, o brasileiro passar por treinamentos promovidos pela AEB.

Com informações da Capes

O veículo Curiosity da Nasa descobriu nitrogênio na superfície de Marte, algo significativo que contribui para evidenciar que o Planeta Vermelho poderia ter sustentado vida no passado - informou a agência espacial americana nesta terça-feira (25).

Ao perfurar rochas marcianas, o rover Curiosity encontrou evidências de nitratos, compostos contendo nitrogênio que pode ser usado por organismos vivos.

A equipe do Curiosity já encontrou evidências de que outros ingredientes necessários à vida, como água em estado líquido e matéria orgânica, já existiram no local conhecido como cratera Gale. "Encontrar uma forma bioquimicamente acessível de nitrogênio é mais um argumento para a tese de que o antigo ambiente marciano na cratera Gale seria habitável", disse Jennifer Stern, do Goddard Space Flight Center da NASA, em Greenbelt, Maryland.

O nitrogênio é essencial para todas as formas de vida conhecidas, porque é um bloco de construção de DNA e RNA.  No entanto, "não há nenhuma evidência para sugerir que as moléculas de nitrogênio encontradas pela equipe foram criadas pela vida", alertou a Nasa. "A superfície de Marte é inóspita para as formas conhecidas de vida", lembrou a agência.

A equipe de pesquisa sugeriu que, ao invés disso, os nitratos são antigos e provavelmente vieram de impactos de meteoritos, raios e outros processos não-biológicos. Na Terra e em Marte, o nitrogênio é encontrado na forma de gás de dióxido de nitrogênio - dois átomos presos juntos com tanta força que não reagem facilmente com outras moléculas.

Os átomos de nitrogênio devem ser separados ou "fixados" para que possam participar nas reações químicas necessárias à vida. "Na Terra, certos organismos são capazes de fixar o nitrogênio atmosférico e esse processo é fundamental para a atividade metabólica", disse a Nasa. "No entanto, quantidades menores de nitrogênio também são fixadas por eventos energéticos como os relâmpagos".

O veículo Curiosity está atualmente no sopé do Monte Afiado, uma montanha de 5.500 metros, formado por camadas sedimentares. Em dezembro, o robô detectou emissões de metano regulares perto da superfície marciana, mas a origem do fenômeno é desconhecida.

Os cientistas não esperam que o rover Curiosity encontre alienígenas ou seres vivos em Marte, mas esperam usá-lo para analisar o solo e as rochas em busca de sinais dos elementos-chave para a vida que o Planeta Vermelho pode ter abrigado no passado.

O veículo de 2,5 bilhões de dólares também tem como objetivo estudar o ambiente marciano para se preparar para uma eventual missão humana por lá nos próximos anos. O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, promete enviar humanos para o Planeta Vermelho até 2030.

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