Tópicos | extinção

Os pescadores e marisqueiras do Paulista participam de uma audiência na Câmara Municipal de Vereadores da cidade nesta terça (11), às 9h, junto a Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa) e a Promotoria de Meio Ambiente do Paulista. Na ocasião serão discutidos os esgotamentos sanitários que são despejados no mar sem nenhum tratamento e que vêm prejudicando a pesca artesanal da cidade.

Com a degradação ambiental, espécies como Tainha, Boca-Mole, Barbudo, Saúna, entre outras, entraram em extinção na área litorânea do Paulista. Além disso, os mariscos também desapareceram da praia do Janga até Maria Farinha, sendo atualmente encontrados somente em Mangue Seco.

##RECOMENDA##

A situação é grave, segundo o presidente da Colônia dos Pescadores do Paulista, Luiz Mangote. "Por conta da falta de várias espécies e dos mariscos, muitos pescadores estão passando por dificuldades e para promover o sustendo de suas famílias estão catando latas e as marisqueiras, fazendo faxinas”, ressaltou ele. Através da audiência, Mangote espera que a situação seja resolvida o mais breve possível.

Pesquisadores do Projeto Tamar constataram recentemente que, em cinco anos, a população de tartarugas marinhas em extinção que povoam as águas brasileiras aumentou em 86,7%. As cinco espécies ameaçadas (tartaruga cabeçuda, tartaruga-de-pente, tartaruga-verde, tartaruga-oliva e tartaruga-de-couro) subiram de 4,5 milhões para 8,4 milhões do início de 2010 ao fim de 2014, o que indica o surgimento de uma nova geração de tartarugas e o início da recuperação das espécies.

O projeto é patrocinado pela Petrobras, por intermédio do Programa Petrobras Socioambiental. Um do integrantes, Guy Marcovaldi, ressaltou que esse aumento indica uma grande vitória, já que até o início dos anos 80, a matança de tartarugas por redes de pesca, anzóis, poluição dos oceanos e mudanças climáticas, praticamente destruiu as cinco espécies. 

##RECOMENDA##

Porém, apesar de as espécies presentes no Brasil começarem a se recuperar, o número de tartarugas marinhas ainda é pequeno no país e cada indivíduo só atinge a maturidade sexual para poder se reproduzir entre 20 e 30 anos de idade. A tartaruga oliva, diferentemente das outras quatro espécies verificadas no Brasil, atinge a maturidade entre 11 e 16 anos.

Todas elas desovam nas praias. No Brasil, o processo acontece nos 1.100 quilômetros de litoral e nas ilhas oceânicas onde o Projeto Tamar está presente, na Bahia, em Sergipe, em Pernambuco, no Rio Grande do Norte, no Ceará, no Espírito Santo, no Rio de Janeiro, em São Paulo e em Santa Catarina.

As desovas ocorrem nos períodos mais quentes do ano. No litoral brasileiro, entre setembro a março, com variação entre as espécies. Nas ilhas oceânicas, entre dezembro a junho, registrando-se somente desovas da tartaruga verde.

Duas famílias de macacos em risco de extinção - sete micos-leões-dourados, propriedade do governo do Brasil, e dez saguis prateados - foram roubadas durante o fim de semana de um zoológico francês, informou o diretor da instituição.

"São macacos extremamente raros, extremamente frágeis que integram um programa internacional de conservação e não nos pertencem", declarou na segunda-feira à AFP o diretor do centro, Rodolphe Delord.

Os micos, originários do Brasil, pertencem ao governo brasileiro, indicou o diretor. Os ladrões conseguiram evitar os guardas de segurança e as câmeras e entraram no zoológico da localidade de Beauval, no centro da França, na noite de sábado.

"Sabiam exatamente o que queriam levar", disse Delord, afirmando que os ladrões eram espertos.

O zoológico alertou todas as unidades da gendarmaria francesa e os serviços veterinários sobre o roubo.

"É fundamental que encontremos estes animais muito rápido", disse Delord.

"São muito difíceis de alimentar e devem ser cuidados por especialistas", declarou.

Por sua vez, o comandante da gendarmaria local disse que "a princípio apenas uma dezena de cuidadores dos 500 funcionários do zoológico têm acesso ao lugar" onde os macacos estavam. "A vigilância nas fronteiras foi reforçada", advertiu.

Nos últimos anos ocorreram muitos roubos deste tipo em diversos zoológicos.

Nas Ilhas Canárias (Espanha), desapareceram em 2013 vários saguis e na Arábia Saudita sumiram um leopardo e um jaguar em fevereiro de 2015, segundo o boletim francês "A la trace", especialista em caça ilegal e contrabando de animais.

O ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), deferiu pedido apresentado pela defesa do ex-tesoureiro do PL (partido já extinto) Jacinto Lamas, extinguindo a pena imposta a ele após julgamento do mensalão. É o segundo caso de extinção da pena com base no indulto natalino entre os réus condenados no mensalão. O mesmo benefício foi concedido a José Genoino no início de março.

Barroso acatou parecer do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, que já havia concordado com a concessão do indulto natalino ao ex-tesoureiro, em documento envido ao STF no último dia 16. "Colhendo o parecer do Procurador-Geral da República, e na linha do precedente já firmado pelo Plenário do STF (citando decisão que concedeu mesmo benefício ao ex-presidente do PT José Genoino), declaro extinta a pena privativa de liberdade imposta a Jacinto Lamas, com apoio no art. 107, inciso II, parte final, do Código Penal, e no art. 1º, XV, do Decreto nº 8.380/2014", escreveu Barroso em decisão proferida na segunda-feira, 23.

##RECOMENDA##

No pedido apresentado pela defesa de Lamas, a advogada Vanessa Neves Lisboa argumenta que o réu já cumpriu um ano, quatro meses e 11 dias de pena e, por ser réu primário, já tem direito ao benefício. O decreto presidencial de 24 de dezembro do ano passado, praxe no período de Natal, concedeu o perdão para todos aqueles que tiverem pena privativa de liberdade inferior a 8 anos e que tenham cumprido um terço da pena para o caso de presos não reincidentes. Lamas cumpria pena em regime aberto desde agosto do ano passado e conseguiu reduzir em 90 dias o tempo total de punição por ter trabalhado e estudado durante o período de detenção. O pedido agora será encaminhado para parecer do procurador-geral da República, Rodrigo Janot e após decisão do relator do caso, o ministro Luís Roberto Barroso.

Mensalão

Atualmente, um ano e quatro meses depois das primeiras prisões, o núcleo político envolvido no esquema de corrupção está fora da cadeia, cumprindo o restante da pena em regime aberto. O último a conquistar o benefício foi o ex-presidente da Câmara dos Deputados João Paulo Cunha (PT-SP), que foi liberado no fim de fevereiro para cumprir o restante da pena em casa, após passar por audiência na Vara de Execuções das Penas e Medidas Alternativas (Vepema).

Também já foram autorizados a mudar de regime o ex-ministro José Dirceu, o ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares, o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu, Valdemar Costa Neto (PR-SP), Bispo Rodrigues e Pedro Corrêa (PP-PE). Na semana passada, Barroso também autorizou o ex-diretor do Banco Rural Vinícius Samarane a progredir para o regime semiaberto.

O movimento "Por um Novo Parque Dois Irmãos" denunciou nesta segunda-feira (1º) que as últimas três araras-azuis-grandes do Zoológico de Dois Irmãos, administrado pelo Governo do Estado, foram encontradas mortas no cativeiro no domingo (30). Segundo os integrantes, haviam nove exemplares da espécie dois anos atrás. O grupo responsabiliza a direção do parque estadual porque já haviam sido constatadas diversas irregularidades em uma vistoria feita em setembro do ano passado. A Secretaria de Meio Ambiente confirmou a morte das aves e afirmou que os animais serão enviados para um laboratório para que seja investigada a causa.

Segundo Márcio Silva, um dos veterinários do Parque Dois Irmãos, uma outra arara da mesma espécie havia morrido no início do mês de novembro, mas o material não foi mandado para análise, mesmo sendo um "procedimento de praxe", segundo ele. "Não temos como dizer detalhes sobre as causas. Os animais estavam 'normais', sem doença. Tem animais que morrem por velhice mesmo, o que pode ter sido o caso da primeira. Como desta vez foram três há indícios de que não foi este o motivo, mas pode ter sido uma infeliz coincidência", afirmou Silva. Ainda segundo o especialista, há exames que não podem ser feitos em Pernambuco, por isso, é provável que o resultado só saia depois de 15 dias.

##RECOMENDA##

Para Igor Oliveira, integrante da Sociedade Brasileira de Zoológicos e Aquários (SZB), a direção do Zoo Dois Irmãos tem sido irresponsável e a vistoria realizada em 2013 encontrou problemas em quase todos os recintos do local. Ele lamentou a morte das araras e explicou a situação da espécie. "A arara-azul-grande é uma espécie considerada ameaçada de extinção, na categoria 'vulnerável', em nível nacional e internacional. De acordo com a União Internacional pela Conservação da Natureza (IUCN), uma entidade responsável pela Lista Vermelha Internacional das Espécie Ameaçadas, as populações desta ave estão em declínio na maior parte de seu habitat natural", afirmou.

O LeiaJá teve acesso ao relatório da visita citada, que foi solicitada pelo Promotor de Meio Ambiente, Ricardo Van der Linden Coelho. O documento explana diversas irregularidades e "remendos de última hora", que teriam sido feitos, inclusive, por estagiários do Zoo. Ainda de acordo com o relatório, haviam diversos recintos em péssimas condições, que ocasionaram a morte de alguns animais, segundo depoimento de funcionários e ex-funcionários. 

Erros no manejo cometidos pela equipe veterinária do local também teriam ocasionado o falecimento de outros espécimes.Um cervo-nobre e um cervo-sambar teriam sido vítimas do trabalho mal executado pelos funcionários do Parque. Um outro animal. o waterbuck (antílope africano) havia morrido depois que uma das paredes do seu cativeiro ter desabado sobre ele.

Na área de quarentena, onde os animais doentes deveriam estar sendo tratados, a comissão que fez a vistoria encontrou sinais de descaso (foto à direita). Algums viveiros eram mantidos fechados por pedaços de madeira ou até cabos de vassoura e as telas em péssimas condições, dando a impressão de que iriam cair. Um ex-funcionário relatou à comissão que jaguatiricas e gatos-do-mato, que vivem na reserva de mata atlântica do parque, já haviam invadido a área e pela fragilidade das gaiolas teriam matado quatro mutuns, aves consideradas ameaçadas de extinção. Segundo o relatório, o Dois Irmaõs era referência até 2007 da preservação desta ave, tendo a maior diversidade de espécies do Brasil.

O relatório também apontou que o Zoológico da capital pernambucana não havia implantado nenhuma espécie de inovação - a exemplo de diversos lugares do mundo - em suas instalações, o que não indicava qualquer preocupação com a saúde dos animais. Os ursos, por exemplo, estavam apresentando o comportamento denominado “pacing”, uma estereotipia que consiste no movimento de ir e vir sem sentido algum, e cuja freqüência é um "indicador de estresse provocado pelas condições inadequadas do recinto e/ou ausência de estímulos neste".

[@#galeria#@]

Pesquisadores brasileiros catalogaram nova espécie de peixe da família Rivulidae, na bacia do Rio Camaquã, no município de Encruzilhada do Sul (RS), que já surge “criticamente ameaçada de extinção”, disse hoje (19)  à Agência Brasil o coordenador do Instituto Pró-Pampa (IPPampa), Matheus Volcan, responsável pela pesquisa.

A nova espécie (Austrolebias bagual) faz parte do grupo de peixes com distribuição bastante restrita. “Eles ocorrem em ilhas de água, em pequenas poças d'água ou charcos banhados, como a gente chama aqui no Sul, isolados por terra. Esses ambientes são, em geral, muito pequenos e isolados. O isolamento faz com que ocorra um grau muito alto de especiação desse peixe”.

##RECOMENDA##

Matheus Volcan informou que em cada  bacia hidrográfica se encontra uma espécie diferente. “São ambientes aquáticos cercados por terra. Essa espécie não ocorre em ambientes permanentes, como rios e riachos”. Por isso, a capacidade de sobrevivência é baixa.

A área não tinha sido ainda estudada por pesquisadores para levantamento de fauna, em especial de espécies de peixes. “A gente teve a sorte de achar essa espécie na bacia do médio Rio Camaquã, que é pouco estudada, embora seja muito degradada”, relatou Volcan.

O projeto Peixes Anuais do Pampa foi iniciado em 2011 pelo IPPampa, para busca de espécies e áreas novas, patrocinado pela Fundação Grupo Boticário de Proteção à Natureza. A descoberta foi descrita oficialmente em outubro passado na Revista Internacional de Ictiologia AQUA, dedicada a estudos e pesquisas sobre peixes. Segundo o pesquisador, outras quatro espécies estão em processo de descrição.

Volcan explicou que a nova espécie tem um ciclo de vida relacionado com a seca do ambiente. Os peixes vivem em poças de profundidade máxima de 60 centímetros, em áreas campestres, o que os deixa isolados. Quando o casal atinge a maturidade sexual, os peixes depositam os ovos no lodo. “E quando o charco seca, todos os adultos morrem. Os ovos ficam vivos no substrato para o seu desenvolvimento embrionário. Se o ambiente não secar, este é o maior problema para esta espécie, porque pode afetar o desenvolvimento embrionário”, explicou.

No ano seguinte, quando as novas chuvas começam e alagam o local, os ovos se abrem e surge novo ciclo de vida. Não há sobreposição de geração, acrescentou Volcan. Daí a espécie ser conhecida como peixes anuais ou sazonais.

Matheus Volcan salientou a importância da descoberta porque, embora sejam peixes pequenos, eles têm um perfil ecológico. Ou seja, eles controlam a biodiversidade dessas áreas. “Eles comem todas as larvas de mosquitos, os micro crustáceos dentro dessas poças. Eles têm papel importante para o equilíbrio ecológico das áreas úmidas, que são ambientes associados a rios e lagoas. Este tipo de ambiente é o mais ameaçado do planeta”.

De acordo com o pesquisador, a ameaça de extinção está relacionada à perda de habitats. Toda a área onde ocorreu a descoberta está degradada, devido às plantações de arroz, soja e trigo. “A espécie está restrita a uma área de apenas um hectare”. Ela está completamente isolada, e tem uma matriz, no seu entorno, dominada por lavouras, disse.

Independentemente do resultado das urnas no 2.º turno, o destino de um ministério da área de infraestrutura já está definido. Mal avaliada pelo mercado e pelo próprio governo federal, a Secretaria de Portos (SEP) deve deixar de existir tanto em um novo mandato do PT quanto em uma gestão do PSDB.

Com status de ministério adquirido em 2007, a SEP não conseguiu levar adiante o processo de concessões de portos planejado por Dilma e deve voltar a ser uma secretaria do Ministério dos Transportes, caso a presidenta seja reeleita.

##RECOMENDA##

Em caso de vitória do PSDB, a pasta seria engolida pelo Superministério de Infraestrutura prometido por Aécio, que reuniria as pastas de Energia, Transportes e Comunicações. O candidato ainda não disse quem poderia ocupar a pasta, que seria responsável por toda a área de logística, mas o nome de seu braço direito, o senador eleito Antonio Anastasia, é um dos mais cotados. Ele também é citado para a Casa Civil.

Já a permanência do PT no governo não deve trazer grande renovação na área. O atual ministro dos Transportes, Paulo Sérgio Passos, fez parte da solução de uma relação conturbada entre o Palácio do Planalto e o PR, que culminou com a saída do então ministro César Borges, realocado justamente na pasta dos Portos, em meados deste ano.

Na Esplanada dos Ministérios circula a informação de que Passos poderia permanecer à frente da área como homem de confiança de Dilma no setor, mas também já se cogita um eventual retorno de Borges ao comando da pasta, pois Dilma dificilmente abriria mão do ex-governador baiano no governo. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Uma equipe internacional de pesquisadores descobriu que o pirarucu, peixe de maior importância econômica da Amazônia, já não é encontrado em algumas comunidades locais do Pará, onde sua exploração é feita de forma predatória. Essa conclusão indica que a pesca pode levar à extinção os peixes grandes, fáceis de capturar e com alto valor comercial - exatamente o contrário do que diz a teoria bioeconômica clássica, utilizada para traçar políticas públicas de proteção dessas espécies.

O estudo, publicado na revista Aquatic Conservation: Freshwater and Marine Ecosystems nesta quarta-feira, 13, foi coordenado pelo brasileiro Leandro Castello, professor da Faculdade de Recursos Naturais e Meio Ambiente da Virginia Tech (Estados Unidos), especialista em ecologia e conservação da pesca na Amazônia.

##RECOMENDA##

De acordo com Castello, na teoria bioeconômica clássica, assim que um peixe começa a se tornar escasso por causa da exploração pesqueira, os custos do pescador para encontrar o peixe também aumentam. Isso faz com que o preço do peixe dispare, diminuindo sua procura e levando o pescador a procurar outras espécies para perseguir. Assim, é como se o próprio mercado se encarregasse de equilibrar a exploração do recurso, evitando a extinção da espécie.

"Essa teoria é usada tanto por pesquisadores como pelos tomadores de decisão, para traçar políticas de conservação. Mas nossa pesquisa mostrou que, na prática, as coisas são bem diferentes", disse Castello. Segundo ele, as conclusões do estudo são mais coerentes com uma teoria bioeconômica menos conhecida, chamada de "fishing-down", que vai no sentido inverso: os peixes grandes, de fácil acesso e alto valor comercial podem ser pescados até a extinção total.

"A teoria clássica prevê que o pescador vai procurar outras espécies quando começa a escassez. E isso de fato acontece em regiões temperadas. Mas a Amazônia é riquíssima em espécies e elas estão todas misturadas nos rios. O método mais econômico para o pescador é o uso das redes. Por isso, mesmo quando procura outros peixes, ele acaba pescando o pirarucu involuntariamente", explicou Castello.

Como o pirarucu é a maior espécie nos rios da Amazônia - pode chegar a ter 200 quilos e três metros de comprimento -, ele acaba sendo capturado pelas redes usadas para pescar qualquer outra espécie. "Com a população já escassa, essa pesca acidental ameaça gravemente a preservação da espécie", afirmou Castello. Ao focar em espécies menores, os pescadores acabam extraindo das águas os pirarucus juvenis, o que agrava ainda mais a possibilidade de extinção local. "Com um ano de idade o pirarucu já tem 80 centímetros de comprimento", disse ele.

O estudo foi realizado nas várzeas do entorno da cidade de Santarém (PA). As planícies de alagação do Rio Amazonas são zonas pesqueiras altamente produtivas, segundo o pesquisador. Por seu tamanho e por viver em águas relativamente rasas, o pirarucu se torna ainda mais fácil de pescar. O peixe sobe à superfície em intervalos de cinco a 15 minutos, quando se torna alvo fácil para os arpões.

"Outro fator que agrava as ameaças ao pirarucu é a extrema pobreza dos pescadores. Eles conhecem o problema e é claro que não querem extinguir seu principal recurso. Mas muitas vezes são pessoas em condição muito difícil, que não têm outra alternativa", explicou Castello.

Extinto

O estudo teve base em entrevistas com 182 pescadores em 81 comunidades. Os resultados mostraram que o pirarucu está extinto em 19% das comunidades, ameaçado de extinção em 57% delas e super-explorado em 17%. De acordo com o estudo, três das cinco espécies existentes de pirarucu já não são vistas há décadas.

Entre as comunidades estudadas, apenas 27% seguem regras de manejo para a pesca de pirarucu. Uma delas, a comunidade de São Miguel, baniu o uso de redes de emalhar - nas quais os peixes são presos por seus próprios movimentos - há 20 anos. A comunidade tem as maiores densidades de pirarucu da região.

Castello realiza pesquisas sobre o pirarucu há 15 anos. Em 1999, quando atuava no Instituto Mamirauá, no Amazonas, desenvolveu com outros colegas um método de contagem que permite ao pescador avaliar o tamanho de seu estoque de peixes. Com isso, o instituto implantou um programa de manejo do pirarucu que é utilizado até hoje. "Com a contagem, o pescador pode estabelecer uma cota de pesca para garantir que não vai acabar com o estoque", disse.

No Amazonas, segundo Castello, a pesca do pirarucu foi totalmente proibida em 1996. Mas, caso usem o método de cotas determinadas por contagem, os pescadores conseguem, junto ao Ibama, uma autorização especial para a pesca da espécie. De acordo com ele, essa restrição, combinada com as regras de tamanho mínimo (só é permitido pescar peixes com mais de 1,5 metro) e do defeso (suspensão da pesca entre dezembro e maio, na época de reprodução dos animais), garantiram a abundância do pirarucu em território amazonense.

No Pará, onde Castello realiza pesquisas há cinco anos, não há proibição para a pesca do pirarucu. Apenas as regras de tamanho mínimo e do defeso são aplicadas. "A pesquisa deixa claro que as populações de pirarucu estão sofrendo processos de extinção local por falta de um programa de manejo como o que existe no Amazonas", disse.

Segundo ele, no Amazonas, várias populações super-exploradas de pirarucu se recuperaram graças ao manejo comunitário. O Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam), segundo ele, tenta implantar um programa semelhante na região de Santarém. "O principal obstáculo para isso tem sido a falta de apoio do governo estadual, que foi fundamental no caso do Amazonas", disse Castello.

O Ministério do Meio Ambiente (MMA) instituiu uma força-tarefa para proteger animais ameaçados de extinção. Além do ministério, a iniciativa tem apoio do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), da Polícia Federal, da Polícia Rodoviária Federal e do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade, dentre outras. A portaria de criação foi publicada no Diário Oficial da União da última quinta-feira (22).

O trabalho da força-tarefa vai priorizar a proteção do boto vermelho, do peixe-boi-da-amazônia, da arara-azul-de-lear, da onça pintada, do muriqui, do tatu-bola, dos tubarões e arraias de água doce. As atividades das instituições vão fiscalizar e combater ilícitos contra as espécies ameaçadas por tempo indeterminado.

##RECOMENDA##

Meio século depois de chegar à beira do extermínio, as baleias jubartes do Brasil estão oficialmente salvas da extinção em águas nacionais. O Ministério do Meio Ambiente (MMA) deve anunciar nesta quinta-feira (22), Dia Internacional da Biodiversidade, a desclassificação da espécie como ameaçada no País.

A população local da espécie, que cem anos atrás era de aproximadamente 25 mil baleias, foi dizimada a míseros 2% disso (cerca de 500 animais) em meados do século 20, por causa da caça predatória no Oceano Antártico, para onde as baleias migram entre dezembro e junho para se alimentar. Uma moratória global à caça foi decretada em 1986 pela Comissão Baleeira Internacional (CBI) e reproduzida em lei pelo governo brasileiro no ano seguinte.

##RECOMENDA##

Hoje, 28 anos mais tarde, a população de jubartes que visita anualmente as águas calmas e mornas do Nordeste brasileiro para se reproduzir é de aproximadamente 15 mil baleias - cerca de 60% do que era "originalmente". Daí a decisão de retirá-la da lista de espécies ameaçadas do Brasil.

"A baleia jubarte é um ícone para nós", disse ao Estado o diretor de Conservação da Biodiversidade do Instituto Chico Mendes (ICMBio) do MMA, Marcelo Oliveira.

A desclassificação de ameaça, segundo ele, "representa um esforço genuíno de conservação da espécie ao longo de três décadas", capitaneado desde 1988 pelo Instituto Baleia Jubarte, organização não governamental apoiada pelo governo federal.

Quando a última lista oficial de espécies ameaçadas do País foi publicada pelo Ibama, em 2003, a população de jubartes que frequentava a costa brasileira era ainda bem menor do que a atual: cerca de 4,5 mil baleias. Na época, as espécies eram classificadas apenas como ameaçadas ou não ameaçadas.

No Livro Vermelho da Fauna Brasileira Ameaçada de Extinção, publicado pelo ICMBio em 2008, a espécie (nome científico Megaptera novaeangliae) foi classificada especificamente como "vulnerável", uma das três categorias de ameaça de extinção reconhecidas internacionalmente, ao lado de "em perigo" e "criticamente em perigo". Na nova edição do livro, que deverá sair em três meses, ela aparecerá como "quase ameaçada".

"Ficamos muito contentes com a reclassificação, claro, mas a luta não acabou", diz o biólogo e coordenador ambiental do Instituto Baleia Jubarte, Sergio Cipolotti. "Não podemos baixar a guarda."

Quanto maior a população de baleias, diz ele, maior a responsabilidade e o desafio de proteger a espécie, pois também aumentarão os conflitos com atividades humanas, como a pesca e a exploração oceânica de petróleo e minérios. "Temos trabalho redobrado pela frente agora", diz Cipolotti, feliz em encarar o desafio.

Novos riscos

A caça já foi praticamente extinta, mas outras ameaças às jubartes permanecem. Entre elas, a poluição das águas marinhas (incluindo a poluição sonora, que interfere com a comunicação das baleias), a colisão com embarcações e a captura acidental em malhas de pesca - principalmente de filhotes.

"É importante lembrar que a recuperação da espécie só ocorreu depois da interrupção completa da caça e que ela ainda está vulnerável a várias outras atividades humanas. Assim, ações de monitoramento são importantes para garantir que não ocorra um novo declínio populacional", diz o especialista brasileiro Alexandre Zerbini, pesquisador associado à Administração Nacional de Atmosfera e Oceanos dos Estados Unidos (NOAA) e diretor cientifico do Instituto Aqualie, que trabalha com o monitoramento via satélite de baleias.

A jubarte é uma espécie global. A população que vive na costa leste da América do Sul é uma de várias que ocorrem pelo planeta - todas elas em processo de recuperação. Fazer uma conta global é difícil, segundo Zerbini, mas estima-se que havia cerca de 140 mil jubartes no planeta no início do século 20, e hoje há cerca de 80 mil (57%).

A União Internacional para Conservação da Natureza (IUCN) já considera a espécie como não ameaçada globalmente desde 2008.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O projeto de emenda à Lei Orgânica do Município, que prevê a extinção do voto secreto na Câmara do Recife, foi aprovado nesta segunda-feira (16) no pelos vereadores por 30 votos favoráveis e cinco contra. A proposta, de autoria do vereador Jayme Asfora (PMDB), regulamenta votações abertas para a escolha de mesa diretora, a apreciação de vetos do Executivo e a cassação de parlamentares.

A extinção do voto secreto para vetos e processo de cassação também já é vigente no Congresso Nacional e nas Assembleias Legislativas de Minas Gerais, Santa Catarina, Rio de Janeiro, Acre, Amazonas, São Paulo e Espírito Santo e também nas Câmaras dos Vereadores de Salvador e Belo Horizonte. A matéria entrou na pauta do dia, segundo a assessoria de imprensa do vereador, após às 13h, duas antes do início da sessão. “Com a aprovação da nossa proposta, nosso objetivo é garantir que a sociedade tenha acesso a todos os tipos de discussões - sem nenhuma exceção - que são travadas dentro da Casa José Mariano, bem como tenham conhecimento pleno de como votam seus parlamentares”, comentou Asfora.

##RECOMENDA##

“É dever nosso, como legisladores, não só cumprir o que determina a Constituição, mas trabalhar, prestando contas diuturnamente a nossos eleitores. Compartilhando o mandato, passo a passo. Ao aprovar o fim do voto secreto, passamos uma mensagem clara à população: de que estamos exercendo o papel que nos foi designado pelo eleitor. Hoje, a Câmara do Recife deu um passo histórico”, completou o peemedebista.

Na última vez que a matéria entrou em pauta não foi a voto, pois a vereadora Priscila Krause (DEM) formalizou uma Emenda de Plenário que determinou o retorno da emenda para a análise das Comissões. No documento Krause solicitava que o voto continuasse secreto para os vetos do executivo. O que segundo ela poderia gerar algum tipo de "retaliação" do prefeito com os vereadores da bancada governista.

O juiz federal da 1ª Vara Federal do Rio de Janeiro extinguiu na última terça-feira (24), a ação popular nº 0023824-62.2013.4.02.5101, ajuizada por Francisco Soriano de Souza Nunes e outros, que pedia a suspensão do 1º Leilão da Partilha de Produção, que licitará o prospecto de Libra, marcado para 21 de outubro.

Após despacho promovido pela Procuradoria Federal junto à Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), o juiz concluiu que já havia ação similar na 30ª Vara Federal do Rio de Janeiro, cuja liminar fora indeferida, não se admitindo, portanto, o ajuizamento de uma segunda ação com o mesmo objetivo.

##RECOMENDA##

[@#video#@]

O Zoológico Nacional, localizado em Washington, nos Estados Unidos, divulgou o nascimento de dois filhos de tigre de sumatra, espécie bastante ameaçada de extinção. A tigresa deu a luz na última segunda-feira (5), mas imagens dos animais só foram divulgadas nesta quinta-feira (8).

##RECOMENDA##

Um porta voz do zoológico esclareceu à Agence France-Presse (AFP) que, como ainda não houve o contato de funcionários com os filhotes, não se sabe o sexo dos filhotes. No momento, eles permanecem próximos a mãe, recebendo a amamentação. Os tigres de sumatra estão ameaçados de extinção. A estimativa é de que, hoje, existam entre 400 e 600 animais da espécie.

Um dos assuntos previstos para esquentar as sessões plenárias da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), neste segundo semestre, além da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e o Plano Plurianual (PPA), deve ser o fim do voto secreto. A proposta levantada por alguns deputados tem o aval do presidente da Casa Joaquim Nabuco, deputado Guilherme Uchoa (PDT), e poderá mudar o rumo definitivo de algumas decisões parlamentares. 

Na Alepe existe um projeto criado pelo deputado Sílvio Costa Filho (PTB) e recentemente a parlamentar Terezinha Nunes (PSDB) elaborou um Projeto de Emenda Constitucional (PEC) semelhante à proposta do petebista solicitando a extinção do voto secreto. Para a tucana é necessário mais transparência com a população.

##RECOMENDA##

Se a aprovação depender do aval do presidente da Casa o projeto não terá objeções. “Eu não tenho a menor dificuldade de assumir decisões públicas. Eu sou como a maioria dos parlamentares aqui, aberto e mais espontâneo. Eu sempre tive decisões definidas, eu acompanho esse raciocínio, se for por mim não terá a menor dificuldade”, declarou Guilherme Uchoa.

Além de não apresentar dificuldades sobre o tema proposto pelos parlamentares, o pedetista disse ser favorável a ideia e se demonstrou aberto para tratar do assunto. “O voto deverá ser aberto a todos, afinal de contas cada um está aqui para cumprir o seu papel e dar uma satisfação à sociedade da sua posição política”, cravou o presidente.

Caso a PEC de Terezinha ou o projeto de Sílvio Filho seja aprovado passará a serem abertas as decisões para a escolha da mesa diretora, cassação de mandato parlamentar e veto aos projetos do governador.

 

 

O Pleno do Tribunal Regional Eleitoral de Roraima (TRE-RR) extinguiu o processo contra o governador de Roraima, José de Anchieta Júnior (PSDB) e o vice-governador Chico Rodrigues (PSB), sem julgamento de mérito por 4 votos a 2. Dos seis juízes eleitorais, quatro acolheram a preliminar de prova ilícita, arquivando a Ação de Investigação Judicial Eleitoral, movida por Neudo Ribeiro Campos (PP) e Marília Natália Pinto.

O presidente do TRE-RR, Gursen De Miranda passou momentaneamente a presidência do órgão para o corregedor Lupercino Nogueira e iniciou com a leitura do relatório da ação. Entre os problemas encontrados estão crimes eleitorais a utilização do vale solidário para a compra de votos; a permanência em terras irregularmente ocupadas mediante a promessa de regularização, caso o governador se reelegesse; compra de votos pela cúpula do governo, envolvendo o irmão do governador, entre outros.

##RECOMENDA##

Em seguida, os advogados de defesa iniciaram explanação, alegando que o processo não oferecia provas idôneas que configurassem abuso de poder político. Para eles, as provas que constam no processo foram obtidas por meios ilícitos, ou seja, as gravações teriam sido feitas sem o consentimento dos interlocutores, afrontando o artigo 5º da Constituição Federal. 

Citaram ainda o fato de uma das testemunhas ter trabalhado em cargo comissionado no gabinete de Marília Pinto e destacaram que alguns termos de declaração foram feitos por advogados dos requerentes, sendo apenas assinados pelas testemunhas e encaminhados ao Ministério Público. 

Preliminares - Tendo em vista a ausência dos advogados de Neudo Campos e Marília Pinto, o relator Gursen De Miranda começou o julgamento apreciando as questões preliminares, antes de entrar no julgamento do mérito. Ao todo, a defesa interpôs sete preliminares: de “ilegitimidade ativa de Marília Pinto”, descartada por unanimidade.

O relator Gursen De Miranda e os demais magistrados que acompanharam o voto seguiram o entendimento das decisões do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em casos semelhantes, quando as provas consistiam em gravações obtidas sem autorização judicial, como nos processos julgados em dezembro de 2012 em favor do deputado federal Chico das Verduras e do deputado estadual George Melo. 

*Com informações da Assessoria do TRE-RR

O Dia da Mata Atlântica, celebrado nesta segunda-feira (27), serve de alerta para a necessidade do desenvolvimento de ações urgentes voltadas para conservação deste bioma. Segundo dados do Centro de Pesquisas Ambientais do Nordeste (Cepan), na Região Nordeste, mais precisamente ao norte do Rio São Francisco, identificou-se a maior ameaça de extinção.

De acordo com um mapeamento feito pelo Cepan, na área conhecida como Corredor da Biodiversidade do Nordeste, o cenário de degradação da Mata Atlântica é preocupante. A região que engloba Tamandaré, Palmares, Água Preta e São José da Coroa Grande, na Zona da Mata de Pernambuco, as APPs do Rio Una perderam quase 97% da sua cobertura florestal. 

##RECOMENDA##

Os números fazem parte do resultado da Fase I do Projeto Memorial Descritivo para as Ações de Restauração Florestal da Bacia Hidrográfica do Rio Una, apresentado em 2012. Na próxima quarta-feira (29) o Cepan e a Agência Estadual do Meio Ambiente (CPRH) realizam os Diálogos pela Mata Atlântica. O evento acontece no Auditório do CEAGRI, na Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFPE).

O objetivo do encontro é discutir o cenário atual da floresta atlântica do Corredor da Biodiversidade do Nordeste e as principais iniciativas de conservação deste bioma, que estão em curso na região. Na programação, além de palestras com representantes do Cepan e da CPRH, haverá um debate sobre o A nova Lei Florestal Brasileira e suas implicações para a conservação da Floresta Atlântica, com a advogada Liza Baggio.

Com informações da assessoria

ALAGOAS - Foi resgatada na noite desta segunda-feira (22), na praia da Lagoa do Pau, em Coruripe, município de Alagoas, uma tartaruga conhecida como “tartaruga de couro”, que mede dois metros e pesa cerca de uma tonelada. O animal foi encontrado pelos técnicos do Instituto Biota.

Nove técnicos, após serem informados da aparição do animal na praia, se dirigiram ao local onde iniciaram o resgate de um dos animais mais ameaçados de extinção no mundo debaixo de chuva. A tartaruga foi levada para a sede do instituto, localizado no bairro Riacho Doce, em Maceió.

##RECOMENDA##

Segundo o biólogo que participou do resgato, Bruno Stefanis, a ação foi complicada. “Foi difícil primeiro pelo peso do animal que pesa uma tonelada e por conta da praia ser distante da capital, quase uma hora e meia de viagem e também por poucas pessoas ajudarem no resgate”, afirmou.

O técnico também contou que a tartaruga foi achada sem uma das nadadeira. O animal se encontra sob cuidados de veterinários na sede do Biota.

A diretoria do Botafogo deve abordar nesta sexta-feira a decisão tomada pelos jogadores de não haver mais concentração para as partidas realizadas no Rio. A atitude foi tomada como forma de os alvinegros protestarem pelo atraso salarial, um problema desde os meses finais do ano passado.

Na vitória sobre o Friburguense, quarta-feira, os jogadores se apresentaram apenas na manhã da partida, almoçaram e foram para o estádio de Moça Bonita. O mesmo será feito no domingo, quando o time enfrenta o Nova Iguaçu, no mesmo estádio.

##RECOMENDA##

"Essa é uma situação que já está esclarecida entre os jogadores e a direção. Uma questão que será passada amanhã (hoje). Na Europa isso é muito normal. Estamos fazendo uma experiência", comentou o zagueiro Bolívar, um dos líderes do movimento.

Os botafoguenses estão repetindo uma postura adotada pelo time do Vasco durante o primeiro semestre do ano passado. Os vascaínos não se concentraram antes de vários jogos da Copa Libertadores, como forma de manifestar insatisfação com o atraso no pagamento de salários.

O técnico Oswaldo de Oliveira chegou no início do ano a projetar um momento em que a concentração seria abolida no clube, caso os jogadores se mostrassem merecedoras do voto de confiança da comissão técnica.

Pesquisadores do Departamento de Produção Vegetal da Faculdade de Ciências Agronômicas da Universidade Estadual Paulista (Unesp), campus de Botucatu, e do Instituto Agronômico (IAC) da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado, constataram que duas espécies de mosca branca possivelmente nativas do Estado de São Paulo sobreviveram à infestação da exótica Middle East-Asia Minor 1 (Meam1). A descoberta causou surpresa, pois se acreditava que, depois da introdução no país dessa invasora, as espécies nativas teriam sido substituídas ou extintas.

A Meam1, que chegou ao Brasil na década de 1990 e se espalhou principalmente pelas lavouras de soja, é altamente invasiva. Em várias partes do mundo, segundo os pesquisadores, sua entrada promoveu a extinção das espécies locais. A pesquisa constatou a presença das espécies nativas New World 1 e New World 2 no Estado de São Paulo, Mato Grosso do Sul e Alagoas. A mosca branca constitui um dos maiores pesadelos para os produtores de hortaliças, plantas ornamentais e outras culturas, pois, ao se alimentar da seiva da planta hospedeira, causa o definhamento. O inseto também deposita uma secreção açucarada sobre as folhas favorecendo a formação de fungos que impedem a fotossíntese. É ainda transmissor de vários tipos de vírus que afetam culturas de hortaliças, frutas e oleaginosas.

##RECOMENDA##

A espécie invasora predomina no País e pode ser encontrada tanto em áreas cultivadas quanto em plantas daninhas. Até recentemente, toda pesquisa sobre mosca branca levava em conta somente essa espécie. No trabalho da Unesp e do IAC, foi feito um amplo levantamento em mais de 40 municípios de São Paulo e em 13 do Estado de Alagoas, com o uso de testes sensíveis à identificação das espécies.

A nativa New World 1 foi encontrada em plantações de jiló e corda-de-viola nos municípios de Registro, Iguape e Ilha Comprida, no Vale do Ribeira, sul do Estado. Em Alagoas, a mosca infestava tomateiros. A pesquisadora Renata Krause Sakate, da Unesp, acredita que o inseto não desapareceu em virtude do isolamento geográfico dessas localidades em relação a outras áreas agrícolas do Estado.

A New World 2 foi coletada em plantas de amendoim-bravo em São Paulo e Alagoas. Trata-se do primeiro registro de sua existência no Brasil. Também surpreendeu o fato de as espécies nativas, em alguns nichos, estarem convivendo com as invasoras. Ainda não se sabe se as nativas também transmitem vírus para a planta, o que a continuação da pesquisa deve elucidar. O trabalho, apoiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), teve ainda a colaboração de pesquisadores espanhóis.

As populações de tubarões no Mediterrâneo e no Mar Negro "diminuíram dramaticamente" nos últimos dois séculos por causa da sobrepesca e "existe risco de extinção se o atual padrão de pesca se mantiver", advertiu nesta quinta-feira a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação, conhecida pelas iniciais em inglês FAO.

De acordo com um estudo divulgado em Roma pela FAO, a população de tubarões no Mar Mediterrâneo é hoje 97% menor do que há 200 anos. No Mar Negro, a pesca reduziu a população de tubarões praticamente pela metade.

##RECOMENDA##

O estudo da FAO adverte que existe um demanda crescente por pele, carne e cartilagem de tubarões e que a eventual extinção da espécie terá sérias implicações para todo o ecossistema marinho. As informações são da Associated Press.

Páginas

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando