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O governador de São Paulo Geraldo Alckmin (PSDB) afirmou na manhã desta sexta-feira, 16, que o ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva é um "artista", ao comentar o discurso do político contra as acusações do Ministério Público Federal. "Ele está no seu direito (de se defender). O Lula é um artista. Ele não entra no mérito, fica floreando", disse, durante evento de restauração de espaços da Secretaria da Justiça, na região central de São Paulo.

Alckmin afirmou que a política hoje deve ser objetiva e servir aos interesses do cidadão, sem focar em políticos. "O que eu entendo que é a nova política: é objetiva, do interesse público. Montoro dizia que nós devemos ser sempre um zé ninguém a serviço de uma grande causa. O importante não são as pessoas, é o objetivo. Melhorar a vida das pessoas, servir. Todos nós estamos sob a égide da lei."

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O governador cutucou o ex-presidente, ao dizer que todos devem prestar contas à sociedade. "Ninguém é melhor do que o outro. Se há uma acusação, você tem que prestar contas, e não fazer firula política. Tem que prestar contas à sociedade."

O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), desistiu de nomear o presidente do PV de Mogi das Cruzes, Romildo Campello, na Secretaria de Cultura. A decisão foi tomada após a repercussão negativa da escolha. Sem relação com área, Campello substituiria José Roberto Sadek, que é graduado em Comunicações e Artes e mestre em Ciências da Comunicação pela Universidade de São Paulo (USP).

"Romildo Campelo não será nomeado. O PV faz parte do meu governo desde 2011", disse o governador em entrevista à rádio CBN.

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Atualmente, o Ministério Público Eleitoral tem um procedimento instaurado para investigar a suspeita de abuso de poder político da campanha do tucano João Doria à Prefeitura de São Paulo. Para o promotor José Carlos Bonilha, que conduz as investigações, a nomeação do novo secretário de Cultura repetiria o que ocorreu na pasta do Meio Ambiente, na qual Alckmin colocou o advogado e seu ex-secretário pessoal Ricardo Salles, do PP, no lugar da professora da USP especialista na área, Patrícia Iglecias. O PP, o PV fazem parte da coligação de Doria, que soma 13 legendas.

O Palácio dos Bandeirantes nega o acerto. Segundo a assessoria de imprensa de Alckmin, não há "qualquer relação" entre a administração pública e a lógica eleitoral.

O secretário estadual da Educação, José Renato Nalini, pediu ao governador Geraldo Alckmin (PSDB) que libere o uso de celular nas salas de aulas da rede estadual para fins pedagógicos. A proposta é que, com a liberação, cada professor pense em propostas de como utilizar a tecnologia no dia a dia, no contexto das disciplinas.

O Palácio dos Bandeirantes diz que a proposta está em estudo nas áreas técnicas da Casa Civil e da Secretaria da Educação. O uso de celular durante o horário das aulas é proibido em toda a rede estadual pela Lei 132/2007, do deputado Orlando Morando (PSDB). Alunos que forem flagrados usando o aparelho podem ter o equipamento apreendido e receber sanção disciplinar nas unidades.

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Existem leis semelhantes com veto ao uso do aparelho em outros Estados, como Acre, Amapá, Pernambuco, Paraná e Ceará. Os textos têm, em comum, preocupações com a falta de atenção dos alunos. Pesquisa da Tic Educação 2014, do Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br), a mais recente sobre o uso das tecnologias de informação e comunicação nas escolas brasileiras, mostrou que, cada vez mais, o smartphone ganha adesão no dia a dia de professores e estudantes. Entre os docentes de escolas públicas, 64% acessaram a rede pelo celular, ante apenas 6% em 2010, primeiro ano da pesquisa. Entre os alunos, 79% utilizam a internet nos telefones móveis.

Mas a internet é pouco acessada para fins pedagógicos: só 41% dos entrevistados usaram a rede na escola. O principal local de acesso continua sendo a própria casa (77%). Para o estudo foram analisados 1.486 colégios, públicos e privados, do 5.º ano do ensino fundamental ao 2.º ano do ensino médio.

O levantamento também aponta que a atual geração que está na escola é a que mais usa internet no celular. Entre a população de 9 a 17 anos, 82% acessam a rede por smartphone. O número já supera o acesso em computadores de mesa (56%).

 

Protagonismo em sala

Para o especialista em mobile learning e professor da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) Marcos Alexandre de Melo Barros, o uso de celular em sala de aula deve passar por uma formação do professor voltada para o protagonismo do aluno. "É importante preparar esse professor para ver o aparelho como aliado. O aluno pode pesquisar, coletar informação específica da aula. Como hoje acabam usando o aparelho para brincadeiras, sem contexto educacional, fica mais fácil proibir", diz.

Uma das sugestões do professor é o uso das câmeras dos smartphones. "Os vídeos são importantíssimos para o resgate de contextualização. Imagine que o aluno trabalhou um texto em sala de aula. No fim, o professor reúne a turma em grupos e cada um produz vídeos de dois ou três minutos a partir do que foi lido, do que foi vivenciado na aula. Qual é a diferença? A partir do momento em que o aluno discute como será o vídeo, ele se apropria muito mais do conteúdo." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O governador Geraldo Alckmin promoverá nos próximos dias a última mudança em seu secretariado para acomodar os partidos que entraram na coligação do candidato do PSDB à Prefeitura de São Paulo, João Doria.

Com passagem pela secretaria de Turismo, o presidente do PV de Mogi das Cruzes, Romildo Campello, assumirá a secretaria estadual de Cultura. Ele entra no lugar de José Roberto Sadek, mestre em Ciências da Comunicação pela Universidade de São Paulo.

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Além de Campello, o governador já nomeara o presidente estadual do PHS, Laércio Benko, no Turismo, e Ricardo Salles, do PP, no Meio Ambiente. As duas siglas também estão com Doria na disputa municipal.

Segundo o PV de São Paulo, Campello assumirá como secretário adjunto, já que teria sido feito um acordo com Alckmin para que o presidente nacional do partido, José Penna, seja o titular quando se recuperar de problemas de saúde. O Palácio dos Bandeirantes nega o acerto.

Alckmin também definiu na terça-feira (30) o nome do economista Hélcio Tokeshi para substituir Renato Villela na Secretaria da Fazenda. O novo secretário assume o posto no dia 1º de setembro. Natural de Piracicaba, Tokeshi é formado em Economia pela USP e doutor pela Universidade Berkeley, da Califórnia.

Abuso de poder

Atualmente, o Ministério Público Eleitoral tem um procedimento instaurado para investigar a suspeita de abuso de poder político da campanha de Doria. Para o promotor José Carlos Bonilha, que conduz as investigações, a nomeação do novo secretário de Cultura repete o que ocorreu na pasta do Meio Ambiente, na qual Alckmin colocou o advogado e seu ex-secretário pessoal Ricardo Salles, do PP, no lugar da professora da USP especialista na área, Patrícia Iglecias.

"Para o Ministério Público o que está ocorrendo na Secretaria da Cultura é muito semelhante ao que já aconteceu com a Secretaria do Meio Ambiente, em que saem pessoas técnicas, vocacionadas e altamente qualificadas para as respectivas áreas e, em seus lugares, assumem pessoas filiadas a partidos políticos e que, em princípio, não estão na mesma condição de servir às secretarias, como os secretários que foram exonerados", afirmou Bonilha, lembrando que os novos secretários são filiados a partidos que compõem a chapa de Doria.

"Os secretários que foram nomeados pertencem a partidos políticos que compõem a coligação com o PSDB e que ofereceram maior tempo de propaganda eleitoral gratuita no rádio e na televisão", disse.

Em outra acusação de propaganda antecipada contra a campanha de Doria, o juiz eleitoral Danilo Mansano Barioni julgou improcedente uma representação do Ministério Público Eleitoral. Para a promotoria estadual eleitoral, um jantar promovido em junho com a presença de Doria por Washington Cinel, dono da empresa de segurança Gocil, teria sido "integralmente patrocinado" por empresa privada, sem qualquer contribuição do partido por meio de seu diretório municipal, o que constituiria propaganda antecipada. Para provar a tese, o mesmo promotor, José Carlos Bonilha, anexou um vídeo feito por um convidado com um discurso do tucano no qual ele fala sobre a candidatura e a decisão de deixar o comando do Grupo de Líderes Empresariais (LIDE). Em sua decisão, o magistrado alega que Doria não extrapola "os elásticos limites" que a legislação atual estabeleceu aos candidatos.

Defesa

Em nota, a assessoria de imprensa do Palácio dos Bandeirantes afirmou que não existe "qualquer relação" entre a administração pública e a lógica eleitoral. "A escolha de secretários - filiados ou não a partidos, participantes ou não de entidades de classe ou demais organizações da sociedade civil - obedece única e exclusivamente a critérios técnicos voltados ao interesse público." A assessoria de Doria disse que a campanha não influiu na escolha dos secretários. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O candidato do PSDB à Prefeitura de São Paulo, João Doria, ainda não apareceu na campanha ao lado de seu padrinho político, o governador Geraldo Alckmin, mas tem usado a criação de versões municipais de programas estaduais como base de suas propostas.

Depois de visitar na terça-feira (30) a obra de um conjunto residencial do "Casa Paulista", projeto que constrói unidades habitacionais por meio de Parcerias Público Privadas (PPPs), o tucano visitará nesta quarta uma unidade do Poupatempo no centro da cidade para anunciar a ideia de criar uma versão paulistana do programa, que oferece em um mesmo espaço diversos serviços de utilidade pública.

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"Vamos apresentar uma versão municipal, que é o Poupatempo SP, e mais o Poupatempo Empreendedor, que será uma vertente do estadual", disse o candidato ao Estado.

Dependentes

Doria também quer substituir o programa De Braços Abertos, que tenta reduzir danos entre os dependentes químicos na região da Cracolândia, pelo projeto Recomeço. A versão estadual, que opera sem coordenação com a municipal, oferece tratamento e acompanhamento multiprofissional ao paciente e aos seus familiares.

"O Recomeço é a alternativa correta para a internação dos dependentes. Nesse caso, a ideia é integrar, e não fazer outro", disse o candidato tucano.

Quase duas semanas após o início oficial da campanha, Doria ainda não participou de nenhuma atividade ao lado de Alckmin e também não apareceu ao lado dele na propaganda eleitoral na TV e rádio.

Questionado sobre a distância, Doria disse que "em breve" isso vai acontecer.

Segundo auxiliares próximos, uma agenda com Alckmin está prevista para a semana que vem. "Não tenho razão para escondê-lo. Alckmin é um bom gestor", afirmou Doria.

De acordo com pesquisa Datafolha divulgada no último dia 27, a imagem do governador tucano não agrega muitos votos. Os números do instituto indicam que 51% dos eleitores não escolheriam o um nome endossado por Alckmin.

MTST

Doria criticou na manhã de terça-feira, 30, a ação de integrantes do MTST que bloquearam pontos das marginais do Tietê e do Pinheiros e das avenida Radial Leste e Francisco Morato, em protesto contra o impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff e o governo do presidente em exercício Michel Temer. "Movimento de habitação deveria se ocupar com aquilo lhe foi destinado, e não queimar pneus na Marginal", disse o tucano.

Na visita a uma obra de um condomínio residencial popular no centro da cidade, o candidato tucano estava acompanhado de Rosalvo Salgueiro, que lidera o grupo Movimento Terra de Deus e atua na mesma área do Movimento Sem Teto.

"Faz tempo que o MTST deixou de ser um movimento popular de habitação. Virou um faz tudo", disse Salgueiro.

Questionado sobre qual seria a sua estratégia em relação às ocupações, o tucano prometeu diálogo. "Vamos estudar caso a caso", afirmou. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Assim como o prefeito Fernando Haddad (PT), o governador Geraldo Alckmin (PSDB) e o presidente em exercício Michel Temer têm suas gestões mal avaliadas na cidade de São Paulo.

Segundo a pesquisa Ibope/Estado/TV Globo, apenas 13% dos paulistanos consideram a gestão de Temer boa ou ótima. Outros 36% a veem como regular e 41% como ruim ou péssima.

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No caso de Alckmin, a parcela que acha o governo ótimo ou bom é de 18%. Para 44%, é regular e para 36%, ruim ou péssimo.

Conforme o jornal O Estado de S. Paulo revelou na quarta-feira, 24, a gestão de Haddad é vista como boa ou ótima por 13%, enquanto 57% a consideram ruim ou péssima.

A pesquisa ouviu 805 eleitores entre os dias 19 e 22 e está registrada sob o protocolo SP-07072/2016. A margem de erro é de três pontos. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O governo Geraldo Alckmin (PSDB) bateu o martelo na privatização conjunta das Linhas 5-Lilás do metrô, que está sendo ampliada, e 17-Ouro do monotrilho, ainda em construção, na zona sul de São Paulo. A Secretaria Estadual dos Transportes Metropolitanos deve lançar ainda neste ano a licitação para conceder a operação de 27,5 km de trilhos e 25 estações à iniciativa privada por 30 anos.

O modelo foi sacramentado terça-feira (23) na reunião do conselho gestor do Programa Estadual de Desestatização (PED), responsável por definir as privatizações no Estado. Segundo o secretário dos Transportes Metropolitanos, Clodoaldo Pelissioni, a meta é concluir o processo de concessão das duas linhas até julho do ano que vem, antes da entrega de 9 novas estações da Linha 5, previstas para o segundo semestre de 2017. "Nós queremos que as novas estações já sejam operadas pelo concessionário", disse. A décima estação (Campo Belo) ficou para março de 2018.

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Hoje, a Linha 5 opera com 9,3 km e 7 estações, ligando o Capão Redondo a Santo Amaro, na zona sul. Com a ampliação, a Linha 5 chegará até a Chácara Klabin, fazendo conexão com a Linha 1-Azul na Estação Santa Cruz e a Linha 2-Verde na Estação Chácara Klabin. Já o monotrilho da Linha 17, prometido para 2014, deverá ser entregue pela metade (8 estações e 7,7 km) entre 2018 e 2019. As duas linhas farão conexão no Campo Belo (zona sul).

"Vai ser uma concessão única porque as linhas se cruzam no Campo Belo. Há uma sinergia de energia elétrica e integração na estação que está sendo construída lá", explicou Pelissioni. "Será uma concessão por 30 anos na qual será cobrada uma outorga fixa de entrada e o concessionário receberá uma parcela da tarifa paga por passageiro transportado que continuará sendo arrecadada pelo Metrô. O Estado não vai mais aportar recurso nenhum", completou.

Quando as obras estiverem totalmente concluídas, as duas linhas deverão receber cerca de 995 mil passageiros por dia, conforme estimativa feita pela Companhia do Metropolitano de São Paulo (Metrô), atual responsável por operação e construção dos ramais. "Nós acreditamos que a operação privada é menos custosa. O Estado tem dificuldade de gerenciar porque tem a Lei de Licitações e certas burocracias necessárias porque se trata de empresa pública", disse o secretário.

Segundo Pelissioni, o governo Alckmin também deve concluir até o fim do ano os estudos para a privatização da Linha 15-Prata do monotrilho, que ligará a Vila Prudente até São Mateus, na zona leste da capital. O trecho também havia sido prometido para 2014 com distância mais longa, até Cidade Tiradentes, mas deve ser concluído com 16 km a menos em 2018. "Os estudos ainda estão sendo concluídos. Também queremos aprovar ali uma concessão dos serviços. É a próxima na pauta."

Com a concessão das três linhas, São Paulo terá cinco das oito linhas de metrô e monotrilho sob operação da iniciativa privada. Hoje, a Linha 4-Amarela (Luz-Butantã) já é operada pelo Consórcio Via Quatro, e a futura Linha 6-Laranja (São Joaquim-Brasilândia) está sendo concluída no regime de Parceria Público-Privada (PPP), no qual a operação também será feita pela setor privado.

PPP

O governo paulista avalia ainda proposta feita pelo Grupo Triunfo para operação por meio de PPP das Linhas 8 e 9 da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM). "Nós percebemos pela proposta da empresa que o aporte do Estado ainda pode ser diminuído e aprovamos a continuidade dos estudos", disse Pelissioni. "Nesse momento de crise econômica, é melhor fazer concessão do que PPP, que ainda exige contrapartidas do Estado", completou. Para fiscalizar as linhas privatizadas, o governo deve criar uma agência reguladora. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O programa partidário semestral do PSDB, que foi ao ar na noite desta quinta-feira, 19, focou na questão do desemprego e no apoio ao governo Michel Temer. Os três tucanos mais "presidenciáveis" até o momento (Aécio Neves, José Serra e Geraldo Alckmin) foram os destaques da exibição - além do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.

O programa mostrou um apresentador visitando os principais personagens do partido.

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FHC foi o primeiro a aparecer. Com ele, reforçou-se a ideia de que o País já passou por uma crise semelhante à atual (no período pós-Fernando Collor) e conseguiu superá-la graças à ação de FHC no Ministério da Fazenda e, posteriomente como Presidente da República. FHC destacou a Lei de Responsabilidade Fiscal e disse que foi, justamente, essa lei que a "presidente Dilma transgrediu". No fim de sua participação, FHC sentenciou: "A política precisa consertar o que a própria política estragou".

Depois do ex-presidente foi a vez do senador Aécio Neves (MG), presidente nacional do PSDB, aparecer no programa. Com ele, o partido passou o recado de que "está junto com o governo Temer e que irá ajudá-lo". "Estamos prontos para ajudar o governo e prontos também para alertar o governo para que ele não cometa os mesmos erros do passado", diz Aécio. O senador repete a ideia de que o País precisa virar a página do "radicalismo e do ódio". O candidato derrotado nas últimas eleições presidenciais afirmou que agora não é o momento de "pensar em projetos partidários ou pessoais, mas de pensar no Brasil". Aécio chama o governo Temer de "governo de emergência nacional e diz trabalhar para que ele dê certo".

Já como ministro das Relações Exteriores, José Serra falou sobre como o Brasil deve sair da crise. Serra apontou as exportações como um dos caminhões fundamentais para recuperação da economia - não à toa uma das incumbências de sua pasta. "O governo anterior abriu mão de fazer novos acordos comerciais pelo mundo a fora. E no comércio, não se trata de escolher entre uma coisa e outra, mas sim de abrir todas as portas."

O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, centrou a sua participação na necessidade da recuperação do emprego. "O País está pedindo uma política melhor, que devolva aos brasileiros, principalmente aos mais jovens, a confiança plena na democracia."

Mulher

O programa abordou também a questão da participação feminina na política em uma momento em que o governo Temer sofre severas críticas por ter um ministério totalmente masculino. O apresentador do programa disse a seguinte frase: "Em pleno século XXI, a política brasileira parece ser a política de um gênero só: masculino". A deputada Mara Gabrilli (SP) disse que era hora de "fortalecer os programas sociais". O ministro das Cidades, Bruno Araújo, afirmou que pode fazer "mais com menos" em áreas de apelo social.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), afirmou que, com a aprovação do impeachment, o Brasil "vai virar uma página" e diz que o foco do governo Temer deve ser a economia. "Vamos ajudar. O grande desafio é o emprego. A economia brasileira derreteu nos últimos dois anos, especialmente nos últimos dois meses. Estamos aí com quase 2 milhões de desempregados. O foco tem que ser o social e o social é retomar o emprego".

O governador defendeu que a discussão "ideológica" seja deixada de lado e que o País encare a troca de presidentes unificado. "Acho que não é mais uma discussão ideológica. Tem algumas reformas que são necessárias para o crescimento do país, para a competitividade. Elas não devem ser objeto mais de luta política. Devem unir a todos para ajudar a executá-las. Então todas essas medidas são do interesse do país. O futuro presidente Temer pode contar conosco", afirmou na manhã desta quarta-feira, 11, horas antes da votação do impeachment no Senado.

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Alckmin prometeu ser "parceiro" de Temer nos próximos dois anos e defendeu reforma no sistema eleitoral brasileiro. "Acho que o Brasil passa um momento difícil, do ponto de vista econômico e social. Temos de trabalhar para mudar esse cenário, senão os velhos fantasmas vão voltar. Não é possível ter 35 partidos no Brasil, 25 na Câmara Federal. Suprima a causa e o efeito cessa, dizem na Medicina. Temos o melhor modelo de apuração eleitoral do mundo com a urna eletrônica. E, ao mesmo tempo, o pior sistema político-partidário da face da terra. Exaurido, falido, monstrengo. Precisa ser corrigido. Não é difícil e nem é mudando a constituição. Proibindo coligação eleitoral, já reduz a sete ou oito partidos. Reforma político partidária é urgente".

Um manifestante atirou ontem um ovo em direção ao governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), quando ele discursava em Jundiaí, no interior paulista. O governador falava sobre obras na rodovia Anhanguera e um grupo de manifestantes protestava ao lado do palanque. Integrantes da comitiva do governador foram atingidos pelo ovo. Alckmin não foi atingido, mas chegou a interromper o discurso e olhar na direção dos manifestantes.

O atirador do ovo foi detido por seguranças e levado à uma delegacia da Polícia Civil. Ele vai responder pelo crime de injúria - a polícia não divulgou a identidade do suspeito.

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A manifestação teria relação com as denúncias de fraude na merenda escolar que envolveriam agentes públicos ligados ao governo tucano.

Operação

A Operação Alba Branca, investigação conjunta da Polícia Civil e do Ministério Público Estadual, desbaratou uma quadrilha que montava cooperativas de fachada para fornecer produtos - entre eles, ovos - à merenda escolar com preços superfaturados.

A Cooperativa Orgânica Agrícola Familiar (Coaf), de Bebedouro (SP), é acusada de estar à frente do esquema que teria se infiltrado em pelo menos 22 prefeituras e mirava em contratos da Secretaria da Educação do Estado. Conforme as investigações, para ganhar os contratos, a cooperativa pagava propina a agentes públicos.

Apuração

Em Campinas, antes de seguir para Jundiaí, Alckmin afirmou que foi o próprio governo estadual que descobriu a fraude, por meio de investigação da Polícia Civil. "Aí, o Ministério Público entrou na apuração, que está sendo rigorosa", disse o tucano.

O governador informou que o programa de aquisição de alimentos para a merenda escolar foi criado para beneficiar pequenos produtores rurais, mas a cooperativa desvirtuou o processo de licitação.

Segundo o governador, não há provas do envolvimento de pessoas de seu governo no esquema alvo da Operação Alba Branca. "Se houver, será punido", disse. Alckmin afirmou ainda que não houve prejuízos para o Estado em razão das fraudes em contratos da merenda escolar. "Os suspeitos já foram presos e, se tiver mais gente envolvida, também vai responder." As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

Principal partido de oposição ao governo da presidente Dilma Rousseff, o PSDB chega ao momento decisivo do processo de impeachment no Congresso assombrado pelo espectro da divisão interna e pelos desdobramentos da Operação Lava Jato, além de estar seriamente ameaçado de perder o protagonismo na disputa contra a petista.

Enquanto os senadores Aécio Neves (MG), presidente do partido, e José Serra (SP) disputam o protagonismo da transição (e reeditam a antiga rivalidade), o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, explodiu as pontes com os caciques tucanos de São Paulo, Estado que é o berço político e a principal base do PSDB.

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Serra é o principal canal de comunicação do PSDB com o vice-presidente Michel Temer (PMDB). O tucano paulista tem defendido a ajuda do partido a um eventual governo do peemedebista. Mas Aécio apresenta resistência. O senador mineiro, no entanto, vem sendo citado em novas delações da Lava Jato e terá de se dedicar nos próximos dias a elaborar sua defesa, deixando um pouco de lado as articulações políticas.

Na semana passada, Aécio disse que o PSDB não deve discutir cargos com Temer e recomendou cautela ao partido. O problema para os tucanos é que o impeachment avança e o PSDB começa a perder espaço no processo para as alas rebeldes do PMDB, para o DEM e para o PPS.

"Aécio precisa ser cuidadoso com o que fala, pois é presidente do partido", afirmou o ex-deputado José Aníbal, presidente do Instituto Teotônio Vilela, braço de elaboração teórica do PSDB. "Quando se agrava a situação, as lideranças precisam ampliar o foco", conclui. O "foco" ao qual ele se refere são as pretensões eleitorais dos dois rivais internos: o Palácio do Planalto em 2018.

É nesse ponto que entra o terceiro elemento de instabilidade no ninho tucano. A decisão de Alckmin de patrocinar politicamente a pré-candidatura do empresário João Doria à Prefeitura de São Paulo foi uma declaração de guerra aberta ao grupo de Serra e do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, que apoiaram o vereador Andrea Matarazzo nas prévias do partido.

Interpretação

A leitura do racha paulista é a mesma em todas as alas do PSDB: Alckmin tentará ampliar sua influência na máquina partidária nacional para se viabilizar como presidenciável. Se não conseguir furar o bloqueio de Aécio, que preside a legenda, ele mudará de partido, provavelmente para o PSB.

No atual cenário, entretanto, Alckmin está "preso" a São Paulo e à liturgia do cargo, e não tem como fazer frente a Serra e Aécio na arena nacional.

Se persistir o impasse entre os dois senadores, a decisão final será tomada pela executiva nacional do PSDB, algo que seria inédito na história do partido e sintomático da divisão interna. "Quando o impeachment passar na Câmara, esse debate vai aflorar nas instâncias partidárias", disse o deputado Jutahy Junior (BA), que é próximo a Serra.

"O PSDB enfrentou esse dilema (participar ou não do governo) duas vezes e tomou a decisão certa em ambas", lembra o deputado Bruno Araujo (PE), um dos vice-presidentes do partido.

Nos dois casos, porém, o cenário era muito diferente. Em 1992, o então senador Fernando Henrique Cardoso foi convidado para integrar o ministério do presidente Fernando Collor e estava disposto a aceitar a missão. Principal líder do partido à época, Mário Covas vetou a movimentação do aliado.

Após o impeachment de Collor, porém, FHC foi ministro das Relações Exteriores e ministro da Fazenda de Itamar Franco. Tucanos lembram que no primeiro caso havia uma liderança incontestável e no segundo, um consenso. Dessa vez não há nenhum dos dois elementos. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, disse nesta sexta-feira (12) que confia no presidente da Assembleia Legislativa, o deputado Fernando Capez (PSDB), alvo da Operação Alba Branca, que revelou esquema de pagamento de propinas em contratos de fornecimento de merenda escolar para o estado. “Eu acredito na inocência dele. É um promotor público, tem uma história de 30 anos no Ministério Público", disse o governador.

Segundo Alckmin, é importante que seja feita uma apuração o mais rápido possível para que o culpado seja punido e quem não é culpado seja inocentado. "Se há uma denúncia, ela deve ser investigada com profundidade”.

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A Operação Alba Branca foi deflagrada no último dia 19. A Polícia Civil e o Ministério Público Estadual de São Paulo investigam um esquema de fraude na compra de alimentos para merenda de prefeituras e do governo do estado. Ainda não se sabe quanto foi desviado, mas há suspeitas sobre contratos com creches e escolas públicas de 19 cidades há pelo menos dois anos. Capez é um dos investigados, além do ex-chefe de gabinete da Casa Civil do governo estadual Luiz Roberto dos Santos.

Ao falar pela primeira vez sobre o assunto em público, Capez afirmou que está colaborando para a verdade aparecer o mais rápido possível. “Eu sou vítima e estou sendo tratado como suspeito. Não conheço nenhuma dessas pessoas. Não vou me estender mais, porque estamos marcando entrevistas com cada veículo individualmente para explicar direitinho”, disse após participar de cerimônia de entrega de obras em Parelheiros, zona sul da capital paulista.

Na operação, foram cumpridos 24 mandados de busca e apreensão em sedes de 16 prefeituras, na sede da Cooperativa Orgânica Agrícola Familiar (Coaf) e nas casas de suspeitos. Também foram cumpridos seis mandados de prisão expedidos pela Justiça contra integrantes da cooperativa, com sede em Bebedouro (SP). A empresa, de acordo com as investigações, liderava o esquema e fornecia produtos advindos de pequenos agricultores rurais em produção familiar.

De acordo com o Ministério Público, a Coaf liderava o esquema de pagamento de propina. A cooperativa mantinha contratos com diversas prefeituras, com valores superiores a R$ 1 milhão, e um contrato com o governo estadual. A empresa também é investigada por fraudar a modalidade de compra “chamada pública”, que pressupõe a aquisição de produtos de pequenos produtores agrícolas. A cooperativa cadastrou cerca de 1 mil pequenos produtores, mas comprava de apenas 30 ou 40 deles e adquiria também de grandes produtores e na central de abastecimento do estado, segundo informou o MP.

Foram cumpridos mandados de busca nas prefeituras de Paraíso, Novaes, Santos, Sumaré, Americana, Colômbia, São Bernardo do Campo, Campinas, Santa Rosa de Viterbo, Bauru, Mogi das Cruzes, Barueri, Araras, Cotia, Mairinque e Caieiras, onde foram apreendidos documentos sobre dispensa de licitação e chamadas públicas relacionados à cooperativa. Apenas em Bebedouro, foram encontrados sete procedimentos tendo contratações com as empresas suspeitas – a Coaf, a Horta Mundo Novo e a Associação Agrícola Orgânica de Bebedouro.

Foram apreendidos também R$ 135 mil em espécie na casa de um funcionário da cooperativa, bem como uma arma de fogo ilegal em poder de outro funcionário. Ainda foram apreendidos documentos e equipamentos de informática – computadores e pen drives – na sede da cooperativa. Há algumas semanas foram apreendidos R$ 98 mil em espécie em poder de funcionário da cooperativa, num pedágio da região de Bebedouro. O dinheiro, segundo as investigações, destinava-se ao pagamento de propina para servidores públicos ligados ao órgão com o qual a empresa mantinha contrato.

Em nota, a Secretaria de Educação informou que segue a legislação do Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae), que determina o uso, na merenda escolar, de 30% de alimentos cultivados e produzidos por meio da agricultura familiar, e que se mantém à disposição da Polícia Civil e do Ministério Público para dar sequência às investigações.

Exercendo o mandato de governador de São Paulo pela quarta vez, Geraldo Alckmin planeja ser novamente candidato a presidente da República em 2018, e pra isso ele pode até trocar de partido caso não tenha a indicação do PSDB para a disputa presidencial. Seu destino deve ser mesmo o PSB do ex-governador Eduardo Campos, falecido em agosto do ano passado.

Comandando o maior estado do país, Alckmin tem grande penetração em setores do PIB nacional e sua candidatura a presidente pode ganhar não só o respaldo do empresariado, que não está muito interessado numa nova disputa entre PSDB e PT, como também de siglas menores que podem garantir maior tempo de televisão e transformar a candidatura do governador paulista numa candidatura bastante competitiva.

O PSB nunca teve um nome de dimensão nacional, Miguel Arraes apesar de ser um líder de esquerda e respeitado no mundo inteiro, nunca foi um político nacional do ponto de vista eleitoral. Seu raio de influência, inclusive eleitoral, se restringia ao Nordeste. Enquanto Eduardo Campos também tinha o mesmo problema de Arraes, era representativo a nível de Pernambuco, conhecido no Nordeste, mas um mero desconhecido dos brasileiros. Quando começava a se apresentar ao eleitorado o acidente acabou com as esperanças do PSB de chegar ao Planalto com “uma prata da casa”.

Com a chegada de Alckmin ao partido já em 2016, o PSB teria um nome importante para nortear a sigla já nas eleições municipais e fortaleceria os projetos dos seus governadores – Paulo Câmara e Rodrigo Rollemberg, que devem buscar a reeleição, e Ricardo Coutinho que certamente tentará emplacar o sucessor – e também herdaria o governo de São Paulo com Márcio França, que é vice-governador e poderia disputar a reeleição com o respaldo de Alckmin.

Setores do PSB consideram que o governador de São Paulo oficializará sua filiação no primeiro já semestre de 2016, haja vista que a disputa interna com Aécio Neves pela indicação no PSDB caminha para uma derrota para o senador mineiro praticamente consumada por Alckmin, devido ao resultado obtido por Aécio em 2014.

Pagamento – O prefeito do Recife Geraldo Julio antecipou o pagamento dos servidores do dia 28 para o dia 25, com isso o gestor permitiu que fossem injetados R$ 153 milhões na economia do município e os servidores pudessem comemorar os festejos natalinos de bolso cheio. No curto período de trinta dias os servidores receberam três folhas salariais.

Perda – Faleceu ontem, no Recife, a esposa do ex-ministro do Tribunal de Contas da União e membro da Academia Brasileira de Letras Marcos Vinícios Vilaça, Maria do Carmo Vilaça, que deixa dois filhos, dentre eles Taciana Vilaça, esposa do ex-governador de Pernambuco e atualmente deputado federal Mendonça Filho. Maria do Carmo tinha 68 anos.

Disputa – Comandando há muita anos o PMDB nacional, o vice-presidente da República Michel Temer terá como adversário na disputa pela presidência da sigla em convenção marcada para março do próximo ano o senador Romero Jucá, que conta com o apoio do presidente do Senado Renan Calheiros. O evento também definirá se o partido terá candidato a presidente da República em 2018.

Energia – O ministro de Minas e Energia Eduardo Braga afirmou que a conta de energia vai baixar em 2016. Diferentemente de 2015, quando foi preciso acionar a tarifa vermelha fruto do acionamento das termelétricas por conta da escassez de água, em 2016 o consumidor final deverá pagar mais barato pela energia elétrica, porque de acordo com o ministro terá uma adequação de preços com viés de baixa.

RÁPIDAS

Diminuiu – O percentual de jovens que integram o PT vem diminuindo nos últimos quatro anos, de acordo com levantamento feito pelo jornal Folha de São Paulo junto a Justiça Eleitoral. A proporção de jovens (16 a 34 anos) no partido caiu de 25,7% do total de militantes para 19,2% desde 2011.

Investimento – Apesar da crise que assola todo o país, onde o governo do Rio Grande do Sul, por exemplo, encerrará 2015  com um déficit de R$ 2,6 bilhões, o governo de Pernambuco conseguiu fechar o ano investindo R$ 1,5 bilhão. Mesmo assim, o número é metade da média do investimento anual do governo Eduardo Campos.

Inocente quer saber – A pré-candidatura de Mirtes Cordeiro a prefeita de Jaboatão é de faz-de-conta?

Os estudantes do movimento contrário à reorganização escolar em São Paulo desocuparam 53 escolas, mas mantiveram a ocupação em 145 unidades, de acordo com a Secretaria Estadual da Educação. Duas diretorias estaduais de ensino, nas cidades de Sorocaba e Santo André, também foram devolvidas pelos alunos.

A desocupação de parte das escolas ocorre depois de o governo do estado suspender a reorganização do ensino, que levaria ao fechamento de 93 escolas, medida que afetaria 311 mil alunos. A presidenta do Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp), Maria Isabel Noronha, explica que o ideal seria a extinção definitiva desse projeto e que respeita a decisão dos alunos de continuar ocupando escolas.

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O levantamento da Apeoesp mostra que os estudantes devolveram 64 escolas, mas 149 unidades permanecem ocupadas. De acordo com a Secretaria da Educação, à medida que as escolas são devolvidas, as aulas de reposição são retomadas. O cronograma de retorno varia entre as unidades.

Ontem, o governador Geraldo Alckmin disse que não há razão para que as ocupações das escolas prossigam no estado após o adiamento do projeto. “Não há razão nenhuma para ter escola hoje invadida. Se a causa era essa, agora é retomar as aulas para poder, o mais rápido possível, concluir o ano letivo. Esse é o objetivo”, disse.

Por causa da revogação do decreto, o secretário de Educação do estado de São Paulo, Herman Voorwald, entregou pedido de exoneração ao governador Geraldo Alckmin.

A América Latina vivenciou nas últimas duas décadas um processo de esquerdização nos países que formam o nosso continente, com as vitórias de Néstor e Cristina Kirchner na Argentina, Hugo Chavez e Nicolás Maduro na Venezuela, Michelle Bachelet no Chile, Evo Morales na Bolívia e Lula e Dilma Rousseff no Brasil.

Ao longo dos anos, os governantes esquerdistas conseguiram grande popularidade perante os seus eleitores, porém esse processo começou a ruir já em eleições anteriores, como a vitória de Sebastian Piñera no Chile em 2010, que mesmo com a volta de Bachelet em 2014, mostrou que a esquerda começava a deixar de ser uma unanimidade.

Nas eleições de Lula e Dilma no Brasil, sobretudo em 2006 e 2014, quando ambos disputaram a reeleição, respectivamente, ficou evidente que o populismo estava se ruindo, ora por escândalos de corrupção, ora pela situação econômica do país. Na reeleição de Lula ele foi obrigado a ir ao segundo turno contra um desconhecido Geraldo Alckmin, que acabara de ser governador de São Paulo. Mesmo vencendo a disputa em 2006, Lula percebeu que não era a unanimidade que acreditava ser.

Nas eleições de 2010, com um cenário econômico bastante favorável e com a aprovação nas alturas, Lula conseguiu emplacar Dilma Rousseff como sua sucessora. Numa disputa contra José Serra, Dilma venceu com uma diferença de aproximadamente 12 milhões de votos. A variável econômica foi fundamental para que a esquerda continuasse no poder através de um terceiro governo do PT, com uma certa folga.

Já em 2014 o cenário ficou mais complexo para o PT, com a economia em frangalhos e os escândalos de corrupção cada vez mais corriqueiros, Dilma Rousseff foi reeleita contra Aécio Neves por uma diferença de apenas três milhões de votos. Ficando evidente que a sua vantagem se deveu exclusivamente ao contingente de eleitores beneficiários do Bolsa-Família, um programa que apesar de ter seus avanços, é extremamente populista.

Na Argentina ontem numa eleição bastante disputada entre o candidato apoiado por Cristina Kirchner, Daniel Scioli e o opositor Mauricio Macri, os argentinos elegeram no segundo turno Macri, que foi presidente do Boca Juniors, o clube mais popular da Argentina, e defensor de teses de direita. O resultado pôs fim a uma hegemonia de doze anos dos Kirchner e consolidou a queda do populismo na América Latina.

Os ventos que permitiram as vitórias dos Kirchner, de Lula e Dilma, de Hugo Chavez e Nicolás Maduro, de Evo Morales, etc. começam a se dissipar por desgaste natural da esquerda, e convergem para que nas próximas eleições presidenciais no Brasil e nos demais países, os eleitores escolham candidatos mais próximos do que defende a direita.

Pé quente - Torcedor do Santa Cruz, o governador Paulo Câmara no seu primeiro ano de mandato conseguiu o que Eduardo Campos em sete anos não conseguiu: ver seu time campeão. Como se não bastasse, o Santa Cruz conseguiu voltar para a primeira divisão após uma década fora, chegando a disputar a Série D do campeonato brasileiro. Paulo Câmara está rindo a toa.

Gentilezas - Protagonistas de uma disputa duríssima pela prefeitura de São Paulo em 2004, os senadores Marta Suplicy (PMDB) e José Serra (PSDB), que saiu vitorioso daquela disputa, voltaram a dialogar no Senado. Marta e Serra estão afinadíssimos, e essa relação cordial pode culminar numa aliança em 2016, quando Marta tentará ser prefeita de São Paulo, e em 2018, quando Serra poderá migrar para o PMDB de Marta pra disputar novamente a presidência da República.

Desemprego - No final do governo FHC entre 2001 e 2002, o desemprego cresceu assustadoramente por conta das crises internacionais que atingiram em cheio a economia brasileira. A situação do desemprego foi mais um componente para que Lula vencesse a eleição de 2002. Agora, em pleno 2015, o desemprego volta a crescer e tende a ficar ainda maior em 2016. Se os índices de popularidade de Dilma são baixos, imagine com o desemprego em alta? O PT está extremamente temeroso com o cenário que vem se desenhando.

Agravamento - Após ser envolvido num escândalo de corrupção, com a informação de que teria dinheiro na Suíça, o presidente da Câmara deputado Eduardo Cunha (PMDB/RJ) estava extremamente desgastado para continuar no cargo, mas na semana passada quando realizou uma manobra para que a representação do PSOL no Conselho de Ética da Câmara não fosse votada, perdeu todas as condições políticas perante seus pares.

RÁPIDAS

Disputa - O Palácio do Campo das Princesas e a prefeitura do Recife têm absoluta certeza de que o PSDB não bancará politicamente a candidatura de Daniel Coelho a prefeito no ano que vem. Integrantes do PSB teriam recebido a garantia do senador Aécio Neves, presidente nacional do PSDB, de que a prioridade dos tucanos é a aliança com o PSB e consequentemente com a reeleição de Geraldo Julio.

Dígitos - O empresariado nacional acredita que o desemprego e a inflação deverão atingir os dois dígitos percentuais no início de 2016 porque o governo federal não econtra uma saída plausível para a crise que se instaurou jo Brasil.

Inocente quer saber - Aécio Neves vai entregar mesmo a cabeça de Daniel Coelho ao PSB? 

As prováveis candidaturas para presidência em 2018 não estão sendo bem avaliadas pela população brasileira. De acordo com um levantamento feito pelo Instituto Ibope, divulgado nesta segunda-feira (26), dos seis mais cotados, cinco foram rejeitados por mais de 50% da população. 

Indagados em quem não votariam de jeito nenhum, 55% dos eleitores apontaram o ex-presidente Lula (PT); 54% o senador José Serra (PSDB); 52% o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB); 52% o ex-ministro Ciro Gomes (PDT); 50% a ex-senadora Marina Silva (Rede) e 47% o senador Aécio Neves (PSDB). 

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Apesar disso, ao responderem em quem os eleitores votariam com certeza, Lula também aparece como o mais citado, por 23%; depois Aécio, com 15%; Marina 11%; Serra 8%; Alckmin 7% e Ciro 4%. 

O levantamento foi realizado entre os dias 17 e 21 de outubro e tem o nível de confiança de 95%.

Único político a participar todos os anos das festividades em homenagem a Nossa Senhora Aparecida, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), evitou ataques à presidente Dilma Roussef (PT). Durante toda a missa na cidade de Aparecida ele permaneceu com expressão de apreensão e na coletiva de imprensa se esquivou nas respostas dadas aos jornalistas.

Já o bispo auxiliar de Aparecida, Dom Darci José Nicioli, pediu mais seriedade política ao encerrar a principal missa do dia. "Fala-se que o Brasil está em crise e está mesmo. Crise política, crise econômica financeira. Certamente na base desta crise está uma grande crise moral, uma crise de valores", criticou Dom Darci.

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Para ele, o País "seria um paraíso" se seguisse o modelo de gestão do Santuário Nacional de Aparecida. Segundo o bispo, "as doações recebidas no Santuário são revertidas inteiramente para acolher bem". A riqueza do Brasil precisa ser melhor distribuída, ponderou o líder religioso. "Não falta dinheiro, falta seriedade no uso do dinheiro", afirmou.

Alckmin manteve uma linha suave nas críticas ao governo petista. "O que preocupa mais é que o ano passado o Brasil praticamente já não cresceu, esse ano é uma queda de quase 3% do PIB, se o ano que vem ele também não crescer e você ter três anos seguidos de recessão é muito preocupante", disse o tucano ao comentar a crise no País.

Em sua opinião, "o governo precisa agir rápido, no sentido de melhorar o crédito e reduzir a taxa de juros". Questionado sobre a eventualidade da abertura de um processo de impeachment da presidente, Alckmin foi prudente: "vamos aguardar", disse.

Líderes nacionais do PSDB protagonizam, nesta segunda-feira (28), a propaganda partidária da legenda. O vídeo, que vai ao ar às 20h30 em rede nacional, enfatiza que “a máscara” da presidente Dilma Rousseff (PT) tem caído nesses nove meses do segundo mandato e pontua a necessidade do país retomar o crescimento. 

Com duração de dez minutos, o programa faz um panorama entre o que a presidente prometeu em sua campanha eleitoral e a atual situação do país citando a inflação, o aumento de impostos e a recriação da CPMF. O PSDB mostra que a petista chegou a afirmar que não pensava em recriar a alíquota, chegando a referir-se ao imposto como um "engodo”. 

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Durante o vídeo, o presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves, frisou que diferentes crises atingem o país. “A crise econômica, a política, a crise moral, e agora a mais grave de todas, a crise social, que vem tirando empregos e a esperança dos brasileiros - são consequências das escolhas e decisões tomadas por aqueles que mostraram ter como único objetivo se manter no poder custe o que custar", cravou. Para o parlamentar é preciso "olhar para frente para consertar" o país.

O ex-presidente da República, Fernando Henrique Cardoso (FHC), cobrou que a presidente deixe os desejos do PT de lado e pense no país. “Está na hora da presidente ter grandeza e pensar no que é melhor para o Brasil, e não para o PT", observa.

Para o senador José Serra (SP), o Brasil nunca viveu uma situação tão difícil como essa. "Nós avisamos, 'está entrando água no barco, pode afundar', mas o PT se fez de surdo e não cuidou de prevenir a crise. Só pensou em ganhar a reeleição. Agora, o governo Dilma está com água na altura do nariz", disse.

"O Brasil vive hoje uma das piores crises de sua história, e o governo do PT escolheu o pior caminho para enfrentá-la. Aumentou os impostos e os juros, piorando ainda mais o drama do desemprego", acrescenta o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin.

O Tribunal de Contas do Estado de São Paulo (TCE-SP), decidiu nesta quarta-feira (19) abrir uma auditoria extraordinária para apurar todos os casos de superação do teto salarial de funcionários do governo estadual e municipal.

A abertura da auditoria ocorreu depois que o jornal O Estado de S. Paulo revelou que cinco secretários do governo Geraldo Alckmin extrapolavam os respectivos tetos remuneratórios. O Ministério Público de Contas, órgão vinculado ao tribunal, já havia tentado instaurar a auditoria em junho, mas foi barrado pela presidência do Tribunal de Contas do Estado (TCE). A conselheira Cristiana de Castro Moraes, que preside o TCE, argumentava na época que os procuradores não tinham competência legal para realizar esse tipo de procedimento.

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Na decisão, assinada pelo o conselheiro Edgard Camargo Rodrigues, ele vota pela instalação da auditoria, mas diz ser a favor da manutenção do parâmetro dos pagamentos realizados aos servidores até a confirmação de eventuais irregularidades cometidas.

O tema, enfim, é certamente espinhoso, e ausência de consenso, como se observa nos autos, alcança até a Procuradoria-Geral do Estado. Tudo a recomendar, portanto, prudência, e que se rejeite, neste momento, a adoção de medidas drásticas", escreveu Rodrigues em seu voto.

O conselheiro propõe, no entanto, que a auditoria abranja também os funcionários do governo municipal. No primeiro pedido feito pelo Ministério Público de Contas, a promotoria pedia apenas a investigação dos servidores do Estado que estavam estourando o teto remuneratório.

"Proponho, todavia, que a referia auditoria contemple não apenas as entidades sugeridas na peça inicial, mas todo e qualquer órgão submetido à fiscalização deste tribunal, a saber: governo do Estado de São Paulo e prefeituras, incluindo as respectivas administrações indiretas", sugeriu Rodrigues no texto.

A reportagem publicada pelo Estadão em junho apontava que cinco secretários de Alckmin recebiam além do teto remuneratório permitido pela Constituição. Aloísio de Toledo César (Justiça), Arnaldo Jardim (Agricultura), João Carlos Meirelles (Energia), Saulo de Castro (Governo) e Duarte Nogueira (Logística e Transportes) somam importâncias que excedem os valores dos tetos a que estão sujeitos por lei.

Funcionários ligados ao Executivo não podem receber valores acima do salário do governador - fixado no valor de R$ 21,6 mil. Os vinculados ao Judiciário estão submetidos ao salário dos desembargadores do Tribunal de Justiça - estipulado em R$ 30,4 mil. E os do Legislativo, ao salário de um deputado estadual, que é 75% do que recebe um parlamentar da Câmara federal (R$ 33,76 mil).

Alckmin também chegou a determinar ao secretário de Fazenda, Renato Vilela, que fizesse um pente-fino na folha de pagamento de funcionários do Estado. Ele também pediu que a remuneração de Aloísio fosse adequada ao teto.

O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), defendeu nesta segunda-feira, 3, as investigações da Polícia Federal e do Ministério Público no âmbito da Operação Lava Jato, que apura esquemas de corrupção na Petrobras. "No sentido de aprofundar a investigação e fazer justiça, é sempre necessário", afirmou ele, nos bastidores do 14º Congresso Brasileiro do Agronegócio, em São Paulo.

Alckmin também comentou sobre a prisão do ex-ministro José Dirceu, nesta segunda-feira. "Ninguém se alegra com a prisão de ninguém, mas defendemos a investigação". Indagado sobre se a prisão de Dirceu poderia dar força a um movimento pró-impeachment da presidente Dilma Rousseff, o tucano desconversou e reafirmou que "o foco deve ser a investigação".

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Mais cedo, durante plenária do evento, Alckmin fez uma crítica à política do governo federal de segurar o preço da gasolina, que vigorou até o início deste ano. Sem citar nomes, ele disse que "não dá para confiar no governo".

Metrô

Alckmin acrescentou que uma nova licitação para as obras da Linha 4 do Metrô de São Paulo pode ser lançada até o fim deste mês. O contrato com o consórcio Isolux foi rescindido na semana passada, após o não cumprimento do cronograma de obras nas estações Higienópolis-Mackenzie e Oscar Freire, as mais adiantadas. Conforme o governador, a multa para o consórcio será de 10% sobre o valor do contrato.

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