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O Tribunal de Contas do Estado (TCE) suspendeu a compra de um imóvel de galpões, localizado no Cabo de Santo Agostinho, que estava sendo feita por dispensa de licitação pela Prefeitura do Recife (PCR). Uma medida cautelar impedindo a aquisição do bem foi expedida, na última segunda (11), pela conselheira Teresa Duere. Os galpões seriam usados como depósito para o arquivo da  Secretaria de Educação do Recife (Seduc-Recife).

O imóvel custaria R$ 12, 8 milhões aos cofres da PCR que seriam pagos à empresa Nova Terra Incorporadora e Construtora Ltda, por meio da Dispensa de Licitação nº 021/2020. A compra havia sido autorizada nos últimos dias da gestão do ex-prefeito Geraldo Júlio (PSB), em 2020, mas o pagamento ficou para ser realizado na atual gestão de João Campos (PSB). 

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Ainda em 2020, a compra dos galpões foi denunciada pela deputada estadual Priscila Krause (DEM), em suas redes sociais e também no Ministério Público de Pernambuco (MPPE), e uma representação foi encaminhada ao TCE. Segundo o documento, a aquisição de um imóvel em município que não faz divisa com a cidade do Recife levaria a um aumento dos gastos com combustível e logística. Além disso, foi questionado se não haveria locais na capital para atender às necessidades da Seduc-Recife, já que a cidade dispõe de tantos imóveis abandonados.

Outro ponto levantado é que a despesa, realizada ao final do mandato do então prefeito Geraldo Júlio seria paga no exercício de 2021, já na atual gestão do prefeito João Campos, recém empossado como prefeito. Isso iria de encontro à Recomendação Conjunta TCE/MPCO nº 03/2020 que orienta o Poder Público a evitar gastos desnecessários e não relacionados ao combate da Covid-19. 

Sendo assim, a conselheira Teresa Duere determinou o não pagamento da despesa até que a Segunda Câmara do TCE se pronuncie sobre o caso. A Secretaria de Educação do Recife terá cinco dias corridos, a partir da comunicação oficial da decisão, para prestar esclarecimentos.

Procurada pelo LeiaJá, a Prefeitura do Recife informou, através de sua assessoria de imprensa, que irá prestar os esclarecimentos necessários à Corte de Contas dentro dos prazos legais previstos.

Um relatório do Tribunal de Contas do Estado (TCE) sobre as contas gerais do governo do estado de São Paulo aponta que dos 168 presídios, 145 não têm bloqueador de sinal de aparelho celular. O número corresponde a 86% de todas as unidades prisionais.

Entre 2013 e 2017, o número de celulares apreendidos em presídios de todo o estado subiu 59%, passando de 9.051 para 14.410. Do total, 6.338 foram encontrados fora das celas; 4.853 dentro das celas; 2.702 na área externa; 492 com visitantes; 15 com funcionários das unidades prisionais; e 10 com prestadores de serviço.

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O TCE recomendou que a Secretaria Estadual da Administração Penitenciária faça a instalação dos equipamentos bloqueadores, além de cumprir com o plano de construção de novas unidades prisionais. O secretário da pasta, Lourival Gomes, respondeu ao Tribunal que foram adotados critérios e ordem técnica de inteligência, resultantes de longo tempo de pesquisa e estudo.

O analista do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, Guaracy Mingardi, afirmou que muitos crimes são realizados por meio de celulares disponíveis dentro do presídio e que ao diminuir a possibilidade de facções criminosas se comunicarem, elas acabam enfraquecendo.

A falta de médicos nas cidades do interior é um problema antigo que atinge milhares de pessoas em todo o Brasil. O problema dificulta o atendimento em municípios pequenos e contribui para a lotação de hospitais regionais e das capitais, devido à necessidade de transferência de pacientes que não têm como se tratar no lugar onde residem. 

No Brasil, o cenário é de concentração de médicos nas capitais e regiões metropolitanas. De acordo com um estudo divulgado em 2015 pelo Conselho Regional de Medicina de São Paulo, há 399 mil médicos em todo o país e 55% deles estão nas capitais, onde vive 24% da população. 

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Trazendo a situação para o cenário pernambucano, a situação não é muito diferente. Um levantamento realizado pelo Conselho Regional de Medicina de Pernambuco (Cremepe), a pedido do LeiaJá, aponta que existem, atualmente, 14.488 médicos no estado. Deste,  apenas 2.479, cerca de 17,11% do total, residem em cidades do interior. Enquanto isso, a Região Metropolitana do Recife (RMR) concentra aproximadamente 82,88% de todos os profissionais de medicina, totalizando 12.009 médicos.

Nos últimos anos, o poder público tem tentado reverter esse quadro através da abertura de mais universidades de medicina em cidades do interior, da realização de seleções e concursos com bons salários e do programa Mais Médicos, que levava médicos brasileiros e estrangeiros para locais onde havia déficit no número de profissionais. No entanto, como mostram os números, ainda não é o suficiente. 

O LeiaJá entrevistou médicos, gestores públicos de saúde e o presidente do Sindicato dos Médicos de Pernambuco (Simepe), Tadeu Calheiros, para entender quais são as razões para a escassez de médicos no interior do estado e como essa situação poderia ser revertida. 

Fortalecimento dos planos de carreira

O presidente do Sindicato dos Médicos de Pernambuco (Simepe), Tadeu Calheiros, discorda da ideia muitas vezes difundida na sociedade de que os médicos que não vão para o interior preferem as capitais por razões financeiras. De acordo com ele, uma das razões para que muitos médicos prefiram trabalhar nas capitais é a precariedade dos vínculos empregatícios dos médicos com as prefeituras nas cidades do interior. “A maioria dos municípios não investe em concursos, contrata médicos sem carteira assinada, sem nenhum vínculo contratual, por acordos de boca, o que favorece muitos calotes”.

Segundo ele, essa situação se torna mais recorrente quando se aproximam as eleições municipais. “Muitas vezes quando os prefeitos não se reelegem ou não conseguem eleger um candidato que eles apoiam, os médicos não são pagos”, afirma. 

O presidente do sindicato também destaca a existência de pressão política interferindo no atendimento. “Os políticos muitas vezes ficam querendo favorecimento, passar outros pacientes na frente, e aí sem um vínculo trabalhista formal, o médico pode ser perseguido ser desfavorecido”, explica Calheiros.

A estrutura dos hospitais, clínicas e ambulatórios também é um problema na opinião do presidente do Simepe, que coloca a falta de equipamentos e déficit de profissionais dificultam o trabalho. “ É comum que um só médico trabalhe no único hospital da cidade fazendo todas as funções. Isso aumenta riscos para pacientes e para o médico por termos um clínico fazendo um parto, um psiquiatra atendendo pediatria. Às vezes não tem laboratório para fazer um simples hemograma, não dá pra fazer raio-x. As pessoas cansam desse risco de viver sempre lutando para conseguir ajudar seus pacientes”. 

A falta de hospitais-escolas nas cidades do interior, na visão dele, também é um fator que cria dificuldades de atração de médicos, uma vez que a maioria dos profissionais faz residência nas capitais. “Os médicos se fixam muito no local onde estudaram então isso também pesa para a concentração nas capitais. Centros formadores, a residência na capital ajuda. Você tem que ter um hospital capacitado, um hospital escola para receber médicos residentes, então isso interfere, os hospitais no interior têm que ser melhorados para isso”, complementa. 

Como presidente do sindicato de médicos, Tadeu Calheiros vê a falta de médicos nas cidades do interior como um problema grave que poderia ser sanado através de vínculos de trabalho regulares, de concursos públicos que deem segurança e um plano de carreira no qual os médicos jovens comecem trabalhando em cidades que enfrentam dificuldades de atração de profissionais e possam migrar para perto de grandes cidades, caso queiram, com o passar do tempo e da progressão da carreira. 

Calheiros também coloca a ampliação do número de nomeações em concursos, da acessibilidade de médicos ao concurso público por meio de contratações e do reajuste de salários que acabe com a discrepância da remuneração entre diferentes regiões do país. Conforme ele mesmo explica, o sindicato “Sugere que tenha uma carreira federal para médicos” como solução para a concentração de profissionais nas capitais e grandes centros urbanos.

“Aliviar a dor e salvar vidas é o maior prazer que a gente tem”

João Genú é ginecologista, atualmente está aposentado do serviço público devido a problemas em seu ombro que o impedem de fazer ultrassonografias, mas ainda trabalha em ambulatório. Com 38 anos de carreira, dos quais apenas dois passou trabalhando no Recife, doutor João, como é conhecido, dedicou a maior parte da sua vida profissional a exercer a medicina no município de Pesqueira, localizado no agreste pernambucano, que tem 62.931 habitantes de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), dos quais apenas 29 são médicos, de acordo com o Conselho Regional de Medicina de Pernambuco (Cremepe).

Quando perguntado sobre as condições de trabalho na cidade, Genú afirma que a estrutura hospitalar e o baixo número de médicos são dificuldades que exigem uma grande qualificação do profissional de medicina para exercer diversas funções e pode afastar muitos médicos das cidades pequenas. 

“No interior você tem que ser mais profissional, pois não tem outros colegas, não tem muitos recursos. Você tem que ser muito preparado para trabalhar em hospital, em média complexidade. Eu já cheguei a fazer 10 cesarianas num plantão sozinho”, explica ele. 

Doutor João aponta as vantagens de exercer a medicina em cidades interioranas. "Eu vejo a tranquilidade, não ter tanta violência, trânsito. Mas lazer também é ruim. Quem quer ir pro interior querendo tranquilidade, tudo bem, quem quer mais especialidades, melhor as capitais, mas dá para trabalhar, tem uma estrutura mínima básica”. A relação de proximidade com os pacientes também é, para ele, um ponto positivo. 

Questionado se, em sua visão, há alguma razão além das dificuldades de atendimento que causa o afastamento de médicos das cidades do interior, João Genú aponta o desejo de status, grandes salários e a falta de disposição para prestar um atendimento humanizado como motivos. 

“Também tem gente que não quer trabalhar bem, que não tem a visão de querer atender ao paciente independentemente das condições. Alguns médicos se formam mas não vestem o juramento de Hipócrates e só pensam em status e dinheiro, e aí mal olham pro paciente. Todo paciente tem que ser entrevistado, ouvido e entendido, pois maioria dos diagnósticos se descobrem ouvindo o paciente, precisa levantar hipóteses a confirmar com exames mas muitos não fazem nem isso”, critica o médico. 

Na opinião do Doutor João Genú, para profissionais que escolhem a medicina por amor à profissão, todas as dificuldades valem a pena pela sensação de ajudar as pessoas e aliviar suas dores. “A atuação tem que ser boa em qualquer lugar, o problema é estrutural no interior, mas o médico tem que ser médico de verdade em qualquer canto, Aliviar a dor e salvar vidas é o maior prazer que a gente tem. É preciso que médicos jovens se desarmem, saiam da vaidade pois alguns se formam e acham que são semi deuses mas são só seres humanos mais informados, não são melhores nem piores que ninguém”. 

“Para a saúde tem que sangrar de algum lado, não importa”

Roberto Monteiro é médico há 40 anos e atualmente atua pela terceira vez como diretor do hospital Doutor Lídio Paraíba, também em Pesqueira, além de já ter trabalhado em outras cidades próximas. Ao analisar a situação do hospital, Roberto afirma que a situação ainda não é ideal, mas que já foi pior tanto em Pesqueira quanto em outras cidades onde já trabalhou, no que diz respeito às contratações e atração de médicos para a cidade.

“Hoje a situação está relativamente regular, tem gente na fila esperando por vaga para trabalhar, mas já houve épocas em que foi difícil e muita gente saiu por problemas com pagamento, estrutura, entre outras coisas. Quando cheguei era só um médico por plantão, tinha que fazer anestesia, cesariana, tudo sozinho, era um sufoco, depois foi melhorando, quando você tem um colega é mais fácil”, afirma Monteiro, que também coloca o sucateamento estrutural do hospital como um problema. “Nós recebemos um hospital sucateado onde quebra muita coisa, o material é antigo, obsoleto e muito usado. Recentemente quebrou o equipamento de esterilização de roupas do hospital e demora para comprar um novo pois equipamento hospitalar é sempre muito caro”, explica o diretor. 

A relação entre a direção do hospital e a gestão municipal, de acordo com Roberto Monteiro, também pode gerar problemas quando não flui bem. “Gestão pública é difícil, demora e em hospital tem que ser tudo urgente, ‘para ontem’, pois doença não espera, a vida é para hoje, o atendimento é de imediato. Às vezes a gestão não paga certo e em dia, mas é importantíssimo manter um salário que dê para o profissional sobreviver. Seguridade salarial é muito importante para médicos, enfermeiros, auxiliares, já que o médico se completa com a equipe. Médico sozinho nada funciona”, afirma o diretor, que também explica que o salário pago no município é baixo e precisa ser elevado, mesmo já estando difícil para a prefeitura manter os salários no patamar em que estão hoje. 

“Aqui em Pesqueira o que nós pagamos é pouco e sangra o bolso o município mas para saúde tem que sangrar de algum lado, não importa, ainda pode melhorar, já cheguei a ver a cidade ter problemas com o limite de gastos com pessoal sendo ultrapassado, ao mesmo tempo em que o hospital necessitava muito de médicos”, diz Monteiro. 

“Os recursos que vem do Governo não são suficientes”

O município de Sanharó tinha em torno de 25.521 habitantes em 2016 de acordo com o IBGE e apenas dois médicos residem na cidade. De acordo com o enfermeiro e secretário de saúde, Hérico Costa, a cidade tem muitos problemas para atrair médicos pois “Eles só são atraídos pelo salário” e “Os municípios passam por dificuldades financeiras, sem receber reajustes nos repasses do Ministério da Saúde desde 2011”. 

Costa também vê a diferença de salários entre o que o município pode oferecer e o salário que é pago, por exemplo, pelo Programa Mais Médicos do Governo Federal como um fator negativo. Em sua visão, o programa ajuda, mas a demora para que os médicos cheguem até a cidade gera a necessidade de contratar por fora. 

“O mais médicos ajuda, mas demora até o médico do programa chegar e aí temos que contratar alguém que às vezes acha o salário baixo, até que o médico do programa chegue. O médico brasileiro do Mais Médicos recebe R$ 10 mil, o que não é do programa recebe R$ 6 mil, aí eles reclamam. Se o repasse do Ministério da Saúde fosse igual ao valor pago pelo Mais Médicos, isso ajudaria, mas os recursos que vem do Governo não são suficientes”, explica Hérico Costa. 

Uma outra consequência gerada pela necessidade de elevar a remuneração para conseguir atrair os médicos é a dificuldade da prefeitura para se manter dentro dos limites de gastos com pagamento de pessoal determinados pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). 

Quando uma cidade ultrapassa os limites de gastos e isso é constatado na prestação de contas, prefeitos e secretários podem sofrer processos no Tribunal de Contas, por usar o dinheiro da prefeitura de forma irresponsável. 

Hérico explica que a constante necessidade de elevar os salários dos médicos, a fim de atraí-los, deixa a gestão em uma situação difícil. “Sem reajustes de repasses do ministério da saúde desde 2011, e ficamos com dificuldades de cumprir a LRF e pode dar problema com o Tribunal de Contas”, diz o secretário.

"Tudo se analisa pelo caso concreto"

Cristiano Pimentel é procurador do Ministério Público de Contas, órgão vinculado ao Tribunal de Contas do Estado de Pernambuco (TCE-PE), para onde são enviadas e onde são julgadas as contas de todos os municípios do Estado. Sobre a questão do salário dos médicos gerar descumprimento aos limites da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), ele afirma que por ser uma questão delicada o tribunal pondera esse tipo de problema desde que ele seja justificado. 

“O TCE reconhece que há uma dificuldade dos municípios, especialmente do Agreste e Sertão, para atrair médicos. O tribunal pondera justificativas em vista dessas circunstâncias, pois é notório que os médicos não querem, via de regra, ir para o interior das cidades do Nordeste. Em todas essa questões o prefeito tem que apresentar justificativas como concursos que não tiveram inscrições, processos seletivos que ninguém quis. Tudo se analisa pelo caso concreto através das justificativas apresentadas pela prefeitura”, disse o procurador.

Quando questionado se os altos salários pagos a médicos podem prejudicar a saúde financeira dos municípios pequenos, do interior, Pimentel afirma que mesmo em casos de cidades que registram salários de médicos que ultrapassam o teto de gastos da prefeitura, o fato de ter poucos postos de atendimento e poucos médicos faz com que o total gasto com os salários não comprometam o equilíbrio das contas da cidade.

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O plenário do Tribunal de Contas do Rio de Janeiro (TCE-RJ) decidiu validar concessão de licença de 30 dias a mães não-gestantes de casais homoafetivos, após o nascimento de filho oriundo de gravidez por inseminação artificial. O tema foi debatido na terça-feira (21) e teve um placar de 4 votos a 3.

No relatório da votação, a conselheira Marianna Montebello Willeman destacou que as uniões estáveis homoafetivas se tornaram, pouco a pouco, uma realidade reconhecida pelo Poder Judiciário e levou em consideração a necessidade de proteção à maternidade, à infâcia e à juventude. Segundo o TCE, a licença de 30 dias corresponde ao mesmo período da licença paternidade no Rio de Janeiro.

Ainda de acordo com o TCE, o voto também considerou fundamentos da atual legislação federal sobre licença-maternidade e adoção, tendo a CLT, a legislação estadual e o regime previdenciário como parâmetro para conceder a uma das mães uma licença mais longa e à outra uma mais curta, além de salário-maternidade por 120 dias.

Nesta terça-feira (7), o Tribunal de Contas do Estado de Pernambuco (TCE-PE) divulgou um balanço sobre a destinação do lixo nos municípios do estado. Constatou-se que 128 cidades (68,5%) ainda utilizam lixões a céu aberto para despejar seus resíduos sólidos.

Em apenas 17,9% há aterros sanitários para o descarte de lixo e 13,6% encontram-se no que o Tribunal chama de "situação intermediária", ou seja, jogam lixo em aterros cujas exigências ambientais não são completamente atendidas.  

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Realizado pelo Núcleo de Engenharia do TCE, a pesquisa foi feita entre janeiro e dezembro do ano passado. “A situação salta aos olhos quando se conclui que mais de 4 mil toneladas de dejetos ainda são lançadas em lixões a céu aberto todos os dias em Pernambuco", disse o auditor responsável pelo estudo, Pedro Teixeira. 

O quadro não apresenta evolução significativa se comparado aos resultados de 2014 e 2015. Há dois anos, 129 municípios (70,1%) despejavam os resíduos em lixões, praticamente o mesmo percentual registrado em 2016. 

Lei jogada no lixo

Em vigor há mais de seis anos, a Lei 12.305/2010, sobre a Política Nacional de Resíduos Sólidos, determina a extinção de todos os lixões existentes no país. Pernambuco dispõe de dez aterros sanitários licenciados, um número bem abaixo do considerado ideal pelo Plano Estadual de Resíduos Sólidos (que seria de 54 aterros). 

As informações contidas no levantamento feito pelo Tribunal de Contas serão disponibilizadas na sua página (clique para acessar) e enviados ao Ministério Público de Pernambuco para auxiliar no monitoramento da regularização da destinação do lixo.

Com informações da assessoria

 

A Polícia Federal, em ação conjunta com o Ministério Público Federal, realiza na manhã desta terça-feira, 13, a operação Descontrole, que apura possíveis crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro praticados pelo presidente do Tribunal de Contas do Estado (TCE) do Rio de Janeiro, Jonas Lopes.

Quarenta policiais federais cumprem 10 mandados de busca e apreensão e três mandados de condução coercitiva expedidos pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ).

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A Operação Descontrole é resultado de investigação da Força-Tarefa da Operação Lava Jato no Estado do Rio de Janeiro. Jonas Lopes foi um dos levados de forma coercitiva para depor na PF.

De acordo com delação do executivo Leandro Andrade da Odebrecht, revelada pelo Fantástico, Jonas Lopes teria pedido dinheiro para aprovar o edital de concessão do Maracanã e as contas da linha 4 do metrô do Rio. Segundo o programa da Rede Globo, em 2013, Wilson Carlos, então secretário de Governo de Sérgio Cabral, avisou a empreiteira que o edital do Maracanã havia sido enviado ao TCE e que a empresa deveria procurar Jonas Lopes.

Segundo Leandro Azevedo, Jonas Lopes e ele teriam acertado o pagamento de R$ 4 milhões em quatro parcelas de R$ 1 milhão. A "contrapartida era absolutamente clara", afirmou o delator - em troca do pagamento, o TCE aprovaria o edital da concessão do Maracanã.

A primeira parcela teria sido paga no dia 10 de fevereiro de 2014 ao filho de Jonas Lopes, Jonas Lopes de Carvalho Neto, no escritório de advocacia dele, no centro do Rio.

Um relatório de fiscalização do Tribunal de Contas do Estado (TCE), concluído em junho, afirma que o programa Detecta, sistema eletrônico criado para permitir o uso de imagens de câmeras pela Secretaria Estadual da Segurança Pública (SSP), ainda não é capaz de analisar crimes filmados.

Conforme os técnicos, a ferramenta "vídeo analítico" não está disponível, apesar de o governo informar que esse monitoramento já é uma realidade. A secretaria paulista diz que os problemas apontados pelo TCE estão resolvidos ou passam por alteração.

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Para os técnicos do TCE, que ficaram 15 meses investigando esse projeto - por meio da análise de documentos, entrevistas com policiais e vistorias in loco em centros de comando, delegacias e batalhões -, há conflitos entre sistemas operacionais, falta de infraestrutura e treinamento para que de fato se substituam agentes no monitoramento 24 horas de imagens de segurança.

"Constatou-se que o Detecta ainda não oferece a ferramenta ‘vídeo analítico’, que seria capaz de identificar comportamentos, deixando de atender à demanda requerida pela SSP", diz a conclusão do relatório do TCE. "O projeto Detecta está em andamento há praticamente dois anos, desde abril de 2014, e ainda não apresenta resultados efetivos para a segurança pública."

O programa foi a principal proposta para a segurança do governador Geraldo Alckmin (PSDB) durante a campanha de reeleição de 2014. A propaganda eleitoral afirmava que, até o fim de setembro daquele ano, todas as câmeras das polícias e todos os bancos de dados estariam interligados. Dizia-se, por exemplo, que o sistema identificaria uma pessoa entrando em um comércio usando capacete - indicativo de que pudesse ser um assaltante - e o sistema emitiria um alerta para um policial, que receberia também histórico criminal do local para acionar a viatura mais próxima.

O contrato para a instalação do sistema, feito entre o governo e a Companhia de Processamento de Dados do Estado de São Paulo (Prodesp), acabou rescindido em setembro do ano seguinte, de forma amigável, sem atendimento da demanda. Em dezembro do ano passado, novo contrato foi assinado, por R$ 9,7 milhões, para terminar a instalação do projeto - cujos sistemas são fornecidos pela multinacional Microsoft, contratada pela Prodesp.

Fiscalização

Segundo o TCE, apenas 17 câmeras de vigilância em todo o Estado têm a função de análise de imagens ativas - e nenhuma delas é capaz de identificar um homem com capacete em um comércio. O que o sistema faz é relatar ações mais simples: pedestre na via, moto parada entre carros parados e automóvel parado no acostamento em via expressa.

Os problemas relatados pelo TCE começam no planejamento de instalação do sistema. "A solução da Microsoft não foi testada em São Paulo antes da efetivação do contrato, para validar se suas funcionalidades estavam aderentes aos requisitos do software inteligente demandados pela SSP", diz o relatório.

Os técnicos descrevem dificuldades de operação: "Sistema oscilando, apresentando lentidão e travando, dificultando as consultas; sistema apresentando divergências de informações, por exemplo: um veículo que já teve a baixa no sistema (regularização) continuava a aparecer em situação de crime", relatam. Eles destacaram ainda que 77% dos valores pagos se referiram à manutenção dos sistemas instalados, e apenas 23% para o desenvolvimento do sistema, o que o TCE chamou de "desequilíbrio".

Por fim, o tribunal também aponta dificuldades de adaptação entre o Detecta, que usa sistema Windows, de seu fabricante, com o sistema de código aberto Linux, padrão dos softwares da Polícia Civil. E destaca que o contrato da Prodesp com a Microsoft, em todas as etapas e com todas as atualizações de infraestrutura necessárias, deve requerer investimento extra de R$ 22,2 milhões.

Para o sociólogo Renato Sérgio de Lima, vice-presidente do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, a proposta do Detecta é avançada e requer melhorias na infraestrutura das polícias. "É uma inovação em uma área não muito acostumada a inovações." Ele, porém, destaca a pouca quantidade de policiais que usam o sistema. "A pergunta que fica é: está se investindo na compra de um programa ou se está investindo no ciclo todo, com capacitação?".

Resposta

A Secretaria da Segurança Pública (SSP) informou, em nota, que os problemas destacados pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE) no programa Detecta "já foram resolvidos ou passam por alterações", sem dar mais detalhes.

A pasta estadual afirma que o Detecta é um "big data" que integra bancos de dados das polícias paulistas e tem câmeras integradas ao sistema.

A nota confirma a limitação relatada pelo TCE em relação às funcionalidades de monitoramento de vídeo já ativas: "Estão em operação três opções de vídeos analíticos - análise de veículos parados no acostamento, pedestres passando pela via e motocicleta parada ao lado de veículo. A Polícia Militar é quem analisa qual será a melhor estratégia de abordagem para os vídeos analíticos, que se adaptam para cada tipo de via e câmera".

Ainda de acordo com o texto, "a implementação do sistema, iniciada em 2014, colocou à disposição das polícias um sistema de busca que correlaciona o local do crime no mapa com os dados das pessoas, veículos, procurados, imagens de câmeras de vídeo e registro de leitor de placas, entre outras informações".

A nota cita ainda um crime em que o sistema foi usado: dois ladrões presos ontem em Itaquaquecetuba, na Grande São Paulo, que estavam em um carro cuja placa havia sido incluída no sistema após um crime anterior e foi detectada. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O concurso público destinado ao preenchimento de 201 vagas em Feira Nova, no Agreste de Pernambuco, teve pedido de suspensão realizado pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE). A decisão teve base após denúncias de que o município estaria descumprindo os limites da Lei de Responsabilidade Fiscal.

De acordo com o TCE, o Relatório de Gestão Fiscal informa que o município gasta 59,27% da receita corrente líquida com pagamento da folha de pessoal da prefeitura. Entretanto, o limite é de permitido pela Lei é de 54%. Portanto, não poderia aumentar despesas com as novas contratações.

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Ainda segundo o Tribunal, Feira Nova descumpriu a Medida Cautelar que proíbe os gestores de 184 municípios pernambucanos de prosseguirem com concursos públicos abertos nos últimos 180 dias anteriores ao final de seus mandatos.

A decisão estabelece um prazo de cinco dias para que o prefeito de Feira Nova preste informações ao TCE sobre as medidas adotadas, de modo que o Tribunal realize, ou não, a deliberação formal do processo de denúncia.

Outras informações e notícias sobre certames podem ser obtidas na nossa página especial de concursos públicos.

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O Tribunal de Contas do Estado de São Paulo (TCE-SP), decidiu nesta quarta-feira (19) abrir uma auditoria extraordinária para apurar todos os casos de superação do teto salarial de funcionários do governo estadual e municipal.

A abertura da auditoria ocorreu depois que o jornal O Estado de S. Paulo revelou que cinco secretários do governo Geraldo Alckmin extrapolavam os respectivos tetos remuneratórios. O Ministério Público de Contas, órgão vinculado ao tribunal, já havia tentado instaurar a auditoria em junho, mas foi barrado pela presidência do Tribunal de Contas do Estado (TCE). A conselheira Cristiana de Castro Moraes, que preside o TCE, argumentava na época que os procuradores não tinham competência legal para realizar esse tipo de procedimento.

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Na decisão, assinada pelo o conselheiro Edgard Camargo Rodrigues, ele vota pela instalação da auditoria, mas diz ser a favor da manutenção do parâmetro dos pagamentos realizados aos servidores até a confirmação de eventuais irregularidades cometidas.

O tema, enfim, é certamente espinhoso, e ausência de consenso, como se observa nos autos, alcança até a Procuradoria-Geral do Estado. Tudo a recomendar, portanto, prudência, e que se rejeite, neste momento, a adoção de medidas drásticas", escreveu Rodrigues em seu voto.

O conselheiro propõe, no entanto, que a auditoria abranja também os funcionários do governo municipal. No primeiro pedido feito pelo Ministério Público de Contas, a promotoria pedia apenas a investigação dos servidores do Estado que estavam estourando o teto remuneratório.

"Proponho, todavia, que a referia auditoria contemple não apenas as entidades sugeridas na peça inicial, mas todo e qualquer órgão submetido à fiscalização deste tribunal, a saber: governo do Estado de São Paulo e prefeituras, incluindo as respectivas administrações indiretas", sugeriu Rodrigues no texto.

A reportagem publicada pelo Estadão em junho apontava que cinco secretários de Alckmin recebiam além do teto remuneratório permitido pela Constituição. Aloísio de Toledo César (Justiça), Arnaldo Jardim (Agricultura), João Carlos Meirelles (Energia), Saulo de Castro (Governo) e Duarte Nogueira (Logística e Transportes) somam importâncias que excedem os valores dos tetos a que estão sujeitos por lei.

Funcionários ligados ao Executivo não podem receber valores acima do salário do governador - fixado no valor de R$ 21,6 mil. Os vinculados ao Judiciário estão submetidos ao salário dos desembargadores do Tribunal de Justiça - estipulado em R$ 30,4 mil. E os do Legislativo, ao salário de um deputado estadual, que é 75% do que recebe um parlamentar da Câmara federal (R$ 33,76 mil).

Alckmin também chegou a determinar ao secretário de Fazenda, Renato Vilela, que fizesse um pente-fino na folha de pagamento de funcionários do Estado. Ele também pediu que a remuneração de Aloísio fosse adequada ao teto.

O Tribunal de Contas do Estado de Pernambuco (TCE-PE), após realizar auditoria para analisar contrato de prestação de serviço de transporte da prefeitura de Buique, em 2012, apontou falhas no processo de contratação. Julgado na primeira câmara do TCE, o processo teve como relator o conselheiro substituto Adriano Cisneiros, que teve o voto aprovado por unanimidade dos membros da sessão de julgamento.

Conforme o voto da relatoria, as principais falhas apontadas no contrato de transporte escolar da municipalidade foram a não elaboração da Composição de Custo Unitário para o contrato resultante do Processo Licitatório Nº 044/2009, a ausência de projeto básico compatível com a administração do serviço, bem como no que se refere à locação de veículos, com motoristas, que deveriam ficar à disposição das secretarias municipais.

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Além dessas irregularidades, também foi apontado o superdimensionamento de cerca de 20% das rotas licitadas e pagas pela administração à empresa Andrade Resende Ltda, responsável pela prestação dos serviços de transporte escolar do município, a subcontratação integral do objeto licitado, ou seja, a empresa contratada delegou para terceiros a execução do serviço e a utilização de veículos inadequados para o transporte dos estudantes.

Por essas razões, o processo da auditoria TC Nº 1370064-9 foi julgado irregular e aplicada multa de R$ 10.000,00 ao prefeito, à época, Jonas Camelo. Também foram feitas determinações para que Prefeitura suspendesse qualquer pagamento à empresa contratada e que após diligência a ser realizada pelo município, que a Prefeitura ateste os serviços efetivamente prestados os envie para o TCE, para que assim possam ser realizados os devidos pagamentos.

Ainda ficou determinado, no voto do relator que, no prazo de 60 dias a Prefeitura realize planejamento para a realização de nova licitação e que abra novo processo para a contratação do serviço de transporte escolar em 90 dias. 

O Tribunal de Contas do Estado de Pernambuco (TCE-PE) divulgou, nesta quinta-feira (19), o balanço das prestações de contas de cada ano dos chefes do Poder Executivo, ao respectivo Poder Legislativo. Em 2014, o Tribunal emitiu 188 pareceres prévios em processos de prestação de contas de governo no âmbito municipal. Do total, 53% foram pela aprovação com ressalvas; 46% pela rejeição e em 1% houve pareceres pela aprovação e rejeição no mesmo processo, em função de mais de um prefeito ter assumido a Prefeitura no período analisado.

Entre os aspectos avaliados, estão: a execução orçamentária, financeira e patrimonial do município como um todo. Além disso, o TCE leva em consideração as políticas públicas executadas pelo gestor nos aspectos relativos à saúde, educação, gestão previdenciária, repasses de duodécimos ao Legislativo Municipal, transparência pública e gestão ambiental, verificando, inclusive, se, ao executar o orçamento do município, o gestor obedeceu aos limites legais e constitucionais específicos.

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Ainda conforme o Tribunal, os principais fatores de rejeição foram os seguintes:

Previdência - Não recolhimento de significativos valores de contribuições previdenciárias (patronal ou de servidores municipais), seja para o regime previdenciário municipal ou para o INSS, causando aumento do passivo e o desequilíbrio das contas;

Gestão de pessoal - Não adoção de medidas eficazes à recondução de despesa com pessoal ao limite previsto na Lei de Responsabilidade Fiscal (54% das receitas totais arrecadadas pelo município no exercício financeiro);

Gestão orçamentária e financeira - Contratação de despesa em final de mandato sem que houvesse suficiente disponibilidade de caixa e assunção de compromissos à Conta do FUNDEB (Fundo de Desenvolvimento da Educação Básica) sem recursos efetivamente disponíveis. Os recursos do FUNDEB devem ser utilizados para o aprimoramento do ensino municipal;

Educação - Não aplicação de recursos suficientes na manutenção e desenvolvimento do ensino municipal. A Constituição Federal determina que os municípios invistam no mínimo 25% das receitas totais arrecadadas nesta área social;

Saúde - Não aplicação de recursos suficientes em ações e serviços de saúde. Conforme previsto na Constituição Federal, os municípios devem aplicar, no mínimo, 15% das receitas provenientes de impostos nesta área.

O parecer completo do TCE pode ser conferido no arquivo abaixo:

Relação de prestação de contas.

 

 

Por decisão unanime, a segunda turma do Tribunal de Contas do Estado decidiu acabar com Medida Cautelar que suspendia o processo de licitação para contratação de serviços de transportes públicos de Caruaru, município situado no Agreste de Pernambuco. Emitida em novembro de 2013, a Medida - processo TC n° 1307481-7 -, determinava a suspensão da Concorrência nº 05/2013, até que o município procedesse às alterações no edital da licitação.

De acordo com o TCE, o contrato de licitação apresentava o valor total de R$ 586.000.000,00,  durante o período de 15 anos, e tinha como proposta selecionar empresas concessionárias do Serviço Público de Transporte Coletivo de Passageiros, sob regulação da Prefeitura de Caruaru, através da Autarquia Municipal de Defesa Social, Trânsito e Transporte - DESTRA.

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Conforme a relatora do processo, a conselheira Teresa Duere, após auditoria foi observada algumas irregularidades no edital de licitação que comprometiam a concorrência. Mediante apuração, o TCE determinou que fossem feitas alterações no edital. Apesar de ter sido notificada diversas vezes, a prefeitura não efetuou as retificações necessárias, o que acabou acarretando prejuízos aos usuários de transporte coletivo do município.

Dessa forma, a Medida Cautelar foi revogada, resultando o andamento da licitação, a partir das alterações seguintes, determinadas pelo TCE:

"1. Não adotar o maior valor de outorga como critério definidor da nota da proposta de preços, alterando o critério de pontuação da proposta de preço utilizado na licitação, de maior valor de outorga para menor tarifa ofertada pelo licitante;

2. Indicar em edital a exigência de que a tarifa ofertada pelos licitantes tenha a composição analítica de custos, e que os reajustes contratuais sejam feitos por meio de fórmula matemática que use índices oficiais de variação de custos de insumos e que estimule a eficiência;

3. Republicar o edital da Concorrência n.º 05/2013, em razão das intervenções acima citadas, no prazo de 20 (vinte) dias, improrrogáveis, a contar da publicação da presente deliberação.

Ainda ficou determinado que a DESTRA, através de seu representante, Paulo Frederico Calazans Maranhão, e o prefeito de Caruaru, José Queiroz, fossem imediatamente oficiados sobre a decisão do TCE, bem como alertados das consequências legais em caso de descumprimento das determinações feitas pelo Tribunal. Cópia da decisão também será enviada ao Ministério Público de Pernambuco.

Por fim, a relatora, conselheira Teresa Duere, determinou que a Coordenadoria de Controle Externo do TCE acompanhasse, através de seus órgãos fiscalizadores, o cumprimento por parte da Prefeitura de Caruaru das determinações ora efetuadas. O Ministério Público de Contas foi representado na Sessão de julgamento por seu procurador geral, Cristiano Pimentel."

Nesta quinta-feira (9), a primeira Câmara do Tribunal de Contas do Estado (TCE), em sessão ordinária, julgou procedente a denúncia contra a prefeitura de Lagoa de Itaenga, município situado na Zona da Mata Norte de Pernambuco. As acusações referem-se à contratação de empresa de engenharia para realização de serviços de esgotamento sanitário da cidade. A denúncia foi feita pela vereadora Marly Barbosa da Silva e relatada pelo conselheiro Carlos Porto.

De acordo com a vereadora, durante visita realizada, ela observou que não existe placa de aço galvanizado, barracão da obra em madeira e banheiro. Além disso, também não há instalações provisórias elétricas, caixa de coleta, entre outras irregularidades. Diante da situação, a denunciante encaminhou a cópia do processo licitatório da empresa responsável - Karina e Santos Serviços Ltda -, e solicitou visita do TCE.

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Após apuração da equipe técnica do Tribunal, o órgão constatou que o projeto encontra-se em desacordo com a Resolução TC nº 003/2009, que dispõe sobre procedimentos de controle internos relativos a obras e serviços de engenharia e com a Lei Federal nº 8.666/93, lei de licitações e contratos. Além disso, foi constatada a necessidade de complementação do sistema de esgotamento sanitário, referente ao destino final do esgoto coletado, o que foi reconhecido pelos gestores responsáveis.

De acordo com a averiguação, o relator do processo decidiu julgar, parcialmente, procedente a denuncia e determinou que o prefeito ou o futuro sucessor finalizassem o sistema de esgotamento sanitário do loteamento, referente ao destino final do esgoto coletado por meio da rede de esgotamento sanitário. 

A Escola de Contas Públicas está com inscrições abertas para o curso de Instrução do Processo de Dispensa e Inexigibilidade de Licitação. As aulas serão ministradas de 13 a 16 de outubro, na sede da instituição. Para realizar a inscrição, os interessados devem acessar o site do Tribunal de Contas do Estado (TCE), até a data que antecede as aulas. O investimento do curso é de R$ 322 para órgãos públicos jurisdicionados, R$ 477 para não jurisdicionados e R$ 622 para particulares e empresas Privadas.

Entre os conteúdos previstos estão: a importância do planejamento com a indicação das especificidades dessa fase inicial nos procedimentos e enquadramento da contratação direta, a elaboração do projeto básico ou termo de referência nos procedimentos de contratação direta por dispensa e inexigibilidade e o passo a passo para a formalização dos procedimentos de dispensa e de inexigibilidade de licitação.

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Além disso, também serão abordados os seguintes temas: as melhores práticas a serem adotadas para afastar apontamentos dos órgãos de controle interno e externo em relação instrução e justificativa da contratação direta; a inexigibilidade de licitação, como a administração deve proceder para demonstrar no processo a compatibilidade dos preços contratados com os praticados no mercado? Qual a orientação da TCE? e a diferença entre licitação deserta e fracassada.

Para obter informações sobre as inscrições, os interessados devem ligar para a Gerência de Ensino (Gens) da instituição no número (81) 3181-7953. 

Escola de Constas Públicas

Avenida Jornalista Mário Melo, nº 90, Santo Amaro

(81) 3181-7953

Nos dias 21 e 24 deste mês, será realizado um curso sobre o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e Valorização dos Profissionais de Educação (Fundeb), que traz como tema “O Fundeb e o financiamento da educação no Brasil”. Para participar, os interessados devem se inscrever através do site da Escola de Contas Públicas do TCE-PE ou na própria instituição. Podem se inscrever pessoas ligadas à educação do Estado e município. 

Quem ministrará o curso é o servidor do Tribunal de Contas do Estado-PE e mestre em gestão pública, Jackson Oliveira. Na ocasião, o palestrante abordará o financiamento da educação no Brasil, recursos do Fundeb, piso salarial dos profissionais de magistério, a origem das receitas do Fundeb, entre outros temas. Para outras informações, os interessados podem ligar para Gerência de Ensino da instituição, através do número (81) 3181-7928.

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A Escola de Contas Públicas, órgão superior do Tribunal de Contas de Pernambuco, está com inscrições abertas para o curso de pós-graduação em Gestão Pública e Controle. Gestores e servidores públicos que tenham interesse na especialização podem se inscrever até o dia 17 de janeiro pelo site

O curso será distribuído em três semestres letivos e terá duração de 384 horas/aula. As aulas começam em março de 2014 com periodicidade quinzenal às sextas (13h às 21h) e sábados (8h às 12h). Ao todo, são oferecidas 40 vagas.

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A estrutura curricular possui as disciplinas de Organização do Estado e da Administração Pública Brasileira; Gestão por Resultados; Orçamento e finanças públicas; A nova Contabilidade do setor público; Controles na gestão pública: interno x controle externo e social; Gestão de Pessoas; Gestão Patrimonial, de materiais e de serviços no setor público; Processo de aquisições e contratação públicas; Comunicação governamental; Gestão de obras públicas e serviços de engenharia; Gestão da informação no setor público – avaliação e análise de dados; Metodologia da pesquisa e orientação monográfica; Didática do ensino superior e três seminários.

O investimento total do curso é de R$ 6,3 mil. O valor pode ser dividido em até 18 parcelas de R$ 350 por mês. As aulas serão realizadas na sede da Escola de Contas Públicas, localizada na Avenida Mário Melo, 90, no bairro de Santo Amaro, no Recife. 

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