Os atos “em defesa da educação e contra os desmontes promovidos pelo governo estão sendo equivocadamente ignorados por Bolsonaro, que irá sofrer mais pressão das ruas em breve”. Esta é a avaliação do líder do PT no Senado, Humberto Costa (PE), que declarou, nesta segunda-feira (3), que mais de um milhão de pessoas já saíram de casa para protestar duas vezes em menos de um mês contra a gestão do capitão reformado.
De acordo com o senador, as manifestações registradas em centenas de cidades em todas as unidades da federação do país ocorreram “sem apoio oficial, sem dinheiro para aluguel de palanques e trios elétricos e sem abadá e dancinha organizada”. Ele lembrou que o próximo dia 14 será marcado por uma grande greve geral, com críticas ao governo.
##RECOMENDA##“Ao invés de ouvir o recado das ruas, o presidente parte para o confronto, hostilizando manifestantes e querendo diminuir a dimensão dos atos. No mesmo dia em que o Brasil estava tomado, quinta-feira passada, Bolsonaro fez uma patética live nas redes ignorando quem protestou. O ministro da Educação, especialista em vídeos vexatórios, foi ainda pior: partiu para a coação e o constrangimento, por meio oficial, dos manifestantes”, afirmou.
Para Humberto, a orientação do ministro da Educação Abraham Weintraub para que professores, servidores, funcionários, alunos e pais que defendem os protestos contra os cortes na educação fossem denunciados é absolutamente atentatória ao Estado democrático de Direito e se trata de um ato inaceitável e criminoso.
O líder do PT no Senado entende que, até agora, “essa retórica histérica e ultrapassada de campanha de Bolsonaro a nada tem servido, senão a acirrar ânimos e gerar conflitos que minam a estabilidade do próprio governo e prejudicam o Brasil”. O senador acredita que, sem reação à pauta popular, o governo será fortemente pressionado pelas ruas.
“Estamos às vésperas de uma greve geral, que virá no dia 14 de junho. E isso não vai parar. Essa insatisfação do povo só vai aumentar mais a cada dia. As ruas estão dando o seu recado e Bolsonaro precisa ter a humildade de escutá-las e corrigir os rumos”, finalizou.
*Com informações da assessoria