Tópicos | guerra

As forças francesas lideraram ataques aéreos durante toda a madrugada desta terça-feira contra extremistas para assumir o controle de uma pequena cidade de Mali, incluindo seu estratégico campo militar. Além disso, um comboio de cerca de 50 caminhões que carregavam tropas francesas entrou em Mali enquanto a França se prepara para um possível ataque por terra. Milhares de soldados de outras nações vizinhas a Mali também devem chegar ao país nos próximos dias.

O presidente da França, François Hollande, iniciou na semana passada um ataque aos rebeldes do país, que têm ligações com a Al-Qaeda. A ação francesa motivou um plano de operação da Organização das Nações Unidas em Mali, que deve começar daqui a nove meses. Hollande decidiu que uma resposta militar não pode esperar tanto tempo.

##RECOMENDA##

As autoridades francesas reconheceram que os rebeldes estão mais preparados do que se pensava. Apesar dos ataques aéreos franceses, que já duram cinco dias, os islamitas conseguiram ganhar terreno, principalmente com a tomada de Diabaly na segunda-feira, o que os coloca a cerca de 400 quilômetros da capital, Bamako.

A Nigéria informou nesta terça-feira que vai enviar quase 200 soldados a Mali dentro das próximas 24 horas. O país planeja mandar um total de 900 tropas nos próximos dias.

Já o secretário de Defesa dos Estados Unidos, Leon Panetta, afirmou que o país descartou a possibilidade de enviar soldados a Mali, mas que espera que os franceses sejam bem-sucedidos na tentativa de promover mais segurança ao país da África Ocidental. As informações são da Associated Press e da Dow Jones.

O ministro da Defesa da França, Jean-Yves Le Drian, disse nesta segunda-feira que insurgentes islamitas derrotaram o Exrcito do Mali na pequena cidade de Diabali, que fica logo ao sul da parte norte do país, controlada pelos rebeldes. Já o diário francês Le Monde afirmou que a França aumentará seu contingente de tropas no país da África Ocidental, de 500 para 2.500 soldados. Segundo o jornal, os soldados franceses ficarão estacionados na capital do Mali, Bamako, e na cidade nortista de Mopti.

Os militares franceses começaram a intervenção no Mali na semana passada, após um pedido feito pelo presidente malinês Dioncounda Traore, para frear uma ofensiva militar dos islamitas que controlam a parte norte do país africano e avançam em direção em centro.

##RECOMENDA##

Le Drian disse que os insurgentes "tomaram Diabali, uma pequena cidade, após um duro combate e uma resistência tenaz dos soldados do Mali, mas no entanto estavam pouco equipados no momento". Segundo ele, após a aviação francesa bombardear posições dos insurgentes no final de semana, os islamitas avançaram para a região oeste do fronte, perto da fronteira com a Mauritânia. Le Drian disse que os combates não serão fáceis. Os islamitas estão "armados até os dentes, muito determinados e bem organizados".

Já os rebeldes tuaregues que combatem no norte do Mali, na parte controlada pelos islamitas, afirmaram nesta segunda-feira que estão "prontos" a lutar contra os fundamentalistas religiosos. A declaração partiu de um chefe combatente tuaregue e foi dada à agência France Presse (AFP). Os tuaregues, inicialmente, começaram a luta para obter a independência da parte norte do país, o Azawad. Algumas tribos se aliaram aos islamitas, mas outras lutam contra os fundamentalistas. "Estamos prontos a ajudar os franceses, já estamos envolvidos na luta contra o terrorismo", disse Moussa Ag Assarid, oficial do Movimento de Libertação Nacional do Azawad.

Também nesta segunda-feira, a Embaixada da França no Mali enviou um e-mail ordenando a imediata retirada de todos os cidadãos franceses que vivem na cidade de Segou. A ordem de retirada foi confirmada pela dona de um hotel em Segou. Segundo ela, os franceses começaram a ir embora hoje, após a queda da cidade de Diabali. Com o avanço, os islamitas agora estão a 80 quilômetros de Segou e a apenas 400 quilômetros da capital do Mali, Bamako.

As informações são da Associated Press e da Dow Jones.

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, disse que vai acelerar a retirada de tropas norte-americanas do Afeganistão, sinalizando sua intenção de acabar com a guerra mais longa dos EUA. Segundo o presidente, o país está adiantando os prazos para retirar as forças norte-americanas de aldeias afegãs e para finalizar a maioria das operações de combates unilaterais.

Obama considerou positivo o progresso no treinamento das forças de seguranças afegãs. "A razão que nos levou à guerra em primeiro lugar está agora ao alcance: garantir que a Al-Qaeda nunca use o Afeganistão para promover ataques contra o nosso país", disse, acrescentando que nos próximos meses as tropas norte-americanas terão a missão de aconselhar as forças afegãs. "Isso define o palco para uma redução maior das nossas tropas", considerou.

##RECOMENDA##

A mudança foi anunciada pelo presidente em uma conferência para a imprensa na Casa Branca juntamente com o presidente afegão, Hamid Karzai, na última sexta-feira. A medida pode beneficiar ambos os líderes, que tentam dar fim à guerra que está em seu 12° ano. "A guerra dos Estados Unidos no Afeganistão terminará até 2014", afirmou Obama. As informações são da Dow Jones e da Associated Press.

Aviões argentinos usaram o território brasileiro - mais especificamente, o aeroporto do Recife - para trazer um amplo arsenal da Líbia de Muamar Kadafi para a junta militar de Buenos Aires durante a Guerra das Malvinas. A informação, que inclui detalhes sobre as armas líbias e acusações contra o governo de João Batista Figueiredo, está entre os 6 mil documentos secretos da guerra de 1982 que o National Archives, de Londres, liberou ontem.

A inteligência britânica usava um informante no Recife que conseguiu entrar em um dos aviões que faziam a "ponte aérea" Líbia-Argentina. Londres confrontou o Itamaraty com a informação, mas a chancelaria brasileira silenciou sobre o caso. Em uma reunião de gabinete, a primeira-ministra britânica, Margaret Thatcher, chegou a estudar a possibilidade de abater um desses aviões argentinos que faziam escala no Brasil.

##RECOMENDA##

Os britânicos estavam convencidos de que o "mais alto escalão" do governo brasileiro tinha pleno conhecimento da operação entre argentinos e líbios. O Brasil, que representava os interesses da Argentina em Londres, não teria coragem de enfrentar a questão, acusam os britânicos.

Rubens Ricupero, à época responsável do Itamaraty para assuntos sul-americanos, confirma que o embaixador britânico no Brasil, George Hardings, reclamou do suposto uso do Recife como entreposto para envio de armas da Líbia à Argentina. "Ele me trazia com muita frequência esse tipo de reclamação. Eu reportava isso ao ministro (Ramiro Saraiva Guerreiro) e o assunto ia para a área de inteligência do governo, principalmente para o Serviço Nacional de Inteligência (SNI). Nunca tive um retorno", diz Ricupero.

No entanto, ele afirma ser "pouco plausível" a informação de que o Brasil tinha participação na operação. "Não havia intenção nossa em manter a disputa (nas Malvinas) acesa. Sempre houve muita especulação, mas acho que era fantasia (dos britânicos)." Londres pediu ajuda à Casa Branca para pressionar o Brasil. De acordo com um telegrama de 1.º de junho, os americanos sabiam da rota Líbia-Argentina via Recife. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR) anunciou nesta terça-feira em Genebra que mais de 500 mil sírios foram registrados como refugiados ou estão em processo de registro em quatro países vizinhos à Síria ou nos países do Norte da África. Segundo o ACNUR, o número de refugiados sírios aumenta a uma média diária de três mil. "No total, 425.160 refugiados sírios estão registrados e outros 84.399 estão em fase de registro", disse Melissa Fleming, porta-voz do ACNUR.

Ela disse que, ao contrário da percepção geral, apenas 40% dos refugiados vivem no momento em acampamentos. "A maioria vive fora dos campos, frequentemente em casas alugadas, com famílias, em escolas ou centros de acomodação", disse. No Líbano e nos países do Norte da África, por exemplo, não foram montados acampamentos. Os refugiados sírios vivem em comunidades urbanas e rurais. Na Jordânia, apenas 24% vivem nos acampamentos. No Iraque, metade estão nos acampamentos, mas na Turquia o total de refugiados registrados vive em acampamentos administrados pelo governo local. Atualmente existem 14 acampamentos de refugiados sírios na Turquia, três na Jordânia e três no Iraque.

##RECOMENDA##

Segundo os números mais recentes do ACNUR, o número de refugiados sírios no dia 10 era de 154.387 no Líbano; 142.664 na Jordânia; 136,319 na Turquia; 64.449 no Iraque; e 11.740 nos países do Norte da África (Egito, Argélia, Tunísia e Líbia). Fleming disse que, além dos sírios registrados como refugiados e dos que aguardam registro (o que permite receber alimentos e algum auxílio monetário da ONU), centenas de milhares de pessoas que fugiram não procuraram o ACNUR. A ONU estima que 100 mil sírios não registrados como refugiados estão na Jordânia, enquanto outros 70 mil não registrados na Turquia. O Egito estima que 70 mil sírios que fugiram da guerra vivem atualmente no país, a maioria no Cairo.

Ela disse que a partir do começo de novembro o número de sírios que buscaram registro subiu a 3.200 por dia, o que inclui pessoas recém chegadas da Síria. "Nós esperamos que aumente o número de sírios que lutam para sobreviver nas economias dos países vizinhos e que poderão buscar registro no ACNUR, à medida que suas reservas são gastas e que as famílias e comunidades que os abrigam não conseguem mais sustentá-los", disse.

Na segunda-feira, como parte dos esforços para atender os refugiados no inverno, que se aproxima no hemisfério norte, o ACNUR recebeu aquecedores a gás da Noruega. As temperaturas estão caindo a cada dia, principalmente nas montanhas da Turquia, Líbano e Jordânia, onde estão a maioria dos refugiados.

Líderes europeus que chegaram à Noruega para receber amanhã o prêmio Nobel da Paz de 2012 disseram que a União Europeia precisa de mais integração e autoridade para resolver seus problemas, incluindo a crise financeira.

Reconhecendo que a União Europeia não teve poderes suficientes para impedir a Guerra da Bósnia na década de 1990, o presidente da Comissão Europeia, José Manuel Barroso, afirmou que esse é "um dos mais poderoso argumentos a favor de uma União Europeia mais forte".

##RECOMENDA##

Barroso está em Oslo, Noruega, junto com o presidente do Conselho Europeu, Herman Van Rompuy, e o presidente do Parlamento Europeu, Martin Schulz, para receber o prêmio deste ano, concedido à UE por promover a paz em um continente devastado por guerras. As informações são da Associated Press.

A imprensa da Turquia divulgou que três vilarejos ao longo da costa turca com a Síria foram esvaziados para proteger os residentes de serem atingidos pelos conflitos entre o governo sírio e os rebeldes.

Um repórter da Associated Press na cidade de Ceylanpinar, na fronteira turca, testemunhou um ataque aéreo da Síria nesta quarta-feira na cidade adjacente de Ras al-Ayn, onde rebeldes dizem ter expulsado tropas do presidente Bashar Assad. Os ataques aéreos mortais começaram há alguns dias.

##RECOMENDA##

O ministro da Defesa da Turquia, Ismet Yilmaz, disse que o país vai providenciar a "resposta necessária" se os aviões ou helicópteros sírios atravessarem a fronteira da Turquia, indicando a possibilidade de retaliação pelo exército do país. As informações são da Associated Press.

O Prêmio Nobel da Paz de 2012 foi atribuído nesta sexta-feira à União Europeia (UE), uma instituição atualmente abalada pela crise econômica, mas com a credencial de ter pacificado um continente destruído pela Segunda Guerra Mundial, anunciou o Comitê Nobel norueguês.

A UE (atualmente com 27 membros) e as instituições que a precederam em sua formação "contribuíram durante mais de seis décadas para a paz e a reconciliação, a democracia e os direitos humanos", disse o presidente do Comitê Nobel, Thorbjoern Jagland, em Oslo.

"Durante um período de 70 anos, Alemanha e França se enfrentaram em três guerras (1870, 1914-18 e 1939-45). Hoje em dia, uma guerra entre Alemanha e França é impensável", destacou Jagland.

"Isto demonstra como, através de um esforço bem encaminhado e da construção da confiança mútua, inimigos históricos podem virar sócios próximos", completou.

O prêmio foi uma surpresa em um momento no qual a solidariedade europeia enfrenta o maior desafio em décadas ante as profundas divisões entre os países do sul, muito afetados pela crise da dívida, e os do norte, mais ricos, liderados pela Alemanha.

"O Nobel da Paz é uma grande honra para toda a UE para seus 500 milhões de cidadãos", afirmou o presidente Comissão Europeia, o português José Manuel Barroso.

"Estou profundamente emocionado e honrado de que a UE tenha vencido o prêmio da paz", disse o presidente do Parlamento Europeu, o deputado social-democrata alemão Martin Schulz.

O novo enviado internacional para a Síria, Lakhdar Brahimi chegou nesta quinta-feira a Damasco para a primeira visita ao país devastado pela guerra civil. Brahimi, um ex-enviado da Liga Árabe, deverá ter uma reunião com o presidente sírio Bashar Assad na sexta-feira. Enquanto Brahimi chegava a Damasco, a Força Aérea da Síria bombardeava bairros controlados por insurgentes em Alepo, maior cidade do país, e na região montanhosa de Karam al-Jabal, na província de Alepo. Pelo menos 14 pessoas foram mortas nesses ataques aéreos, disse o Observatório Sírio pelos Direitos Humanos, grupo opositor sediado em Londres.

Brahimi também deverá se encontrar com líderes da oposição síria autorizada pelo governo. Brahimi disse, quando foi designado para o cargo, que a missão era "quase impossível". A visita de Brahimi durará três dias.

##RECOMENDA##

"Nós viemos para a Síria para discutirmos a situação com nossos irmãos. Existe uma crise e acreditamos que ela está ficando pior", disse Brahimi no aeroporto de Damasco. Brahimi substitui Kofi Annan, ex-secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU) que deixou frustrado a mediação da crise síria em agosto. O conflito civil sírio, que começou em março de 2011, já deixou mais de 23 mil mortos, segundo ativistas. A guerra também deixou mais de 250 mil refugiados, segundo a ONU.

"Estamos confiantes que Brahimi entende os acontecimentos e a maneira de resolver os problemas, apesar de todas as complicações", disse Faisal Mekdad, vice-chanceler da Síria. "Estamos otimistas e desejamos boa sorte a Brahimi".

Enquanto soldados de Assad e os insurgentes combatiam perto de Damasco e em Alepo, caças do governo bombardearam a região montanhosa de Karam al-Jabal, na província de Alepo, matando quatro civis, disse o Observatório Sírio. Segundo o grupo opositor, em Damasco ocorreram combates no bairro de Qaboun.

Em Alepo, rebeldes e tropas do governo lutavam nos bairros de Tariq al-Bab e Midan, este último considerado estratégico porque dá acesso ao centro da cidade. Em Tariq al-Bab, segundo o Observatório Sírio, um helicóptero do governo com metralhadores matou 11 pessoas. Não se sabe se as vítimas eram combatentes rebeldes ou civis. Na zona sul de Alepo, opositores sírios reportaram que caças do governo lançaram um bombardeio contra o bairro de Bustan al-Qasr.

Também nesta quinta-feira, o ministro da Defesa da França Jean-Yves Le Drian disse em Beirute que o governo francês não enviará armas à oposição síria.

As informações são da Associated Press e da Dow Jones.

O senador Aécio Neves (PSDB-MG) e o deputado federal pernambucano Sérgio Guerra, presidente nacional do PSDB, visitam nesta sexta Ribeirão Preto (SP), onde participam de um evento político em apoio ao candidato a prefeito do partido, e também deputado federal, Duarte Nogueira. A visita das lideranças, prevista para as 14h30, ocorre uma semana após a segunda pesquisa Ibope na cidade paulista, divulgada pela EPTV/Globo, apontar Nogueira na segunda colocação, com 24% das intenções de voto.

A pesquisa da semana passada mostrou a atual prefeita, candidata à reeleição, Dárcy Vera (PSD), com 36% das intenções de voto. No levantamento anterior, divulgado em 19 de julho, antes do início do horário eleitoral gratuito, Nogueira liderava com 31%, seguido por Dárcy, com 28%.

##RECOMENDA##

Na pesquisa da semana passada, o candidato João Gandini (PT) variou de 4% para 12% e Fernando Chiarelli (PT do B) manteve 5%. Emilson Roveri (PSOL) foi de 2% para 1% e Mauro Inácio (PSTU) manteve 1% nos levantamentos do Ibope.

Segundo a assessoria de Nogueira, além da presença de Aécio e Sérgio Guerra, o governador paulista Geraldo Alckmin (PSDB) também deve participar da campanha do deputado, ainda no primeiro turno. Nogueira já foi candidato a prefeito em Ribeirão Preto em 1992 e em 2000, mas nas duas eleições foi derrotado pelo ex-prefeito e ex-ministro Antonio Palocci.

A Marinha do Quênia bombardeou nesta terça-feira a cidade portuária de Kismayo, na Somália, último reduto significativo controlado pelos insurgentes extremistas da milícia Al-Shabab. O bombardeio ocorreu como etapa inicial para a invasão de forças terrestres que deverão capturar Kismayo, disse o coronel Cyrus Oguna, um oficial queniano. Oguna disse que os bombardeios mataram sete pessoas no sábado e na segunda-feira, que acredita-se sejam extremistas da al-Shabab. A Marinha queniana também destruiu uma bateria e uma metralhadora dos islamitas.

Oguna disse que o exército queniano se move pela costa e deverá capturar Kismayo por terra. No começo deste ano, os militares quenianos prometeram tomar o porto até agosto, mas a invasão foi lenta, porque os soldados tiveram que guarnecer cidades tomadas à al-Shabab e atender aos civis, disse o governo do Quênia. Kismayo fica a cerca de 100 quilômetros do Quênia, no sul da Somália.

##RECOMENDA##

A al-Shabab move há anos uma guerra contra o governo somali e as tropas da União Africana (UA). Os militares de Uganda formam a maior parte das tropas da UA que estão na Somália. Tropas da Uganda e do Burundi expulsaram a al-Shabab da capital Mogadiscio há cerca de um ano. Uganda e o Burundi são vizinhos à Somália e veem a al-Shabab como uma ameaça regional. Os extremistas agora se concentraram em Kismayo e no sul da Somália.

As informações são da Associated Press.

O presidente da França, Francois Hollande, pediu, neste sábado, que o Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas intervenha na Síria o mais rápido possível para esvaziar a possibilidade de uma guerra civil. "O papel dos países do Conselho de Segurança é de intervir o mais rápido possível", disse ele, se referindo aos aliados da Síria, Rússia e China, alertando que se a ONU não fizer isto, haverá "caos e guerra civil". As informações são da Dow Jones. (Equipe AE)

Tropas do regime sírio e milícias invadiram e atearam fogo em uma cidade no sul do país neste sábado, segundo relatos, enquanto observadores da ONU visitavam a cidade central de Tremseh, onde ocorreu um assassinato em massa.

Centenas de soldados protegidos por um helicópteros atacaram Khirbet Ghazaleh, na província de Daraa, sob fogo pesado, citou o Observatório Sírio para os Direitos Humanos.

##RECOMENDA##

Um ativista que se identificou como Bayan Ahmad afirmou que milícias estavam incendiando residências. "O exército entrou sem resistência, com o exército rebelde deixando a cidade. Há dezenas de feridos, mas não temos recursos médicos para fazer o tratamento", acrescentou.

Uma mulher grávida estava entre 72 pessoas mortas no país neste sábado, disse o observatório. O número engloba 34 civis - sendo nove mulheres e sete crianças -, 17 rebeldes e pelo menos 21 soldados.

Um jornalista da AFP disse que os combates, neste sábado, perto da fronteira turca, entre as tropas do governo e os rebeldes deixaram pelo menos 10 rebeldes mortos e 15 feridos. As informações são da Dow Jones.

A Guarda Revolucionária do Irã anunciou que estão prontos para atirarem mísseis balísticos e outros mísseis contra alvos no deserto durante exercícios de guerra de três dias, a partir de amanhã, em uma advertência as ameaças de ação militar por Israel e pelos Estados Unidos.

"Mísseis de longo, médio e curto alcance serão lançados de diferentes lugares do Irã, de bases aéreas semelhantes as utilizadas por forças militares de fora da região", disse o chefe da divisão aeroespacial da guarda, responsável pelo sistema de mísseis, o brigadeiro-general Amir Ali Hajizadeh.

##RECOMENDA##

"Estas manobras enviam uma mensagem para as nações aventureiras de que a Guarda Revolucionária Islâmica está preparada junto a determinada e unida nação iraniana para receber os intimidadores e irá responder decididamente a qualquer problema que causem", afirmou, segundo reportou o site oficial de notícias da Guarda Revolucionária Islâmica.

Embora o Irão frequentemente realize exercícios de guerra, os previstos para esta semana parecem uma ameaça à bases militares norte-americanas que estão em países vizinhos como o Afeganistão, Bahrain, Kuwait e Arábia Saudita, caso o país seja atacado por Israel ou os EUA.

Tel Aviv e Washington têm dito que uma ação militar contra o Irã continua sendo uma opção, se a diplomacia e as sanções que estão sendo aplicadas contra o país não convencerem seus líderes a parar com o programa nuclear. As informações são da Dow Jones.

Tropas do Sudão do Sul de moveram nesta quarta-feira para a cidade de Heglig, na região de fronteira com o Sudão, e os confrontos entre soldados dos dois países africanos se intensificaram. A posse da região de fronteira, rica em petróleo, é disputada pelos dois países. Um oficial do Sudão do Sul disse que os combates "estão se espalhando pela região inteira". O departamento de Estado do governo dos Estados Unidos instou as duas partes a suspenderem "todas as hostilidades" e expressou grave preocupação com os eventos. O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Ban Ki-moon, fez um apelo ao presidente do Sudão do Sul, Salva Kiir Mayardit, a realizar uma reunião com seu congênere do Sudão, Omar al-Bashir, para que a questão seja resolvida pacificamente.

O Sudão e o Sudão do Sul lutaram uma guerra civil que durou décadas, até que em 9 de julho do ano passado o Sudão do Sul proclamou a independência, reconhecida internacionalmente. O porta-voz do Exército do Sudão, o coronel Sawarmy Khaled, disse à rádio Omdurman que o Exército do Sudão do Sul atacou a cidade fronteiriça de Heglig duas vezes nas últimas 24 horas. Heglig localiza-se 100 quilômetros ao leste da disputada província de Abyei, cujo destino não foi resolvido quando houve a partilha do Sudão no ano passado e o sul ficou independente. Oficiais do Sudão do Sul não confirmaram se suas tropas estão controlando os campos petrolíferos.

##RECOMENDA##

"Duros combates são travados na região e a situação ainda não foi resolvida" disse Khaled. Nos últimos meses, as hostilidades entre o Sudão e o Sudão do Sul foram retomadas. O Sul afirma que quer evitar uma nova guerra, mas as duas partes nunca discutiram o futuro da província de Abyei. O Sudão do Sul afirma que atacou a cidade de Heglig após repelir uma tentativa de invasão do Sudão contra sua cidade fronteiriça de Teshwin.

O porta-voz do Exército do Sudão do Sul, o coronel Philip Aguer, disse que vários caças MIG-29 do Sudão bombardearam a região de fronteira na segunda-feira e na terça-feira. Aguer disse que vários soldados do Sudão do Sul ficaram feridos, embora não tenha dado um número exato. "A guerra está se espalhando", disse o ministro da Informação do Sudão do Sul, Barnaba Marial Benjamin. "Está se espalhando pela fronteira toda".

Uma determinação de 2009 do Tribunal de Arbitragem, em Haia, Holanda, disse que a cidade de Heglig fica na província do Kordofan do Sul, no Sudão. Mas o Sudão do Sul contestou a decisão tomada em Haia, ao afirmar que não só a cidade, como a província inteira, ficam no Sudão do Sul.

O governo de Cartum alertou na terça-feira que usará "todos os meios legítimos" para responder à suposta agressão do Sudão do Sul. Os sudaneses de Cartum, árabes, disseram que se o Sudão do Sul recorrer à guerra, apenas encontrará "o fracasso e a destruição".

As informações são da Associated Press e da Dow Jones.

As últimas tropas norte-americanas saíram do Iraque hoje, encerrando uma invasão que durou quase nove anos. O último comboio de tropas norte-americanas deixou o Iraque no início do dia, segundo o Wall Street Journal. Caminhões blindados e trailers passaram pela fronteira entre Iraque e Kuwait nas primeiras horas da manhã. Os veículos foram saudados por câmeras de televisão. Alguns veículos acionaram suas buzinas depois de atravessar a fronteira.

Esta marcha foi o último estágio de um esforço logístico altamente orquestrado para tirar todas as tropas norte-americanas do Iraque até 31 de dezembro. O planejamento começou meses atrás, informam os militares.

##RECOMENDA##

As tropas norte-americanas saíram do Iraque sob forte proteção, com receio de que insurgentes pudessem realizar ataques. Até o último comboio atravessar a fronteira, uma unidade de resgate da Força Aérea ficou em alerta, esperando um chamado caso algo inesperado acontecesse.

A campanha norte-americana no Iraque começou com choque e terror: um ataque violento, rápido para render os militares do Iraque e decapitar seu líder. A saída foi elaborada para ser praticamente invisível depois de quase nove anos de guerra.

As tropas fizeram um encerramento formal da missão na quinta-feira, em uma cerimônia em Bagdá. Mas as tropas serão sucedidas por uma massiva missão diplomática norte-americana, que irá supervisionar as vendas de equipamentos militares e o trabalho para desarmar as crises sectárias e étnicas que ainda não foram resolvidas.

O último veículo norte-americano cruzou a fronteira entre Iraque e Kuwait as 7h30 (hora local), quando o Sol nasceu no deserto. As informações são da Dow Jones.

Na semana em que o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, compareceu a várias solenidades que marcaram o fim simbólico da guerra no Iraque, boa parte do contingente americano desembarcou na base de Forte Bliss, em El Paso, no Texas, para um reencontro emocionado com as famílias após um ano no front iraquiano.

"Nunca nos disseram quanto tempo ficaríamos no Iraque, mas calculávamos um ano, pelo menos. Fiquei sabendo da retirada pelos jornais", afirmou o tenente Rolando Mancha, de 37 anos, enquanto esperava as instruções para se reencontrar com a mulher, Robin, e os filhos Sofia, de 2 anos, e Samuel, de 1 ano. "Meu filho acha que o pai é um laptop", disse Robin à reportagem.

##RECOMENDA##

Com 12 anos de vida militar, Mancha tornou-se mais um veterano convencido de ter feito "algo bom para o povo do Iraque". "Não foi tranquilo para nós. Mas nada para o qual não estivéssemos preparados", afirmou.

Com três sonoros golpes em uma porta, os 300 militares da 1.ª Divisão de Infantaria do Exército dos EUA - famosa por ter sido a primeira tropa americana a combater na 2.ª Guerra - pediram permissão para entrar no principal refeitório do Forte Bliss. Marcharam entre jatos de fumaça de gelo seco, música, gritos e aplausos de seus parentes até se dispersarem entre os inúmeros abraços.

A retirada dos militares dos EUA do Iraque termina com quase nove anos de um conflito que tem razões e custos ainda questionáveis. Ali, morreram 4.484 militares americanos e 318 de países aliados. Outros 32,2 mil foram feridos em combate. Aos cofres públicos, a guerra do Iraque custou US$ 1,257 trilhão. Para os iraquianos, as perdas são ainda maiores: 115,5 mil civis morreram no conflito. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Uma explosão em uma estrada no Afeganistão atingiu um veículo militar ao sul do país, matando nove soldados e ferindo outros quatro, informou hoje um oficial. O veículo foi atingido na província Paktiya, ontem, segundo o porta-voz da Província, Rohullah Samoon, que atribui a autoria do ataque ao Taleban. "O incidente ocorreu ontem à tarde, matando nove soldados e ferindo quatro", disse ele, para a agência AFP.

Ontem também, ainda na província de Paktiya, pelo menos 20 membros do Taleban foram mortos em uma operação conjunta do Afeganistão e forças internacionais, disse o chefe de polícia da província, general Sardar Mohammad Zazi. Os corpos ainda não foram identificados, afirmou.

##RECOMENDA##

A Otan anunciou, ontem, que capturou, na terça-feira, Haqqani Haji Mali Khan, um comandante da rede Haqqani, aliada do Taleban. As informações são da Dow Jones.

Páginas

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando