Tópicos | insulina

Até o próximo dia 9, o Ministério da Saúde vai concluir a distribuição de mais de 400 mil unidades de insulina análoga de ação rápida, usada no tratamento de diabetes tipo 1. A compra do medicamento ocorreu após cinco meses de negociação com o setor farmacêutico e depois de duas tentativas frustradas. É que dois pregões anteriores – em agosto do ano passado e em janeiro deste ano – não receberam propostas.

O Ministério da Saúde antecipou a entrega da insulina por conta do risco de desabastecimento motivado pela escassez mundial do produto. Essa carga de 400 mil unidades se soma à de um 1,3 milhão de doses compradas emergencialmente e que vão garantir o abastecimento do SUS e de mais de 60 mil pessoas que fazem atendimento no Sistema Único de Saúde.

##RECOMENDA##

Segundo o Ministério da Saúde, as insulinas regulares mais consumidas, indicadas para pacientes com diabetes tipo 2 e demais tipos, estão com “estoque adequado”. As insulinas análogas de ação rápida foram incorporadas ao SUS em 2017 após aprovação da Conitec, Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde.

O Ministério da Saúde informou nesta segunda-feira (15) que assinou um contrato de aquisição emergencial de 1,3 milhão de unidades de insulina análoga de ação rápida (molécula asparte) para garantir o abastecimento da rede no Sistema Único de Saúde (SUS). O quantitativo, segundo a pasta, é suficiente para o tratamento de mais de 67 mil pacientes. A previsão, entretanto, é que a primeira entrega seja realizada até 9 de julho. “O Ministério da Saúde mantém tratativas com o distribuidor para antecipação de parte do quantitativo”.

Em nota, a pasta cita “dificuldade de aquisição” da insulina análoga de ação rápida, indicada para o tratamento do diabetes mellitus tipo 1, que concentra de 5% a 10% das pessoas diagnosticadas com a doença. O comunicado lista, além da aquisição emergencial internacional do insumo, outras medidas para evitar o desabastecimento na rede pública, incluindo o remanejamento dos estoques existentes entre os estados e a autorização de compra pelas secretarias estaduais de saúde com ressarcimento por parte do governo federal.

##RECOMENDA##

“Cabe reforçar que o país enfrenta cenário de falta de produção nacional de insulina análoga de ação rápida de forma sustentável e capaz de atender às necessidades nacionais”, destacou o ministério. 

“A expectativa, a partir do diálogo constante com as secretarias estaduais de saúde e monitoramento intenso por parte do ministério em parceria com o Conass [Conselho Nacional de Secretários de Saúde], é que seja possível manter o abastecimento igualitário na rede SUS até o início de junho a partir do remanejamento entre os entes federados. Além disso, o Ministério da Saúde vem ressarcindo os estados que possuem pauta vigente para aquisição direta do fármaco.”

A pasta reforçou que as insulinas regulares mais consumidas, indicadas para pacientes com diabetes tipo 2 e demais tipos, estão com “estoque adequado” e que o caso da insulina análoga de ação rápida está sendo tratado “com máxima prioridade” junto aos fornecedores nacionais e internacionais para garantir o atendimento da população.

Diabetes é uma doença causada pela falta ou insuficiência na absorção de insulina, hormônio importante para transformar a glicose em energia para o corpo. Segundo dados da SBD (Sociedade Brasileira de Diabetes), cerca de 13 milhões de brasileiros vivem com a doença. O número de casos no Brasil aumentou 26,61% em dez anos, de acordo com o Atlas do Diabetes. Para combater, é necessário que a pessoa mude a alimentação. Assim, para melhorar a dieta e ajudar a rotina, aplicativos de saúde podem ser úteis e por isso a equipe do LeiaJá selecionou três plataformas para ajudar a combater a diabetes através da alimentação. Confira a seguir:  

MySugr - Disponível em Android e iOS, o aplicativo registra dados e permite coletar informações terapêuticas todos os dias, além de mostrar refeições, dietas, consumo de carboidratos, nível de glicemia e insulina. A plataforma digital também tem uma versão mySugr PRO que possibilita relatórios em PDF e Excel. Lembretes de glicemia, possibilidades de registrar as refeições são algumas das opções para quem deseja ter a versão paga.  

##RECOMENDA##

Controle de glicose - Disponível em Android e iOS, o aplicativo gratuito e com anúncios funciona como uma ferramenta para ajudar pessoas que sofrem com a desregulação da glicose acima de dez anos de idade. Nesta plataforma, é possível ter dados do nível de glicose, configuração de alarmes, informações de alimentos permitidos e não permitidos, tabela informativa de valores de glicose e outras opções. Gratuito.

 One Drop - Disponível apenas para Android, o aplicativo gratuito é destinado para pessoas com pré-diabetes, diabetes tipo 1, diabetes tipo 2 e pressão alta. Além disso, é possível ter a versão PRO que possibilita um treinamento individual, aprendizagem interativa e indicação de glicose. Gratuito. 

Uma mulher identificada como Luana Afonso do Nascimento foi condenada a 32 anos de prisão acusada de ter matado um dos seus filhos e atentar contra a vida de outros dois administrando doses de insulina nas três crianças. Ronildo Eugênio Dias, pai dos menores, foi absolvido das acusações e posto em liberdade.

A ministração do hormônio provocou nas vítimas um hiperinsulinismo e, consequentemente, diversos problemas de saúde nos menores. 

##RECOMENDA##

O Ministério Público do Distrito Federal afirmou em sua denúncia que os crimes foram praticados por motivo torpe, consistente em ganância, haja vista que os supostos denunciados procuravam provocar nas vítimas sintomas de um hiperinsulinismo congênito e com isso obter mobilização social para a obtenção de doações em dinheiro.

Além disso, os crimes foram praticados mediante emprego de meio cruel, uma vez que impuseram sofrimento desumano às vítimas e lhe causaram graves e dolorosos problemas de saúde e internações.

Luana foi condenada pelo homicídio qualificado do filho Rian Lucas Nascimento Dias e por duas tentativas de homicídio qualificado de outros dois filhos. Ela cumprirá a pena em regime inicial fechado e não poderá recorrer da sentença em liberdade.

Com algoritmos e mais precisão, bombas de insulina usam tecnologias cada vez mais sofisticadas para melhorar o controle de glicose e a qualidade de vida de quem tem diabete. Em 2022, chega ao País um novo tipo de bomba, que combinada a um sensor para medir a glicose, pode evitar hipoglicemia e hiperglicema de modo automatizado.

A ciência corre para chegar mais perto de um pâncreas totalmente artificial, que dependa menos de ações humanas. Acoplados na cintura ou até introjetados no corpo, os dispositivos miram uma injeção autônoma de insulina e controle mais preciso do açúcar no sangue. O custo elevado, porém, é um dos principais entraves.

##RECOMENDA##

Desenvolvida pela multinacional Medtronic, a bomba de insulina do Sistema Minimed 780G foi aprovada em março pela Anvisa e deve chegar aqui em 2022. O preço ainda não foi divulgado, mas deve ser maior que outros no mercado, como o Minimed 640G. Também da Medtronic, ele custa cerca de R$ 30 mil e manutenção de R$ 3 mil e R$ 4 mil por mês, diz o médico Marcio Krakauer, da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia.

Com falta de opção no SUS, muitos pacientes têm preferido buscar aparelhos e pagar manutenção por meio de ações judiciais

Segundo ele, um dos diferenciais do 780G é que, além de corrigir a hipoglicemia, o algoritmo conectado ao dispositivo recebe uma meta de glicose para controlar a hiperglicemia, quando há nível alto de glicose no sangue. O dispositivo fica acoplado na cintura e conectado à região abdominal por uma cânula, que entrega insulina ao longo do dia. Segundo a Medtronic, o novo sensor e o transmissor enviam os dados via Bluetooth para a bomba e para o celular, permitindo acompanhar a glicemia e liberar a insulina. O modelo já é vendido na Europa.

O sistema ainda requer ao menos duas medições manuais diárias para calibragem de glicose, praticamente o mesmo tanto do 640G - um híbrido automático. Krakauer prevê mais avanços nos próximos anos. "É tudo uma questão de acertar o algoritmo", diz ele, que reforça a necessidade de orientação médica.

Além da Medtronic, a suíça Roche vende bombas no Brasil. O Accu-Chek Combo - que depende de mais ações manuais - custa cerca de R$ 4,5 mil e requer manutenção de cerca de R$ 1,8 mil por mês.

Em 2019, a FDA (agência americana), aprovou, segundo o órgão, a "primeira bomba de insulina interoperável". Da empresa Tandem Diabetes Care, a Slim X2 é acoplada ao sensor de monitorar glicose, sem calibragem diária. Não há previsão de chegada ao Brasil.

Sem cobertura no SUS, muitos recorrem à Justiça para ter o aparelho. É o caso da influenciadora digital e estudante Beatriz Scher, de 28 anos, diagnosticada com diabete tipo 1 em 2000. "A gente consegue entrar com ação judicial contra o Estado ou município e solicitar terapia de alto custo, se tiver indicação médica para isso". O Ministério da Saúde afirma que "não há evidências científicas suficientes" de que esse sistema seja superior "à terapia de múltiplas doses", já incorporada ao SUS.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Pesquisadores da Universidade de Washington, no Missouri, Estados Unidos, conseguiram curar diabetes em ratos de laboratório em um procedimento envolvendo a manipulação de células-tronco. No Brasil, o tratamento é feito por meio de insulina, disponibilizada pelo Sistema único de Saúde (SUS).

O método desenvolvido pela equipe liderada por Jeffrey Millman renuncia injeções de insulina e usa as células modificadas para produzir hormônio. A ideia surgiu em 2019, quando os cientistas transformaram uma porcentagem maior de células alvo e as tornaram mais funcionais.

##RECOMENDA##

Ao ser inseridas em roedores, os níveis de açúcar se estabilizaram, deixando-os “curados funcionalmente” por até nove meses, apontou o The Next Web. Com o resultado promissor, a próxima fase é testar o uso de células-tronco em animais maiores. Só após conclusão e a avaliação desta fase, o tratamento poderá ser realizado em humanos.

No país mais próspero do mundo, há pessoas que não são ricas, nem pobres, fazendo trocas sorrateiras de insulina em estacionamentos. O medicamento é quase tão importante quanto o oxigênio para os diabéticos, mas seu preço nas farmácias é cada vez mais exorbitante.

Em uma fria manhã de janeiro, em um subúrbio de Minneapolis, Abigail Hansmeyer desce do carro e entrega a uma mulher uma sacola de papel com sete canetas de aplicação e uma ampola de insulina.

"Muitíssimo obrigada", disse a mulher, Annette Gentile, de 52 anos, enquanto revisa marcas e doses de conteúdos do pacote. "Esses últimos dias foram uma montanha-russa".

Annette, mãe de um adolescente de 17 anos, não é pobre. Ela tem uma pensão por deficiência de 1.200 dólares e tem acesso à cobertura pública de saúde, mas ela não cobre o custo dos medicamentos. A bolsa que recebeu, suficiente para quase um mês, custaria cerca de mil dólares em uma farmácia.

"Dependo exclusivamente das doações", diz Annette.

Abigail, que lhe entregou a insulina, está desempregada e também tem diabetes do tipo 1. Esta doença autoimune obriga os afetados por ela a injetarem insulina várias vezes ao dia, pelo resto da vida.

Ela faz parte de uma rede informal de diabéticos que se contactam por Facebook. Abigail troca a insulina vinda, quase toda, de pessoas que morreram e não utilizaram, doada por seus familiares.

Para os rivais democratas de Donald Trump, em campanha pelas primárias que começam nesta segunda-feira, em Iowa, existem poucos escândalos piores que o preço da insulina - simbólica da desigualdade no sistema de saúde americano.

"Não somos pobres", explica Abigail. Seu marido trabalha e fundou uma microempresa. O casal mora numa casa, tem carro, cachorros e coelhos.

Mas o empregador de seu marido não oferece cobertura médica. Essa situação lhes deixa em uma espécie de vácuo: não são pobres o bastante para ter a cobertura pública, nem ricos o suficiente para pagar um plano privado.

"Durante toda minha vida adulta, em um momento ou outro, racionei insulina", conta Abigail, de 29 anos, em sua sala de estar.

Há alguns anos, após uma batalha com seu seguro da época, Abigail recebeu uma bomba de insulina, um dispositivo portátil que administra a substância ao paciente de forma contínua. Nesse dia, se lembra, chorou de emoção.

- Perder um filho -

Em Minneapolis, se Abigail é uma "dealer" (ou traficante), Nicole Smith-Holt é varejista. No subsolo de sua casa, abre um refrigerador com dezenas de frascos de insulina. Segundo seus cálculos, esses frascos e as provisões como seringas, gaze e aparatos para medir a glicose, devem valer o equivalente a 50.000 dólares.

"É rigorosamente ilegal", diz Nicole sobre seu esconderijo.

Questionada sobre os motivos para fazer isso, sua resposta é simples: "Porque estou salvando vidas".

Ela poderia sorrir, se não tivesse vivido uma tragédia. "Não precisamos de outro Alex", afirma Nicole, que perdeu seu filho Alec Raeshawn Smith em 2017.

"Não tinha nenhuma gota de insulina no seu apartamento", lembra a mãe de outros três filhos.

A reforma do governo de Barack Obama, conhecida como Obamacare, concedia a Alec cobertura pelo plano de sua mãe até os 26 anos.

Mas, depois de chegar a essa idade, com o salário baixo de funcionário de um restaurante, não conseguia pagar seu próprio seguro de saúde. Nicole está convencida de que, pouco antes de morrer, seu filho não conseguiu pagar os 1.300 dólares que a insulina que precisava custava.

À época, ele estava há cerca de 27 dias sem seguro. Causa da morte: cetoacidose diabética por falta de insulina.

"Até o dia da minha morte vou sentir culpa", lamenta. "Talvez, se tivesse insistido, se tivesse feito as perguntas certas, talvez se tivesse pedido ajuda".

A morte de Alec, que tinha um filho, transformou Nicole em militante. Num dia, aparece na televisão, no outro está com autoridades locais, ou diante de um grande laboratório. Os diabéticos da região podem entrar em contato pelo Facebook, e ela responde rapidamente.

- Passando a fronteira -

Mais ao norte, os diabéticos têm acesso a seus medicamentos dentro da lei, mas fora das fronteiras, nas farmácias do Canadá.

Diferentemente dos Estados Unidos, ali o preço da insulina é regulado. A cada três ou quatro meses, Travis Paulson, de 47 anos, dirige por duas horas de Eveleth, Minnesota, até Fort Frances, na província de Ontario. Ali, compra sua insulina sem receita. Os inspetores na fronteira não implicam, desde que as doses não superem o necessário para três meses.

O seguro de saúde de Travis conta com médicos excelentes, mas só cobre 50% do preço dos medicamentos.

Sobre uma mesa, Travis apoia dois frascos praticamente idênticos de insulina: um é da NovoLog, vendido nos Estados Unidos a 345 dólares; o outro é da NovoRapid, que no Canadá custa 25 dólares.

"Se tivesse que trazer de mochila em uma canoa, faria isso", afirma Travis. "Simplesmente não vou pagar o que estão pedindo. É ganância farmacêutica".

Sobre sua geladeira, um adesivo do candidato Bernie Sanders lembra da revolução prometida pelo senador socialista, que pretende reduzir à metade os preços dos medicamentos.

No país mais próspero do mundo, há pessoas que não são ricas, nem pobres, fazendo trocas sorrateiras de insulina em estacionamentos. O medicamento é quase tão importante quanto o oxigênio para os diabéticos, mas seu preço nas farmácias é cada vez mais exorbitante.

Em uma fria manhã de janeiro, em um subúrbio de Minneapolis, Abigail Hansmeyer desce do carro e entrega a uma mulher uma sacola de papel com sete canetas de aplicação e uma ampola de insulina.

"Muitíssimo obrigada", disse a mulher, Annette Gentile, de 52 anos, enquanto revisa marcas e doses de conteúdos do pacote. "Esses últimos dias foram uma montanha-russa".

Annette, mãe de um adolescente de 17 anos, não é pobre. Ela tem uma pensão por deficiência de 1.200 dólares e tem acesso à cobertura pública de saúde, mas ela não cobre o custo dos medicamentos. A bolsa que recebeu, suficiente para quase um mês, custaria cerca de mil dólares em uma farmácia. "Dependo exclusivamente das doações", diz Annette.

Abigail, que lhe entregou a insulina, está desempregada e também tem diabetes do tipo 1. Esta doença autoimune obriga os afetados por ela a injetarem insulina várias vezes ao dia, pelo resto da vida.

Ela faz parte de uma rede informal de diabéticos que se contactam por Facebook. Abigail troca a insulina vinda, quase toda, de pessoas que morreram e não utilizaram, doada por seus familiares.

Para os rivais democratas de Donald Trump, em campanha pelas primárias que começam nesta segunda-feira, em Iowa, existem poucos escândalos piores que o preço da insulina - simbólica da desigualdade no sistema de saúde americano.

"Não somos pobres", explica Abigail. Seu marido trabalha e fundou uma microempresa. O casal mora numa casa, tem carro, cachorros e coelhos.

Mas o empregador de seu marido não oferece cobertura médica. Essa situação lhes deixa em uma espécie de vácuo: não são pobres o bastante para ter a cobertura pública, nem ricos o suficiente para pagar um plano privado.

"Durante toda minha vida adulta, em um momento ou outro, racionei insulina", conta Abigail, de 29 anos, em sua sala de estar.

Há alguns anos, após uma batalha com seu seguro da época, Abigail recebeu uma bomba de insulina, um dispositivo portátil que administra a substância ao paciente de forma contínua. Nesse dia, se lembra, chorou de emoção.

- Perder um filho -

Em Minneapolis, se Abigail é uma "dealer" (ou traficante), Nicole Smith-Holt é varejista. No subsolo de sua casa, abre um refrigerador com dezenas de frascos de insulina. Segundo seus cálculos, esses frascos e as provisões como seringas, gaze e aparatos para medir a glicose, devem valer o equivalente a 50.000 dólares.

"É rigorosamente ilegal", diz Nicole sobre seu esconderijo.

Questionada sobre os motivos para fazer isso, sua resposta é simples: "Porque estou salvando vidas".

Ela poderia sorrir, se não tivesse vivido uma tragédia. "Não precisamos de outro Alex", afirma Nicole, que perdeu seu filho Alec Raeshawn Smith em 2017.

"Não tinha nenhuma gota de insulina no seu apartamento", lembra a mãe de outros três filhos.

A reforma do governo de Barack Obama, conhecida como Obamacare, concedia a Alec cobertura pelo plano de sua mãe até os 26 anos.

Mas, depois de chegar a essa idade, com o salário baixo de funcionário de um restaurante, não conseguia pagar seu próprio seguro de saúde. Nicole está convencida de que, pouco antes de morrer, seu filho não conseguiu pagar os 1.300 dólares que a insulina que precisava custava.

À época, ele estava há cerca de 27 dias sem seguro. Causa da morte: cetoacidose diabética por falta de insulina.

"Até o dia da minha morte vou sentir culpa", lamenta. "Talvez, se tivesse insistido, se tivesse feito as perguntas certas, talvez se tivesse pedido ajuda".

A morte de Alec, que tinha um filho, transformou Nicole em militante. Num dia, aparece na televisão, no outro está com autoridades locais, ou diante de um grande laboratório. Os diabéticos da região podem entrar em contato pelo Facebook, e ela responde rapidamente.

- Passando a fronteira -

Mais ao norte, os diabéticos têm acesso a seus medicamentos dentro da lei, mas fora das fronteiras, nas farmácias do Canadá.

Diferentemente dos Estados Unidos, ali o preço da insulina é regulado. A cada três ou quatro meses, Travis Paulson, de 47 anos, dirige por duas horas de Eveleth, Minnesota, até Fort Frances, na província de Ontario. Ali, compra sua insulina sem receita. Os inspetores na fronteira não implicam, desde que as doses não superem o necessário para três meses.

O seguro de saúde de Travis conta com médicos excelentes, mas só cobre 50% do preço dos medicamentos.

Sobre uma mesa, Travis apoia dois frascos praticamente idênticos de insulina: um é da NovoLog, vendido nos Estados Unidos a 345 dólares; o outro é da NovoRapid, que no Canadá custa 25 dólares.

"Se tivesse que trazer de mochila em uma canoa, faria isso", afirma Travis. "Simplesmente não vou pagar o que estão pedindo. É ganância farmacêutica".

Sobre sua geladeira, um adesivo do candidato Bernie Sanders lembra da revolução prometida pelo senador socialista, que pretende reduzir à metade os preços dos medicamentos.

Um cidadão ítalo-venezuelano de 58 anos e que sofria de diabetes morreu na Venezuela devido à falta de insulina. Italo Carli, juiz honorário no país sul-americano, faleceu no hospital da cidade de Valencia, um estrutura considerada de vanguarda, mas que sofre com a escassez de medicamentos. A notícia foi dada pelo advogado Marco Sitran, seu primo, ao jornal Corriere del Veneto.

Nascido na Venezuela de pai italiano, Carli se formou em direito na nação europeia e viveu durante vários anos em Veneza. A Venezuela vem sofrendo há tempos com a falta de alimentos, remédios e itens básicos, em função de uma grave crise política, social e econômica.

##RECOMENDA##

Atualmente, o país conta com dois presidentes (Juan Guaidó e Nicolás Maduro), dois parlamentos (Assembleia Nacional e Assembleia Constituinte) e duas supremas cortes, uma no exílio e outra sediada em Caracas. 

Da Ansa

A Bahiafarma, laboratório público do Estado da Bahia, inicia nesta semana a fabricação de insulina, medicamento usado para controle da diabetes e também ficará responsável pelo fornecimento de 50% da demanda para o Sistema Único de Saúde (SUS), as insulinas de maior uso são a Regular (R) e a de ação prolongada, NPH.

O laboratório ucraniano Indar será o parceiro da Bahiafarma para a produção do medicamento. “Uma fábrica de insulinas é uma unidade de alta tecnologia, que poucos laboratórios detêm, e estamos dando todos os passos para atingir a excelência na instalação desta unidade” afirma o diretor-presidente da Bahiafarma, Ronaldo Dias.

##RECOMENDA##

O governador da Bahia, Rui Costa, e o presidente da Indar, Liubov Viktoriyna Vyshnevska assinaram o protocolo para a instalação da fábrica na Bahia. “A Indar tem todo o know-how para auxiliar-nos neste processo, que vai resultar na mudança de patamar da indústria farmacêutica no Norte-Nordeste brasileiro, com atração e formação de mão-de-obra altamente qualificada”, destacou Dias.

A planta de fabricação de insulinas passará a ser a primeira unidade de produção de imunobiológicos no Nordeste, levando tecnologia, desenvolvimento para a região fomentando a formação de mão-de-obra qualificada e a atração de empresas da área da saúde. A fabricação do medicamento também marcará a reentrada do Brasil no rol dos países produtores de insulina, o único do Hemisfério Sul.

A partir de 2018 o Sistema Único de Saúde (SUS) passará a distribuir para crianças com diabete tipo 1 a insulina análoga, medicamento que pode reduzir o risco de complicações da doença. A expectativa é de que 100 mil crianças passem a usar o medicamento, hoje obtido por meio de decisões na Justiça.

A insulina análoga é preparada a partir da biotecnologia. De acordo com o Ministério da Saúde, ela permite maior controle dos níveis de açúcar, uma vez que sua ação é imediata.

##RECOMENDA##

O novo medicamento também tem uma aplicação mais fácil. Em vez das seringas, é usada uma caneta, que permite o reúso. "Ela traz maior conforto", afirma o diretor do departamento de assistência farmacêutica, Renato Alves Teixeira.

O valor investido é de R$ 135 milhões anuais. O produto será ofertado prioritariamente a crianças e adolescentes. Mas a previsão é de que o produto seja usado também para adultos.

O processo de licitação para a compra já começou a ser realizado. Ele prevê doses suficientes para atender 250 mil pessoas, por um ano. "Toda a demanda de crianças e adolescentes será atendida", disse Teixeira.

Além do novo medicamento, a previsão é de que no próximo ano o Ministério da Saúde passe a comprar canetas para aplicação de insulina regular. A previsão é de que a licitação seja feita no primeiro trimestre e a entrega, no segundo semestre.

A insulina regular é distribuída de forma gratuita nas unidades do Farmácia Popular. Como o jornal O Estado de S. Paulo adiantou, no entanto, tal distribuição poderá ser suspensa, caso não haja uma redução dos preços pagos pelo Ministério da Saúde.

Para abastecer unidades básicas de saúde, a pasta desembolsa o equivalente a R$ 10. No caso da Farmácia Popular, o ministério faz o reembolso, no valor de R$ 27. "Se não houver entendimento com as farmácias, ela passará a ser distribuída na rede própria, como outros medicamentos", afirmou.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) registrou a primeira insulina biossimilar, regulamentado pela resolução RDC 55/2010, do Brasil. Denominado Basaglar, o produto é uma insulina analógica de longa durabilidade administrada por injeção subcutânea, que oferecerá controle duradouro do açúcar no sangue entre as refeições e durante a noite.

O novo tratamento é uma alternativa voltada para as pessoas com diabetes do tipo 1 e 2, além de crianças com 2 anos de idade ou mais. De acordo com a Anvisa, o biossimilar é a cópia de um medicamento biológico de referência.

##RECOMENDA##

Durante a avaliação da insulina biossimilar Basaglar, foram analisadas todas as etapas de registro, análise da tecnologia farmacêutica do produto, a eficácia e segurança. O medicamento também passou por um teste para comprovar que é um biossimilar do medicamento de comparação, o Lantus, insulina glargina. 

Uma enfermeira do Hospital Municipal de Maringá, no Paraná, foi afastada após ter aplicado nesta quinta-feira, 28, insulina em vez de vacina contra a gripe em cerca de 50 pacientes. O hospital abriu uma sindicância interna para apurar o erro.

De acordo com o hospital, os pacientes ficaram internados até as 21 horas desta quinta-feira, 28. Eles tiveram reações à insulina, mas passam bem.

##RECOMENDA##

Segundo a prefeitura de Maringá, a falha foi constatada pela própria servidora. Há a suspeita de que o lote tenha vindo com nomes trocados.

Um tipo de insulina experimental "inteligente", que atua por 14 horas, demonstrou avanços em ratos de laboratório e pode ser aprovada para provas em pessoas com diabetes tipo 1 em dois anos, afirmaram pesquisadores nesta segunda-feira (9). O produto, conhecido como Ins-PBA-F, e desenvolvido por bioquímicos da Universidade de Utah, se ativa sozinho mesmo quando os níveis de açúcar aumentam, segundo estudo publicado nas atas da Academia Nacional de Ciências americana.

Testes em ratos com diabetes tipo 1 demonstraram que uma injeção pode, "repetida e automaticamente fazer diminuir o nível de açúcar no sangue depois de administrada aos ratos uma dose de açúcar comparável à que consomem na hora de comer", destaca o estudo.

A droga imita a forma como o organismo dos ratos comuns volta a níveis normais de glicemia (açúcar no sangue) após uma refeição. "É um avanço significativo na terapia com insulina", afirmou o coautor do estudo, Danny Chou, assistente do professor de bioquímica da Universidade de Utah.

"Nosso derivado de insulina parece controlar o açúcar no sangue melhor do que qualquer outra coisa disponível para pacientes com diabetes", afirmou. As pessoas com diabetes tipo 1 precisam controlar estritamente seu nível de açúcar no sangue e aplicar manualmente injeções de insulina quando necessário.

Qualquer erro ou lapso pode levar a complicações, que incluem doenças cardíacas, cegueira e, inclusive, a morte. O Ins-PBA-F é uma versão modificada quimicamente de um hormônio de origem natural.

Diferencia-se de outros tipos de "insulina inteligente" em desenvolvimento, que usam barreiras baseadas em proteínas como géis ou revestimentos que inibem a insulina quando o nível de açúcar no sangue está baixo. Os primeiros testes em humanos poderão começar entre dois e cinco anos, assim que forem realizados mais testes de segurança de longo prazo em animais de laboratório.

Essencial para o tratamento de pacientes diabéticos, a Insulina Lantus – tipo especial e moderno do medicamento – está há cerca de três meses em falta na Farmácia do Estado. A burocracia que envolve a compra do produto pela Secretaria de Saúde faz com que muitos dos que têm a doença precisem se desdobrar para conseguir comprar o medicamento em farmácias convencionais, muitas vezes fazendo dívidas ou pedindo apoio financeiro a amigos e familiares. 

De acordo com a Drª Elcy Aragão, médica da Associação Pernambucana do Diabético Jovem (APDJ), a Glargina (comercialmente conhecida como Lantus) é importante para manter os níveis de glicose durante um dia inteiro. “A Lantus regula o nível de glicose do paciente e evita hipoglicemia – em casos de baixa da glicose – ou problemas oculares e renais, geralmente ocasionados pela alta de açúcar no sangue”, explica a médica. Com a dose adequada da Lantus, o paciente pode passar um dia com as taxas em equilíbrio. Apesar de existirem outros tipos de insulina no mercado, como a NPH, os pacientes afirmam se sentirem melhores após a injeção do medicamento.

##RECOMENDA##

Gabriel é um dos diabéticos beneficiados pela Farmácia do Estado, mas há três meses, sua mãe não encontra outra alternativa a não ser adquirir a insulina nas farmácias convencionais. “Meu filho precisa de três refis de Lantus por mês e cada um custa cerca de 95 reais. Já fiz dívidas no cartão de crédito e pedi dinheiro a amigos e familiares. Cheguei ao ponto de não conseguir comprar e ele ficou uns quatro dias sem tomar essa insulina”, lamenta Lucicleide. “Já recebemos doações, mas não são suficientes porque existem outras famílias carentes que precisam do medicamento”, explica a mãe do jovem de 14 anos. "Sem essa insulina, sinto muitas dores de cabeça, cansaço e minha visão fica embaçada. Na época, fui ao oculista, mas ele disse que o problema era por causa da taxa de glicose no sangue", conta o adolescente.

Além de Lucicleide e Gabriel, muitas outras famílias precisam dos medicamentos. Pedro Paulo é professor e diz que a distribuição da Lantus pela Farmácia do Estado tornou-se irregular há cerca de quatro meses. "Desde junho que não recebemos a Lantus com frequência. Julho foi o último mês que a Farmácia nos entregou, mas desde então eles dizem que o medicamento está em falta e não dão previsão de entrega. Minha filha e minha esposa são diabéticas, então o custo é dobrado. A Lantus é a insulina mais eficaz, mas também é a mais cara do mercado. Passo por apertos, mas tenho condições de comprar, mas a ajuda da Secretaria de Saúde é muito importante para a minha e para outras famílias mais precisadas do que a minha. Todo período político é a mesma coisa", reclama. 

Segundo a APDJ, os custos do tratamento de um paciente diabético não envolvem somente a insulina. Com a compra de lancetas para medir o nível de glicose no sangue, de doses de insulina de ação rápida e agulhas para injetar o medicamento, o valor pode chegar a cerca de 800 reais mensais, caso os medicamentos não sejam fornecidos pelo Estado. “No início, gastei mais ou menos mil reais para comprar todas as coisas que o meu filho precisa”, conta Lucicleide. 

Em nota, a Secretaria Estadual de Saúde informou que a Lantus está entre os cinco tipos de insulina distribuídos pelo Estado, apesar de estar em falta há cerca de três meses. Ainda segundo a SES, o  processo de compra do medicamento sofreu atrasos devido à burocracia de licitações, mas a expectativa é que o estoque seja abastecido no início de outubro.  Ao todo, foram adquiridas 20.704 unidades da solução injetável pelo valor de mais de R$ 1,2 milhão. 

Em novas buscas realizadas na casa onde o menino Joaquim Ponte Marques morava, no Jardim independência, em Ribeirão Preto (SP), a Polícia Civil localizou a ampola de insulina que estava desaparecida. O sumiço era um dos indícios de que teria sido usada para matar o garoto, principal tese defendida pelos policiais que cuidam do caso.

O medicamento estava dentro de uma caixa e ainda sem uso, mas o delegado Paulo Henrique Martins de Castro garante não muda a linha de investigação. Ele diz ter outras provas e indícios para sustentar a tese de que a criança diabética foi vítima da própria insulina.

##RECOMENDA##

Joaquim morreu no dia 5 do mês passado e seu corpo foi localizado cinco dias depois boiando no Rio Pardo. Seu padrasto Joaquim Longo, que está preso e é o principal suspeito pela morte do menino, segundo a polícia, se declarou inocente e falou que a polícia encontraria a insulina se procurasse.

Indícios

A falta de provas tem sido a maior dificuldade para elucidar a morte de Joaquim. Exames realizados no corpo do menino não detectaram excesso de insulina, mas policiais alegam que isso já era esperado porque o hormônio desaparece pouco tempo após ser aplicado.

Nesta terça-feira, 17, o pai e a mãe de Guilherme Longo foram ouvidos na DIG (Delegacia de Investigações Gerais) de Ribeirão. O teor dos depoimentos não foi informado, mas a saída deles foi muito conturbada e, seguidos por repórteres de TV, acabaram precisando ser levados para casa por uma viatura da polícia.

 

Exames realizados em tecidos retirados do corpo de Joaquim Ponte Marques, de 3 anos, encontrado morto em um rio em 10 de novembro após cinco dias desaparecido, não detectaram a presença de uma dose excessiva de insulina, como acreditava a polícia. Os laudos já foram emitidos, mas não chegaram ainda à Delegacia de Investigações Gerais de Ribeirão Preto. A mãe do menino, Natália Ponte, e o padrasto, Guilherme Longo, tiveram a prisão prorrogada pela juíza Isabela Cristina Alonso dos Santos Bezerra, da 2ª Vara do Júri e das Execuções Criminais de Ribeirão Preto.

Os resultados são de análises realizadas no Laboratório de Toxicologia da Polícia Civil de São Paulo. Uma fonte da polícia informou que o laudo foi negativo para a morte por insulina. E, na tarde desta segunda-feira (9), o delegado Paulo Henrique Martins de Castro confirmou que realmente não foi detectado o medicamento no corpo do menino, que era diabético.

##RECOMENDA##

Ele afirmou, porém, que ainda não leu os documentos e que, mesmo tendo dado negativo para a insulina, talvez tenha detectado outras substâncias que indiquem algo nesse sentido. "Desde o início sabíamos da possibilidade de dar negativo", justificou. Indagado se isso não pode pesar na decisão da Justiça sobre a prisão do casal, Castro descartou. "Uma coisa não tem nada a ver com a outra."

A princípio o delegado garante que a linha de investigação está mantida. Segundo ele, nesta semana mais pessoas prestarão depoimento, mas o casal não deverá ser ouvido. O menino desapareceu de sua casa em Ribeirão Preto no dia 5 do mês passado, mas seu corpo foi localizado no Rio Pardo, em Barretos, no dia 10. A linha de investigação policial aponta o padrasto Guilherme Longo como principal suspeito pela morte de Joaquim. Para isso, segundo a polícia, teria aplicado uma dose excessiva de insulina no garoto e depois jogado o corpo na água. Longo nega qualquer envolvimento no caso, assim como Natália.

Em Minas Gerais, a presidente Dilma Rousseff participou da cerimônia de anúncio da retomada da produção nacional de insulina humana, em Belo Horizonte. Em seguida, ela foi para Ribeirão das Neves para a entrega de 1.640 unidades habitacionais do Programa Minha Casa Minha Vida, além de máquinas retroescavadeiras, motoniveladoras e ônibus escolares.

No primeiro evento do dia, o governo federal anunciou o investimento de R$ 430 milhões nos próximos cinco anos para a produção de insulina humana, através de uma parceria, entre o Ministério da Saúde, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e o laboratório Biomm. Na ocasião, a presidente frisou que o modelo político atual une o desenvolvimento econômico e o social. "Eu acredito que nós hoje vivemos um duplo desafio. De um lado, nós temos de continuar incluindo a nossa população e, de outro lado, nós temos de nos desenvolver de uma forma, eu diria, moderna e competitiva", destacou.

##RECOMENDA##

Em Ribeirão das Neves, foram entregues 1.640 unidades do Residencial Alterosa, construído com recursos do Programa Minha Casa Minha Vida. O empreendimento é composto por 82 blocos de 20 apartamentos. Serão beneficiadas 6,5 mil pessoas. Os apartamentos têm área privativa de 41 m², divididos em 2 quartos, sala, banheiro, cozinha e área de serviço. O condomínio dispõe de estacionamento com 1.093 vagas, centro comunitário, quadra de esporte e campo de futebol.

Também foram entregues 108 máquinas agrícolas, sendo 58 motoniveladoras e 50 retroescavadeiras, a 102 municípios mineiros. O maquinário foi financiado com recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC 2), com investimento superior a R$ 25 milhões,.  Pelo programa Caminho da Escola, foram entregues 19 ônibus escolares a 12 cidades.

O governo federal anunciou, nesta terça-feira (16), a retomada da produção de insulina humana no Brasil, interrompida desde 1999. De acordo com o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, o país será a quarta nação do mundo a produzir o medicamento, usado para o tratamento de diabetes.

Quando a insulina fabricada no país estiver disponível para a venda, a importação poderá ser descartada a fim de estimular o consumo do produto nacional. Estima-se que 10 milhões de brasileiros tenham diabetes e que 25% ainda não tenham sido diagnosticados. Ao todo, um milhão de pessoas faz o tratamento através da insulina pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

##RECOMENDA##

Para a fabricação, será feita uma parceria com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e o laboratório Biomm, instalado em Nova Lima, Minas Gerais. A previsão de investimento nos próximos cinco anos é de R$ 430 milhões, sendo R$ 80 milhões do Ministério da Saúde e Fiocruz e o restante por meio de financiamento do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). A expectativa é de que a insulina esteja disponível nas farmácias populares já no próximo ano.

"Estamos construindo segurança para os milhões de diabéticos do nosso país, entregando insulina de qualidade”, frisou o ministro Alexandre Padilha, em discurso durante a cerimônia de lançamento em Belo Horizonte.

Para a presidente Dilma Rousseff, a retomada dessa produção também representa crescimento econômico e competitividade empresarial. "Nós temos uma população de 200 milhões de habitantes. Portanto, o nosso mercado é algo relevante. Não, para nós ficarmos voltados para nós mesmos olhando para o mercado e o contemplando, mas para transformar esse mercado numa plataforma para o mundo", frisou.

Dilma também explicou que existe, hoje em dia, uma nova forma de olhar o Brasil: um caminho que une o desenvolvimento econômico e o social. "Eu acredito que nós hoje vivemos um duplo desafio. De um lado, nós temos de continuar incluindo a nossa população e, de outro lado, nós temos de nos desenvolver de uma forma, eu diria, moderna e competitiva", destacou.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) suspendeu a importação, distribuição, o comércio, o uso e a divulgação da bomba de insulina Willcare, fabricada pela empresa Shinmyung Medyes Co. Ltd. (Coreia do Sul). A suspensão ocorreu porque o produto não tem registro, justifica a Anvisa em resolução publicada no Diário Oficial da União (DOU) desta segunda-feira.

Páginas

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando