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José Padilha não está bem cotado junto ao ex-presidente Lula. Ele teria se negado a dar entrevista ao cineasta para a composição de seu novo documentário sobre a Lava-Jato. Padilha tem procurado diversas autoridades para falar sobre o tema, porém, Luiz Inácio não estará entre eles.

Segundo a jornalista Bela Megale, d'O Globo, Lula se recusou a falar com Padilha por conta da série 'O Mecanismo', que é inspirada na operação Lava-Jato. De acordo com Magale, o ex-presidente avaliou que o cineasta teria feito a série mostrando apenas a versão dos procuradores e do então juiz Sérgio Moro.

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Ainda de acordo com Bela, a assessoria de Lula disse que ele não atenderá ao pedido por não acreditar na honestidade do cineasta e pela maneira como ele tratou o ex-presidente na série. 

O Copacabana Palace, hotel de luxo e tradição no Rio de Janeiro, recebeu nesta terça-feira (7) o evento de lançamento da segunda temporada da série O Mecanismo, da Netflix, que trata sobre a história da Operação Lava-Jato.

Na ocasião, o produtor e diretor José Padilha, em seu discurso, afirmou que o ministro da Justiça, Sergio Moro, era um “salame fatiado” e o comparou ao ex-goleiro Bruno, condenado pelo assassinato de Eliza Samudio. Moro atuou fortemente na Lava-Jata enquanto foi juiz federal.

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“Eu e a torcida do Flamengo, a gente viu vários jogos do Flamengo X Botafogo em que o goleiro Bruno agarrava os pênaltis e o Flamengo era campeão. Todo o mundo comemorava e achava o Bruno maravilhoso. Anos depois, o Bruno cometeu um homicídio. Anos depois, né? A mesma coisa agora com o Moro, que vai se revelar uma história trágica”, declarou Padilha.

Padilha ainda pontuou o trabalho de Moro enquanto juiz de primeira instância como “extremamente corajoso e que revelou para o Brasil o grau de corrupção que havia”, mas depois afirmou que ele “se tornou ministro da gestão Bolsonaro.

A coletiva de imprensa teve um tom político em vários pontos das falas dos presentes. O ator Enrique Diaz, por exemplo, que interpreta o doleiro Roberto Ibrahim, gritou um “Lula Livre” assim que pegou o microfone, mesmo antes de discussar.

Os oito novos episódios da série da Netflix entram no ar na próxima sexta-feira (10). No lançamento, além de Padilha, estiveram presentes os atores Selton Mello, Caroline Abras, Enrique Diaz, Emilio Orciollo Netto e Jonathan Haagensen.

Tornozeleiras eletrônicas douradas, ou de couro com tachinhas, manuais para delatar cúmplices e roupa íntima com bolsos cheios de dinheiro, as "lojas da corrupção" montadas pela Netflix em aeroportos do Brasil têm tudo para criminosos do colarinho branco.

A plataforma digital divulga sua série "O Mecanismo", inspirada na Operação Lava Jato e no escândalo de corrupção que abala o Brasil.

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Os locais de venda ficcionais de artigos de luxo para roubar estão nos terminais Juscelino Kubitschek, em Brasília, e Congonhas, em São Paulo.

Um manual da "Delação premiada para leigos", com "1.001 coisas para fazer antes de entrar em prisão domiciliar" está exposto em uma vitrine, ao lado de sapatos com gravador.

"Expor a corrupção é uma forma de trazer a lei, porque a partir do momento em que você está declarando isso numa loja de corrupção, está intimando a lei a fazer alguma coisa contra esse crime", disse à AFP o passageiro Paulo Gabriel, engenheiro de 43 anos, no aeroporto de Brasília. "Mas não sei se fazê-lo assim é correto", pondera.

A promoção das lojas da corrupção simulam o formato dos anúncios de lojas de luxo: manequins com cuecas cheias de dinheiro, ou exibindo delicadas tornozeleiras eletrônicas douradas, combinadas com delicados sapatos de salto. Ao fundo, uma voz sugestiva recomenda as gravatas para "filmar seus inimigos políticos".

O vídeo, que pede para "manter o bom gosto acima de tudo, inclusive da lei", tem quase 400 mil reproduções.

A estreia da série da Netflix 'O Mecanismo, na última sexta-feira (21), foi marcada por polêmicas. A produção, que tem direção de José Padilha, é acusada de divulgar notícias falsas. A série é baseada no livro’ Lava Jato - O juiz Sérgio Moro e os bastidores da operação que abalou o Brasil’ e faz referências a eventos e personagens verídicos investigados pela Lava Jato.

Alguns internautas e artistas iniciaram uma campanha de boicote ao serviço de streaming para cancelamento das assinaturas. Diante da repercussão, Padilha se manifestou sobre a campanha em entrevista ao O Globo, a qual chamou de "patética". "Acho patético! Vão perder a quarta temporada de Narcos!", disparou o cineasta. Nomes como o crítico de cinema Pablo Villaça e o cantor Chico Cesar publicaram prints do cancelamento da assinatura da Netflix e receberam apoio dos seguidores. Confira as postagens:

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O Mecanismo, série dirigida por José Padilha (Tropa de Elite) foi criticada nas redes sociais pela ex-presidente Dilma Roussef (PT), que acusou o diretor de deturpar fatos e usar a série para espalhar fake news.

Em uma nota divulgada no último domingo (25), Dilma diz que “uma série baseada em fatos reais não pode distorcer a realidade e José Padilha usa toda sorte de mentiras para ataca-la e ao ex-presidente Lula da Silva.”

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Uma das reclamações citadas pela ex-presidente é uma cena em que o personagem Higino, inspirado em Lula, usa a expressão “estancar a sangria”, ao mostrar na trama a necessidade de barrar as investigações. O responsável pelo termo na vida real foi o Senador Romero jucá (MDB-RR), um dos articuladores do impeachment de Dilma.

"Sobre mim, o diretor de cinema usa as mesmas tintas de parte da imprensa brasileira para praticar assassinato de reputações, vertendo mentiras na série de TV, algumas que nem mesmo parte da grande mídia nacional teve coragem de insinuar", disse Rousseff na mesma nota.

Outra parte que gerou polêmica na obra de Padilha foi a abordagem para o caso do Banestado. A petista acusa a obra da Netflix de situar o mega esquema de operações financeiras ilegais feito através do banco Banestado no início do primeiro mandato do ex-presidente Lula, quando as investigações começaram de fato na segunda metade da década de 1990, durante o governo de Fernando Henrique Cardoso (PSDB).

Padilha se defendeu dizendo que o termo “estancar a sangria” não é de patente de Romero Jucá e, portanto, os roteiristas podem usar como quiserem.

Baseado no livro "Lava Jato - O Juiz Sergio Moro e Os Bastidores da Operação que Abalou o Brasil", o seriado faz referência a eventos reais, personagens e instituições investigadas na Lava Jato, porém sempre usando nomes fictícios.

Padilha, além de diretor, é produtor executivo da série.

 

 

O cineasta José Padilha respondeu a acusações da ex-presidente Dilma Rousseff (PT) sobre a série “O Mecanismo”, produção da Netflix que estreou na última sexta-feira (23), e é baseada na investigação da Lava Jato. Padilha alfinetou a petista dizendo que se ela soubesse ler saberia que a produção era a “dramatização dos fatos”.

“O Mecanismo é uma obra-comentário. Na abertura de cada capítulo está escrito que os fatos estão dramatizados, se a Dilma soubesse ler, não estaríamos com esse problema”, declarou Padilha, em entrevista à Folha de São Paulo. 

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Em nota, Dilma disse que Padilha distorceu a realidade, agiu de má fé e criou notícias falsas na série. "Isso é mais do que desonestidade intelectual. É próprio de um pusilânime a serviço de uma versão que teme a verdade", acusa a ex-presidente em nota. "O diretor inventa fatos. Não reproduz 'fake news'. Ele próprio tornou-se um criador de notícias falsas", complementa.

Dilma também questiona o fato de que o personagem Higino, inspirado em Lula, usa a expressão “estancar a sangria” ao falar de barrar as investigações. Na nota, a petista lembra que a frase foi dita pelo senador Romero Jucá (MDB-RR). 

Para rebater os argumentos da ex-presidente, o cineasta disse também que não roteirizou especificamente o episódio citado, mas "Jucá não é dono dessa expressão" e os roteiristas podem usá-la livremente.

Depois do sucesso mundial de "Narcos", o diretor brasileiro José Padilha volta com tudo à Netflix. Desta vez para retratar o megaescândalo de corrupção que há anos sacode o Brasil através de uma trama inspirada na operação de investigação "Lava Jato".

"O Mecanismo" estreará no próximo 23 de março e contará a história de um policial obcecado por desentranhar os negócios obscuros de um doleiro, uma investigação que acabará tomando dimensões gigantescas e alcançará poderosos considerados intocáveis até então.

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Embora se trate de uma trama de ficção, Padilha faz referências constantes à realidade brasileira.

"No Brasil a corrupção faz parte da lógica, da estrutura da política. A corrupção é a norma. Esse 'mecanismo' não tem ideologia, está tanto nos governos de direita como de esquerda", disse o diretor na coletiva de imprensa de apresentação da série no Rio de Janeiro.

Em "O Mecanismo" tudo parte, precisamente, de uma descoberta em um negócio de lava jato, da mesma forma que começou a operação "Lava Jato" em 2014, que desde então levou à queda de políticos e empresários.

Na série, ambientada principalmente em 2013 em um Brasil dirigido por uma presidente, a fictícia "Petrobrasil" e a construtora "Miller & Brecht" estão no centro do megaesquema de corrupção, assim como estiveram, na realidade, a Petrobras e a Odebrecht.

A investigação sobre o "maior escândalo de corrupção de todos os tempos" é protagonizada pelos brasileiros Selton Mello, no papel de policial, Carol Abras, como sua discípula, e Enrique Diaz, como o doleiro corrupto.

"Acredito que o público se identificará com o lado cidadão do policial, um cara que quer justiça e que as coisas sejam melhores", disse Selton Mello.

- Os males da América Latina -

Depois de retratar o império construído pelo narcotraficante colombiano Pablo Escobar e pelos dirigentes do cartel de Cali em "Narcos", a Netflix aposta agora neste thriller policial e político.

"Buscamos temas que possam ser globais, e a corrupção é um tema que é relevante na América Latina. Além disso, a série é feita por pessoas muito talentosas", apontou o vice-presidente de séries da Netflix, Erik Barmack.

Mas esta série, filmada em português, terá tanto sucesso quanto "Narcos"?

"Na América Latina, em geral, as pessoas vão entender, inclusive porque [o esquema de corrupção da] Odebrecht alcançou vários países e porque a lógica da política no Brasil não é tão diferente da do México ou Venezuela", considerou Padilha.

Aclamado por sua saga cinematográfica "Tropa de Elite", sobre os procedimentos da polícia nas favelas do Rio de Janeiro, agora Padilha promete causar polêmica com este projeto que volta a exibir o lado mais obscuro do Brasil.

E embora a Lava Jato já tenha inspirado filmes, em geral aduladores dos juízes e procuradores encarregados da operação e críticos com os governos de Lula da Silva e Dilma Rouseff, Padilha disse que sua série não quer tomar partido.

"A Lava Jato conseguiu alguma coisa, parte do mecanismo foi punido (...) mas o sistema político brasileiro está feito para um darwinismo no sentido inverso, onde a seleção é entre os piores", apontou.

Em uma coletiva realizada em São Paulo, o CEO da Netflix, Reed Hastings, anunciou a série 'Samanta'. Depois de divulgar a nova temporada de '3%', a Netflix vai apostar na nova produção brasileira. "Esse é o tipo de conteúdo (Samanta) que vai espalhar a cultura brasileira ao redor do mundo. Estamos muito animados em trazer esta série no ano que vem", disse o executivo.

A série começa a ser filmada ainda em 2017, e contará a história de uma antiga estrela mirim da TV que se casa com um jogador de futebol. O jogador acaba indo preso e depois de ser libertado, a vida do casal muda completamente. Samantha será uma série de comédia produzida pela Losbragas — produtora que entre os trabalhos tem o documentário Neymar Jr. Fora dos Campos -. A série chega ao serviço de streaming em 2018 e ainda está sendo escrita pelos produtores.

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Sobre '3%', a série baseada na Operação Lava Jato, o CEO da Netflix confirmou que o resultado vai ser polêmico, algo "inevitável" por ser obra do diretor José Padilha, do filme Tropa de Elite. A obra não vai apoiar nenhum lado da história, e de acordo com Reed Hastings, "entretenimento não toma partido, ele conta uma história".

Os últimos escândalos políticos acontecidos no Brasil vão virar série na Netflix. O anúncio foi feito pelo próprio srviço de TV por internet. Escrita por Elena Soares (Xingu, Filhos do Carnaval, Casa de Areia) e com direção de José Padilha (Narcos, Tropa de Elite, Robocop), a atração ainda não tem um título mas já está prevista para ir ao ar em 2017.

A série vai mostrar as investigações de corrupção da Operação Lava Jato. As gravações devem começar ainda em 2016. Esta será a segunda produção brasileira original da Netflix, seguida do trhriller 3%, que será lançado até o final deste ano.

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A nova série da Netflix já tem data para estrear: 28 de agosto. Narcos traz o ator Wagner Moura na pele de um dos mais famosos traficantes e políticos da América Latina, Pablo Escobar. A série será lançada em todos os territórios onde o canal opera.

Narcos mostra uma nova perspectiva sobre a história do Cartel de Medellin, que já foi uma das organizações de tráfico mais violentas do mundo. Ambientada e gravada na Colômbia, a série conta como os EUA e a Europa se esforçaram para combater Pablo Escobar e o avanço da cocaína em seus territórios. A direção é de José Padilha, que ficou à frente do grande sucesso do cinema nacional Tropa de Elite, também estrelado por Wagner Moura. 

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O ano é 2028, mas na realidade está mais próxima do que se imagina. Utilizar robôs para garantir mais segurança e combater o crime já é algo encontrado nos dias de hoje, como os Drones, por exemplo, equipamento aéreo criado pelos Estados Unidos, que pode servir como uma arma militar. No reboot de RoboCop percebe-se um contexto semelhante, no qual a máquina está à serviço da segurança. Resta saber para quem é seguro.

Considerado um super-herói, RoboCop ganhou sua primeira versão para os cinemas em 1987, em filme bastante elogiado, sendo quase impossível surgir um reboot que superasse o longa original. Até que aparece o diretor brasileiro José Padilha (Tropa de Elite; Tropa de Elite 2) e consegue trazer um novo RoboCop, com uma história repaginada, política e com mais ação do que nunca.

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Tudo começa com um atentado à vida de Alex Murphy (Joel Kinnaman), um policial de bom caráter que pode ser uma pedra no sapato de muita gente. O acidente o deixa entre a vida e a morte. A situação aparenta ser bem favorável para os donos da empresa OmniCorp, que deseja criar robôs para combater o crime nas grandes cidades. Com o estado crítico de Alex, Raymond Sellars (Michael Keaton) aproveita para desenvolver sua ideia de criar um robô que tenha consciência humana, a fim de conquistar o povo americano, garantindo seus objetivos políticos.

A transformação de Alex num robô é bastante perturbadora. Padilha faz questão de mostrar, de maneira crua, as únicas partes do corpo humano que restaram no em Alex: a cabeça com o cérebro à mostra, os pulmões e uma mão. Por mais que seja chocante, a reconstrução de forma cibernética agrada a quem assiste. É um verdadeiro show de efeitos especiais e também de interpretação, tanto de Kinnaman quanto do ator Gary Oldman, que vive o Dr. Dennett Norton, médico ambicioso e responsável pela nova vida de Alex.

No entanto, a busca pelo desempenho perfeito da máquina acaba abrindo mão das emoções de Alex. Com o desligamento da parte humana pelo Dr. Dennett, Alex passa a enfrentar seu maior inimigo: ele mesmo. O amor dele pela família será sua maior arma contra a máquina e contra aqueles que se sentem ameaçados pelo incorruptível RoboCop. É nesse momento que surge uma das melhores cenas do filme, com uma boa sequência de ação e direção característica de Padilha.

Os roteiristas Josh Zetumer, Edward Neumeier e Michael Miner- estes dois últimos também participaram do roteiro do filme original - abordam um ponto crucial da sociedade norte-americana: o patriotismo. A OmniCorp cria um slogan de proteção e segurança a fim de garantir o apoio da população. A mídia americana, através de Pat Novak (Samuel L. Jackson), representa bem o patriotismo norte-americano, com discursos nacionalistas sobre protecionismo. O personagem de Jackson representa bem o poder da opinião pública, que muda de lado de acordo com seus interesses. Novak possui uma lábia que convence qualquer espectador.

No mais, RoboCop é um filme com uma ação característica do diretor de Tropa de Elite. Como diria RoboCop: “Thank you for you cooperation”, José Padilha.

Em tempo

RoboCop estreia nesta sexta (21) nos cinemas do Brasil. Embora esteja arracando elogios entre os brasileiros, parece que o longa não despertou tanto interesse dos norte-americanos. Na semana de estreia nos Estados Unidos, RoboCop ficou em terceiro lugar no ranking das bilheterias, perdendo para o romance About Last Night e a animação Uma aventura Lego, que conquistou a primeira posição.

O diretor José Padilha, aclamado com o filme Tropa de Elite, explora no remake do cult dos anos 80 Robocop preocupações existenciais e políticas próprias da atualidade, como o lugar dos drones na sociedade civil. O filme, que já estreou em algumas regiões do mercado asiático com arrecadação de 5,5 milhões de dólares, chega aos cinemas dos Estados Unidos no dia 12 de fevereiro e estreia no Brasil no dia 21.

A ação começa em Detroit no ano de 2028, com um programa de televisão do apresentador de ultradireita Pat Novak (Samuel L. Jackson), um aliado da OmniCorp, a megacorporação comandada por Raymond Sellars (Michael Keaton) que fabrica robôs-soldados.

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Ao contrário do filme original de Paul Verhoeven, de 1987, nesta versão o exército americano já utiliza os robôs da OmniCorp nos combates no Oriente Médio - apesar dos resultados colaterais às vezes indesejáveis -, mas o uso civil das máquinas está proibido nos "robofóbicos" Estados Unidos, em uma referência evidente à discussão atual sobre os drones.

Para satisfazer as inquietações do povo americano, Sellars encomenda a Dennett Norton (Gary Oldman), um cientista eticamente ambíguo, a produção de um policial com a precisão de um robô e as emoções de um ser humano: o resultado é o oficial Alex Murphy (Joel Kinnaman), gravemente ferido e que tem a cabeça amputada e transplantada a um androide.

Robôs na vida real: uma decisão em breve

"Estamos perto do momento em que os robôs substituirão os soldados. Já observamos drones no exterior", disse Padilha à imprensa em Beverly Hills. "Em breve, todos os países terão que decidir se permitirão o uso de robôs nas agências de segurança. Será necessário legislar sobre o que será permitido e o que não será. Vai acontecer", completou o cineasta carioca de 46 anos, que dirige o primeiro filme nos Estados Unidos.

"Ambientamos o filme em um momento no qual os Estados Unidos já decidiram que não permitirão robôs policiais. E como a corporação quer vender seus robôs deve buscar uma maneira de evitar a lei (...) e colocar um homem dentro da máquina". Em contraste com a versão de Verhoeven, o novo Robocop desperta com as memórias e emoções intactas. O objetivo é lutar para proteger a pouca humanidade que lhe resta e que esbarra no caminho de seu "dono", o imoral CEO da OmniCorp.

Kinnaman, um ator sueco de 34 anos e conhecido pelo papel do policial Stephen Holder na série The Killing, afirmou que atuar com o asfixiante traje de Robocop possibilitou ferramentas para encontrar o personagem. "Era extremamente incômodo. Me fazia suar como um porco. Depois de 20 minutos queria retirar o traje", disse. "Mas virou a semente que levou minha imaginação a entender a vulnerabilidade de Alex Murphy", completou o ator.

"O corpo dele é poderoso, mas ele fica muito incomodado. O traje que deveria ter feito com que me sentisse poderoso, no fim me deixava vulnerável". A vulnerabilidade termina despertando a simpatia de seu criador, o doutor Norton, que tem com Robocop "uma relação similar a de Frankenstein e seu monstro", afirmou Oldman.

"O monstro e o cientista desenvolvem um vínculo de pai e filho", disse o ator britânico, responsável por grande parte da carga emocional do filme.

Com menos cenas de ação do que os fãs do gênero estão acostumados, "Robocop" já começou a receber elogios.

O crítico Guy Lodge, da revista Variety, destacou: "Este remake é mais inteligente do que se esperava e repara boa parte do dano que o justiceiro de punho de aços sofreu por das estúpidas sequências e spin-offs".

Os cinemas brasileiros vão receber a estreia de RoboCop uma semana antes de estrear nos EUA. O filme chegaria às telonas no dia 21 de fevereiro, mas a Sony Pictures anunciou o lançamento no Brasil para 31 de janeiro. 

Dirigido por José Padilha (Tropa de Elite), o longa é um remake do filme de 1987 e a trama gira em torno do conglomerado multinacional OmniCorp que lidera a tecnologia robótica com seus androides, que estão vencendo as guerras dos Estados Unidos ao redor do globo, mas agora eles pretendem aplicar essa tecnologia em solo americano.

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Alex Murphy (Joel Kinnaman), bom policial é salvo por um milagre de uma explosão premeditada e se torna a cobaia perfeita para ser o primeiro ciborgue  da OmniCorp. Abbie Cornish, Gary Oldman, Samuel L. Jackson e Michael Keaton estão no elenco, entre outros. Confira o trailer e as fotos do filme. 

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Dirigido por José Padilha - responsável por Tropa de Elite 1 e 2 - o filme Robocop: A Origem só chega aos cinemas brasileiros no dia 21 de fevereiro de 2014, mas já teve o seu primeiro trailer divulgado, bem como as imagens promocionais com cenas da produção. Sucesso durante a década de 1980, o longa mostra a história do robô que se torna o terror dos criminosos.

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Interpretado por Joel Kinnaman, Robocop: A Origem ainda traz em seu elenco nomes como Samuel L. Jackson, Michael Keaton, Gary Oldman, Abbie Cornish, Jay Baruchel e Jackie Earle Haley. Com orçamento de US$ 100 milhões, a película é um remake do filme de 1987 de Paul Verhoeven. Assista ao trailer no player abaixo:

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