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Três colombianos foram presos em Petrolina, no Sertão de Pernambuco, durante a Operação Medellin, ocorrida na quarta-feira (25). Eles vão responder pelos crimes de agiotagem e lavagem de dinheiro.

Os presos foram identificados como Wbeimar Guillermo Zuluga Castano, vulgo Francisco; Leon Ospina, vulgo Diego; e Jader Andres Montoya. Eles estavam em posse de US$ 8,4 mil em espécie.

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Além do dinheiro, foram apreendidos cartões de visita voltados para a prática de empréstimo com pagamento diário acrescido de 20% de juros. A Polícia Civil encontrou ainda um caderno com registros de transações. Ao todo, seriam 600 clientes.

O grupo possuía atuação interestadual, agindo nas cidades de Petrolina, Juazeiro-BA, Remanso-BA, Casa Nova-BA e Sobradinho-BA. O trio confessou o crime durante interrogatório, apontando Wbeimar como o líder.

A Operação Medellin faz parte da Operação Nacional #PC27, que teve como objetivo retirar de circulação foragidos da Justiça associados com crimes graves como roubo, homicídio, estupro e participação em crime organizado, entre outros delitos. Em Pernambuco, a #PC27 realizou 88 prisões e 10 apreensões de adolescentes.

O ex-governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel (PT), tornou-se réu em uma ação penal relacionada à Operação Acrônimo, na qual é suspeito dos crimes de lavagem de dinheiro e tráfico de influência.

Trata-se de uma das quatro denúncias contra Pimentel originadas pela Acrônimo. Ele foi acusado de não declarar recursos utilizados na campanha de 2014, no chamado “caixa 2”. O processo contra o ex-governador tramitava no Superior Tribunal de Justiça, mas foi remetido à Justiça Eleitoral de Minas após ele encerrar o mandato, em dezembro.

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Segundo a denúncia, ele teria cometido irregularidades quando era ministro da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, no governo de Dilma Rousseff. A defesa de Pimentel sempre negou qualquer ilegalidade e disse que se manifestará nos autos do processo.  

Policiais federais cumprem nesta terça-feira (26) dois mandados de prisão preventiva contra acusados de lavagem de dinheiro relacionado ao tráfico internacional de drogas. Também estão sendo cumpridos sete mandados de busca e apreensão nos estados do Rio de Janeiro e Paraná.

A operação Tio Oculto identificou empresas do ramo alimentício constituídas nesses dois estados com o objetivo de lavar dinheiro do tráfico, ou seja, investir dinheiro ilícito em negócios lícitos de uma forma a dar uma aparência de legalidade a esses recursos.

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Segundo a Polícia Federal, a organização criminosa também constituiu empresas no Paraguai.

Alheios ao discurso de renovação política que permeou a eleição do ano passado, partidos ignoram as denúncias de corrupção contra seus quadros. Das 25 legendas com representação no Congresso e que possuem parlamentares investigados ou denunciados, apenas uma analisou formalmente o caso que chegou à direção do partido. Mesmo assim, não houve punição.

A exceção foi o PDT, do senador Acir Gurgacz (PDT-RO), que dorme no Complexo Penitenciário da Papuda, mas segue trabalhando no Senado entre 8h e 19h. Condenado a quatro anos e seis meses de prisão em regime semiaberto por crime contra o sistema financeiro, ele foi considerado inocente por unanimidade pelo Conselho de Ética do seu partido.

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"Mergulhei no caso do senador Acir, que foi o único condenado por um empréstimo feito pela empresa da família dele. Não houve corrupção nem dolo. Por unanimidade, entendemos que ele é inocente e que o julgamento foi equivocado", afirmou o presidente do PDT, Carlos Lupi.

Segundo levantamento feito pelo Estado envolvendo casos em andamento em todas as instâncias do Judiciário no País, um terço do novo Congresso é acusado de crimes como corrupção, lavagem, assédio sexual e estelionato ou é réu em ações por improbidade administrativa com dano ao erário ou enriquecimento ilícito. No total, são 160 deputados e 38 senadores.

Na maioria dos casos, os conselhos de ética nem sequer foram acionados. É o que aconteceu no caso do deputado Valdevan Noventa (PSC-SE). Preso preventivamente em 7 de dezembro na Operação Extraneus, que apura crimes de falsidade eleitoral e organização criminosa durante a campanha, ele foi diplomado na cadeia pública de Estância (SE). No dia 12 de janeiro, foi liberado por decisão do ministro Dias Toffoli, presidente do Supremo Tribunal Federal. A Procuradoria-Geral da República recorreu da decisão.

Apesar da prisão, o PSC diz que "não vai convocar o Conselho de Ética se antecipando e condenando alguém" e ressaltou que a Justiça deu ao deputado o direito de ser diplomado e empossado.

No mês passado, a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, defendeu a decretação da perda de mandato imediata em caso de parlamentares condenados a cumprir pena em regime fechado por um prazo superior a quatro meses. A manifestação foi feita no processo que envolve o ex-deputado Paulo Feijó (PR-RJ), condenado a 12 anos de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro.

O argumento de que é preciso aguardar o trânsito em julgado dos processos contra os políticos, não importa a gravidade da acusação ou se já houve condenação, é recorrente nos partidos. Os conselhos só são acionados nos casos de infidelidade partidária, ou seja, quando o parlamentar apoia ou vota contra a decisão da executiva.

O PT, que tem o maior número de deputados processados, não aciona sua Comissão de Ética há dez anos, quando suspendeu por um ano os direitos políticos dos deputados federais Luiz Bassuma (BA) e Henrique Afonso (AC), por se posicionarem contra a orientação da sigla sobre a questão da descriminalização do aborto. A única expulsão relacionada a caso de corrupção no partido foi a do ex-secretário nacional de Finanças Delúbio Soares, em 2006, após ele ter admitido a prática de caixa 2 nas eleições de 2004.

Dirigentes

A inação pode estar relacionada à situação jurídica dos próprios dirigentes partidários. Dez das 25 legendas representadas no Congresso têm presidentes respondendo a processos ou sendo investigados, sendo que cinco deles têm mandato.

Promessa recorrente dos partidos em momentos de crise de imagem, o "compliance" - instrumento criado no mundo corporativo com mecanismos para o cumprimento de normas éticas - voltou ao "radar" dos grandes partidos. Trata-se, porém, um serviço que custa caro. O presidente do PSDB, Geraldo Alckmin, levou um susto quando recebeu o orçamento: R$ 400 mil. Alckmin pretende deixar a ideia na gaveta até maio, quando será eleita a próxima executiva tucana, e anunciou a criação de uma comissão para elaborar um código de ética, o primeiro do PSDB.

Atingido pelas denúncias de uso de candidatos "laranja", o PSL também encontrou na promessa do compliance um caminho para tentar aliviar sua crise de imagem e evitar que ela contamine o desempenho eleitoral nas eleições municipais. "Independente do partido, sempre tem algum engraçadão querendo fazer o que não deve. Com compliance, a gente começa a separar o joio do trigo", disse a deputada Joice Hasselmann (PSL-SP), líder do governo no Congresso e autora da ideia.

O MDB segue a mesma trilha. "O MDB é um dos partidos pioneiros em aprovar em convenção nacional a implantação do compliance, que está em análise e implementação", afirma o ex-senador Romero Jucá (RR), presidente do partido.

O senador Antonio Anastasia (PSDB-MG) propôs um projeto de lei para obrigar todas as legendas a incluírem em seus estatutos medidas de compliance, que ele chama de "programa de integridade". As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) mostra que as movimentações financeiras nas contas de Fabrício Queiroz, ex-assessor do deputado estadual e senador eleito Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), atingiram R$ 7 milhões entre os anos de 2014 e 2017, segundo informa o colunista Lauro Jardim na edição desse domingo (20), do jornal O Globo.

Até aqui, já se sabia que o ex-assessor do parlamentar havia movimentado R$ 1,2 milhão em transações suspeitas entre janeiro de 2016 e janeiro de 2017, como revelou o jornal O Estado de S. Paulo em dezembro.

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As novas informações apontam que os valores foram maiores no acumulado dos últimos anos. Segundo o relatório do Coaf citado na reportagem do jornal O Globo, passaram pela conta de Queiroz R$ 5,8 milhões nos dois anos anteriores, totalizando R$ 7 milhões em três anos.

A investigação sobre a movimentação financeira de Queiroz foi iniciada há seis meses e tem como foco de apuração a suspeita de prática de lavagem de dinheiro e ocultação de bens, direitos e valores na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj).

O documento foi produzido por técnicos do Coaf há um ano, em janeiro de 2018, e anexado aos autos da Operação Furna da Onça - que em novembro do ano passado prendeu dez deputados estaduais do Rio suspeitos de receberem propina.

Na última quinta-feira (17), o vice-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luiz Fux, atendeu a um pedido de Flávio Bolsonaro e determinou a suspensão temporária da investigação. O relator do caso, Marco Aurélio Mello, vai analisar a reclamação do senador eleito e já indicou que deve negar o pedido após o fim do recesso do Judiciário.

A investigação sobre a movimentação financeira de Fabrício Queiroz, ex-assessor de Flávio Bolsonaro (PSL), foi iniciada há seis meses e tem como foco de apuração a suspeita de prática de lavagem de dinheiro ou "ocultação de bens, direitos e valores" no gabinete do deputado estadual - atualmente senador eleito - na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj). O jornal O Estado de S. Paulo teve acesso aos autos do procedimento de investigação criminal, que está sob sigilo.

A base deste e de outros 21 procedimentos criminais abertos no Legislativo fluminense é um relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), que apontou movimentação atípica de funcionários e ex-funcionários da Alerj.

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O documento foi produzido por técnicos do Coaf há um ano, em janeiro de 2018, e anexado aos autos da Operação Furna da Onça - que em novembro do ano passado prendeu dez deputados estaduais do Rio suspeitos de receberem propina. O relatório mostrou que Queiroz movimentou R$ 1,2 milhão de janeiro de 2016 a janeiro de 2017, como revelou o jornal O Estado de S. Paulo.

Nessa sexta-feira, o Jornal Nacional, da TV Globo, teve acesso a outro relatório do Coaf, que mostra movimentações bancárias suspeitas do próprio Flávio Bolsonaro, filho mais velho do presidente Jair Bolsonaro.

Segundo o documento, entre junho e julho de 2017, Flávio Bolsonaro recebeu 48 depósitos em espécie em sua conta, concentrados no autoatendimento da agência bancária que fica dentro da Alerj, e sempre no mesmo valor: R$ 2 mil. No total, foram R$ 96 mil, depositados em cinco dias.

Anteontem, o vice-presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Luiz Fux, atendeu a um pedido de Flávio Bolsonaro e determinou a suspensão da investigação. O relator do caso, Marco Aurélio Mello, vai analisar a reclamação de Flávio Bolsonaro. Ontem, o ministro indicou que vai negar o pedido após o fim do recesso do Judiciário.

Os autos do procedimento para investigar as movimentações suspeitas de Queiroz e outros assessores do gabinete são assinados pelo promotor que cuida do caso, Bruno Gaspar, do Grupo de Atribuição Originária Criminal da Procuradoria-Geral de Justiça. Queiroz recebeu depósitos de outros servidores do parlamentar, sempre próximos às datas de pagamentos na Alerj. No início do documento, o MP anexou páginas com textos sobre a trajetória política.

No dia 14 de dezembro o promotor do caso pediu que fossem requisitadas informações do Coaf sobre movimentações financeiras de Flávio de 2007 até os dias atuais. O pedido abrange movimentações de Queiroz e de mais sete funcionários e ex-funcionários do gabinete no mesmo período. A iniciativa serviu para que a defesa de Flávio pedisse ao Supremo a ilegalidade do processo. O argumento foi de que Flávio tem foro privilegiado, já que ele havia sido eleito senador pelo Rio na época.

Os arquivos do MP também comprovam que a investigação sobre o relatório do Coaf começaram antes da exoneração da filha de Queiroz, Nathalia, citada no documento, do gabinete do então deputado federal Jair Bolsonaro, em 15 de outubro. No mesmo dia, o seu pai também foi exonerado do gabinete de Flávio Bolsonaro, na Alerj.

A família de Queiroz faltou a todos depoimentos no MP para esclarecer as questões apontadas pelo Coaf. Eles alegaram que o ex-assessor passa por um tratamento contra um câncer. Os assessores de Flávio citados no relatório também foram convidados a depor no órgão.

Investigado

Ontem, o MP afirmou que Flávio Bolsonaro não consta como investigado na portaria que instaurou o procedimento de apuração criminal. No entanto, disse que isso não impede que o senador eleito ainda possa se tornar alvo da investigação. Até a segunda-feira passada, ele sustentava que não era investigado, argumento também usado por ele para faltar ao depoimento marcado no MP para o último dia 10.

Porém, sua defesa posteriormente passou a tratá-lo como investigado, inclusive no pedido ao Supremo. Com esse argumento, a reclamação afirma que o MP fez movimentações que deveriam ter passado pela Corte, por envolver um senador eleito. "Até o dia 7 de janeiro, não sabia que estava sendo investigado. Descobri que o MP estava me investigando ocultamente desde meados do ano passado e que meu sigilo foi quebrado de forma ilegal, sem a devida autorização judicial", disse Flávio Bolsonaro em entrevista ao Jornal da Record veiculada ontem. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Polícia Federal faz nesta quinta-feira (8) uma operação para investigar a participação de deputados estaduais do Rio de Janeiro em um esquema de corrupção, lavagem de dinheiro, loteamento de cargos públicos e mão de obra terceirizada em órgãos da administração estadual.

A operação, chamada Furna da Onça, é um desdobramento da Operação Cadeia Velha, que levou à prisão os deputados Paulo Melo, Jorge Picciani e Edson Albertassi, todos do MDB.

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Estão sendo cumpridos 19 mandados de prisão temporária, três de prisão preventiva e 47 mandados de busca e apreensão. Alguns mandados estão sendo cumpridos dentro da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj). 

Segundo a PF, a organização criminosa pagava propina a vários deputados estaduais, a fim de que patrocinassem interesses do grupo criminoso na Alerj.mDe acordo com as investigações, o mensalinho, que seria pago pelo ex-governador Sérgio Cabral, era resultado de sobrepreço de contratos estaduais e federais.

Ainda de acordo com a Polícia Federal, parlamentares eram beneficiados com o loteamento de cargos em diversos órgãos públicos do estado, onde poderiam alocar mão de obra comissionada ou terceirizada. Os investigados devem responder, na medida de suas participações, pelos crimes de organização criminosa, corrupção ativa, passiva e lavagem de dinheiro.

Além de Albertassi, Melo e Picciani, que tiveram novas ordens de prisão, outros sete deputados estaduais têm a prisão decretada: André Correa (DEM), Chiquinho da Mangueira (PSC), Coronel Jairo (MDB), Luiz Martins (PDT), Marcelo Simão (PP), Marcos Abrahão (Avante) e Marcus Vinícius “Neskau” (PTB).

Entre os outros alvos, estão o secretário estadual de Governo, Affonso Monnerat, o presidente do Detran/RJ, Leonardo Silva Jacob, e seu antecessor Vinícius Farah, recém-eleito deputado federal pelo MDB.

O promotor de Execuções Penais Marcellus Ugiette foi denunciado pela Procuradoria-Geral de Justiça e agora é réu pelos crimes de corrupção passiva, favorecimento real e lavagem de dinheiro.

Outras 19 pessoas também viraram réus e vão responder por organização criminosa e estelionato. Na última terça-feira (4), a 2ª Vara Criminal do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) determinou o fim do sigilo do processo.

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Os acusados foram alvos da Operação Ponto Cego, deflagrada pela Polícia Civil no dia 3 de agosto deste ano. Entre os réus estão dois advogados e um policial militar. 

Ugiette foi acusado de favorecer os integrantes da organização criminosa. Segundo a investigação, ele teria interferido para que os criminosos ficassem juntos na mesma unidade prisional e, desse modo, continuassem a praticar delitos. A Polícia Civil chegou a tratá-lo como “braço forte” da organização

“Não faço parte de nenhuma organização criminosa”, chegou a dizer Ugiette em uma coletiva de imprensa que convocou.

O promotor tem um trabalho notório pelos direitos dos presos, sendo autor de recomendações pelo fechamento do Complexo Prisional do Curado e pela progressão de pena de detentas do regime semiaberto que se encontram em uma unidade para regime fechado.

Ele também foi uma figura central da rebelião do Complexo do Curado de 2015. Na ocasião, os presos se rebelaram porque reclamavam da lentidão dos seus processos e erguiam faixas pedindo a presença do promotor.

Segundo o advogado do promotor, Emerson Leônidas, o Ministério Público de Pernambuco afastou a denúncia de que ele seria líder do grupo criminoso.

Entretanto, ao longo da investigação, eles identificaram um depósito de pouco mais de R$ 1 mil feito pela advogada que também é alvo da operação. “Essa advogada depositou R$ 1 mil e pouco na conta do filho de Marcellus. Foi iniciativa dela. Ele explicou que estava conversando com a esposa sobre pegar um dinheiro emprestado para pagar uma conta. Essa advogada ouviu o número da conta, anotou e depois disse que tinha colocado o dinheiro. Em depoimento, Marcellus disse que retirou e devolveu o valor. Sobre o dinheiro estar na conta do filho, até o salário ele recebe nesta conta porque já teve problemas com a Receita Federal”, contou o advogado ao LeiaJá. “Essa é uma denúncia esdrúxula, que tenta justificar o que disseram na acusação inicial”, complementou Leônidas.

Ugiette está afastado das funções desde a deflagração da operação. A promotoria de Execuções Penais está sob responsabilidade de promotores temporários. “Estou tranquilo. Minha preocupação era com aquela denúncia dele ser o líder da organização criminosa. Vamos aguardar a notificação para que o promotor apresente sua defesa”, finalizou o advogado.

A Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu nessa terça-feira (19) pela absolvição da senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) e de seu marido, o ex-ministro do Planejamento Paulo Bernardo, dos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro. A Segunda Turma da Corte julgou nesta terça-feira a ação penal na qual a senadora foi acusada de receber R$ 1 milhão para sua campanha ao Senado em 2010.

Segundo a acusação, o valor foi desviado no esquema de corrupção na Petrobras e negociado por intermédio de Paulo Bernardo e do empresário Ernesto Kluger Rodrigues, que também é réu. Na denúncia, a Procuradoria-Geral da República (PGR) usou depoimentos do doleiro Alberto Youssef e do ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa para embasar a acusação.

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Seguindo voto do relator, Edson Fachin, o colegiado entendeu que há divergências nos depoimentos de Youssef e de Costa e que não há provas suficientes para comprovar que Paulo Bernardo solicitou o dinheiro, muito menos que a senadora teria dado apoio ao ex-diretor para mantê-lo no cargo em troca da suposta propina. 

Apesar de votar pela absolvição, Fachin ficou vencido ao propor a condenação da senadora pelo crime eleitoral de caixa dois por não ter declarado à Justiça Eleitoral R$ 250 mil que teriam sido recebidos pela sua campanha. No entanto, o voto foi seguido somente por Celso de Mello.

Dias Toffoli, Gilmar Mendes e Ricardo Lewandowski votaram pela absolvição integral de Gleisi e Paulo Bernardo, por falta de provas.

No início do julgamento, a defesa da senadora e de Paulo Bernardo alegou que a PGR usou somente depoimentos de delações premiadas ao denunciar os acusados e não apresentou provas de que o recurso teria origem nos desvios da Petrobras.

A Polícia Militar prendeu o empresário Laerte Codonho, dono da empresa de refrigerantes Dolly, nesta quinta-feira (10). Segundo informações da GloboNews, ele é investigado o crime de fraude fiscal, organização criminosa e lavagem de dinheiro.

O empresário foi preso em sua casa, em Cotia, Grande São Paulo. Ele já havia sido condenado a seis anos e sete meses de prisão e pagamento de multa por sonegação de benefícios previdências. A sentença contra o empresário e outros quatro funcionários da empresa foi dada pela 3ª Vara Federal de São Bernardo do Campo-SP.

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De acordo com a GloboNews, o esquema criminoso teria gerado um desvio de R$ 4 bilhões. Um dos casos é de demissão de funcionários para posterior recontratação por outra companhia com o objetivo de fraudar o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).

Entre os anos de 1999 e 2001, a Ragi Refrigerantes, nome oficial da Dolly, teria pagado menos contribuições previdenciárias e sociais do que deveria. Os recursos não pagos eram destinados a programas que financiam o Incra, Senai, Sesi, Sebra e Fundo Nacional para o Desenvolvimento da Educação (FNDE).

As investigações tiveram início após o INSS notar queda nos valores pagos pela empresa entre um ano e outro. Para o juiz federal responsável pela sentença, a Dolly simulou contratos. Fraudes também teriam ocorrido na emissão de notas fiscais, folhas de pagamento e recibo de prestação de serviço.

A defesa do empresário ainda não comentou a prisão. Na época da condenação, a defesa falou à Revista Veja que Codonho considerava a decisão absurda.

O Ministério Público Federal (MPF) no Rio de Janeiro denunciou o ex-governador do estado Sérgio Cabral por crimes de corrupção e lavagem de dinheiro. É a 22ª denúncia contra Cabral no âmbito da Operação Lava Jato.

Também foi denunciado o ex-presidente da Federação do Comércio no Estado do Rio de Janeiro (Fecomércio-RJ) Orlando Diniz. A informação foi divulgada nesta terça-feira (27) pela assessoria do MPF.

A força-tarefa da Lava Jato no Rio denunciou Diniz por crimes de corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa. Cabral e mais 11 pessoas foram denunciadas por corrupção e/ou lavagem de dinheiro. Em fevereiro passado, Diniz foi preso na Operação Jabuti. Segundo o MPF, como presidente da Fecomércio, ele foi responsável pelo desvio de pelo menos R$ 10 milhões dos cofres públicos.

De acordo com o MPF, o sistema Fecomércio no Rio conta com orçamento anual de cerca de R$ 1 bilhão.

“O presidente da Fecomércio valeu-se por diversas vezes do esquema de lavagem de dinheiro que tinha à frente os operadores financeiros de Cabral, ocultando e dissimulando a origem ilícita de mais de R$ 3 milhões. Há indícios de que Diniz desviava recursos públicos federais do orçamento do Sesc e do Senac. Além disso, a pedido de Cabral, Diniz contratou diversos funcionários fantasmas, num esquema que movimentou quase R$ 6 milhões”, sustentou o MPF, em nota divulgada à imprensa.

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A defesa de Sérgio Cabral foi procurada para se pronunciar sobre a denúncia, mas ainda não havia se manifestado até a publicação desta matéria. Os defensores de Orlando Diniz não foram localizados.

Um tribunal argentino libertou o ex-vice-presidente Amado Boudou da prisão onde era mantido desde o início de novembro, acusado de corrupção. Boudou, que foi vice-presidente no governo de Cristina Fernandez Kirchner, ainda está sob investigação por lavagem de dinheiro e associação ilícita.

Segundo parecer do Tribunal, Boudou, que também ocupou o posto de ministro da Economia no governo de Cristina, dificilmente irá interferir no caso contra ele. O ex-vice-presidente nega ter cometido qualquer crime.

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Boudou foi um dos oficiais do alto escalão do governo de Cristina (2007-2015), que foram presos acusados de corrupção.

Em outubro, Julio De Vido, um parlamentar que foi ministro do Planejamento no governo de Cristina, se entregou as autoridades, após a Câmara dos Deputados ter votado pela retirada de sua imunidade parlamentar. De Vido é investigado por suspeita de superfaturamento de mais US$ 7 bilhões em contratos do governo para compra de gás natural liquefeito (GNL). Ele também é acusado de possível desfalque em outro caso.

A própria Cristina foi indiciada em 2016, mas conquistou uma cadeira no Senado durante as últimas eleições, o que lhe garante imunidade parlamentar. Ao rejeitar as acusações, Cristina diz que não passam de meros ataques políticos de seu sucessor, o presidente Maurício Macri. Fonte: Associated Press.

O ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral foi condenado nesta terça-feira (19), mais uma vez, pela 7ª Vara Federal Criminal. O político, que está preso desde novembro do ano passado, foi condenado com base em investigações da Operação Eficiência, um desdobramento da Lava Jato, pelo crime de lavagem de dinheiro.

Segundo decisão do juiz Marcelo Bretas, Cabral foi condenado a 15 anos de reclusão e 480 dias-multa por seis crimes de lavagem de dinheiro. A pena foi agravada pelas acusações de que o ex-governador liderava o esquema e de que a prática criminosa envolvia uma organização.

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No processo, Cabral é acusado de chefiar um esquema que resultou na ocultação e lavagem de quase R$ 40 milhões e mais de US$ 100 milhões no Brasil e no exterior.

Esta foi a quarta condenação de Cabral. As penas somadas nas quatro condenações chegam a 87 anos de prisão. Nessa segunda (18), a Justiça Federal aceitou mais uma denúncia contra o ex-governador. Agora, ele responde a 17 processos.

Também foi condenada a mulher do ex-governador, Adriana Ancelmo, pelo mesmo crime do marido, a oito anos de prisão em regime semiaberto. Adriana Ancelmo inclusive, deixou nesta terça-feira (19), por volta das 10h, a cadeia de Benfica, com o benefício da prisão domiciliar concedido pelo Supremo Tribunal Federal.

Outros condenados hoje por Bretas foram Carlos Emanuel de Carvalho Miranda (12 anos de reclusão), Luiz Carlos Bezerra (quatro anos), Sergio de Castro Oliveira (oito anos e oito meses), Ary Ferreira da Costa Filho (seis anos e oito meses), Thiago de Aragão Gonçalves Pereira e Silva (sete anos e quatro meses), Álvaro Novis (13 anos e três meses), Renato Hasson Chebar (17 anos e três meses) e Marcelo Hasson Chebar (17 anos e três meses).

A Polícia Federal indiciou criminalmente quatro familiares do governador do Tocantins, Marcelo Miranda (PMDB), no inquérito da Operação "Rei do Gado" - investigação sobre suposto esquema de lavagem de dinheiro no montante de R$ 200 milhões relativos a contratos de gaveta de compra de fazendas e bois.

A informação sobre o indiciamento do pai do governador (Brito Miranda), do irmão (José Edimar Brito), da irmã (Maria da Glória) e da cunhada (Márcia Pires Lobo) pelos crimes de lavagem de dinheiro e corrupção foi divulgada pela TV Anhanguera e confirmada pelo jornal O Estado de S. Paulo.

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Miranda não foi indiciado, mas ele é alvo de investigação conjunta das Operações Rei do Gado e Ápia.

Nesta terça-feira, 28, a Justiça Federal condenou o governador por ato de improbidade administrativa à perda da função pública, suspensão dos direitos políticos por até 7 anos e pagamento de multa equivalente a 100 vezes sua remuneração da época (2003/2004, primeiro mandado do peemedebista) em que as irregularidades teriam sido praticadas.

Defesas

Em nota, o governador Marcelo Miranda informa "que não foi notificado da decisão da Justiça que o condenou por improbidade". "Tão logo seja, os advogados apresentarão recursos à instância superior".

A reportagem está tentando contato com a defesa dos familiares do governador.

Condenado a nove anos e quatro meses de prisão, o ex-assessor do governo de Sérgio Cabral, Ary Ferreira da Costa Filho deixou a cadeia na manhã deste sábado (21), beneficiado por decisão do juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal, que revogou sua prisão preventiva. O magistrado considerou que ele poderá recorrer da sentença em liberdade.

Em sua decisão, Bretas condenou Ary por lavagem de dinheiro, no âmbito da Operação Mascate, mas afirmou que não se fazia mais necessária a manutenção do ex-assessor na cadeia. “Revogo a prisão preventiva anteriormente decretada contra o condenado Ary Filho, por não vislumbrar que perduram os requisitos destas, sobretudo a necessidade das medidas”, escreveu o juiz.

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Ontem (20), Ary da Costa Filho foi denunciado mais uma vez pelo Ministério Público Federal (MPF), também por lavagem de dinheiro, em outro processo. Considerado pelos promotores como um dos principais operadores financeiros de Cabral, o ex-assessor estava no Presídio José Frederico Marques, em Benfica, onde estão os demais presos da Lava Jato no Rio.

Um levantamento feito pelo Datafolha aponta que a maioria dos entrevistados defende a prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o prosseguimento da denúncia contra o presidente Michel Temer (PMDB). A pesquisa foi divulgada nesta segunda-feira (2) pelo jornal Folha de São Paulo. De acordo com os dados, 54% dos que responderam ao instituto avaliam que os fatos revelados pela Lava Jato são suficientes para embasar a prisão do ex-presidente.

Lula, inclusive, já foi condenado pela primeira instância a 9 anos e 6 meses de prisão por corrupção e lavagem de dinheiro. Em contrapartida, dos inquiridos pelo Datafolha, 40% afirmaram que não veem motivos para a detenção do petista e 5% não opinaram.

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Já sobre a segunda denúncia contra Michel Temer por obstrução de justiça e organização criminosa, que aguarda a análise da Câmara dos Deputados, 89% dos entrevistados disseram que os parlamentares devem autorizar sim o andamento do processo. O pedido da Procuradoria Geral da República (PGR) deve ser votado neste mês pela Casa. Neste caso, apenas 7% dos que responderam ao Datafolha se colocaram contrários à medida e 4% não opinaram.

O instituto ouviu 2.772 pessoas em 194 cidades do país, nos dias 27 e 28 de setembro. A margem de erro do levantamento é de dois pontos percentuais para mais ou para menos.

O Ministério Público do Distrito Federal e a Polícia Civil do DF cumpriram, na manhã desta quinta-feira (21), 13 mandados de prisão preventiva e 18 de busca e apreensão na Operação Patrick. A ação investiga a venda da moeda digital Kriptacoin, da empresa Wall Street Corporate. O grupo é investigado por suposto esquema de organização criminosa, estelionato, lavagem de dinheiro, uso de documentos falsos e por crime de pirâmide financeira.

Segundo as investigações, as fraudes podem gerar prejuízo a 40 mil investidores, que eram convencidos a aplicar dinheiro na moeda digital. A organização criminosa atuava por meio de laranjas, com nomes e documentos falsos. Os mandados foram cumpridos no Distrito Federal, Águas Lindas e em Goiânia.

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Com informações do MPF-DF

Após ser sorteado como novo relator, o ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou a abertura de um inquérito para investigar o presidente Michel Temer, por suspeita de corrupção e lavagem de dinheiro no caso que envolve a edição de um decreto no setor de portos.

"A ninguém deve ser indiferente o ônus pessoal e político de uma autoridade pública, notadamente o presidente da República, figurar como investigado em procedimento dessa natureza", disse Barroso.

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Segundo ele, "este é o preço imposto pelo princípio republicano, um dos fundamentos da Constituição brasileira, ao estabelecer a igualdade de todos perante a lei e exigir transparência na atuação dos agentes públicos".

Em junho, quando Temer foi denunciado por corrupção passiva com base na delação da JBS, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, também pediu que fosse aberto um inquérito em razão do "decreto dos portos".

Em conversas gravadas, o presidente e o ex-deputado Rodrigo Rocha Loures - ex-assessor especial de Temer flagrado ao receber uma mala com R$500 mil no estacionamento de uma pizzaria - falam da edição de um decreto que trataria da exploração de portos. A suspeita é de que pode ter havido pagamento de propina.

O decreto foi assinado por Temer em 10 de maio para facilitar investimentos privados nos portos. Na conversa por telefone interceptada pela Polícia Federal (PF) em 4 de maio entre o mandatário e Loures, o presidente indica o que é uma das principais mudanças previstas no decreto, o aumento para 35 anos de prazos dos contratos de arrendatários, prorrogáveis por até 70 anos.

O caso foi encaminhado para Edson Fachin, por ser o relator das investigações da JBS no Supremo. No entanto, Janot pediu que fosse sorteado outro relator, porque não se tratava de caso relacionado à operação Lava Jato.

A subprocuradora-geral da República Cláudia Sampaio defendeu, nessa terça-feira (22), o recebimento da denúncia no Inquérito 4118 contra o deputado Federal Eduardo da Fonte (PP-PE) e o executivo da Petrobras Djalma Rodrigues de Souza. Eles são acusados de corrupção passiva e lavagem de dinheiro pelo recebimento de propina para beneficiar a UTC Engenharia nas obras da Coquepar, que seria construída no Paraná para fazer o processamento de coque da Petrobras.

O julgamento na 2ª Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) foi suspenso após as sustentações orais e está previsto para ser retomado na próxima terça-feira, 29 de agosto, com o voto do relator, ministro Edson Fachin.

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Em sustentação oral, Cláudia Sampaio destacou que a denúncia fez uma descrição minuciosa das condutas que foram atribuídas e que não há como dizer que incorreu em inépcia. “Quem lê a peça acusatória sabe exatamente quais fatos estão sendo atribuídos aos dois acusados, não há, portanto, como se dizer em cerceamento de defesa ou que houve errônea descrição dos fatos”, ponderou. Segundo ela, a peça apresenta indícios suficientes de autoria com um conjunto probatório que sustenta a acusação para seu recebimento.

Sobre a alegação da defesa de abusividade da acusação, Cláudia Sampaio explicou que o Ministério Público Federal fez uma prévia demonstração do contexto da Lava Jato onde a conduta se inseriu. Segundo ela, essa tem sido uma prática adotada em todas as denúncias que envolvem corrupção na Petrobras. A representante do MPF sustentou que, em razão do depoimento do presidente da UTC, Ricardo Pessoa, “não houve a imputação de nenhum outro fato criminoso aos acusados que não sejam esses que estão especificamente delimitados”.

Cláudia Sampaio alegou que a denúncia não está calcada apenas na colaboração de Ricardo Pessoa, como aponta a defesa, mas em um conjunto de elementos como depoimentos, documentos, coincidência das viagens de Eduardo da Fonte nos períodos de tratativas, dados de prestações de contas do acusado. “Há um conjunto de elementos de prova que mostram que essa colaboração de Ricardo Pessoa, pelo menos nessa fase para recebimento da denúncia, não é um fato absurdo e há indícios de que realmente aconteceu nos moldes descritos”, afirmou.

Entenda o caso – Na denúncia, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, destaca que Eduardo da Fonte e Djalma Rodrigues pediram R$ 300 mil para beneficiar a UTC em obras da Coquepar. E que, segundo Ricardo Pessoa, Eduardo da Fonte lhe aplicou um “passa-moleque”, porque as obras jamais se efetivaram.

Para o PGR, Eduardo da Fonte foi apresentado a Ricardo Pessoa por Djalma Rodrigues de Souza como um deputado que poderia ajudar a UTC a ganhar contratos no âmbito da chamada Petrocoque, controlada pela Petrobras. Depois de reuniões na sede da construtora em São Paulo, foi estabelecido o valor da propina.

Segundo a denúncia, Ricardo Pessoa pagou R$ 300 mil solicitados por Eduardo da Fonte, sendo R$ 100 mil em espécie e R$ 200 mil em doações oficiais ao diretório estadual do Partido Progressista em Pernambuco, valor repassado à sua campanha de 2010 para o cargo de deputado Federal. Ricardo Pessoa apresentou documentos para confirmar o pagamento da propina.

Do MPF

O ex-presidente do Instituto Lula, Paulo Okamotto, foi absolvido nesta quarta-feira (12) da acusação de lavagem de dinheiro relacionada ao pagamento das despesas de armazenamento do acervo presidencial do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, também absolvido no caso. Okamotto era acusado de ter solicitado propina à OAS para manter o acervo presidencial.

Na decisão, o juiz federal Sérgio Moro, responsável pela Operação Lava Jato na primeira instância, absolveu Okamotto por falta de prova suficiente da materialidade. “Assim, apesar das irregularidades no custeio do armazenamento do acervo presidencial, não há prova de que ele envolveu um crime de corrupção ou de lavagem, motivo pelo qual devem ser absolvidos desta imputação o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Paulo Tarciso Okamotto e José Adelmário Pinheiro Filho.”

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Por meio de nota, o advogado de Okamotto, Fernando Fernandes, declarou que a absolvição do ex-presidente Lula e de seu cliente quanto à acusação de lavagem “demonstra que a Operação Lava Jato está preenchida por ilegalidades e acusações que não constituem crime”.

Segundo ele, a expectativa da defesa é que o procurador Deltan Dallagnol não recorra da decisão proferida por Moro. “A expectativa é que, em razão do parecer da Procuradoria-Geral da República perante o Superior Tribunal de Justiça (STJ) pelo trancamento da ação, o procurador Deltan Dallagnol não recorra da decisão preferida pelo juiz Sergio Moro, da 13ª Vara Federal de Curitiba”.

No mesmo julgamento, o ex-presidente Lula foi condenado por corrupção passiva e lavagem de dinheiro no caso do apartamento triplex, no Guarujá.

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