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A Secretaria Nacional do Consumidor do Ministério da Justiça e Segurança Pública (Senacon) impôs medida cautelar e instaurou processo administrativo sancionador contra as empresas Shopee, Magazine Luiza, Nutrafóton e Farmácia Viva por indícios de veicularem informações falsas para a comercialização de dióxido de cloro. A cautelar determina que as empresas retirem imediatamente de suas plataformas conteúdo ilícito e anúncios similares de dióxido de cloro e associados, além de adotarem ações que impeçam a volta de veiculação desse tipo de anúncio, seja de autoria própria ou patrocinados.

Cada uma das empresas estão sujeitas a uma multa diária de R$ 100 mil em caso de descumprimento, que incidirá até o cumprimento integral da medida.

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A decisão consta de despacho publicado no Diário Oficial da União (DOU) desta quarta-feira (25).

No documento, a secretaria aponta que a substância, que é de uso autorizado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) como saneante e é um produto químico corrosivo, "tem sido associada a alegações falsas e sem comprovação científica de cura para uma ampla gama de condições médicas, incluindo autismo, e como "inibidor" ou "desativador" de vacinas.

Dentre as determinações do despacho, a Senacon ainda instaurou processo administrativo sancionador, no âmbito do Departamento de Proteção e Defesa do Consumidor (DPDC), contra as quatro companhias para investigar os indícios de infrações contra o consumidor.

As empresas têm 20 dias para apresentar defesa.

Por não conseguir trocar um aparelho de som com defeito, um homem destruiu diversos equipamentos expostos em uma unidade da Magazine Luiza, em Ponte Nova, na Zona da Mata de Minas Gerais. Ele foi preso em flagrante na segunda-feira (27) e o quebra quebra foi filmado por uma pessoa dentro da loja.

Itens como cafeteiras, aspiradores de pó, celulares e panelas foram arremessados no chão, enquanto televisores eram destruídos ainda no mostruário. O cliente que causou a confusão foi identificado como Antônio Daniel Patrício, de 44 anos. 

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Ele teria tentado trocar a caixa de som após o fim da garantia, mas relatou à Polícia Militar que havia procurado a loja na semana passada - ainda dentro do prazo - e que foi orientado a buscar a assistência técnica, que teria informado que não realizaria o conserto.

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Nas imagens, a gerente da loja aparece caída ao chão. O boletim de ocorrência aponta que ela foi empurrada por Antônio e teria desmaiado.

O cliente sofreu um corte no dedo e foi atendido pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). Ele foi preso em seguida e encaminhado ao sistema prisional pelo crime de dano qualificado.

A Magazine Luiza afirmou que lamenta o ocorrido, que não houve feridos e que colabora com as autoridades, segundo o g1.

A Superintendência-Geral do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou, sem restrições, a aquisição do site de games e tecnologia Kabum pelo Magazine Luiza. A decisão está publicada no Diário Oficial da União (DOU) desta quinta-feira (21).

O negócio foi anunciado pelas empresas em julho e consiste na maior aquisição da história do Magazine Luiza, por R$ 1 bilhão em recursos financeiros, além de 75 milhões de ações ordinárias na data de fechamento da operação e de um bônus de subscrição de até 50 milhões de ações ordinárias exercíveis em 31 de janeiro de 2024.

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Pelo acordo, além da totalidade das ações representativas do capital social do Kabum, o Magazine adquire, indiretamente, as subsidiárias Kabum E-sports e Kabum NA.

"Como justificativa para a realização da operação, as requerentes explicaram que, com a aquisição do Kabum, o Magazine Luiza irá oferecer aos seus clientes, por meio de seus atuais canais de venda, uma nova variedade de produtos focados em itens de alta tecnologia, tais como computadores e periféricos gamer, além de monitores de alta resolução, componentes eletrônicos e outros artigos focados no público que busca artigos de tecnologia avançada. Para o Kabum, a aquisição irá representar uma nova fase, visto que seu portfólio de produtos será complementado pelos produtos do Magazine Luiza e seu nível de serviço será aperfeiçoado por meio da estrutura de entrega e atendimento do Magazine Luiza", afirmam as empresas em parecer divulgado pelo Cade.

A Magazine Luiza abriu inscrições para o Programa Trainee 2022. As oportunidades são totalmente voltada para pessoas autodeclaradas negras. Os interessados devem fazer as inscrições até o dia 17 de outubro pelo site da 99 Jobs.

Os contratos dos selecionados terão duração de 12 meses, sendo seis meses com um rodízio entre os setores da instituição, para proporcionar o misto de conhecimento e a pessoa se identificar com a melhor área de atuação.

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Para estar apto à vaga, é preciso cumprir os seguintes requisitos:

- Formação entre dezembro/2019 e dezembro/2021 em qualquer curso de bacharelado ou licenciatura (formação entre setembro e dezembro/2019 é considerada dezembro/2019. Caso sua formação esteja prevista para entre janeiro e março/2022, considere dezembro/2021); 

- Disponibilidade para residir na cidade de São Paulo/SP; 

- Disponibilidade para viagens (se e quando o contexto da pandemia pela covid-19 permitir);

- Ser negro (autodeclarar preto ou pardo); 

- Alinhamento com a Cultura Magalu.

Os selecionados contarão com salário de R$ 6,8 mil, além de benefícios como participação nos lucros e resultado, Gympass, Univers (desconto em farmácias credenciadas), dias alternados de home office, além de frutas no escritório, de ausência de dress code.

O Magazine Luiza confirmou nesta quinta-feira (15) a realização de uma oferta subsequente de ações ("follow-on"), que deve emitir 150 milhões de novas ações. Considerando o preço do fechamento de quarta-feira (14) (R$ 22,93), a emissão somaria cerca de R$ 3,439 bilhões. A oferta poderá ser acrescida em até 33% do total de ações inicialmente ofertado, ou seja, em até 50 milhões de ações. Com isso, a oferta pode girar até R$ 4,586 bilhões.

A nova captação em bolsa é liderada pelo Itaú e pelo BTG Pactual - que foi quem assessorou o Magazine Luiza na compra do Kabum! - e conta ainda com J.P. Morgan, Merril Lynch (Bank of America), UBS BB (Banco do Brasil), Bradesco BBI, Goldman Sachs, Morgan Stanley, Santander e XP. Com exceção da XP, todos os demais bancos participantes foram adiantados pelo Broadcast.

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Os recursos captados com as 150 milhões de ações terão como destino a expansão do Magalu em novos mercados, investimentos em logística, abertura de novos centros e hubs de distribuição e o pagamento de aquisições estratégicas como a própria compra anunciada hoje. Outro exemplo de investimento é a Hub Fintech, a compra realizada em dezembro de 2020 por R$ 290 milhões foi concluída recentemente, após aprovação pelo Cade e Banco Central. Apesar de já ter pego a operação, a companhia precisa fazer aportes no negócio.

O encerramento do procedimento de bookbuilding será no dia 22 de julho, juntamente com a precificação da ação. O início das negociações na B3 ocorrerá no dia 26 de julho.

Projeções operacionais

O Magazine Luiza divulgou projeções operacionais para os anos de 2021, 2022 e 2023. Conforme os indicadores de estrutura logística divulgados, a previsão da varejista é encerrar dezembro deste ano com 26 centros de distribuição, 30 em 2022 e 33 em 2023. Para unidades de cross-docking, as projeções são de 199, 350 e 417, respectivamente. Já o número de lojas deve fechar 2021 com 1.440, depois 1.560 em 2022 e 1.680 em 2023. O total de unidades logísticas é de 225, 380 e 450 para cada ano. A área total de armazenagem está prevista em 1,180 milhão de metros quadrados, 1,630 milhão e 2 milhões de m2, respectivamente.

"Dada a sua operação multicanal, ou seja, lojas e e-commerce totalmente integrados, a área total de armazenagem inclui também a parte da área das lojas que é destinada para o manuseio e estoque de mercadorias", diz o fato relevante. As projeções são válidas até 31 de dezembro de 2023 e dependem de condições de mercado e demanda, entre outras variáveis.

A Magalu, rede brasileira de compra e vendas, anunciou a inauguração de 50 lojas físicas no Estado do Rio de Janeiro até o final de 2021. Ainda no mês de julho, 23 franquias abrirão as portas tanto na capital quanto em outros municípios como Niterói, Petrópolis e Belford Roxo.

No total, são 600 vagas disponíveis para as novas franquias, sendo 400 para a área de logística e outras 200 para as lojas. Há oportunidades para vendedor, assistente de loja e assistente de vendas, além daquelas relacionadas ao setor de logística. Devido às medidas de distanciamento social e segurança sanitária para evitar a transmissão do novo coronavírus, as datas de inauguração não serão divulgadas com antecedência para evitar aglomerações nos locais.

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A rede já atuava no mercado fluminense com um centro de distribuição para entrega de compras feitas no site. A Magalu pretende promover algumas melhorias no dia-a-dia da população para chamar o público às lojas, como a digitalização de espaços públicos. Segundo a assessoria de imprensa da marca, a empresa fará reformas e disponibilizará rede wifi em grandes centros. Além disso, 1000 bicicletas personalizadas da marca em parceria com a empresa Tembici, que opera o modal urbano na cidade, estarão disponíveis de forma gratuita por sete dias para novos usuários.

Os interessados em trabalhar na Magalu podem acessar o site de recrutamento da rede e buscar por posições que sejam do seu interesse, filtrando por cidade. Para as vagas no Rio de Janeiro, é necessário que o candidato tenha ensino médio completo.

A Black Friday vai acontecer no dia 27 de novembro e, tentando seguir a tradição norte-americana, deve trazer grandes descontos em diversas categorias de produtos, comercializados em lojas físicas e virtuais. Porém, mesmo com a data marcada, muitos varejistas brasileiros decidiram ampliar o conceito do evento e antecipar a queda de preço antes do período oficial. E-commerces como Amazon, Magazine Luiza, Lojas Americanas, Mercado Livre, entre outras redes de varejo de diferentes tamanhos, oferecem uma espécie de “esquenta”, antecipando a queda de preço em dias ou até mesmo transformando novembro no mês da Black Friday. 

Alta demanda e travamentos

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De acordo com Rafael Ramos, economista da Fecomércio pernambucana, a explicação para o fenômeno está na falta de estrutura dos sites em manter suas páginas estáveis durante a alta demanda. “A gente tem um problema muito grande em relação à infraestrutura da internet. Com a chegada na Black Friday, é provável que esses sites travem. O fluxo fica tão grande que o site trava e os lojistas vão perder renda porque as pessoas não vão esperar destravar para conseguirem o desconto”, resume. Para ele, antecipar a queda de preço por semana ou durante todo o mês, permite ao lojista controlar o fluxo do seu site e, dessa forma, evitar os travamentos.

O especialista explica também que, nas primeiras edições da Black Friday no Brasil, era comum que muitos sites perdessem vendas por não conseguirem suportar o aumento dos acessos. “Travava mesmo. Hoje muitos ainda colocam ‘você é o número tal da fila’ porque pelo fluxo não há estrutura. Essa foi uma estratégia encontrada para evitar prejuízos”, afirma. 

Ramos comenta que nos Estados Unidos é possível concentrar os descontos em um único dia porque lá o suporte para evitar quedas é maior. “Os EUA conseguem  porque a estrutura deles é melhor do que a nossa em termos de TI. A gente não consegue fazer isso e justamente por não conseguir esse suporte que, já no início de novembro, começamos a ver os descontos."

Descaracterização do evento

O economista também aponta que, outro fator que ajuda a descaracterizar o evento do original norte-americano, é a quantidade de produtos colocados em promoção. “Geralmente, os produtos que ganham descontos na Black Friday lá fora são eletrônicos, aqui a gente coloca tudo”, diz. Alguns dos exemplos são as promoções encontradas em restaurantes que usam aplicativos de entrega, sites especializados em produtos de beleza e roupas.

“O brasileiro gosta do nome de promoção e a gente descaracteriza justamente por isso. Ganham descontos setores de vestuário, alimentação, entre outros”, comenta Ramos, ressaltando que a popularidade do evento fez com que ninguém, nem o grande, nem o pequeno empreendedor, quisesse ficar de fora da época de descontos. “A Black Friday está, cada vez mais, se consolidando no país. Ela já é a 5ª data em termos de faturamento, atrás apenas do Natal, Dia das Mães, Dia das Crianças e Dia dos Pais, respectivamente. Ela já ganha de datas como a Páscoa e Carnaval, por exemplo.”

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Bom para o consumidor, ruim para o pequeno empreendedor

Apesar da empolgação do comércio nem tudo acaba sendo positivo. Para Rafael Ramos, a inserção da Black Friday no mercado nacional acaba se tornando um problema para o pequeno e microempreendedor. “A Black Friday é boa para o consumidor, às pessoas que sabem o que vão comprar, que acompanham o preço e sabem que o desconto vale a pena aproveitar. Para o varejo em si, não é boa”, afirma. 

Os motivos estão, principalmente, concentrados em dois fatores. O primeiro é o uso do 13º salário antes das compras de Natal e a impossibilidade do pequeno empreendedor competir com grandes demandas de produto. “Ele perde a margem de lucro. Em todo o país são mais de R$ 200 bilhões injetados na economia com o 13º salário. Em Pernambuco, esse valor gira em torno R$ 6 bilhões, mas com a chegada da Black Friday as pessoas fazem um movimento de antecipação de compras aí quando chega no Natal ela não precisa mais comprar”, afirma Ramos.

De acordo com o economista, esse momento de aquecimento, de vendas altas, não dá margem de lucro aos comerciantes menores. “O pequeno não tem essa vantagem de comprar em volume grandes, mas ele vai ter que entrar no esquema de descontos porque, senão, não vai ninguém para a loja dele, o que não acontece com as grandes marcas. É uma competição injusta."

Apesar do momento não ser tão feliz para os varejistas de pequeno porte, o economista garante que para o consumidor essa é uma ótima oportunidade para quem quer comprar. Uma das estratégias que podem melhorar ainda mais a experiência é ficar de olho nos produtos antecipadamente. “O consumidor tem que saber comprar pela internet, ficar de olho no comportamento do preço. Se ele vem monitorando o produto ele consegue achar um bom desconto. Só compre produtos que você saiba o preço médio”, aconselha.

A Gokursos Educação Continuada e o Magazine Luiza anunciam parceria para comercialização de cursos de extensão através da plataforma digital da gigante rede varejista. O objetivo é tornar a educação e cursos de capacitação cada vez mais acessíveis para a população.

Esta é a primeira vez que o MagaLu oferta serviços educacionais em sua plataforma. Atualmente, a marca se destaca com um modelo de negócio caracterizado como uma plataforma digital com pontos físicos.

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De acordo com Joaldo Diniz, Diretor Executivo de Inovação e Serviços do Ser Educacional, este é um momento ímpar para o setor de educação. “É importante ressaltar a importância dessa parceria para promover ainda mais acesso à cursos de capacitação para a população. O mercado de trabalho busca, cada vez mais, profissionais capacitados. Ao mesmo tempo, cresce o número de empreendedores individuais e que estão buscando aprimorar conhecimentos e técnicas. Nossa missão é facilitar e promover mais oportunidades para que essas pessoas tornem-se profissionais diferenciados”, explica Diniz.

Ao final de cada capacitação, os participantes recebem um certificado de conclusão do curso. A chancela será realizada pelo Ser Educacional, idealizador do Gokursos e mantenedor da UNINASSAU, UNINABUCO, UNAMA, UNG, UNIVERITAS e UNINORTE, instituições de ensino superior presentes em todo o Brasil.

Entre as opções já disponíveis estão: Cozinha Francesa, Branding, Como fazer um podcast, Bases da Confeitaria, entre outros. Os cursos têm valores a partir de R$29,90. Para se inscrever, basta acessar o site https://www.magazineluiza.com.br/marcas/GoKursos/

 

*Da Assessoria de Imprensa

O Ministério Público do Trabalho (MPT) emitiu na terça-feira, 13, parecer em que requer a extinção ou a declaração de total improcedência da ação civil pública ajuizada pela Defensoria Pública da União (DPU) contra o Magazine Luiza por seu programa de trainee exclusivo para candidatos negros, lançado em setembro. No parecer, o MPT também requer a rejeição do pedido de tutela de urgência. Segundo o órgão, não há "direito ou risco de violação de interesse protegido pelo ordenamento constitucional".

No parecer, o MPT diz que a DPU defende pública e regularmente as ações afirmativas para igualdade material de pessoas negras e afirma que a ação é fruto de um ato isolado do autor da ação, "com violação ao princípio do defensor natural". Segundo o MPT, esse princípio garante que o DPU atue na defesa dos "necessitados e dos direitos fundamentais deles". "Assim sendo, muito embora integrante da divisão temática na área trabalhista, não demonstra o defensor público que subscreve a ação designação ou procedimento administrativo de assistência jurídica que teria originado a demanda em defesa da população não-negra, alegadamente atingida pela ação afirmativa voltada ao ingresso dos jovens negros no mercado de trabalho", aponta o MPT no parecer.

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O documento também diz que houve desvio de finalidade por parte do autor da ação. "Ao revés, a ação pretende impedir a concretização do direito fundamental à igualdade de oportunidades no acesso a cargos de liderança em empresa privada por jovens negros universitários, socialmente discriminados na ocupação de tais vagas, fato que, além de admitido pela empresa-ré, se comprova através de estudos produzidos por institutos idôneos de pesquisa como IPEA, IBGE, Instituto Ethos, dentre outros", diz o documento.

O MPT rebate ainda o argumento de que o Magazine Luiza praticou "racismo reverso" em seu programa de trainee. "No Brasil, o racismo foi sedimentado na exploração do trabalho, na violência simbólica e física e na subalternidade da população negra ao longo de 3,5 séculos. Não há, pois, como ignorar essa realidade histórica e inverter a posição dos grupos sociais historicamente discriminados e privilegiados", diz o MPT no parecer.

A Defensoria Pública da União solicitou à Polícia Federal que garanta proteção ao defensor público Jovino Bento Júnior, que assina ação civil contra o programa de trainees exclusivos para negros da Magazine Luiza. O servidor pediu a escolta em ofício enviado à entidade na última sexta, 9, após alegar ter sofrido ameaças após apresentar o processo contra a empresa.

O defensor também solicitou o afastamento temporário do cargo com manutenção do salário 'considerando a falta de segurança e o clima tanto dentro quanto fora da instituição'. Este pedido, porém, foi negado por não ter previsão legal. No ofício, Jovino Bento Júnior também alegou que não recebeu apoio dentro da entidade.

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"Tenho sido fortemente atacado nas redes sociais por uma militância que não consegue enxergar que a ação foi proposta de modo técnico e fundada em plausível tese jurídica, dentro dos limites da independência funcional", afirmou o defensor.

A ação de Jovino contra a Magalu provocou forte mal-estar entre os defensores, que classificaram a medida 'péssima' e 'muito constrangedora' para a Defensoria. Nos bastidores, o processo foi encarado como uma 'reação' de um grupo minoritário de defensores públicos mais alinhados à gestão Jair Bolsonaro.

Uma fonte relatou ao Estadão que acredita que a ação teve o objetivo de 'mostrar que dentro da carreira também existe apoiador do governo'.

No ofício em que pede afastamento, Jovino critica representação feita por 'grupo formado por pessoas ligadas ao Partido dos Trabalhadores (PT)' à Controladoria-Geral da Defensoria Pública da União (CGDPU).

"Isso se deu unicamente pelo 'pecado' de ter ajuizado uma ação trabalhista em defesa dos interesses da maior parte dos meus assistidos, como se a DPU não fosse instituição autônoma da República e como se seus membros não tivessem a prerrogativa da independência funcional. Trata-se, obviamente, de perseguição política e de ataque direto às prerrogativas de um Defensor Público", acusou.

Além do afastamento temporário do cargo e da escolta policial, Jovino também pediu ao defensor público geral, Gabriel Faria Oliveira, que elaborasse uma manifestação em desagravo à sua situação por considerar não ter recebido apoio dentro da entidade.

Procurada, a Defensoria Pública da União afirmou que negou o pedido de afastamento temporário do defensor 'por não ter previsão legal'. "O DPGF enviou ofício à Polícia Federal ontem também (13) solicitando proteção policial ao defensor", afirmou.

Mais cedo, a Comissão de Prerrogativas da Defensoria Pública da União emitiu nota de apoio ao defensor por vislumbrar que 'têm circulado nas redes sociais, inclusive em sites, meios jornalísticos e televisivos, declarações que desbordam da mera crítica ou discordância' sobre a atuação do defensor.

"Não se mostra admissível que Defensoras e Defensores Públicos, no exercício de suas atribuições constitucionais e legais, atuando com arrimo na garantia da independência funcional, sofram ataques de ojeriza de quem quer que seja e, igualmente condenável, que sejam alvos de distorções midiáticas tendenciosas e irresponsáveis com a clara intenção, tal como no presente caso, de fomentar a polarização", afirmou a comissão. "Nenhuma Defensora ou Defensor deve ser reprimido no exercício do seu nobre mister, porque isso importaria em calar a voz de parcela da sociedade".

Procuradoria e grupo de defensores públicos defendem trainee da Magalu

A ação contra o programa de trainee exclusivo para negros levou o Grupo de Trabalho de Políticas Etnorraciais da Defensoria Pública da União (DPU) a emitir uma nota técnica na semana passada defendendo a legalidade do processo seletivo.

Segundo os defensores, o processo movido por Jovino Bento 'não reflete a missão e posição institucional da Defensoria Pública da União quanto a defesa dos direitos dos necessitados'. "Mais que isso, contraria os direitos do grupo vulnerável cuja DPU tem o dever irrenunciável de defender", afirmaram.

"A polêmica gerada em torno dessa ação afirmativa reside apenas no fato de poucas empresas hoje adotarem postura semelhante à louvável ação afirmativa acima referida, valendo lembrar que polêmicas igualmente foram geradas pelas primeiras ações coletivas sobre o tema de cotas étnicas e ações afirmativas que hoje são legal e constitucionalmente consolidadas no Brasil", apontou o grupo de trabalho.

Na última sexta, 9, a Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão do Ministério Público Federal considerou 'louvável' a iniciativa da Magazine Luiza. Sem citar a ação do defensor contra a empresa, os procuradores Marco Antonio Delfino de Almeida e Carlos Alberto Vilhena criticaram o uso da expressão 'racismo reverso' para tentar enquadrar o trainee da Magazine Luiza como ilegal.

"A alegação de 'racismo reverso' constitui uma falácia retórica para encobrir o privilégio que contempla, historicamente, as parcelas hegemônicas da sociedade brasileira; esse argumento enganoso busca enfraquecer a evidência do racismo estrutural", afirmam. "Não é possível confundir com racismo medidas destinadas a reparar distorções e desigualdades sociais e demais práticas discriminatórias adotadas, nas esferas pública e privada, durante o processo de formação social do Brasil".

COM A PALAVRA, A DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO

O defensor solicitou afastamento do cargo. O pedido foi negado ontem (13) pelo DPGF por não ter previsão legal. O defensor pediu também proteção policial. O DPGF enviou ofício à Polícia Federal ontem também (13) solicitando proteção policial ao defensor.

O anúncio de que a Magazine Luiza lançaria um programa de trainee voltado exclusivamente para pessoas negras causou surpresa, diversos elogios e várias críticas. A ação chegou a ser taxada de “racismo reverso” e “lacração desnecessária”. Um olhar mais atento à decisão, no entanto, revela um grande benefício para a varejista: a promoção da diversidade pode impulsionar a inovação dentro da empresa. Além do valor social, há muito de estratégia por trás da iniciativa.

O Brasil é um país inegavelmente desigual, em que a população negra ocupa muito menos espaços de destaque. O racismo cultural ainda está muito enraizado e se apresenta de diversas formas em nosso cotidiano. O mercado de trabalho é um desses. Iniciativas como a da Magalu não devem ser consideradas “racismo reverso” – termo errôneo em sua conceituação. É preciso que se encare, de forma mais positiva, como um passo para “equilibrar o jogo”. Dar mais oportunidades a pessoas negras, especialmente em um programa de trainee, vai refletir, lá na frente, em uma composição de gestão mais diversa e inclusiva. E como todo esse processo pode beneficiar a companhia? É que a pluralidade, quando bem explorada, reflete-se em melhorias na inovação empresarial, um dos pilares da Magazine Luiza, em que a empresa investe cada vez mais para se consolidar no mercado de varejo online.

Construir times diversos traz uma nova gama de pontos de vista e opiniões, pensamentos e vivências que, juntos, geram uma sinergia que leva a empresa a um novo patamar. Pessoas com backgrounds de vida diferentes enxergam uma mesma questão de formas diferentes, e a união dessas visões pode criar algo ainda mais inovador. Dentro de 5 a 10 anos, a Magazine Luiza, impulsionada pela diversidade de seu time, pode oferecer soluções que a confiram diferencial competitivo em relação a seus concorrentes – especialmente Amazon e Via Varejo, os quais também investem em pesquisa sobre inovação.

Outro ponto sobre diversidade e inovação: o World Economic Forum publicou artigo em que fala sobre o “fator millennials”. A organização cita que, em 2025, 75% da força de trabalho no mundo será composta pelos nascidos entre a década de 1980 e o início dos anos 2000. O “fator millenials” reside na constatação da pesquisa de que 74% desse público acreditam que a cultura de inclusão torna uma empresa mais inovadora, e que 47% estão procurando ativamente por diversidade e inclusão quando avaliam possíveis empregadores. Ou seja, a inclusão é um movimento de dentro para fora, mas também uma demanda de fora para dentro.

Diante desses dados, a projeção é que, em breve, os jovens adultos assumam cargos de liderança com a premissa básica da pluralidade, o que poderá trazer dificuldades às empresas que demorarem em reconhecer isso como um valor a ser adicionado à cultura organizacional. Nesse ponto, a Magazine Luiza e todas as outras empresas que já atentaram para a importância da diversidade ganham um forte diferencial competitivo e se mostram vanguardistas, antecipando tendências. Inclusão e pluralidade acabam não sendo apenas “jogada de marketing” ou “mimimi”, mas estratégias de crescimento e promoção da inovação.

O Grupo de Trabalho de Políticas Etnorraciais da Defensoria Pública da União (DPU) emitiu nota técnica repudiando a ação civil movida pelo defensor Jovino Bento Júnior contra a Magazine Luiza, acusada de promover "marketing de lacração" com o anúncio de um programa de trainee destinado a candidatos negros. Dentro da entidade, o processo contra a empresa provocou forte mal-estar entre defensores, que classificaram a medida "péssima" e "muito constrangedora".

A nota técnica assinada por onze defensores afirma que a ação movida por Jovino Bento "não reflete a missão e posição institucional da Defensoria Pública da União quanto a defesa dos direitos dos necessitados". "Mais que isso, contraria os direitos do grupo vulnerável cuja DPU tem o dever irrenunciável de defender", aponta.

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Os defensores elogiaram a iniciativa da Magazine Luiza e destacaram que o ministro Luis Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal, já defendeu a utilização de cotas raciais como instrumento de ação afirmativa.

"A polêmica gerada em torno dessa ação afirmativa reside apenas no fato de poucas empresas hoje adotarem postura semelhante à louvável ação afirmativa acima referida, valendo lembrar que polêmicas igualmente foram geradas pelas primeiras ações coletivas sobre o tema de cotas étnicas e ações afirmativas que hoje são legal e constitucionalmente consolidadas no Brasil", apontaram os defensores.

Segundo fontes ouvidas pelo Estadão que atuam em tribunais superiores de Brasília, a repercussão interna da ação contra a Magazine Luiza foi "péssima" e muitos defensores se manifestaram contra a posição de Jovino Bento Júnior, que atua na área trabalhista da entidade. Um defensor classificou o caso como "muito constrangedor" para a instituição.

A reação ocorre pelo fato do defensor ter citado o presidente da Fundação Palmares, Sérgio Camargo, na ação contra a Magazine Luiza. O jornalista foi alvo de recursos da própria Defensoria para tirá-lo do cargo por medidas que vão de encontro à defesa do movimento negro, como a publicação de textos que atacavam a figura de Zumbi dos Palmares.

Em junho, reportagem do Estadão revelou áudios de Camargo chamando o movimento negro de "escória maldita", que abriga "vagabundos" e chamou Zumbi de "filho da puta que escravizava pretos".

Mais cedo, a DPU emitiu nota de esclarecimento sobre a ação movida contra a Magalu, afirmando que a política de cotas "constitui-se em forte instrumento" para a "construção de uma sociedade livre justa e solidária". Apesar disso, a entidade pontuou que o defensor tem independência funcional, e não depende de prévia análise de mérito ou autorização hierárquica para apresentar uma ação contra a empresa.

"Como instituição constitucionalmente encarregada de promover o acesso à justiça e a promoção dos direitos humanos de dezenas de milhões de pessoas, a DPU apoia e incentiva medidas do poder público e da iniciativa privada que proporcionem redução de carências e de vulnerabilidade", afirmou a DPU. "Com o mesmo objetivo, a Instituição defende, de forma intransigente, a independência funcional de seus membros, prerrogativa voltada à boa atuação do membro em favor do assistido da instituição".

O defensor Jovino Bento Júnior, por meio da Defensoria Pública da União (DPU), entrou com ação pública na Justiça do Trabalho, na última segunda-feira (5), contra a empresa Magazine Luiza, que criou um processo seletivo de trainee destinado para pessoas negras. A ação cobra R$ 10 milhões da varejista por danos morais coletivos. O autor da petição diz que o processo seletivo é racista e considera a iniciativa como “marketing de lacração” para fins políticos. 

Para o autor da petição, a iniciativa da varejista “se insere no conceito de marketing de lacração e visa, com isso, ganho político, num primeiro momento, para, em seguida, ampliar seus lucros e sua faixa de mercado em magnitude sem precedentes históricos e representando risco à democracia a médio prazo”, diz ação.

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Dentre os argumentos, Jovino observa que tal conduta não caberia, pois a empesa “sempre contratou negros em seus programas de trainee, algo plenamente comum. Portanto, nada justifica que pretenda, agora, que seu programa seja exclusivo para determinada raça/cor, em desarrazoado detrimento de todos os demais trabalhadores do País”.

O documento ainda afirma que o programa “não é medida necessária – pois existem outras e estão disponíveis para se atingir o mesmo objetivo -, e nem possui proporcionalidade estrita – já que haveria imensa desproporção entre o bônus esperado e o ônus da medida, a ser arcado por milhões de trabalhadores”.

Com isso, a ação alega discriminação com trabalhadores brancos, indígenas e asiáticas, inviabilizando o acesso dos mesmos ao mercado de trabalho. O texto ainda utiliza falas do presidente da Fundação Palmares, Sérgio Camargo, feitas nas redes sociais, para justificar “que considera discriminação racista a conduta da Magazine Luíza”, tal como mostra o print na petição. 

Ações indeferidas

Desde o lançamento do programa trainee da varejista Magazine Luiza, realizada no mês de setembro, que o assunto reverberou no âmbito jurídico. Nesse sentido, o Ministério Público do Trabalho (MPT) já indeferiu 11 denúncias de “prática de racismo” feitas contra a iniciativa da empresa. 

No entanto, para o MPT as condições colocadas pela varejista trata-se de ação afirmativa de reparação histórica”, inclusive prevista no Estatuto da Igualdade Racial, que permitem a realização de ações como essas, tal como tem sido realizado em outras empresa como a Ambev.

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---> O valor das seleções exclusivas para candidatos negros

O Ministério Público do Trabalho em São Paulo indeferiu uma série de denúncias recebidas contra o Magazine Luiza por suposta discriminação na decisão da empresa de selecionar apenas negros em seu próximo programa de trainees. Para o MPT, não houve violação trabalhista, mas sim uma ação afirmativa de reparação histórica.

Ao todo foram recebidas 11 denúncias em que a varejista é acusada de promover "prática de racismo", uma vez que, nas palavras de um dos denunciantes, "impede que pessoas que não tenham o tom de pele desejado pela empresa" participem do processo seletivo.

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Anunciada na última sexta-feira, 18, a iniciativa do Magalu teve larga repercussão nas redes sociais, despertando elogios e críticas - inclusive com acusações de "racismo reverso" e ameaças de representação contra a empresa no Ministério Público, o que se confirmou.

Para o MPT, a política da empresa é legítima e não existe ato ilícito no processo de seleção, já que a reserva de vagas à população negra é plenamente válida e configura ação afirmativa, além de "elemento de reparação histórica da exclusão da população negra do mercado de trabalho digno". Essa exclusão, segundo o Ministério Público, se traduz na falta de oportunidades de acesso ao emprego, na desigualdade de remuneração e na dificuldade de ascensão profissional, "quando comparado aos índices de acesso, remuneração e ascensão profissional da população branca".

Em 2017, uma pesquisa do Instituto Ethos com as 500 empresas de maior faturamento do Brasil alertou que os profissionais negros correspondiam a apenas 6,3% dos postos de gerências e 4,7% do quadro executivo. O estudo aponta que nas posições de liderança se refletem as desigualdades raciais que impedem a representatividade majoritária da população negra, configurando o racismo estrutural que inviabiliza a equidade no mercado de trabalho.

O MPT também ressaltou no indeferimento que ações afirmativas como a do Magazine Luiza possuem amparo na Constituição Federal, no Estatuto da Igualdade Racial (lei 12.288/2010) e na Convenção Internacional sobre a Eliminação de todas as Formas de Discriminação Racial, da qual o Brasil é signatário. Além disso, são objeto de atuação estratégica e prioritária do próprio MPT, por meio do Projeto Nacional de Inclusão Social de Jovens Negras e Negros no Mercado de Trabalho, consolidado em 2018 na Nota Técnica do Grupo de Trabalho de Raça.

"O que os empregadores não podem fazer é criar seleções em que haja reserva de vagas ou preferência a candidatos que não integram grupos historicamente vulneráveis", alerta a coordenadora nacional de Promoção da Igualdade de Oportunidades e Eliminação da Discriminação no Trabalho, procuradora Adriane Reis de Araujo. Em 2006, o Brasil já foi condenado pela Corte Interamericana de Direitos Humanos por um caso considerado "prática de discriminação odiosa".

Na próxima quinta-feira (24), às 15h, a rede de lojas Magazine Luiza promoverá uma mentoria para empresários que fazem vendas on-line e desejam se preparar para o e-commerce na Black Friday 2020. O evento on-line será transmitido através do YouTube.

A iniciativa será desenvolvida em parceria com a ANYMARKET, uma plataforma de vendas em marketplaces, e se chamará sessão Roda de Conversa - ANYMARKET + Magalu. Entre os convidados para o evento virtual estão Leandro Ratz, líder de Customer Success do ANYMARKET, e Camilo Santos, Coordenador de Marketplaces da Magalu.

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Entre os temas que serão abordados estão estimativas de prazos finais, datas e regras para Black Friday de 2020, “qual o público do marketplace e as vantagens para se vender no Magazine Luíza?”, “projetos que estão rodando no marketplace para os lojistas” e “estimativas de prazos finais, datas e regras para Black Friday de 2020”. Para mais detalhes, acesse o site da ANYMARKET.

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Alvo de polêmica após a Magazine Luiza anunciar uma seleção voltada apenas para negros, a dona da rede, Luiza Trajano, se tornou a 8ª pessoa mais rica do Brasil. A informação foi publicada na revista Forbes, que estimou a fortuna da empresária em R$ 24 bilhões.

A agora mulher mais rica do Brasil, Luiza Trajano, teve 181% de aumento no seu patrimônio entre 2019 e 2020. A pandemia é um dos principais fatores para seu sucesso, visto que a empresária investiu pesado para comprar o site Netshoes e ampliar suas vendas na internet, mercado que cresceu muito nesse período de isolamento social.

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Quem lidera a lista das pessoas mais ricas do Brasil é o banqueiro Joseph Safra, dono do Banco Safra, com fortuna estimada em R$ 119 bilhões.

Veja a lista das 10 pessoas mais ricas do Brasil, segundo a Forbes:

Joseph Safra: R$ 119,08 bilhões

Jorge Paulo Lemann: R$ 91 bilhões

Eduardo Saverin: R$ 68,12 bilhões

Marcel Herrmann Telles: R$ 54,08 bilhões

Carlos Alberto Sicupira: R$ 42,64 bilhões

Alexandre Behring: R$ 34,32 bilhões

André Esteves: R$ 24,96 bilhões

Luiza Trajano: R$ 24 bilhões

Ilson Mateus: R$ 20 bilhões

Luciano Hang: R$ 18,72 bilhões

Neste sábado (19) o ator Bruno Gagliasso utilizou seu perfil do Instagram para se pronunciar sobre o racismo estrutural e estimular a discussão com seus seguidores.

“Preciso bater um papo com você, meu irmão branco. Um papo reto aqui entre nós que não somos o topo da pirâmide, mas estamos bem distantes da base. A gente precisa conversar sobre um monstro horroroso que a humanidade inventou lá atrás e até hoje deixa correr solto por aí: o racismo estrutural”, disse o ator.

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“É triste, mas nossa sociedade é feita todinha em cima disso. Nossos antepassados, ávidos por dinheiro, poder e terra, dizimaram povos, escravizaram pessoas e criaram um sistema de enriquecimento baseado na exploração de vidas humanas. E por mais longínquo que pareça, nós, os brancos de hoje, ainda nos beneficiamos desse método, porque nenhuma reparação foi dada aos descendentes dos povos escravizados. Pelo contrário. Até o início do século passado, essas pessoas eram proibidas de ter educação, possuir coisas, ter suas culturas respeitadas... E a gente aqui em 2020 precisa olhar pra isso com autocrítica e, principalmente, ação”, acrescentou Gagliasso.

Ele ainda utilizou como exemplo a iniciativa da Magazine Luiza de contratar apenas pessoas pretas em um de seus processos seletivos para trainees. “Vejo muitos irmãos brancos revoltados com a notícia. Acusam a marca de praticar um ‘racismo reverso’ e não percebem que essa coisinha se contorcendo por se sentir excluído de algo é apenas a grande ficha caindo: nós temos todas as oportunidades e nunca fizemos nadica de nada para quem não tem as bochechas rosadinhas como nós”, disse.  “Eu sei que todo mundo passa por dificuldades, mas muitas vezes essa dificuldade é ainda maior por conta da cor da pele”, continuou.

O ator analisou que o acesso à educação e ao primeiro emprego para pessoas pretas não é “racismo reverso”. “Lembre-se sempre, meu irmão branco, o ‘racismo reverso’ é uma lenda urbana. Mas o racismo estrutural é real e muitas vezes tiramos proveito disso sem nem perceber. E é nosso dever acabar com esse ciclo. Não podemos mais adiar”, finalizou Gagliasso.

No ano em que os movimentos por inclusão e diversidade ganharam importância inédita, o Magazine Luiza abriu as inscrições para seu programa de trainees de 2021 - e vai aceitar apenas candidatos negros. "O objetivo é trazer mais diversidade racial para os cargos de liderança da companhia, recrutando universitários e recém-formados de todo Brasil, no início da vida profissional", diz a empresa.

Atualmente, a varejista tem em seu quadro de funcionários 53% de pretos e pardos. Mas apenas 16% deles ocupam cargos de liderança. "O alerta despertado por essa baixa participação fez com que o Magalu decidisse atuar, oferecendo oportunidades para quem ainda está começando a carreira", reforça a companhia.

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Para a consultora e professora de MBA na área de Recursos Humanos, Jorgete Lemos, a iniciativa vem em um momento no qual as diferenças sociais e raciais ficaram escancaradas, tanto em razão da pandemia, quanto em virtude das manifestações antirracistas americanas. Movimentos como o Black Lives Matter voltaram com força em todo o mundo este ano, após o assassinato do americano George Floyd.

Segundo a especialista, além de estar sensível a uma preocupação que é global, a varejista deverá ter ganhos na ponta do lápis. "As empresas favorecem seu próprio negócio quando reduzem a desigualdade", garante Jorgete. Vários estudos acadêmicos comprovam os ganhos financeiros quando o quadro de empregados é mais diverso. Além disso, para ela, o desenvolvimento econômico do País só virá quando a população negra for incluída economicamente. "Estamos falando de cerca de 57% da população."

A professora da Escola de Direito da Fundação Getúlio Vargas (FGV) e pesquisadora em racismo e seus efeitos no mercado de trabalho, Alessandra Benedito, chama a atenção para o fato de que processos deste tipo ajudam o crescimento profissional dos jovens contratados.

Para ela, ações afirmativas são, por natureza, temporárias, com o sentido de reduzir desigualdades históricas. "Ações afirmativas não são permanentes. Devem existir enquanto existe o processo de exclusão."

Regras

As inscrições para o programa de trainee do Magalu tiveram início nessa sexta-feira (18) e podem participar profissionais formados entre dezembro de 2017 e dezembro 2020, em qualquer curso superior. O conhecimento em língua inglesa e experiência profissional anterior não fazem parte dos pré-requisitos para a seleção.

O processo seletivo será dividido em seis etapas. A seleção começará com testes online. Em seguida, os candidatos passarão pela etapa que consiste na gravação de um vídeo de apresentação profissional e por entrevistas com o departamento de recursos humanos.

Aqueles que seguirem no processo serão entrevistados por diretores de área e, depois, pela diretoria executiva. Os finalistas participarão de uma conversa com o presidente da empresa, Frederico Trajano.

O programa de trainees 2021 foi desenvolvido em parceria com as consultorias Indique Uma Preta e Goldenberg, Instituto Identidades do Brasil (ID_BR), Faculdade Zumbi dos Palmares e Comitê de Igualdade Racial do Mulheres do Brasil.

A rede varejista Magazine Luiza abriu processo seletivo para a contratação de 300 novos colaboradores no esquema home-office.

O recrutamento é válido para profissionais de todas as regiões do Brasil e contempla o cargo de gestor de negócios, vinculado como Pessoa Jurídica (PJ) ao Consórcio Magalu.

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De acordo com a empresa, as comissões de até 7,6% sobre os produtos podem refletir em ganhos mensais que variam entre R$ 4 e R$ 5 mil.

Segundo a empresa, todos os novos parceiros aprovados no processo de recrutamento vão ter suporte para acessar o sistema digital da loja. A plataforma permite o trânsito pela área de vendas e o controle da carteira de clientes.

No Magalu, a função de gestor de negócios tem como atributos a venda de cotas de consórcio e a promoção da marca.

Ainda de acordo com a rede varejista, os contratados que residirem em municípios em que o Magazine Luiza esteja instalado vão poder servir-se do espaço físico do estabelecimento para angariar novos clientes.

Para participar do processo seletivo, os interessados devem acessar o site de recrutamento da empresa.

O cadastro deve ser feito na aba “Seja Representante”. Além da possibilidade de se tornar parceiro da rede varejista, o colaborador também poderá participar de cursos de capacitação e treinamento voltados para o desenvolvimento pessoal e profissional.

O Magazine Luiza fechou acordo com a GreenYellow para o fornecimento de energia solar para 214 das suas mais de 1.100 lojas. O contrato, que funciona no modelo de aluguel, prevê a entrega de 9307,1 MWh por ano. O acordo foi firmado ainda no primeiro trimestre deste ano, mas a expectativa é de que a energia seja entregue a partir de 2021. As 214 lojas da rede passarão, então, a funcionar 100% a base da energia sustentável.

A iniciativa da varejista não é inédita, segundo dados de junho da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), 39,5% da energia solar consumida no País já fica com o setor de comércio e serviços. Recentemente, inclusive, a Nike anunciou que sua principal central logística passou a gerar 80% da própria demanda por energia. Em operação desde o primeiro trimestre, a usina solar do centro de distribuição em Louveira (SP) gera, em média, 100 mil kWh por mês. Esse é o maior potencial em um empreendimento logístico no País.

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No caso do Magalu, porém, o modelo escolhido foi o de aluguel, o que significa que a empresa não vai instalar placas fotovoltaicas em seu parque de lojas e, sim, usar a energia comprada de um parceiro, no caso, a GreenYellow, subsidiária do grupo francês Casino. A empresa investiu mais de R$ 18 milhões nas usinas que devem fornecer energia para o novo contrato. Farão parte do projeto as fotovoltaicas de Coroados e Riolândia, no Estado de São Paulo, e de Florestópolis, no Paraná. Juntas, elas têm 4.861 de KW de potência instalada, suficiente para abastecer, por ano, 4,2 mil casas ou 23.825 TVs, por exemplo.

Tendência

A decisão da varejista segue tendências de gestão sustentável do ponto de vista financeiro e do meio ambiente. "O modelo de aluguel de energia é interessante para empresas que tenham outra atividade fim. Assim, elas podem centralizar seus esforços no que é mais importante para o negócio, enquanto fazem até mesmo economia com energia", diz o presidente executivo da Absolar, Rodrigo Sauaia. Ele explica que esse tipo de energia tem ficado mais barata com o passar do tempo.

O avanço da tecnologia, o aumento da escala de produção e a maior competitividade entre as geradoras são algumas das razões que levam esse segmento a ficar mais interessante do ponto de vista financeiro.

"Desde 2010 até agora, energia solar viu seu preço cair 86%, segundo dados da Bloomberg", diz Sauaia. Sendo assim, para além do ganho de imagem que as empresas têm ao fazer anúncios do tipo, há perspectivas de que o investimento em energia limpa proporcione melhores resultados nas contas das varejistas. "Enquanto a solar fica mais barata ano após ano, a elétrica tem reajustes acima da inflação. Em 2021, podemos ainda ver aumento da tarifa afim de compensar o reajuste que não foi feito neste ano", afirma o presidente da Absolar.

Para o coordenador do MBA em gestão empresarial da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Ricardo Teixeira, a busca por energia limpa é uma tendência global. Ele acredita que o Brasil tem, inclusive, a chance de se tornar um dos grandes fornecedores desse bem no mundo. Isso porque o País tem sol o ano todo, além de bons ventos e espaço para parque eólicos. Ele explica que criar uma imagem de quem se preocupa com o planeta é positivo para as companhias, pois isso fideliza os clientes.

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