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Horas depois de vaiarem a ausência da presidente Dilma Rousseff na Marcha em Defesa dos Municípios, prefeitos reunidos em Brasília receberam a informação de que o governo anunciará, nesta quarta-feira, 10, medidas para aliviar as dificuldades com despesas de custeio. O anúncio será feito pela própria Dilma, que adiou para esta quarta sua participação no evento. Os prefeitos reclamam que correm o risco de ficarem com a "ficha suja" por não conseguirem arcar com as folhas de pagamento de salários dos servidores.

Ainda na manhã desta terça, o Planalto enviou os ministros da Educação, Aloizio Mercadante, e da Saúde, Alexandre Padilha, para fazer a promessa em nome da presidente e acalmar os ânimos dos prefeitos. Padilha e Mercadante gastaram boa parte do tempo de suas palestras para falar do Programa Mais Médicos, lançado na segunda-feira, 8, por Dilma. Eles disseram que as prefeituras não terão despesas com os médicos brasileiros e estrangeiros que o governo federal pretende contratar, com salário de R$ 10 mil, para atuar em áreas do País com déficit desses profissionais.

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Mercadante disse que o governo ainda está disposto a discutir no Congresso uma nova forma de reajustar o piso dos professores. Os prefeitos argumentam que não conseguem pagar os profissionais da educação.

Cardiologista e clínico geral do quadro do Sistema Único de Saúde (SUS), o prefeito de Nhandeara (SP), Odilon Silveira (PSB), usou o microfone para fazer críticas o governo. "Depois de 27 anos de serviço para o Ministério da Saúde, recebo R$ 3.360. O senhor (Alexandre Padilha) diz que vai pagar R$ 10 mil para um médico estrangeiro. E para nós, o senhor tem alguma proposta para melhorar os municípios?"

Em maio passado, a Justiça Federal chegou a bloquear os bens de Odilon Silveira, após aceitar denúncia do Ministério Público de que a prefeitura tinha terceirizado a saúde do município e repassado R$ 1,89 milhão - um dinheiro do Ministério da Saúde - entre 2008 e 2012 para uma associação. O contrato foi firmado em 2007, ainda no mandato do antecessor de Silveira. A 508 quilômetros de São Paulo, Nhandeara conta com 12 médicos para atender dez mil moradores, cada um recebe cerca de R$ 12 mil por 40 horas de trabalho. O prefeito diz que não pretende entrar no programa Mais Médicos porque não tem dinheiro para arcar com possíveis encargos na contratação dos profissionais.

Mais médicos

Depois do evento, o prefeito da cidade baiana de Santa Maria da Vitória, Amário Santana (PT), disse que as prefeituras não têm dificuldades em fazer convênios com o governo federal, mas "sofrem" para garantir o custeio e as despesas na execução dos programas. Ele estima que a prefeitura de sua cidade tem um orçamento mensal de R$ 5 milhões. Deste total, R$ 3 milhões são gastos com a folha de pessoal. Santa Maria da Vitória, distante 866 quilômetros de Salvador, possui quatro médicos, que recebem R$ 8 mil, para atender uma população de 40 mil pessoas.

Já o prefeito de Nina Rodrigues, no Maranhão, Riba do Xerém (PRB), destacou que os ministros não foram "muito explicativos" nas suas exposições. "Eles generalizaram muito. Precisavam dar mais detalhes". Xerém disse que pretende aderir ao Programa Mais Médicos, pois no seu município, a 113 quilômetros de São Luiz, de 12,5 mil habitantes, há uma carência de pelo menos seis médicos. Atualmente, dez médicos atendem nos postos do município. Ele cobra, no entanto, mais sensibilidade do governo com equipamentos e infraestrutura na área de saúde.

Para acalmar os prefeitos que se reúnem em Brasília, o Palácio do Planalto informou que nesta quarta-feira (10), a presidente Dilma Rousseff anunciará medidas para aliviar as dificuldades dos municípios com despesas de custeio. Os prefeitos reclamam em coro, durante a 16ª Marcha a Brasília em Defesa dos Municípios, que vão cair na "lei da ficha suja" porque não conseguem arcar com esses custos, especialmente com a folha de pagamento.

O Planalto enviou nesta terça (9), à Marcha os ministros da Educação, Aloizio Mercadante, e da Saúde, Alexandre Padilha, para fazer a promessa da presidente. Padilha e Mercadante gastaram boa parte do tempo de suas palestras para falar do Programa Mais Médicos, lançado nessa segunda-feira (8), por Dilma. Eles disseram que as prefeituras não terão despesas com os médicos brasileiros e estrangeiros que o governo federal pretende contratar, com salário de R$ 10 mil, para atuar em áreas do País com déficit desses profissionais.

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O prefeito de Santa Maria da Vitória (BA), Amário Santana (PT), disse que as prefeituras não têm dificuldades em fazer convênios com o governo federal, mas "sofrem" para garantir o custeio e as despesas na execução dos programas. Ele disse também que sua prefeitura tem um orçamento mensal de R$ 5 milhões, mas gasta R$ 3 milhões só com a folha de pessoal.

Já o prefeito de Nina Rodrigues (MA), Riba do Xerém (PRB), destacou que os ministros não foram "muito explicativos" nas suas exposições. "Eles generalizaram muito. Precisavam dar mais detalhes". Xerém disse que pretende aderir ao Programa Mais Médicos, pois no seu município, que tem cerca de 12,5 mil habitantes, há uma carência de pelo menos seis profissionais.

A marcha dos "Povos da Terra", organizada pelos movimentos sociais de Mato Grosso do Sul e que saiu na segunda-feira, 3, do município de Anhanduí, encerra nesta sexta-feira, 7, a caminhada de 60 km até Campo Grande, onde será realizada uma grande manifestação para reivindicar a titulação e demarcação dos territórios indígenas e quilombolas, e exigir a realização da reforma agrária. Em nota, o Movimento dos Sem Terra (MST) diz que a manifestação visa a "pautar para a sociedade a problemática fundiária em Mato Grosso do Sul e a necessidade de promover ações em defesa dos direitos humanos". Jonas Carlos da Conceição, da coordenação estadual do MST, afirma que "o poder público não pode continuar fechando os olhos para o que está acontecendo em Mato Grosso do Sul". Ele argumenta que existe uma "grande ofensiva do agronegócio, incentivada pelo silêncio conivente do governo".

Representantes das principais centrais sindicais do País - Força Sindical, CUT, CGTB, CTB, NCST e UGT - irão se reunir na tarde desta quarta-feira (23) para organizar a Marcha da Classe Trabalhadora a Brasília. O encontro será realizado na sede da CUT, no centro da capital paulista.

De acordo com o presidente da Força Sindical, Paulo Pereira da Silva, o Paulinho da Força, o principal assunto da conversa será a organização de uma manifestação a Brasília para cobrar a adoção de uma pauta que inclua as reivindicações trabalhistas. "Ela (presidente Dilma Rousseff) não cumpriu as nossas demandas, que eram o fim do fator previdenciário e uma política salarial para os aposentados, entre outras", explicou.

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Paulinho disse ainda que a crise econômica que ameaça chegar ao Brasil será debatida. "A crise econômica está se aprofundando. Vamos bater forte nesse caso. Achamos que o governo ainda tem condições de baixar juros. Os juros do spread estão muito altos", opinou.

Um grupo de manifestantes realiza na tarde desta terça-feira, em São Paulo, a X Marcha da Consciência Negra. Realizada anualmente desde 2003, quando foi criado o Dia da Consciência Negra, a marcha deve percorrer a Avenida Paulista. A edição deste ano traz como tema a política de cotas raciais nas universidades paulistas e a violência na periferia da capital.

A "Marcha da Consciência Negra de São Paulo - Cotas Sim, Genocídio Não!" será acompanhada por um carro de som por todo o percurso. Antes do início da marcha, manifestantes se reuniram no vão livre do Masp (Museu de Arte de São Paulo), em um ato ecumênico.

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Batendo panelas, frigideiras e tampas para se fazer ouvir pelos poderes públicos, cerca de dois mil espanhóis marcharam neste sábado (13), no centro de Madri, para protestar que os efeitos da crise recaiam na população, enquanto os bancos são resgatados.

Convocados pelos 'indignados', sob o lema "Não devemos, não pagamos", homens e mulheres de todas as idades, alguns com crianças, partiram em um clima de festa da sede da União Europeia, na capital espanhola, até a emblemática praça Porta do Sol.

"É mentira tudo o que nos estão dizendo, que a causa desta crise é o gasto dos serviços públicos, da saúde, da educação, quando sabemos que os governos estão financiando os bancos", disse Marita Casa, professora aposentada que exibia na cabeça uma panela enfeitada com uma flor.

Ao seu redor, centenas de pessoas gritavam, "Não é uma crise, é uma fraude!" e "Não pagamos esta dívida!".

Ainda que em menor número do que em outros protestos, os manifestantes conseguiram causar grande barulho, usando o que tivessem a mão, como tambores, conchas de cozinha, pedaços de pau ou buzinas de bicicleta.

"A ideia é fazer muito barulho para que nos ouçam, embora já sabemos que estes dirigentes não têm ouvidos para nós", dizia Marita, enquanto pedia "um sistema econômico diferente, que não se baseie no crescimento, mas nas pessoas".

Enquanto isso, um idoso distribuía para a multidão cartazes onde se podia ler "Ditadura dos bancos NÃO", "Privatizam para roubar mais" e "Euro-roubo".

"Parece patético que tenham dado o prêmio Nobel da Paz à União Europeia", revoltou-se Olga Díez, administradora de 45 anos, considerando que Bruxelas também é responsável de que o cidadão comum pague por uma crise que não provocou.

Dezenas de milhares de pobres indianos encerraram a "marcha pela justiça" iniciada há oito dias depois da assinatura nesta quinta-feira de um acordo com o governo sobre a aplicação de reformas agrárias, afirmou um porta-voz dos organizadores.

Quase 35.000 pessoas, incluindo camponeses, membros da casta dos "intocáveis" e de tribos, iniciaram a "marcha pela justiça" de 350 km em 3 de outubro em Gwalior (centro) com a ideia de chegar a Nova Délhi em 26 dias.

Eles protestavam contra a marginalização dos pobres no processo de desenvolvimento econômico do país e para reclamar reformas agrárias que garantam um acesso à terra e à agricultura em um contexto de expansão industrial.

"Interrompemos nossa marcha porque o governo assinou um acordo conosco", declarou Aneesh Thillenkery, porta-voz da organização que promoveu a iniciativa, Ekta Parishad, que defende o direito a uma justiça social para os indianos sem terra.

Segundo uma cópia do documento obtida pela AFP, o governo federal se compromete a realizar uma política de reformas agrárias e a pressionar os governos locais para ajudar as populações marginalizadas.

A marcha que reuniu católicos, evangélicos e espíritas, intitulada Em Defesa da Vida, na avenida Boa Viagem, Zona Sul da cidade do Recife, na tarde deste domingo (30), contou com a participação de vários artistas como Nando Cordel, Ana Alves e Patrícia Cruz, que cantaram durante o trajeto. Eles protestaram contra a reformulação do Código Pena onde o artigo 124 – que trata a criminalização do aborto – será removido.

No percuso, eles colheram assinaturas para enviar o documentos a lideranças políticas do Estado.“Somos a favor da vida. Mais de 87% dos cristãos de Pernambuco são contra o aborto. Vamos colher assinaturas para anexar no parecer do Comitê Pernambucano da Cidadania Pela Vida – Brasil sem aborto, e entregar ao senador Armando Monteiro, membro da Comissão da reforma do código penal”, dizia o coordenador do Movimento Brasil sem aborto, Irapoã Arruda.

A iniciativa teve concentração no Castelinho, também localizado na Avenida Boa Viagem, e saiu em direção ao Segundo Jardim.  No percurso foram distribuídos panfletos com informativos sobre o aborto e sobre o movimento.

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Divisão - Muita gente que transitava pelo local mostrou-se a favor da causa. “Todos nós temos o direito pela vida. Tenho certeza que se o feto pudesse escolher, escolheria por viver”, disse a enfermeira, Maria do Carmo Prado. “Ninguém tem o direito de tirar a vida de ninguém”, ressaltou a vendedora, Paula Silva.

Já outras são a favor do aborto e se mostraram contra o movimento. “Não tem nada haver com religião. As pessoas tem o direito de escolher o que vão fazer”, declarou a universitária, Camila Alencar. “Sou mulher e tenho direito de escolher se vou ter ou não a criança”, ressalvou.

Milhares de trabalhadores rurais continuam reunidos em frente ao Congresso Nacional "para denunciar a paralisação da Reforma Agrária e a aliança do Estado brasileiro com o agronegócio e a complacência do governo federal com tal modelo de produção". Pouco antes, porém, protocolaram um documento no Palácio do Planalto dirigido ao ministro da secretaria-geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, com as decisões do "Encontro Unitário dos Trabalhadores, Trabalhadoras e Povos do Campo, das Águas e das Florestas", que está sendo realizado em Brasília.

O movimento reúne organizações de distintos grupos sociais, etnias e movimentos agrários do Brasil, incluindo povos indígenas, comunidades tradicionais, assentados de reforma agrária, agricultores familiares extrativistas, povos da floresta, pescadores artesanais, quilombolas e trabalhadores assalariados.

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O secretário de política agrária da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag), William Clementino da Silva Matias, explicou que no documento entregue no Planalto, as entidades declaram que o "inimigo comum é o agronegócio". Por isso, o grupo declara defender, entre outros pontos, aceleração da reforma agrária e apoio para a agricultura familiar. Segundo Clementino, o atual governo não consegue apresentar números sobre assentamentos realizados este ano "enquanto existem quatro milhões de famílias esperando pelo acesso à terra, sendo que 250 mil estão morando embaixo de lona".

O "Encontro Unitário" de todas as entidades ligadas à questão da reforma agrária é o primeiro realizado desde 1961. O secretário da Contag afirmou que a partir deste agora todas as articulações serão realizadas em conjunto, envolvendo entidades como o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e o Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA). O encontro conta também com a participação de organizações de pescadores artesanais, dos atingidos pelas barragens, indígenas e mulheres camponesas, entre outros.

O coordenador do movimento dos pescadores artesanais do Amazonas, Estevam Ferreira da Costa, explicou que a categoria se uniu aos trabalhadores rurais em busca de fortalecimento para suas reivindicações. Ele disse que o setor cobra apoio do governo federal para investimento em infraestrutura para comercialização, como transporte e conservação. Ele argumentou que o sistema de representação por meio das colônias de pesca não atende as expectativas do setor.

"Por terra, território e dignidade" é o lema do movimento. O grupo defende a realização de uma reforma agrária ampla; reestruturação dos setores de governo que atendem a agricultura familiar, camponesa e povos do campo, das águas e das florestas; fomento à agroecologia e diversas práticas da agricultura orgânica, susceptíveis de eliminar a utilização de agrotóxicos e a produção de alimentos saudáveis; entre outros pontos.

O Palácio do Planalto enfrentou mais uma manhã de protestos, desta vez promovidos pelos representantes de mais de 30 entidades ligadas ao campo, como Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), Via Campesina e Confederação dos Trabalhadores da Agricultura (Contag). Perto de sete mil trabalhadores rurais, de acordo com a Polícia Militar do Distrito Federal, que faziam passeata pela Esplanada tentaram invadir o Planalto e chegaram a derrubar as grades de proteção que foram colocadas para impedir a passagem dos manifestantes. Mais uma vez a tropa de choque da PM foi chamada e houve tumulto entre militares e trabalhadores, que chegaram a ser alvo de cassetetes, gás lacrimogêneo e spray de pimenta. Mas, segundo a PM, ninguém teria ficado ferido.

O tumulto começou por volta das 9h30, quando a presidente Dilma Rousseff não havia sequer chegado ao Planalto. A presença de manifestantes fez com que o comboio presidencial chegasse ao local pela vice-presidência e Dilma entrou no Palácio pelos fundos, por volta das 10h20. Sempre que protestos são realizados ali, como os da semana passada e da última terça-feira, quando a PF estava em frente ao Palácio, a presidente tem usado a entrada dos fundos para chegar e deixar o local.

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Desta vez, no entanto, até a polícia de choque do Exército foi chamada. Apesar de estarem acompanhados de cachorros para conter os manifestantes, no entanto, os policiais não entraram em contato nem em confronto com os manifestantes. Ficaram recuados, na área externa do palácio. Um dos seguranças do Planalto avisou o comandante da tropa que havia uma determinação para que eles ficassem no local.

Normalmente essa guarda é feita apenas pelo Batalhão de Guarda Presidencial (BGP) ou pelo Regimento de Cavalaria de Guarda (RCGd). "O ministro mandou o choque ficar (no Palácio)", disse o segurança ao comandante dos militares do Exército, retransmitindo a ordem do general José Elito, ministro-chefe do gabinete de Segurança Institucional (GSI), responsável pela segurança da presidente e do Planalto. Diante da possibilidade de novas manifestações ao longo desta quarta-feira, a polícia de choque permanece no alojamento do Palácio.

O ministro-chefe da Secretaria-Geral, ministro Gilberto Carvalho, desceu ao saguão do Planalto para conversar com uma comissão dos manifestantes. Ele comentou que tinha receio da violência neste tipo de manifestação, mas reconheceu que os protestos são legítimos. Gilberto Carvalho recebeu a pauta de reivindicações das entidades e se comprometeu a entregá-las à presidente Dilma.

Perto de 7 mil trabalhadores rurais participam nesta quarta-feira de uma passeata na Esplanada dos Ministérios, em Brasília, para protestar contra "o agronegócio e a paralisação da reforma agrária". Os manifestantes participam do Encontro Unitário dos Trabalhadores e Trabalhadoras e Povos do Campo, das Águas e das Florestas.

Segundo os organizadores, os trabalhadores do campo farão um ato público no Congresso Nacional "para denunciar a paralisação da Reforma Agrária e a aliança do Estado brasileiro com o agronegócio e a complacência do governo federal com tal modelo de produção".

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O movimento pretende denunciar "os malefícios do agronegócio e a inviabilidade econômica, social e ambiental desse modelo, já que sua base de produção está alicerçada na enorme utilização de agrotóxicos, na alta concentração da terra, na ampliação da pobreza, na não geração de emprego no meio rural, na expulsão das famílias do campo e na produção de commodities para exportação".

Os movimentos sociais exigem do governo a mudança do modelo de produção agrícola, levando para o centro do debate a necessidade da realização da Reforma Agrária para a superação da pobreza.

Nesta terça-feira (26), a União Nacional de Estudantes (UNE), junto a representantes de 44 Diretórios Centrais dos Estudantes de universidades federais, irão se reunir, às 9h, em frente a Biblioteca Nacional em Brasília para, em marcha, irem até o Ministério da Educação (MEC). A mobilização é em favor das greves nas universidades federais do País.

O ato também contará com o apoio da Associação Nacional dos Docentes no Ensino Superior (Andes), o Fórum de Professores das Instituições Federais de Ensino Superior (ProIfes) e o Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST). Os estudantes estarão munidos de um relatório sobre a situação em que se encontram as universidades presentes no encontro, além de uma lista de reivindicações com melhorias nas unidades de ensino.

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Os alunos esperam ser recebidos pelo ministro da educação, Aloizio Mercadante.

Pacífica até as 19h, a Marcha da Maconha, realizada na orla de Ipanema (Zona Sul do Rio), terminou em confusão e correria. Balas de borracha foram disparadas contra os manifestantes, que acusam policiais militares. Houve também a explosão de bombas gás lacrimogêneo. Até a conclusão desta edição não havia informações sobre feridos.

O conflito teria começado quando manifestantes reclamaram do bloqueio, imposto pela Polícia Militar (PM), de um carro de som que participava da passeata pela Avenida Vieira Souto. Os PMs disseram ter sido xingados e agredidos. Uma garrafa de vidro teria sido atirada contra eles.

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Havia cerca de 10 mil pessoas na manifestação, de acordo com os organizadores. A Polícia Militar (PM) calculou em 2.000 os presentes.

A marcha foi a primeira realizada no Rio após a autorização pelo Supremo Tribunal Federal (STF), que decidiu em junho do ano passado pela legalidade das manifestações públicas favoráveis ao consumo de drogas.

Sob o impacto do escândalo envolvendo políticos com a organização criminosa comandada pelo bicheiro Carlinhos Cachoeira, cerca de três mil pessoas, pelos cálculos da Polícia Militar, participaram na manhã deste sábado da Marcha contra a Corrupção, na Esplanada dos Ministérios.

Entre os manifestantes havia muitos servidores públicos de categorias em greve, como a dos professores, além de jovens de cara pintada. A maior parte usava camisetas pretas.

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Portando faixas e entoando palavras de ordem, os manifestantes protestaram contra a impunidade e o desvio de dinheiro público e pediram agilidade no julgamento do processo do mensalão, aberto em 2005 e até hoje tramitando no Supremo Tribunal Federal (STF). Alguns cartazes pediam a transformação da corrupção em crime hediondo. Não houve incidentes.

A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), seção do Distrito Federal, fez campanha pela marcha. O presidente da entidade, Francisco Caputo, ajudou a puxar a passeata, que percorreu o espaço da Esplanada onde milhares de pessoas se concentravam desde cedo para assistir aos shows e atividades relativas ao 52º aniversário de Brasília, comemorado no 21 de abril.

Dezenas de milhares de pessoas marcharam ontem na Praça Tahrir, centro do Cairo, e em outras cidades do Egito, para exigir que os militares entreguem o poder e denunciar a violência contra os manifestantes. Os egípcios ficaram especialmente ultrajados com as imagens de uma mulher, com a blusa arrancada, sendo espancada e chutada por tropas do governo interino.

"Qualquer um que viu a imagem e viu a dor da mulher viria para a Praça Tahrir", disse Omar Adel, de 27 anos, que participava do protesto. "Quem fez isso deveria ser julgado. Não podemos suportar tal humilhação e abuso." Alguns manifestantes exigem que o Exército realize as eleições presidenciais até 25 de janeiro, o primeiro aniversário do início do levante que levou à deposição do presidente Hosni Mubarak.

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Pelo menos cem pessoas foram mortas em confrontos e na violência sectária desde que uma junta militar assumiu o poder. Na semana passada, 17 manifestantes foram mortos em choques com as forças de segurança, que dispersaram à força um protesto que já durava três semanas para exigir que os militares entreguem o poder a um governo civil.

A manifestação de ontem, batizada de "Defendendo a revolução e reavendo a honra", teve o apoio de mais de uma dúzia de grupos, entre eles partidos formados após o levante popular. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Cerca de três mil pessoas, entre metalúrgicos, químicos e bancários, iniciaram por volta das 8h15 de hoje uma passeata pela Rodovia Anchieta, na região de São Bernardo do Campo, no Grande ABC, em protesto contra a cobrança de imposto de renda sobre a Participação nos Lucros e Resultados (PLR).

Os manifestantes saíram da fábrica da Volkswagen e caminhavam junto com um caminhão de som para a Rodovia Anchieta, na altura do km 21, sentido São Paulo, seguindo para as fábricas da Scania e Karman Ghia, onde os funcionários devem se juntar ao grupo. Segundo o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, todos devem se reunir na altura do km 22 da rodovia e devem prosseguir em passeata até o km 20, próximo ao posto da Polícia Rodoviária Federal, onde ocorrerá a manifestação.

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Segundo o sindicato dos Metalúrgicos, além do protesto contra a cobrança de imposto de renda sobre a PLR, os sindicatos, em conjunto, também elaboraram uma proposta de nova tabela de alíquotas, que passa a cobrar IR de PLRs com valor acima de R$ 8 mil. Hoje, o imposto começa a incidir em PLRs com valor a partir de R$ 1.567,00 e varia do mínimo de 7,5% ao máximo de 27,5% (para valores acima de R$ 3.911,63).

Abaixo-assinado

Os sindicalistas devem entregar amanhã, em Brasília, o abaixo-assinado contra a IR na PLR ao presidente da Câmara, Marco Maia. Por volta das 16 horas, o grupo deve ser recebido em audiência com os ministros Guido Mantega e Gilberto Carvalho, na Secretaria Geral da Presidência da República.

Anchieta

A pista marginal da Rodovia Anchieta está interdita para a passagem dos manifestantes e o tráfego segue pela outra pista. Segundo a concessionária Ecovias, não há lentidão no local.

Belenos Govannon/Especial para o LeiaJá

A Marcha Contra a Corrupção, reuniu, no início da tarde desta quarta-feira (12), em torno de 500 pessoas na avenida Boa Viagem, na Zona Sul do Recife, segundo a Polícia Militar.

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O protesto, organizado entre usuários do Facebook e outras redes sociais, aconteceu de forma pacífica e sem grandes transtornos ao trânsito nas proximidades da Praça de Boa Viagem, onde os manifestantes se concentraram.

No percurso de dois quilômetros até o edifício Acaiaca, os manifestantes gritaram palavras de ordem e exibiram faixas e cartazes com frases de protesto — a  aprovação do projeto Ficha Limpa e o fim do voto secreto no Congresso Nacional são as principais reivindicações. A Marcha Contra a Corrupção é um movimento nacional, que reuniu maior número de participantes na cidade de Brasília (DF).

“Tenho vergonha de discutir política com estrangeiros, com turistas. A imagem do Brasil é, nessa área, muito ruim, lá fora”, comentou o engenheiro civil Eduardo Monteiro (47 anos), um dos manifestantes. Para ele “a articulação foi muito fraca e o horário foi mal escolhido, devendo ter acontecido pela manhã".

Partidarismo - Apesar de ser uma manifestação apolítica, membros da oposição local aproveitaram a mobilização para colocar urna em frente ao edifício Acaiaca, na tentativa de fazer uma votação sobre a atuação do Prefeito João da Costa (PT), do Recife. A ação gerou indignação nos organizadores da Marcha, como Karlos Bungenstab, que interpretou a ação como uma "tentativa de confundir o movimento nacional, que é apartidário".

A Polícia Militar (PM) elevou para 20 mil pessoas a estimativa do número de participantes da segunda edição da Marcha contra a Corrupção, em Brasília, na manhã de hoje. O primeiro levantamento dava conta de 13 mil manifestantes que percorreram a Esplanada dos Ministérios, do Museu da República até a Praça dos Três Poderes e depois seguiram mais alguns metros até o Ministério do Exército, onde ocorreu a dispersão.

Mesmo assim, o volume de participantes foi inferior à contagem feita pela PM na primeira edição do evento, em 7 de Setembro. Na ocasião, foram contabilizadas as participações de 25 mil pessoas. De acordo com o tenente Marcos Braga, o outro evento acabou ganhando adesão de última hora da população de Brasília, que saiu de suas casas para assistir ao desfile militar.

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Os três pontos principais do protesto, que também foi realizado em outras 18 cidades, são a regulamentação da Ficha Limpa pelo Supremo Tribunal Federal (STF), a aprovação do projeto de lei que estabelece o voto aberto dos parlamentares no Congresso, e a preservação dos poderes do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) de órgão de controle externo do Judiciário. Não houve incidentes durante a manifestação e apenas casos isolados de contravenção, como a entrada de três adolescentes no espelho d'água do Palácio do Itamaraty, sede do Ministério das Relações Exteriores.

Uma das organizadoras do evento, a autônoma Lucianna Kalil,explicou que, desta vez, além das redes sociais, houve distribuição de panfletos para que as pessoas tomassem conhecimento do movimento. Durante a manifestação, foram colhidas assinaturas dos participantes para um abaixo-assinado a favor da aprovação do projeto Ficha Limpa. Lucianna disse que ainda não há previsão de que um novo ato ocorra no próximo feriado, em 2 de novembro.

Formada basicamente por jovens estudantes, a manifestação ganhou a simpatia de populares que passavam de carro cumprimentando a iniciativa. O casal de namorados de 17 anos, Ivan Gustavo e Tainá Queiroz, ambos estudantes, compareceram ao evento neste feriado. "A corrupção existe no mundo todo. O que queremos é o fim da impunidade", disse ele. A empresária aposentada Márcia Borges, também resolveu sair de casa para mostrar sua indignação hoje. "Sempre paguei muitos impostos e acho que precisamos lutar pelo nosso País", defendeu.

A Marcha Contra a Corrupção, convocada pelas redes sociais na internet, ofuscou o desfile comemorativo do 7 de Setembro, em Brasília, historicamente marcante por causa da participação do presidente da República e das Forças Armadas.

Cerca de 25 mil pessoas, segundo a Polícia Militar, caminharam ontem por uma via da Esplanada dos Ministérios para protestar contra a série de escândalos que marcam a política contemporânea brasileira. No mesmo momento, a presidente Dilma Rousseff estreava, do outro lado da rua, no papel de primeira mulher presidente a comandar a cerimônia nacional do Dia da Pátria.

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A forte segurança do 7 de Setembro impediu o contato de integrantes da marcha com participantes do desfile oficial. O sucesso do protesto ocorreu uma semana após congresso do PT demonstrar que não apoia nenhum tipo de "faxina" anticorrupção no governo e de considerar que esses movimentos eram parte de uma "conspiração midiática" e uma forma de promover a "criminalização generalizada" da base aliada ao Planalto.

A marcha evitou as referências partidárias. Membros do PSOL tentaram levar bandeiras do partido, mas foram impedidos de seguir adiante com os adereços. O senador Álvaro Dias (PSDB-PR) ensaiou entrar na marcha, mas, advertido, preferiu apenas acompanhá-la discretamente.

Vestidos de preto, com narizes de palhaço, faixas e cartazes, os manifestantes criticaram a absolvição da deputada Jaqueline Roriz (PMN-DF), na semana passada, o voto secreto no Congresso, os recentes escândalos de corrupção no governo e a manutenção do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), no comando do Legislativo. Pediram até a destituição de Ricardo Teixeira da presidência da Confederação Brasileira de Futebol (CBF).

Exigiram, ainda, a aplicação imediata da Lei da Ficha Limpa - que depende de julgamentos no Supremo Tribunal Federal (STF). Uma faixa vinculava o nome do ditador líbio Muamar Kadafi à política brasileira, lembrando que qualquer um pode se candidatar, independentemente da ficha criminal. "Kadafi, não importa o seu passado, no Brasil você pode ser deputado."

Em oito meses de gestão, Dilma foi obrigada a trocar Antonio Palocci, Alfredo Nascimento e Wagner Rossi por conta do envolvimento deles em suspeitas de corrupção na Esplanada.

O protesto começou tímido no Museu Nacional de Brasília, por volta de 9h, com 2 mil pessoas, mas foi engrossando com a adesão de quem foi ao desfile oficial. No fim, ao meio-dia, na Praça dos Três Poderes, a marcha chegou a 25 mil pessoas, segundo balanço da PM. A rede social Facebook foi a principal ferramenta de convocação, observou Luciana Kalil, 30, uma das organizadoras do protesto.

Ministros

Em um desfile rotineiro e de público reduzido, o 7 de Setembro em Brasília chamou a atenção mais pela presença de quase todos os ministros no palanque presidencial, prestigiando a estreia de Dilma Rousseff - primeira mulher presidente da República - no comando da comemoração nacional do Dia da Pátria. Pelo menos 32 ministros foram à festa, que teve um esquema de segurança reforçado por conta das manifestações contra a corrupção.

Dilma foi ao desfile acompanhada da filha Paula e do neto Gabriel, de um ano. Apesar da presença maciça dos ministros, foi notada a ausência do vice-presidente Michel Temer, que viajou para Natal. Também não compareceram à cerimônia os presidentes do Congresso, senador José Sarney, e do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Cezar Peluso, que cobra do Executivo e do Congresso a aprovação de um reajuste salarial de quase 15% para o Judiciário. Ao contrário do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Dilma não prestigiou a tradicional exibição da Esquadrilha da Fumaça. Assim que o último batalhão militar passou à frente do palanque presidencial, Dilma foi embora, sendo seguida pelos demais ministros. O neto Gabriel deixou o palanque às 10h05, depois de brincar muito com a avó e com a faixa presidencial. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Apesar de não terem visto nem ouvido os manifestantes da Marcha Contra a Corrupção, as autoridades que estavam em Brasília no desfile do 7 de Setembro, ao lado a presidente Dilma Rousseff, consideraram o protesto como parte do jogo democrático. Blindados pelos tapumes que tomaram todo o quarteirão em frente ao palanque oficial, o presidente da Câmara, deputado Marco Maia (PT-RS), e o ministro da Justiça, José Eduardo Martins Cardozo, classificaram o ato como "legítimo" e "ocorrência natural em uma democracia".

O ministro dos Transportes, Paulo Sérgio Passos, cuja pasta foi um dos alvos da "faxina" e dos manifestantes, esquivou-se de falar sobre o protesto alegando que "não viu nada". Ele disse que não estava constrangido com a manifestação. Passos, que ocupou o cargo de secretário-executivo da pasta durante todo o governo do ex-presidente Lula (2003-2010), disse que "as questões internas do ministério já estão encaminhadas e sendo cuidadas pela Controladoria Geral da União (CGU), pelas auditorias, pelas comissões de sindicância e processos administrativos e disciplinares". A CGU deve divulgar amanhã um primeiro balanço das auditorias feitas nos contratos do Ministério dos Transportes.

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Marco Maia lembrou que já participou de muitas manifestações pelo país afora e que a marcha de hoje, na Esplanada dos Ministérios, era "importante para a democracia brasileira" e, por isso, deveria ser "respeitada e apoiada". Pelo fato de o desfile e o protesto dividirem a mesma avenida, mas em sentidos diferentes, o presidente da Câmara disse que isso era um exemplo de convivência pacífica e democrática. "Que bom que vivemos em um país democrático, onde as pessoas podem expressar suas opiniões e posições de forma livre, respeitando a segurança e a liberdade de ir e vir das pessoas", disse Marco Maia.

Para Maia, não há nenhum constrangimento para o governo da presidente Dilma. "O governo tem sido o maior batalhador no combate aos malfeitos, que as denúncias sejam investigadas. Não vejo nenhum constrangimento, ao contrário, reforça a politica que o governo tem feito de combate à corrupção", afirmou. José Eduardo Cardozo, da Justiça, compartilha da mesma opinião de Marco Maia. "É um dever dos nossos governantes, de todas as pessoas que atuam no mundo público, ter respeito pela coisa pública e combater a corrupção".

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