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O pré-candidato do PSL à Presidência da República, deputado Jair Bolsonaro (RJ), foi vaiado nesta quarta-feira, 23, duas vezes durante sabatina na Marcha a Brasília em Defesa dos Municípios, organizada pela Confederação Nacional dos Municípios (CNM). Ele foi o primeiro dos pré-candidatos a ser hostilizado pela plateia, por ter dado respostas consideradas curtas e não se aprofundado no tema em debate.

Após a primeira vaia, ele perguntou: "É para mim ou pelo tempo?", em referência ao fato de não ter usado os quatro minutos disponíveis pela resposta. "Já estou satisfeito. Vamos para a próxima", havia dito ao encerrar sua fala antes da hora.

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Bolsonaro respondia a questões da pauta municipalista, como repasses de verbas para Saúde, Educação e Saneamento Básico e também se firmaria compromisso de receber os representantes dos municípios a cada três meses.

Na segunda onda de vaias, ele subiu o tom de voz: "Quem tiver ideias, por favor, me procure. Não vim aqui para dizer que sou melhor do que os outros. Não tem solução fácil. Não tem espaço aqui para gente que, na base do grito e do gogó, diz que vai resolver".

O presidente da CNM, Paulo Ziulkoski, ponderou que Bolsonaro poderia virar presidente e que todos os partidos estavam representados no plenário - em referência aos prefeitos. "Vamos respeitar e evitar a intolerância", disse.

Ao iniciar sua participação no palco, o deputado avisou que estava "segurando os ataques" que recebe, desde que assumiu a pré-candidatura. Ele considera que a campanha será marcada por um "vale-tudo". "Meu pavio foi curto no passado, cresceu agora", disse o capitão da reserva do Exército.

Aos prefeitos, Bolsonaro sugeriu a extinção do Ministério das Cidades, "alvo de cobiças e luta fratricida dentro do Parlamento", segundo ele. Ele propõe que o governo federal repasse direto os recursos para as prefeituras, sem intermediação da pasta. "Quero ficar sábado e domingo na praia. Se não desburocratizar e mandar o dinheiro direto para os senhores isso não será possível", disse o parlamentar.

Bolsonaro ainda disse que verifica com sua equipe econômica se será possível reduzir impostos, mesmo sabendo que os prefeitos vão "chiar". "Aumentar impostos não passa pela minha cabeça", afirmou.

O vereador do Recife Fred Ferreira (PSC) protagonizou com o também vereador Ivan Moraes (PSOL) um debate envolvendo a “Marcha da Maconha”, que acontece no próximo sábado (19). O vereador evangélico pediu vista ao requerimento de Ivan, que queria um voto de aplauso para o evento. Fred chegou a dizer que há coisas mais importantes no município para ser debatido na Câmara do Recife. 

Na visão de Ferreira, o ato incentiva o consumo. “No meu mandato busco sempre defender a bandeira da família e sou contra as drogas e qualquer ato que venha a incentivar o seu consumo”, disse ressaltando que vai trabalhar contra a ideia do psolista durante a votação na Casa. 

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Ele falou que 70% das mortes em Pernambuco estão ligadas ao tráfico de drogas. “Esse é um assunto muito sério, que exige um debate profundo sobre os efeitos provocados em nossa sociedade. Não é pedindo voto de aplauso para uma marcha da maconha que nós faremos o enfrentamento necessário a esse problema tão sério” argumentou. 

O vereador do Recife Ivan Moraes (PSOL) apresentou, na Câmara Municipal do Recife, um voto de aplauso à 11ª Marcha da Maconha, que acontece no próximo sábado (19), com saída marcada para acontecer às 16h20. A concentração será na Praça Oswaldo Cruz, na área central da capital pernambucana. 

No entanto, o vereador Fred Ferreira (PSC) pediu vista à proposta que voltará a ser debatido na próxima semana. Ivan lamentou o ocorrido. “A marcha já chega a ter 11 anos, mas infelizmente o requerimento que daria o voto de aplauso foi retirado, através do regimento, pelo vereador Fred Ferreira, a quem cito para quem possa inclusive debater porque eu acho que o debate não pode ser censurado nesta Casa”, declarou em pronunciamento no plenário. O psolista ainda disse esperar que a discussão possa voltar ao debate na próxima semana de forma “livre e sem censura”. 

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Uma cidadã que acompanha a sessão chegou a se levantar da galeria e opinar afirmando que era necessário deixar a “ignorância de lado”. “Só se sai da ignorância com discussão, presidente, superar a ignorância. A Cannabis é uma planta que tem poder medicinal e vocês precisam saber, principalmente o vereador aí que precisa se se inteirar e ler mais”, disparou em referência a Fred Ferreira. 

Outro defensor da legalização da maconha para fins terapêuticos é o ex-vereador Osmar Ricardo. “Algumas pessoas têm epilepsia especial, que sente dores, e a Cannabis tem uma substância que acalma, que tira a dor, então isso é importante, inclusive, tem gente aqui no estado de Pernambuco que já ganhou o direito de plantar a maconha em sua casa para uso medicinal, que tem todo uma preparação de cuidado. É uma coisa polêmica, mas importante para quem precisa dela”, chegou a dizer em entrevista ao LeiaJá.

No convite da 11ª Marcha da Maconha, no facebook, é destacado a importância da legalização. "O problema não está nas drogas e sim nessa política proibicionista e seus tentáculos políticos que encarcera e mata cada vez mais". Os organizadores ainda afirmam a necessidade de "uma reforma na política das drogas, bem como  desencarceramento das pessoas atingidas pelo modelo proibicionista que atinge ainda mais as mulheres negras e pobres e pelo fim do genocídio do povo negro".

 

 

 

RIO DE JANEIRO - A 18ª edição da Marcha da Maconha marcha reuniu políticos, militantes e apoiadores na tarde deste sábado (5), em Ipanema, Zona Sul do Rio. O ato saiu da praia do Jardim de Alah em direção ao Arpoador e trouxe o slogan "Intervenção não. O Rio precisa de legalização". 

"Desde 1830, a maconha é usada de desculpa para prender e matar preto e pobre. É pra isso que serve a proibição da maconha. Mas a gente não aceita mais essa guerra aos pobres", discursou o vereador do PSOL, Renato Cinco, um dos organizadores do ato. 

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Os participantes levaram diversas faixas, bandeiras e cartazes contra a intervenção militar, instaurada em fevereiro por decreto federal. Entre as mensagens, a frase "Quantos mais vão precisar morrer até que essa guerra acabe?", proferida pela vereadora Marielle Franco (PSOL) em um dos seus discursos na Câmara Municipal, um dia antes de ser assassinada no Estácio.

Ressaltando o posicionamento da parlamentar, a marcha deste ano endureceu as críticas à política de repressão às drogas, devido ao elevado índice de mortes de moradores nas favelas e também de policiais em operações. 

"A gente sabe que, no final das contas, eles não estão preocupados em combater as drogas. eles estão preocupados em manter as favelas e as periferias sob terror constante. Esse é o objetivo da guerra às drogas", enfatizou Renato Cinco. 

Participante assíduo do ato, o deputado estadual Carlos Minc (PSB) também endossou a crítica à intervenção. "Hoje em dia, o Rio é refém da intervenção militar, que não resolveu nenhum problema. Todos os crimes aumentaram, só a liberdade é que diminiu". 

Com uma trajetória política marcada pela defesa de pautas ambientalistas, Minc, que foi um dos fundadores do Partido Verde (PV), exaltou a legalização da erva cannabis saativa como solução para acabar com o poderio do tráfico.

"O proibicionismo dá o monopólio das vendas da maconha e outras drogas ao traficante", afirmou. Os organizadores estimam que cerca de 10 mil pessoas participaram da marcha.

Integrantes da Frente Nacional de Luta Campo e Cidade (FNL) preparam uma marcha de Presidente Prudente, no extremo oeste do Estado de São Paulo, até a capital paulista, em solidariedade ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, preso em 7 de abril após ser condenado na operação Lava Jato.

A jornada de 560 quilômetros deve durar cerca de 40 dias e, segundo o líder da FNL, José Rainha Junior, vai começar com 500 militantes. "Ao longo do percurso, vamos receber adesões e engrossar as fileiras", disse. O Movimento Social de Lutas (MSL) também participará da maratona.

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A partida está marcada para o dia 21 de maio, após concentração no Parque do Povo, em Presidente Prudente. A caminhada seguirá pelas rodovias Raposo Tavares, Orlando Quagliato e Castelo Branco, com paradas em cidades ao longo do percurso. Na chegada à capital, está previsto um ato na Avenida Paulista, com participação de sindicatos ligados à Central Única dos Trabalhadores (CUT) e movimentos de sem-teto.

De acordo com Rainha Junior, o objetivo é chamar a atenção da sociedade para as ameaças à democracia, no momento em que o País tem um presidente não eleito pelo povo, e que o ex-presidente foi julgado e condenado sem provas para ficar inelegível. "Acabamos de ver o Supremo retirar parte da competência do juiz Sérgio Moro para julgar o caso do sítio de Atibaia. No entanto, ele prendeu Lula pelo triplex do Guarujá que, por analogia, era um caso que ele também não poderia julgar", disse.

Conforme o líder dos sem-terra, a marcha vai acontecer mesmo que o ex-presidente seja libertado. "Sabemos que a perseguição vai continuar, pois há outros processos em que ele também pode ser condenado. Além da liberdade de Lula, vamos defender a liberdade das pessoas e o estado democrático", disse.

Em 2014, no governo da petista Dilma Rousseff, cerca de 300 militantes da FNL, segundo a Polícia Rodoviária, marcharam 500 quilômetros, desde Assis, no oeste, até São Paulo, em protesto contra a paralisia da reforma agrária. Na capital, os manifestantes se juntaram a militantes do Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST) para um ato na Paulista.

Zoe Gordon tem 15 anos e neste sábado estará nas ruas de Washington para fazer história ao lado de centenas de milhares de estudantes que exigirão leis mais rigorosas sobre a venda de armas na Marcha por Nossas Vidas, programada para ocorrer em 837 cidades dos EUA e de quase 40 países.

A maior manifestação ocorrerá na capital americana, onde são esperadas 500 mil pessoas, número semelhante ao registrado na Marcha das Mulheres, em janeiro de 2017.

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Sobrevivente do ataque a tiros na Flórida que deixou 17 mortos na escola secundária Marjory Stoneman Douglas, há cinco semanas, Zoe disse que participa do movimento em homenagem às vítimas do massacre. "Marcho porque estou viva e eles, não. Usarei minha voz para promover a deles, como teriam feito se estivessem aqui."

Como muitos dos organizadores e participantes da marcha, Zoe acredita que é protagonista de um movimento sobre o qual estudantes do futuro lerão. "Nós vamos fazer história. Nós vamos provocar mudanças. Não vamos parar até que elas ocorram." Mas os estudantes terão o desafio de manter a mobilização em um cenário no qual a cobertura de suas ações pela imprensa e a receptividade do público a sua mensagem tendem a diminuir.

Por enquanto, o Congresso americano se mostrou imune à pressão dos adolescentes e rejeitou aprovar qualquer restrição significativa ao comércio e ao porte de armas no país. Diante da reação ao ataque, a Assembleia Legislativa da Flórida aumentou a idade mínima para compra de armas, de 18 para 21 anos, e criou um período de espera de três dias para a entrega de armas a um comprador. As medidas estão longe das exigidas pelos estudantes, mas representaram um desafio à Associação Nacional do Rifle (NRA) em um dos Estados onde o lobby pró-armas é mais poderoso.

Uma das editoras do jornal da Marjory Stoneman Douglas, Rebecca Schneid, de 16 anos, disse que a marcha deste Sábado é o começo de um movimento que pode durar anos. "Não vamos parar. Vamos continuar a marchar e a pressionar os legisladores. Mais importante, vamos usar nosso voto para tirá-los de seus cargos. Vamos votar em pessoas que nos escutem", afirmou, lembrando que os estudantes viverão mais que os políticos que comandam hoje.

Rebecca estava na aula de jornalismo quando o ataque ocorreu e se escondeu com outros 19 estudantes no local onde são guardados equipamentos fotográficos. "Foram duas horas de puro terror. Realmente achei que ia morrer." Segundo a estudante, a crescente influência do movimento iniciado em sua escola aumentou sua convicção de que ela e seus colegas conseguirão realizar mudanças.

As demandas dos adolescentes incluem a proibição de vendas de fuzis semiautomáticos e de cartuchos de munição com mais de dez balas, a elevação para 21 anos da idade mínima para compra de armas, a verificação de antecedentes em todas as transações e o aumento dos recursos destinados ao tratamento de problemas mentais.

Pesquisa NPR/Ipsos, divulgada no início do mês, mostrou que a maioria dos eleitores apoia as propostas. Entre os entrevistados, 70% disseram ser favoráveis ao veto à venda de fuzis semiautomáticos e cartuchos com mais de dez balas.

A checagem de antecedentes de todos os compradores de armas foi defendida por 94% - as transações feitas em feiras de armas não passam por verificação. A proposta do presidente Donald Trump de armar professores foi rejeitada por 59%. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Um novo ato para pressionar o poder público sobre a elucidação do assassinato da vereadora Marielle Franco, do PSOL, será realizado no final da tarde desta sexta-feira (16).

A marcha vai repetir o trajeto dessa quinta (15) e sairá da Cinelândia pela Avenida Rio Branco em direção à Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), a partir das 17h. Mais de 13 mil pessoas confirmaram presença no evento criado no Facebook.

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"A gente tem que fazer a cobrança da investigação profunda. A gente precisa ter a resposta daquelas que são as autoridades responsáveis pela investigação. Eles tem que dar essa resposta, mas tem que ser uma cobrança contudente", ratificou o deputado federal, Glauber Braga.

Além de cobrar celeridade nas investigações sobre as mortes da parlamentar e de seu motorista, Anderson Pedro Gomes, a militância pretende alertar para o extermínio de jovens negros e pobres, uma das bandeiras que eram defendidas pela vereadora.

Dias antes do crime, Marielle chegou a publicar em sua página uma denúncia contra a ação truculenta de policiais na Favela do Acari, Zona Norte do Rio, onde dois jovens foram mortos no final de semana passado. Amigos da vereadora acreditam que essa pode ter sido a motivação do crime. 

"Mataram uma de nós. Mataram a minha amiga, mataram a nossa companheira. Mas se eles acham que isso vai nos fazer retroceder, estão enganados. Somos muitas Marielles vivas", discursou emocionada a vereadora do PSOL em Niterói, Talíria Perone, que esteve com Marielle no evento "Jovens Negras Movendo as Estruturas", realizado na Lapa, poucas horas antes da parlamentar ser executada.

A polícia já confirmou que foram disparados 13 tiros de pistola 9mm contra o carro onde estavam Anderson, Marielle e sua assessora, que sobreviveu ao ataque. Um dos veículos envolvido na ação é um Cobalt na cor prata, com placa de Nova Iguaçu. Contudo, a Delegacia de Homicídios está apurando se um outro carro foi usado para dar cobertura.  

A dois dias do julgamento do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a cidade de Porto Alegre começa a ser ocupada por movimentos, sindicatos e partidos que apoiam o líder-mor petista e são contra a condenação dele no Tribunal Regional Federal da 4ª região (TRF4). Na manhã desta segunda (22), uma marcha feita por membros do Movimento Sem Terra (MST), da Central Única dos Trabalhadores e petistas chama a atenção. 

Erguendo faixas com frases que dizem “eleição sem Lula é fraude” e “defender Lula é defender a democracia”, eles percorreram da entrada da cidade até a região central, onde fica localizada a sede do TRF4. “É uma luta com alegria e esperança na defesa do presidente. Vamos entrar em Porto Alegre de cabeça erguida, temos certeza da causa que defendemos. A causa dos justos. Esse julgamento marca um período da nossa história em que temos que nos submeter a uma ditadura disfarçada ou lutar para que a democracia vença”, declarou a presidente nacional do PT, senadora Gleisi Hoffmann.

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Na próxima quarta-feira (24), o TRF4 vai apreciar o recurso de Lula contra a sentença do juiz Sérgio Moro que o condenou a cumprir 9 anos e 6 meses de prisão, pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro. O ex-presidente vai ser julgado, em segunda instância, pelo processo da Lava Jato referente ao pagamento de propina da empresa OAS, a partir de um triplex no Guarujá, litoral de São Paulo. Além da detenção, a sentença de Moro também o proíbe de exercer cargos públicos por sete anos e a pagar uma multa de R$ 669,7 mil. 

Uma multidão tomou as ruas da cidade americana de Las Vegas neste domingo (21), no segundo dia de protestos pelos direitos das mulheres e contra o presidente Donald Trump.

As manifestantes destacaram a necessidade de organização política com vistas às eleições parlamentares de metade de mantado, que serão realizadas em novembro.

"Temos que caminhar juntos, temos que organizar juntos, temos que nos mobilizar juntos e temos que votar juntos, inclusive quando não nos agrada", disse Tamika Mallory, copresidente da organização da Marcha das Mulheres, em Las Vegas.

"Temos o poder de mudar todas as políticas e fazer que quem seja eleito trabalhe para nós (...), mas devemos nos levantar e sermos fortes e corajosas", afirmou.

Os manifestantes repetiram palavras de ordem como "O poder nas urnas", enquanto outros exibiram cartazes com inscrições que diziam "O presidente dos Estados Unidos é racista" ou "Mesmo trabalho, mesma remuneração".

No sábado, milhares de pessoas, principalmente mulheres, foram às ruas de mais de 200 cidades de todo o país como parte da segunda Marcha das Mulheres contra Donald Trump, coincidindo com o primeiro aniversário do presidente na Casa Branca.

Em 2017, mais de 3 milhões de pessoas em todo o país mostraram sua oposição ao presidente republicano, que havia acabado de assumir a Presidência.

Dezenas de milhares de pessoas foram às ruas de cidades nos Estados Unidos neste sábado (20) para a segunda "Marcha das Mulheres", a fim de manifestar o seu repúdio ao presidente Donald Trump no dia em que ele completa o primeiro aniversário na Presidência. Com seu epicentro em Washington, as marchas esperavam ser muito mais modestas do que há um ano, quando uma estimativa de três milhões de pessoas em todo o país protestaram contra a chegada do magnata à Casa Branca.

Mas as manifestações deste fim de semana esperam manter a chama da resistência com a mensagem "Power to the Polls" (Poder às urnas), com o objetivo de estimular a votação e potencializar a participação das mulheres nas eleições de meio de mandato de novembro, na qual uma cifra recorde de mulheres disputam um cargo. Os manifestantes se reuniram em Washington, Nova York, Chicago, Denver e outras cidades americanas neste sábado, muitos vestindo os famosos gorros cor de rosa com orelhas de gato, conhecidos como "pussy hats", uma referência à fala sexista de Trump - registrada em uma gravação - de que era capaz de "pegar pela xoxota" (by the pussy, no original em inglês) impunemente as mulheres que desejava.

"Fomos à primeira marcha das mulheres, mas sentimos que nosso trabalho não está terminado e que há muito mais que precisamos conquistar", disse Tanaquil Eltson, de 14 anos, que foi ao protesto em 2017 e retornou neste sábado em Washington com sua mãe. "Sei que o mundo que me cerca não é de cores alegres, dá medo. Mas estou emocionada de ser capaz de conquistá-lo", disse, vestindo uma roupa de Super-Mulher.

Sua mãe, Vitessa, uma tenente-coronel do Exército reformada, também se mostrou esperançosa. "Convivi durante décadas com problemas de assédio sexual e isso está melhorando, mas não está nada perto de onde precisa estar", disse, usando uma roupa de Mulher-Maravilha, fazendo uma brincadeira com sua filha.

"Os temas que as mulheres enfrentam não estão suficientemente representados em nosso país. Por isso, é um privilégio sermos capazes de sair e tentar fazer algo como cidadãos", acrescentou. Milhares de manifestantes seguravam cartazes com mensagens que incluíam "Brigue como uma menina" e "Lugar de mulher é na Casa Branca". Mais de 300 povoados e cidades estão organizando marchas e protestos pelo aniversário da posse de Trump, embora nem todos estejam relacionados entre si.

Centenas de pessoas se uniram no domingo (12) em Hollywood, em apoio ao crescente movimento contra abuso sexual que emergiu depois que o produtor de cinema Harvey Weinstein e outras personalidades do mundo do entretenimento foram acusadas de assédio.

Os manifestantes se reuniram em frente ao icônico Dolby Theatre em Hollywood para chamar a atenção para o tema. É nesse local que acontece a festa de entrega das estatuetas do Oscar, o grande prêmio da indústria cinematográfica americana.

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Nos cartazes dos ativistas, podia-se ler "Como me visto não quer dizer que 'sim'!!! #MeToo" (#EuTambém), ou "Unidos para enfrentar o patriarcado".

O protesto aconteceu em meio à enxurrada de cruéis revelações feitas por homens e mulheres de casos de abuso sexual por parte de poderosos do showbusiness.

A campanha #MeToo para denunciar assédio e abuso começou em meados de outubro no Twitter, com mulheres de diferentes partes do planeta revelando suas experiências.

"Estou realmente feliz de estar aqui, porque foi Hollywood que abriu esse escândalo", disse Tarana Burke, cofundadora da organização Just Be Inc., ao jornal The Los Angeles Times.

"É realmente simbólico que se faça essa passeata, não com estrelas de Hollywood, e sim em Hollywood", acrescentou.

Na semana passada, o comediante Louis C.K. se tornou a mais nova figura de Hollywood acusada de abuso sexual, depois de Weinstein, do produtor-diretor Brett Ratner, do escritor-diretor James Toback, do ator Kevin Spacey e do produtor Benny Medina.

Ao menos 60 mil nacionalistas marcharam neste sábado em Varsóvia em uma manifestação convocada por grupos de ultradireita para coincidir com as cerimônias de aniversário da independência da Polônia.

A marcha dos direitistas foi um dos vários eventos que comemoraram os 100 anos da refundação da Polônia como nação, após 123 anos fora do mapa. Horas antes, o presidente polonês, Andrzej Duda, havia encabeçado as cerimônias oficiais que também tiveram a presença do presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, ex-primeiro-ministro polaco.

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Porém, a marcha da extrema-direita ofuscou as outras cerimônias nos anos recentes. Nela, os participantes elogiaram ideias xenófobas, de supremacia branca ou antissemitas. Um dos cartazes pedia "Por uma irmandade entre as nações brancas da Europa!". À emissora TVP, um dos manifestantes disse que estava no ato "para tirar os judeus do poder mundial".

O lema da marcha este ano era "Queremos a Deus", parte da letra de um antigo cântico religioso polaco que foi citado pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, em visita recente ao país. Os organizadores falaram da importância de combater os liberais e defender o cristianismo.

Alguns manifestantes portavam a bandeira da Polônia, enquanto outros dispararam fogos de artifício. A reportagem constatou também cartazes com a imagem da falange, símbolo fascista que remonta à década de 1930.

Houve também uma contramanifestação antifascista, porém muito menor. As autoridades polonesas de segurança mantiveram as duas mobilizações bem separadas para evitar casos de violência. Fonte: Associated Press.

“Tudo se resolve com amor e respeito”. É assim que Mãe Sônia da Silva, da Nação Ketu, sintetiza a 11ª edição da Caminhada dos Terreiros de Pernambuco, realizada pela Associação Caminhada dos Terreiros de Pernambuco (ACTP) nesta quarta-feira (1). Concentrados no Marco Zero desde as 14h, representantes de quase todos os 3 mil terreiros do Estado se reuniram para pedir respeito às religiões de matriz africana. 

De acordo com Pai Cleiton de Oxum, uma das lideranças religiosas presentes, o objetivo da caminhada é tão político quanto religioso. “Essa caminhada abre o mês da consciência negra e tem a intenção de reivindicar políticas públicas para o nosso povo e dizer não à intolerância religiosa, que está muito forte. Serão muitas as falas políticas, voltadas para questões como a inclusão das pessoas LGBT, o fim do extermínio da juventude negra e a igualdade racial”, comenta. De acordo com Pai Cleiton, a Caminhada deve agregar representações de terreiros de todo o estado. “Temos aqui pessoas de cidades como Serra Talhada, Goiana, Itambé, Caruaru, Paudalho e Palmares”, completa. 

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Nicole Ellen, Antony Alef e Anne Beatriz mostram com orgulho os trajes do candomblé durante a Caminhada. (Rafael Bandeira/LeiaJá Imagens) 

Adepto do candomblé, Antony Alef exibe com orgulho as vestimentas de sua religião. “Muitas pessoas tem medo de se mostrar com nossos trajes, por medo. A intolerância é muito grande, mas se a gente não botar a cara, se a gente não se vestir com as nossas roupas e se esconder, não vai conquistar nossos direitos nunca”, afirma. A filha de santo Anne Beatriz destaca ainda a oportunidade de fortalecer sua fé no evento. “Todo ano estou presente. Nos deixa mais firmes mostrar para as pessoas que o candomblé é uma religião de acolhimento. Num terreiro se constrói uma família de axé, onde um ajuda o outro. Também temos Deus em nossa vida”, coloca. 

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Um dos organizadores da caminhada, o “Abiã” (iniciante na religião) Ricardo Veríssimo pontua que o itinerário do cortejo reforça seu teor político. “O trajeto inclui trechos históricos do Recife para as mobilizações sociais, como o Palácio do Campo das Princesas e a Rua do Sol, sendo finalizado no Pátio de São Pedro, local que sempre sediou manifestações afro-brasileiras”, explica. 

A “Frevioca” foi disponibilizada pela Prefeitura do Recife para acompanhar a Caminhada. A Autarquia de Trânsito e Transporte Urbano do Recife (CTTU) também preparou operação especial de trânsito para acompanhar o evento, com agentes de trânsito sendo destacados para a Ponte Giratória, ruas da Moeda e Vigário Tenório, além da Avenida Alfredo Lisboa. 

Diálogos


A budista Floridalva Cavalcanti foi ao cortejo para demonstrar apoio à diversidade religiosa. (Rafael Bandeira/LeiaJá Imagens)

Em meio à multidão trajada de branco, as vestes monásticas vermelhas de Floridalva Cavalcanti, uma das integrantes do Centro de Estudos Budistas Bodsatva (CEBB), logo se destacam. “O CEBB Recife compõe o Fórum da Diversidade Religiosa de Pernambuco (Diálogo), junto a instituições de diversas religiões, como o judaísmo e o islamismo. Nosso objetivo é promover ações de combate à intolerância religiosa”, explica. Lançado em dezembro de 2012, o Fórum é produto da reunião de diversas lideranças religiosas de Pernambuco, unidas pelo desejo de promover a tolerância. “Vimos uma possibilidade de nos conhecermos e nos respeitarmos. A gente veio mostrar que está junto ao povo dos terreiros”, conclui.

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Cerca de mil pesquisadores e estudantes se reuniram neste domingo, 8, na Avenida Paulista, região central de São Paulo, para a 3ª Marcha pela Ciência. Eles pediam pelo fim dos cortes no orçamento do Ministério da Ciência, Tecnologia e Comunicações, que deve receber em 2017 apenas 20% do necessário para fechar as contas do ano. Com isso, há a ameaça de que alguns institutos tenham de fechar as portas no ano que vem.

"Não estamos lutando por melhores salário, estamos lutando para poder trabalhar, para fazer ciência. Estamos lutando pelo Brasil", afirmou ao jornal "O Estado de S. Paulo", durante a manifestação, Helena Nader, ex-presidente da Sociedade Brasileira pelo Progresso da Ciência (SBPC).

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A manifestação, convocada pela entidade, juntamente com a Associação dos Pesquisadores Científicos do Estado de São Paulo (APqC), reuniu professores, estudantes e simpatizantes de instituições como USP, Unicamp, Unesp, Instituto de Pesquisas Tecnológicas e PUC-SP, que partiram do Masp e marcharam por cerca de 1h40 pela avenida.

Com gritos de guerra como "sem ciência não tem futuro" e "1, 2, 3, 4, 5 mil, se corta a ciência não avança o Brasil", os manifestantes lembraram que sem ciência não há remédios - como viagra -, nem vacinas, e a agricultura não teria como avançar. Afirmaram que os cortes vão na contramão do que ocorre nos países desenvolvidos e também nos Brics, grupo que reúne Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul.

Em frente ao escritório da Presidência da República, entoaram "Fora Temer" e lembraram ao presidente da carta enviada a ele por 23 prêmios Nobel. O documento, enviado no final de setembro, alertou o presidente de que os cortes orçamentários em Ciência e Tecnologia "comprometem seriamente o futuro do Brasil" e precisam ser revistos "antes que seja tarde demais".

Esta é a terceira vez que cientistas vão às ruas neste ano para pedir que parem os cortes no setor, mas pela primeira vez reuniu tantas pessoas. A chuva que estava prevista para esta tarde não ocorreu, e o público animado se misturou aos paulistanos já acostumados a tomarem a Paulista aos domingos.

Centenas de pessoas acompanharam neste domingo a III Marcha das Mulheres Negras, na Avenida Atlântica, na orla de Copacabana, zona sul do Rio.

A manifestação tinha como objetivo chamar a atenção para a desigualdade e a discriminação vividas diariamente por mulheres negras em todo o País.

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"Queremos mais respeito, mais dignidade. Nossa luta é pela igualdade, pelo respeito às mulheres negras. A cada 24 horas, 13 mulheres negras são assassinadas neste País", disse Eliana Custódio, uma das organizadoras da marcha.

De acordo com dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) no ano passado, entre 2005 e 2015, o porcentual de negro e negras universitários saltou de 5,5% para 12,8%. No entanto, esse o crescimento positivo não é igual quando a análise é a ocupação de vagas no mercado formal de trabalho. Mesmo mais graduados, os negros continuam com baixa representatividade nas empresas.

Nas organizações, a desigualdade entre brancos e negros aparece de forma gritante. Segundo dados de uma pesquisa do Instituto Ethos, realizada no último ano, pessoas negras ocupam apenas 6,3% de cargos na gerência e 4,7% no quadro executivo, embora representem mais da metade da população brasileira.

Neste contexto, a presença de mulheres negras, em comparação aos homens, é ainda mais desfavorável: elas preenchem apenas 1,6% das posições na gerência e 0,4% no quadro executivo. A situação só se inverte nas vagas de início de carreira ou com baixa exigência de profissional, como em nível de aprendizes (57,5%) e trainees (58,2%).

Outro desafio da população negra é a disparidade salarial. Ainda que tenha diminuído nos últimos anos, os dados sobre desigualdade de renda continuam a registrar um desequilíbrio considerável entre brancos e negros no Brasil.

A Pesquisa Mensal de Emprego (PME) do IBGE indica isso. No início de sua série histórica, em 2003, um negro não ganhava nem metade do salário de um branco (48%). Atualmente, pouca coisa melhorou. Fazendo a mesma comparação, em 2015, um negro passou a ganhar pouco mais da metade dos rendimentos de um branco (59%).

A atriz Taís Araújo ajudou a divulgar o evento.

O evento foi convocado pelo Fórum de Mulheres Negras do Estado do Rio de Janeiro. A concentração teve início às 10h, na altura do Posto 4, e deve terminar às 17h na praia do Leme, com a realização de uma feira de mulheres afroempreendedoras e roda de samba do grupo O Samba Brilha.

Apesar da repressão, a oposição venezuelana convocou seus seguidores a ir às ruas mais uma vez nesta quinta-feira (6), em uma marcha até a sede do Tribunal Supremo de Justiça (TSJ) na capital, Caracas. A informação é da agência Télam.

Enfrentamentos entre tropas de segurança do Estado, civis armados e manifestantes que protestavam contra o governo de Nicolás Maduro foram registrados ontem à noite e hoje pela  madrugada em várias zonas da Venezuela, poucas horas depois que grupos vinculados ao oficialismo invadiram a sede do Parlamento, deixando um saldo de 20 feridos.

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A nova atividade convocada pela oposição se denomina "marcha contra a ditadura" e partirá de 41 pontos da capital, Caracas. De acordo com a oposição, caso sejam reprimidos farão um piquete nos lugares onde ficarem detidos.

A oposição está nas ruas há 97 dias, exigindo eleições e rechaçando a "fraude constituinte", por conta da Assembleia convocada por Maduro para redigir uma Constituição e refundar a República, com reunião marcada para o próximo dia 30.

Funcionários da Guarda Nacional Bolivariana (GNB) e da Polícia Nacional Bolivariana reprimiram o protesto. Através das redes sociais, moradores difundiram fotografias e vídeos da repressão de soldados uniformados, que lançaram gases lacrimogêneos e atiraram balas de borracha contra edifícios residenciais.

Também se registraram protestos contra a Constituinte comunal convocada por Maduro em  zonas populares como Quinta Crespo, San Juan, San Martín, El Paraíso e La Urbina na capital venezuelana.

Da Agência Télam

As autoridades turcas anunciaram neste sábado (24) que proibirão o desfile anual do Orgulho Gay, que aconteceria na Praça Taksim de Istambul, por motivos de "segurança". No entanto, os organizadores do evento se mostraram dispostos a celebrar o desfile previsto para o domingo e tacharam a proibição oficial de decisão "sem fundamento".

Os ativistas convocaram a marcha do Orgulho Gay às 17h (11h de Brasília) de domingo, mas o gabinete do governador de Istambul não permitiu a sua celebração. "Não haverá a permissão para uma manifestação ou uma marcha nessa data levando em conta a segurança dos turistas na área e a ordem pública", disse em um comunicado.

As autoridades locais indicaram também que não receberam um pedido formal para realizar o desfile. Lara Ozlen, do comitê organizador da marcha do Orgulho Gay, qualificou de "mentira" as palavras do gabinete do governador. "Conheciam a nossa intenção há muito tempo, já que apresentamos um pedido há semanas", assegurou à AFP.

A ONG Anistia Internacional (AI) acolheu a decisão das autoridades "com grande inquietação", de acordo com um comunicado, e pediu à Turquia que retirasse a proibição e respeitasse a liberdade de expressão e de reunião. Em 2015 e 2016, as autoridades já proibiram as marchas do Orgulho Gay e os manifestantes que não respeitaram o veto foram dispersados com violência pelas forças de segurança.

Estas manifestações foram realizadas sem incidentes nos anos anteriores, com milhares de participantes que desfilavam para defender os direitos LGBT - lésbicas, gays, transexuais, bissexuais e intersexuais - em um dos maiores eventos deste tipo no Oriente Médio.

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Sindicalistas pernambucanos embarcam em três ônibus, na tarde desta segunda-feira (22), para Brasília onde vão participar, na próxima quarta (24), do ato "Ocupa Brasília" em protesto às reformas da Previdência e trabalhista. De acordo com informações repassadas pelos organizadores da chamada Marcha dos Cem Mil rumo à capital federal, durante uma coletiva na manhã de hoje na Praça do Derby, área central do Recife, são 150 pessoas de oito centrais sindicais diferentes. 

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O presidente da Central Única dos Trabalhadores em Pernambuco, Carlos Veras, explicou como será o ato em Brasília. Segundo ele, na quarta-feira (24) começam as manifestações no Mané Garrincha, onde cada uma das centrais sindicais vai ter uma tenda e a partir das 12h começa a marcha reunindo os trabalhadores. “É pelo fora Temer, não às reformas, revogação imediata de todos os atos cometidos por esse governo ilegítimo e golpista do Michel Temer”, explica Veras.

Ele esclarece, ainda, que além de pressionar o Congresso contra as reformas uma das pautas é o pedido por Diretas Já. "Através de eleições diretas seria feita uma constituinte exclusiva e soberana para a realização da reforma política", esclarece Veras.

Segundo o presidente da Força Sindical no estado e vereador do Recife, Rinaldo Júnior (PRB), Pernambuco tem forte participação no ato. Para ele, os trabalhadores precisam reivindicar seus direitos.

O movimento é unificado, lembram os representantes das centrais que estavam presentes. Participam a Força Sindical, CUT, UGT, Nova Central, Intersindical, CGTB, Conlutas e CTB.

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O prefeito de Petrolina, Miguel Coelho (PSB), nesta terça-feira (16), embarcará para Brasília, onde participa da 20ª edição da Marcha dos Prefeitos. “A mobilização dos prefeitos é uma iniciativa importante, principalmente para acelerar as discussões sobre a remodelação do pacto federativo”, declarou. 

O socialista, que fica em Brasília até a quinta-feira (18), também tem reunião marcada com o ministro dos Transportes, Maurício Quintella. Segundo Miguel, a pauta é com o foco de conseguir investimentos para obras de mobilidade para a cidade sertaneja. “Temos encontros nos ministérios e com lideranças políticas para apresentar novos projetos estruturantes para Petrolina e liberar recursos importantes”, contou. 

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Nesta segunda-feira (15), o prefeito ainda falou da recuperação do estádio municipal. “Queremos ver o estádio municipal recuperado, reformado, aberto para o nosso povo como uma nova forma de lazer e de prática de esportes. Temos buscado os recursos junto ao Governo Federal, contado com grandes parceiros e trabalhado para que tenhamos um novo Paulo Coelho. Só assim com a mão na massa e a participação de todos é que a gente consegue transformar Petrolina”, declarou.

A polícia dispersou hoje (19) com gás lacrimogêneo uma das manifestações de opositores ao governo de Nicolás Maduro, no centro de Caracas. O protesto pretendia chegar à sede da Defensoria do Povo. Em outra manifestação contrária ao governo uma pessoa foi baleada. As informações são da Agência EFE.

Membros da Guarda Nacional Bolivariana (GNB, polícia militarizada) dispersaram a concentração opositora na zona de Paraiso quando tentavam marchar para o centro, o que ocasionou o enfrentamento com alguns manifestantes, que responderam lançando pedras contra os agentes.

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"Denunciamos um manifestante ferido de bala na Praça La Estrella de San Bernardino. #UnidosContraElGolpe", afirmou em sua conta no Twitter o deputado Jorge Millán, em referência aos fatos ocorridos em outra zona do centro da cidade, dos quais não foram revelados detalhes, nem os autores do disparo.

Vários meios locais informaram que o ferido é um jovem de 19 anos, chamado Carlos José Moreno, que está sendo atendido no Hospital das Clínicas Caracas, centro privado de saúde próximo do local em que ocorreu o fato. Em sua conta no Twitter, a aliança opositora Mesa da Unidade Democrática (MUD) afirmou que, apesar da "repressão" em Paraiso, os cidadãos continuaram marchando.

Do local da marcha, que partiu da avenida El Libertador de Caracas, o deputado Henry Ramos Allup e o governador do estado de Lara, Henri Falcón, tentaram dialogar com funcionários da Polícia Nacional Bolivariana (PNB) para que permitissem a passagem do protesto do leste ao oeste da cidade.

"Quer dizer que a oposição só pode se manifestar no leste? Isso não pode ser porque, por exemplo, eu sou deputado por Caracas e eu tenho direito a me manifestar em Caracas", disse Ramos Allup aos agentes da PNB. O deputado indicou posteriormente aos jornalistas que explicou a um agente que sua intenção era entregar um comunicado perante a Defensoria do Povo.

"O oficial nos disse que um representante da Defensoria viria para onde estamos", acrescentou o deputado, apontando que isto "não é suficiente" porque os venezuelanos têm direito a circular por todo o país.

Crise

Nesta quarta-feira, a Venezuela é palco manifestações a favor e contra o governo de Nicolás Maduro. Oposição e situação prometem ser a maior mobilização dos últimos tempos. Desde cedo, milhares de venezuelanos – convocados pelo governo – saíram as ruas da capital para comemorar os 207 anos do primeiro grito de independência contra o império espanhol. Vestidos de vermelho, eles protestam “em defesa da paz e da soberania”. Ao mesmo tempo, outras multidões – convocadas pela oposição – marcharam para denunciar o "golpe" do presidente Maduro.

As manifestações ocorrem em um momento de incerteza no país, com diversos protestos antigovernamentais que deixaram ao menos seis mortos - entre eles um agente policial - dezenas de feridos e mais de 500 detidos, dos quais mais de 200 estão privados de liberdade, segundo balanços da oposição e da ONG Fórum Penal Venezuelano.

Na véspera dos protestos, Maduro convocou os militares, as forças de segurança e também as milícias civis armadas para protegê-lo contra um suposto golpe de Estado que, segundo ele, estaria sendo tramado pelos Estados Unidos com o apoio de seus adversários.

O anúncio de Maduro repercutiu na vizinha Colômbia, que tem uma fronteira de 2,2 mil quilômetros com a Venezuela. O presidente colombiano, Juan Manuel Santos, disse que alertaria a Organizaçao das Nações Unidas (ONU) para a “preocupante militarização da sociedade venezuelana”.  Ele pediu à chanceler colombiana, Maria Angela Holguin, que está em Nova York, para tratar do tema nesta quarta-feira com as autoridades da ONU.

A Venezuela enfrenta atualmente uma séria crise econômica, marcada por uma inflação anual de 700% e escassez de medicamentos e alimentos. O país também está cada vez mais isolado internacionalmente e o governo é acusado de violar a ordem democrática.

A crise humanitária fez com que, entre 2014 e 2016, o número de venezuelanos que ingressam e permanecem no Brasil anualmente tenha aumentado mais de cinco vezes. O último levantamento da organização não-governamental Human Rights Watch, divulgado na terça-feira (18), mostra que mais de 12 mil venezuelanos ingressaram e permaneceram no Brasil desde 2014.

*com informações da Agência EFE e da repórter Mônica Yanakiew, correspondente da Agência Brasil em Buenos Aires

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