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A Rede Municipal Dr. Mário Gatti de Urgência, Emergência e Hospitalar, localizado no estado de São Paulo, segue com inscrições abertas para o processo seletivo destinado a contratação temporária de profissionais na área da saúde com nível superior. Os interessados podem se candidatar até o dia 25 de maio por meio do formulário eletrônico.

São 42 vagas para o cargo de médico, que deverá desempenhar atividades em unidades de terapia intensiva, devido à pandemia causada pelo novo coronavírus. Os aprovados trabalharão 12 horas semanais e terão uma remuneração no valor de R$ 4.586,86. O certame não possui taxa de inscrição.

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Quem deseja concorrer deve ter graduação em medicina, registro profissional e experiência comprovada em unidade de terapia intensiva, bem como idade mínima de 18 anos completos e máxima de 60 anos no momento da contratação, não possuir comorbidades, dentre outros requisitos. A seleção dos inscritos consistirá na comprovação dos requisitos estabelecidos no edital

A Prefeitura do Cabo de Santo Agostinho, cidade do Grande Recife, deu início ao chamamento dos médicos aprovados no concurso público realizado pelo órgão no ano passado. Os primeiros profissionais tomaram posse nesta terça-feira (19), e terão os hospitais de campanha como local de trabalho para cuidar dos pacientes com Covid-19.

Nesta terça (19), foram empossados 22 médicos plantonistas concursados. Além disso, uma seleção simplificada foi realizada para que os profissionais ampliem o atendimento nos hospitais de campanha.

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“Estamos formando o quadro de profissionais que irão compor os hospitais de campanha, que estão prontos. No momento, estamos aguardando a regulação dos órgãos competentes para funcionar”, declara o prefeito Lula Cabral.

Os médicos convocados devem se apresentar com os documentos estabelecidos nos editais. Os profissionais que não se apresentarem no prazo, estarão sujeitos a perda do cargo.

O Hospital de Campanha localizado na Praça 9 de Julho contará com 90 leitos. O outro hospital funcionará no estádio do Gibão, em Ponte dos Carvalhos, com capacidade para 30 leitos. Os hospitais não serão portas abertas, ou seja, não atenderão pacientes por demanda livre. Apenas os encaminhados pelos serviços de Saúde.

*Com informações da assessoria

 

Nesta segunda-feira (18) foi publicado no Diário Oficial da União (DOU) a lista de médicos cubanos que voltarão para o Brasil para serem reintegrados ao programa Mais Médicos. Com o início das atividades marcadas para o dia 23 deste mês, os profissionais serão destinados a 10 estados.

Aos estrangeiros, será concedido o "registro único para exercício da medicina", de acordo com a portaria nº 31. Eles vão atender no Acre, Alagoas, Amazonas, Bahia, Ceará, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Maranhão e Minas Gerais.

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O Ministério da Saúde havia calculado o investimento de R$ 1,4 bilhão para manter todos os profissionais do programa, inclusive os médicos brasileiros. Vale ressaltar que eles atenderão em mais de um hospital e o dimensionamento será organizado pelas secretarias de saúde.

 

A Prefeitura de Natal, no Rio Grande do Norte, abre processo seletivo simplificado para contratação de 228 profissionais de ensino médio/técnico e de nível superior na área da saúde, como forma de atender a demanda de serviços e atendimentos à população no enfrentamento da Covid-19.

Há oportunidades para os cargos de enfermeiro, fisioterapeuta, farmacêutico; farmacêutico bioquímico, nutricionista, psicólogo, assistente social, engenheiro clínico, técnico de laboratório, técnico em enfermagem, técnico em radiologia, e auxiliar de farmácia. O salário oferecido varia de R$ 1.043,80 a R$ 3.424,03 mensais.

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As inscrições devem ser realizadas até este sábado (16), no site da Secretaria Municipal do Município. A classificação dos candidatos será feita por avaliação curricular e experiência profissional.

Vale pontuar que fica vedada a participação e contratação de candidatos pertencentes ao grupo de pessoas consideradas vulneráveis ao novo coronavírus.

Para mais informações, acesse o edital de abertura das inscrições.

Um avião de pequeno porte caiu na noite dessa sexta-feira (15), quando se deslocava da cidade de Sobral, no Ceará, para Teresina, capital do Piauí. Ao bater no solo a aeronave explodiu e deixou quatro vítimas fatais, entre elas o piloto e um médico com Covid-19.

Pedro José Ferreira de Meneses era natural de Teresina, estava com a saúde delicada e por isso estava sendo transferido para um hospital particular em Teresina, onde vive sua família em traslado aéreo contratado por sua esposa.

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Após decolar de Sobral, onde Pedro estava internado com Covid-19, o avião caiu numa área de mata entre os sítios de Santa Tereza e o Meio do Topo, a cerca de 317 km da capital Fortaleza. Ambulâncias e uma UTI móvel foram deslocadas para o local, mas infelizmente não foi possível resgatar nenhuma das vítimas com vida.

A prova do Revalidação de Diplomas Médicos Expedidos por Instituição de Educação Superior Estrangeira (Revalida) será aplicada em 11 de outubro. A divulgação foi feita no site do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). O edital será divulgado em juho.

A avaliação continuará sendo realizada em duas etapas: teórica e prática. A primeira é dividida em duas etapas, a primeira com 100 questões objetivas, no turno da manhã, e cinco discursivas, à tarde.

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Já a segunda etapa está prevista para o mês de dezembro e será realizada em uma estação clínica, com edital próprio, e só poderá realizá-la quem for aprovado na primeira. O candidato fará dez anamneses, "entrevistas" para diagnóstico inicial da doença em  "pacientes" com diversos sintomas simulados. 

Nesta edição, quem reprovar na segunda fase pode refazê-la por mais duas vezes em edições consecutivas; anteriormente, era necessário realizar todo o processo desde o início. 

O  Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), já selecionou os profissionais que formarão a comissão avaliadora do Exame. As questões sairão do banco nacional de itens do Revalida. Composta por dez integrantes, a comissão ficará responsável por selecioná-los. 

O exame tem o objetivo de verificar a aquisição de conhecimentos, habilidades e competências requeridas para o exercício profissional adequado aos princípios e necessidades do Sistema Único de Saúde (SUS), em nível equivalente ao exigido dos médicos formados no país. De acordo com o MEC, a última edição teve 7.380 inscritos, dos quais 393 foram aprovados.

O ministro da Educação, Abraham Weintraub, anunciou, nesta quinta-feira (14), que o 'Revalida' será realizado em outubro deste ano. O exame testa os conhecimentos técnicos de médicos, brasileiros e estrangeiros, formados no exterior, para que eles possam exercer a função no Brasil.

Em conjunto com o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), Weintraub anunciou que o edital do exame foi concluído e será publicado no segundo semestre do ano, em julho. A prova será aplicada em 11 de outubro.

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De acordo com Weintraub, a edição deste ano do exame ocorrerá em dois turnos, com 100 questões objetivas e cinco discursivas. Ele ressalta que todos os detalhes sobre o Revalida serão divulgados através do edital, ainda sem data de publicação prevista.

Pesquisa realizada na semana passada pela Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP) com cerca de 400 médicos de 23 estados e do Distrito Federal, correspondentes a 8% do total de psiquiatras do país, mostra que 89,2% dos especialistas entrevistados destacaram o agravamento de quadros psiquiátricos em seus pacientes devido à pandemia de Covid-19. “O isolamento social mexe muito com a cabeça das pessoas”, comentou, em entrevista à Agência Brasil, o presidente da ABP, Antonio Geraldo da Silva.

De acordo com o levantamento, divulgado nessa segunda-feira (11) pela associação, 47,9% dos consultados tiveram aumento nos atendimentos após o início da pandemia. Essa expansão atingiu até 25%, em comparação ao período anterior, para 59,4% dos psiquiatras entrevistados.

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Do total de entrevistados, 44,6% afirmaram ter percebido queda no número de atendimentos, por razões diversas, entre as quais interrupção do tratamento pelo paciente com medo de contaminação pelo vírus, restrições de circulação impostas pelas autoridades e redução no atendimento aos grupos de risco.

A pesquisa mostra também que 67,8% dos médicos receberam pacientes novos, que nunca haviam apresentado sintomas psiquiátricos antes, após o início da pandemia e do isolamento social. Outros 69,3% relataram ter atendido pacientes que já haviam recebido alta médica, mas que tiveram recidiva de seus sintomas.

Sensibilidade

O presidente da ABP disse que a população brasileira vê o número de pessoas contaminadas pelo novo coronavírus aumentar a cada dia. “São quase 200 mil casos e mais de 11 mil mortes, e as pessoas não veem uma solução”, afirmou o especialista.

“É uma situação de medo, de ameaça constante, sem saber o que fazer”, completou. Muitos pacientes não vão ter acesso a medicamentos. Com isso, a ansiedade, o estresse e a paranoia aumentam e eles deixam de ir ao médico, perdendo as orientações necessárias.

Antonio Geraldo da Silva destacou que há 45 dias escreveu um artigo alertando o governo sobre o surgimento da “quarta onda”, que é a das doenças mentais, como resultado dos impactos que a pandemia traria nos atendimentos e na saúde mental da população.

“Não se pode descuidar das doenças de pacientes mentais e da parte da saúde mental das pessoas”, observou.

A resposta veio por intermédio da secretária de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde (SGTES), do Ministério da Saúde, Mayra Pinheiro. O Ministério da Saúde firmou parceria com a ABP para garantir atendimento psiquiátrico aos profissionais do Sistema Único de Saúde (SUS) que estão na linha de frente do combate à Covid-19. O Amazonas foi um dos primeiros estados atendidos.

Antonio Geraldo da Silva informou que cerca de 900 mil profissionais do SUS vão receber questionários “para saber sobre a saúde mental deles, com a preocupação do tipo cuidando do cuidador”. A ABP apoia também outra sondagem sobre a saúde mental do povo brasileiro, para identificar as doenças que vão aparecer mais neste período de pandemia.

Política pública

O presidente da ABP vai levar ao Ministério da Saúde os resultados da pesquisa com os psiquiatras, mostrando que há crescimento das doenças mentais no país. “A gente precisa fazer uma política pública mais direcionada para atender a essas pessoas que estão sofrendo. A gente precisa, com urgência, cuidar dessa quarta onda, que é a das doenças mentais, dos transtornos traumáticos. Não dá para esperar. Isso é gravíssimo”, afirmou.

O Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira (Imip), sediado no Recife, realiza processo seletivo para a contratação de profissionais da saúde para comporem a Equipe de Resposta Rápida (ERR), cuja atuação será na Paraíba. Os selecionados desempenharão ações emergenciais em saúde indígena para enfrentamento do novo coronavírus.

Ao todo são, sete oportunidades para os cargos de médico, enfermeiro e técnico de enfermagem. Para participar da seleção é necessário que o candidato possua ensinos técnico e superior nas áreas exigidas, além de registro profissional no conselho correspondente da profissão e experiência na área de atuação.

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As inscrições devem ser realizadas no período de 5 a 9 de maio, por meio de envio da ficha de inscrição que consta no edital, encaminhada para o e-mail: saudeindigenaselecao@imip.org.br. O método de seleção será composto apenas por avaliação curricular, com caráter classificatório e eliminatório. Caso haja empate, a preferência será dada ao candidato que for índio.

Também deve ser preenchido um termo de responsabilidade que consta no edital, em que o candidato declara não pertencer ao grupo de pessoas consideradas vulneráveis à Covid-19. Os profissionais contratados irão cumprir jornada de trabalho de 40 horas semanais, com salário que varia de R$ 2.580,83 a R$ 16.543,78. Para mais informações, consulte o edital de abertura das inscrições.

O papa Francisco prestou neste domingo (3) uma homenagem a todos os médicos e padres que perderam a vida em decorrência do novo coronavírus (Sars-CoV-2) enquanto tentavam ajudar os pacientes infectados pela Covid-19. Durante a celebração do "Bom Pastor", na missa na Casa Santa Marta, no Vaticano, o Pontífice lembrou que, somente na Itália, mais de 100 padres morreram. "Penso em muitos pastores do mundo, que dão suas vidas pelos fiéis", disse.

Ao dizer que o exercício da medicina também é uma forma de cuidar da população e ser "um pastor", Francisco pediu para os fiéis ficarem "cientes de que só na Itália 154 médicos morreram no ato do serviço".

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"Que o exemplo desses párocos e pastores médicos nos ajude a cuidar do santo povo fiel de Deus", apelou o argentino. Em sua homilia, Jorge Bergoglio também explicou que "na história da Igreja houve muitos falsos pastores que se aproveitaram, exploraram o rebanho". "Eles não estavam interessados no rebanho. Eles só estavam interessados em fazer carreira, política, dinheiro", alertou.

Por fim, o líder da Igreja Católica fez uma oração pelos pacientes contaminados com o novo coronavírus, que assistem e incentivam à colaboração internacional que está ocorrendo para encontrar vacinas e tratamentos. "É importante, de fato, reunir as habilidades científicas, de forma transparente e desinteressada".

O Papa, então, fez um apelo para que o "acesso universal a tecnologias essenciais que permitam a todas as pessoas infectadas, em todas as partes do mundo, receber os cuidados de saúde necessários".

Da Ansa

Os aplausos ecoaram nesta quinta-feira nas unidades de terapia intensiva da Espanha, onde os médicos prestaram homenagem a seus colegas enfermeiros e auxiliares no quarto país do mundo com mais mortes devido ao novo coronavírus.

"Há pessoas da equipe que, de tempos em tempos, desmoronam um pouco e temos que nos apoiar mutuamente, para que eles voltem à luta, pessoas que ficaram de licença porque foram infectadas", explicou nesta quinta-feira à AFP o médico Alfonso Canabal, chefe de terapia intensiva do Hospital La Princesa, em Madri.

Protegido com luvas e máscara, este médico de 55 anos acaba de sair de sua unidade, onde respondeu ao pedido da Sociedade Espanhola de Medicina Intensiva para prestar homenagem ao meio-dia (horário local) a seus colegas nas UTIs do país.

"Entramos todos os médicos nos módulos de surpresa, eles não estavam esperando (os outrosfuncionários). Começamos a aplaudir. Eles adoraram. Eles nos devolveram aos aplausos", conta o médico.

Inúmeros vídeos gravados em outras unidades de terapia intensiva circularam pelas mídias e redes sociais.

- Paciente também aplaude -

"Houve um paciente que também aplaudiu", disse o médico. "Gostei muito, foi muito, muito emocionante e um momento de relaxamento, é necessário", acrescentou.

Ao mesmo tempo, em outra ala deste hospital no centro da capital, os trabalhadores do serviço de emergência formaram uma fila na rua para fazer um minuto de silêncio antes de aplaudir, um ritual que eles repetem desde a última quinta-feira.

Embora "muito menos pessoas doentes cheguem à sala de emergência e as salas estejam sendo esvaziadas de pacientes da Covid", "na verdade houve muitas vítimas e acho magnífico o detalhe dos médicos de emergência em fazer aquele minuto de silêncio", diz Canabal.

- "Uma certa normalidade" em um mês -

Madri é a região mais afetada pela pandemia, com quase um terço dos pacientes em terapia intensiva no país, segundo dados publicados nesta quinta-feira pelo Ministério da Saúde.

A pressão no hospital como um todo foi reduzida, mas "não na UTI, será sempre o último lugar para parar de ter leitos ocupados na pandemia", explica Canabal.

Por isso, segundo ele, "é muito importante que não tenhamos um novo surto agora e que sejamos muito responsáveis com as medidas de libertação do confinamento" planejadas progressivamente até o final de junho.

"Isso é vital, porque agora também temos de tratar outras patologias que não foram tratadas porque todo o hospital foi dedicado ao COVID", insiste o médico. Se a tendência continuar, ele espera "ter uma certa normalidade dentro de aproximadamente um mês"

A Prefeitura de Pajeú, localizada no Estado do Piauí, inscreve para o processo seletivo emergencial destinado aos níveis fundamental, médio e superior. O objetivo da seleção é reforçar o quadro de profissionais da área da saúde no combate ao novo coronavírus.

O edital não especifica a quantidade de vagas. Quem deseja se candidatar deve enviar os documentos como identidade, CPF, título de eleitor, certidão de reservista, comprovação de registro profissional, entre outros, conforme as orientações do edital, pelo e-mail seletivopajeu@outlook.com, até esta quinta-feira (30). Não há taxa de inscrição.

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Os aprovados receberão remuneração de R$ 1.045 a R$ 14 mil e trabalharão 40 horas semanais. O processo seletivo está oferecendo vagas para os cargos de médico, técnico de enfermagem, enfermeiro, motorista, auxiliar de serviços gerais, agente de endemias e vigilante sanitário.

A oportunidade será composta pela análise curricular e terá validade de seis meses, podendo ser prorrogado. Mais informações podem ser obtidas por meio do edital da disputa.

Quando começou a trabalhar com vários colegas em um projeto para registrar os médicos que morreram do novo coronavírus na Rússia, o cardiologista Alexei Erlikh não pensava que a lista seria tão longa.

O banco de dados, iniciado na semana passada, já possui mais de 70 nomes: médicos, enfermeiros e funcionários de laboratórios. E esse número deve aumentar à medida que a Rússia acaba de superar os 1.000 mortos e 100.000 casos oficialmente notificados de Covid-19.

"Muitos colegas estão morrendo. É difícil ver um novo nome todos os dias", disse Erlikh à AFP.

O principal objetivo desta lista é prestar homenagem aos profissionais da saúde na linha de frente de combate à epidemia de coronavírus. O cardiologista e seus colegas também buscam pela verdade, pois dizem que não confiam nos números publicados pelas autoridades.

O site de informações do governo sobre o vírus menciona 1.073 mortes e 106.498 pessoas infectadas, uma taxa de mortalidade por Covid-19 relativamente baixa, em comparação com outros países, como Itália, Espanha ou Estados Unidos.

Mas, de acordo com a lista dos médicos, este não é o caso entre os profissionais da saúde.

Dos quase 27.000 mortos na Itália, 151 eram médicos. Na China, 40 médicos morreram com o vírus e, nos Estados Unidos, 27 em 9 de abril.

Na quarta-feira, a lista de médicos russos incluía 74 nomes, mais da metade dos quais em Moscou e arredores, o epicentro da epidemia na Rússia. Quatro deles morreram na vizinha Bielorrússia, onde as autoridades se recusaram a impor confinamento.

- Falta de material -

Alexei Erlikh, chefe do serviço de terapia intensiva cardíaca no hospital número 29 de Moscou, está em quarentena em sua casa depois de testar positivo para o vírus.

Segundo ele, cerca de 70% de sua equipe está infectada.

Desde o início da epidemia na Rússia, os médicos se queixam da escassez de equipamento de proteção e testes de diagnóstico, bem como da relutância de vários chefes de estabelecimentos em realizar testes entre os funcionários, para evitar períodos de quarentena.

Alguns centros se tornaram vetores de disseminação do vírus.

Para o neurocirurgião Alexei Kashcheyev, a lista de médicos falecidos é mais uma prova do que o sistema de saúde russo, que sofreu muitos cortes, não está preparado para enfrentar uma crise dessa magnitude.

A mortalidade significativa entre o pessoal médico "era previsível", diz ele, acrescentando que as queixas dos médicos, sobrecarregados e mal pagos, são ignoradas há anos.

Kashcheyev conhecia pessoalmente duas das vítimas da lista. Ele espera que esse registro ajude as famílias a obter uma compensação financeira do governo.

As autoridades, que reconheceram a falta de meios de proteção, garantem, no entanto, que multiplicaram os esforços para aumentar a produção e o número de testes realizados.

Até o momento, nenhuma estatística oficial foi divulgada sobre o número de médicos mortos por Covid-19.

O ministério da Saúde não respondeu às solicitações da AFP sobre esse assunto e não quis comentar a existência dessa lista.

Anastasia Vasilyeva, que dirige o sindicato "Aliança dos Médicos", próximo do opositor Alexei Navalni, acusou as autoridades de querer minimizar o número de mortes.

Segundo ela, o número de vítimas deve se aproximar de 200 na Rússia.

"Eu pessoalmente posso adicionar uma dúzia de nomes à lista. Recebo mensagens todos os dias: 'Este está morto e este está morto'", explica.

Para muitos críticos, a situação atual é consequência de anos de políticas que favoreceram os gastos com defesa, em vez de fortalecer o setor de saúde.

"Quando tudo acabar, acho que os médicos e a sociedade terão que soar o alarme sobre esse problema e pedir soluções", alerta Kashcheyev.

A Secretaria de Administração (SAD) de Pernambuco divulgou, nesta quarta-feira (29), uma portaria conjunta com a Universidade de Pernambuco (UPE), no Diário Oficial do Estado, anunciando processo seletivo para contratação temporária de 42 médicos. Os profissionais atuarão no Complexo Hospitalar da instituição de ensino no combate ao novo coronavírus.

O edital da seleção consta na portaria conjunta. As inscrições começarão a partir das 8h do próximo dia 5 de maio e deverão ser realizadas apenas por meio do site da UPE, chegando ao fim quando o número de candidatos convocados atingir limite estabelecido. No ato da inscrição, o candidato deverá anexar cópia de documento de identidade com foto e CPF, diploma ou declaração de conclusão de graduação de medicina, comprovação de titulação complementar, registro no Conselho Regional de Medicina (CRM/PE) e declaração de que não se encontra no grupo de risco da Covid-19.

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A seleção terá validade de 12 meses, podendo ser prorrogada por igual período. As 42 vagas ofertadas são para médico intensivista adulto (diarista), médico intensivista adulto (plantonista) e médico intensivista pediátrico (plantonista). Análise curricular é uma das etapas do certame.

A carga horária semanal para médicos que trabalhem em regime diário será de 20 horas e para médicos que trabalhem em regime de plantão será de 24 horas; já as remunerações serão de R$ 6.050,33 e R$ 9.886,16, respectivamente. Devido ao tipo de atuação que os profissionais realizarão (combate à Covid-19), não poderão se candidatar à seleção pessoas com mais de 60 anos de idade, grávidas, puérperas ou que façam parte de outro grupo de risco que possa causar o aumento de mortes por Covid-19. As convocações começarão no dia 6 de maio até o preenchimento das vagas oferecidas.

Uma pesquisa da Associação Paulista de Medicina (APM) em parceria com a plataforma SurveyMonkey apresenta dados preocupantes. De acordo com o levantamento, dez entre nove médicos atuantes nos centros clínicos do estado de São Paulo não fizeram teste de diagnóstico do novo coronavírus (Covid-19).

Dos entrevistados, 65% atuam em hospitais que recebem pacientes infectados com a doença. O estudo ouviu 2.323 profissionais entre a segunda e a terceira semana deste mês de abril. Na pesquisa, 35% dos médicos ainda afirmaram ter doenças crônicas como hipertensão, diabetes, além de problemas respiratórios ou cardiovasculares. Segundo as autoridades de saúde, esses quadros podem inserir os entrevistados no grupo de maior risco em relação ao contágio por Covid-19.

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Outro panorama alarmante da pesquisa aponta para a incapacidade dos clínicos no atendimento aos infectados pelo vírus causador da pandemia. No levantamento, foram apenas 15,5% os entrevistados que se consideraram aptos a atender pacientes com sintomas leves ou graves. Já em relação ao ambiente de trabalho, 76,3% dos médicos afirmaram que se sentem apreensivos pelo risco de contrair a doença.

Sobre a falta de itens necessários para o combate ao vírus nos hospitais, os participantes do estudo citaram, em maior número, as máscaras cirúrgicas (N95, PFF2 e similares) e a escassez de testes de diagnósticos de Covid-19.

A Prefeitura de Olinda abriu um novo processo seletivo que visa a contratação de quatro médicos e oferece salários de R$ R$ 3 mil a R$ 7 mil por mês, para jornadas de trabalho entre 20 e 40 horas semanais, a depender da especialidade. 

As inscrições devem ser feitas via e-mail para o endereço secretariasaudeolindarh@yahoo.com até o dia 28 de abril, enviando todos os documentos exigidos. Os candidatos serão selecionados através de avaliação curricular e o resultado será divulgado no dia 30 de abril no site da Prefeitura de Olinda e no Diário Oficial dos Municípios.

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Para mais detalhes, acesse o edital, publicado a partir da página 73 do Diário Oficial dos Municípios da última sexta-feira (24).

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Na linha de frente do combate ao novo coronavírus, profissionais da saúde estão trabalhando com pagamentos atrasados há três meses no Amazonas, um dos primeiros Estados a entrar em colapso por causa do surto da Covid-19 no País. No ano passado, houve "êxodo" de médicos do Amazonas para outras regiões.

De acordo com o presidente da Associação Médica do Amazonas (AMA) e secretário do Conselho Regional de Medicina (CRM), Jorge Akel, além da falta de equipamentos de proteção para trabalhar, médicos, enfermeiros e técnicos precisam lidar com os atrasos da remuneração que vêm se arrastando nos últimos cinco anos. O atual governo herdou da gestão anterior os débitos com as cooperativas médicas, que atuam na rede pública de saúde.

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"Nós estamos com expectativa de pagarem agora, no fim de abril, os salários de fevereiro, que correspondem ao que os médicos trabalharam em janeiro. Cerca de 2 mil médicos dependem desses pagamentos. O discurso do Estado é que no contrato com as cooperativas está previsto que pode haver um atraso de até três meses dos salários, como se os médicos fossem uma mercadoria comprada da empresa - e não, eles estão prestando serviço médico. Esses profissionais têm nome, CPF e uma família (para sustentar)", disse Akel.

Cerca de 549 profissionais, em 2019, solicitaram transferência do Amazonas para outros Estados, segundo dados do CRM-AM. Conforme o secretário do conselho, a maioria foi embora por causa de dificuldades para manter a família, em razão dos constantes atrasos nos pagamentos.

O Sindicato dos Trabalhadores em Santas Casas, Entidades Filantrópicas e Religiosas, e em Estabelecimentos de Serviços de Saúde do Amazonas (SindPriv-AM), que representa trabalhadores da rede privada e pública, tem acompanhado a situação. Segundo o SindPriv-AM, pelo menos 2 mil enfermeiros estão sem receber há meses.

"Os maqueiros também estão com pagamentos atrasados e ainda assim continuam trabalhando na linha de frente nos hospitais. Já tentei falar com o ordenador de despesa, que libera para a Secretaria de Estado de Fazenda (Sefaz). Ele não me responde.

Não conseguimos contato com ele porque os serviços estão suspensos", afirmou a presidente do SindPriv, Graciete Mozinho.

"Cobrei do ordenador, do procurador. Não sei como esses profissionais estão indo trabalhar, está triste a situação."

Além dos salários atrasados, os profissionais têm de lidar com a falta de equipamentos.

Por meio de nota, a Secretaria de Estado de Saúde do Amazonas (Susam) informou que os profissionais que prestam serviços por meio de empresas ou cooperativas recebem pró-labore e não salário, uma vez que são sócios ou cooperados.

Ontem, a Sefaz confirmou o pagamento de aproximadamente R$ 40 milhões para as cooperativas médicas - valor referente a fevereiro. Na última quarta-feira, já haviam sido pagos R$ 20 milhões para os profissionais chamados "áreas meio", como maqueiros e equipes de conservação e limpeza. Já os valores de março devem ser quitados até o fim de maio.

Infecções

O número de casos do novo coronavírus aumentou para 2.888 no Amazonas. Em boletim divulgado ontem, o Estado registrou mais 409 novos casos da Covid-19. Também foram confirmados mais 28 óbitos, elevando para 234 o total de mortos no Estado. Entre os casos confirmados, 2.286 são de Manaus e 602 do interior. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Por meio de um comunicado, o Sindicato dos Médicos de Pernambuco (Simepe) denunciou atitudes discriminatórias contra os profissionais da Saúde. A categoria repudia a postura e pede reconhecimento pelos esforços no combate ao novo coronavírus.

Além de cumprir plantões sob um alto nível de estresse, os profissionais que compõem a linha de frente contra a Covid-19, e seus familiares, estão sofrendo preconceito fora das unidades de saúde. O sindicato não detalhou as atitudes, mas garantiu que "demonstram um total desrespeito aos profissionais de saúde".

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"Aplausos em janelas e demonstração de respeito em redes sociais são muito importantes, motivam, e devem ser estendidos ao dia a dia, apoiando - de fato - quem tanto está lutando pela vida de todos. É importante que todas as pessoas que nos aplaudem possam se solidarizar com nossa indignação e coibir em seus ambientes residenciais e de convívio social toda e qualquer atitude discriminatória", afirma um trecho da nota.

O Simepe ainda reforça que os casos serão encaminhados para a Defensoria Médica. A ala jurídica da entidade ficará responsável por adotar as medidas cabíveis.

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Começa a funcionar nesta segunda-feira (20) a estrutura montada pela Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) para produção de equipamentos de proteção individual (EPIs) destinados aos profissionais de saúde do Hospital da Restauração (HR). A estrutura está localizada no Laboratório de Genética do Departamento de Biologia da UFRPE, no campus Dois Irmãos, no Recife.

A capacidade de produção é de 250 máscaras faciais por semana, ou seja, 50 unidades por dia. Vale pontuar que a produção dos equipamentos é de forma permanente para o HR e outras unidades de saúde, enquanto durar a crise decorrente da pandemia do novo coronavírus.

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A UFRPE realizou a aquisição de quatro impressoras 3D para contribuir com a segurança dos profissionais que estão na linha de frente do combate à pandemia. Duas delas já estão em funcionamento e outras duas delas foram instaladas nesta sexta-feira (17). 

“Recebemos uma solicitação de médicos do Hospital da Restauração, que souberam que estávamos iniciando a produção desses equipamentos. Hoje há muitas dificuldades quanto ao acesso aos EPI’s, como máscaras de proteção, seja na capital ou nos municípios de Pernambuco. Queremos dar a nossa contribuição”, ressaltou a professora Maria José de Sena, reitora da universidade.

Atualmente, a UFRPE já possui material suficiente para produzir 2.000 máscaras de proteção para médicos, enfermeiros e demais profissionais de saúde do HR. A Instituição já está realizando a compra de material para a produção de mais 10 mil face shields. Até o final da crise, a previsão é de que até 50 mil máscaras sejam confeccionadas pela equipe da instituição. 

“O profissional sem o uso da máscara torna-se mais suscetível à contaminação”, destacou o professor Reginaldo de Carvalho, diretor do Departamento de Biologia da universidade e responsável pelo projeto. O educador ainda esclarece que outros equipamentos precisam ser utilizados juntamente com as máscaras de proteção facial. “As faces shields não substituem o uso das máscaras comuns, que devem ser usadas conjuntamente”. afirma. 

Os EPI’s estão sendo produzidos a partir de protótipos disponibilizados por empresas via internet. Ainda de acordo com o professor, foram analisados os modelos que mais se adequam aos equipamentos e à infraestrutura montada pela UFRPE. "Buscamos modelos simples, de boa resistência e que fosse ágil na produção com as impressoras 3D que adquirimos e, no caso do modelo escolhido, tivemos o apoio da empresa fornecedora das impressoras que realizou ajustes dentro das necessidades previstas", disse.

Ele está à frente da UTI de um dos principais hospitais de referência de São Paulo para os casos de covid-19 e se vê no drama de já estar com todos os 30 leitos ocupados. Ela atua no pronto-socorro, recebendo quem chega assustado, com medo de ter o coronavírus.

Jaques Sztajnbok, de 54 anos, e Fabiane El Far Sztajnbok, de 47, se conheceram no Instituto de Infectologia Emílio Ribas quando ela era residente. Jaques, já chefe da UTI, a ajudou a publicar um trabalho sobre implicações do surto de sarampo de 1997. Pode-se dizer que foi o sarampo que uniu o casal.

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Mas a experiência com aquela e outras epidemias não foi suficiente para prepará-los para o que enfrentam hoje. Desde que a pandemia de covid-19 atingiu em cheio São Paulo, o casal tem se visto muito pouco. Na última quinta-feira, 16, quando conversaram com a reportagem, já depois das 21 horas, eles só tinham se visto muito rapidamente pela manhã. Ela estava voltando para casa do plantão que tinha feito na madrugada, quando ele saía para o hospital.

No pouco tempo juntos, compartilham as "visões diferentes, mas confluentes" de uma mesma emergência, como define Fabiane, enquanto tentam estabelecer um clima de tranquilidade para os filhos - Daniel, de 10 anos, e Ana Beatriz, de 12 - e também estratégias para ajudar suas mães, já idosas. Além de estudarem sobre os últimos avanços em relação à doença.

O Emílio Ribas alcançou nesta semana a lotação da UTI e Jaques começou a lidar com o dilema de não poder receber novos pacientes enquanto novos leitos não forem criados. Mas os pedidos continuavam chegando. Naquela madrugada, Fabiane recebeu do sistema de saúde 40 solicitações de vagas.

"Está aumentando muito. Antes o normal no meu plantão eram um, dois pedidos", conta a médica, que trabalha em regime de 12 horas todas as noites de quarta e em um plantão de 24 horas um domingo por mês.

De porta aberta, o hospital também atende quem chega por conta própria, em busca de socorro, como um paciente HIV positivo - o Emílio Ribas é referência para o tratamento da doença - que chegou com dificuldade de respirar. "Ele tinha acabado de perder o pai, suspeito de covid-19, naquela noite. A mãe estava na UTI e ele também com sintomas. Foi para o Emílio Ribas porque sempre foi para lá e conseguimos mandá-lo para a UTI", conta Fabiane.

O casal troca informações sobre esses pacientes cruzados e compartilha o conhecimento que vai adquirindo. "Apesar de ser uma posição de muita sobrecarga, estar à frente da UTI é também uma posição privilegiada porque aprendemos todos os dias. Cada dia é um desafio novo e, como não há uma terapêutica estabelecida, vivemos situações semi-experimentais, em que, a partir dos resultados, vamos ajustando o atendimento", diz Jaques.

'Gripezinha'

Mas o ineditismo da situação também assusta. "Estão ao mesmo tempo na UTI uma paciente de 22 anos e outra de 78. E não necessariamente a mais velha é que tem o quadro mais grave. As duas estão mal. Estatisticamente a probabilidade de óbito é maior em idosos e pacientes com comorbidades, mas não significa que outras populações estejam imunes. Definitivamente não é uma gripezinha", diz.

"E tem o aspecto que torna a situação ainda mais grave que é essa doença ter um potencial enorme de infectar o profissional de saúde. Trabalhamos no Emílio Ribas como centro de referência na epidemia de febre amarela, que tinha casos gravíssimos, mas ninguém ali tinha risco de se infectar. Agora não temos nem a certeza ainda de os infectados por covid-19 estarem realmente imunes", afirma Jaques, que há 28 anos está no hospital.

Ao chegar em casa, porém, eles tentam deixar as preocupações de lado e trazer segurança para as crianças. "Eles entendem que os pais são médicos, o que é a nossa vida, e isso me dá um alívio, porque sei que eles estão tranquilos. E agora vemos que estão com orgulho da gente. Os amiguinhos da escola perguntam se estamos bem", relata Fabiane. "A gente explica que é possível que mamãe ou papai adquiram e vamos pensar como vamos viver." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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