Tópicos | médicos

Exaustos após mais de seis meses de pandemia, os médicos do sistema público de saúde espanhol iniciaram uma greve nacional nesta terça-feira (27), a primeira em 25 anos, para exigir um maior reconhecimento de seu trabalho.

Devido às medidas de distanciamento social, apenas cerca de cinquenta profissionais reuniram-se em frente ao Congresso Espanhol de Madri, respondendo ao apelo da Confederação Estadual dos Sindicatos Médicos (CESM).

Segundo esta entidade, contactada pela AFP, cerca de 85% dos 267 mil médicos espanhóis participaram na greve, embora a maioria de forma simbólica.

Esta reivindicação nacional em um dos países europeus mais afetados pela Covid-19 é nova, uma vez que esse tipo de protestos são geralmente covocados em nível regional, já que as regiões detêm competências de saúde pública.

Segundo o gastroenterologista Sergio Casabona, que participou do protesto em frente ao Congresso, "a gota d'água" para os profissionais de saúde foi um decreto, publicado no final de setembro, que permite a transferência de médicos para outros serviços hospitalares independente de sua especialidade.

O Ministério da Saúde justifica esta reforma pela pandemia Covid-19, mas o CESM a define como "o maior ataque perpetrado contra a saúde espanhola".

A greve acontecerá todas as últimas terças-feiras de cada mês até que seja obtida resposta, segundo o CESM.

Neste contexto, o governo espanhol anunciou nesta terça-feira que o projeto de orçamento de 2021 vai aumentar a rubrica saúde em 151%, com mais 3 bilhões de euros, dos quais 2,4 bilhões serão atribuídos à compra de vacinas e ao reforço da rede de atenção primária.

Os negros ainda são a minoria dos médicos recém-formados no Brasil, de acordo com o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). O levantamento, publicado nesta quinta-feira (22), usa dados do último Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade) para detalhar o perfil dos novos profissionais.

Enquanto 67% dos concluintes em medicina se autodeclararam brancos, a segunda raça com mais formados foi a parda, com 24% dos estudantes. Em contrapartida, apenas 4% dos alunos se consideram negros, e são a minoria diante dos 5% que não se classificaram como representantes de uma das três raças em destaque.

##RECOMENDA##

O Ministério da Educação (MEC) divulgou, nesta quinta-feira (22), o “perfil” dos recém-formados em medicina e anunciou que os estudantes tiveram um bom desempenho no Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade) 2019. Segundo o órgão, a avaliação desses estudantes no Enade 2019 tem relevância particular por se tratar dos novos médicos que chegam ao mercado de trabalho durante um período pandêmico.

Segundo o MEC, esses profissionais, juntamente com outros da área de saúde, possuem papel central na redução dos impactos causados pela crise sanitária da Covid-19. O levantamento feito pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) mostra que a média nacional dos estudantes de medicina, em formação geral, é de 53,08, a maior entre as 29 áreas avaliadas no Enade 2019. Já em relação à parte específica, há uma média de 61,64.

##RECOMENDA##

A média da nota geral dos estudantes foi de 59,50. Os resultados do exame foram divulgados na terça-feira (20), pelo Inep, responsável pela aplicação. Conforme o MEC, 58% dos recém-formados declararam estudar por mais de oito horas semanais, desempenhando atividades extraclasse. Outros 28% declararam que estudam entre quatro e sete horas por semana, além do que a grade da instituição educacional estabelece.

Em contrapartida, 14% estudam por até três horas semanais a mais além da carga horária obrigatória. Em 2019, a área de medicina do Enade avaliou 232 cursos no Brasil. De acordo com essa avaliação, as universidades privadas do País concentram 57% dos cursos (132).

A região Sudeste teve a maior representação, com 41,8% (97) do total nacional de cursos da área. Em contraponto, a região Norte teve a menor representação, com 7,3% do total, o que corresponde a 17 cursos. Ao todo, 77% dos estudantes de medicina concluíram o curso em instituições privadas. Por outro lado, 23% formaram-se em instituições públicas.

Entre as características predominantes dos estudantes concluintes dos cursos da área, a maioria é composta por mulheres, 59%, enquanto os homens correspondem a 41%. Os números gerais do Enade 2019, incluindo os demais cursos participantes, revelam que as mulheres correspondem a 55% dos participantes, enquanto os homens equivalem a 45%.

A maior parte dos avaliados em medicina (79%) formou-se entre os 25 a 33 anos. Em contraponto, 13% concluíram a graduação com, no máximo, 24 anos. Outros 8% terminaram a educação superior com mais de 34 anos.

Os solteiros (92%) predominam entre os estudantes formados. Apenas 6% dos concluintes do curso são casados. Outros 2% declararam outros estados civis.

Ainda sobre dados de perfil socioeconômico revelados pelo exame, 47% dos estudantes de medicina avaliados neste ciclo do Enade moram com os pais, enquanto 46% declararam ter outras relações de moradia. O levantamento ainda mostra que a maior parte dos estudantes (47%) também indicou ser filho de pais já graduados. Por outro lado, 23% declararam que tanto pai quanto mãe não possuem ensino superior completo. Em contraponto, 19% dos participantes afirmaram que pelo menos a mãe possui graduação. Outros 11% indicaram que apenas o pai formou-se na educação superior.

O Enade 2019 revela também que pessoas declaradas pretas ainda são minoria no que diz respeito a se formar como médico, representando apenas 4% do total, enquanto 67% dos concluintes são brancos, 24%, pardos e 5%, de outras cores ou raças.

Termina, nesta sexta-feira (16), às 23h59, o período para os inscritos no Exame Nacional de Revalidação de Diplomas Médicos Expedidos por Instituição de Educação Superior Estrangeira (Revalida), edição 2020, entrarem com recurso caso a documentação anexada no cadastro tenha sido reprovada. Além disso, os inscritos poderão requerer uma segunda verificação do diploma, assim como das solicitações de atendimento especializado ou de tratamento por nome social.

Os inscritos já podem conferir se a documentação foi aprovada na Página do Participante. Caso precise solicitar os recursos, é importante se atentar para os motivos da reprovação dos documentos. A partir disso, o participante deve inserir informações e nova documentação, se for o caso, que comprovem a necessidade de atendimento especializado ou de tratamento pelo nome social, além de uma nova análise do diploma.

##RECOMENDA##

Os resultados dos recursos estão previstos para ser divulgados a partir da próxima segunda-feira (19) no site do Sistema Revalida. Conforme o edital, o único documento aceito é o diploma original médico expedido por instituição de educação superior estrangeira reconhecida no País de origem pelo Ministério da Educação ou órgão equivalente. Qualquer outro documento não substitui o diploma solicitado.

O diploma deve ser autenticado pela autoridade consular brasileira ou pelo processo de Apostilamento da Haia, regulamentado pela Convenção de Apostila da Haia, tratado internacional promulgado pelo Brasil por intermédio do Decreto n.º 8.660, de 29 de janeiro de 2016. Vale destacar que o arquivo deve ser digitalizado (frente e verso), assim como solicitado pelo sistema de inscrição. Além disso, deve estar em formato PDF, PNG ou JPG, com o tamanho máximo de 2 MB.

Para ser considerada válida, a documentação comprobatória para atendimento especializado deve conter o nome completo do inscrito, o diagnóstico com a descrição da condição que motiva a solicitação e o código correspondente à Classificação Internacional de Doença (CID 10). Também são necessárias a assinatura e a identificação do profissional que atestou a doença, com o respectivo registro do Conselho Regional de Medicina (CRM), do Ministério da Saúde (RMS) ou de órgão competente. Nos casos de inscritos com transtorno funcional específico, como dislexia, discalculia e déficit de atenção, podem ser anexados declaração ou parecer, com nome completo e descrição do transtorno, emitidos e assinados por entidade ou profissional habilitado na área da saúde ou similar, com a identificação da entidade e do profissional responsável.

Já as inscritas lactantes devem anexar a certidão de nascimento da criança, que deve ter idade inferior ou igual a um ano no dia de aplicação do exame. Também serve como documento comprobatório atestado médico que confirme a gestação da participante.

No caso de inscritos que solicitaram tratamento pelo nome social, devem ser apresentados documentos, como foto atual, nítida, individual, colorida, com fundo branco e que enquadre desde a cabeça até os ombros. A fotografia deve mostrar o rosto inteiro do inscrito, sem uso de óculos escuros, boné, chapéu, viseira, gorro ou similares. O inscrito também deve apresentar cópia digitalizada (frente e verso) de um dos documentos de identificação oficiais com foto e válido, de acordo com o previsto no item 10.2 do Edital n.º 66, de 10 de setembro de 2020. Em 2020, a prova escrita do Revalida está prevista para será aplicada no dia 6 de dezembro. Quem deseja obter mais informações, pode conferir o edital disponibilizado no Diário Oficial da União (DOU).

 A Central de Transplantes de Pernambuco (CT-PE), em parceria com o Conselho Regional de Medicina de Pernambuco (Cremepe), promove um curso gratuito de Capacitação no Diagnóstico de Morte Encefálica. Há 16 vagas ofertadas e podem  participar médicos com, no mínimo, um ano de experiência em cuidados de pacientes em coma. O curso será realizado nos dias 14 e 21 de outubro, das 14h às 18h, no auditório do Hospital da Restauração (HR), no Recife.

Os interessados devem realizar as inscrições gratuitamente pela internet. De acordo com a coordenadora da CT-PE, Noemy Gomes, “a morte encefálica significa a morte efetiva do paciente, ou seja, o cérebro perdeu a capacidade de comandar as funções do corpo, como consequência de uma lesão conhecida e comprovada. Precisarmos trabalhar constantemente com o público para tirar as dúvidas e desmistificar o assunto. Também é necessário ter mais médicos capacitados nas nossas emergências para fazer esse diagnóstico com segurança, tanto para ele quanto para o paciente, além de aptos a manter as funções vitais do possível doador durante o processo para que a possibilidade da doação seja uma realidade".

##RECOMENDA##

Para comprovar o óbito, são necessários dois exames clínicos, com intervalo de 6 horas entre eles e feitos por médicos diferentes e não participantes de equipes captadoras ou transplantadoras de órgãos, e um exame gráfico que vai mostrar que o cérebro não tem mais função.

Segundo a Secretaria Estadual de Saúde de Pernambuco (SES-PE), o diagnóstico de morte encefálica é norteado por resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM), que foi modificada no final de 2017 e, entre as mudanças, passou a permitir que médicos de diversas especialidades, além de neurologistas, pudessem atestar o óbito. A resolução prevê, ainda, que os procedimentos para a determinação da morte encefálica devem ser iniciados em todos os pacientes que apresentem coma não perceptivo, ausência de reatividade supraespinhal e apneia persistente.

A SES-PE também informa que entre janeiro e agosto deste ano, 131 famílias de pacientes com morte encefálica foram entrevistadas por equipes das Organizações de Procura de Órgãos (OPO) ou das Comissões Intra Hospitalares de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplantes (CIHDOTT). Dessas, 70 autorizaram a doação dos órgãos e tecidos de seu ente querido. As outras 58 não permitiram, ou seja, a negativa familiar neste ano está em 44%.

A equipe médica do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, decide "durante o dia" se ele receberá alta, após sua internação por Covid-19 na última sexta-feira (2), informou o chefe de gabinete da Casa Branca, Mark Meadows.

Em entrevista ao canal Fox News, Meadows disse que "ainda não se tomou uma decisão" e que a saúde do presidente "continua melhorando".

Trump, 74 anos, foi hospitalizado para tratar um quadro de coronavírus, depois de testar positivo em um exame na quinta-feira à noite.

"Os médicos vão fazer uma avaliação em algum momento até o fim da manhã e depois, com o presidente, em consultas com seus médicos, vão tomar uma decisão sobre se lhe dão alta durante o dia", completou Meadows.

O chefe de gabinete afirmou que não poderia divulgar um horário preciso, mas que acredita que será "no início da tarde".

No domingo, um otimismo prudente dominava a equipe de Trump, apesar de o médico da Casa Branca ter admitido que o estado inicial do presidente foi mais grave que o divulgado em um primeiro momento.

O médico de Trump, Sean Conley, alterou suas declarações de sábado e afirmou que na sexta-feira o presidente precisou da administração de oxigênio suplementar durante uma hora, quando ainda estava na Casa Branca.

O episódio foi considerado suficientemente inquietante para determinar a hospitalização.

O médico admitiu que não havia revelado o incidente no sábado para projetar uma imagem de otimismo.

O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) ampliou o prazo de inscrições do Revalida, exame utilizado para validar o diploma de médicos formados em universidades estrangeiras que querem exercer a profissão no Brasil. Os interessados devem concluir a candidatura até a próxima segunda-feira (5). 

Os participantes devem se cadastrar no site do Governo Federal, onde receberão login e senha únicos para diversos serviços federais, inclusive a Página do Participante do Revalida. Confira um tutorial com passo a passo para fazer a inscrição.

##RECOMENDA##

Requisitos

Para se inscrever, é necessário apresentar diploma de medicina expedido por instituição estrangeira de nível superior reconhecida no país de origem pelo seu ministério da Educação ou órgão competente, autenticado pela autoridade consular brasileira ou pelo processo da Convenção sobre a Eliminação da Exigência de Legalização de Documentos Públicos Estrangeiros. Declarações de conclusão de curso e documentos similares não serão aceitos. 

Provas

A primeira etapa do Revalida 2020 será aplicada no dia 6 de dezembro, com 100 questões objetivas pela manhã e cinco questões discursivas na parte da tarde. Apenas os aprovados na prova teórica passam para a segunda etapa.

Uma novidade da edição 2020 do Revalida é que, a partir de agora, candidatos reprovados na segunda fase poderão se reinscrever diretamente nesta etapa, nas próximas duas edições consecutivas. Anteriormente, era necessário recomeçar o processo. 

Covid-19

A prorrogação da aplicação do Revalida foi determinada no contexto dos protocolos de saúde pública para o enfrentamento à pandemia de Covid-19. A imposição de distanciamento social exigiu o desenvolvimento de novas regras para permitir a presença coletiva de participantes e da equipe de aplicação no dia de realização das provas. 

LeiaJá também

--> Revalida 2020: MEC publica nota para não confundir médicos 

A Empresa Pública de Saúde do Rio de Janeiro (RioSaúde) prorrogou as inscrições para o processo seletivo destinado à admissão de 166 médicos na área de terapia intensiva. Agora, os interessados podem se inscrever até o dia 27 de setembro por meio do formulário eletrônico.

Conforme o edital de abertura, o quantitativo de vagas não está limitado ao número inicialmente previsto, podendo ser redimensionado continuamente, considerando que o número de leitos pode ser ampliado sistematicamente de acordo com a demanda de atendimento.

##RECOMENDA##

Para participar da seleção, é necessário que os candidatos tenham residência ou título de especialização em terapia intensiva, experiência na área de atuação e registro ativo no Conselho Regional de Medicina (CRM). O processo seletivo dos candidatos será composto pela análise curricular.

Contratados, os profissionais trabalharão em regime de plantão de 12 e 24 horas ou 30 horas semanais e terão uma remuneração que varia de R$ 4.411,65 a R$ 21.208,52, acrescido das bonificações oferecidas. Saiba mais informações através do edital da seleção.

Reconhecido como um dos maiores sistemas de saúde pública do mundo, o Sistema Único de Saúde (SUS) completa neste sábado (19) 30 anos. Na avaliação do ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, o SUS se tornou essencial. "Não existe outra saída para o nosso país com relação à saúde, que não seja o Sistema Único de Saúde forte e eficiente", disse. Os próximos 20 anos, acrescentou, já estão em elaboração pela pasta "Estamos montando ações estruturantes com projetos estratégicos em todas as áreas, como Saúde Digital, Projeto Genoma, entre outras, que estão sendo finalizadas", disse o ministro.

Na avaliação do ministério, com a pandemia do novo coronavírus (covid-19), é possível constatar a força e importância do SUS, que atende cerca de 70% da população. Sob a gestão e união dos três entes – governo federal, estados e municípios – a pasta diz que foi possível garantir assistência aos pacientes infectados pela covid-19 e o atendimento daqueles que necessitam de tratamentos especializados.

##RECOMENDA##

O presidente da Associação Médica Brasileira (AMB), César Eduardo Fernandes, faz ressalvas sobre o enfrentamento da atual pandemia. Para ele, a resposta do SUS foi “de razoável para boa”. O médico exaltou o fato de muitos hospitais terem sido reequipados e as equipes de saúde recompostas nos últimos meses, mas levantou dúvidas se esses ganhos serão mantidos ou se voltarão ao estágio pré-pandemia.

Fernandes acrescentou que a resposta poderia ter sido mais eficiente se a atenção básica não tivesse perdido investimentos ao longo dos últimos anos. “Nesse período de pandemia, os profissionais estariam mais preparados para dar o primeiro atendimento e uma filtragem correta desses casos, não haveria necessidade dessa ida em massa para os serviços hospitalares”, avaliou.

Desafios

Entre os grandes desafios do SUS, na avaliação do próprio Ministério da Saúde, estão a oferta de serviços e a parte financeira. Em meio à demanda sempre crescente, especialistas da pasta admitem que o serviço precisa ser eficiente para atender em quantidade adequada e em tempo oportuno todas essas demandas e necessidades. Eles acreditam ainda que os recursos também precisam ser distribuídos de forma a alcançar o melhor resultado possível.

Alvo frequente de desvios por fraudadores, a responsabilidade com os recursos públicos também são desafiadores. "Precisamos ter efetividade, transparência e responsabilidade pelo recurso público, pois não estamos falando de dinheiro, estamos falando da saúde das pessoas", defende o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello.

Ganhos

Sobre a eficiência do SUS, o presidente da Associação Médica avaliou que em 30 anos de existência o sistema público de saúde conseguiu oferecer serviços de excelência em algumas áreas, mas ainda sofre com a precarização. Na avaliação do médico, é preciso investir mais na carreira dos profissionais de saúde e na atenção básica.

“Nós não podemos ficar apenas com essas ilhas de excelência em grandes centros, grandes capitais e regiões mais desenvolvidas. Nós temos que interiorizar o SUS”, defende Fernandes, ao falar dos desafios que a saúde pública ainda tem que enfrentar no país.

As unidades básicas de saúde e os médicos da família têm que ser também um dos focos dessa expansão, disse César Fernandes. “O que tem que ser fortalecido Brasil afora são as unidades básicas de saúde. É ali que o paciente chega, que se faz o primeiro atendimento, o diagnóstico e que se começa o tratamento”, destacou.

O médico ressalta a importância de também haver investimentos na carreira pública da classe. “A nossa questão não é falta de médicos, é construir possibilidades para que o jovem médico, bem formado, tenha atratividade para ir para os pequenos centros e as cidades mais longínquas. Temos que criar a figura do médico de Estado, assim como tem a carreira no Judiciário”, exemplificou.

Neste sábado (12), o Ministério da Educação (MEC) reforçou que é, ao lado do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep),  responsável pela realização do Exame Nacional de Revalidação de Diplomas Médicos Expedidos por Instituição de Educação Superior Estrangeira (Revalida). O comunicado foi realizado por meio de nota à imprensa.

De acordo com o MEC, nenhuma outra instituição está autorizada a realizar o Exame, tal como tem sido publicado pelo Instituto Nacional de Convalidação do Ensino Estrangeiro (ICESPE). Ainda em nota, a entidade informa que já emitiram pareceres contra a ilegalidade identificada.

##RECOMENDA##

Segundo edital de abertura, o Revalida receberá as inscrições para edição de 2020 de 21 de setembro a 2 de outubro. Já a aplicação da prova está prevista para o dia 6 de dezembro. Leia, a seguir, a nota na íntegra: 

O Ministério da Educação (MEC) e o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) esclarecem que são os únicos órgãos da Administração Pública Federal responsáveis pela execução legal do Exame Nacional de Revalidação de Diplomas Médicos Expedidos por Instituição de Educação Superior Estrangeira (Revalida). As inscrições para a edição de 2020 do exame estão devidamente previstas no edital, publicado no Diário Oficial da União (DOU) da última sexta-feira (11), com prazo entre os dias 21 de setembro e 2 de outubro de 2020. A aplicação da primeira etapa da prova será em 6 de dezembro de 2020. Nenhuma outra instituição está autorizada a realizar exame nacional para a revalidação de diplomas estrangeiros de medicina, a exemplo do que tem sido anunciado pela entidade privada denominada Instituto Nacional de Convalidação do Ensino Estrangeiro (ICESPE). O MEC e o Inep informam que, por meio de sua Consultoria Jurídica e Procuradoria Jurídica, respectivamente, já emitiram pareceres contra a ilegalidade do que vem sendo praticado pela instituição mencionada. É considerado que, além de representar uma usurpação da função pública, a ação possui potencial para gerar graves prejuízos, não somente aos participantes, que são levados ao erro e pelos altos valores cobrados, como para a coletividade, com a revalidação indevida de diplomas.

Os médicos de terapia intensiva, que tratam dos doentes mais graves, têm menos probabilidade de serem infectados pelo coronavírus do que seus colegas de outros setores e que a equipe de limpeza do hospital, de acordo com um estudo britânico publicado nesta sexta-feira (10).

Isso pode ser porque eles têm sido prioridade na distribuição de equipamentos de proteção de alto nível, como máscaras, supõem os autores da pesquisa publicada na revista médica Thorax.

"Acreditamos que os profissionais de cuidados intensivos correm maior risco, (...) mas estão relativamente bem protegidos em comparação com outros", disse o principal autor, Alex Richter, professor de imunologia da Universidade de Birmingham.

O estudo engloba mais de 500 funcionários dos hospitais de Birmingham que trabalhavam no final de abril, quando a epidemia estava em alta e o confinamento estava em vigor no Reino Unido. Na época, os hospitais recebiam uma média de cinco pacientes com covid-19 por hora.

Os pesquisadores submeteram os participantes a um teste sorológico para verificar se haviam sido infectados anteriormente e descobriram que 24% deles desenvolveram anticorpos, o que prova que já tinham contraído o coronavírus, em comparação com 6% da população geral naquela parte da Inglaterra.

Esse índice, porém, varia de acordo com a categoria dos profissionais. Foi menor entre aqueles de terapia intensiva (15%), em comparação com cerca de 30% nos serviços de medicina interna geral e 34,5% entre os trabalhadores de manutenção.

Além do problema com os equipamentos, isso pode ser porque os profissionais de terapia intensiva estão mais acostumados a aplicar medidas preventivas com rigor, disse Tim Cook, professor de anestesia da Universidade de Bristol.

Ele apontou ainda que o resultado pode estar relacionado ao fato de os pacientes mais graves e, portanto, com mais tempo de doença, serem menos contagiosos do que aqueles que contraíram recentemente o novo coronavírus.

Além disso, como muitos outros estudos já mostraram, este deixa claro que o risco era maior entre pessoas negras, asiáticas e outras minorias étnicas.

O ministro da Saúde da Itália, Roberto Speranza, afirmou que, quando estiverem disponíveis, as primeiras doses da vacina contra o novo coronavírus (Sars-CoV-2) serão dadas prioritariamente para equipes sanitárias - médicos, enfermeiros, entre outros - e idosos com patologias nos asilos e casas de repouso.

Em entrevista para o jornal "Corriere della Sera", publicada neste domingo (06), Speranza estima que esse primeiro lote deve ter "entre duas e milhões" de doses. O ministro também reforçou que a imunização será gratuita e pediu que os partidos de oposição parem de fazer uma "campanha eleitoral" sobre a retomada das aulas no país - que começarão em 14 de setembro.

##RECOMENDA##

Speranza voltou a dizer que o número de contágios, que estão com tendência de alta, não causam preocupação a ponto de decretar um novo lockdown e que as estruturas sanitárias estão aptas a tratarem os novos pacientes.

Pouco após a publicação da entrevista, o ministro participou de um evento em que disse que acredita que a vacina desenvolvida pela Universidade de Oxford, e que será distribuída pela farmacêutica AstraZeneca, estará disponível já no fim do ano.

"Sobre a vacina anti-Covid estamos investindo o máximo possível e acredito que as energias que estão sendo colocadas em campo poderão trazer resultados encorajantes em breve. Eu estou otimista", acrescentou. 

Da Ansa

Ao pontuar a falta de suporte social, testagem em massa e monitoramento adequado diante da infecção que segue ativa na Região Metropolitana do Recife (RMR), a vice-presidente da Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco), Bernadete Perez, critica as decisões do Governo de Pernambuco no combate à Covid-19. Para a especialista, a variação diária de casos mostra que não há quadro epidemiológico possível para prosseguir com as reaberturas.

"A vigilância do estado se satisfez em contar casos e óbitos. Uma forma omissa na relação com o território", destaca a sanitarista ao acrescentar que a ausência de um plano nacional de resposta à pandemia dificultou o controle da doença. "Essas pessoas que morrem todos os dias têm virado praticamente uma 'paisagem', como se a gente tivesse que conviver com isso como normal [...] a pandemia não está controlada", lamenta em entrevista ao LeiaJá.

##RECOMENDA##

De acordo com o boletim epidemiológico da Secretaria Estadual de Pernambuco (SES), emitido nessa quarta (2), Pernambuco já soma 7.656 óbitos e 128.724 pessoas infectadas. Mesmo com a queda dos índices, Perez explica que "a sustentação de curva ainda é alta em número de casos e óbitos. Com variação muito grande e a gravidade de uma interiorização da pandemia, sem equipamentos de saúde suficientes".

Lockdown frouxo

Instituído em cinco municípios do Grande Recife no dia 16 de maio, o lockdown até surtiu efeito inicial, mas foi tardio e breve, na visão da médica. "O prazo ideal era quando a gente tivesse por duas semanas uma queda importante e sustentada, com o número de óbitos quase chegando a zero. 40 mortes em 24h ainda é altíssimo", indica e conclui que não houve estratégia das autoridades para operacionalizar o fechamento total nas periferias. "Você coloca no colo das pessoas a possibilidade de proteção que elas não têm necessariamente. A tempestade é a mesma, mas nossos barcos são diferentes", avalia. 

Com o fim da quarentena rígida, após 15 dias do fechamento, Pernambuco registrou 1.023 novos casos e 67 óbitos só no dia 31 de maio. Na ocasião, as notificações atingiam 2.807 vítimas fatais e 34.450 casos confirmados. Com a economia estagnada, o Governo não suportou à pressão e deu início a terceira fase da flexibilização, no dia 15 de junho. A etapa marcou a autorização de funcionamento para varejos de bairro, salões de beleza e coleta de produtos em shoppings.

Médicos na cadeia

No primeiro dia da reabertura, o estado confirmou mais 246 casos, e alcançou o total de 45.507 infectados e 3.886 mortes. "A flexibilização foi completamente equivocada. Todas as etapas foram precipitadas, sem nenhuma sustentabilidade do quadro epidemiológico que a gente tinha, como ainda não temos [...] a gente não tem como progredir com flexibilização. Pelo contrário", reprova Perez, que aconselha o fechamento de setores não essenciais.

No início das notificações em Pernambuco, ainda em março, a médica juntou-se a outros especialistas e criou a Rede Solidária em Defesa da Vida (Rede Sol), com o objetivo de apoiar o Estado na tomada de decisões mediante dados científicos. No entanto, um movimento negacionista de profissionais da saúde atrapalhou a conscientização dos pernambucanos ao receitar supostas curas sem eficácia comprovada, como a Hidroxicloroquina, Azitromicina e Ivermectina.

"É uma vergonha. A gente discute isso em um plano político. Todos os estudos mostraram uma mortalidade maior na população que usa cloroquina. Esses médicos tinham que ser punidos criminalmente. Não é uma disputa de narrativa científica por que não tem nenhum estudo que sustente esse tipo de prescrição", dispara.

O ministro da Educação, Milton Ribeiro, anunciou, nesta terça-feira (1°), que a aplicação do Exame Nacional de Revalidação de Diplomas Médicos Expedidos por Instituição de Educação Superior Estrangeira (Revalida) será no dia 6 de dezembro. O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) divulgará nos editais o cronograma completo de aplicação.

Nesta primeira etapa, os candidatos passarão por uma prova teórica, que já está sendo desenvolvida pela Comissão Assessora de Avaliação da Formação Médica (CAAFM), dividida em duas partes aplicadas no mesmo dia. Pela manhã, devem ser resolvidos 100 itens objetivos. Na parte da tarde, os participantes precisam responder cinco questões discursivas.

##RECOMENDA##

Aprovados na prova teórica, os candidatos realizarão, na segunda etapa, uma avaliação prática em estações clínicas que contará com edital próprio. Confira mais informações sobre o exame através do site do programa.

A Universidade Federal da Paraíba (UFPB) receberá, a partir do dia 9 de setembro, as inscrições para o programa de residência médica no Hospital Universitário Lauro Wanderley (HULW), localizado em João Pessoa, na Paraíba. Interessados poderão se candidatar até o dia 11 de outubro pelo site da instituição.

Ao todo, a oportunidade está ofertando 73 vagas para as especialidades em anestesiologia, clínica médica, cirurgia geral, dermatologia, endocrinologia e metabologia, gastroenterologia, infectologia, mastologia, obstetrícia e ginecologia, oftalmologia, pediatria entre outras. Para participar da seleção, os candidatos ainda devem atender alguns pré-requisitos especificados no edital e custear uma taxa de R$ 400.

##RECOMENDA##

O processo seletivo será composto por uma prova objetiva que será realizada no dia 25 de outubro, a partir das 8h. Conforme a especialidade escolhida, haverá avaliação de conhecimentos gerais ou específicos.

O programa tem duração de dois a três anos. Mais detalhes podem ser obtidos através do edital da seleção.

A Rio Saúde, empresa pública do Rio de Janeiro, está com inscrições abertas até a próxima quarta-feira (26) para um processo seletivo com 113 vagas e salários que variam de R$ 3.895 e R$ 7.791, além de benefícios e acréscimos para médicos. Os profissionais aprovados serão lotados no Hospital Municipal Salgado Filho (clínica médica e CTI adulto) ou no Hospital Municipal Francisco da Silva Telles (clínica médica). 

As inscrições devem ser feitas exclusivamente através do site da Prefeitura do Rio e não haverá pagamento de taxa. Os candidatos serão selecionados através da realização de análise curricular com somatória de pontos das habilitações e das experiências. Para mais detalhes, acesse o edital do processo seletivo

##RECOMENDA##

LeiaJá também

--> Concurso na Paraíba oferece quase 80 oportunidades

Na manhã desta terça-feira (18), o Centro Integrado de Saúde Amaury de Medeiros (CISAM), na Zona Norte do Recife, foi tomado por balões e cartazes em solidariedade à criança, de 10 anos, que foi autorizada a realizar um aborto na unidade após ser estuprada pelo tio. Além da menina, o ato simbólico presta apoio à equipe médica responsável pelo procedimento.

A diretora da União Brasileira de Mulheres no Recife, Laleska dos Santos, explica que o ato em frente ao hospital tem a "perspectiva de solidariedade e acolhida, tanto à criança que passou por todo esse processo trágico, quanto aos profissionais de saúde que foram hostilizados". O grupo levou uma cesta de chocolate para presentear a menina e uma carta reforçando o compromisso com a equipe médica.

##RECOMENDA##

A manifestação reuniu poucas mulheres para cumprir as recomendações sanitárias da Covid-19. "No nosso país, infelizmente a gente tem um índice altíssimo de estupro e abuso na infância, e boa parte desses casos acontece no meio domiciliar [...] a gente tem mania de culpar sempre as vítimas", pontuou a diretora.

[@#galeria#@]

O mesmo grupo foi responsável pela oposição aos religiosos e políticos, que foram ao hospital para impedir o procedimento, nesse domingo (16).  Mesmo autorizada pela Justiça, os fundamentalistas fizeram uma roda de oração e chamaram a menina de "assassina", em uma estratégia para tentar constranger os médicos envolvidos na intervenção.

Passadas a incerteza e a falta de informação iniciais da pandemia, médicos relatam que o momento na cidade de São Paulo é de maior segurança para tratar infectados, mas também de cansaço e exaustão por estarem há cinco meses no combate de um surto que não se sabe exatamente quando irá acabar. Além disso, agora eles têm de lidar com uma nova demanda: de pacientes de outras doenças, muitos após adiar tratamentos e cirurgias, que começam a voltar aos hospitais.

"No começo, a sensação era de pânico mesmo. Agora é desgaste físico, emocional", diz o infectologista Pedro Campana, que trabalha na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Emílio Ribas e na enfermaria do Hospital da Santa Casa de Misericórdia. "Em março e abril, foi muito trabalho para montar o fluxo de atendimento. Era muito estresse por ter de enfrentar uma doença que não se conhecia muito. Faltavam profissionais. Foi muito desgastante."

##RECOMENDA##

Nos meses seguintes, houve a contratação de profissionais de saúde em muitos centros de atendimento, a capital paulista montou quatro hospitais de campanha (Pacaembu, Anhembi, Ibirapuera e Heliópolis) e o medo inicial de que poderia faltar leitos e ventiladores não se concretizou. As redes pública e particular de saúde foram pressionadas, mas não entraram em colapso. Ontem, a taxa de ocupação dos leitos de UTI na capital chegou à média geral de 57,8%, enquanto todas as regiões do Estado estão abaixo dos 80%, os menores índices desde o começo da pandemia.

Reflexo da queda desses números é que a tenda montada na Santa Casa para fazer o atendimento inicial de pacientes sintomáticos respiratórios foi desmontada há duas semanas. "O fluxo diminuiu claramente. Antes, tinha 30 a 40 pacientes na enfermaria. Agora está entre 10 e 20", conta Campana. O Hospital do Pacaembu foi fechado e a Prefeitura já desativou parte dos leitos no Anhembi.

Isso não significa que os problemas acabaram. "Nosso desafio agora é não entrar em burnout (esgotamento físico e mental ligado à vida profissional)", diz o médico. Pesquisa com 1.257 profissionais de saúde da China, de março, mostrou que 71,5% relataram angústia e metade disse ter sintomas de depressão.

Nova demanda. O infectologista Natanael Adiwardana atende em dois hospitais privados e em um público da capital. A rotina está "corrida", com poucas mudanças de março para agora. Ele contou que a diminuição dos casos de covid-19 tem sido substituída pelo aumento da demanda que havia sido reprimida nos primeiros meses de pandemia.

"Cirurgias eletivas que foram desmarcadas, por exemplo; coisas que não eram urgentes estão voltando. E de forma mais agravada", afirma. "Demandas que sumiram no auge da pandemia, como diabete e pressão alta, aparecem um pouco mais descompensadas", ressalta.

Os hospitais estão tendo de se readaptar às mudanças. Os protocolos de controle da pandemia continuam existindo, mas o gerenciamento tem sido alterado. "Se antes em um hospital a proporção era de oito alas de UTI de covid para um para outros pacientes. Agora já é de sete para dois, seis para três", diz Adiwardana.

Segundo Campana, a recomendação de evitar a ida aos hospitais durante a quarentena teve reflexo para alguns grupos - como os pacientes de HIV, uma vez que os serviços hospitalares voltados para eles foram usados por pacientes de covid - e elevar casos de outras doenças, como tuberculose.

A melhor compreensão sobre o coronavírus também traz alertas. A capital ter chegado a um platô no número de casos é óbitos não é sinal de que a pandemia está próxima do fim. "É cruel, porque agora existe um determinante social bem definido. A doença vai ficar mais concentrada em quem utiliza o transporte público, nos bairros periféricos. A tendência é que o SUS (Sistema Único de Saude) fique mais cheio do que os hospitais particulares. Para quem é mais abastado, tem aquela parte descolada que acha que acabou, que quer consumir, ir a restaurante, frequentar o bar. Mas ignoram quem é que trabalha nesses lugares", diz Campana.

A operadora de saúde Hapvida estaria pressionando os médicos ligados à sua rede de atendimento a prescrever a hidroxicloroquina para pacientes acometidos pela covid-19. A denúncia foi feita pelos profissionais de saúde e publicada pela BBC Brasil, nesta quinta (13).

"Reforço a importância do uso da hidroxicloroquina", escreveu o coordenador da Hapvida em Ribeirão Preto, no interior de São Paulo, no grupo do Whatsapp dos médicos a serviço da empresa, no fim de julho. Em outras mensagens ele ainda teria dito que estava “revisando os prontuários diariamente”, e “vendo que alguns colegas não estão prescrevendo" a medicação.

##RECOMENDA##

Outra orientação compartilhada pelo coordenador seria ainda mais enfática: "a partir de hoje, TODOS os pacientes irão sair com a medicação da hidroxicloroquina (exceto os contraindicados)". De acordo com os apontamentos dos profissionais de saúde, o gestor chegou a dizer que a hidroxicloroquina deveria ser entregue até ao paciente que assinasse um termo de recusa para a medicação, "para caso, no futuro, mude de ideia". Também é dito que, os médicos que discordassem da política da operadora poderiam ser substituídos nos plantões.

Segundo a reportagem, as mensagens foram compartilhadas pelo mesmo coordenador em três grupos de WhatsApp de profissionais que atuam no Grupo São Francisco, rede do interior paulista recentemente adquirida pela Hapvida. Após a concordância de diversas pesquisas de que a hidroxicloroquina é ineficaz no combate à covid-19, a utilização do medicação nos pacientes acometidos pela doença vem sendo desaconselhada por instituições como a Organização Mundial de Saúde (OMS).

À BBC, a Hapvida negou que haja qualquer tipo de pressão para prescrição da hidroxicloroquina e alegou respeitar o parecer médico sobre os casos. Já o Conselho Federal de Medicina (CFM) informou que desconhece os casos, mas que situações do tipo devem ser denunciadas, pois “o princípio que deve, obrigatoriamente, nortear o tratamento do paciente é o da autonomia do médico".

A Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh) reabriu as candidaturas destinadas à contratação temporária de profissionais para o combate à pandemia da Covid-19. Deverão ser selecionados médicos em sete especialidades, enfermeiros em dois segmentos, além de fonoaudiólogo, nutricionista e analista de recursos humanos.

Segundo o edital de abertura do processo seletivo, dependendo da formação, os aprovados poderão receber remunerações de quase R$ 9 mil. Os interessados em participar da seleção deverão se inscrever desta quarta-feira (12) até as 22 do dia 16 de agosto, por meio da internet, sem taxa de participação.

##RECOMENDA##

De acordo com o Ministério da Educação (MEC), pasta responsável pela Ebserh, a seleção temporária não impactará os concursos realizados em 2019. “A contratação de profissionais dos novos cargos do PSE possibilitará a reposição do quadro de pessoal e o reforço necessário em áreas sensíveis para o combate à Covid-19. As convocações para esses cargos também continuam a depender da demanda dos hospitais, podendo contratar, no total dos processos seletivos, até 6 mil profissionais temporários, somadas as contratações temporárias anteriores”, acrescentou o MEC.

Análise curricular é uma das etapas do processo seletivo. A previsão é que o resultado seja anunciado em 18 de agosto. Para mais informações sobre os locais de atuação e demais critérios do certame, acesse o edital publicado pela Ebserh.

Páginas

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando