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A Prefeitura de São Paulo foi acusada pela professora Marcella Campos, diretora da Apeoesp (Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo), de limitar a merenda das crianças nas escolas municipais de ensino.

Diante disso, os professores da rede pública municipal se reuniram no último sábado (19) e convocaram a realização de um ato público em frente à sede da Prefeitura Municipal de São Paulo, exigindo o fim do racionamento e a garantia de merenda de qualidade para as crianças. O ato será realizado às 16h da próxima quarta-feira (23).

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Essa situação foi denunciada por diversos professores municipais nas redes sociais. Eles afirmam que todos os dias centenas de crianças pedem para comer um pouco mais da merenda e não têm permissão. Marcella Campos diz que os alunos estão sendo marcados à caneta para que haja um controle maior de quem já comeu e que a qualidade na alimentação está prejudicada. “Desde o início do ano, professores e funcionários vêm denunciando a queda na qualidade e na quantidade da merenda servida. Segundo esses relatos, a merenda que antes alimentava durante uma semana, agora tem que durar um mês”, afirmou a diretora da Apeoesp.

Em resposta às acusações, o prefeito João Dória disse nas redes sociais que a limitação da merenda “é para combater a obesidade infantil, problema grave que atinge muitas crianças em nossa cidade.” Dória ainda afirma que não se trata de racionamento, e sim “uma readaptação na merenda fornecida.”

A Polícia Federal deflagrou nesta quinta-feira, 1, a Operação Ratatouille, desdobramento da Lava Jato, no Rio. Em nota, a PF informou que quarenta policiais federais cumprem 1 mandado de prisão preventiva e 9 mandados de busca e apreensão, expedidos pela 7ª Vara Federal Criminal/RJ, na capital fluminense (Barra da Tijuca, Centro, Ipanema e Leblon) e nos municípios de Mangaratiba/RJ e Duque de Caxias/RJ.

São investigadas propinas de R$ 12,5 milhões sobre contratos de merenda escolar e alimentação de presídio e hospitalar. Um dos alvos é o empresário Marco Antonio de Lucca, do setor de alimentação escolar e hospitalar. Ele já havia sido alvo da Operação Quinto do Ouro - que prendeu conselheiros do Tribunal de Contas do Rio.

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A operação é realizada em conjunto com o Ministério Público Federal e a Receita.

Iniciadas há seis meses, as investigações indicam o pagamento de pelo menos R$ 12,5 milhões em vantagens indevidas a autoridades públicas pelo empresário do ramo de alimentação que mantinha contratos com o Governo do Estado do Rio.

O preso será indiciado por corrupção ativa, lavagem de dinheiro e organização criminosa. Após os procedimentos de praxe, ele será encaminhado ao sistema prisional do estado.

O nome da Operação remete a um prato típico da culinária francesa, em referência a um jantar em restaurante de alto padrão em Paris/França, no qual estavam presentes diversas autoridades públicas do Rio de Janeiro e empresários que possuíam negócios com o Estado.

Profissionais que trabalhem com merenda escolar têm até o dia 26 de junho para se inscrever no concurso ‘Melhores Receitas’ que, entre outros prêmios, oferece viagens ao Caribe. A competição é organizado pelo  Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), autarquia vinculada ao MEC. 

O objetivo do concurso é incentivar a criação de receitas saudáveis e saborosas nas cantinas. “Os merendeiros são essenciais para o sucesso do Programa Nacional de Alimentação Escolar [Pnae], que oferece 50 milhões de refeições diárias”, explica o presidente do FNDE, Silvio Pinheiro.

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 “No ato de inscrição, é preciso relatar uma atividade de EAN (da teoria à prática) com a receita indicada”, destacou a coordenadora-geral do Pnae, Karine Santos. Cada participante deve enviar somente uma receita, contendo detalhes sobre os ingredientes, medidas, preparo e rendimento em porções. 

O julgamento das receitas será realizado através de quatro fases, sendo uma eliminatória, uma estadual, outra regional e, por fim, a etapa nacional. Os prêmios variam de certificados de participação a todos os aprovados na fase eliminatória, kits para manipulação de alimentos aos 135 escolhidos na estadual e aos 15 finalistas da regional um curso culinário de boas práticas, de dois dias, em Brasília, com todas as despesas pagas. 

Competição pretende estimular a melhoria na alimentaçao escolarco primeiros lugares, sendo um por região do país, ganham R$ 6 mil reais e uma viagem internacional. Os segundos colocados receberão R$ 3 mil e os demais ganham R$ 1 mil. 

Os campeões serão premiados com uma viagem ao Caribe, onde conhecerão o programa de alimentação escolar da República Dominicana. “Muitos países que participam dessas cooperações criam seus programas inspirados na experiência e em diretrizes brasileiras”, informou a coordenadora do Pnae. 

Para mais detalhes, confira a página do concurso.

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O ministro da Educação, Mendonça Filho, nesta terça-feira (22), se posicionou sobre as intensas e frequentes críticas do senador Humberto Costa (PT), que já chamou Mendonça de “mãos de tesoura” e até questionou  a “competência” do ministro, além de afirmar que ele despreza a juventude e o povo brasileiro.

Mendonça se defendeu. “Se tivesse compromisso com a educação, Humberto Costa deveria aplaudir a nossa gestão no MEC [Ministério da Educação]”, cravou.

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O ministro não poupou nem o Partido dos Trabalhadores (PT). “Humberto não disse, mas foi líder do Governo do PT, que passou sete anos sem reajustar o valor da merenda. Vir agora falar em qualidade da merenda só pode ser piada de mal gosto e total desrespeito com a população”, disparou.

Mendonça Filho também rebateu as críticas do petista sobre o edital que foi lançado e cancelado pelo Ministério da Educação (MEC) para a contratação de serviço de alimentação durante voos da FAB, sem licitação, no valor de R$ 189 mil. “Ele [Humberto Costa] esqueceu de dizer que o processo foi solicitado, em 2014, no governo do PT, e foi suspenso agora quando tomei conhecimento”.

 

A Polícia Federal poderá assumir as investigações da Operação Alba Branca contra a máfia da merenda escolar que se teria instalado em pelo menos 37 prefeituras de São Paulo para fraudar licitações. A Justiça estadual remeteu os autos para a Justiça Federal em Ribeirão Preto acolhendo manifestação do Ministério Público Estadual de que a quase totalidade da verba desviada em contratos supostamente dirigidos saiu dos cofres públicos da União. Em maio, a Promotoria questionou as administrações municipais sobre a origem do dinheiro. A resposta: 92,72% dos valores foram liberados por Brasília.

As informações foram reveladas nesta terça-feira, 14, pelo repórter Walace Lara, da TV Globo. As investigações apontam para o suposto envolvimento do deputado estadual Fernando Capez (PSDB), presidente da Assembleia Legislativa de São Paulo. Ele teria sido beneficiário de parte de propinas sobre contratos fraudados - segundo o Ministério Público, as fraudes ocorreram a partir da contratação da Coaf, cooperativa de agricultores instalada no município de Bebedouro, para fornecimento de alimentos e sucos.

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Um delator da Alba Branca, o lobista Marcel Júlio, afirmou que mais de R$ 400 mil foram repassados para a campanha de Capez em 2014. O deputado nega com veemência ligação com a organização.

Essa parte da investigação, porém, não será deslocada para a PF porque Capez, na condição de procurador de Justiça - membro do Ministério Público paulista - tem foro privilegiado perante o Tribunal de Justiça do Estado. A Corte já decretou a quebra do sigilo bancário e fiscal do deputado.

Diante do quadro apresentado pelo Ministério Público, de que a verba federal foi desviada pela máfia da merenda, a juíza Vanessa Barbosa, da Comarca de Bebedouro - base das investigações que estavam a cargo da Polícia Civil e da Promotoria estadual - reconheceu a incompetência da Justiça de São Paulo para o caso.

A decisão de Vanessa de deslocar os autos para a Justiça Federal foi tomada no dia 3 de junho, pouco antes de uma nova etapa da Alba Branca que iria ser deflagrada. Nessa nova fase, a Polícia iria prender 16 investigados. Inicialmente, Alba Branca identificou negócios supostamente ilícitos cm 22 administrações municipais. Os desdobramentos da investigação apontam para contratos fraudados em 37 prefeituras.

Guarulhos possui mais de 8.200 crianças na lista de espera para creches da rede municipal. Dessas, 2.998 sãoo para Berçário I (crianças até 1 ano de idade), 2.998 são para Berçário 2 (crianças entre 1 e 2 anos) e 3.547 são para o Maternal (crianças entre 2 e 4 anos). Os dados são da própria Prefeitura e estão disponíveis no portal de transparência da Educação (http://portaleducacao.guarulhos.sp.gov.br/ite/escola).

Existem 113 escolas infantis ou creches que atendem a pouco mais de 43 mil alunos no município. Com previsão de aumento de 5,6% no orçamento de 2017, Neide Marcondes Garcia, secretária de Educação da cidade, disse que, ainda durante a atual gestão, serão entregues mais 27 creches com 15 salas cada, atendendo cerca de 21 mil crianças.

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Os recursos para construção dessas novas unidades vêm de fundos e programas de fomento nacionais e municipais, apoio à creches, salário-educação e repasses do Governo Federal. Durante seu discurso, a secretária destacou que o foco dos investimentos será a melhoria do acesso à educação, tanto das crianças que aguardam por vagas, como de jovens e adultos inscritos nos programas de alfabetização da Prefeitura. Parte dos investimentos também será destinado à ações educativas que visam garantir o fornecimento de alimentação saudável e adequada.

Com uma receita de mais de R$ 840 milhões, as contas dos gastos com a estrutura da Secretaria de Educação fecham em pouco mais de R$ 500 milhões, restando assim R$ 340 milhões para o investimento citado. Estima-se que em 2017 haja R$ 42 milhões a mais para investimentos, permanecendo as despesas neste patamar. A reportagem do portal LeiaJá SP entrou em contato com a assessoria de imprensa da Secretaria de Educação, que não informou em que bairros serão construídas as novas creches.

A rede terceirizada reivindica um novo modelo de merenda. Com reclamações relacionadas à qualidade dos alimentos e à forma de entrega, as instituições defendem que a Prefeitura repasse verba para a alimentação das crianças em vez de entregar os produtos. O modelo ainda evitaria a ausência de itens como o óleo de soja, que hoje está em falta.

A merenda escolar oferecida às crianças das creches terceirizadas e indiretas também é diferente, se comparada à da rede própria. Tanto unidades que funcionam em prédios alugados como em prédios públicos recebem produtos da Prefeitura. Caminhões entregam frutas e verduras semanalmente e os demais itens, como arroz e feijão, duas vezes ao mês. Já as creches diretas têm cozinhas comandadas por empresas.

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O pedido das entidades se baseia em três pontos: o direito de escolher os produtos que serão preparados em suas cozinhas, a ampliação do controle de qualidade e a possibilidade de aquecer o comércio local. Um projeto com esse objetivo aguarda votação na Câmara Municipal.

Em uma das creches visitadas pela reportagem na região central, funcionários se queixam de alimentos que chegam já com a validade vencida. "Se nós checamos na hora do recebimento e já percebemos que está estragado, eles trocam. Se só notamos no dia seguinte, por exemplo, temos de comprar do nosso próprio bolso", explicou uma funcionária.

A qualidade do feijão também é questionada pelas instituições. Elas afirmam que a marca oferecida pela Prefeitura é de baixa qualidade. "Temos de deixar de molho ao menos um dia porque ele é muito difícil de cozinhar", disse Adriano Oliveira, gerente diretor da Sociedade de Ensino Profissional e de Assistência Social (Sepas), que mantém creche na zona leste.

A Secretaria Municipal da Educação diz que não há desabastecimento de óleo, mas "falta pontual", e que as entidades têm recursos para complementação da alimentação. Sobre a qualidade, a pasta afirma que a alimentação oferecida é balanceada, variada e nutritiva. Mas não comenta o pedido de mudança no formato. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Líder do PTB e aliado do governador Geraldo Alckmin (PSDB), o deputado Campos Machado tentará anular o requerimento com o pedido de instalação da CPI da Merenda na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), protocolado na semana passada com ampla adesão de parlamentares após a ocupação do plenário da Casa por estudantes de escolas técnicas e estaduais. Na terça-feira (17) por 49 votos, deputados da base e da oposição aprovaram o regime de urgência do projeto que cria a Comissão Parlamentar de Inquérito, acelerando sua instalação.

Segundo Campos, o requerimento da CPI foi assinado pelo presidente da Alesp, Fernando Capez (PSDB), o que é proibido pelo regimento interno. O tucano é um dos investigados pela Operação Alba Branca, da Polícia Civil e do Ministério Público Estadual, por suspeita de integrar o esquema de superfaturamento e pagamento de propina em convênios da Cooperativa Agrícola Familiar para fornecimento de suco na merenda escolar para o Estado e 22 prefeituras. Ele nega.

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O petebista, que se diz contrário à comissão porque o caso já é investigado pela polícia e pela Promotoria, questiona ainda o fato de a Alesp querer dar prioridade à CPI da Merenda em vez de outras comissões protocoladas antes, como a CPI do Detran, para investigar suposto esquema de corrupção no Departamento Estadual de Trânsito. "O que é estranho é que de uma hora para outra todo mundo resolveu assinar a CPI, só por causa da invasão dos alunos. Não pode ser assim. Até o presidente assinou, o que não pode. Talvez esse requerimento seja nulo", disse.

O projeto de resolução que cria a CPI deve começar a ser discutido nesta quarta-feira, 18, no plenário, mas a tendência é que a comissão só seja instalada na semana que vem ou em junho por causa das obstruções que Campos pretende fazer. Os deputados discutem a proposta por até seis horas em duas comissões em plenário para depois votar o projeto. Se for aprovado, o presidente da Casa pede aos líderes que indiquem os parlamentares que farão parte da CPI e o integrante mais velho convoca a primeira reunião da comissão.

"CPI, em 99% dos casos, não serve para investigar nada, apenas para fins políticos. Voto a favor única e exclusivamente pela bancada do PSDB", disse o tucano Barros Munhoz. "Votamos nesta noite sobre pressão de meia dúzia de estudantes que invadiram essa casa", criticou Campos Machado.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Alunos da rede estadual de ensino fizeram uma manifestação nesta segunda-feira, 16, em Americana, interior paulista, para cobrar a abertura da CPI da Merenda, na Assembleia Legislativa de São Paulo. Com faixas e cartazes com dizeres "Cadê a Merenda?", os estudantes cobravam a apuração de supostos pagamentos de propina a agentes políticos para o fornecimento de alimentos à merenda escolar com preços superfaturados.

O grupo com cerca de 120 pessoas se reuniu à frente da Escola Estadual Heitor Penteador e iniciou uma caminhada em direção à sede da Diretoria Regional de Ensino, na região central. Na passagem pela rua Duque de Caxias, uma das principais da cidade, os manifestantes sentaram no asfalto.

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A manifestação, que teve a participação de estudantes de cidades vizinhas, como Nova Odessa e Santa Bárbara d'Oeste, terminou por volta de meio-dia. De acordo com a Polícia Militar, que não contabilizou o número de manifestantes, o ato foi pacífico. A diretoria de ensino informou que não há falta de merenda nas escolas da região e que recebeu uma comissão de alunos para ouvir as reivindicações.

A maioria das escolas técnicas do Instituto Federal de São Paulo (IFSP) ainda oferece aos alunos somente "merenda seca". Dos 33 câmpus em todo o Estado, que têm ensino médio combinado ao técnico e ao superior, só 11 têm bandejões para refeições, que são pagas - mais 6 estão em construção. Nos outros, os alunos recebem embalagens individuais de bolinhos, biscoito salgado, cookie, achocolatado e suco. Apesar de não dar prazos, o instituto promete a construção de refeitórios em todas as unidades federais.

São 31.150 alunos no IFSP, 14.282 secundaristas. A oferta de comida aos estudantes da educação básica tem por base uma lei federal de 2009, que diz que todos devem receber alimentação "saudável e adequada, compreendendo o uso de alimentos variados, seguros, que respeitem a cultura, as tradições e os hábitos alimentares saudáveis". A falta de refeição nas escolas técnicas estaduais (Etecs) é o principal argumento dos estudantes que invadiram ao menos 16 colégios estaduais. Nesta semana, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) disse que o ato é "político".

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Já nas instituições federais de ensino a pauta dos estudantes é outra: reivindicam melhorias na infraestrutura e aumento das vagas para o ensino médio e técnico. O câmpus São Paulo do IFSP, no Canindé, zona norte, é uma das unidades com refeitório. Os alunos podem almoçar e jantar no local, a um custo de R$ 3,50 por refeição. O valor original do prato (R$ 8,50) é subsidiado pelo governo e o restaurante é administrado por uma empresa terceirizada.

Auxílio

Quem não pode pagar o valor das refeições tem a opção de pedir auxílio-alimentação, que chega a R$ 10 por dia, dependendo da renda familiar do aluno. Dos 6 mil estudantes no câmpus (2 mil no ensino médio técnico), só 1.200 têm acesso ao benefício. Todos os alunos recebem os kits com os lanches. "Nossa prioridade é reformar a escola, que tem muitas goteiras e falta espaço", contou o estudante Nicolas Caous, de 17 anos, que está no 2º ano do ensino médio. Outra reivindicação é a abertura de mais vagas no ensino médio. "Aqui a maioria das vagas é de ensino superior. O câmpus precisa ser expandido."

De acordo com o diretor da unidade, Luís Cláudio de Matos, a reclamação mais comum é de falta de espaço. "Poderíamos atender muito mais gente", admitiu.

Ali, a comida não entra nas reivindicações estudantis. "Estamos discutindo fazer greve por causa da falta de verba", afirmou Nicolas. Mas há solidariedade com outros grupos. Integrante do grêmio estudantil Charlie Chaplin, ele admite que os estudantes do colégio ajudaram na ocupação do prédio administrativo do Centro Paula Souza, que administra as Etecs e só foi liberado após reintegração de posse cumprida pela Polícia Militar.

Sem suco

Na unidade de Guarulhos não há restaurante, e os estudantes contam apenas com a merenda seca. O estudante Bruno Fernandes, de 17 anos, aluno de Automação, reclama que desde o ano passado houve piora no "kit lanche" recebido. "Ano passado, davam suco e achocolatado, mas eles tiraram", reclamou. "Agora, tenho de comer em casa antes de vir para a aula", disse o estudante do período da tarde.

"Eles dão um pão e biscoito, mas nenhuma refeição. Tenho de almoçar em casa", emendou o aluno de Informática Guilherme Santana, de 15 anos, que cursa o 2º ano do ensino médio. "O lanche é bom, mas já foi melhor. Estão tirando coisas", disse Gabriela Izidoro, de 18 anos, do técnico em Automação. "Acho os protestos (por merenda nas escolas técnicas) válidos. Quem não tem precisa reivindicar. E quem tem precisa melhorar."

À reportagem, o Instituto Federal de São Paulo (IFSP) informou, em nota, que são distribuídos 17 mil lanches por dia aos estudantes de ensino técnico. A opção foi feita por não exigir preparo e manipulação. Disse ainda que cada um dos câmpus discute a implementação de alimentação estudantil, mas não informou o prazo para isso ser feito. "Mais de dez câmpus já oferecem refeição/almoço aos estudantes em período integral."

"Outros seguem nessa direção, estabelecendo acordos com as prefeituras, projetos de contratação de empresas para fornecimento de alimentação, parceria com as cantinas locais, dentre outras soluções, até que se concluam as obras, muitas delas já iniciadas, de construção de restaurantes estudantis em todos os câmpus, assim como se finalize o concurso para contratação de nutricionistas, que encaminharão as ações de alimentação estudantil no IFSP", continua a nota oficial.

Seis câmpus estão com restaurantes em fase de construção: Barretos Rural, Birigui, Catanduva, Hortolândia, Registro e Suzano. Cada conjunto terá 1.074,49 m², além de pavimentação e urbanização do entorno. "O investimento total está previsto em R$ 20 milhões e os restaurantes devem ser entregues até o fim deste ano", afirmou o instituto.

Em relação à falta de bebidas, o IFSP diz que "tem havido desfalque por parte da empresa contratada que, uma vez notificada, requereu reequilíbrio econômico-financeiro do contrato". "O caso está sendo analisado pela Procuradoria Regional Federal (PRF), o que é de conhecimento da comunidade estudantil."

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Protocolada sob pressão de estudantes que ocuparam o plenário na semana passada, a CPI da Merenda só deve começar a funcionar na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) daqui a duas semanas. Deputados não descartam a possibilidade de a comissão que vai investigar desvios de recursos da merenda no governo Geraldo Alckmin (PSDB) e em 22 prefeituras iniciar os trabalhos só em junho.

O Projeto de Resolução (PR) que cria a sexta CPI na Alesp foi publicado quinta-feira, 12, no Diário Oficial do Legislativo, com a assinatura de 62 dos 94 deputados da Casa, mas só será colocado em votação na próxima terça-feira. Para isso, é preciso, antes, aprovar em plenário o regime de urgência, o que acelera a tramitação do projeto na Casa.

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A tendência é de que o deputado Campos Machado (PTB), contrário à CPI, obstrua o processo, forçando uma discussão em plenário e atrasando a aprovação do PR. "Há 20 anos eu defendo, por princípio e coerência, que não assino CPIs cujo objeto já esteja sendo investigado pelo Ministério Público, pois o relatório final da comissão deságua no próprio Ministério Público", disse o petebista, que enviaria quinta-feira uma carta para o presidente do Tribunal de Justiça e para o procurador-geral de Justiça pedindo que sejam aceleradas as investigações sobre a 'Máfia da Merenda', feita pela Operação Alba Branca, da Polícia Civil e do Ministério Público Estadual (MPE).

Somente após a aprovação do projeto de resolução é que os partidos poderão indicar os nomes dos deputados que vão compor a CPI - são 9 titulares e 9 suplentes. A comissão deve durar 120 dias. Em seguida, o deputado mais velho entre os indicados para a comissão é quem convoca a reunião de instalação, que só deve ocorrer na semana seguinte.

Ao todo, 91 deputados, incluindo o presidente da Casa, Fernando Capez (PSDB), assinaram o pedido de CPI da Merenda feito pelo PSDB e pelo DEM na terça-feira, uma semana após a invasão do plenário por cerca de 70 estudantes. O pedido anterior, feito pelo PT, não tinha conseguido as 32 assinaturas necessárias.

Capez e outros dois deputados - Fernando Cury (PPS) e Luiz Carlos Gordim (SD) - foram citados por investigados da Alba Branca, que descobriu um esquema de superfaturamento e pagamento de propina em convênios com a Cooperativa Agrícola Familiar (Coaf) para o fornecimento de suco de laranja para merenda no Estado e em municípios paulistas. Todos negam envolvimento no esquema.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Os alunos das escolas técnicas de São Paulo (Etecs) terão de optar por receber a merenda seca ou almoço. Nesta sexta, 6, o Centro Paula Souza anunciou que oferecerá, a partir de agosto, almoço para 20 mil alunos de 65 escolas, que estudam em período integral. No entanto, para que tenham a refeição, eles deverão abrir mão dos lanches que recebem no intervalo, a merenda seca (composta por bolachas ou barra de cereal e suco).

"Agora poderão optar entre continuar a receber essa merenda pela manhã e à tarde ou receber uma refeição na hora do almoço. A instituição deu duas alternativas porque muitos alunos, especialmente no interior do Estado, preferem almoçar em casa ou levar a própria refeição para as escolas, que têm infraestrutura para aquecimento de alimentos", disse o Centro Paula Souza, em nota.

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Ainda segundo a autarquia, não foi definido se o almoço servido será do tipo marmitex ou no esquema "bandejão". "O CPS está enviando formulários às escolas para que façam o cadastramento da opção dos estudantes - dois lanches ou almoço", informou a autarquia.

Foi só a partir de segunda-feira que todas as Etecs de São Paulo passaram a oferecer merenda. Antes, 15 unidades não recebiam nenhum alimento. Após a manifestação dos alunos, o CPS anunciou que as unidades passariam a receber merenda seca e, agora, almoço.

Ainda segundo o centro, em 144 das 219 Etecs já são servidas refeições completas. Para Laura Laganá, diretora-superintendente da autarquia, a falta de merenda em parte das unidades acontecia por "falta de tradição" em servir merenda aos alunos.

"A lei para o ensino técnico é do fim de 2009. Nesses últimos cinco anos, estamos adequando nossas escolas. Temos prédio antigo que precisa de reforma e às vezes nem tem espaço planejado para isso."

Licitação

O centro informou que o fornecimento da refeição completa só terá início em agosto porque será preciso fazer licitação. A medida será adotada até que todas as unidades estejam adaptadas para distribuição de refeições.

O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), nomeou para o cargo de coordenador do Arquivo Público de São Paulo Fernando Padula Novaes, ex-chefe de gabinete da Secretaria da Educação do Estado que está sob investigação da Operação Alba Branca - ação integrada da Polícia Civil e do Ministério Público Estadual para combate à máfia da merenda escolar.

Grampos da Alba Branca indicam que Padula era chamado de "nosso homem" por um operador da organização que fraudava licitações da merenda - Luiz Roberto dos Santos, o "Moita", ex-chefe da Casa Civil de Alckmin.

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O decreto de nomeação de Padula para o Arquivo Público, em comissão, foi publicado no Diário Oficial edição de quinta-feira, 21. Ele assume a vaga deixada por Izaias José de Santana.

O Arquivo é responsável pela formulação de políticas públicas de gestão documental para o Governo do Estado e possui um rico acervo formado por quase 35 mil metros quadrados lineares de documentação sobre a história de São Paulo e mais de 400 mil imagens digitalizadas.

Quadro do PSDB, Fernando Padula é alvo da Alba Branca, investigação sobre organização que se infiltrou em pelo menos 22 prefeituras paulistas para fraudar licitações da merenda escolar. O grupo também mirava em contratos da Secretaria da Educação de Alckmin.

Em fevereiro, acolhendo pedido da Procuradoria-Geral de Justiça, o desembargador Sérgio Rui da Fonseca, do Tribunal de Justiça de São Paulo, determinou a quebra do sigilo bancário e fiscal de Padula.

Também foram alcançados pela medida o deputado Fernando Capez (PSDB), presidente da Assembleia Legislativa de São Paulo, e um outro ex-assessor de Alckmin - Luiz Roberto dos Santos, o "Moita", que foi chefe de gabinete da Casa Civil na gestão Edson Aparecido e é quadro efetivo da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM).

A quebra do sigilo é extensiva ainda a um assessor e dois ex-assessores de Capez, apontados na investigação: Luiz Carlos Gutierrez, o Licá, Jeter Rodrigues Pereira e José Merivaldo dos Santos, o "Meriva". A Justiça autorizou inclusive acesso aos computadores utilizados pelos aliados do presidente da Assembleia.

Ao todo, o desembargador decretou o afastamento do sigilo de 12 investigados, inclusive da Cooperativa Coaf - apontada como carro chefe das fraudes -, de seus ex-diretores e de outras empresas.

A decisão foi tomada pelo desembargador Sérgio Rui, relator da Alba Branca no TJ, Corte que detém competência para investigar parlamentares estaduais.

Grampos da Alba Branca pegaram "Moita", também ligado ao PSDB, operando com a quadrilha da merenda de sua sala no Palácio dos Bandeirantes, sede do Executivo estadual.

Uma escuta flagrou "Moita" aconselhando o lobista da organização Marcel Júlio a pedir reequilíbrio financeiro de um contrato com a Educação estadual. Ele teria sido orientado pelo então chefe de gabinete da Pasta, Fernando Padula. Em ligação grampeada, "Moita" fala do "nosso homem", segundo os investigadores referência a Padula.

O presidente da Assembleia Legislativa Fernando Capez nega categoricamente envolvimento com a organização desmontada pela Alba Branca. Indignado, ele afirma que nunca recebeu propinas da máfia da merenda.

O ex-chefe de gabinete da Educação Fernando Padula também já negou ter agido no interesse da organização. No início da Operação Alba Branca, quando seu nome foi citado, Padula disse que é "um objeto em extinção" - referindo-se à sua honestidade.

Com a palavra, o governo do Estado de São Paulo

"Fernando Padula Novaes é funcionário de carreira do Estado, com 17 anos de serviços prestados à administração pública. A Corregedoria Geral da Administração concluiu a primeira etapa da apuração de envolvimento de servidores e não foram comprovados os fatos atribuídos a Padula e constantes das denúncias."

A Secretaria Municipal de Educação de São Paulo orientou as 103 escolas da região do Tremembé e Jaçanã, na zona norte da capital, que estão sem receber merenda, a usar "recursos de reserva" e comprar lanches. Mas nessa quinta-feira (7), novamente alunos tiveram de ser dispensados das aulas.

A empresa que fornecia a merenda para essas unidades rompeu o contrato com a Prefeitura. Sem alimentação escolar desde quarta-feira (6), alguns colégios optaram até por solicitar aos pais que mandassem lanche para as crianças. Mesmo assim, em alguns casos a liberação das crianças foi inevitável. Na Escola Marina Nogueira de Souza Martins, no Mandaqui, por exemplo, os alunos foram liberados uma hora mais cedo.

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Ingrid Stella Zarpentin, de 35 anos, ficou sabendo que a escola estava sem merenda pelos motoristas da van escolar que levam o filho de 4 anos para a escola. "Nem ao menos a Prefeitura nos comunicou formalmente ou com antecedência para que pudéssemos nos programar", disse.

Ela preferiu que o filho ficasse em casa a ir à escola e correr o risco de ficar sem a merenda. "É tanta desorganização que a gente não sabe se realmente vai ter alguma coisa para as crianças comerem. A escola disse que ia usar o dinheiro da APM (Associação de Pais e Mestres) para comprar algumas bolachas", contou.

Na quarta-feira, algumas escolas já haviam usado esse recurso específico e não sabiam até quando a verba seria suficiente para comprar os alimentos. Segundo a Prefeitura, na sexta-feira, a empresa Prol Alimentação rompeu o contrato depois de não apresentar as certidões de quitação de imposto e, por isso, ficar impossibilitada de receber as faturas emitidas pela pasta. A Prefeitura não informou por que o problema não foi resolvido antes.

Normalização

A gestão municipal informou ainda que a empresa será multada em 20% do valor do contrato pelo descumprimento de obrigações contratuais. A expectativa é de que a distribuição de merenda será normalizada na segunda-feira (11), com o início do contrato emergencial de uma nova empresa.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Polícia Civil e o Ministério Público já trabalham com a possibilidade de que os contratos fraudados com prefeituras paulistas envolvendo a máfia da merenda escolar chegue a R$ 20 milhões, sendo R$ 2 milhões desse valor voltados a propinas.

Nesta quarta-feira, 30, o servidor público estadual Carlos Eduardo da Silva foi o primeiro dos sete presos por fraude no dia anterior, durante desdobramento da Operação Alba Branca, a ser ouvido. Silva é ex-diretor da Cooperativa Orgânica Agrícola Familiar (Coaf), envolvida no escândalo. Sua função no grupo era encaminhar pedidos de liberação de verbas federais e estaduais para a cooperativa que, segundo a investigação, seria apenas fachada para encobrir as atividades ilícitas na fraude.

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A defesa de Silva negocia acordo de delação premiada mas, segundo o promotor Leonardo Romanelli, isso vai depender do tamanho da colaboração.

O ex-presidente da Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), Leonel Julio, de 81 anos, também deve depor. Integrante do antigo MDB, o ex-deputado dirigiu a Casa em 1976, quando foi cassado pelo regime militar. Já seu filho, Marcel Julio, que está foragido, negocia se apresentar nesta semana.

Todos os presos estão em celas separadas ou diferentes cadeias da região, para que não tenham contato entre si. A operação está em sua segunda fase e entre os documentos apreendidos e que estão sob análise está um que relaciona valores - que podem ser de propinas a 70 prefeituras.

A todos os presos foi oferecido o acordo de delação premiada. Segundo o apurado até agora, a Coaf fazia contato com lobistas que combinavam com as prefeituras a fraude nos contratos da merenda. A polícia não descarta pedir a prorrogação da prisão dos envolvidos, que inicialmente é de cinco dias.

Governador

Em visita ontem a Araraquara, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), defendeu as investigações. "Eles faziam o estelionato. O produto que entregavam não era da agricultura familiar", afirmou o governador, se referindo à Coaf.

Sobre a possibilidade de envolvido de agentes públicos estaduais no caso, Alckmin disse que o episódio foi descoberto pelo governo. "Isso foi descoberto pelo governo, pela polícia. E é rigor absoluto." O tucano ainda afirmou que os citados já estão presos e responderão por isso.

A investigação aponta para o suposto envolvimento do atual presidente da Alesp, deputado Fernando Capez (PSDB), do ex-chefe de gabinete da Casa Civil do governo Alckmin Luiz Roberto dos Santos, o Moita, e de outros parlamentares no esquema. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O suposto esquema de desvio de recursos públicos destinados à merenda escolar no Estado de São Paulo, governado pelo tucano Geraldo Alckmin, também é um dos motes do protesto que ocorre neste domingo em Ribeirão Preto, interior paulista, e que tem como principais bandeiras o impeachment da presidente Dilma Rousseff e o fim da corrupção. Um grupo de manifestantes porta faixas com as frases "Cadê o dinheiro da merenda? Nem PT, nem PSDB"; "Lula, cadê o dinheiro do Petrolão. Duarte Nogueira, cadê o dinheiro da merenda?" e "Quem vai punir o ladrão da merenda de Ribeirão?".

Secretário de Transportes e Logística do Estado de São Paulo, Nogueira é pré-candidato a prefeito da cidade no interior paulista pelo PSDB. Ele teve o nome envolvido por um delator no escândalo da merenda, que é investigado pelo Ministério Público, e sempre negou participação no esquema. Recentemente, Nogueira, que deve tentar a eleição a prefeito pela quarta vez, fez uma campanha pelas redes sociais e em artigos publicados em jornais negando qualquer envolvimento com o escândalo.

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Os cerca de 30 manifestantes citam também o presidente estadual do PMDB Baleia Rossi, deputado federal com base em Ribeirão Preto, também citado nas investigações do MP. Ele também nega qualquer envolvimento.

Há pouco, a Polícia Militar tentou afastar o grupo dos outros manifestantes, após alguns simpatizantes do PSDB terem reclamado. Após um princípio de discussão, o grupo permanecia no protesto.

Pouco mais de uma semana após a deflagração da Operação Alba Branca, que investiga suspeitas de fraudes na venda de produtos para merenda escolar em prefeituras de São Paulo, a Controladoria-Geral da União (CGU) e os ministérios da Justiça e da Educação (MEC) anunciaram na quarta-feira (27) o lançamento de "força-tarefa" para intensificar a fiscalização de desvios de recursos públicos na Educação, sobretudo, os destinados a merenda e transporte escolar.

Operação conjunta da Polícia Civil e do Ministério Público paulista, a Alba Branca atingiu dois importantes nomes tucanos do Estado: Duarte Nogueira, secretário estadual de Transportes do governo de Geraldo Alckmin (PSDB), e o presidente da Assembleia Legislativa, Fernando Capez. Eles foram citados por investigados como beneficiários de propinas do esquema. Investigados também citaram como participante da organização criminosa Luiz Roberto dos Santos, o "Moita, que foi chefe de gabinete de Edson Aparecido, secretário da Casa Civil de Alckmin. Santos foi exonerado um dia antes de a operação ser deflagrada, 19 de janeiro.

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Os tucanos rechaçam qualquer envolvimento com o caso. Na quarta-feira, a avaliação do Palácio dos Bandeirantes era que a criação da força-tarefa do governo federal tinha a finalidade de dividir as manchetes com a Operação Triplo X.

O governo federal afirma que a intenção é aumentar o número de auditorias de gestões municipais, para tentar detectar novas fraudes e, assim, realizar mais operações em parceria com a Polícia Federal, para prender tantos agentes públicos como privados envolvidos nos delitos.

O ministro-chefe interino da CGU, Carlos Higino Ribeiro de Alencar, disse que o órgão vai mobilizar mais servidores para intensificar as auditorias e, assim, tentar ampliar o número de operações em parceria com a PF. Segundo ele, de 2003 a 2015, foram cerca de 200 operações, envolvendo desvio de mais de R$ 2 bilhões.

Prioridade

O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, afirmou que a Polícia Federal tratará a "força-tarefa" como prioridade. Na avaliação dele, é "inaceitável" que milhões de reais sejam desviados de áreas como saúde e educação. "Portanto, não pouparemos esforços para que, respeitando o direito de ampla defesa e comprovando que são culpas, vamos punir os responsáveis", disse.

De acordo com o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, a operação Alba Branca poderá ser alvo da "força-tarefa". "Qualquer operação relacionada à merenda escolar tem recurso federal obrigatoriamente. Portanto, se tem recurso federal, o governo, a PF e a CGU tem obrigação de fiscalizar, acompanhar, monitorar qualquer indício de qualquer ação de irregularidade", disse.

Apreensão

A operação Alba Branca deixou apreensivo o Palácio dos Bandeirantes, sede do governo paulista. Duarte Nogueira e Capez, dois quadros do PSDB próximos a Alckmin, foram apontados pelo agricultor Cássio Chebabi, presidente da Cooperativa Orgânica Agrícola Familiar (Coaf), como supostos beneficiários de propina de 10% em contratos da Secretaria de Educação.

Em caráter reservados, tucanos avaliam a situação de Capez como mais delicada. Aliados do presidente da Assembleia, por sua vez, reclamam da "falta de solidariedade do governo" e lembram que o deputado foi leal ao Palácio. A avaliação no entorno de Capez é que os "estrategistas" de Alckmin tentarão rifá-lo para evitar a contaminação do governo.

Uma mensagem publicada na noite de domingo pelo secretário de Segurança, Alexandre de Moraes, em seu perfil no Facebook, parabenizando a Polícia Civil pela Operação Alba Branca deixou mais carregado o clima entre o presidente da Assembleia paulista e representantes do governo. "Amigos, dizem que a corrupção é um crime sem rosto, entretanto, o trabalho da Polícia Civil durante a operação 'Alba Branca' vem revelando alguns destes corruptos", escreveu Moraes. O post, que estava no ar até a noite de anteontem, foi apagado da linha do tempo do secretário.

 

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O presidente do PMDB em São Paulo, deputado federal Baleia Rossi, foi apontado pelos investigados na Operação Alba Branca como recebedor de propinas do esquema de merendas em contratos assinados pela Cooperativa Orgânica Agrícola Familiar (Coaf) nas prefeituras de Campinas e Ribeirão Preto, no interior paulista.

O vice-presidente da Coaf, Carlos Alberto Santana da Silva, o Cal, afirmou ter ouvido do presidente da entidade, Cássio Chebabi, e de vendedores da cooperativa "que em relação às vendas para as prefeituras de Campinas e Ribeirão Preto, valores eram repassados ao deputado Baleia Rossi". "Sendo que os valores eram pagos por Cássio Chebabi."

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O vice-presidente da Coaf afirmou à Polícia Civil e ao Ministério Público que, em Ribeirão Preto, um assessor do deputado, cujo nome não se recorda, era o contato da cooperativa. Ligado ao PMDB de Bebedouro (SP), Cássio Chebabi era o responsável pelas visitas à cidade que é base política de Baleia Rossi.

Pacote

Um dos vendedores da Coaf ouvidos pelos investigadores da Operação Alba Branca relata ainda uma suposta entrega, sem sucesso, de um pacote com R$ 200 mil para Baleia Rossi.

Adriano Gilbertoni Mauro disse, em depoimento, que em setembro de 2014 foi até Ribeirão Preto acompanhar o presidente da Coaf. "Dirigiram até onde o deputado estadual Baleia Rossi estava, ocasião em que Cássio lhe informou que levava consigo um pacote de R$ 200 mil em dinheiro."

O vendedor da Coaf diz ter visto o pacote que seria entregue ao parlamentar. "Cássio se reuniu com ele e voltou com o dinheiro, alegando que Baleia Rossi havia pedido para que entregasse o dinheiro para o então candidato a deputado estadual, de Bebedouro, Gustavo Spido, para quem o dinheiro acabou não sendo entregue, tendo ficado com Cássio."

Procurado, o deputado Baleia Rossi não foi localizado para comentar o assunto. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A penúria do governo do Estado do Rio fez a merenda das 1.290 escolas de sua rede ser trocada: saíram as refeições, com arroz, feijão, carne e legumes, e entraram lanches, como biscoitos, bolos e iogurtes. Foi a forma encontrada de baixar a conta de gás das unidades.

A limpeza nos colégios vem sendo feita em dias alternados, às segundas, quartas e sextas, pois os funcionários terceirizados, com pagamento atrasado, não estão trabalhando regularmente. Nos hospitais estaduais Carlos Chagas e Rocha Faria, com serviços de emergência referenciais na zona oeste, a limpeza é feita por garis da prefeitura, pelo mesmo motivo.

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A Secretaria de Educação informou que parte de seu orçamento foi contingenciado, sendo necessário um "replanejamento financeiro". "A troca supre as necessidades nutricionais dos alunos."

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Na manhã desta sexta-feira (18), alunos do Ginásio Pernambucano, no bairro da Boa Vista, fizeram uma movimentação em frente à escola. O Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Pernambuco (Sintepe) fez uma visita ao local, após ser notificado de que os estudantes estariam, desde terça-feira (15), tendo apenas meio expediente escolar. O motivo: falta de merenda para o almoço dos alunos.

Ao comparecer ao local, o Sindicato e os estudantes foram informados que as aulas estariam normalizadas a partir de hoje. “A gestão interna da escola informou que o problema na falta das merendas era por conta do não repasse das verbas para a empresa que presta o serviço”, explicou a diretora de imprensa do Sintepe, Magna Oliveira. 

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A diretora ainda disse que os estudantes reclamaram na repetição dos lanches. “Repetir o cardápio é uma coisa que não pode ser feita. Os alunos estavam recebendo apenas biscoito e suco, durante três dias por semana”, complementou Magna. Ainda de acordo com ela, outras quatro escolas, na Zona da Mata de Pernambuco, também estariam passando pelo mesmo problema com a alimentação. Entretanto, as informações não foram averiguadas pelo sindicato.

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