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O Ministério Público e a Polícia Civil investigam um possível desvio de merenda escolar nas escolas municipais de Batatais, no interior de São Paulo. De acordo com a denúncia, carnes que deveriam alimentar os alunos nas instituições de ensino da cidade eram usadas para fazer churrasco todo final de semana por funcionários da prefeitura, que também abriu sindicância.

A Câmara Municipal da cidade instaurou uma Comissão Especial de Inquérito (CEI) e já está ouvindo os envolvidos. As denúncias começaram a surgir em março deste ano e o caso já está sendo chamado de "Farra da Merenda". Entre as acusações também consta o uso de alimentos voltados aos estudantes para a realização de um almoço que contou com 500 pessoas.

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A Turma Recursal da Fazenda Pública do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul condenou o Estado a pagar R$ 2 mil de indenização, por danos morais, à mãe de uma criança que comeu refeição envenenada em escola pública. Os julgadores entenderam que o Estado tem responsabilidade objetiva porque o evento danoso decorreu de ato comissivo de seu servidor no exercício da função pública.

O incidente ocorreu em agosto de 2011, na Escola de Ensino Fundamental Doutor Pacheco Prates, na zona sul da capital gaúcha. Uma merendeira colocou veneno para ratos em um almoço servido aos alunos e professores. Diversas crianças sentiram enjoos e foram levadas a atendimento médico. A servidora, que alegou estar passando por problemas psíquicos, foi acusada de 39 tentativas de homicídio em processo que tramita na Justiça e responde em liberdade.

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Alunos com restrições alimentares terão, de forma obrigatória, merenda escolar especial. A lei que garante esse direito entrará em vigor em agosto deste ano, após sanção da presidente Dilma Rousseff, no último dia 28 de maio.

A princípio, o projeto, que começou no Congresso em 2006, previa alimentação diferenciada para estudantes diabéticos, hipertensos e com anemia. Debates foram feitos e a proposta passou também a abranger todos os estudantes com algum tipo de restrição alimentar."Nos estados e municípios, as escolas recebem a merenda e deverão apenas adequar a compra desses produtos ao número de pessoas e crianças que são portadoras dessas doenças”, destaca a relatora do projeto na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara, a deputada Sandra Rosado (PSB-RN), conforme informações da Agência Câmara de Notícias.

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De acordo com a Agência, desde a sanção da nova lei, no dia 28 de maio, está em andamento o prazo de 90 dias para estados e municípios se adequarem às normas. “Esses kits diferenciados de alimentação certamente não terão um preço diferente daqueles que já são oferecidos na merenda escolar como um todo", complementa Sandra.

Com informações da Agência Câmara de Notícias

 

A empresa SP Alimentação - responsável pelo fornecimento e preparo da merenda das escolas municipais do Recife - apresenta, nesta sexta-feira (4), o Projeto Educacional Nutricional para 24 escolas. A proposta busca formar professores para que eles apliquem, em sala de aula, o conceito de alimentação saudável. O lançamento tem início às 14h, no Hotel Internacional Inn, em Boa Viagem, e contará com a participação dos gestores da corporação e das instituições de ensino selecionadas.

O projeto prevê avaliações nutricionais, ciclo de palestras, capacitação de professores, oficinas culinárias, plantação de hortas, exibição de vídeos e distribuição de cartilhas educativas. Para deixar a iniciativa mais lúdica, a organização criou a Turma da Merenda, com personagens elaborados pelo estúdio Maurício de Sousa. “A Turma da Merenda está presente nos vídeos e nas revistinhas distribuídas para as crianças, e é uma ferramenta utilizada para envolvê-los de forma lúdica e educativa, com desenhos de colorir, passatempos e orientações”, destaca Gerente de Operações, Ryzabelly Oliveira, conforme informações da assessoria de imprensa.

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Para incentivar a interação com o projeto, este ano será realizado um concurso entre as escolas, no qual os estudantes vão elaborar uma revista em quadrinhos sobre o tema Alimentação Saudável e a melhor criação ganhará um prêmio. As atividades são direcionadas aos estudantes da Educação Infantil, do Ensino Fundamental, até turmas do Projovem e Educação de Jovens e Adultos, além de professores, gestores e pais dos alunos.

Apresentação do projeto Educação Nutricional/2014

Dia: 04 de junho (quarta-feira), às 14h

Local: Hotel Internacional Inn (Rua Ribeiro de Brito, 1250 - Boa Viagem, Recife)

No início da noite desta terça-feira (8), a Secretaria de Educação e Esportes do Estado posicionou-se, através de nota, sobre o protesto realizado pelos alunos da Escola Técnica Estadual Professor Agamenon Magalhães (Etepam), realizado nessa manhã. Segundo a Secretaria, a empresa prestadora do serviço de alimentação foi notificada e prestará esclarecimento acerca das reivindicações apresentadas pelos estudantes.

Ainda de acordo com a nota enviada, a empresa, que presta serviço há nove meses, atende a oito instituições de ensino do Estado e que em nenhuma delas se mostraram insatisfeitas. Confira a nota na íntegra:

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Durante o protesto, realizado na manhã dessa terça-feira, os alunos contestaram que a diretoria prometeu soluções em até três meses. De acordo com os estudantes, já foram encontradas larvas em refeições, os bolos ficaram mofados e a água do bebedouro já chegou a ter lodo. A Etepam está localizada na Avenida João de Barros, Zona Norte do Recife.  

Estudantes da Escola Técnica Estadual Professor Agamenon Magalhães (Etepam) protestam, na manhã desta terça-feira (8), contra a qualidade da merenda escolar da unidade de ensino. De acordo com os alunos, já foram encontradas larvas em refeições, bolos ficaram mofados e a água do bebedouro já chegou a ter lodo. A Etepam fica na Avenida João de Barros, no Recife, e os cerca de 60 participantes do protesto não atrapalham o trânsito e são acompanhados pela Polícia Militar.

“Acham que só porque o Etepam é público nós temos que nos submeter a uma comida dessa”, reclamou a estudante do terceiro ano do ensino médio, Diedra Kettleyn, de 16 anos. Segundo a estudante, a diretoria da escola já foi comunicada várias vezes e até o momento nada foi resolvido.

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Os alunos também afirmara que a diretoria prometeu que soluções serão tomadas em até três meses. A merenda da escola, segundo os estudantes, é preparada pela NBG Alimentações. A Secretaria de Educação de Pernambuco (SEE) está neste momento reunida com a direção da Etepam para discutir o assunto.

Com informações da Danilo Galindo

A proposta que estabelece merenda especial para alunos com restrições alimentares nas escolas públicas brasileiras recebeu aprovação, recentemente, da Comissão de Seguridade Social e Família. Segundo informações da Agência Câmara de Notícias, o texto aceito foi um substitutivo do Senado ao PL 6483/06, do ex-deputado Celso Russomanno.

Em 2009, o projeto de lei original foi aprovado, definindo a merende especial para estudantes que tinham diabetes, anemia ou hipertensão. Entretanto, após análise do Senado, ficou definido que a determinação serve para todos os tipos de restrições alimentares.

O cardápio deverá ser formado com indicação médica, bem como haverá um acompanhamento de nutricionista, conforme as características alimentares regionais, levando em consideração o que prevê o Programa Nacional de Alimentação Escolar. Silva também falou sobre o problema da obesidade.  “A obesidade que é um grande problema que o País e precisar ser enfrentado. Criança obesa é sinal de adulto obeso”, disse o relator, conforme informações da Agência.

A proposta tramita em caráter de conclusão. O texto ainda será analisado pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania.

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Com informações da Agência Câmara de Notícias







Uma torta de frango foi a responsável pela intoxicação de 44 crianças em uma escola na região de Parelheiros, zona sul de São Paulo, no dia 06 de setembro. O laudo da Vigilância Sanitária, divulgado nesta terça-feira, 17, pela Secretaria Municipal da Saúde, aponta que na amostra da torta de frango produzida na escola foram encontradas bactérias do grupo Bacillus cereus, o que tornou o produto impróprio para consumo. Essa bactéria sobrevive quando o alimento é mal cozido ou indevidamente refrigerado e pode provocar vômitos e diarreia.

Um suco de caixinha vencido havia sido apontado pelas mães das crianças como possível causador do mal-estar, mas o laudo mostrou que não havia microrganismos patogênicos na amostra da bebida - embora o produto estivesse com validade vencida há cerca de 40 dias. Os alimentos faziam parte da merenda.

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Uma aluna da escola, de 12 anos, afirmou na ocasião que a torta tinha partes escuras e aspecto grudento. "Dez minutos depois de comer eu já estava vomitando", relatou. No Hospital do Grajaú, ela fez exames de sangue e tomou soro na veia.

Segundo a secretaria, a Escola Estadual de Vargem Grande II foi notificada sobre o resultado das análises para adotar as devidas providências. A equipe técnica realizou inspeção no local e os responsáveis pela direção da unidade e da cozinha foram orientados sobre as práticas corretas para a manipulação de alimentos.

Cantinas de escolas de educação básica que venderem alimentos não saudáveis podem ser impedidas de conseguir licenciamento ou renovar o alvará. A limitação foi aprovada nesta quarta-feira em decisão terminativa na Comissão de Assuntos Sociais (CAS) do Senado, mas ainda precisa passar pelo crivo dos deputados e ser sancionada pela presidente Dilma Rousseff para vigorar.

Ficarão vedados bebidas de baixo teor nutricional e alimentos com quantidades elevadas de açúcar, gorduras saturadas e trans ou sódio. Quem vender produtos com essas características fica sujeito às penalidades previstas na legislação sanitária federal. Além dos entraves para regularizar a situação das cantinas, o projeto do senador Paulo Paim (PT-RS) prevê a realização, por parte do Sistema Único de Saúde (SUS) de ações educativas sobre nutrição para pais, professores e alunos.

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No relatório, a senadora Ângela Portela (PT-RR) destacou que a medida ainda precisará ser regulamentada. Nesse futuro projeto, o rol de alimentos saudáveis ou não saudáveis poderá ser ampliado. Há quase oito anos, os parlamentares discutem o projeto de lei que estabelece formas de garantir uma alimentação mais saudável nas escolas. Os integrantes da Comissão de Educação também já avalizaram a proposta. Ao todo, as determinações vão gerar mudanças em três normas que tratam da questão: o decreto que institui normas básicas sobre alimentos, o Estatuto da Criança e do Adolescente e o Programa Nacional de Alimentação Escolar.

Portela acredita que o projeto vai incentivar iniciativas semelhantes em todo o País. Segundo ela, a decisão vai "balizar, ampliar e uniformizar as medidas governamentais a serem tomadas, notadamente sob o ponto de vista sanitário: as restrições ao uso na merenda e a venda de determinados produtos considerados não saudáveis em cantinas escolares, além de ações de educação nutricional e sanitária".

Os estados e municípios que ainda não prestaram contas dos recursos recebidos em 2011 e 2012 para alimentação e transporte escolar devem regularizar a situação para que não deixem de receber os repasses.  De acordo com levantamento do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), até o final da manhã dessa segunda-feira (13),  1.227 municípios e nove estados (Alagoas, Ceará, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Pernambuco, Piauí, Roraima e Tocantins) não tinham prestado contas dos recursos de 2012 da alimentação escolar.

Com relação ao programa de transporte escolar, 1.326 prefeituras ainda precisam encaminhar os registros referentes a 2012. No caso das prestações de contas de 2011, 632 municípios ainda não prestaram contas quanto aos recursos recebidos para transporte escolar e 830 prefeituras e sete estados (Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso Sul, Pernambuco, Piauí, Roraima e Tocantins) ainda não encaminharam as prestações referentes à alimentação.

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O prazo para a prestação de contas do Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae), do Programa Nacional de Apoio ao Transporte do Escolar (Pnate) e do Programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE) acabou no último dia 30 de abril, no entanto, aqueles que ainda não enviaram as informações ao Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) podem fazê-lo a qualquer momento, pela internet, pelo  Sistema de Gestão de Prestação de Contas (SiGPC).

Os novos prefeitos que ainda não têm senha do SIGPC devem entrar em contato com a Central de Atendimento pelo telefone 0800-616161. No site do FNDE, estão disponíveis guias para orientar a prestação de contas.

Brasília - Hoje (30) é o último dia para que os estados, municípios e o Distrito Federal prestem contas dos recursos recebidos para a merenda e o transporte escolar nos anos de 2011 e 2012. A prestação deve ser feita até as 23h59 pelo Sistema de Gestão de Prestação de Contas, conhecido como Contas Online, disponível no portal eletrônico do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE). Dúvidas  poderão ser esclarecidas pelo telefone 0800-616161.

Os entes federativos devem prestar contas do Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae), Programa Nacional de Apoio ao Transporte Escolar (Pnate) e Programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE). O prazo, segundo FNDE, não será prorrogado e aqueles que não enviarem a prestação de contas ficarão sem os repasses até que regularizem a situação.

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Segundo levantamento do FNDE, até ontem (29) não haviam prestado contas do transporte escolar referente a 2011 o Distrito Federal e 885 municípios. Do transporte referente a 2012, não prestaram contas 2.698 municípios e oito estados (Acre, Alagoas, Amapá, Bahia, Ceará, Pará, Rondônia e Sergipe). Em relação à alimentação, o FNDE ainda não recebeu a prestação de contas de 2011 de 1.261 municípios, do Distrito Federal e de nove estados (Bahia, Maranhão, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Paraíba, Piauí, Rondônia e Tocantins); e, de 2012, de 2.687 municípios, do Distrito Federal e de 23 estados (exceto Goiás, Rio de Janeiro e Rio Grande do Norte).

Os números caíram em relação à semana passada, mas ainda são altos. Segundo o diretor de Ações Educacionais do FNDE, Rafael Torino, a expectativa é que haja "grande movimento para registro hoje. Nossa intenção é que haja o menor número possível de inadimplentes, para que os alunos não sejam prejudicados". Ele explicou que na próxima semana será paga uma parcela da alimentação escolar e que os entes que não prestarem contas não a receberão.

Torino disse também que o sistema está preparado para um grande número de acessos e que não haverá sobrecarga. "Todos aqueles que entrarem terão condições técnicas para fazer a prestação de contas".

Veja a lista completa dos entes federativos que não prestaram as contas referentes a 2011 e a 2012.

2011: http://www.fnde.gov.br/arquivos/category/136-prestacao-de-contas?downloa...

2012: http://www.fnde.gov.br/arquivos/category/136-prestacao-de-contas?downloa...

O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, disse hoje (29) que recebeu pedido de prefeitos para que os professores de educação básica da rede pública também tenham direto à merenda escolar, a exemplo do que ocorre com os alunos. Ele manifestou apoio ao pedido, que dependeria de aprovação de projeto de lei específico.

Os prefeitos solicitaram que os professores também fizessem a alimentação com os alunos na merenda escolar. Hoje a lei proíbe. Só é possível se houver uma alteração em lei. O impacto é muito pequeno, dado ao número de professores da rede pública. Acho razoável que eles estejam trabalhando e possam comer a mesma merenda que os estudantes, disse a jornalistas após participar do Encontro Nacional de Novos Prefeitos e Prefeitas.

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No encontro com prefeitos, o ministro apresentou as ações e programas que o Ministério da Educação desenvolve em parceria com as prefeituras e disse que uma das prioridades do governo é a construção de creches. A meta do governo é chegar a 2016 com seis mil novas unidades. Segundo Aloizio Mercadante, 742 creches foram entregues nos dois primeiros anos do governo de presidenta, Dilma Rousseff, e há 5.678 em construção.

A Vigilância Sanitária de Brotas, no interior paulista, registrou mais de 30 casos de intoxicação envolvendo crianças, adolescentes e adultos ligados à rede municipal de ensino. Até a manhã de ontem, 31 pessoas já tinham sido medicadas com sintomas como diarreia e vômito.

A suspeita recai sobre a merenda escolar (fricassé de frango, arroz branco, além de batata palha e alface), que é produzida em uma cozinha industrial do próprio município e depois encaminhada a algumas unidades de ensino que realizam finalizações antes de servir a alunos, funcionários e até professores.

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De acordo com a Vigilância Sanitária de Brotas (SP), foram intoxicados 22 estudantes na faixa etária de 5 a 14 anos e 3 adolescentes entre 15 e 17 anos, além de 6 adultos. Todas as vítimas teriam ingerido a merenda em quatro escolas municipais e duas estaduais. Os alimentos suspeitos de terem causado a intoxicação foram servidos anteontem, mas muitas das vítimas começaram a passar mal no período noturno.

Os doentes foram atendidos no pronto-socorro municipal e muitas crianças ficaram desidratadas e tiveram de ser internadas para tomar soro. Na tarde de quarta-feira (03), foram liberadas. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

Duas semanas após a Secretaria Municipal de Saúde prorrogar até 2013 o contrato com a SP Alimentação, pivô da chamada "máfia da merenda", a pasta da Educação propôs nesta terça a inclusão da empresa no Cadastro Informativo Municipal (Cadin) de inadimplentes e, consequentemente, o bloqueio de repasses municipais. O impedimento é defendido pelo Ministério Público desde 2009, quando começaram as investigações sobre um suposto esquema de corrupção entre empresários do setor e agentes públicos.

Responsável pelo fornecimento de refeições em sete hospitais municipais, a SP Alimentação teve o repasse mensal de R$ 1,73 milhão prorrogado, e reajustado em R$ 7 mil mensais, para os próximos nove meses, no último dia 15 de maio. Neste ano, a empresa receberá R$ 54.334,92 a mais da Autarquia Hospitalar Municipal para servir alimentação também ao Pronto Socorro Municipal de Perus, na zona norte. Em 2013, o acréscimo será de R$ 14.425,20.

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A prorrogação do contrato ocorre menos de dois meses depois de a Justiça acatar ação civil pública apresentada pelo Ministério Público Estadual. No processo, o secretário municipal de Saúde, Januario Montone, e empresários do setor – entre eles diretores da SP Alimentação –, são acusados de participar de um cartel que frauda licitações para fornecimento de alimentação terceirizada em escolas e hospitais de São Paulo.

Ao longo da investigação, conduzida por força-tarefa de promotores do Grupo Especial de Repressão aos Delitos Econômicos, Montone teve os sigilos bancário e fiscal quebrados pela Justiça. A medida foi tomada depois da apreensão de documentos da SP Alimentação, que, segundo a Promotoria, indicam pagamento de propina ao secretário, que teria recebido R$ 600 mil. Ele nega as acusações.

Apesar das suspeitas, a empresa continuou prestando serviço para a Prefeitura, tanto no fornecimento de merenda escolar como na produção de refeições hospitalares. Os contratos com a Educação foram rompidos apenas no ano passado, quando a SP Alimentação recebeu R$ 51,2 milhões dos cofres municipais. O da Saúde continua válido.

Emergencial

A Prefeitura informou que assinou o aditivo com a SP Alimentação porque a empresa ofereceu o menor preço dentre as fornecedoras que já mantinham contrato com a autarquia. O órgão reassumiu o controle do PS de Perus no mês passado e afirmou que precisou adotar "medidas pertinentes à continuidade da assistência sem prejuízo aos pacientes".

Em nota, ressaltou ainda que a data do aditivo é anterior ao pedido de ingresso no cadastro de inadimplentes. "O fato de a empresa estar no Cadin não é impeditivo para assinatura de contratos com a municipalidade. O que fica vetado é o repasse de verba pública." E, como a empresa não é considerada inidônea, ainda pode manter contratos com o Município.

O ministro da Pesca e Aquicultura, Marcello Crivella, disse hoje (10) que apenas 26,9% (cerca de 1,5 mil) das 5.565 prefeituras em todo o país incluem o pescado no cardápio da merenda escolar pelo menos uma vez por semana.

Em março, a pasta iniciou um levantamento detalhado, em parceria com o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), sobre o consumo de peixe nas escolas públicas. A coleta de dados, por meio de questionário feito com nutricionistas e responsáveis técnicos pela alimentação escolar, foi prorrogada. O questionário da pesquisa está disponível no site do Ministério da Pesca e Aquicultura até o próximo dia 31 de maio.

A ideia, segundo Crivella, é saber, por exemplo, se a escola tem câmaras frigoríficas para estocar o alimento, se as merendeiras sabem preparar o pescado e se há dificuldade na aquisição de peixe fresco na cidade.

Ao participar do programa Bom Dia, Ministro, produzido pela EBC Serviços em parceria com a Secretaria de Comunicação da Presidência da República, ele lembrou que o brasileiro consome, atualmente, 10 quilos de peixe por ano. A recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS) é que o consumo fique em torno de 12 quilos ao ano por pessoa.

“A média mundial chega a 16 quilos. Países como o Japão têm um consumo per capita de 30 quilos. Estamos diante de um grande manancial e, ainda assim, consumindo pouco”, disse. “A verdade é que a gente precisa desenvolver esse hábito nas crianças. Se elas não adquirem esse hábito em casa, a ideia nossa é que o adquiriram nas escolas”, completou.

O ministro destacou que a proteína do peixe é uma das mais nobres, pois cada 100 gramas do alimento oferecem 30 gramas de proteína, pouca gordura e muito ômega 3. Segundo Crivella, a pasta já está em contato com o Ministério da Educação na tentativa de mostrar às crianças, por meio de material didático, a importância do consumo do pescado.

Outra linha de atuação consiste em negociar, com o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, a inclusão do peixe nas programas atualmente implementados.

“Nosso futuro é brilhante. Os técnicos do BNDES [Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social] chegam a dizer que a indústria da pesca no Brasil tem o potencial de ser um pré-sal, até com mais longevidade. Tanto o gás quanto o óleo, um dia, vão acabar. Nosso pescado não”, concluiu.

O ex-prefeito de Moju, no Pará, João Martins Cardoso Filho, foi condenado a dez anos e oito meses de detenção pela má aplicação e desvio de recursos de R$ 1,9 milhão da merenda escolar na cidade, entre os anos de 2000 e 2003.

Os recursos foram repassados diretamente à prefeitura pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), para a execução do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE).

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Além de ter comprovado que a prefeitura escolhia modalidades erradas para as licitações, a Controladoria-Geral da União (CGU) descobriu a ausência de pareceres jurídicos nos procedimentos licitatórios, dispensas ou inexigibilidades. Segundo a ação, os registros em atas, relatórios e deliberações da comissão julgadora eram omissos, confusos e insuficientes.

Outra irregularidade apontada pelo MPF com base na fiscalização da CGU foi o descaso com que os alimentos eram estocados. O depósito ficava em uma área da garagem, onde havia, atrás, pilhas de pedaços de latarias de carros e lixo de diversas origens, o que podia facilitar a proliferação de ratos, baratas e outros animais.

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