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Nesta terça-feira (11), Dia Internacional da Menina, um grupo de meninas e adolescentes do Cabo de Santo Agostinho, na Região Metropolitana do Recife (RMR), foi recebido pelo prefeito Keko do Armazém, no gabinete do Centro Administrativo Municipal. Representando o Projeto Meninas em Movimento pela Educação, apoiado pelo Fundo Malala, a comitiva foi articulada pelo Centro das Mulheres do Cabo (CMC) com as meninas, adolescentes e jovens ativistas pelo enfretamento da evasão escolar no município.

A visita faz parte da Campanha Ocupa Meninas, uma realização do Projeto Meninas em Movimento pela Educação, que tem por objetivo levar as garotas a ocuparem os espaços de poder no município. A agenda da comitiva também incluiu visitas às secretarias de Educação, Mulher, Saúde, Programas Sociais, Finanças, Secretaria de Defesa Social e a Câmara de Vereadores/as do Cabo.

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Ativista pela Rede de Educação do Fundo Malala, Cássia Jane, ressalta a importância da ação. “Nosso intuito é fazer com que as jovens ativistas tenham acesso a esses espaços de decisão política, e que possam acompanhar a rotina dos gestores e gestoras dessas diferentes pastas em nosso município a fim de levar suas demandas no campo das políticas públicas”, afirma.

Já a estudante Thuézia Souza narrou a experiência de ter recebido a faixa prefeital de Keko do Armazém. “Foi uma experiência muito importante e gratificante, de poder estar ocupando aquele espaço e também estar lá representando o projeto e as meninas que fazem parte dele”, descreveu a garota, que estuda na Escola Rui Barbosa, na Praia de Suape.

 A secretária da Mulher do Cabo, Walkiria Alves também acompanhou o encontro. No dia 27 de outubro, a Câmara de Vereadores/as do Cabo realizará uma sessão solene que tornará o dia Internacional da Menina oficial no calendário municipal. Além disso, as participantes do projeto realizarão entrevistas através de lives, sobre temáticas como saúde das meninas, vida sem violência, direitos sociais com alguns secretários/as. O conteúdo ficará disponível no perfil do Instagram @centro.das.mulheres.

Uma mulher de 38 anos, identificada como Maria Lúcia, morreu depois de ser esmagada por um ônibus escolar na garagem da empresa dos veículos, localizada em São Sebastião, Distrito Federal. O fato aconteceu na última segunda-feira (8).

Segundo o Metrópoles, ela era funcionária da companhia e atuava como motorista de ônibus. A mulher havia estacionado minutos antes, mas o veículo começou a se mover sozinho. Maria tentou parar com as mãos o ônibus que estava em movimento, mas não conseguiu.

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A mulher acaba sendo esmagada entre dois veículos. Ela chegou a ser socorrida por colegas de trabalho. O Corpo de Bombeiros foi acionado e, após avaliá-la, identificou que Maria sofreu traumatismo cranioencefálico grave e a levou para o Hospital de Base. Na unidade a vítima foi intubada, mas não resistiu e morreu nesta quinta-feira (11). 

Mãe desde os 14 anos, Danielle sonha em retornar à escola. (Júlio Gomes/LeiaJá Imagens)

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Grávida aos 14 anos de idade, a então estudante Danielle Cristina Campos desenvolveu cedo uma relação peculiar com seu corpo e com a passagem do tempo. Enquanto gestava a pequena Ayla, fruto de uma relação casual com um conhecido e atualmente com dois anos de idade, conheceu o atual marido e se mudou para a comunidade de Mercês, formada em torno de uma antiga usina no Cabo de Santo Agostinho. Sentido-se velha demais para a escola, Danielle passou a conviver a maior parte de seu tempo com os idosos nas calçadas das pequenas ruas de barro. “Eu tinha vergonha de ir para a aula, de o povo ficar me julgando porque eu estava grávida. Abandonei a escola no sexto ano”, lamenta. A história de Danielle, agora com 16 anos, integra o “Diagnóstico Participativo sobre a Evasão Escolar das Meninas e Jovens Mulheres no município do Cabo de Santo Agostinho”, realizado pelo Centro de Mulheres do Cabo (CMC), com o apoio do Fundo Malala, no âmbito do projeto “Meninas em Movimento pela Educação”.

Elaborado a partir da escuta de 96 jovens egressas do sistema público de ensino residentes no município, o levantamento do CMC indica que a gravidez na adolescência figura entre as principais causas de evasão. Segundo os dados, 52,1% das entrevistadas já engravidaram pelo menos uma vez, na maior parte dos casos, de forma indesejada (62,7%). Em todas as situações coletadas pelo questionário, as jovens mães assumiram os filhos e vivem com eles.

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“Tenho vontade de terminar meus estudos, me sinto parada. O problema é que não tem quem fique com a minha filha e aqui só tem escola para crianças com quatro anos ou mais. Eu também ajudo com a limpeza da casa e com o comércio do meu sogro, que está meio doente”, comenta Danielle.

A enfermeira da Unidade Mercês de Estratégia de Saúde da Família Clara Lopes Bezerra, que colaborou com a busca ativa de entrevistadas para a pesquisa, conta que casos como o de Danielle são comuns na comunidade. “Muitas vezes essas meninas engravidam de um ficante, que logo desaparece, são relacionamentos que dificilmente vão adiante. Aqui na unidade, atendemos muitas moças que dizem abandonar a escola logo no início da gravidez, por acharem que não vão dar conta dos estudos”, ressalta. A profissional de saúde relata ainda que também atende casos de gravidez intencional ainda na adolescência. “Elas não têm perspectiva de outra coisa e as famílias, muitas vezes, consideram a gestação nessa fase da vida normal. Há também um fator cultural”, completa.

Enfermeira, Clara Lopes Bezerra acompanha de perto as jovens mães do município. (Júlio Gomes/LeiaJá Imagens)

Informalidade

Em sua maioria negras (81,2%), as jovens que estão fora da escola também costumam abandonar os estudos para trabalhar, em geral, em empregos precarizados e informais. Cerca de 31% delas já trabalham para sustentar a casa e os filhos, seja como autônomas (35,3%), empregadas domésticas ou cuidadoras (23,5%), vendedoras ambulantes (23,5%) ou trabalhadoras em serviços gerais (11,8%). “Muitas atuam em atividades ilícitas, como o tráfico de drogas e o jogo do bicho. Uma hipótese levantada antes da pesquisa era de que elas dependiam de alguém para sustentar os filhos. Na verdade, constatamos que grande parte dessas meninas é responsável por isso, engravidando pela primeira vez aos 14 anos e tendo o segundo filho aos 17 anos ou 18 anos”, comenta Cássia Souza, coordenadora de projetos do CMC e uma das responsáveis pelo levantamento.

De acordo com Souza, o levantamento teve como objetivo munir o poder público de informações relevantes para a elaboração de políticas públicas de combate à evasão escolar feminina. “O relatório foi entregue no dia 29 de março, no auditório da prefeitura, com a presença do vice-prefeito e de representantes de diversas secretarias, como a da Mulher, a de Saúde e a de Educação. Eles alegam já ter um plano de enfrentamento, que é um recorte geral de quem já está na rede e não foi à escola por causa da pandemia. A gente está apresentando uma evasão que já existia antes da covid-19, com meninas há mais de dois anos fora da rede”, enfatiza.

Coordenadora de projetos do CMC cobra políticas firmes de enfrentamento à evasão escolar no Cabo. (Júlio Gomes/LeiaJá Imagens)

A coordenadora de projetos afirma também que, antes do levantamento do CMC, o município alegou que não contava com dados sobre evasão escolar, enquanto o Governo do Estado informou que não havia evasão em sua rede. “Essas meninas são invisíveis, saíram do sistema. Há um déficit escolar, principalmente no Estado, que foi convidado a comparecer ao nosso evento, mas não apareceu. O secretário municipal de Educação se comprometeu em fazer uma comissão para buscar interlocução com o governo, que precisa garantir vagas no Ensino Médio, que é onde as meninas somem da escola”, comenta Souza.

Para a coordenadora de projetos, a reforma do Ensino Médio, a nível federal, também atrapalha as jovens mães e trabalhadoras que precisam frequentar a escola. “O ensino integral é complicado para quem precisa sustentar a casa e criar os filhos, essas meninas precisam de uma bolsa que garanta a permanência delas no sistema de ensino. As aulas noturnas também são uma possibilidade para esse público, mas ele não é seguro se a escola for longe de casa”, acrescenta.

Suplício para chegar à escola

Gabriela e Ana Paula Silva criticam distância entre escolas e o conjunto Vila Claudete. (Júlio Gomes/LeiaJá Imagens)

Enjoo, dor de cabeça e muito suor. O desgaste físico diário no caminho para a escola fez com que Gabriela Vitória da Silva, de 18 anos, desistisse de frequentar a Escola de Referência Senador Francisco Pessoa de Queiroz, na Vila Cohab. A unidade de ensino dista cerca de 8km de sua casa, localizada no Conjunto Habitacional Nova Vila Claudete, onde vivem cerca de 1121 famílias retiradas de áreas pleiteadas pelo Complexo de Suape. Privados de seus modos de vida, os moradores da área compartilham da dificuldade de conseguir novos empregos e do difícil acesso a equipamentos públicos, como postos de saúde e escolas.

“Eu estudava em horário integral, das 6h às 17h, então tinha que sair muito cedo para a escola, mas não conseguia ir todo dia, só quando tinha muita disposição. Não tem ônibus para lá, então eu fazia o caminho a pé, com mais duas colegas, sempre chegando muito cansada nas aulas, não dava para prestar atenção. Passava o dia inteiro com dor de cabeça, por causa do sol quente”, lamenta Gabriela.

De acordo com a jovem, sua comunidade não dispõe de linha de ônibus que vá até a unidade de ensino. “Dava medo de voltar de noite, ainda mais com a gente cansada da escola, andando devagar por umas duas horas. Eu tinha medo, o caminho é perigoso”, completa Gabriela.

Diante das dificuldades enfrentadas diariamente pela filha, a dona de casa Ana Paula da Silva decidiu tentar matricular a filha na Escola Estadual Madre Iva Bezerra De Araújo, no centro do Cabo. A família acredita que, embora mais distante, a unidade de ensino seja mais segura para Gabriela, em razão da existência de linhas de ônibus da Vila Claudete para a região central da cidade.

“Eu não tenho computador, nem sei ler e nem escrever. Como eu ia conseguir fazer a matrícula dela na internet? Eu preciso de alguém que faça isso comigo, frente a frente, por isso fui na escola. A mulher que me atendeu, se sentindo superior, nem se levantou do birô e me olhou de um jeito que eu conheço muito bem, porque sou preta e pobre. Ela disse ‘não vou deixar de botar os meus alunos que estão vindo de longe, nem os que estão aqui estudando para botar ela que está querendo sair de outro colégio’”, conta Ana Paula.

Segundo ela, a escola disse que daria retorno caso conseguisse encaixar a estudante em alguma de suas turmas. Ninguém nunca entrou em contato com a família. A reportagem do LeiaJá foi até a Escola Estadual Madre Iva Bezerra De Araújo, onde foi recebida pela coordenação da unidade e teve acesso a uma espécie de lista de espera escrita à mão pela própria diretora. Entre dezenas de nomes, a coordenação não localizou o de Gabriela Vitória.

Questionada pelo LeiaJá acerca do enfrentamento à evasão escolar no município, a prefeitura do Cabo de Santo Agostinho disse apenas, por meio de nota, que o programa Busca Ativa realizou o mapeamento das estudantes deixaram de frequentar as aulas em razão da falta de acesso à internet e que distribuirá absorventes para estudantes da rede municipal.

A gestão municipal disse ainda que pretende promover a: “ Instituição de um Comitê Municipal”; a “Instituição nas Escolas de um comitê local para Acompanhamento”; a “Mobilização das escolas, no sentido de acompanhar a frequência diária dos estudantes”; o “Acompanhamento sistemático através do SIGEC”; a “Identificação dos domicílios a serem visitados”; o “Planejamento  das visitas domiciliares”; a “Reunião com as escolas que apresentam números significativos”; a “Reunião com os pais para apresentar o PBE”; a “Formação com os Conselhos Escolares”; a “Realização das visitas domiciliares”; o “Acompanhamento da (Re)matrícula dos estudantes; e a matrícula dos “estudantes que estão fora da escola encontrados nas comunidades”.

Também através de nota, a secretaria de Educação do Governo de Pernambuco declarou que “na cidade do Cabo de Santo Agostinho, não existe evasão em nenhuma das duas etapas de ensino” e que o estado possui uma das menores taxas de evasão escolar do Brasil, com percentual de 0,7% para o Ensino Médio e de 0,4% para o Ensino Fundamental.

Leia o posicionamento na íntegra:

"A Secretaria de Educação e Esportes de Pernambuco (SEE) possui um sistema de informação que acompanha a frequência de todos os estudantes da rede. Segundo este levantamento, a taxa de evasão escolar das unidades públicas estaduais de Pernambuco é uma das menores do Brasil. Atualmente é de 0,7% para o Ensino Médio, e 0,4% para o Ensino Fundamental. Na cidade do Cabo de Santo Agostinho, não existe evasão em nenhuma das duas etapas de ensino.

O Governo de Pernambuco garante a educação básica para todos e todas, independentemente da mesorregião. Em alguns casos, existem escolas mais concorridas, onde a procura por matrícula é alta, e ao chegar no limite de vagas preenchidas (total de alunos que a unidade de ensino comporta), a Secretaria de Educação e Esportes de Pernambuco (SEE-PE) encaminha o estudante para outra unidade de ensino mais próxima à desejada. Caso o aluno precise de transporte para se deslocar, é necessário que ele informe à gestão da instituição. A cidade do Cabo de Santo Agostinho faz parte do Programa Estadual de Transporte Escolar (PETE), criado pelo Governo de Pernambuco e que consiste em um repasse de recursos financeiros às prefeituras para que seja ofertada aos estudantes da rede estadual de ensino uma condução até às escolas.

Atualmente, a cidade do Cabo de Santo Agostinho conta com 17 escolas públicas estaduais, distribuídas em diversas regiões, e que atendem a demanda da educação de todo o município. No momento, não há previsão de inauguração ou criação de escolas na cidade.

Todas as 16 Gerências Regionais de Educação (GRE) realizam, em suas escolas, ações de busca ativa. A mais recente foi o Programa Monitoria PE de Busca Ativa, que teve como objetivo diminuir a evasão escolar através de atividades que foram desenvolvidas por um profissional indicado pelas escolas. Nele, foram realizados trabalhos específicos e exclusivos dentro e fora das escolas para resgatar os estudantes que não conseguiram voltar à sala de aula. O programa durou três meses e resgatou mais de 15 mil estudantes. Em 2022, as gerências regionais seguem realizando trabalhos de busca ativa sempre que identificados casos de alunos que não estão frequentando as aulas".

Nesta quarta-feira (17), o ministro da Educação, Milton Ribeiro, assinou, no Palácio do Planalto, o Acordo de Cooperação, que tem por objetivo contribuir para o acesso e garantir a permanência escolar de atletas de todas as modalidades do futebol. Inserida no Programa Integra Brasil, a ação conta ainda com a participação da Secretaria de Educação Básica (Seb), também fazem parte do acordo o Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (MMFDH), o Ministério da Cidadania (MC), a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e a Confederação Brasileira de Desporto Esportivo (CBDE).

“O objetivo é promover os direitos humanos e os direitos do torcedor; formular políticas públicas para a promoção do ensino fundamental e do ensino médio de atletas do futebol; e promover a educação antidopagem e valores do espírito esportivo em ambientes esportivos e escolares por meio de todas as modalidades do futebol”, diz o MEC.

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Integra Brasil

O programa Integra Brasil foi lançado em 2019, pelo Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (MMFDH), com o Ministério da Cidadania e pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF), através de parceria com clubes de futebol, universidades e governos municipais e estaduais. A articulação é responsável pela promoção de ações de combate à vulnerabilidade social para o enfrentamento de violações de direitos humanos.

A secretaria de Educação do Paulista, na região metropolitana do Recife, anunciou que antecipará o recesso escolar a partir do dia 15 de junho. A medida, tomada em prevenção à disseminação do novo coronavírus, atinge mais de 19 mil alunos da rede municipal e valerá até o dia 29 de junho. A volta às aulas presenciais continua sem data para acontecer.

De acordo com a prefeitura, inicialmente, o recesso era previsto para ocorrer entre os dias 04 e 19 de julho, mas “os profissionais da área da educação optaram por antecipar para que o planejamento das ações fosse elaborado com foco na retomada das atividades pedagógicas presenciais ou remotas na rede municipal de ensino”. A secretaria de Educação espera que a mudança no calendário colabore para que ajustes na área administrativa sejam realizados, bem como seja feito o planejamento de futuras atividades de compensação de aulas que foram suspensas.

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Algumas das consequências do recesso serão a redução na produção de conteúdo digital para os estudantes, a reprogramação das atividades de formação para as equipes gestoras e a suspensão das sugestões de indicação de espaços de formação para os docentes. A prefeitura informou ainda que “irá disponibilizar mais um bloco de atividades para os alunos da Educação Infantil, Ensino Fundamental e na modalidade de Educação de Jovens e Adultos (EJA)”. Embora as aulas estejam suspensas desde março, os estudantes vêm realizando atividades online.

Nesta terça (7), a Assembleia Legislativa de pernambuco (Alepe) deve discutir o desconto na mensalidade de escolas particulares com as aulas suspensas durante a pandemia do novo coronavírus. O projeto de lei é de autoria de Álvaro Porto (PTB) e começará a tramitar pela Comissão de Constituição, Legislação e Justiça. Caso o parecer seja pela aprovação, a proposta seguirá para o plenário.

“O objetivo é equilibrar uma situação que foi desequilibrada por causa do isolamento e a paralisação da economia. De um lado estão escolas com menos gastos com manutenção, energia, internet e água, por exemplo. De outro, estão alunos, seu pais ou responsáveis enfrentando prejuízos e perda de renda”, defende Porto, que lembra que texto semelhante foi aprovado na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro.

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Os descontos propostos no projeto incluem instituições de ensino infantil, fundamental, médio e superior e vão de 10% a 30%, variando de acordo com a natureza de cada instituição e com a quantidade de alunos matriculados na unidade. Tal escalonamento será debatido durante o processo de tramitação e o desconto seria automaticamente cancelado com a volta às aulas.

“A ideia, então, é tentar ajustar uma realidade que está desajustada: a queda de despesas que deram fôlego para as escolas confronta com a realidade de famílias que estão com rendimentos comprometidos por causa do coronavírus”, afirma Porto.

Seguindo a proposta, as escolas que possuam calendário escolar regular e com previsão de recesso semestral, teriam que aplicar o desconto a partir do 31º (trigésimo primeiro) dia de suspensão das aulas. Já as instituições de ensino que têm calendário ininterrupto de aulas- como creches, internatos e demais unidades de ensino com carga horária integral- precisariam adotar o desconto imediatamente.

Percentuais

O escalonamento proposto levaria diversas variáveis em conta. Para as instituições organizadas em cooperativa educacional o desconto será de 10%. Já para escolas que possuem mais de 100 alunos matriculados, chegará a 20%. Por sua vez, aquelas com mais de 200 alunos matriculados deverão conceder 30% do valor.

A Polícia Rodoviária Federal (PRF) flagrou um motorista de transporte escolar dirigindo sob efeito de bebidas alcoólicas nessa segunda-feira (9) em Londrina, na região norte do Paraná.

Com dez crianças a bordo do veículo no momento da abordagem, o motorista também estava com a carteira de habilitação vencida. E a categoria na qual ele foi habilitado não é compatível com o tipo de veículo que conduzia, um micro-ônibus.

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O veículo ainda estava com o tacógrafo –equipamento que registra a velocidade e a distância percorrida– sem aferição do Inmetro e não tinha faixas refletivas, itens também de uso obrigatório.

A abordagem foi realizada na BR-369, em frente ao Parque Ney Braga, por volta as 7h20, durante a Operação Volta às Aulas, que terminou nesta terça-feira (10).

O veículo transportava dez crianças de bairros de Cambé até estabelecimentos de ensino em Londrina. Algumas delas não usavam cinto de segurança.

O resultado do exame do bafômetro apontou 0,09 miligrama de álcool por litro de ar expelido –patamar que não caracteriza crime, mas que constitui infração de trânsito no valor de R$ 2.934 e leva à suspensão do direito de dirigir por um ano.

Questionado pelos policiais rodoviários federias, o homem admitiu ter consumido bebidas alcoólicas na noite anterior, sem mencionar o tipo de produto, nem a quantidade.

Ele também não tinha autorização para efetuar o serviço de transporte escolar. A Polícia Rodoviária Federal emitiu dez autuações durante a abordagem, no valor total de aproximadamente R$ 7,4 mil.

A PRF recomenda aos pais ou responsáveis que procurem verificar previamente o estado dos veículos e as condições dos motoristas que prestam esse tipo de serviço.

A base da carrocinha é de ferro e na rodagem são três pneus que dão movimento ao meio de transporte. Foto: Júlio Gomes/LeiaJáImagens

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É por volta das 12h20, de segunda a sexta-feira, que o trabalho de Gervânio Ronaldo do Nascimento, de 50 anos, tem início. É assim há pelo menos quatro anos, desde que decidiu transformar uma carcaça de ferro velho em um meio de transporte manual para levar crianças “ao caminho da escola”, como ele mesmo diz. O ponto de encontro é na esquina da Rua Cabo Eutrópio com a Rua Interlândia, no bairro Ilha Joana Bezerra, onde fica localizada a comunidade do Coque.

É lá que após o almoço as crianças começam a chegar aos poucos e já vão se acomodando no transporte escolar inventado por Ronaldo, que cobra R$ 1,50 por dia para levar e buscar os alunos à Escola Municipal Almirante Soares Dutra, no bairro do Cabanga. O percurso é de um quilômetro e dura aproximadamente 20 minutos. 

Longe de ser um um veículo escolar motorizado, como os ônibus, kombis ou até peruas, a carrocinha de Ronaldo é movida pela força dos braços, pernas e o sonho de colocar as crianças para estudar. A base da carrocinha é de ferro e na rodagem são três pneus que dão movimento ao meio de transporte. Revestida de madeira e coberta com adesivos e desenhos amarelos feitos sob medida, a criação do morador do Coque faz sucesso por onde passa, arranca olhares de curiosos e é a alegria das crianças, transportadas todos os dias de aula. 

Longe de ser um um veículo escolar motorizado, como os ônibus, kombis ou até peruas, a carrocinha de Ronaldo é movida pela força dos braços, pernas e o sonho de colocar as crianças para estudar. Foto: Júlio Gomes/LeiaJáImagens

Mas, apesar da ideia ter se tornado a fonte de renda de Ronaldo, não era esse o objetivo inicial. Ele conta que comprou a carcaça de um familiar por apenas dez reais. “Não tinha nada, era só a estrutura de ferro. As pessoas reclamavam e me mandavam jogar fora chamando de lixo. E eu lembro que dizia, jogo nada, isso ainda vai ser uma grande coisa”, contou Gervânio Ronaldo, em entrevista ao LeiaJa.com.

Ainda que ele não sabia exatamente o que fazer, tinha em mente que construiria um brinquedo para levar os seus netos à escola porque eram muitas crianças e era sempre um perigo ao atravessar as avenidas. “Enquanto eu não colocava em prática, muitas pessoas queriam comprar porque ela ficava amarrada em um poste na rua, mas eu não conseguia vender, era como se tivesse algo maior que me impedisse”, relembrou Ronaldo, que também já trabalhou como palhaço, principalmente animando festas infantis. 

Formato antigo da carroça escolar de Ronaldo. Foto: Arquivo Pessoal

O sonho de reformular a carrocinha passou a se tornar realidade quando ele mandou soldar a ferragem e ganhou de presente pneus e o rolamento do pai do cantor recifense Sheldon Ferrer. No início do ano letivo, em fevereiro de 2015, Ronaldo começou a levar seus netos ao colégio. A carroça ainda era muito simples. A estrutura de ferro comportava os bancos de plástico para acomodar as crianças. Eram de quatro crianças e a repercussão durante o trajeto já era grande. 

Poucos meses após colocar o brinquedo em prática, muitas mães abordaram Ronaldo para contratar o serviço de transporte escolar. As razões eram diversas, mas em geral, a maioria precisava trabalhar e não tinha tempo para levar as crianças ao colégio. “Eu fiquei muito na dúvida se queria aquele compromisso. Mas a vontade de ajudar essas mães foi maior. Muitas vezes essas crianças não têm pai e como não há ninguém para fazer esse transporte, elas acabam não indo à escola. Eu sei disso porque meus pais não me levaram, também”, explicou Ronaldo, que cursou somente até a segunda série. 

Como a brincadeira se tornou um empreendimento, Ronaldo decidiu aperfeiçoar o carrinho. Com a ajuda do marceneiro chamado Fabinho, segundo ele, o melhor do Coque, a carroça ganhou até janelas, como se fosse um ônibus escolar. “No início cobrava 1 real por dia. As pessoas me chamavam de velho besta porque eu carregava peso por pouco dinheiro. Mas eu gosto e se eu não saio com ela, fico triste”, disse. 

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Conhecido por muita gente no bairro, Ronaldo garante ainda que não pretende expandir o negócio, apesar de outras mães solicitarem novas vagas no transporte. Ele não quer contratar outras pessoas e construir novas carroças, justamente porque é feliz com a simplicidade do que faz. “Eu sei que faço a diferença na vida de muitas pessoas e contribuo de alguma forma com a educação desses meninos, mas por enquanto, do jeito que está, sou grato e feliz”, comentou Ronaldo. 

Atualmente, o empreendedor leva todos os dias treze crianças, incluindo os seus netos. A maioria embarca na primeira viagem, pontualmente às 12h20. O restante é transportado depois por conta do atraso, já que ele garante a pontualidade. A faixa etária varia entre crianças de seis anos até dez. 

O foco de seu trabalho é só no transporte escolar, mas houve um tempo em que ele também utilizada a carrocinha para oferecer passeios nos fins de semana. Os sábados e os domingos de Ronaldo também eram preenchidos com o barulho da criançada no Tour pelo Coque. “Eu levava os meninos para passear pelo bairro, a carroça tinha iluminação de tudo.  Eles adoravam, mas eu ficava com muito medo da violência no bairro e temia que uma criança se machucasse. Por enquanto, os passeios não acontecem mais”, lamentou. 

Mas, é na passada firme, com olhares atentos e ouvidos aguçados que Ronaldo empurra todos os dias um pouquinho de sua felicidade. “Não quero motor, vou mover apenas com força física e do coração. Meu único desejo é transformá-la no formato de uma kombi, eu vi uma no shopping assim e já passei o modelo para o marceneiro”, destacou. 

Estão abertas as inscrições para a Liga Escolar de LoL. O evento, que busca gerar inclusão e aliar os eSports com educação será, pela primeira vez, aberto para escolas de todo país. A primeira edição aconteceu em 2018, e foi reformulada para atender as necessidades de diferentes instituições. 

Dessa vez, a escola interessada em participar terá que adquirir o licenciamento do PlayMatch PRO, um pacote de aulas em formato cinematográfico que fala sobre eSports e suas aplicações profissionais. Após adquirir o produto, a escola poderá competir na Liga Escolar de LOL 2019 com um time oficial.

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Entre as convidadas para o evento de estreia em 2018, estavam escolas do Projeto Nave da Oi Futuro como a Escola Técnica Estadual Cícero Dias, de Boa Viagem. Ao todo 32 escolas convidadas de cidades como Maringá, Brasília, Recife, Rio de Janeiro, São Paulo e Belo Horizonte. Esse ano, a expectativa é que 2.048 escolas em todo o país participem. 

O campeonato será dividido por macrorregiões, sendo elas: Norte e Nordeste, Centro-Oeste, Sul e Sudeste. Na primeira etapa será feita a fase de grupos, o grupo campeão em cada macrorregião irá para a final nacional em São Paulo, com passagens, alimentação e hotel pagas pela PlayMatch. Para tentar garantir uma vaga, os competidores podem se inscrever até o dia 4 de outubro. A premiação final dará R$ 5 mil ao grupo vencedor.

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Um ônibus escolar foi atingido por um trem na manhã desta sexta-feira (31), deixando ao menos 6 crianças feridas. O acidente aconteceu no município de Sarzedo, na Região Metropolitana de Belo Horizonte.

De acordo com informaçoes do Corpo de Bombeiros, as crianças tiveram ferimentos leves e estão conscientes. Todas foram atendidas no local pelo SAMU e em seguida encaminhadas ao Hospital de Ibirité. A colisão aconteceu no bairro de Masterville.

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O Sindicato do Transporte Escolar de Pernambuco (Sintespe) confirmou que, na próxima sexta-feira (25), os profissionais credenciados ao órgão paralisarão as atividades em protesto ao aumento no preço do combustível.

Em comunicado oficial, o presidente do Sintespe, Augusto Noblat, pede que os transportadores estacionem os veículos a partir da pracinha de Boa Viagem, na Zona Sul do Recife, e sigam ocupando toda a avenida. 

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De acordo com Noblat, eles só possuem combustível para rodar hoje e amanhã.  Ele salientou, entretanto, que a categoria é solidária à mobilização nacional dos caminhoneiros. 

por Cecília Araújo

Estados e municípios irão receber R$ 384,1 milhões para aplicar em merenda escolar dos estudantes do ensino básico em todo o país. A verba foi liberada através do Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae), criada pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), órgão administrado pelo Ministério da Educação.

Esse valor é referente à oitava parcela. Em um total de dez parcelas, elas devem cobrir os 200 dias de ano letivo nas escolas brasileiras. Quando o valor for repassado para as secretarias municipais e estaduais de educação, a verba será utilizada para a compra de merenda do ensino infantil até a educação de jovens e adultos na rede pública e conveniada.

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Para saber a parcela que cada município e estado recebe, acesse o site: https://www.fnde.gov.br/sigefweb/index.php/liberacoes

Uma editora indiana estava sendo duramente criticada nesta quarta-feira por ter publicado um livro escolar aconselhando os alunos a asfixiar gatos como experimento científico.

O livro, utilizado por centenas de escolas privadas na Índia, propõe colocar dois filhotes de gato em caixas separadas, uma com furos e outra totalmente fechada, com o objetivo de estudar a importância do oxigênio para os mamíferos.

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"Coloque um gatinho em cada caixa. Feche as caixas. Depois de um tempo abra as caixas. O que você vê? O gato na caixa sem oxigenação está morto", explica o texto, como pode ser lido (em inglês) na imagem:

Os defensores dos direitos dos animais indicaram que várias escolas retiraram o livro de circulação. Também conseguiram que a editora prometesse que suprimiria o polêmico experimento na próxima edição.

"Talvez pareça estúpido, mas propondo este experimento colocavam em risco a vida de crianças e animais", declarou à AFP Vidhi Matta, porta-voz da federação de organizações indianas protetoras dos animais.

Matta afirmou que não sabia da existência de alunos que tivessem realizado o experimento.

Os livros escolares indianos costumam ser alvos de críticas por conter erros graves em seu conteúdo.

O Ministério Público Federal, em Mato Grosso do Sul, recomendou à Prefeitura de Campo Grande a suspensão imediata da contratação das empresas vencedoras de uma licitação de transporte escolar de 2.200 alunos da zona rural do município. Para a Procuradoria, há fortes indícios de fraude na licitação de R$ 11 milhões.

Investigação do Ministério Público Federal aponta que ao menos uma empresa usou certidões falsas da Secretaria de Estado e Fazenda do Mato Grosso do Sul (Sefaz-MS) e da Procuradoria da Fazenda Nacional (PFN). De acordo com a recomendação a licitação deve permanecer suspensa até a revisão da documentação apresentada pelas 14 empresas vencedoras.

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"Houve ainda casos em que empresas não apresentaram documentação que ateste regularidade fiscal junto à SEFAZ e à PFN. Estas empresas venceram no total 20 itens da licitação, o que significa que seriam responsáveis pelo atendimento de 20 linhas de transporte escolar", sustenta a Procuradoria em nota divulgada em seu site.

A Procuradoria quer que a prefeitura apure se "houve participação de agentes públicos nas irregularidades, responsabilizando-os por virtuais irregularidades". O prefeito Alcides Bernal (PP), o secretário de Administração Ricardo Ballock e a secretária de Educação Leila Machado têm dez dias, a partir do recebimento da recomendação, para responder com as providências adotadas. Caso não sejam adotadas as medidas recomendadas, o Ministério Público Federal informa que poderá recorrer à Justiça.

A falsificação e uso de documento falso é crime previsto no Código Penal Brasileiro, com pena de reclusão de 2 a 6 anos e multa. A apresentação das certidões negativas de débitos fiscais e trabalhistas são imprescindíveis para a habilitação dos interessados em qualquer licitação pública.

Defesas

"A comissão de licitação já está respondendo ao Ministério Público Federal e apresentando toda a documentação necessária para provar que não há ilicitude no processo", disse, por meio de nota, a prefeitura de Campo Grande.

Brasília – Na hora de comprar o material escolar, um item merece atenção especial: a mochila. Com o peso muitas vezes excessivo, devido à quantidade de livros e outros materiais, as mochilas precisam ser adequadas para distribuir bem o peso e não prejudicar a postura dos estudantes. Os pais devem ficar atentos para evitar que os filhos carreguem peso maior que o recomendável.

A Academia Americana de Pediatria considera que o ideal é que a mochila tenha entre 10% e 20% do peso corporal do estudante. Há instituições que defendem o percentual de 15%. O ortopedista pediátrico e professor na Santa Casa de São Paulo Claudio Santili explica que falta consenso porque não há pesquisas conclusivas sobre o tema. Ele defende que o peso máximo do material escolar carregado pelos estudantes seja 10% do peso corporal.

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O uso de mochilas com peso excessivo, especialmente se carregadas de forma inadequada, pode provocar dores e até problemas na postura, explica Santili. “Se for carregada de forma inadequada, apenas de um dos lados do corpo, vai provocar contração da musculatura do lado oposto e a criança pode ter dor muscular. Se isso se prolongar, pode levar à postura inadequada”.

Ao escolher uma mochila, é importante que ela seja leve. Quando estiver vazia, não deve pesar mais que meio quilo. O ideal é que seja de duas tiras, pois as de tira única para o ombro não distribuem o peso uniformemente, o que pode causar problemas de postura. O estudante deve tensionar as tiras para que a mochila fique bem junto ao corpo e aproximadamente a cinco centímetros acima da linha da cintura.

As alças devem ser acolchoadas, reguláveis e com largura mínima de quatro centímetros na altura dos ombros. Tiras estreitas podem causar compressão nos ombros e restringir a circulação. É interessante também concentrar os objetos mais pesados no centro da mochila e mais próximos das costas. As orientações foram elaboradas pelo Proteste e pela Sociedade Brasileira de Ortopedia Pediátrica.

Sabrina Albuquerque tem dois filhos que estão no ensino fundamental, um de 9 e um de 13 anos, e fica preocupada com o peso que eles carregam diariamente. “Dá pra ver pela postura que o material está muito pesado, aí peço pra retirar alguns livros e levar na mão. Mas, com isso, eles às vezes acabam esquecendo o material”, conta. Sabrina avalia que a escola deveria se preocupar mais com a questão. “Acho que a escola acaba se preocupando muito com o conteúdo, o vestibular, e não se preocupa com essa parte física das crianças”, relata.

As mochilas com rodinhas podem ser uma alternativa para o excesso de peso. A Sociedade Brasileira de Ortopedia Pediátrica alerta, no entanto, que é preciso ter cuidado com a alça do carrinho que deve estar a uma altura apropriada. As costas devem estar retas ao puxá-la. Esse tipo de mochila, porém, enfrenta resistência dos adolescentes.

Além de mochilas adequadas, o diálogo entre pais e escola é considerado fundamental para equacionar o problema do excesso de peso que os alunos carregam. Algumas instituições têm adotado medidas que reduzem a quantidade diária de material que precisam levar.

Gabriela Braga é mãe de Caio, de 12 anos, que cursa o 7° ano do ensino fundamental em uma escola particular de Brasília. Ela conta que, neste ano, a escola vai adotar netbook e apostilas próprias que serão entregues por bimestre. “Este ano será entregue uma apostila por bimestre, com todas as matérias. Não é muito material para carregar. Extra, só um caderno de dez matérias”, diz.

O ortopedista Cláudio Santili também alerta os pais para conferir periodicamente as pastas escolares a fim de evitar que os filhos carreguem objetos desnecessários. “A criança também precisa ser fiscalizada. Muitas vezes, ela tem na mochila coisas que não precisam ser levadas à escola, como joguinho para brincar, o que aumenta o peso. Isso é muito comum”, disse.

As discussões em torno do excesso de peso das mochilas de crianças e adolescentes resultaram em um projeto de lei, aprovado em novembro do ano passado na Comissão de Assuntos Sociais do Senado, que determina que as mochilas devem ter, no máximo, 15% do peso do estudante. O projeto também obriga as escolas a ter armários para os estudantes guardarem material. O texto, no entanto, não prevê nenhum tipo de fiscalização, nem sanções para quem descumprir a norma. O projeto ainda precisa retornar à Câmara dos Deputados.

Brasília – Com a proximidade do reinício das aulas, muitos pais começam a procurar transporte escolar para garantir que os filhos cheguem ao colégio sem atraso e voltem para casa com tranquilidade. Antes de contratar o serviço, no entanto, é preciso verificar se o veículo tem autorização para transportar crianças e adolescentes e ficar atento aos itens de segurança.

Pedir referências a pais de outros estudantes e verificar se a escola tem indicação de motoristas que já fazem o transporte de outros alunos da instituição são alternativas. Ao encontrar um prestador de serviço, a primeira medida a ser observada é se o veículo tem autorização do Departamento de Trânsito (Detran) para fazer transporte escolar. Para obter a autorização, o veículo tem que passar por uma vistoria e são liberados apenas os que apresentam as condições adequadas e os itens de segurança necessários.

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“Verificar se o veículo está autorizado é o primeiro passo para contratar. Se ele está autorizado, significa que passou por vistoria e está em condição de rodar. Com esse dado, sugerimos que os pais observem um ou dois dias o modo como o motorista dirige, o cuidado que tem com as crianças no momento do embarque e desembarque”, orienta o chefe do Núcleo de Operação Técnico do Departamento de Trânsito do Distrito Federal, Helder Athan.

A vistoria ocorre periodicamente, mas os pais também devem ficar atentos à conservação do veículo ao longo dos meses e a manutenção dos itens de segurança como a qualidade dos pneus, o funcionamento dos cintos de segurança, de faróis e lanternas, por exemplo.

Os pais podem verificar ainda se o motorista fez o curso de capacitação exigido para o transporte escolar. A informação consta na carteira de habilitação, que precisa ser da categoria D. “O pai deve ter a preocupação de saber quem está conduzindo e pedir que o condutor do veículo apresente a habilitação. No campo de observações, vai constar a indicação de habilitado escolar”, explica Helder Athan.

A negociação do contrato de prestação de serviço também merece atenção. A Associação Brasileira de Defesa do Consumidor (Proteste) tem uma cartilha com orientações para os pais e sugere que é importante ficar claro se haverá reajuste da mensalidade em caso de aumento de preço dos combustíveis. A cartinha sugere ainda negociar a melhor data para pagamento e discutir a inclusão de uma cláusula de multa por descumprimento de horários.

Brasília – O resultado preliminar do Censo Escolar de 2013 mostra que, em todo o país, 40.366.076 estudantes estão matriculados na educação básica das redes pública estadual e municipal de ensino. A informação foi publicada na edição de hoje (23) do Diário Oficial da União.

As matrículas referem-se a creche, pré-escola, ensinos fundamental e médio, educação de jovens e adultos e educação especial. Abrangem ainda as áreas urbanas e rurais e a educação em tempo parcial e integral.

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No resultado preliminar, com mais de 600 páginas, estão detalhadas as matrículas de cada município do país. O número de estudantes matriculados na educação especial é 653.378, e os demais estudantes, 39.712.698.

Com a publicação dos dados preliminares, os estados e municípios têm 30 dias para retificar números que possam estar incorretos, de acordo com o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). Após o prazo, o Inep vai divulgar o censo escolar final.

Os dados não contabilizam as matrículas das redes federal e privada de ensino.

Os micro e pequenos empresários pernambucanos tiveram uma grande notícia no final da manhã desta terça-feira (3). Agora, eles têm uma cota de 25% reservada nos valores das licitações destinadas às aquisições de mochilas e fardamento dos estudantes da rede estadual de ensino de Pernambuco. O secretário de educação, Ricardo Dantas, juntamente com representantes de instituições que apoiam a iniciativa, detalhou o edital da seleção, que foi publicado no Diário Oficial do Estado de hoje. As informações foram divulgadas na sede da Secretaria de Educação do Estado (SEE), no bairro da Várzea, na Zona Oeste do Recife.

O principal objetivo da ação, que faz parte de uma política do Governo de Pernambuco, por meio do Programa Governo Cliente, é estimular a participação dos micro e pequenos empresários na produção de materiais para as compras governamentais. “A Secretaria é um dos maiores compradores do Estado. Vamos permitir que os próprios fabricantes participem do processo de licitação”, disse o secretário Ricardo Dantas.

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De acordo com Dantas, do ano de 2007 até 2011, era feita uma única licitação para todos os itens escolares. Com novo programa, a compra será separada, ou seja, será uma empresa para a produção dos materiais (canetas, lápis, etc), outra para o fardamento e um terceiro empreendimento para as mochilas. No total, serão adquiridas 784.854 mochilas e 1.569.708 fardas.

Segundo a SEE, o investimento estimado na aquisição das mochilas é de R$ 20,2 milhões. Nesse contexto, microempreendedores individuais (MEI), microempresas (ME) e empresas de pequeno porte (EPP), serão responsáveis pela entrega de 196.214 mochilas, o que representa o valor de R$ 5 milhões no total estimado do pregão. No que diz respeito às fardas, a previsão de investimento da SEE é de R$ 14,3 milhões, em que dessa quantia, R$ 3,5 milhões serão destinados as MEI, ME e EPP.

Para o presidente da Agência de Fomento de Pernambuco (Agefepe), instituição que integra o programa, Agnaldo Nunes, a iniciativa garantirá que as pequenas empresas pernambucanas também possam ter destaque no mercado. “É um programa que tem muitos méritos. Vamos assegurar que os empreendimentos tenham recursos para atender as demandas do Estado, comentou Nunes. Na busca pela qualidade dos produtos, o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) e o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), definiram as especificações que os empreendimentos precisam ter para que os produtos sejam disponibilizados dentro dos padrões de qualidade exigidos. As duas instituições também acompanharão o processo de produção e qualificarão dos empresários.

Ainda neste mês, as licitações serão iniciadas e o prazo para a entrega dos produtos é de até 50 dias após a divulgação das empresas vencedoras. Os pequenos empresários podem participar tanto de forma individual quanto por consórcio, podendo até competir com as grandes empresas e vencer as duas modalidades.

Kit escolar 2014

Pernambuco vai distribuir, de forma gratuita, em torno de 700 mil kits escolares para diversos níveis de escolaridade. A previsão de início das aulas é para fevereiro de 2014.

Esta quarta-feira (31) é o último dia para o preenchimento dos dados do Censo Escolar da Educação Básica de 2013. Os gestores de escolas públicas e privadas devem acessar o endereço educacenso.inep.gov.br e informar dados da escola, turmas, alunos e profissionais escolares em sala de aula.

O Censo Escolar é o principal instrumento de coleta de informações da educação básica. As informações são usadas para transferência de recursos públicos destinados à merenda, ao transporte escolar, à distribuição de livros, a uniformes, implantação de bibliotecas, instalação de energia elétrica.

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No caso das creches, as informações serão também usadas pelo Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) para calcular a suplementação de recursos de 2014 a creches que atendem a crianças do Bolsa Família.

Além disso, os resultados sobre o rendimento (aprovação e reprovação) e movimento (evasão) escolar dos alunos são usados para o cálculo do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), indicador que serve de referência para as metas do Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE), do Ministério da Educação.

Os estados e municípios que ainda não prestaram contas dos recursos recebidos em 2011 e 2012 para alimentação e transporte escolar devem regularizar a situação para que não deixem de receber os repasses.  De acordo com levantamento do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), até o final da manhã dessa segunda-feira (13),  1.227 municípios e nove estados (Alagoas, Ceará, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Pernambuco, Piauí, Roraima e Tocantins) não tinham prestado contas dos recursos de 2012 da alimentação escolar.

Com relação ao programa de transporte escolar, 1.326 prefeituras ainda precisam encaminhar os registros referentes a 2012. No caso das prestações de contas de 2011, 632 municípios ainda não prestaram contas quanto aos recursos recebidos para transporte escolar e 830 prefeituras e sete estados (Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso Sul, Pernambuco, Piauí, Roraima e Tocantins) ainda não encaminharam as prestações referentes à alimentação.

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O prazo para a prestação de contas do Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae), do Programa Nacional de Apoio ao Transporte do Escolar (Pnate) e do Programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE) acabou no último dia 30 de abril, no entanto, aqueles que ainda não enviaram as informações ao Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) podem fazê-lo a qualquer momento, pela internet, pelo  Sistema de Gestão de Prestação de Contas (SiGPC).

Os novos prefeitos que ainda não têm senha do SIGPC devem entrar em contato com a Central de Atendimento pelo telefone 0800-616161. No site do FNDE, estão disponíveis guias para orientar a prestação de contas.

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