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A Polícia Federal (PF) deflagrou, na manhã desta quinta-feira (6), Operação Gaveteiro, para apurar desvios de mais de R$ 50 milhões, entre 2016 e 2018, do extinto Ministério do Trabalho, no âmbito de um contrato firmado entre o órgão e uma empresa de tecnologia da informação para gestão de sistemas e detecção de fraudes na concessão de Seguro-Desemprego em Brasília e em mais cinco Estados.

Entre os alvos de buscas estão o ex-deputado federal Jovair Arantes, o ex-assessor da Casa Civil do governo Bolsonaro Paulo Tatin e o ex-deputado, ex-ministro do Trabalho do governo Temer e atual presidente da Fundação Nacional de Saúde (Funasa) Ronaldo Nogueira.

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No total, agentes cumprem dois mandados de prisão preventiva e a 41 mandados de busca e apreensão, em endereços de Goiás, Distrito Federal, São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte e Rio Grande do Sul.

A Justiça também determinou o bloqueio de cerca de R$ 76 milhões nas contas dos investigados e concedeu medidas cautelares proibindo os envolvidos de se ausentarem do País.

Segundo a PF, a investigação teve início com base em um relatório da Controladoria Geral da União que apontou que a contratação da empresa de tecnologia foi apenas um "subterfúgio utilizado pela organização criminosa que atuava no Ministério do Trabalho para desviar, entre os anos de 2016 e 2018, R$ 50 milhões do órgão".

O objeto da contratação foi a aquisição de solução de tecnologia e licenças, para gestão de sistemas informatizados do Ministério do Trabalho e detecção de fraudes na concessão de Seguro-Desemprego, indicou a corporação.

A Polícia Federal informou que os envolvidos podem responder pelos crimes de peculato, organização criminosa, fraude à licitação, falsificação de documento particular, corrupção ativa e passiva, cujas penas, somadas, podem chegar a mais de 40 anos de prisão.

Defesas

A reportagem busca contato com o deputado Jovair Arantes, com o ex-assessor da Casa Civil Paulo Tatin e com o presidente da Funasa e ex-ministro Ronaldo Nogueira. O espaço está aberto para as manifestações de defesa.

O Ministério da Saúde sinalizou nesta terça-feira, 4, que irá retirar brasileiros de Wuhan, na China, cidade que é epicentro do coronavírus, mesmo sem a aprovação no Congresso Nacional do projeto de lei que estabelece regras para enfrentamento da doença, como a quarentena e a possibilidade de impedir entrada e saída do Brasil.

"Devemos estar preparados para as duas situações. Se for aprovado (o projeto de lei), ótimo. Se não for aprovado, temos nossas alternativas", disse o secretário-executivo do Ministério da Saúde, João Gabbardo, durante entrevista à imprensa. "Não vamos criar nenhum tipo de pressão sobre o Legislativo", afirmou.

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As alternativas ao projeto de lei seriam regras que já constam na legislação brasileira sobre "emergências" de saúde pública e fiscalização sanitária, por exemplo, disseram técnicos da pasta.

O governo federal enviou nesta terça, 4, ao Congresso Nacional proposta que prevê medidas sanitárias para enfrentar a "emergência de saúde" decorrente da epidemia de coronavírus. O texto prevê regras sobre isolamento e a quarentena. Também permite a realização compulsória de exames em pacientes suspeitos, além de prever a "restrição excepcional e temporária de entrada e saída do País por rodovias, portos ou aeroportos".

O secretário de Vigilância em Saúde, Wanderson Oliveira, disse que a previsão de fechar entrada e saída do País é uma forma de dar "segurança normativa" caso a Organização Mundial de Saúde (OMS) ou o próprio governo federal queiram tomar medidas restritivas.

"Cada nação pode legislar sobre suas ações. Rússia fez medidas restritivas. A própria China colocou duas províncias completas sobre quarentena. É um fato inédito", disse Oliveira.

O secretário Gabbardo disse que a vontade do Ministério da Saúde era elaborar uma Medida Provisória (MP) com regras mais amplas sobre quarentena sanitária, ou seja, que não tratasse apenas de medidas emergenciais para conter o avanço do coronavírus.

Para evitar atraso na aprovação do texto, porém, o governo enviou uma proposta menos abrangente, disse Gabbardo. "Vamos continuar insistindo na tese de ter esse mesmo processo de forma mais ampla", declarou o secretário.

O Ministério da Saúde não informou quando deve partir para a China a aeronave que irá retirar brasileiros de Wuhan. Segundo Gabbardo, o anúncio será feito pelo Palácio do Planalto. A mesma aeronave irá levar servidores do governo da Saúde e Defesa para examinar os brasileiros e realizar a logística do retorno ao Brasil.

Casos suspeitos

O governo brasileiro acompanha 13 pessoas com suspeita de estarem infectadas pelo coronavírus no País. Outros 16 casos já foram descartados.

As suspeitas estão nos Estados de São Paulo (6 casos), Rio Grande do Sul (4 casos), Santa Catarina (2 casos) e Rio de Janeiro (1 caso).

De segunda-feira, 3, para quarta, 4, foram descartadas suspeitas sobre duas pessoas em São Paulo e uma no Rio.

No mesmo período, uma nova suspeita foi identificada em São Paulo e outra no Rio.

Não há casos de coronavírus confirmados no Brasil.

O Ministério da Saúde informou que cinco pessoas no Brasil aguardam resultado de teste específico para coronavírus, sendo 3 no Rio Grande do Sul, uma em São Paulo e outra em Santa Catarina. O exame costuma ser divulgado em até sete dias, segundo o governo.

Segundo dados da OMS apresentados pelo Ministério da Saúde há 20.630 casos de coronavírus no mundo, sendo 20.471 na China. A província de Hubei, cuja capital é Wuhan, tem 66% dos casos de infecção registrados na China.

São 426 óbitos no mundo até agora por coronavírus, sendo 425 na China.

Um grupo de parlamentares pretende convidar o ministro de Justiça, Sérgio Moro, para debater na Câmara a divisão da sua pasta com uma eventual recriação do Ministério da Segurança Pública. A medida implicaria em um esvaziamento do poder de Moro, que poderia perder os principais órgãos hoje sobre o seu comando, como a Polícia Federal.

A ideia dos deputados é continuar o debate que o presidente Jair Bolsonaro iniciou na semana passada ao dizer a secretários estaduais que a recriação de um ministério exclusivo para a Segurança Pública estava "em estudo" no governo. Diante da reação negativa de aliados, o presidente recuou e afirmou que as chances de isso acontecer agora é "zero", mas não descartou uma mudança no futuro.

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Nesta terça-feira, 28, Bolsonaro reclamou. Disse que "o tempo todo" querem dividir pastas do governo, mas que ele e Moro não "morderam a isca". "Não existe isso (a recriação do Ministério da Segurança Pública). Antes de eu viajar deu um problema. Qual é o problema? Lá trás pegamos quase 40 ministérios. E aí houve reação por causa da fusão. Pelo que eu vi, Moro não mordeu a isca nem eu, continua aí o ministério sem problema nenhum", disse.

Defensor da recriação da pasta da Segurança Pública, o deputado Silvio Costa Filho (Republicanos-PE) afirmou que quer levar Moro e secretários estaduais para discutir o tema. "O Ministério da Segurança foi extinto há 12 meses, e um ano após sua extinção cabe uma reflexão de todos para avançarmos nessa pauta."

A ideia é, além de debater a possibilidade da recriação da pasta, também fazer com que Moro apresente um balanço de ações de sua autoria para combater a criminalidade no País. Procurado pela reportagem, o ministro não quis comentar o assunto.

O deputado Capitão Augusto (PL-SP), até o ano passado presidente da Comissão de Segurança Pública da Câmara, disse não ver sentido em convidar o ministro para debater o assunto visto por ele como "natimorto". "Moro já deve ir à Câmara na volta do recesso para tratar sobre segunda instância. Se for para tratar de recriação de ministério, ele não vai. Esse assunto já está morto", disse Augusto.

Bolsonaro recuou da ideia de desmembrar o Ministério da Justiça e Segurança Pública depois de uma forte reação de aliados, que viram na medida um esvaziamento do ex-juiz da Lava Jato no governo e um possível adversário político. Após dizer que a separação estava em estudo, Bolsonaro recebeu uma enxurrada de críticas.

A retomada da discussão sobre a recriação da pasta, no entanto, encontra apoio no Congresso. O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse na semana passada que "sempre foi favorável" à existência de um Ministério da Segurança Pública. O deputado, porém, ressaltou que não está propondo, nem pressionando para que isso seja feito pelo governo.

A Câmara retoma seus trabalhos na semana que vem e um requerimento para que o ministro seja ouvido pelos deputados precisa ainda ser protocolado e ir à votação em uma das comissões da Casa ou mesmo em plenário.

Ao ser questionado nesta terça-feira, 28, sobre a recriação do Ministério da Segurança Pública, o presidente Jair Bolsonaro disse que "o tempo todo" querem dividir pastas do governo, mas que ele e o ministro Sérgio Moro não "morderam a isca". Segundo Bolsonaro, há "luta pelo poder", mas será mantida a estrutura do Ministério da Justiça e da Segurança Pública nas mãos de Moro.

"Não existe isso (a recriação do Ministério da Segurança Pública). Antes de eu viajar deu um problema. Qual é o problema? Lá trás pegamos quase 40 ministérios. E aí houve reação por causa da fusão", disse.

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"Agora, pelo que eu vi, Moro não mordeu a isca nem eu, Continua aí o ministério sem problema nenhum", disse.

Bolsonaro confirmou na quinta-feira passada, dia 23, que estudava recriar o Ministério da Segurança Pública, mas não deu detalhes sobre como se daria uma eventual fragmentação da atual pasta de Moro. A divisão é um pleito de secretários estaduais de segurança pública.

A proposta de dividir o ministério de Moro gerou críticas a Bolsonaro nas redes sociais. Caso o presidente repetisse o mesmo modelo de ministério da Segurança Pública do seu antecessor Michel Temer, o ministro Sérgio Moro perderia o comando da Polícia Federal, do Departamento Penitenciário Nacional (Depen) e da Polícia Rodoviária Federal (PRF), os três órgãos mais importantes da sua pasta.

O presidente da República em Exercício, Hamilton Mourão, afirmou que o Ministério da Justiça e Segurança Pública deve permanecer como está. "Em time que está ganhando não se mexe", disse a jornalistas nesta sexta-feira (24). Segundo o presidente em exercício, Bolsonaro deve ter pensado melhor durante viagem à Índia e mudado de ideia sobre uma eventual divisão da pasta.

Pela manhã, Mourão recebeu o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, no Palácio do Planalto para uma conversa. De acordo com ele, no entanto, os dois falaram apenas sobre a criação da Força Nacional Ambiental. Com o presidente Bolsonaro, por outro lado, Mourão admitiu que discute a possível divisão do ministério comandado por Moro "faz tempo" e que eles já trataram do assunto em diferentes ocasiões.

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"Se o presidente perguntar minha opinião, e aliás já conversamos, ele sabe que eu considero que a situação atual que estamos vivendo é um time que está vencendo. Usando aquele velho chavão, time que está ganhando a gente não mexe. E o presidente já deixou claro que não está havendo essa situação no momento", disse Mourão. "Algumas vezes nós já trocamos ideias a esse respeito. Ele (presidente) apenas me perguntou e eu respondi a ele que eu considerava que do jeito que está, está bom", afirmou em outro momento.

Mourão reforçou que Bolsonaro falou publicamente sobre o tema nesta semana porque recebeu a demanda de secretários estaduais de segurança pública, que pediram a recriação do Ministério da Segurança Pública.

"Ele (Bolsonaro) acabou comentando isso quando chegou no Alvorada, na quinta-feira de manhã. Durante a viagem (à Índia), ele deve ter pensando e mudado de opinião. É aquela história, política é política. Tudo é discutido, as coisas são tratadas aí da forma, existem prós e contra a toda linha de ação, a toda decisão que precisa ser tomada. Acho que isso é um fato normal, não é questão de enfraquecer ou não o governo", avaliou.

O presidente em exercício também afirmou que Moro não está incomodado com a situação. "O ministro Moro é uma pessoa muito tranquila, um homem acostumado a sofrer pressão. Isso aí não abala ele", avaliou. Mourão negou, ainda, que o ministro da Justiça tenha ameaçado deixar o cargo caso a divisão se concretizado. "Moro nunca fez ameaças sobre qualquer coisa, ele tem as visões dele e as expressa com fidelidade ao presidente."

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, se reuniu com o presidente em exercício, Hamilton Mourão, no Palácio do Planalto, na manhã desta sexta-feira (24). O ministro ficou no local por cerca de meia hora e não quis falar com a imprensa.

O encontro ocorreu um dia após a ameaça do presidente Jair Bolsonaro, de dividir a pasta comandada por Moro. Nesta sexta-feira, porém, Bolsonaro afirmou que a chance de desmembrar o ministério é "zero", mas não descartou a possibilidade de tomar a atitude no futuro. "A chance no momento é zero, tá bom? Não sei amanhã, na política tudo muda, mas não há essa intenção de dividir", declarou Bolsonaro ao chegar em Nova Délhi, na Índia, para um missão de quatro dias.

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Na quinta-feira (23), Mourão disse que iria aguardar a decisão de Bolsonaro sobre a divisão da pasta comandada por Moro. "Eu aguardo a decisão do presidente. O que eu sei é que ontem (quarta) houve uma reunião dos secretários de segurança, primeiro com o Ibaneis (Rocha, governador do Distrito Federal), que capitaneou isso aí, depois foram ao Palácio (para se reunirem) com o presidente. E os próprios secretários de segurança que solicitaram a criação desse ministério, o que levou o presidente a fazer uma declaração nesse sentido", afirmou o presidente em Exercício.

Interlocutores de Moro disseram ao Broadcast/Estadão que aconselharam ele a deixar o governo caso a mudança se concretizasse. A investida contra o ex-juiz da Operação Lava Jato ocorre no momento em que sua popularidade supera a do presidente e que seu nome passa a ser cotado como eventual candidato à Presidência.

No ano passado, o presidente cogitou a recriação da pasta, mas enfrentou resistências justamente devido às críticas de que a medida poderia esvaziar a pasta de Moro.

Se Bolsonaro optasse por repetir o mesmo modelo de Ministério da Segurança Pública do seu antecessor, Michel Temer, Moro perderia o comando da Polícia Federal, do Departamento Penitenciário Nacional (Depen) e da Polícia Rodoviária Federal (PRF), os três órgãos mais importantes da sua pasta.

O presidente Jair Bolsonaro recuou e disse nesta sexta-feira (24), logo depois de chegar à Índia, que a chance de desmembrar o Ministério da Justiça e Segurança Pública, chefiado por Sergio Moro, é "zero".

Na manhã de quinta (23), antes de embarcar para Nova Délhi, Bolsonaro havia dito que o tema tinha de ser "estudado". "Estudado com o Moro. Lógico que o Moro deve ser contra, mas estudado com os demais ministros", afirmara.

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Já nesta sexta, após a repercussão e rumores sobre uma possível saída do ex-juiz do governo, o presidente adotou um novo tom. "A chance no momento é zero, mas não sei amanhã, na política tudo muda. Não há essa intenção de dividir", declarou Bolsonaro.

A proposta seria de recriar o Ministério da Segurança Pública, esvaziando a pasta da Justiça, que já perdeu o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) para o Banco Central, em decisão vista como uma derrota de Moro.

O Ministério da Segurança Pública havia sido criado por Michel Temer em fevereiro de 2018, mas acabou reincorporado à Justiça pelo governo Bolsonaro. 

Da Ansa

O presidente da bancada da bala na Câmara, deputado Capitão Augusto (PL-SP), criticou a possível recriação do ministério da Segurança Pública. Nesta quinta-feira (23), o presidente Jair Bolsonaro disse que estuda retomar a pasta, mesmo que com a contrariedade do ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro. A recriação da pasta enfraqueceria o "superministério" de Moro, que atualmente também é responsável pelas políticas de segurança.

"Primeiro fomos surpreendidos pela extinção desse ministério. Agora, que a condução ia muito bem nas mãos do ministro Sérgio Moro, fomos surpreendidos novamente com esse possibilidade (de recriação)", disse Augusto ao Estadão/Broadcast.

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Se o plano prosperar, Moro ficaria responsável pela pasta de Justiça, não interferindo mais nas políticas de segurança, hoje a vitrine de sua gestão.

Para o deputado, a bancada que representa a segurança pública no Congresso poderia ter sido consultada por Bolsonaro, o que não ocorreu. "Tudo o que é feito sem muito debate, não acho uma boa decisão. Acho que seria uma forma simpática e respeitosa de se aproximar da bancada", afirmou. Para Augusto, a recriação esvazia o ministério de Moro. "Não era o momento de mexer", disse.

A decisão ainda não está tomada - ela é estudada com os demais ministros. Nesta quinta, Bolsonaro afirmou que tem o aval do presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ). "Acredito que a Comissão de Segurança Pública (da Câmara) também seja favorável. Temos que ver como se comporta esse setor da sociedade para melhor decidir", declarou o presidente.

O presidente Jair Bolsonaro afirmou, na manhã desta quinta-feira (23), que o governo estuda a possibilidade de recriar o Ministério da Segurança Pública mesmo contra a vontade do ministro Sérgio Moro (Justiça e Segurança Pública), que atualmente é o responsável pela área.

"É comum (o governo) receber demanda de toda a sociedade. E ontem (quarta-feira) os secretários estaduais da segurança pública pediram para mim a possibilidade de recriar o Ministério da Segurança. Isso é estudado. É estudado com o Moro... Lógico que o Moro deve ser contra, mas é estudado com os demais ministros", disse Bolsonaro na saída do Palácio da Alvorada, antes de embarcar para a Índia.

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O presidente deixou claro que, caso decida recriar o ministério, Moro seguirá no comando da Justiça. Segundo ele, o convite para o ex-juiz federal integrar o governo, em 2018, foi feito antes de se pensar na ideia de formar um "superministério" para ele - composto por Justiça e Segurança Pública.

"Se for criado, aí o Moro fica na Justiça. É o que era inicialmente. Tanto é que, quando ele foi convidado, não existia ainda essa modulação de fundir (a Justiça) com o Ministério da Segurança."

Bolsonaro destacou que o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), já indicou ser favorável à recriação da pasta. "O Rodrigo Maia é favorável à criação da Segurança. Acredito que a Comissão de Segurança Pública (da Câmara) também seja favorável. Temos que ver como se comporta esse setor da sociedade para melhor decidir", declarou o presidente.

Segundo aliados de Bolsonaro, o maior entrave para a retomada da pasta seria criar um desgaste público com Moro, o ministro mais popular do governo, acima até do próprio Bolsonaro. No ano passado, o presidente cogitou a recriação do Ministério da Segurança, mas enfrentou resistências justamente devido às críticas de que a medida poderia esvaziar a pasta de Moro.

O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta quarta-feira, 22, que o governo avaliará a possível recriação do Ministério da Segurança Pública. As funções dessa área estão atualmente sob o comando de Sergio Moro, que virou uma espécie de superministro ao comandar a pasta da Justiça e Segurança Pública. A declaração do presidente ocorreu em encontro no Palácio do Planalto com secretários estaduais de Segurança, sem a presença de Moro.

"Essa possível recriação poderia melhor gerir a questão da segurança, esse é o entendimento dos senhores (secretários). A gente vai estudar essas questões aqui e daremos uma resposta o mais rápido possível", disse Bolsonaro no encontro, que foi transmitido pelas redes sociais.

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Segundo a reportagem apurou, no Ministério da Justiça e Segurança Pública, a avaliação é de que o presidente falou o que os secretários gostariam de ouvir, mas ainda não há uma decisão sobre o assunto. Interlocutores de Moro entendem que, ao dizer que "vai estudar" a questão, Bolsonaro pode não levar adiante a proposta.

Quando aceitou o convite para ser ministro, Moro tinha como meta combater corrupção e o crime organizado, o que deixava implícito a junção das pastas. Ele também fazia questão de ter o Conselho de Controle de Atividade Financeira (Coaf) sob o seu comando, o que já perdeu.

No encontro com os secretários, o presidente afirmou haver um anseio popular em relação à segurança e que este é o "ponto mais sensível" nos Estados. Na reunião, secretários também sugeriram a isenção do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para materiais de segurança e novas possibilidades de financiamento para o setor.

"Os objetivos são bastante complexos, passam pela isenção de IPI para materiais de segurança, passam por questões de telefonia, passam por mais recursos para fundos e uma proposta que trouxeram aqui que seria a possibilidade de recriação do Ministério da Segurança", resumiu o presidente após os secretários apresentarem seus pedidos.

Bolsonaro ainda admitiu que índices de violência no País ainda são altos quando comparado com outras nações, e citou a diminuição da violência como uma forma de fazer a "economia girar". "A busca da diminuição dessa violência em nosso Brasil tem que ser compartilhada por todos nós, não é competência minha, do respectivo governador, é de todos nós", disse.

A redução nas taxas de violência em 2019 tem sido comemorada por Moro, que atribui parte da queda à sua gestão no ministério.

Sobre fala do presidente e a possível divisão do ministérios, Moro repetiu a interlocutores o que havia falado no programa Roda Viva, da TV Cultura, na segunda-feira, 20. "Certas coisas não vale a pena discutir publicamente". Ele também afirmou que não foi ao encontro porque estava ocupado "com outras reuniões", mas não especificou quais e com quem. Na agenda divulgada no site da pasta não constavam compromissos.

Estavam presentes no encontro com Bolsonaro, além dos secretários, os ministros Jorge Oliveira (Secretaria-Geral), Luiz Eduardo Ramos (Secretaria de Governo) e Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional).

Reação

O presidente da bancada da bala da Câmara, o deputado Capitão Augusto (PL-SP), criticou a possível recriação do Ministério da Segurança Pública.

"Primeiro fomos surpreendidos pela extinção desse ministério. Agora, que a condução ia muito bem nas mãos do ministro Sérgio Moro, fomos surpreendidos novamente com esse possibilidade (de recriação)", disse Augusto à reportagem.

Para o deputado, a bancada que representa a segurança pública no Congresso poderia ter sido consultada por Bolsonaro, o que não ocorreu. "Tudo o que é feito sem muito debate, não acho uma boa decisão. Acho que seria uma forma simpática e respeitosa de se aproximar da bancada", afirmou. Para Augusto, a recriação esvazia o ministério de Moro. "Não era o momento de mexer."

O Ministério da Saúde comunicou a detecção de um caso de febre hemorrágica brasileira em São Paulo. O paciente, morador de Sorocaba, no interior do estado, morreu 12 dias depois da internação. De acordo com a pasta, ele contraiu um novo vírus do gênero Mammarenavírus, da família Arenaviridae, de espécie ainda indefinida e semelhante à Sabiá. O arenavírus não era identificado no país há mais de 20 anos.

Segundo a assessoria da pasta, o homem não apresentava histórico de viagem internacional e a origem da contaminação ainda não foi confirmada. Ele deu entrada, no dia 30 de dezembro, em um hospital no município de Eldorado, localizado a cerca de 250 quilômetros da capital. No período, foi submetido a exames que descartaram outras doenças transmissíveis, como febre amarela, hepatites virais, leptospirose, dengue e zika.

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O paciente passou ainda por outras unidades de saúde, em Pariquera-Açu e São Paulo. O último atendimento ocorreu no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HCFM-USP).

O reconhecimento da doença foi feito pelo Laboratório de Técnicas Especiais, do Hospital Israelita Albert Einstein. "O que se sabe é que as pessoas contraem a doença possivelmente por meio da inalação de partículas formadas a partir da urina, fezes e saliva de roedores infectados", diz a nota do ministério, divulgada na noite desta segunda-feira (20).

Entre os pacientes com febre hemorrágica brasileira podem ocorrer os seguintes sintomas: febre, mal-estar, dores musculares, manchas vermelhas no corpo, dor de garganta, no estômago e atrás dos olhos, dor de cabeça, tonturas, sensibilidade à luz, constipação e sangramento de mucosas, como boca e nariz.

Com o agravamento do quadro de saúde, o sistema nervoso pode ser afetado. O comprometimento neurológico se manifesta por  sonolência, confusão mental, alteração de comportamento e convulsão. O período de incubação da doença é longo, tendo, em média, duração de 7 a 21 dias.

Incidência

No ano passado, a Bolívia enfrentou um surto de arenavírus, segundo a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas).

Em matéria veiculada em dezembro, o assessor regional para Doenças Virais da OPAS, Jairo Méndez, menciona que, a princípio, se pensava que eram casos de dengue, mas que o Centers for Disease Control and Prevention dos Estados Unidos – CDC), que mantém parceria com a entidade, confirmou se tratar de arenavírus.

Como o arenavírus pode ser transmitido de pessoa a pessoa, as equipes dos hospitais que trataram do paciente estão sendo monitoradas, como também seus familiares, de acordo com o governo federal. A transmissão pode acontecer por meio do contato com saliva, sangue, urina, fezes, vômito, sêmen e outras secreções e excreções. Por isso, recomenda-se o uso de equipamentos de proteção.

O Ministério da Saúde informou que dará uma resposta à população, face ao incidente. Além de publicar um boletim epidemiológico com detalhes sobre o quadro notificado, a pasta promoveu uma reunião com representantes da Secretaria da Saúde de São Paulo, o HCFM-USP e o Conselho Nacional de Saúde, que devem atuar sobre o caso.

Para reduzir a gravidez precoce, o Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos propõe políticas que motivam a abstinência sexual. Em dezembro, a pasta liderada por Damares Alves preparou um evento na Câmara e convidou apenas defensores da ‘privação’ para um público majoritariamente religioso. Já o Ministério da Saúde acabou com a caderneta de saúde do adolescente.

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Mesmo sem respaldo científico, cartazes instalados na entrada do auditório criticavam o uso de preservativos ao destacar que poros na camisinha permitem a transmissão do vírus HIV. Ainda assim, os organizadores negam a responsabilidade do conteúdo, que foi recolhido por um padre, apontou O Globo.

"Estudos científicos e a normalização da espera como alternativa para iniciação da vida sexual em idade apropriada, considerando as vantagens psicológicas, emocionais, físicas, sociais e econômicas envolvidas, sem que isso implique em críticas aos demais métodos de prevenção", foram as supostas bases referenciais utilizadas pelo ministério.

A política de abstinência foi negada pela pasta, que por meio de nota explicou que "a ideia de promover a preservação sexual está sendo considerada como estratégia para redução da gravidez na adolescência por ser o único método 100% eficaz e em razão de sua abordagem não ter sido implementada pelos governos anteriores”.

"Resultados exitosos em diversos indicadores sociais” de outros países teria sido a motivação para a implementação da medida no Brasil. Contudo, o ministério não indicou os países a que se referia, nem os indicadores analisados.

A pedido do presidente Jair Bolsonaro, a distribuição da caderneta do Ministério da Saúde sobre educação sexual foi encerrada. Em cerca de dez anos, 32 milhões de exemplares foram distribuídos com informações sobre sexo seguro, prevenção à gravidez e puberdade. A pasta publicou ofício afirmando que o documento “terá sua distribuição e uso descontinuado, até que se concluam avaliações”.

Com a chegada do verão, os empresários do ramo hoteleiro estão esperançosos. Só na região Nordeste, a Sondagem Empresarial feita pelo Ministério do Turismo mostrou que 30,6% esperam que os turistas gastem mais em suas viagens nos próximos quatro meses. Com essa expectativa, 63,2% dos empresários revelam que pretendem investir em seu negócio até março do próximo ano.

De acordo com a pesquisa, 24% dos empresários esperam contratar mais funcionários. Além disso, 35,6% acreditam que a demanda pelos serviços ofertados irá aumentar e 40% projetam aumento no faturamento da empresa. O ministro do Turismo Marcelo Álvaro Antônio acredita que esses dados são uma demonstração do trabalho do governo federal nesse seu primeiro ano. 

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“O otimismo dos empresários é reflexo de uma série de ações feitas por este governo que proporcionaram um ambiente propício para investimento. Trabalhamos durante todos estes meses para melhorar a qualidade dos destinos e serviços turísticos a fim de atender aos turistas e a população", aponta.

A pesquisa avaliou ainda o desempenho dos meios de hospedagem no terceiro trimestre de 2019 comparando com o mesmo período do ano passado: 17,5% dos empresários afirmaram ter empregado mais funcionários este ano, enquanto 29,4% identificaram crescimento no faturamento da empresa e 32,8% afirmaram que a demanda pelos serviços ofertados cresceu.

Além disso, 18,7% dos donos dos meios de hospedagem entrevistados apontaram crescimento na rentabilidade do setor de turismo no período de julho a setembro de 2019; 23,4% declararam aumento da demanda pelo destino e 15,1% afirmaram que os visitantes gastaram mais durante a viagem.

Pesquisa

A Sondagem Empresarial do Setor Hoteleiro no Brasil é realizada pela Subsecretaria de Inovação e Gestão de Conhecimento do Ministério do Turismo. São consultados empreendimentos de hospedagem de todos os portes, dentre os quais hotéis, pousadas, resorts e acampamentos turísticos. O objetivo é apurar as perspectivas dos empresários quanto ao desempenho de seus estabelecimentos e dos destinos onde estão inseridos

*Com informações da assessoria

Brasília, 14/12/2019 - O presidente Jair Bolsonaro negou, neste sábado (14), que planeje fazer mudanças nos ministérios no começo de 2020. Ele aproveitou para elogiar o trabalho do ministro da Educação, Abraham Weintraub. "Toda semana vocês trocam ministro meu, não tem nada previsto", afirmou. Conforme ele, o Ministério da Educação (MEC) "é tomado pela esquerda há décadas, Weintraub faz um bom trabalho", completou.

A declaração do presidente vem após matéria do portal da Folha de S.Paulo de hoje, informando que Bolsonaro avalia a troca de três ministros no início do próximo ano: Onyx Lorenzoni (Casa Civil), Abraham Weintraub (Educação) e Bento Albuquerque (Minas e Energia).

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Após garantir mais cedo que policiais detidos também terão indulto natalino, o presidente parou na Esplanada dos Ministérios, no Distrito Federal, e cumprimentou policiais militares que estavam em uma viatura. Depois, Bolsonaro se deslocou até a Praça dos Três Poderes, onde parou para comprar sorvete e cumprimentou turistas.

Mais cedo, o presidente esteve na confraternização de final de ano do gabinete do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Dias Toffoli. O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), também esteve no evento. Bolsonaro ainda visitou um membro de sua equipe de segurança que estava internado no hospital das Forças Armadas, que havia sido atropelado.

O Ministério da Saúde determinou a liberação de R$ 152 milhões em caráter emergencial para a prefeitura do Rio de Janeiro. Os recursos são destinados às 24 unidades de saúde do município que estão paralisadas por falta de pagamento dos funcionários há pelo menos dois meses. O objetivo é garantir o retorno imediato dos profissionais ao trabalho e a retomada do atendimento à população.

Os recursos serão entregues ao município em duas parcelas de R$ 76 milhões, a serem pagas em dezembro e janeiro. A informação foi dada pelo Ministério da Saúde após reunião no Rio com o prefeito Marcelo Crivella (PRB) no Palácio da Cidade. A verba é referente a uma dívida que o município cobra da União relacionada a unidades de saúde que foram municipalizadas entre 1994 e 2000.

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Nesta sexta-feira, 13, funcionários do setor de terceirizados da saúde entraram no quarto dia de greve. Eles fizeram manifestações em frente ao Palácio da Cidade e também na porta do Hospital Municipal Evandro Freire, na Ilha do Governador. A direção do Sindicato dos Enfermeiros do Rio informou que a paralisação só será suspensa quando o dinheiro for efetivamente depositado.

No fim da tarde de quinta-feira, 12, o Tribunal Regional do Trabalho (TRT) determinou o confisco de R$ 300 milhões das contas do município, recursos também destinados ao pagamento dos salários atrasados.

O prefeito foi para as redes sociais dizer que a crise na saúde é falsa.

"Não há crise, é falsa", disse. "Houve, sim, atraso de um mês, em alguns casos de dois meses, nas OSs, mas só nelas. Ontem (quarta) já pagamos cinco mil agentes de saúde e técnicos de enfermagem. Todos estão com os salários em dia. A prefeitura do Rio continua lutando arduamente para manter seu padrão de excelência sem a menor preocupação com a exploração política, que, além de não ajudar em nada, torna a vida pública apenas medíocre, insensata e insensível."

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, afirmou nesta quinta-feira, 12, que trechos do pacote anticrime, aprovado pelo Congresso nesta quarta-feira, 11, podem ser vetados pelo presidente Jair Bolsonaro, sem citar quais. Segundo a reportagem apurou, o ministro deve defender os vetos à criação do juiz de garantias e às alterações nas regras para a aplicação de prisão preventiva.

Os dois itens não faziam parte do pacote apresentado pelo ministro, em fevereiro, ao Congresso, e foram incluídas pelo grupo de trabalho da Câmara dos Deputados que analisou as propostas de Moro e do ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes. Outro trecho que foi incluído e será analisado é o que modifica algumas regras de acordos de colaboração premiada.

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"O presidente vai analisar a possibilidade de sancionar integralmente ou vetar parcialmente. Mas talvez haja alguns vetos. Isso vai ser discutido com o presidente da República", disse Moro, ao fim de um evento de apresentação de balanço dos trabalhos de todas as secretarias do Ministério da Justiça e Segurança Pública no ano de 2019.

A criação do chamado juiz de garantias é para fazer que o juiz responsável por determinar prisões provisórias ou quebras de sigilo no início de investigações não seja o mesmo que vai julgar o caso no final. A medida é vista como uma reação a Moro, que teve sua imparcialidade no julgamento das ações da Lava Jato questionada após a divulgação de supostas mensagens hackeadas de integrantes da força-tarefa em Curitiba. A expectativa entre parlamentares lavajatistas é que esse item seja vetado.

Prevendo que os eventuais vetos serão debatidos no Congresso mais tarde sob impasse, parlamentares próximos a Moro acreditam que não haverá votos suficientes no Senado para derrubar o veto presidencial. A derrubada precisa de 41 votos entre os senadores em uma sessão conjunta do Congresso Nacional. Em votações recentes do Congresso, vetos de Bolsonaro foram mantidos por não haver quantidade suficiente de senadores rejeitando o que veio do Planalto.

A aprovação do pacote no Congresso foi um dos feitos destacados pelo ministro em sua apresentação, assim como a queda nos índices de violência. "A partir do momento que a lei for sancionada fará diferença na segurança pública do País", disse.

O ministro disse que foi "relativamente demorada" a tramitação no Congresso da proposta, que durou dez meses, mas fez um "elogio aos congressistas por terem aprovado, especialmente ao Senado pela rapidez com que aprovou a matéria".

"Nosso desejo era que fosse decidido antes, mas não deixa de ser alvissareiro que tenha sido decidido no fim desse ano, porque abre um horizonte mais promissor para o próximo ano no âmbito da Justiça e da Segurança Pública. Acreditamos que essas medidas têm grande potencial para melhorar prestação de justiça e reforçar a segurança pública, reduzindo a criminalidade no País. Vai ser ótimo começar próximo ano com esses instrumentos à disposição para que possamos trabalhar mais e mais, e melhor, na área da segurança pública", disse Moro.

Índice

O principal ponto destacado na apresentação do MJSP foi a queda nos índices de violência verificados em comparação com anos anteriores - entre eles, redução em 22% nos homicídios dolosos, 23% nos latrocínios (roubos seguidos de morte) e 36% nos roubos a instituições financeiras, com dados somados de janeiro a agosto, comparando 2019 com 2018.

"A melhoria nos índices de segurança pública não pode ser atribuída exclusivamente à atuação de um ente ou de outro, aqui foi atuação conjunta. Mas, como essa queda tem sido expressiva e verificada no Brasil inteiro, não é nenhuma ousadia afirmar que parte dela está ligada à ação do governo federal", disse Moro.

O secretário Nacional de Segurança Pública, Guilherme Theophilo, afirmou que o ministério conseguiu um índice de redução dos crimes impensável para o início do governo.

Em um vídeo institucional no início do evento, a pasta relacionou o isolamento de líderes de facções criminosas como o PCC como algo que ajudou a reduzir nas taxas de crimes.

Especialistas, no entanto, afirmam que já havia uma tendência de queda iniciada no ano passado e é pouco tempo para dizer se as políticas do novo governo tiveram efeito.

Pacote

Conhecido pela atuação na Lava Jato no combate à corrupção, Moro afirmou que a impunidade de crimes de morte é ainda mais grave.

"Repudiamos todos os crimes como corrupção e roubos armados, mas o crime mais grave é o de sangue, homicídio ou feminicídio", disse.

Nesse contexto, o ministro destacou a aprovação no Congresso da proposta que prevê a prisão imediata de condenados em tribunais do júri em primeira instância quando a pena for maior a 15 anos.

"A partir de agora (quando for sancionado), quem for condenado pelo júri segue para a prisão e não fica em liberdade", disse.

Outras propostas que Moro destacou do pacote anticrime são a proibição de progressão de regime para preso faccionado e o fim da chamada "saidinha" para quem cometeu crime hediondo resultando em morte. A criação do Banco Nacional de Perfis Balísticos e Multibiométricos e a ampliação para até três anos de permanência de presos perigosos no Sistema Penitenciário Federal foram os últimos pontos destacados pelo ministro.

Ao abordar ações administrativas do MJ, o ministro citou que na próxima segunda-feira será inaugurado o Centro Integrado de Operações de Fronteira (CIOF), em Foz do Iguaçu.

Inspirado nos fusion centers americanos, é uma força-tarefa permanente de aplicação da lei na segurança pública, com atuação de diversos órgãos. "É a síntese da nossa diretriz de integração de todos os setores no nosso trabalho", disse Moro.

O jornal britânico Financial Times levantou dúvidas sobre os dados do Produto Interno Bruto (PIB) e da economia brasileira. O veículo aponta que a retificação feita pelo Ministério da Economia referente ao resultado das exportações não foi incorporada ao resultado anunciado nessa terça-feira (3). Mesmo com caráter oficial, as informações do Governo podem não ser dignas de confiança.

A primeira revisão ocorreu no dia 25 de novembro com a divulgação do resultado deficitário estipulado em 1,099 bilhão de dólares. Contudo, uma nova revisão ocorreu três dias depois (28), no qual o resultado apontou um superávit de 2,717 bilhões da moeda americana. Como retratação, o Governo destacou que a confusão foi fruto de um erro no cálculo das exportações, que antes da revisão estavam em 9,681 bilhões de dólares.

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Com a alteração, o valor passou a ser de 13,498 bilhões de dólares na parcial de novembro. As importações permaneceram. Na última segunda-feira (2), o Governo voltou a corrigir os dados. Após nova revisão, as exportações aumentaram em 6,488 bilhões de dólares de setembro ao dia 24 de novembro, em relação ao que havia sido divulgado. A justificativa foi uma falha na transmissão de dados.

Toda essa confusão influenciou a cotação do dólar, que no dia 25 atingiu o nível recorde de R$ 4,22. Enquanto no dia 28, após a revisão, sofreu uma queda e chegou a operar em R$ 4,19, contudo, acabou retornando ao maior valor. Na segunda (2), após as novas correções, o dólar abriu a semana em queda e desceu para R$ 4,21.

Nesta quarta-feira (4), o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou uma retificação dos indicativos econômicos dos trimestres anteriores de 2019. No segundo trimestre por exemplo, o número aumentou de 0,4% para 0,5%. Enquanto isso, os dados do primeiro tri passaram por uma segunda alteração desde sua divulgação que, originalmente, foi apontada uma queda de 0,2% na atividade econômica e revisado para baixa de 0,1% junto com o PIB do 2º trimestre. 

 Em seu primeiro pronunciamento após a soltura da prisão na Superintendência da Polícia Federal em Curitiba, na tarde desta sexta (8), o ex-presidente fez duras críticas ao Ministério da Educação. “Depois que eu fui preso, depois que eles roubaram do Haddad, o Brasil não melhorou, o Brasil piorou. O povo tá trabalhando sem o menor respeito. […] Colocaram um ministro da Educação que tenta destruir a nossa universidade”, alfinetou.

O PT vem se posicionando em contrariedade a projetos de Abrahim Weintraub como o “Future-se”, que visa, nas palavras do governo federal, “promover maior autonomia financeira às universidades e institutos federais por meio de incentivo à captação de recursos próprios e ao empreendedorismo”. Até agora, dezenas de universidades e institutos federais se posicionaram contra o plano, a exemplo da UFAM (Universidade Federal do Amazonas), da UFRR (Universidade Federal de Roraima) e da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro).

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A rusga entre Lula e Weintraub teve seu estopim quando o ministro publicou um vídeo satirizando a prisão do ex-presidente. Em entrevista à Carta Capital, o petista rebateu; “não troco meu diploma primário pelo universitário do Weintraub”.

Durante uma solenidade no Ministério da Justiça nesta quarta-feira (7), a ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos, Damares Alves, afirmou que “acabou a palhaçada no Brasil” para os agressores de mulheres.

A ministra prometeu endurecer o combate à violência contra as mulheres no país e discursou sobre o assunto após assinar um pacto com representantes dos Três Poderes - Executivo, Legislativo e Judiciário.

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O objetivo de Damares é que haja a implementação de políticas públicas de proteção às mulheres. “Confesso para os senhores que é possível que no próximo ano teremos números maiores porque estamos melhorando o sistema de notificação de violência”, enfatizou.

Entretanto, a ministra não fez nenhum anúncio efetivo de medidas para coibir agressões contra as mulheres. Damares falou, inclusive, que as estatísticas do próximo ano deverão ainda mostrar um aumento nos casos de violência contra mulher no país.

De acordo com ela, isso deve acontecer porque o governo ainda está aperfeiçoando o sistema de registro de casos de agressão. “Precisamos de políticas de proteção para as mulheres por elas serem fortes. Elas são maioria. Em geral, elas são melhores do que os homens”, opinou. 

O pacto por medidas que combatam a violência contra a mulher foi assinado pelo  presidente do Supremo Tribunal Federal, Dias Tóffoli, e pela procuradora-geral da República, Raquel Dodge. Além deles, também representantes do governo, deputadas e senadoras também assinaram o documento.

O Ministério dos Bens Culturais da Itália anulou nesta quarta-feira (31) o procedimento para autorizar a construção de uma unidade da rede americana McDonald's ao lado das Termas de Caracala, um dos sítios arqueológicos mais importantes de Roma.

A medida já havia sido suspensa por ordem da prefeita da capital italiana, Virginia Raggi, que alegara riscos para o "decoro" e a "imagem" da cidade. O projeto também era alvo de críticas de moradores.

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"Já havia manifestado minha contrariedade a um fast-food na área arqueológica das Termas de Caracala. Informo a vocês que o ministério procedeu para anular a autorização", disse no Facebook o ministro dos Bens Culturais, Alberto Bonisoli, do antissistema Movimento 5 Estrelas (M5S).

A decisão foi tomada após uma série de contatos entre a pasta e a Prefeitura de Roma, também comandada pelo M5S. Tanto o ministério quanto o governo da capital concluíram que o projeto arriscava impactar de modo "irremediável" uma área arqueológica "única no mundo".

"As maravilhas de Roma devem ser protegidas", disse Raggi nesta quarta. Situadas no centro histórico da cidade, a poucos metros do Coliseu, as Termas de Caracala são as ruínas de um enorme complexo de banhos públicos da Roma Antiga e foram construídas no século 3 d.C.

O projeto do McDonald's, que tinha inauguração prevista para o fim do ano, prometia propagandas discretas e zero impacto ambiental. 

Da Ansa

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